Novos modelos de gestão para os serviços de urgência

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Novos modelos de gestão
para os serviços de
urgência
Welfane Cordeiro junior
“A teoria dos germes de Louis Pasteur é uma ridícula ficção”
(Pierre Pochet, professor de Fisiologia em Toulouse, 1872)
“Quando a Exposição de Paris se encerrar, ninguém mais ouvirá falar em luz elétrica”
(Erasmus Wilson, da Universidade de Oxford, 1879)
“O cinema será encarado por algum tempo como uma curiosidade científica, mas não terá
futuro comercial”
(Auguste Lumière, 1895, a respeito de seu próprio invento)
“O Raio-X é uma mistificação”
(Lord Kelvin, físico e presidente da British Royal Society of Science, 1900)
“Recuso-me a acreditar que um submarino faça outra coisa além de afundar no mar e
asfixiar sua tripulação”
(H.G.Wells, escritor inglês, 1902)
“O avião é um invento interessante, mas não vejo nele qualquer utilidade militar”
(Marechal Ferdinand Foch, titular de estratégia na Escola Superior de
Guerra da França, 1911)
“Até julho sai de moda”
(Revista Variety, sobre o rock’n’roll, março de 1956)
“O cinema sonoro é uma novidade que durará uma temporada”
(Revista American Cinematographer, 1900)
“A televisão não dará certo. As pessoas terão que ficar olhando sua tela, e a família
americana média não tem tempo para isso”
(The New York Times, 1939, na apresentação do protótipo de um
aparelho de TV)
October 9 1954: Patients queue at the emergency
department at St Bartholomew's hospital, London
Superlotação
Uma crise Mundial
 Departamentos de urgência(Pronto-socorros) sempre lotados
 Dificuldade de internação dos pacientes
 Recusa de recebimento de ambulâncias
 Transporte fragmentado e desorganizado
 Ausência de atendimento especializado
 Atendimento e lotação nos serviços de urgência de pacientes de baixo
risco
 Sistema despreparado para maxi-emergências ou aumento da procura
Hospital-Based Emergency Care: At the Breaking Point
http://www.nap.edu/catalog/11621.html
Increase demand
Outpatient and ED consults in the NHS
(per 1000 inhabitants)
INE, National Institute of Statistics
Hospital deaths in Portugal from 1958 to 2000
Luís Campos, 2001
“Patient´s Quality Culture”
•Drive in if possible
•24 hour service
•Minimal waiting time
•“Convenience care”
•Ordered care: ”I Want
a surgeon with some
Lab and an Xray on the
side”
Freitas.P.
Mudança epidemiológica
AS DIFERENÇAS ENTRE AS CONDIÇÕES AGUDAS E AS CONDIÇÕES
CRÔNICAS DE SAÚDE
CONDIÇÕES CRÔNICAS
CONDIÇÕES AGUDAS
•
•
•
•
•
•
•
•
•
DURAÇÃO CURTA
MANIFESTAÇÃO ABRUPTA
AUTOLIMITADAS
DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO
USUALMENTE PRECISOS
INTERVENÇÃO USUALMENTE
EFETIVA
RESULTADO: A CURA
CENTRADAS NO CUIDADO
PROFISSIONAL
CUIDADO CENTRADO NO
MÉDICO
CONHECIMENTO E AÇÃO
CLÍNICA CONCENTRADOS NO
PROFISSIONAL









DURAÇÃO LONGA
MANIFESTAÇÃO GRADUAL
NÃO AUTOLIMITADAS
DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO
USUALMENTE INCERTOS
INTERVENÇÃO USUALMENTE COM
ALGUMA INCERTEZA
RESULTADO: O CUIDADO
CENTRADAS NO AUTOCUIDADO
ORIENTADO
CUIDADO MULTIPROFISSIONAL
CONHECIMENTO E AÇÃO CLÍNICA
COMPARTILHADOS PELOS
PROFISSIONAIS E USUÁRIOS
FONTE: VON KORFF (1997); HOLMAN & LORIG (2000);
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (2003); MENDES (2009)
A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO
BRASIL
FONTE: IBGE
(2004)
OS GRANDES MOVIMENTOS DA
GESTÃO DA SAÚDE NO SÉCULO XXI

