O relato de uma experiência vivenciada a partir da visita ao hotel

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TURISMO E EXCLUSÃO SOCIOESPACIAL: relato de experiência acerca do Hotel Resort
Garden e Centro de Convenções Raymundo Asfora no município de Campina Grande-PB
Emanuel Barros Roma
Graduando em Geografia - UEPB
[email protected]
Arthur Tavares Valverde
Prof. do Curso de Geografia – UEPB
[email protected]
RESUMO
Este relato apresenta resultados e discussões sobre um empreendimento localizado na cidade de
Campina Grande – PB: o Hotel Resort Garden e Centro de Convenções Raymundo Asfora, a
partir de um trabalho executado nas disciplinas de Geografia do Turismo e Laboratório de Leitura
e Produção de Textos, durante o mês de novembro de 2009. Este trabalho procura discutir as
concepções teóricas e práticas sobre o empreendimento hotel resort no âmbito do espaço
turístico, através da formulação de um relato de experiência vivida, tendo por objetivos analisar o
seu processo de implantação no contexto sócio-político-espacial de uma cidade média, na
complexidade dinâmica de sua estruturação atual. Busca compreender a relevância do Garden
Hotel no âmbito turístico do município bem como a formação de territórios de exclusão em
Campina Grande. O objeto de estudo ocupa um espaço de cobertura de três hectares, localizado
no bairro do Mirante, zona leste de Campina Grande, formado pelo centro de convenções e por
um hotel resort, sendo este último inaugurado em 2006, com investimentos público e privado e
que se destaca como o único hotel resort localizado no estado da Paraíba. Sua estrutura
compreende 192 apartamentos, divididos em 180 apartamentos de luxo, nove suítes executivas,
uma suíte presidencial e duas suítes para deficiente físicos. Sua parte de lazer é formada por um
parque aquático que possui cinco piscinas (sendo uma aquecida), duas quadras de tênis, uma
quadra poliesportiva, campo de futebol society, quadra de squash, saunas, sala de TV e salão de
jogos, fitnees center com acompanhamento profissional e brinquedoteca; os bares e restaurantes
são formados pelo restaurante Tropeiros da Borborema, bar molhado da piscina, lobby bar e bar
salão do hotel. Conta ainda com vários outros serviços que reforçam ainda mais a característica
de hotel resort. O Centro de Convenções Raymundo Asfora, anexo ao hotel resort, ocupa uma
área de 4.000 m2 sendo ainda o único no estado, foi inaugurado em 1994, iniciando suas
atividades antes do hotel, sua estrutura é composta pelo saguão principal com área de 370 m2,
balcão para recepção, banheiros, equipamentos de apoio e possui capacidade para 1800
pessoas. O auditório ocupa uma área de 780 m2, com capacidade para 776 pessoas sentadas,
possui salas de tradução simultânea e cabine para projeção, sonorização e comando de
iluminação. O Garden oferece uma série de serviços como uma prática de refúgio adotada pelo
turista em detrimento de não querer se deparar com a realidade local vigente, muitas vezes, de
pobreza e miséria presente nas cidades brasileiras. Através do conhecimento teórico abordado no
componente curricular Geografia do Turismo, envolvendo as questões acerca do espaço e do
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lugar turístico, destacamos o entendimento hotel resort na formação da dinâmica espacial com o
enfoque na perspectiva dialética em torno das contradições que esse objeto denota na sua
dinâmica contextual de (re)produção social capitalista. Com a leitura acerca da construção do
gênero de texto “relato de experiência” no componente curricular Laboratório de Leitura e
Produção de Textos e a prática desse conhecimento a partir da aula de campo com a visita ao
hotel resort Garden e Centro de Convenções, elaborou-se um relato que constitui a base de
discussão desse texto. A localização do objeto de estudo, distante do centro da cidade, as
margens da rodovia BR-230, trás, aparentemente, uma certa tranquilidade para o turista com
resquícios de uma paisagem natural do semi-árido nordestino localizada em uma área de exceção,
mais especificamente no Planalto da Borborema, em uma altitude superior aos 500 m, realçando
o clima típico de Serra em uma região de planalto, em uma área de transição entre as
mesorregiões da Mata Paraibana e da Borborema. Porém, observa-se que, do outro lado da
rodovia existem áreas de população de baixa renda, vivendo na pobreza e/ou miséria, o que
contrasta com a imagem do resort hotel, que busca atrair a população local para usufruir dos seus
serviços, principalmente nos períodos de baixa estação, o que releva mais ainda as desigualdades
sociais e a formação de territórios de exclusão dentro da cidade.
