RELATÓRIO PARCIAL DA UNIDADE DE
CUIDADOS INTENSIVOS E SEMIINTENSIVOS
UNIDADE DE PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO
AGOSTO DE 2016
Reunião da Unidade Planejamento com a Unidade de Cuidados Intensivos e
Semi-Intensivos do HU-UNIVASF.
Figura 1: Registro da reunião da Unidade de Planejamento e a Unidade de Cuidados Intensivos e SemiIntensivos do HU-UNIVASF.
UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS E SEMI-INTENSIVOS
A Unidade de Cuidados Intensivos e Semi-Intensivos - UTI do HU-UNIVASF é
uma estrutura hospitalar que se caracteriza como unidade complexa dotada de sistema de
monitorização contínua que admite pacientes potencialmente graves ou com
descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que com o suporte e tratamento
intensivos tenham possibilidade de se recuperar. Seu objetivo básico é recuperar ou dar
suporte às funções vitais dos pacientes enquanto eles se recuperam. A UTI do HUUNIVASF consta com 17 indicadores de avaliação e até o momento não possui nenhuma
ação estratégica cadastrada.
Os indicadores são:

















Total de pacientes admitidos na UTI,
Taxa de Ocupação da UTI,
Média de permanência na UTI,
Pacientes-dia da UTI,
Leito dia instalado,
Capacidade instalada,
Quantidade de saídas,
Quantidade de transferência área funcional,
Taxa de reinternação na UTI em 24 horas
Quantidade de óbitos,
Taxa de mortalidade da UTI,
Taxa de pacientes admitidos na UTI com UPP,
Taxa de aparecimento de UPP durante internamento na UTI,
Tempo médio (dias) para o aparecimento de UPP durante internamento na UTI,
Efetividade na prevenção de Úlcera Por Pressão na UTI,
Taxa de utilização de ventilação mecânica na UTI,
Taxa de sucesso do desmame.
Os resultados desses indicadores são apresentados a seguir:
i)
Total de pacientes admitidos na UTI
Figura 2: Total de pacientes admitidos na UTI em 2016.
56
48
48
46
40
27
JAN
FEV
MAR
ABR
MAIO
JUN
Este indicador monitora mensalmente o total de pacientes admitidos na UTI do
HU-UNIVASF. Observa-se um aumento de 107% nas admissões de pacientes na UTI
quando comparado janeiro e junho de 2016, expressando uma maior rotatividade dos
leitos da UTI ao longo dos meses.
ii)
Taxa de ocupação da UTI
Figura 3: Taxa de ocupação da UTI em 2016 (%).
95,47
97,18
88,15
92,11
90
Maio
Junho
68,55
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Taxa de ocupação é a razão expressa em percentual entre o somatório do Pacientes
Dia do período considerado e os leitos dia no mesmo período correspondente a capacidade
instalada. Este indicador visa avaliar o grau de utilização dos leitos da UTI do HUUNIVASF. Observa-se que apesar de ter sido registrado em junho de 2016 o maior índice
de admissões de pacientes na UTI do HU-UNIVASF a maior taxa de ocupação foi
registrada em março, com 97,18% dos leitos de UTI ocupados. Em janeiro foi registrada
a menor taxa de ocupação, com 68,55% dos leitos da UTI ocupados.
iii)
Média de Permanência da UTI
Figura 4: Média de permanência (dias) da UTI em 2016
12,86
10,62
10,8
10,94
10,26
7,97
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Este indicador visa avalia o tempo médio que um paciente permanece internado
na UTI do HU-UNIVASF. Observa-se que a maior média de permanência da UTI do HUUNIVASF ocorreu em abril (em média os pacientes passavam 12,86 dias internados),
havendo uma melhoria dessa taxa nos meses subsequentes, atingindo em junho 7,97 dias.
