avaliação de uma ferramenta de business intelligence

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
César Augusto Villela da Silva
AVALIAÇÃO DE UMA FERRAMENTA DE
BUSINESS INTELLIGENCE
EM UMA INDÚSTRIA AERONÁUTICA
Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de
Produção como requisito parcial à obtenção do título
de MBA
Orientador: Prof. Alexandre Ferreira de Pinho, M.Sc
ii
Itajubá, Julho de 2005
SILVA, César Augusto Villela da. Avaliação de uma ferramenta de
Business Intelligence em uma Indústria aeronáutica. Itajubá:
UNIFEI, 2005. 43p. (Trabalho de Conclusão de Curso submetido
ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
como requisito parcial à obtenção do título de MBA da
Universidade Federal de Itajubá).
Palavras-Chaves: Sistema de informação – Sistema de Apoio a
Decisão – Business Intelligence
iii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
César Augusto Villela da Silva
AVALIAÇÃO DE UMA FERRAMENTA DE
BUSINESS INTELLIGENCE
EM UMA INDÚSTRIA AERONÁUTICA
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado por banca examinadora em 11/08/2005 de
2005, conferindo ao autor o título de MBA
Banca Examinadora:
Prof. Alexandre Ferreira de Pinho, M.Sc (Orientador)
Prof. Nome do Examinador 2
Prof. Nome do Examinador 3
Itajubá, Julho de 2005
iv
v
SUMÁRIO
RESUMO..............................................................................................................................vi
ABSTRACT ........................................................................................................................vii
LISTA DE FIGURAS........................................................................................................viii
LISTA DE SÍMBOLOS ......................................................................................................ix
1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................................10
1.1 – Relevância do Trabalho ...............................................................................................10
1.2 – Objetivo .......................................................................................................................11
1.3 – Estrutura do Trabalho ..................................................................................................11
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................13
2.1 – Sistema de Informações...............................................................................................13
2.2 – Sistemas de Apoio a Decisão.......................................................................................17
2.3 – Business Intelligence (BI) ...........................................................................................18
2.3.1 – Conceito....................................................................................................................18
2.3.2 – Características de um Sistema BI .............................................................................19
2.3.3 – Ferramentas de Business Intelligence.......................................................................19
3 – BI NA HELIBRAS .......................................................................................................21
3.1 – Logix............................................................................................................................21
3.2 - Logix BI .......................................................................................................................22
3.2.1 – Características...........................................................................................................22
3.2.2 – Benefícios gerados....................................................................................................23
3.2.3 – Integração e Tecnologia............................................................................................23
3.2.4 – Pré-requisitos para uso do Logix BI.........................................................................24
3.3 - Descrição e Funcionamento do Logix BI.....................................................................24
3.3.1 – Tela de Abertura .......................................................................................................25
vi
3.3.2 – Seleção das Dimensões para Análise........................................................................25
3.3.3 – Tabela de Visualização por Segmento Selecionado .................................................26
3.3.4 – Definição do Gráfico a ser Utilizado........................................................................27
3.3.5 – Agregações ...............................................................................................................28
3.3.6 – Ordenações ...............................................................................................................29
3.3.7 – Seqüência de Visualização .......................................................................................30
3.3.8 – Filtros........................................................................................................................31
3.3.9 – Análise Vertical e Horizontal ...................................................................................32
3.3.10 – Montagem de Colunas Calculadas .........................................................................34
3.4 – Tecnologia ...................................................................................................................35
4 – ANÁLISE DO LOGIX BI............................................................................................37
4.1 – Pontos Positivos...........................................................................................................37
4.2 – Pontos Negativos .........................................................................................................38
4.3 – Oportunidades de Melhoria .........................................................................................40
5 – CONCLUSÃO...............................................................................................................42
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................43
vii
RESUMO
Este trabalho avalia uma ferramenta de Business Intelligence (BI) existente no mercado. BI
consiste em uma ferramenta de extração de informações gerenciais de bases de dados para
permitir a criação de análises e apoio ao processo de decisão na empresa.