Palavras-chave: turismo, resort hotel, territórios de exclusão.
INTRODUÇÃO
Este relato apresenta resultados e discussões de uma experiência vivida, no dia 4 de
Novembro do ano de 2009, no Hotel Resort Garden e Centro de Convenções Raymundo Asfora
durante o período diurno acerca de uma aula conjunta dos componentes curriculares Geografia
do Turismo e Laboratório de Leitura e Produção de Textos. Nesta visita destacaram-se
concepções teóricas e práticas sobre o empreendimento hotel resort, no âmbito do espaço
turístico através da formulação de um relato de experiência vivida.
A relevância do trabalho acadêmico interdisciplinar e fora do ambiente de sala de aula
torna o aprendizado mais importante e melhor no aspecto de entendimento do conteúdo teórico
trabalhado, tornando-se um meio de melhoramento da amplitude do conhecimento do professor e
do aluno. Esse exercício didático-pedagógico traz uma experiência vivida, cujo resultado bastante
rico e proveitoso para a prática do processo de ensino-aprendizagem a que estão submetidos os
discentes e docentes.
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OBJETIVOS
O relato tem por objetivos analisar o processo de implantação do hotel resort no contexto
sócio-político-espacial no âmbito geográfico-turístico de uma cidade mediana na complexidade
dinâmica de sua estruturação atual e entender a relevância do Garden hotel no âmbito turístico do
município de Campina Grande-PB em torno das questões teóricas e práticas sobre a Geografia
do Turismo.
METODOLOGIA
Através do conhecimento teórico abordado no componente curricular “Geografia do
Turismo”, envolvendo as questões acerca do espaço e do lugar turístico dentro do entendimento
sobre hotel resort na formação da dinâmica espacial e do lugar com o enfoque na perspectiva
dialética em torno das contradições que esse objeto denota na sua dinâmica contextual de
(re)produção social capitalista pela leitura de Cruz (2003) e acerca da questão da problemática
do desenvolvimento urbano em Souza (2005), com a leitura acerca da construção do gênero de
texto “relato de experiência” (BRÄKLING, 2008) no componente curricular Laboratório de
Leitura e Produção de Textos e a prática desses conhecimento a partir da aula de campo com a
visita ao hotel e resort Garden (Centro de Convenções Raymundo Asfora) fundamentou-se toda
a base teórica e prática para a realização desse relato.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
No dia 4 de Novembro do ano de 2009 estivemos durante o período diurno no hotel,
Resort Garden e Centro de Convenções Raymundo Asfora, localizado no bairro do Mirante no
município de Campina Grande- PB que fica situado na Mesorregião do Agreste Paraibano entre
os paralelos 07º 13’ 11’’ e 07° 28’ 20’’S e os meridianos 35° 52’ 30’’ e 36º 28’ 20’’W,
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distante 140 km do município de João Pessoa- PB (capital do estado). Possui uma área de 614
km2 havendo condição ambiental de área sub-úmida de transição em que na região onde o hotel
está localizado possui características ambientais semelhantes ao semi-árido com uma altitude entre
500m e 600m (BRITO, 2009), para uma aula prática acerca do entendimento teórico sobre hotel
resort na perspectiva geoturistíca e crítica vivida.
Esse empreendimento ocupa um espaço de cobertura de três hectares, formado pelo
hotel e resort. Inaugurado em 2006, no então governo de Cássio Rodrigues da Cunha Lima, com
investimentos público, na sua maioria, e privado. Foi concedido a uma rede empresarial
administradora de hotéis resorts pelo período de 20 anos com isenção de impostos, prática
comum no modelo atual de gestão política brasileira para atração de atividades econômicas, na
região Nordeste brasileira. Destaca-se como o único hotel resort localizado no estado da
Paraíba, onde possui, segundo dados obtidos do folder concedido pelo guia turístico (Bruno) do
hotel, 192 apartamentos decorados com o artesanato local, o que destaca uma certa valorização
da cultura local ajudando a torná-la conhecida, divididos em 180 apartamentos de luxo, 9 suítes
executivas, 1 suíte presidencial e 2 suítes para deficiente físicos, o que mostra a relevância dentro
do âmbito turístico de inclusão dos deficientes físicos que praticam essa atividade social, também
percebida na estrutura do hotel com rampas de acesso entre outras adaptações.
