XXXIII Congresso Brasileiro de Reumatologia

Propaganda
Edição:
01
2016
Apoio:
Brasília
Quinta feira, 25 de Agosto
|
http://sbr2016.com.br
Congresso busca o estado
da arte em reumatologia
Entrevista
Lícia Mota comenta
proposta inovadora de unir
reumatologia e arte
|
3
Destaques do dia
Novos protocolos para
uso de corticoide em AR
4–5
Mesa do cerimonial de abertura
A
Panorama
Cleandro Albuquerque conta
o planejamento por trás do evento
6
Pré-Congresso
Campanha estimula doação
de medula óssea
Curso debate novos
alvos terapêuticos
7
cidade de Brasília recebe, após quase 25
anos, mais um Congresso Brasileiro de
Reumatologia, em sua 33ª edição, e com uma
iniciativa inovadora, abrindo espaço para a arte.
“Convidamos a todos para discutir as inovações
científicas da reumatologia mundial, para compartilhar os progressos da reumatologia brasileira, para ensinar, aprender, congraçar, para viver
e respirar a medicina”, destacou a presidente do
Congresso, Lícia Maria Henrique da Mota, e idealizadora da proposta de um “congresso diferente”.
Em seu discurso, durante a cerimônia de abertura do Congresso, Lícia destacou a proposta de
associar reumatologia e arte. “Inspirado no fato
de sermos patrimônio cultural da humanidade, e
um grande museu a céu aberto, idealizamos um
congresso científico de reumatologia, por assim
dizer, mas também um congresso de arte”, disse a
presidente. A grade científica segue a tradição dos
grandes eventos científicos da área, mas que agrega muitas inovações. “Nossas discussões científi-
cas serão emolduradas pela arte”, disse destacando
pontos como as muitas mesas redondas, com títulos cinematográficos e que serão adornadas por
momentos da arte, em que serão abordarão os
pontos de intersecção entre reumatologia e arte.
A presidente do Congresso convidou a todos
para, além de participar do debate científico,
que busquem conhecer uma Brasília diferente.
“Queremos que vocês se encantem com nossos
belos palácios, nossos grandiosos eixos, nossas
praças de muitos poderes, nossos parques de
verde absoluto, nossos ipês coloridos, nosso céu
inigualável.” A presidente agradeceu à presença
de mais de 2300 congressistas, 300 convidados,
12 palestrantes internacionais, com 700 trabalhos
científicos submetidos. “Comemoramos a possibilidade de realizar um dos maiores congressos
de reumatologia do mundo com uma estrutura
inédita, de 13 mesas simultâneas, totalizando um
número extraordinário de mais de 120 sessões
continua pág. 02
para um único evento.”
2
Cerimônia de Abertura
Participaram da cerimônia de abertura do evento personalidades como César Emile Baaklini,
presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, assim como o novo presidente eleito,
Georges Basilie Christopoulos, a presidente da
Sociedade Brasileira de Reumatologia de Brasília,
Ana Patrícia de Paula, os presidentes de Honra do
XXXIII Congresso, Lucia Maria Gonçalves
Macedo e Francisco Aires Corrêa Lima, o diretor
Científico do evento, Rodrigo Aires Corrêa Lima
e o diretor de Reumatologia e Arte do Congresso,
Cezar Kozak Simaan. “Reumatologia é uma arte,
vamos celebrar nos próximos dias, teremos um
grande congresso que buscará o estado da arte em
reumatologia”, disse Simaan.
A cerimônia de abertura contou, também, com
a entrega do Prêmio Pedro Nava, conferido pela
Sociedade Brasileira de Reumatologia. O diretor
científico da sociedade, Paulo Louzada Junior,
destacou a relevância do prêmio, destinado ao
autor brasileiro, nato ou naturalizado, que mais
se destaque no biênio que anteceda o congresso
da sociedade referente à publicação efetiva de
capítulos de livros, artigos em periódicos científicos brasileiros ou estrangeiros, e em edição de
livros versando sobre assuntos científicos na área
da reumatologia. O vencedor foi Clovis Artur
Almeida da Silva.
A cerimônia contou também com a passagem
simbólica do cargo de presidente da Sociedade
Brasileira de Reumatologia, César Emile Baaklini,
para o novo presidente, Georges Christopoulos.
Um vídeo, idealizado pela comissão organizadora do evento, fez uma homenagem a Brasília e
sua arte, utilizando um extenso registro fotográfico organizado pela médica reumatologista Hellen
Mary da Silveira de Carvalho especialmente para
o congresso.