DA GESTÃO DAS CONDIÇÕES AGUDAS PARA A GESTÃO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS

DA GESTÃO BASEADA EM OPINIÕES PARA A GESTÃO BASEADA EM EVIDÊNCIAS

DA GESTÃO DOS MEIOS PARA A GESTÃO DOS FINS
FONTE: MENDES (2004)
O Desafio do sistema de
urgência
 Right patient
 Right time
 Right place
 Right team
 Right resource
Michael Porter
“A área da saúde pratica a
medicina do século XXl com os
modelos de gestão do século
XlX"
Quais as estratégias?
 Quem entra?
 Pré triado ou não?
 Qual o mapa do fluxo?(percurso)
 Metas e locais diferentes para pacientes diferentes
 Como sair?
ENTRADA
CUIDADO DE
EMERGÊNCIA
Pacientes gravemente
doentes e lesionados
provenientes da
comunidade
Encaminhamento de
pacientes com condições
emergenciais
CUIDADO URGENTE
NÃO-PROGRAMADO
Falta de competência
para o cuidado nãoprogramado no sistema
de cuidado ambulatorial
Desejo de cuidado
imediato (p. ex.,
conveniência, conflitos
com o trabalho, deveres
familiares)
CUIDADO DA REDE
DE SEGURANÇA
Populações vulneráveis (p.
ex., idosos, pacientes nãosegurados)
Barreiras ao acesso (p. ex.,
financeiras, transporte,
seguro, carência da fonte
usual de cuidado)
PROCESSAMENTO
SAÍDA
Regulação e
encaminhanhe
nto
O paciente chega no
PS
Demanda
por cuidado
no PS
Classificação do
risco e fluxo de
encaminhamento
Avaliação e
tratamento no PS
Alojamento no PS
de pacientes
encaminhados para
a Internação
Fonte:JCAH
Falta de acesso ao
cuidado continuado
Sai sem
tratamento
completo
Acomodação
do paciente
Carência de leitos
equipados
disponíveis na
internação
Sistema de
cuidado
ambulatorial
Transferência
para outro local
(p. ex., enfermagem
especializada, hospi
tal de referência)
Admissão no
hospital
SISTEMA DE CUIDADO AGUDO
Conhecendo o problema
Quality perception
O que aumenta a
satisfação do paciente
 Empatia/atitude
 Tempo de espera
 Competência técnica percebida
 Controle da dor
 Informação
Welch, S.J. (2010). Twenty years of patient satisfaction research
applied to the emergency department: A qualitative review.
American Journal of Medical Quality, 25(1), 64-72.
PREMISSAS
A gestão de um departamento de urgência é complexa mas é
totalmente factível
Em torno de 60% dos problemas de superlotação têm solução no
próprio hospital .
70% dos medicamentos usados no P.S. corresponde a no máximo
20 tipos de medicações assim como também grande parte dos
exames feitos não determina nem modifica a conduta.
Calculando o risco de superlotar(número de atendimento por
ano/ número de leitos)
As estratégias de gestão estão associadas a uma combinação de
separação do fluxo à partir do risco, de metas de tempo de
decisão e de mudanças no modelo de regulação interna dos
leitos, além do rearranjo estrutural.
Quais as chaves do
sucesso?
 Liderança
 Processos mapeados e efetivados
 Gestão e uso efetivo das informações
 Fazer o diagnóstico correto do problema e tratá-lo
corretamente
The Hospital Executive’s Guide to Emergency Department Management 2010
Separar os problemas
Problemas de entrada
Problemas de passagem ou
processamento
Problemas de saída
Problemas de entrada
 Aumento das condições crônicas
 Falta de acesso à atenção primária e ambulatorial
 Facilidade de acesso a exames e imagens
 Rede de proteção social fragilizada
 Volume de pacientes (principalmente os de baixo risco)
© David Carson
Fast Track
A passagem pelo Pronto
Socorro
A gestão Clínica
PRINCÍPIOS
 O paciente deve ser o centro do pronto-socorro
 A estrutura deve “girar” em torno do paciente(flexível)
 A base da organização interna e o “input” deste ciclo é a
classificação de risco
 O ciclo da passagem do paciente no P.S. se baseia em 4
tempos
 Separar pacientes por risco(clusters)
 O alvo final desse ciclo é a tomada de decisão médica
Cordeiro Junior 2009
A Classificação de Risco :
Foi desenvolvida para
estabelecer prioridades
Classificação de Risco
 Início do processo de
gestão do risco clínico
Prioridade
Como estudar e validar sistemas
de classificação de risco?
 São estudados como sistemas de diagnóstico
laboratorial(ex: glicemia de jejum para rastreio de
diabetes)
 Sensibilidade > especificidade(curva roc etc..)
 Dificuldade com “gold standard”
 Multiplicidade de tipos de pacientes
 Concordância entre executores(Kappa)
 Avaliar desfecho clínico
Fluxo
 Processo de manejo clínico
Direcionamento
(mapa)
Chaves para o manejo do
fluxo