A parte de lazer do hotel é formada pelo parque aquático que possui 5 piscinas
(destacando-se a piscina Romana Aquecida, utilizada tanto para o lazer quanto para a prática de
atividades físicas que tragam saúde e bem-estar ao usuário como, por exemplo, a hidroginástica),
2 quadras de tênis, 1 quadra poliesportiva, campo de futebol society, quadra de squash, saunas,
sala de TV e salão de jogos, Fitnees Center com acompanhamento profissional e brinquedoteca
com animadores infantis; os bares e restaurantes são formados pelo restaurante Tropeiros da
Borborema (os pioneiros de onde hoje se localiza o município de Campina Grande- PB), bar
molhado da piscina e Lobby bar, ou seja, o bar salão do hotel e ainda com vários outros serviços
que reforçam ainda mais a característica de hotel resort desse lugar turístico apropriado.
O Centro de Convenções Raymundo Asfora ocupa uma área de 4.000 m2 sendo o único
no estado, foi inaugurado no então governo de Ronaldo da Cunha Lima em 1994, iniciando suas
atividades antes do hotel, está distante 10 km do aeroporto João Suassuna e 140 km de João
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Pessoa. A estrutura é composta pelo saguão principal com área de 370 m2, balcão para
recepção, banheiros, equipamentos de apoio e possui capacidade para 1800 pessoas.
O auditório ocupa uma área de 780 m2, com capacidade para 776 pessoas sentadas,
possui uma central de ar condicionado para manter uma temperatura agradável, salas de tradução
simultânea o que demonstra uma certa capacidade estrutural na realização de eventos
internacionais e cabine para projeção, sonorização e comando de iluminação o que torna a
melhor estrutura para a realização de eventos de relevância nacional e internacional no município.
O Ball Room (Salão redondo) possui uma área de 1740 m2 com capacidade para 600
pessoas, em que se destaca o formato de uma pizza, podendo ser “fatiada” em 8 salas
simultaneamente para a realização de eventos distintos sem a interferência de um evento sobre
outro o que demonstra mais uma característica que torna o hotel, resort e centro de convenções
um complexo multi estrutural para a realização de eventos da mais diversas características, assim,
ampliando o seu leque de serviços, possui, também, uma central de ar condicionado, sala de
imprensa, sala de apoio técnico, sala VIP, sala de reuniões, cozinha de apoio, sanitários sociais e
de serviço e depósito mobiliário, oferecendo toda uma estrutura para de um evento.
O salão circular possui uma área de 621 m2, com capacidade para 25 pessoas, tendo a
característica de se dividir em 7 salas para a realização de eventos, central de ar condicionado,
cozinha de apoio, sanitários sociais, isolamento acústico para não interferência nos eventos
simultâneos, uma característica fundamental para esse tipo de sala de evento e com depósito
mobiliário.
O Garden oferece, ainda, outros serviços para o turista para tornar a sua estada a
“melhor” possível concentrando-o no entorno tornando, assim, bastante limitada à visitação do
turista com a criação de “barreiras”, o que pode deixá-lo acomodado e não buscar os serviços e
atrativos que o município oferece no âmbito turístico, etc.. Concentra, portanto, as divisas total ou
na sua maioria deixadas por essas pessoas o que acaba por diminuir a entrada dessas divisas na
economia local ocasionando problemas por esse estilo de “aprisionamento” do turista como
também pela prática de refúgio adotada pelo turista em detrimento de não querer se deparar com
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a realidade local vigente, muitas vezes, de pobreza e miséria nos paises subdesenvolvidos ou em
desenvolvimento, como é o caso do Brasil.
Diante disso, percebemos que o reflexo de uma imposição do Capital na ótica da
exclusão socioespacial pode ser percebida na realidade de funcionamento que o hotel resort
possui diante de uma reprodução de atividades econômicas que disseminam a exclusão e
influenciam na estruturação interna de uma cidade através dos reflexos surgidos dessa prática
social capitalista de produção do espaço citadino diante da sua organização interna que como
ressalta Souza (2005, p. 63)
[...] é a chave para chegarmos aos processos sociais que animam o núcleo urbano
e que estão envolvidos na dinâmica da produção do espaço, e que é, ao mesmo
tempo, uma chave privilegiada para observarmos e decifrarmos a sua
complexidade enquanto produto social.
A funcionalidade do espaço geográfico por uma determinada atividade social, no caso a
turística, influi nos aspectos característicos da dinâmica de (re)produção das disparidades sociais
diante do uso do aparelho estatal na consolidação de empreendimentos que não são úteis para a
população menos favorecida, diante de um falso discurso de prosperidade e melhoria da
qualidade de vida com a prática da atividade turística o que não é percebido nitidamente.