A partir da conceituação e relevância desta ferramenta no ambiente empresarial, e tomando
como exemplo uma ferramenta de mercado implantada em uma indústria aeronáutica, foi
analisado os aspectos positivos e negativos desta ferramenta na empresa, apresentando
oportunidades de melhoria, a serem encaminhadas ao fabricante, buscando obter melhorias no
produto.
A ferramenta de BI analisada está presente no sistema de gestão integrada (ERP) denominado
Logix. Este ERP foi desenvolvido pela Logocenter, fabricante de software de Joinville,
grande fornecedora de sistemas de gestão integrada no mercado brasileiro. O Módulo de BI
deste sistema é o Logix BI, ferramenta que implementa todos os conceitos de BI para extração
de informações gerenciais do sistema Logix.
A empresa usuária do módulo Logix BI, ora analisado neste trabalho é a Helicopteros do
Brasil S/A – Helibras, uma subsidiária da multinacional francesa Eurocopter, fabricante de
helicopteros a turbina.
PALAVRAS – CHAVE
•
•
•
Sistema de informação
Sistema de Apoio a Decisão
Business Intelligence
viii
ABSTRACT
This job analyses the Business Intelligence tool which is available in market. BI is a tool to
extract management informations of database for allowed the analyses and support decision
process in company.
After concepts and relevance of this tools in business environment, and taken the example of
a tool implanted at an industrial aeronautics, it has been analyzed all aspects of this tools in a
company, presenting an increase of opportunities, to send to supplier , searching an upgrade
of product.
The BI tool analysed is on ERP System Logix. This ERP system was developed by
Logocenter, softwarehouse from Joinville, big supplier of ERP Systems in Brazilian Market.
The BI Module of this system is a Logix BI, tool that implements all concepts of BI to extract
manager informations from Logix System.
The end user of Logix BI Module, that has been analyzed in this job, is a Helicopteros do
Brasil S/A.- Helibras, a branch subsidiary of French company manufacture of helicopters –
Eurocopter, world wide leader on manufacturer of turbine helicopters.
KEY WORDS
- Information Systems
- Support Decision Systems
- Business Intelligence
ix
LISTA DE FIGURAS
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Figura 2.1 – Atividades básicas do Sistema de Informação .................................................13
Figura 2.2 – Pirâmide sobre os níveis gerenciais .................................................................15
Figura 2.3 – Integração entre sistemas de informação. ........................................................16
Capítulo 3 – BI NA HELIBRAS
Figura 3.1 – Sistema estruturado em análises.......................................................................25
Figura 3.2 – Dimensões para visualização dos dados ..........................................................26
Figura 3.3 – Dimensão de visualização por Gerente / Segmento.........................................27
Figura 3.4 – Tipos de gráficos ..............................................................................................28
Figura 3.5 – Formatação e estruturação dos dados...............................................................29
Figura 3.6 – Diferentes ordenações ......................................................................................30
Figura 3.7 – Seqüência de visualização ...............................................................................31
Figura 3.8 – Filtros ...............................................................................................................32
Figura 3.9 – Análise vertical dos dados constituídos e a montagem de cálculos .................33
Figura 3.10 – Análise horizontal dos dados constituídos e a montagem de cálculos...........34
Figura 3.11 – Coluna calculada ............................................................................................35
x
LISTA DE SÍMBOLOS
BI – Business Intelligence
ERP – Enterprise Resource Planning (Sistema de Gestão Integrada)
CRM – Customer Relationship Management
BO - Business Operations
SPT – Sistema de Processamento de Transação
STC – Sistema de Trabalho do Conhecimento
SAE – Sistema de Automação de Escritório
SIG – Sistema de Informação Gerencial
SAD – Sistema de Apoio a Decisão
SSE – Sistema de Suporte Executivo
10
1 – INTRODUÇÃO
1.1 – Relevância do Trabalho
Que seja imaginada uma corporação como um automóvel. Todo o conhecimento
acumulado ao longo do tempo, é o seu motor. E os dados, é o seu combustível. No ano
passado, esta companhia teve a sua mecânica reformada por pacotes de gestão empresarial
(ERP), conseguindo desviar-se de obstáculos como o bug do ano 2000, mas andando a baixas
velocidades na estrada tortuosa da crise cambial.