Sabe-se que o tempo médio de permanência determina o giro de leitos na UTI e seu
prolongamento pode causar a rejeição da admissão de pacientes críticos. Reiterando que
o mês em que ocorreu a menor média de permanência foi o mesmo mês em que se
registrou o maior índice de admissões.
iv)
Pacientes-dia da UTI
Figura 5: Pacientes-dia da UTI em 2016
514
482
476
Março
Abril
443
486
340
Janeiro
Fevereiro
Maio
Junho
Este indicador é uma unidade de medida que representa a assistência prestada a
um paciente internado durante um dia hospitalar. O número de pacientes-dia corresponde
ao volume de pacientes que estão pernoitado na UTI do HU-UNIVASF em cada dia. O
número de pacientes-dia no mês é o somatório de pacientes-dia de cada dia do mês.
Observa-se que ao longo do ano de 2016 o número de pacientes-dia foi crescente,
apresentando pico em maio de 2016, em junho esse registrou 486 pacientes-dia na UTI
do HU-UNIVASF.
v)
Leito dia instalado da UTI
Figura 6: Leito dia instalado da UTI em 2016
540
496
Janeiro
464
Fevereiro
558
540
496
Março
Abril
Maio
Junho
Este indicador representa o total de Leitos Dia correspondente a capacidade
instalada na UTI do HU-UNIVASF. É obtido a partir da multiplicação entre o número de
dias do mês em questão e o número de leitos que representam a capacidade instalada do
Hospital.
vi)
Capacidade instalada da UTI
Figura 7: Capacidade instalada da UTI em 2016.
16
16
16
Janeiro
Fevereiro
Março
18
18
18
Abril
Maio
Junho
Este indicador mensura o número de leitos que representam a instalação do
Hospital. São considerados os leitos bloqueados e extras. Observa-se que desde abril de
2016 houve um aumento 2 leitos na capacidade instalada da UTI do HU-UNIVASF, o
que pode ter ajudado a aumentar o total de pacientes admitidos nesta unidade nos meses
de maio e junho.
vii)
Quantidade de saídas da UTI
Figura 8: Quantidade de saídas da UTI em 2016
20
17
20
18
14
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
15
Maio
Junho
Este indicador representa a quantidade de altas do período. O cálculo não
contempla áreas funcionais com as características ‘Unid de Pesquisa’ ou ‘Unidade Hosp
Dia’. Observa-se uma oscilação na quantidade de saídas ao longo dos meses de 2016,
apresentando em março e junho um pico de 20 saídas.
viii)
Quantidade de transferência da UTI
Figura 9: Quantidade de transferência da UTI em 2016.
41
32
27
23
23
15
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Este indicador mensura a quantidade de saídas por transferência da área funcional
para uma outra área. Não estão contabilizadas as saídas do Hospital. Observa-se que de
janeiro a junho de 2016 a quantidade de transferências da UTI do HU-UNIVASF foi
crescente, indicando que os pacientes após internados na UTI ainda necessitavam de
cuidados médicos, ficando internados em outra unidade/setor do HU-UNIVASF.
ix)
Taxa de reinternação na UTI em 24 horas
Figura 10: Taxa de reinternação na UTI em 24 horas em 2016.
0
0
0
0
0
JAN
FEV
MAR
ABR
MAIO
JUN
Este indicador considera o número de pacientes que foram reinternados na UTI
em até 24 horas pós alta da UTI. Implementado em janeiro de 2016, até o momento não
foi feito nenhum registro nesse indicador. Sugere-se reavaliar o acompanhamento desde
indicador.
x)
Quantidade de óbitos na UTI
Figura 11: Quantidade de óbitos na UTI em 2016.
19
17
17
17
13
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
14
Maio
Junho
Este indicador mostra o total de óbitos dos pacientes internados na UTI do HUUNIVASF. Observa-se que janeiro a março de 2016 foi constante a quantidade de óbitos
da UTI, com 17 óbitos. Este número reduziu em abril e voltou a aumentar nos meses
subsequentes, estando atualmente em 19 óbitos.
xi)
Taxa de mortalidade da UTI
Figura 12: Taxa de mortalidade da UTI em 2016.