Adequar a capacidade à demanda

Monitorar o fluxo dos pacientes em tempo real

Prever adaptações à demanda

Gerenciar, reduzir ou eliminar a variabilidade.

Prever a demanda para os serviços

Entender as implicações e a percepção sobre as filas e sobre a “queue theory"

Entender as implicações e os aspectos da “teoria das restrições”

Leve sempre em conta que o serviço de urgência é parte de um sistema

The Hospital Executive’s Guide to Emergency Department Management
Classificação de riscos e
fluxos
São compatíveis?
O risco não termina!
36
O Início do desenho
Existem 50 fluxogramas e 5
prioridades
Existem 250 possibilidades ou
mais?
Salford Royal Hospitals Foundation Trust
Streaming patients to the appropriate service:
Urgent Care Centre
Trauma Resuscitation Centre
Primary Care
GI bleeding
R
R
Ma
PC
PC
Headache
R
R
Ma
PC
PC
Head Injury
R
R
Ma
UCC
SC
Irritable Child
R
R
MaP
PC
PC
Limb Problems
R
R
Ma
UCC
PC
Major Trauma
R
R
Ma
Mental Illness
R
Ma
PSY
PSY
Neck Pain
R
Ma
UCCP
PC
SC
Palpitations
R
R
Ma
PC
PC
Pregnancy
R
R
MaP
PC
PC
PV bleeding
R
R/Ma
MaP
PC
PC
Rashes
R
R
UCCP
PC
SC
Self Harm
R
R
UCC/
PSY
UCC/
PSY
Sexually acquired infection
R
R/Ma
UCC
PC
SC
Shortness of breath in adults
R
R
Ma
PC
PC
Shortness of breath in children
R
R
Ma
PC
PC
Sore throat
R
Ma
UCC
PC
SC
Testicular pain
R
Ma
UCC
UCC
PC
Torso injury
R
R
UCC
UCC
PC
Unwell adult
R
R
MaP
PC
PC
P
Ma
PC
PC
Unwell child
R
R
Urinary problems
R
Ma
MaP
PC
PC
Worried parent
R
R
MaP
PC
PC
Wounds
R
R/Ma
UCC
UCC
SC
AREA PRONTO SOCCORSO
Area emergenza
polizia
caposala
psichiatria
flussista
Visita codici verdi e gialli
Osservazione intensiva
–shock room
Relax
personale
Osservazione
breve
angio
Area
triage
endoscopia
TAC 1
rx
eco
Sala gessi
attesa
TAC 2
Area Radiologia
40
27/03/2007
Area ambulatori
O EFEITO DA ARQUITETURA
EQUIVOCADA
Developing Models for Patient Flow and
Daily Surge Capacity Research
Brent R. Asplin, MD, MPH, Thomas J.
Flottemesch, PhD, Bradley D. Gordon, MD
ACADEMIC EMERGENCY MEDICINE 2006; 13:1109–1113 ª 2006 by the Society for Academic Emergency Medicine
Fonte:HFF
43
Fonte:HFF
44
45
Princípios Lean
Variação de atendimento do Pronto Socorro em 1
dia da semana
90
80
70
60
50
Série1
40
30
20
10
0
1
2
3
4
Fonte: P.S
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Diagrama do spaghetti
Exemplo
 No P.S. vc tem 30 camas, e chegam 8 pacientes por hora.
Qual a quantidade de camas, enfermeiros e médicos?
 O fluxo é Enf-Méd-Enf-Méd-Enf
 A média de tempo de passagem(entrada, tratamento e
saída) é de 180 minutos
Medindo o tempo do
processo
 Enfermeira- 20 minutos
 Consulta do Médico-15 minutos
 Tratamento enfermeira- 20 minutos
 Reavaliação médica- 15 minutos
 Alta pela enfermagem- 20 minutos
Qual o cycle time?
 Enfermeira- 60 minutos
 Médico- 30 minutos
 Tempo total- 180 minutos
Quantas camas são
necessárias?
 Divida o tempo total pelo cycle time em questão
 Médicos 180/30=6
 Enfermeiros 180/60=3