Paulo Louzada Junior e
Clovis Artur A. da Silva
C
oube a uma carioca, formada pela Universidade
do Estado do Rio de Janeiro e que há 19 anos vive
em Brasília, o registro da cidade em fotos e organização
do vídeo de abertura do Congresso de Reumatologia.
Hellen Mary da Silveira de Carvalho, atualmente preceptora de ensino em Residência Médica de Reumatologia no Hospital de Base do Distrito Federal, começou
a fotografar como hobby durante viagens de estudo,
publicando os registros no Flickr, rede social para fotógrafos amadores e profissionais. “Algumas delas se destacaram, o que resultou em uma entrevista a um jornal,
duas fotos reproduzidas em tela por um artista plástico
nos Estados Unidos e outras expostas em sites de poesia e turismo”, comenta Hellen que, no ano passado,
ganhou um concurso internacional. “Fotografo pessoas
e retrato o cotidiano nas ruas. A fotografia para mim é
uma fuga para aliviar o stress do dia a dia.”
O Jornal Diário do Congresso da Sociedade Brasileira
de Reumatologia é uma realização da Associação de
Pesquisa Clínica (APC), com apoio do Acreditar –
Grupo Oncologia D’Or.
Editor Clínico:
Gustavo de Paiva Costa
Diagramação/Prepress:
Ione Franco | [email protected]
Publisher:
Simone Simon | [email protected]
Fotos:
Rodrigo Meireles
Raphaell Neto Ilha
Jornalista Responsável:
Jiane Carvalho (MTb 23.428) | [email protected]
www.oncologiador.com.br | Telefone: (21) 2126 0150
Jornalista
Sofia Moutinho | [email protected]
Impressão: Gráfica Positiva
Tiragem: 2.500
Entrevista
3
“Vamos unir discussão
científica de alto nível com arte”
M
édica reumatologista, coordenadora da
Comissão de Artrite Reumatoide da
Sociedade Brasileira de Reumatologia
(SBR) e responsável pelo Coorte Brasília, a presidente do XXXIII Congresso Brasileiro de Reumatologia é, acima de tudo, uma entusiasta do conhecimento e da arte. Lícia Maria Henrique da Mota
idealizou a proposta inovadora do evento deste
ano, associando reumatologia e arte, e transformou
o Congresso em uma grande galeria de arte. “A sociedade médica de reumatologistas de Brasília está
muito engajada no evento, que volta à capital federal quase 25 anos depois, e o sucesso dos próximos
dias é muito importante para todos nós”, destaca a
presidente lembrando que o grupo de reumatologistas da capital federal é jovem, com dois terços do
corpo clínico com menos de 40 anos. “É um grupo
muito motivado, unido e com bastante vontade de
aprender. ” Na entrevista abaixo, a reumatologista
fala sobre o desafio de elaborar o maior evento da
área do país e da proposta de unir discussão científica de alto nível com arte.
JD | Como foi a decisão de fazer um congresso
de reumatologia com espaço para arte?
Frida Kahlo, na artrite reumatoide temos espaço
para menções à Édith Piaf, que sofria com a doença e assim por diante. Isto sem falar das referências
temáticas associadas com filmes – feito tudo com
muito cuidado – e as oficinas de cinema, literatura e culinária. É importante destacar que todas
as oficinas de arte são dadas por reumatologistas.
Licia | Alguns congressos da Sociedade têm temas específicos outros não. Os dois últimos, em
Belo Horizonte e Curitiba, não tiveram. Decidimos que o evento aqui em Brasília voltaria a ter
um tema e optamos por uma abordagem inovadora, que explora o conceito de arte. Entendo que
a arte e a ciência têm muito em comum, fruto do
pensamento humano, mas que apenas se expressam de formas diferentes. Mantivemos a abordagem científica que sempre caracteriza os congressos e acrescentamos a experiência com a arte.
A expressão “estado da arte” que sempre usamos
para nos referir a mais avançada e qualificada
produção de um tema também nos inspirou, é
um trocadilho que serviu de inspiração. O corpo
humano, que é ricamente apresentado em diversas formas de arte, também é objeto de trabalho
de nós reumatologistas.
JD | De que forma vai se dar esta integração entre temas científicos ligados à reumatologia e
arte nestes dias de Congresso?
Licia | Além de o espaço do Congresso ter sido
transformado em uma grande galeria de arte, o
tema permeia todos os momentos do evento incluindo os espaços científicos. Por exemplo, nas
discussões sobre dor há referência à mexicana
JD | Pelo caráter inovador da proposta, vocês tiveram alguma resistência ao definir esta forma
inovadora associando ciência e arte?