53,13
41,46
36,17
Janeiro
Fevereiro
Março
35,14
Abril
29,79
31,15
Maio
Junho
Este indicador denominado de taxa de mortalidade geral por área funcional,
mensura o percentual dos pacientes com alta hospitalar em um determinado período na
respectiva área que tiveram alta por óbito. O número de saídas daquela área funcional
inclui as transferências internas – quando um paciente é transferido de uma área funcional
para outra. A mortalidade geral por área funcional então é calculada dividindo-se o
número de altas da área por óbito (numerador) pelo número total de altas da área no
período + transferências internas (denominador) e multiplicando o quociente por 100.
Observa-se que em janeiro de 2016 foi o maior registro da taxa mortalidade da UTI do
HU-UNIASF, tendo decrescido nos meses subsequentes, estando em junho com 31,15%.
xii)
Taxa de admitidos na UTI com UPP
Figura 13: Taxa de admitidos na UTI com UPP em 2016.
29,62
25
18,75
16,6
10,71
8,69
JAN
FEV
MAR
ABR
MAIO
JUN
Este indicador mensura o total de pacientes que são encaminhados para UTI do
HU-UNIVASF e já apresentam alguma lesão de úlcera por pressão no ato da admissão.
Úlcera por pressão é a denominação dada a lesão localizada na pele e/ou tecido
subjacente, geralmente sobre uma proeminência óssea, resultante da pressão ou da
combinação entre pressão e cisalhamento, causado pela fricção. Observa-se uma
oscilação neste indicador, apresentando pico em janeiro de 2016 com 29,62% dos
admitidos com alguma lesão já na admissão e mínimo em março com apenas 8,69% dos
admitidos já com alguma lesão. Este indicador permite apenas mapear a admissão de
pacientes com alguma lesão de úlcera por pressão.
xiii)
Taxa de aparecimento de UPP durante internamento na UTI
Figura 14: Taxa de aparecimento de UPP durante internamento na UTI em 2016 (%).
18,75
15,6
14,5
11,1
10,34
8,92
JAN
FEV
MAR
ABR
MAIO
JUN
Este indicador permite avaliar a assistência da equipe multiprofissional quanto a
prevenção no aparecimento de lesões secundárias Úlceras Por Pressão (UPP) durante
internamento na UTI. Observa-se também uma oscilação na taxa de aparecimento de
úlcera por pressão durante internamento na UTI do HU-UNIVASF, janeiro de 2016 foi o
mês em que os pacientes internados na UTI do HU-UNIVASF mais desenvolveram úlcera
por pressão, em maio foi registrada a menor taxa de aparecimento de UPP. A maioria dos
casos de úlcera por pressão pode ser evitada por meio da identificação dos pacientes em
risco e da implantação de estratégias de prevenção confiáveis para todos os pacientes
identificados como de risco.
xiv)
Tempo médio (dias) para o aparecimento de UPP durante internamento na
UTI
Figura 15 Tempo médio (dias) para o aparecimento de UPP durante internamento na UTI em 2016 (dias).
14,37
11,33
JAN
10,75
10,66
FEV
MAR
ABR
15,25
13,75
MAIO
JUN
O indicador avalia o tempo médio em dias para o aparecimento da primeira UPP
no paciente, considerando a data de admissão e a data que é registrado a úlcera em
qualquer área corporal. Observa-se que de janeiro a março de 2016 houve uma redução
no tempo médio para aparecimento das primeiras úlceras, em abril e maio esse tempo
amentou, expressando um maior cuidado da equipe multiprofissional para evitar o
aparecimento de UPP, em junho o tempo médio de aparecimento foi de 13,75 dias.
xv)
Efetividade na prevenção de Úlcera Por Pressão na UTI
Figura 16: Efetividade na prevenção de Úlcera Por Pressão na UTI em 2016 (%).