Se vc tem 8 pacientes chegando por hora,
quantos médicos e enfermeiros vc
precisa?
 TAKT Time- 60 min/8 pcts=7,5 min
 Cycle time dos médicos-30 min/7,5 min=4
 Cycle time dos enfermeiros- 60 min/7,5=8
 Cycle time das camas- 180 min/7,5 min= 24
 Resposta: Deixe 6 camas fechadas e trabalhe com 4
médicos e 8 enfermeiros com 6 camas por médico e 3
camas por enfermeiro
A teoria de filas
Como calcular a espera?
 Usando fórmulas (steady-state) para certas interfaces das
filas(ou encontro dos processos)
 Wq= λ/μ(μ-λ)
 Pode ser simulado em computador(softwares)
 Usar modelo no Excel
Exemplo de planilha
Customizar as variações e
os coeficientes
Os números
Avaliar o coeficiente do
serviço
Calcular o recurso pela
demanda(análise do staff)
Jody Crane, Chuck Noon
HMT
Trabalhar com metas de
tempo
 Tempo de inscrição até a classificação de risco
 Tempo entre a classificação de risco e o primeiro olhar
médico
 Tempo entre o primeiro olhar médico e a decisão
final(alta do P.S)
 Tempo total do episódio(soma dos 4 tempos)
Tempo é vital
RISCO RELATIVO
VERMELHO
LARANJA
AMARELO
VERDE
AZUL
SEM
TRIAGEM
Readmissão até às 72h
0,00
0,84
6,54
0,58
0,00
0,00
Duração superior a 6h
1,33
3,52
3,98
0,38
0,67
0,00
Internação diferente de Cuidados
Intensivos
5,74
7,16
2,45
0,19
0,10
0,27
511,63
0,79
0,24
0,00
0,00
3,86
Realização de 2 ou mais análises
iguais
0,00
0,84
6,54
0,58
0,00
0,00
Realização de 2 ou mais análises
diferentes
1,39
5,97
2,64
0,11
0,00
0,00
Realização de 2 ou mais exames
de imagiologia
0,60
7,52
4,31
0,20
0,14
0,02
Realização de 2 ou mais
medicações EV
1,45
1,68
6,12
0,37
0,15
0,05
Observação por 2 ou mais Médicos
0,95
3,89
3,87
0,35
0,08
0,00
Internação em Cuidados Intensivos
Machado 2007-Tese de MestradoUniversidade Nova de Lisboa
O Fluxo pela gravidade
Os pacientes instáveis
A sala vermelha
(shock room)
 Leva o conceito da terapia intensiva para o serviço de
urgência
 Deve estar sempre vazio(fluxo rápido)
 O paciente só deveria sair estabilizado
 Point of care
 Áreas de 25 a 35 m² por leito.
SALA VERMELHA NIGUARDA
SHOCK ROOM BALTIMORE
Os pacientes de baixo
risco
A decisão rápida
A estratégia do
atendimento rápido
 Selecionar os pacientes de baixo risco pela classificação
de risco
 Um local separado
 Equipe de médicos e enfermeiros dedicada
 Acesso fácil ao serviço de urgência principal ou aos
recursos deste.
 Utilizar médico mais experiente
 Pode funcionar em horários de maior pico de pacientes
ÁREA DE FAST
TRACK
As evidências
 Aumenta a satisfação (Meislin at al-1988)
 Reduz tempo de permanência e uso de soroterapia e pedidos
de exames (Hampers et al.-1999) (J.Considine-2008)
 Reduz o custo variável , sem cair a qualidade da assistência , é
portanto mais eficiente (Hampers et al.-1999)
 Nenhum estudo mostrou efeitos adversos do modelo, e é
seguro.
 O único problema foi o aumento da procura pelo serviço, que
faz com que as fontes pagadoras tenham maior despesa.