Licia | Não tivemos qualquer resistência ao escolher o tema reumatologia e arte para o congresso porque, entre outras coisas, somos um grupo
muito unido aqui em Brasília. É uma grande satisfação, quase 25 anos depois, o evento voltar à
capital federal. E mesmo com todo o cuidado ao
montar a parte artística do evento, claro que não
descuidamos da parte científica, fundamental
para a atualização dos profissionais. São mais de
120 sessões, o que faz do evento um dos maiores
já realizados em reumatologia, serão 13 salas paralelas. E ao todo temos mais de 2.100 inscritos.
JD | O que você destacaria do evento?
Licia | Eu destacaria duas abordagens, ou temas,
importantes. São assuntos que não têm uma
resposta única, imediata. Criamos, até por uma
referência ao local do evento, Brasília, espaços
Lícia Maria Henrique da Mota
que chamamos de CPIs, onde a abordagem será
de temas polêmicos, com objetivo de instigar o
debate, a participação das pessoas. Outro destaque é a forma diferente de tratar a produção
científica. Tivemos mais de 800 trabalhos submetidos a nós, aprovamos mais de 500 e 21 foram
selecionados como temas livres. Diferentemente
do que ocorre em outros congressos, a apresentação dos temas livres será oral. Fizemos de uma
forma que garantisse a atenção para a produção
científica nacional. Todas as sessões estarão com
a apresentação dos temas livres, evitando dispersão. São 21 temas escolhidos apresentados em
7 sessões simultâneas com 3 temas cada.
JD | Como você avalia a produção científica nacional em reumatologia? Tem evoluído?
Licia | A produção cientifica nacional na área
tem os mesmos problemas de falta de apoio que
ocorre em outros setores, mas tem crescido tanto
em volume como em qualidade. Precisamos sim
de mais apoio e visibilidade. Há pesquisadores
nacionais com renome e projeção lá fora, mas temos muito a avançar. Por exemplo, começamos
só agora a ter o PDT (Programa de Desenvolvimento e Tecnologia), temos pouca produção de
fármacos para a área das doenças reumáticas, e
nenhum fármaco biológico sendo feito aqui. Há
muito que melhorar. =
4
Destaques do dia
]] Uso de corticoides
]] Sexualidade
Georges Basile Christopoulos propõe debate sobre redução no uso ou
Hellen Mary da Silveira de Carvalho chama a atenção para o preconceito
substituição destas drogas
de médicos e pacientes com o tema
O
sexualidade como parte de
um projeto para melhorar a
qualidade de vida e reintegrar o
paciente ao convívio social e relacionamentos é o foco da mesa
redonda sobre sexualidade, com
o título “Sex and the City...and
Rheumatology” marcado para
esta manhã e cujo comando cabe à
médica Hellen Mary da Silveira de
Carvalho, do Hospital de Base do
Distrito Federal. Um dos pontos
importantes, que deve ter espaço
nos discursos dos palestrantes,
é o preconceito tanto de médico
como de pacientes para falar do
assunto.
“O tema é pouco abordado por ambas as partes, por vergonha por parte do paciente e por falta de interesse da maioria dos médicos diante
da própria formação na maioria das faculdades que está mais voltada à
terapêutica do que na relação médico-paciente”, comenta Hellen, lembrando que não há protocolos estabelecidos sobre o assunto.
A coordenadora da mesa lembra, também, que os reflexos na vida sexual independem do tipo de doença reumática, mas sim do grau de incapacidade física que cada uma delas vai causar e isto está diretamente
relacionado à precocidade do diagnóstico e do tratamento, ou seja,
quanto mais cedo diagnosticar e tratar, menos deformidades. “Outros
limitantes para relacionamentos são os eventos adversos que podem
causar alguns medicamentos como queda de cabelo com o metotrexate
ou acne, obesidade, estrias com o corticoide distanciando o paciente
da ‘coragem’ por alguns pacientes de se expor a um parceiro.” Há, ainda, em terceiro plano, sintomas relativamente comuns em pacientes
reumáticos como dor, cansaço e rigidez matinal durante os períodos
de maior atividade de doença, para aqueles que não respondem bem ao
tratamento, que também afetam a vida sexual. “Outro grande receio e
angústia que os pacientes trazem é sobre a possibilidade de seus filhos
nascerem com a sua doença.”