Surge, com a consolidação desse tipo de empreendimento, o que se denomina de
“aglomerado de exclusão”, pelo resultado da concentração dos recursos obtidos com o turismo
nesse lugar turístico onde denota uma espécie de confinamento do turista formando um núcleo
desvinculado da cidade-sede desse empreendimento. Diante dessa situação, ocorre a resultante
de um tipo de auto-segregação induzida do turista percebidas nas reações aos problemas
envolvidos na complexidade formadora dessa atividade onde acerca das circunstâncias o turista
se enclausura nesse lugar como forma de se “manter” longe dos problemas sociais (SOUZA,
2005, p. 87).
Entretanto, no presente dia durante a aula de campo no referido hotel resort percebemos
pela experiência dessa preleção, relacionando-a ao conhecimento teórico acerca do turismo no
âmbito geográfico dentro da perspectiva materialista, histórico e dialética, que as contradições
não deixam de estar presentes na essência da formação de qualquer atividade no entorno do
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espaço, território e lugar turístico em um país subdesenvolvido, com uma economia bastante
concentrada nas mãos de poucos. Dessa forma, a pobreza e a miséria podem se tornar, dentro
desse contraste, um atrativo turístico, o que não é o caso da prática turística desse hotel,
percebida durante o diálogo com o guia turístico e nas imediações do hotel com o reflexo dessa
disparidade social, política e econômica.
A localização do hotel, distante do centro da cidade, na rua Engenheiro José Bezerra,
400, em que trás, aparentemente, uma certa tranquilidade para o turista com resquícios de uma
paisagem natural do semi-árido nordestino localizada em uma área de exceção, mais
especificamente no Planalto da Borborema, em uma altitude superior aos 500 m, realçando o
clima típico de Serra em uma região de planalto, em uma área de transição entre as mesorregiões
da Mata Paraibana e da Borborema.
Porém, verifica-se que do outro lado da rodovia BR-230 existem várias moradias com
uma população de baixa renda, vivendo na pobreza e/ou miséria, sem nenhuma condição de
frequentar o referido estabelecimento, que tem como um dos seus pontos fundamentais, atrair a
população local para usufruir dos serviços que o hotel resort oferece para o seu funcionamento
durante todo o ano e, principalmente, nos períodos de baixa estação turística e sem a realização
de eventos das mais diversas características, o que releva mais ainda a contradição de que, tenho
certeza, as pessoas residentes no município de Campina Grande que frequentam esse
estabelecimento turístico são pessoas de boa condição financeira e que moram em localidades
diferentes desse hotel, mas que possuem o padrão típico da clientela que o frequenta, sendo a
população próxima excluída dos serviços desse empreendimento por não terem condições
financeiras para desfrutar dos serviços, apesar da localização próxima o que destaca um termo
utilizado no meio geográfico urbano com aplicação adequada a essa situação que realça todo o
processo de exclusão social dentro da lógica capitalista denominado “proximidade excludente”.
PARA FINALIZAR
Para concluir, registra-se a importância do conhecimento da realidade seja no âmbito de
qualquer área do ensino, especificamente a Geografia no enfoque turístico que, através de uma
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aula de campo, torna o conhecimento teórico mais enriquecido e me fez perceber o quão
contrastante e contraditório é o turismo no espaço geográfico de um país subdesenvolvido com
bolsões de pobreza e miséria. Através da ida ao Garden Hotel em relação às residências
próximas, esse fato me fez levantar um questionamento de suma importância sobre a relação
dialética entre a riqueza/miséria: o que as pessoas, moradores locais, funcionários do hotel e
hóspedes devem pensar acerca dessa situação?.
REFERÊNCIAS
BRITO, Ângelo Silva. Reflexos espaciais da indústria no município de Campina
Grande-PB (1960- 2008). Trabalho Acadêmico Orientado (Graduação em Geografia)Universidade Estadual da Paraíba, 2009.
CRUZ, Rita de Cássia Ariza da. Introdução à geografia do turismo. 2ª ed. São Paulo: Roca,
2003.
SOUZA, Marcelo Lopes de. ABC do desenvolvimento urbano. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 2005.
Sites.
BRÄKLING, Kátia Lomba. Material de apoio para estudos sobre o gênero: relato pessoal
vivido.
2008.
Disponível
em:
<
http://200.161.197.175/de/ARQUIVOS%202008/link%20rede%20833b.doc>. Acesso em 6
de Novembro de 2009.
GARDEN HOTEL. Momentos inesquecíveis no Garden. 2006. Disponível em: <
http://www.gardenhotelcampina.com/ > Acesso em 6 de Novembro de 2009.
GARDEN HOTEL CAMPINA GRANDE: Resort e Centro de Convenções. Garden Hotel.
Grande como Campina Grande!. Campina Grande, s.d. Folder.
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