Emergency Department Fast-Track System
Prepared by: Philip Yoon, BMSc, MD, CCFP(EM), MBA –HTA
2003
Os pacientes
intermediários e a
decisão clínica
Decisões difíceis
mudança de conceitos
 Muda a lógica da gestão-Observação para decisão clínica
 Engloba conceitos de áreas como a cardiologia (unidade vascular)
 Tempos-meta para decisão.(menos de 24 horas)
 Pode separar por áreas de tempos sequenciais
 Paciente monitorizado.
 Point of care(beira do leito) e exames padrões próximos.
 Inicia tratamentos de protocolos(ex: sepse)
 Gestão clínica (médico decisor)
T.B. Hassan-Emerg Med J 2003;20:123–125
REINO UNIDO
UNIDADE DE DECISÃO CLÍNICA HFF
A tomada de decisão médica:
as variáveis de controle
 Exames
 Radiologia
 Segunda opinião
 Medicações
Waste
Number of appropriate investigations according to the Guidelines for the assessment of
common clinical conditions (n=3529).
Rehmani R , and Amanullah S Postgrad Med J
1999;75:662-666
Copyright © The Fellowship of Postgraduate Medicine. All rights reserved.
Resultados
Total investigations done
In total, 22 655 investigations were done. The most common investigation was
serum electrolytes, which influenced the diagnosis in only 2.7% of cases and
influenced the management of only 2.6% of patients in the ER.
Investigations that influenced diagnosis
Amylase (53.0%) was found to be most helpful investigation while clotting
studies, blood cross-match and cardiac enzymes (0% each) were not helpful in
influencing the diagnosis. With the exception of arterial blood gases (18.8%), all
other investigations were helpful in less than 10% of patients.
Investigations that changed patient care
The results were similar to those that influenced diagnosis except that arterial blood
gases were as useful as amylase estimations (53.0%).
Investigations that influenced the decision to admit
The results were similar to those that influenced diagnosis except that cardiac
enzymes helped in making a decision to admit 19.6% of patients.
Rehmani R , and Amanullah S Postgrad Med J
1999;75:662-666
Influence of ER investigations on patient management (n=6401).
Rehmani R , and Amanullah S Postgrad Med J
1999;75:662-666
Copyright © The Fellowship of Postgraduate Medicine. All rights reserved.
Resumo
 Uma forma de triagem
 Separar fluxos
 Estabelecer os percursos do paciente
 Quanto maior a gravidade mais a necessidade de “point of
care”
 Mapear os percursos do paciente e os processos e estabelecer
metas de tempo para a tomada de decisão.
 Estabelecer um comando claro nos plantões e no setor de
urgência (médico ou equipe)
Problemas de saída
Origens do problema
 Demanda de leitos x oferta
 Gravidade
 Tipos de leitos
 Competição pelo recurso
 Falta de gestão clínica
 Modelo de pagamento
 Hospital x Pronto socorro
Gestão e recursos
 Falta de leitos resolutivos
 Modelo de financiamento
 Gestão hospitalar distanciada do pronto socorro
 Cultura da “paisagem”
PRINCÍPIOS