Em 2000, na visão dos analistas de mercado, as empresas estavam prontas para rodar,
levando em seus porta-malas experiências que podem indicar os melhores atalhos. No
caminho, as placas de sinalização das ferramentas de CRM (Customer Relationship
Management) para sincronizar as estratégias de negócios às expectativas dos clientes.
Pare! Seu carro chegou a uma encruzilhada. Será melhor promover o tradicional
produto da companhia ou investir em lançamentos? É hora de acender os faróis, ou melhor,
acionar ferramentas de inteligência de negócios capazes de consolidar, entender e analisar
toda a sua mecânica para iluminar as rodovias estratégicas e otimizar seu combustível na
corrida do mercado. Business intelligence e pé na tábua.
Segundo LOGOCENTER (2004), no ano 2000, 80% das organizações adotarão
pacotes de business intelligence como principal fonte de tecnologia para direcionar
necessidades de negócios dentro e fora das empresas. Em 2002, os gastos com essas
ferramentas devem somar US$ 8,4 bilhões, mundialmente. As previsões feitas há mais de dois
anos pelo Gartner Group começam a fazer sentido para o Brasil, mas muitas empresas ainda
estão dirigindo seus negócios com faróis baixos.
“Estamos chamando a atenção dos empresários brasileiros para o business intelligence
como uma área de desenvolvimento muito importante e que pode estar sendo deixada para
trás”, alerta Cassio Dreyfuss, diretor de Pesquisas do Gartner Group.
Segundo Dreyfuss, além da parada para revisão do BO (Business Operations), em 98 e
99, as empresas brasileiras decidiram desviar dos projetos de BI, iniciados em 1997, por duas
questões cruciais: tempo e dinheiro. A consolidação de dados em data warehouses, porta de
11
entrada para as ferramentas de análise inteligente de dados, leva, em média, três anos e muitas
horas/homem de trabalho.
Por outro lado, nos últimos três anos, a velocidade média permitida para o tráfego das
empresas na auto-estrada do mercado aumentou. E, proporcionalmente, seus obstáculos
também. Atender e antever as necessidades dos clientes são os dois pontos principais. Neste
sentido, Eliana Sodré, sócia-diretora da consultoria Forma Informática, acredita que a
utilização do business intelligence como um componente analítico do CRM será o grande
diferencial das empresas. (LOGOCENTER, 2004)
1.2 - Objetivo
Contribuir para a aplicação de uma ferramenta de apoio a decisão em uma indústria
aeronáutica, explorando as vantagens e desvantagens do produto adotado por esta empresa,
frente a conceituação teórica e prática das ferramentas de BI (Business Intelligence).
Este trabalho de iniciação científica visa desenvolver uma avaliação da aplicação de
uma ferramenta de BI - Logix BI em uma indústria aeronáutica nacional (Helibras –
Helicópteros do Brasil S/A), visando avaliar os aspectos positivos e negativos da ferramenta e
oportunidades de melhoria para melhor utilização dos benefícios para a organização da
utilização de uma ferramenta de apoio à decisão.
1.3 – Estrutura do Trabalho
Este trabalho aborda, em seu capítulo 1 os objetivos e relevância deste trabalho.
No capítulo 2 foi feita uma revisão bibliográfica, colocando a conceituação de
Sistemas de Informações, seus diversos tipos e focando os Sistemas de Apoio a Decisão, onde
as ferramentas de BI se enquadram.
12
No capítulo 3 foi analisada a aplicação do BI na Helibras, descrevendo o
funcionamento e características do sistema.
No capítulo 4 foi analisado os aspectos positivos e negativos da ferramenta de BI da
Logocenter e as oportunidades de melhoria.
No capítulo 5 foi feita conclusão do trabalho, demonstrando a adequabilidade desta
ferramenta a empresa analisada e ressaltando a necessidade de atenção as oportunidades de
melhoria.
13
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 – Sistema de Informações
Sistema de informação é o processo de transformação de dados em informações que
são utilizados na estrutura decisória da empresa. Segundo Laudon & Laudon (2001), sistema
de informação pode ser definido como um conjunto de componentes inter-relacionados para
coletar, recuperar, processar, armazenar, e distribuir informação com a finalidade de facilitar
o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e o processo decisório em empresas e
outras organizações.
