O SR

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O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL/PE pronuncia o seguinte
discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados: A moeda de
Pernambuco, no comércio exterior, continua sendo o açúcar pelo
que divulga o Ministério do Desenvolvimento, nesta semana, com
larga vantagem, apesar de uma ou outra exportação diferenciada
como o alumínio que a ALCOA produz. Nos 9 primeiros meses do
ano, a produção de açúcar bruto aumentou 57%, passando de US$
44,3 milhões em 2003 para US$ 70 milhões em 2004 (igual
período). As exportações de alumínio da ALCOA atingiram 19,1
milhões de dólares, representando um volume significativo, contra
7,1 milhões de dólares em 2003 (igual período).
A Phillips Eletrônica é outro exemplo de multinacional
localizada em Pernambuco que está investindo na promoção de
vendas no mercado externo, para atender à demanda de lanternas
destinadas ao setor de veículos automotores nos mercados norteamericano e japonês. As exportações, até agora, já contabilizam
US$ 4,5 milhões.
As estimativas do Ministério do Desenvolvimento são otimistas
para o Estado de Pernambuco: uma perspectiva de exportações
globais da ordem de US$ 445 milhões, mas – registre-se – nesse
total o açúcar e o álcool continuam a representar um forte
contributo, com um saldo de US$ 341 milhões nos primeiros nove
meses do ano, considerando-se, ainda, o fato de que estamos em
plena moagem da safra 2004/2005. Os dirigentes do Sindicato da
Indústria do Açúcar no Estado de Pernambuco esperam que as
vendas em outubro, novembro e dezembro atinjam mais US$ 90
Açúcar, Moeda de Pernambuco
2
milhões, para o setor externo, enquanto as vendas de álcool
podem acrescentar mais US$ 10 milhões.
Houve época em que o açúcar era vilipendiado como produto
de exportação do Nordeste, com um debate acirrado na imprensa
especializada sobre as “vocações” da Zona da Mata, chegando
alguns a sugerir plantios alternativos de seringueira e café, como
se fossem substitutos imediatos da cana-de-açúcar que, desde o
século XVI, sustenta boa parte da economia de quatro Estados da
região e trouxe, queiram ou não os detratores, a civilização e a
cultura ao Nordeste do Brasil.
A vocação das terras do litoral úmido para o plantio da canade-açúcar parece estender-se aos empresários: são mais de uma
dezena os empresários de Pernambuco e Alagoas que hoje
promovem negócios de açúcar e álcool no Centro-Oeste e no
Sudeste do País. Um deles – Jorge Cavalcanti Petribu , filho de
uma das mais antigas famílias do Nordeste brasileiro – inaugurou,
recentemente, moderníssima usina de açúcar e destilaria de álcool
em São Paulo. Um exemplo dignificante para a classe empresarial
do setor sucro-alcooleiro de Pernambuco.
Muito obrigado!
Sala das Sessões, em 27 de outubro de 2004.
Deputado INOCÊNCIO OLIVEIRA
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