Assistive Interfaces for the Visually Impaired Using Force Feedback Devices and Distance Transforms MARCELO MEDEIROS CARNEIRO 1 LUIZ VELHO 2 1 UERJ-Universidade do Estado do Rio de Janeiro Rua São Francisco Xavier 524/5033E, CEP 20550-900, Rio de Janeiro, RJ, Brasil [email protected] 2 IMPA-Instituto de Matemática Pura e Aplicada Estrada Dona Castorina 110, CEP 22460-320, Rio de Janeiro RJ, Brasil [email protected] RESUMO A evolução natural dos modelos de interface com o usuário ocorrida nas últimas décadas popularizou o padrão baseado em metáforas puramente visuais. Este processo impediu o acesso de deficientes visuais a computadores e a novas tecnologias. Algumas propostas foram feitas para reverter esta realidade. Entretanto, a maioria delas estava baseada em adaptações dos modelos já existentes, e não em modelos específicos para deficientes visuais. O desenvolvimento de aplicações para tais usuários é uma tarefa que requer a utilização de novas tecnologias, outras ferramentas e outras mídias de comunicação. Esta tese de doutorado propõe a utilização de dispositivos reativos no projeto e implementação de interfaces gráficas capazes de assistir usuários cegos na concretização de tarefas simples de interação em duas dimensões. Tais dispositivos permitem explorar a percepção tátil, geralmente muito apurada em cegos, aumentando a eficiência da comunicação entre o usuário e a interface. Além disto, este trabalho investiga a utilização de transformadas de distância como um poderoso mecanismo de suporte a diversas tarefas de interação bidimensionais. Palavras-chave: Tecnologias Assistidas, Dispositivos Hápticos, Ferramentas não visuais, Interfaces para Usuários Cegos, Transformadas de Distância. ABSTRACT The natural evolution of user interface models that occurred in the last few decades ended up popularizing a standard model based almost exclusively on visual metaphors. This process has left visually impaired users unable to use computers and to access new technologies. Some actions have been made to revert this scenario. Most of them were based on adapting the existing models instead of creating specific solutions for the visually impaired community. The development of applications for such users requires the use of new technologies, tools and communication media. This thesis proposes the use of force feedback devices in the project and implementation of assistive user interfaces, helping blind users in simple 2D interaction tasks. By exploring the sense of touch, such devices can be used to improve the efficiency of the communication between the user and the interface. Also, this work investigates the use of distance transforms as a powerful mechanism to support many 2D interaction tasks. Keywords: Assistive Technology, Haptic Devices, Non visual tools, User Interfaces for the Blind, Distance Transforms. ocorrido nas décadas de 80 e 90, e a popularização do sistema operacional Windows, as aplicações e o próprio sistema operacional da época (DOS) eram baseados em interfaces puramente textuais. Tais interfaces não 1 INTRODUÇÃO Com a indiscutível informatização da sociedade, é inegável que o computador seja uma ferramenta de trabalho essencial nos dias de hoje. Antes do surgimento de interfaces gráficas com o usuário (GUI´s), 1 representavam grandes barreiras para os deficientes visuais (NCD, 1996). Entretanto, desde o advento de interfaces gráficas, as aplicações vêm se tornando cada vez mais gráficas e interativas. Pesquisa realizada por Myers & Rosson (1992) indica que cerca de 82% das aplicações existentes na época utilizam o mouse como dispositivo de entrada, 55% utilizam manipulação direta de objetos gráficos e 84% empregam alguma forma de saída gráfica, seja em 2D ou 3D seqüencialmente todo o conteúdo da tela em voz sintética, compensando assim a deficiência. Entretanto, na década de 90, com o surgimento de interfaces gráficas, o estilo de interação mais comum passou a ser o WIMP, trazendo, portanto, graves problemas de acessibilidade para o deficiente visual. Infelizmente, os avanços obtidos com a consolidação deste estilo não contemplaram esta comunidade (Sjöstrom, 2002). Não havia uma preocupação com eles, as aplicações eram desenvolvidas especificamente para os videntes (Kamel & Landay, 2000). Buscando contornar este problema de acessibilidade, muitos pesquisadores buscaram soluções predominantemente baseadas em síntese de voz e outros feedbacks sonoros (Dosvox, 1998; James, 1998; Kamel et al., 2001; Kennel, 1996; Mynatt, 1997; Mynatt & Edwards, 1992; Nomad, 2001; Pitt & Edwards, 1996; Raman, 1996; Savidis, 1996; Vanderheiden, 1996; Zajicek et al., 2000). 1.1 Interface e Estilos de Interação Segundo Moran (1981), “a interface de usuário deve ser entendida como sendo uma parte do sistema computacional com a qual uma pessoa entra em contato física, perceptiva e conceitualmente”. Em computação, este termo usualmente designa os componentes de hardware e software que permitem ao usuário interagir com o sistema computacional. Estilo de interação é um termo genérico que inclui todas as formas utilizadas por usuários para comunicar ou interagir com sistemas computacionais (Preece et al., 1998). Os estilos mais comumente encontrados em interfaces são: Linguagem de Comando, Menus, Preenchimento de Formulários, Linguagem Natural e Manipulação Direta (Preece et al., 1998; Shneiderman, 1992). REFERÊNCIAS BAILEY S.W. 1980. Summary of recommendations of AIPEA nomenclature committee. Clays and Minerals, Amsterdan, 28(1):73-78. BIONDI J. C. 1982. Kimberlitos. In: Congresso Brasileiro de Geologia, 37, SBG, Salvador (local do evento). Anais.., SBG, São Paulo (local da edição) 2:452-464 FANNING C. G. 1999. Diode-Pumped Solid-State Lasers with Nonorthogonal Eigenmodes, Department of Electrical Engineering, Stanford University, Califórnia, U.S.A., PhD Thesis, 150 p. TURNER F.J. & VERHOOGEN J. 1960. Igneous and Metamorphic Petrology. 2 ed. New York, McGraw Hill, 694 p. 1.2 O Deficiente Visual e a Interface Unfortunately Na década de 80, os estilos de interação comumente empregados em interfaces eram baseados em linguagem de comandos e menus. Tais estilos não impediram o acesso de deficientes visuais a computadores, pois eles são capazes de utilizar o teclado com eficiência comparável aos videntes (Kamel & Landay, 2000) e acessar o conteúdo da tela com o mesmo nível de informação textual de um usuário vidente (Christian, 2000). Programas especiais, chamados de leitores de tela (Jaws, 2002; outSPOKEN, 2002; Window-Eyes, 2002), convertem 2