Estes sistemas têm como atividades básicas:
- Entrada (Input): captação ou coleta de dados brutos;
- Processamento: conversão dessa entrada bruta em uma forma mais útil e apropriada;
- Saída (Output): transferência da informação processada às pessoas ou atividades que
a usarão;
- Realimentação (Feedback): é a saída que retorna aos membros adequados da
organização para ajudá-los a refinar ou corrigir os dados de entrada.
A Figura 2.1 mostra as atividades básicas de um Sistema de Informação.
Figura 2.1 – Atividades básicas do Sistema de Informação
14
Na atividade de entrada, são captados dados de fora ou de dentro da organização e os
colocam diretamente em um sistema de computadores. Dado é qualquer elemento identificado
em sua forma que por si só não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação
(Laudon & Laudon, 2001).
Esses dados são organizados, analisados e manipulados através de cálculos,
comparação, resumos e classificação, objetivando uma forma de disposição mais significativa
e útil na fase do processamento.
Em seguida, na atividade de saída, são transmitidas as informações e os resultados do
processamento a locais onde serão usados para tomada de decisão. Defini-se informação
como o significado que o homem atribui a um determinado dado por meio de convenções e
representações. Informação é um conjunto e dados que tenham algum significado para a
pessoa que o está analisando (Roberts, 2000). Toda informação, portanto, deve gerar uma
decisão, que, por sua vez, desencadeará uma ação. A informação constitui-se em suporte
básico para toda atividade humana e que todo o nosso cotidiano é um processo permanente de
informação. No caso de instituições, empresas, organizações, conhecer seus problemas,
buscar alternativas para solucioná-los, atingir metas e cumprirem objetivos requerem
conhecimento e, portanto, informação (TURBAN et all, 2003).
O sistema de informação tem por finalidade integrar as informações entre os diversos
níveis da organização, desde o nível operacional até o estratégico.
A Figura 2.2 apresenta a pirâmide com os diversos níveis da organização.
15
Figura 2.2: Pirâmide sobre os níveis gerenciais
A seguir será detalhado o sistema de informação para cada nível da organização.
•
Sistemas de Nível Operacional: dão suporte aos gerentes operacionais no
acompanhamento das atividades e transações elementares da organização.
Exemplo: SPT – Sistema de Processamento de Transação
•
Sistemas de Nível de Conhecimento: dão suporte aos trabalhadores do
conhecimento e trabalhadores de dados em uma organização. Tem o propósito de
ajudar a empresa a integrar novos conhecimentos no negócio e controlar o seu
fluxo de papelada. Exemplo: STC – Sistema de Trabalho do Conhecimento
(promovem a criação de conhecimento novo); SAE – Sistema de Automação de
Escritório (visam aumentar a produtividade dos trabalhadores de dados).
•
Sistemas de Nível Gerencial: são projetados para servir ao monitoramento, ao
controle, à tomada de decisão e as atividades administrativas dos gerentes médios.
16
Exemplo: SIG – Sistema de Informação Gerencial (fornecem aos gerentes
relatórios do desempenho atual e registros históricos da organização, dão suporte
às funções de planejamento, controle e tomada de decisão); SAD – Sistema de
Apoio a Decisão (tem maior poder analítico que o anterior e ajudam os gerentes a
tomar decisões semi-estruturadas).
•
Sistemas de Nível Estratégico: ajudam à administração sênior a enfocar assuntos
estratégicos e tendências de longo prazo. Sua principal preocupação é adequar às
mudanças no ambiente externo com a capacidade organizacional existente.
Exemplo: SSE – Sistema de Suporte Executivo (enfocam decisões não
estruturadas, filtram, comprimem e monitoram dados vitais a fim de reduzir tempo
e obter informações proveitosas para os executivos).
Na Figura 2.3 é mostrada a integração entre os diversos sistemas descritos
anteriormente.
Figura 2.3: Integração entre sistemas de informação.
17
TURBAN (2003) afirmam que o desenvolvimento de sistemas é todo um conjunto de
atividades necessárias para construir uma solução de sistemas de informação para um
problema empresarial ou oportunidade de negócios.