Mensurar a demanda e a oferta

Estruturas de “passagem” “reguladas”pelo P.S (Short Stay Units)

Leitos “garantidos” para a retaguarda controlados (Leitos de agudos)

Estabelecimento de limites de lotação e tempo de saída (planos de contingência para
superlotação)

Gestão de leitos no hospital

Pactos com a rede(retaguarda)
Cordeiro Junior 2009
Onde atuar?
 Gestão de leitos
 Estratificação de risco nos leitos
 Plano de crise
 Gerenciamento clínico com metas de tempo de saída
 Unidade de internação rápida
 Em hospitais especializados, unidades reguladas pelo
serviço de urgência
Gestão de leitos
 Demanda diária média e suas variações
 Leitos específicos?
 Perfil de risco (pela triagem)
 Sazonalidade
 Gestor de leitos
 Tempo de permanência
 Taxa de ocupação
Estratificação de
risco nos leitos
Distribuição dos pontos
 Cuidados mínimos- 9 a 14 pontos
 Cuidados intermediários-15 a 20 pontos
 Cuidados de alta dependência-21 a 25 pontos
 Cuidados semi-intensivos- 27 a 31 pontos
 Cuidados intensivos- acima de 31 pontos
Plano de crise
Crise de leitos
 Engarrafamento no P.S.
 O conceito de “boarding"
 Aumenta tempo de permanência
 Aumenta morbidade
 Reduz disponibilidade da equipe
 Aumenta os custos
 Aumenta a insatisfação
Crise de leitos -respostas
 Informação sobre disponibilidade dos leitos
 Ativação de planos de contingência
 Tranferência de pacientes para outros locais
 Não aceitação de novas transferências
 Recusa de aceitação de ambulâncias
 Fechamento do hospital
https://www.nedocs.org
/Calculator
Overall Bed Needs
Afluência diária ao SUG*
≥600
≥500 e <600
≥400 e <500
<400
<40
≥40 e <55
≥ 55 e <
70
Doentes internados na UICD**
≥ 70
Action Charts
Nível 2:
Laranja
Nível 3:
Vermelho
SUG
Transferir, se possível, doentes da UICD para vagas identificadas nos pisos até alcançar 40 doentes internados na UICD*
Reforçar os recursos humanos na UICD em 1 Médico, 1 Enfermeiro e 1 AAM caso o número de doentes internados ultrapasse
os 45**
Reforçar os recursos humanos na Áreas de Atendimento em 1 Médico, 1 Enfermeiro e 1 AAM caso o número de admissões
ultrapasse as 500
Reforçar as condições hoteleiras (roupas e refeições)
Serviços
Utilizar todas as camas comuns disponíveis (incluindo as camas comuns nos pisos “cirúrgicos”)
Libertar camas de doentes com altas e forçar transferência de casos sociais
Ocupar todas as camas de retaguarda disponíveis com doentes que necessitem de cuidados pouco diferenciados
Direcção clínica e direcção de produção
Iniciar contactos com a ARSLVT com vista a fazer face a uma eventual necessidade extrema de camas
Iniciar contactos com fornecedores de camas de retaguarda para contratação de camas de “excepção”
Cancelar a actividade programada complementar se as medidas anteriores não tiverem efeito
SUG
Transferir, se possível, doentes da UICD para vagas identificadas nos pisos até alcançar 45 doentes internados na UICD*
Reforçar os Recursos Humanos na Área de Atendimento em 1 médico, 1 Enfermeiro e 1 AAM
Reforçar os Recursos Humanos na UICD garantindo um rácio de 1 médico e 1 enfermeiro para cada 8 doentes**
Criar área de excepção para doentes internados na sala de macas da área de atendimento 2
Reforçar as condições hoteleiras (roupas e refeições)
Serviços
Utilizar todas as camas no HFF
Dar altas a doentes internados que apenas aguardam MCDTs
Reforçar as condições hoteleiras (roupas e refeições)
Aumentar a dotação de camas de todos os serviços em 10%, através da utilização de macas
Direcção clínica e direcção de produção
Cancelar toda a actividade programada
Transferir doentes para hospitais da ARSLVT
Transferir doentes para camas de retaguarda “excepcionais”
* Informar a Direcção Clínica caso a medida anterior não tenha sucesso, indicando, para todos os doentes internados na UICD, a data prevista para a alta e quais os doentes estáveis e com menores
necessidades de cuidados clínicos, e, como tal, transferíveis para camas de retaguarda
** O reforço dos médicos deverá ser decidido pela direcção clínica em função dos recursos disponíveis no momento. O reforço de enfermeiros e AAMS deverá ser decidido pela enfermeira de serviço em função
dos recursos disponíveis no momento
Nota: As medidas são cumulativas, ou seja, todas as medidas de um nível inferior são accionadas quando os níveis superiores são activados
Fonte: Equipa de Projecto
102
Unidades de
internação rápida
Princípios
 Gerenciada pelo P.S.
 Definir metas de tempo
 Estratificar riscos
 Gerenciamento das ações(Kanban)
 Estabelecer previsões
SHORT STAY UNIT
Porque não deixar o
paciente no pronto
socorro?
Segurança
The Association Between Transfer of Emergency Department Boarders to Inpatient Hallways
and Mortality: A 4-Year Experience
Presented at the ACEP Research Forum, October 2008, Chicago, IL.
Asa Viccellio, MD, Carolyn Santora, RN, Adam J. Singer, MD, Henry C. Thode Jr., PhD, Mark
C. Henry, MD

Estudo retrospectivo de 4 anos

55.062 pacientes internados pelo P.S.

1.798 mortes

2042(4%) foram internados no corredor o restante em leitos normais

Pacientes similares em idade , sexo.