Também participa da mesa redonda a especialista em sexologia Carmita Helena Najjar Abdo, psiquiatra, doutora e livre-docente em psiquiatria, fundadora e coordenadora geral do ProSex do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Carmita vai falar sobre o preconceito
na abordagem da sexualidade. Espaço ainda para orientações práticas
para pacientes reumáticos, tema abordado pelo terapeuta ocupacional
e professor da UnB Pedro Henrique Tavares Queiroz de Almeida. =
uso dos corticoides foi, durante anos, a principal ferramenta no combate a uma variedade enorme de patologias reumáticas. Mas, com
o desenvolvimento de novas tecnologias, os reumatologistas passaram a
ter acesso a uma série de outras terapias sofisticadas. O tema será debatido na mesa redonda “Uso de corticoides”, cujo comando será de Georges
Basile Christopoulos, coordenador do Serviço de Reumatologia da Santa
Casa de Maceió (AL) e que é o novo presidente da Sociedade Brasileira de
Reumatologia. “Há vários pontos a serem debatidos, como o papel atual
dos corticoides, se a gama de indicações continua a mesma e se as doses
devem ser mantidas como prescritas há 5 ou 10 anos”, comenta. Também
são questionamentos importantes, levantados pelo presidente da mesa,
se o uso de corticoides em casos de Lúpus com envolvimento renal ainda é fundamental. “A idéia é mostrar quais as quais as novidades, assim
como apresentar trabalhos em que o uso dos corticoides tem diminuído,
ou substituído, e com eficiência”, comenta, citando trabalhos como o Rituxilup, que aponta o uso alternativo no Lúpus. “Somos excelentes clínicos e
o nível de atualização dos reumatologistas em geral é muito bom e eventos
como este ajudam.” =
A
Destaques do dia
5
]] Nefrite
]] Tuberculose
José Fernando Verztman, controlar a doença renal ainda é um desafio
Hilton Seda resalta a relevância da doença em pacientes reumatológicos
A
nefrite é o comprometimento visceral mais frequente entre pacientes com lúpus. O paciente com nefrite tem o grau de gravidade da doença elevado em comparação com o paciente com sintomas
gerais. A mesa redonda “Efeito borboleta: O presente e o futuro da
nefrite lúpica”, presidida por José Fernando Verztman (RJ) com moderação de Daniel Feldman Pollak, vai abordar os desafios no tratamento
desse acometimento renal, destacando as melhores opções terapêuticas
para o estacionamento e a remissão da doença, envolvendo o uso de
esteroides e imunosupressores.
“Assistimos a uma melhora em termos de tratamento da nefrite lúpica
a partir da década de 1980, mas controlar a doença renal e impedir que
o paciente entre em insuficiência e diálise ainda é um desafio”, pontua
José Fernando Verztman, presidente da Sociedade de Reumatologia do
Rio e médico do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de
Janeiro. A discussão vai trazer ainda o debate sobre o diagnóstico precoce da complicação, que ainda não é tão comum como deveria ser. O
nome da mesa é uma referência a uma lesão de pele do lúpus chamada
de asa de borboleta, que acomete a região malar, próxima à bochecha
e ao nariz. =
A
tuberculose e as doenças reumatológicas estão intimamente
ligadas. Pacientes com artrite reumatoide, por exemplo, têm risco
aumentado para desenvolvimento da
TB ativa. A CPI “Tuberculose: questões polêmicas’ vai tratar da doença
em termos gerais e sua relação com a
reumatologia. Um dos destaques será
a discussão sobre a tuberculose latente, destacando os melhores meios de
diagnóstico, os avanços na prática, novos métodos de laboratório e os problemas com o uso de biológicos. “A tuberculose ainda é um sério problema
da saúde pública, com profundas raízes sociais”, destaca o presidente da
mesa, Hilton Seda.
A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos da doença e 4,6 mil mortes. O Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. =
Panorama
6
“Conforto e inovação”
O
Congresso Brasileiro de Reumatologia
deste ano contou com mais de dois mil
e trezentos inscritos de várias regiões do
país e perfis diversos, entre médicos, residentes,
pós-graduandos, acadêmicos de medicina, outros profissionais de saúde e acompanhantes. Um
público que vai transitar por 11 salas e usufruir
de 450 palestras atividades paralelas.
A programação grandiosa acompanha uma infraestrutura à altura e inovadora, a começar pela
abordagem artística que permeia o congresso,
mas não parando por aí.
Essa edição do congresso conta com diversos
itens de conforto e conveniência como uma praça
de alimentação dentro do centro de convenções,
uma praça central de convivência, internet sem
fio gratuita de alta velocidade em todos os espaços e posicionamento estratégico e totens para
carregamento de celulares e tablets posicionados
estrategicamente por todo o espaço do evento.