2.2 – Sistemas de Apoio a Decisão (SAD)
São sistemas de suporte ao nível gerencial da organização. Ajudam os gerentes a
tomarem decisões que são semi-estruturadas, únicas ou rapidamente modificadas e não
facilmente especificadas com antecipação (Pinho, Alexandre Ferreira – 2004)
Embora usem informações internas de Sistemas de Processamento de Transações e
Sistemas de Informações Gerenciais, os Sistemas de Apoio à Decisão freqüentemente trazem
informações de fontes externas, tais côo preço atual de ações ou preços de produtos do
concorrente.
Possuem mais poder analítico do que os outros sistemas. Eles são construídos com
uma variedade de modelos para analisar dados, ou condensam grandes quantidades de dados
dentro de um formulário onde podem ser analisados pelos tomadores de decisão.
São amigáveis (fácil usabilidade) e interativos (conduzindo o usuário a operação).
Segundo TURBAN (2003), são características e capacidades do SAD:
1) O SAD dá apoio aos tomadores de decisão em todos os níveis gerenciais, seja
individualmente seja em grupos, principalmente em situações semi-estruturadas e nãoestruturadas, combinando a capacidade humana de julgamento com a informação objetiva;
2) O SAD dá apoio a diversas decisões interdependentes e/ou seqüenciais;
3) O SAD dá apoio a todas as fases do processo decisório – inteligência, desenho, escolha e
implementação – bem como a uma variedade de processos e estilos de decisão;
18
4) Com o tempo, o SAD é adaptado pelo usuário para poder lidar com mudanças de
condições;
5) O SAD é fácil de construir e usar em muitos casos;
6) O SAD promove o aprendizado, o que conduz a novas demandas e ao aprimoramento do
aplicativo, levando por sua vez a novo aprendizado e assim por diante;
7) O SAD geralmente utiliza modelos quantitativos (padrão e/ou sob medida);
8) O SAD mais avançado é equipado com um componente de gestão do conhecimento que
permite a solução eficiente e eficaz de problemas bastante complexos;
9) O SAD pode ser disseminado por meio da Web;
10) O SAD permite a realização de análises de sensibilidade.
2.3 – Business Intelligence
2.3.1 – Conceito
Segundo Howard Dresner, apud LOGOCENTER (2004) Business Intelligence é um
termo “guarda-chuva” que descreve um conjunto de conceitos, ferramentas e tecnologias para
aperfeiçoar o processo de tomada de decisão em negócios, ou seja, é um processo de
conseguir informação certa, no momento oportuno, em uma forma utilizável pelos decisores,
de modo que possa ser analisada para implementar de imediato ações que tenham impacto
positivo na condução dos negócios.
Carlos Barbieri (2001) nos mostra um conceito de forma mais ampla onde BI pode ser
entendido como a utilização de variadas fontes de informação para se definir estratégias de
competitividade nos negócios da empresa. Onde uma das suas vertentes esta relacionada ao
apoio e subsídio aos processos de tomadas de decisões baseados em dados trabalhados
especificamente para a busca de vantagens competitivas.
2.3.2 – Características de um Sistema de BI
19
São características de um sistema de Business Intelligence:
•
Extrair e integrar dados de múltiplas fontes;
•
Fazer uso da experiência;
•
Analisar dados contextualizados;
•
Trabalhar com hipóteses;
•
Procurar relações de causa e efeito;
•
Transformar os registros obtidos em informação útil para o conhecimento empresarial.
Segundo TURBAN (2003) o Recurso Drill Down, fundamental para uma ferramenta
de BI, permite aos usuários obter detalhes, e detalhes de detalhes, de qualquer informação
desejada. Por exemplo, um executivo pode ter observado em um relatório semanal que as
vendas da empresa caíram. Para descobrir a razão, ele procura visualizar (sem a ajuda de um
programador) algum detalhe, como as vendas em cada região. Se o executivo identificar uma
região com problemas, ele poderá querer ver detalhes (vendas por produto ou por vendedor).
Em certos casos, esse processo de drill down pode continuar por meio de diversos níveis de
detalhes.