Mediana entre entrada no P.S e admissão foi de 426’nos pacientes
internados nos corredores e 624’nos admitidos nos leitos(p<0,01)

Mortalidade foi maior no grupo internado em leitos que nos
corredores(2,6% x 1,1%)

Transferência para UTI(6,7% X 2,5%)

Conclusão: Não houve aumento de risco na internação em corredores
Os resultados melhores
The association between length of emergency department boarding
and mortality.
Singer AJ, Thode HC Jr, Viccellio P, Pines JM.

Coorte retrospectivo de um hospital de ensino com o P.S. tendo 90.000
atendimentos/ano . O estudo foi realizado entre 2005 e 2008.

41.256 internações no P.S.

Mortalidade foi de 2,5% nos pacientes que esperaram menos de 2 horas
para internar(após a decisão) e de 4,5% nos que esperaram 12 horas ou
mais(p<0,001)

A média de permanência foi de 5,6 dias nos que permaneceram menos de 2
horas no P.S. e de 8,7 dias para quem permaneceu mais de 24 horas no
P.S.(p<0,001)

Conclusão: A mortalidade hospitalar e o tempo de permanência estão
correlacionados com o tempo de “boarding”no P.S.
© 2011 by the Society for Academic Emergency Medicine
A satisfação
Patients Would Prefer Ward to Emergency Department
Boarding While Awaiting an Inpatient Bed
Paul Walsh, MB, BCh, MSc, Valarie Cortez, Himanshu Bhakta
Department of Emergency Medicine, Kern Medical
Center, Bakersfield, California
Abstract
Boarding of admitted patients in the Emergency Department (ED), rather than in inpatient
care areas, is widespread. We surveyed boarded patients, patients without a disposition, and
visitors at a county hospital ED serving a mixed urban and rural population. Subjects were
asked “If you needed to be admitted to the hospital but no inpatient bed is available, would
you prefer to be kept in an ER hallway or a hallway on an inpatient ward?” Boarded patients
said they would prefer ward to ED boarding, 117/213 (54.9%; 95% confidence interval [CI]
48.0%–61.7%). Patients without a disposition 314/477 (65.8%; 95% CI 61.4%–70.0%) and
visitors 370/532 (69.5%; 95% CI 65.4%–73.4%) stated a preference for ward boarding in
314/477 (65.8%; 95% CI 61.4%–70.0%) and in 370/532 (69.5%; 95% CI 65.4%–
73.4%), respectively. Common reasons for preferring inpatient ward boarding were privacy
concerns and reduced noise levels. Those preferring ED boarding valued easy access to a
doctor.
Parental Preferences for Boarding Locations When a Children's
Hospital Exceeds Capacity
Bridgette D. Guthrie, MD, William D. King, DrPH MPH, RPh, Kathy
W. Monroe, MD

Study objective :Our objective is to determine parental preferences for boarding
locations when a children's hospital is at full capacity. We also assess parental interest
in transfer to a general hospital when a children's hospital is experiencing crowding.

Methods:Eligible patients were surveyed within 24 hours of admission. Surveys were
completed in emergency department (ED) and inpatient areas. Previous admission was
not required; children with chronic illnesses were included. Parents were asked whether
they would prefer their child to board in an ED hallway or inpatient hallway or whether
they had no preference. Parents were also asked the maximum acceptable waiting time
for an inpatient bed and whether they would prefer to be transferred to another hospital
should the children's hospital not have a bed available. Responses were hypothetical and
confidential and did not affect care.

Results:A total of 382 patients met enrollment criteria and 359 (94%) were enrolled;
58.8% (95% confidence interval [CI] 53.5% to 63.9%) preferred boarding on inpatient
hallways, 11.1% (95% CI 8.2% to 15.0%) preferred ED hallways, and 30.1% (95% CI 25.4%
to 35.2%) had no preference. Seventy percent (95% CI 65.2% to 74.9%) of parents
preferred to wait at a children's hospital despite crowding. Most parents believed that
the maximum acceptable waiting time was less than or equal to 3 hours.

Conclusion:Parents of pediatric patients prefer boarding on inpatient hallways over ED
hallways. The majority of parents prefer to remain at a children's hospital despite
crowded conditions, but some parents may be amenable to transfer. These results may
help institutions develop strategies to improve patient satisfaction when hospital
capacity is exceeded.
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