“O que estamos fazendo é trazer a arte em
suas várias expressões para dentro do congresso, sem, todavia, descaracterizar o que de
fato ele representa: um evento médico-científico de altíssimo nível, a saber, o mais importante evento do calendário anual da reumatologia no país”, pontua Cleandro Albuquerque,
Secretário-Geral do evento. “Acreditamos que
temos utilizado uma forma de planejamento
e organização do evento inovadora em vários aspectos, seja na seleção das diversas
atividades científicas, culturais e artísticas
programadas, na utilização e otimização dos
espaços, no design dos interiores e na programação visual do evento, na relação com
patrocinadores, na concepção da comercialização de meios de divulgação de marcas, no
marketing institucional e na infraestrutura de
apoio aos congressistas, que inclui vários itens
de conforto e conveniência.” =
Cleandro Pires de Albuquerque
O Congresso conta com apresentações artísticas diárias pela manhã, na entrada do
Centro de Convenções, com clássicos da música brasileira e internacional. Hoje, cabe ao
pianista Nanih Junho, amanhã ao violinista
João Rodrigues e, no sábado, ao saxofonista
Carlos Cárdenas. Também destacamos, hoje
a partir das 16h10, na praça Planalto Central,
apresentações de dança. E amanhã, no mesmo local às 12 horas, teremos uma oficina de
desenho de modelo vivo.
Confira o Mapa do XXXIII Congresso Brasileiro de Reumatologia
Pré-congresso
7
“O paciente em primeiro lugar”
O
paciente tem lugar de destaque no congresso deste ano. Além de ter recebido
ontem o I Encontro Nacional de Pacientes com Doenças Reumáticas, o evento está
promovendo uma campanha de captação de doadores de medula óssea. Durante todo congresso,
haverá um esquema especial de transporte para o
Hemocentro-DF, onde é possível de cadastrar no
Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea
(REDOME). Para ser doador, é preciso ter entre
18 e 55 anos. O cadastro é simples e rápido, com
uma coleta de 5 ml de sangue periférico.
O transplante de medula tem sido indicado não
apenas para doenças oncológicas, mas para al-
gumas doenças autoimunes, como a esclerose
sistêmica. “A doação de medula óssea é antes
de tudo um ato de cidadania e um bem para
toda a sociedade”, comenta a diretora social do
congresso, Luciana Feitosa Muniz. “Como profissionais de saúde que somos, este ato se torna
ainda mais especial.” =
Participe e ajude a salvar mais vidas!
Translado do Centro de
Convenções para o Hemocentro:
Dia 25 e 26 /08/2016:
saídas às 09h, 11h, 13h, 15h e 16h30;
Luciana Feitosa Muniz
Cursos
O
programação pré-congresso contou
com 11 cursos de atualização e revisão em
reumatologia e áreas
correlatas à reumatologia. Foram ministrados
cursos com viés mais
prático, como densitometria óssea, ressonância e capilaroscopia periungueal, e
outros mais abrangentes passando
por temas ligados a novas formas de
tratamento, dor, evidências médicas
e sistemas editorial de publicação
científica. A programação favoreceu o encontro entre profissionais
de pesquisa e aqueles que estão na
ponta, atuando na clínica diária e
no tratamento de pacientes. “Foi
uma oportunidade muito interessante de conversar com o pessoal da
pesquisa básico, de pensar em medicina translacional, que é a melhor
forma de tratarmos bem as nossas
Dario Zamboni
O
s novos alvos terapêuticos para o
tratamento de doenças reumáticas foram tema do curso “Imunologia
Aplicada à Reumatologia: Novos Alvos Terapêuticos”. Médicos e pesquisadores trouxeram estudos que apontam
para novos caminhos de tratamento
Roger Levy e
Simone Appenzeller
doenças”, comentou o reumatologista Paulo Louzada Junior, coordenador do curso “Imunologia Aplicada à Reumatologia: Novos Alvos
Terapêuticosos” =
com o desenvolvimento de drogas
que atuam na inibição dos processos
inflamatórios e da dor. Dario Simões
Zamboni, da USP de Ribeirão Preto (SP), apresentou sua pesquisa que
investiga os mecanismos de bactérias
“antiinflamatórias”, que inibem a ativação dos inflamassomas, estruturas
que são ativadas quando a membrana
celular é danificada, desencadeando
o processo inflamatório. A equipe de
pesquisa do médico tem identificado proteínas expressas pela bactéria
Coxiella burnetii que inibem os inflamassomas. Essas moléculas têm
potencial de servir como base para o
desenvolvimento de drogas voltadas
para o bloqueio da inflamação crônica, presente em doenças como a gota
e o Alzheimer. “Estudar essas bactérias nos pareceu a melhor maneira de
combater a inflamação”, diz Zamboni.
“São microorganismos que evoluíram
por milhões de anos e desenvolveram
técnicas de burlar o sistema imune.”=
Download