91,08
89,66
88,88
85,5
84,4
81,25
JAN
FEV
MAR
ABR
MAIO
JUN
Este indicador mensura a efetividade das ferramentas utilizadas na UTI do HUUNIVASF para prevenir o aparecimento de Úlcera Por Pressão (UPP). Observa-se uma
sazonalidade na efetividade das ferramentas utilizadas para prevenção do aparecimento
de UPP na UTI. Em maio de 2016 foi registrada uma taxa de efetividade de 91,08%, a
maior taxa registrada no ano, em janeiro foi registrada a menor taxa de efetividade, com
81,25% de efetividade na prevenção.
xvi)
Taxa de utilização de ventilação mecânica na UTI
Figura 17: Taxa de utilização de ventilação mecânica na UTI (%) em 2016.
84,6
75,88
72,37
60
JANEIRO
FEVEREIRO
68
65
MARÇO
ABRIL
MAIO
JUNHO
Assistência Ventilatória Mecânica consiste em um método de suporte para o
tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada.
Atualmente, classifica-se o suporte ventilatório em dois grandes grupos; ventilação
mecânica invasiva e ventilação não invasiva. A Unidade de Reabilitação do HUUNIVASF monitora a taxa de utilização de ventilação mecânica invasiva da UTI através
da relação entre o número de pacientes que utilizam em algum momento a assistência
ventilatória mecânica invasiva (AVM) na UTI e a quantidade total de pacientes na UTI
em um determinado momento multiplicado por 100.
Observa-se que o gráfico da Figura 16 apresenta oscilação ao longo do ano,
exibindo uma maior taxa de assistência ventilatória mecânica no mês de maio, tendo
como pico o valor de 84,6%.
xvii)
Taxa de sucesso do desmame
Figura 18: Taxa de sucesso do desmame (%) em 2016.
100
85
JANEIRO
FEVEREIRO
83
MARÇO
81,25
ABRIL
70
70
MAIO
JUNHO
O termo desmame, refere-se ao processo de transição da ventilação artificial para
a espontânea nos pacientes que permanecem em ventilação mecânica invasiva por tempo
superior a 24 horas. Serão considerados sucessos, os pacientes extubados que
permanecerão por mais de 48 horas sem necessidade de retorno a AVM.
Observa-se que apesar de um declínio na taxa de sucesso, este indicador sempre
se manteve acima da meta estabelecida de 60%.
CONCLUSÃO
Conclui-se que a UTI possui indicadores bem estruturados e pode-se perceber que
durante junho de 2016, o mês de maior demanda, houve a maior rotatividade e o menor
tempo de permanência o que mostra todos os esforços da equipe para prestar serviços de
qualidade. Além disso, ressalta-se o indicador taxa de mortalidade que vem decrescendo
mês após mês, de 53% em janeiro para 31% em junho.
Além dos indicadores aqui expostos sugere-se consolidar o indicador de Tempo
de Permanência com traqueostomia e justificar a necessidade para criar uma alta
rotatividade de leito (diminuindo o tempo de permanência de 13 para 3 dias).
Adicionalmente, sugere-se a criação de um protocolo de sedoanalgesia para melhorar a
taxa de desmame.
Por último, ressalta-se a necessidade da criação de ações estratégicas na UTI para
planejar as ações de melhoria futuras através do 5W2H.
ENCAMINHAMENTOS
 Enviar memorando para Gerência de Atenção à Saúde para determinar protocolo
e fluxo de hemodiálise;
 Evitar diálise na UTI de pacientes que não devem trafegar no hospital;
 Manutenção do tempo de permanência inferior a 8 dias;
 Rever o indicador: Capacidade instalada da UTI;
 Fazer uma nota para impressa divulgando os principais resultados;
 Analisar melhor as causas que geraram úlcera por pressão;
 Fazer o plano de ações estratégicas do setor;
 Discutir estes resultados com toda a equipe ampliada da UTI.
REGISTRO DA REUNIÃO