Midrash Centro Cultural Ciclo Novas Químicas José Barros Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde Fundação Oswaldo Cruz [email protected] Nov. 2013 “O amor é um fenômeno neurobiológico complexo, baseado em atividades cerebrais de confiança, crença, prazer e recompensa, atividades estas que envolvem um número elevado de mensageiros/atores químicos” Esch et al. (2005) Neuroendocrinol. Lett. 3, 26. Fisher (2004) Why we love: The Nature and Chemistry of Romantic Love, Henri Holt and Company, Nova Iorque. 2 • O amor determina nosso comportamento; É possível explicar o amor do ponto de vista químico? • 3 Fisher (1997) Human Nature 9, 23. 4 • governada por testosterona (♂) e estrogênios (♀); humanos podem sentir desejo por indivíduos pelos quais não possuem qualquer relação ou sentimento; • • importante nesta fase é transmissão dos genes Testosterona (♂) Estradiol (♀) 5 6 7 8 “sintomas”: falta de apetite, falta de sono, dificuldade de concentração, suor nas mãos. • Causa: neurotransmissores • Norepinefrina Serotonina Dopamina 9 Serotonina Norepinefrina Alerta Impulso Concentração Ansiedade Energia Obsessão Compulsão Memória Humor Apetite Atenção Agressão Sexo Prazer Recompensa Motivação Dopamina 10 drogas e paixão ativam as mesmas regiões do cérebro • Problema: assim como as drogas, existe tolerância aos neurotransmissores crise dos 4 anos/7 anos • 11 12 13 • Fase do amor sóbrio; •Fornece juntos; laços para que os casais permaneçam •Dois hormônios envolvidos: vasopressina e ocitocina: presentes no cérebro e em outras partes do corpo. 14 arganaz-do-campo arganaz-do-prado monógamo polígamo vasopressina vasopressina receptor de vasopressina - Donaldson et al. (2004) Nature 322, 900. 15 arganaz-do-campo arganaz-do-prado Receptores de vasopressina vasopressina 16 produzido pelo hipotálamo; • promove contrações musculares uterinas durante o parto, ejeção do leite e relaxamento da mãe durante a amamentação • 17 Wildt et al. (1997) Ann. N.Y. Acad. Sci. 1101, 1. 18 Feromônios: substâncias naturais secretadas por um indivíduo para transmitir informações a outros da mesma espécie • Bombicol 19 Aplicação de feromônios; •Mamíferos: órgão vomeronasal (VNO) e epitélio olfatório principal (MOE) • 20 Complexo principal de histocompatibilidade (MHC): família de genes responsável pela formação do sistema imune. MHC é único para cada indivíduo. • Para aumentar a variabilidade genética dos descendentes, fêmeas de várias espécies formam casais com machos que tenham o MHC mais diferente possível do seu. • 21 Camisetas usadas por homens foram cheiradas por mulheres. A tipagem MHC de todos os participantes era conhecida. • Mulheres avaliaram como mais agradável o cheiro do homem com MHC mais DIFERENTE possível; • Darwin Wedekind et al. (1995) Proc. R. Soc. Lond. B 260, 245. 22 Mulheres que faziam uso de anticoncepcionais avaliaram como mais agradável o cheiro do homem com MHC mais PARECIDO!! • Freud Como pílulas modificam as quantidades de hormônios (de certa forma mimetizando uma gravidez), mulheres preferem a companhia dos parentes. • Roberts et al. (2008) Proc. R. Soc. Lond. B 275, 2715. 23 Química: estuda as interações moleculares no indivíduo ou entre indivíduos que amam; • Sinalização química: sugestão e não obrigação; • Fatores psicológicos envolvidos. • 24 Soneto da Fidelidade (...) Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. Vinicius de Moraes (1960) Antologia Poética, Ed. do Autor, RJ, p. 96. 25 Leal, I.C.R.; Miranda, L.S.M.; Barros, J.C. A Química do Amor, Sociedade Brasileira de Química, São Paulo, 2010. • Fisher, H. Why we love: The Nature and Chemistry of Romantic Love, Henri Holt and Company, Nova Iorque, 2004. • Claro, P.R. A Química do Amor, Boletim da Sociedade Portuguesa de Química, n. 100, Lisboa, 2006. • A Ciência do Sex Appeal. Discovery Channel, Rio de Janeiro, 9 abril de 2012. 26 •