2.3.3 - Ferramentas de Business Intelligence
Segundo Carlos Barbieri (2001), de uma maneira geral, as ferramentas para um
ambiente de Business Intelligence podem ser classificadas como construção, gerência, uso e
armazenamento. Abaixo pode-se obter mais detalhes sobre cada uma.
• Ferramentas de construção
As ferramentas de construção têm o objetivo de auxiliar no processo de extração de dados
das fontes diversas, seu tratamento de preparação, transformação e sua carga nas estruturas
finais do data warehouse. Realizam processos de união de fontes diferentes, facilitando a
busca em ambientes heterogêneos.
20
• Ferramentas de gerência
As ferramentas de gerência objetivam auxiliar o processo de armazenamento e de
utilização do data warehouse e do repositório, onde residem as informações de metadados,
responsáveis pela definição das estruturas e dos processos de transformação desejados.
• Ferramentas de uso
As ferramentas de uso são, na essência, os mecanismos, através dos quais os usuários
manipulam os dados no data warehouse e obtém as informações requeridas. Também
denominadas ferramentas de uso final “front-end”.
21
3 – BI NA HELIBRAS
Este Capítulo apresenta a aplicação do BI na Helibras - Helicopteros do Brasil S/A.
Falaremos do uso do Sistema de Gestão Integrada (ERP) na Helibras, base para o
funcionamento do BI, em seguida, apresentaremos as características e descrição do
funcionamento do Logix – BI – ferramenta de Business Intelligence utilizada na Helibras.
A Helibras é uma subsidiária da multinacional francesa Eurocopter, fabricante de
helicópteros a turbina com grande penetração no mercado mundial, detentora de avançada
tecnologia neste ramo de atividade.
3.1 – LOGIX
O Logix é o sistema de gestão integrada (ERP) utilizado na Helibras desde 1999. Este
sistema é dividido em módulos, que contemplam as atividades operacionais básicas da
empresa, como comprar, vender, controlar estoques, contabilidade, financeiro, etc.
O Logix foi desenvolvido pela Logocenter, fabricante de software de Joinville – SC,
fundada em 1988, presente em todo o mercado nacional nos mais diversos segmentos
(industrial, comercial, serviços, saúde, etc) com uma carteira de mais de 800 clientes.
Na Helibras, está implantado os principais processos do Logix, a saber:
•
Entradas – Consiste nos processos de compras, estoques, recebimento e contas a pagar;
•
Saídas – Consiste no processo de vendas, logística e distribuição, expedição e contas a
receber;
•
Manufatura – Consiste no processo de produção e manutenção de helicópteros, MRP,
Controle de produtos;
•
Finanças – Consiste no processo financeiro e contábil, com a contabilidade geral,
patrimônio e módulos fiscais;
•
Recursos Humanos – Consiste no processo de folha de pagamento, ponto eletrônico,
treinamento, refeitório e planos de cargos e salários.
22
O Logix é um SPT, que permite o processamento das transações da empresa e fornece
as informações que serão trabalhadas pelo BI. É possível ter acesso a algumas informações
gerenciais, como por exemplo, o saldo do estoque de determinada peça, o saldo de contas a
pagar do mês ou o volume de compras em algum período. Mas o sistema é, essencialmente,
transacional, com poucos relatórios gerenciais.
3.2 – LOGIX BI
O Logix BI é um módulo do Logix que permite a extração de informações gerenciais
em análises pré-definidas pelo usuário e tem por objetivo servir de apoio e subsídio aos
processos de tomada de decisão, buscando vantagens competitivas para a organização.
Ele permite monitorar a empresa de maneira rápida e simples, integrando toda a base
operacional de dados disponibiliza a qualquer momento dados precisos e confiáveis sobre as
operações da empresa.
3.2.1 – Características
São características do Logix BI instalado na Helibras:
•
Desenvolvido para ambiente WEB;
•
Acesso a informação através da internet/intranet;
•
Opera em servidores Unix, Linux e Microsoft;
•
Operação simples e busca rápida das informações;
•
Análises e visualizações gráficas;
•
Agendamento e envio automático das informações através de e-mail;
•
Segurança no acesso;
•
Personalização das análises;
•
Exportação dos dados para o Excel;
•
Criação de Colunas Calculadas.
23
3.2.2 - Benefícios gerados
O Logix BI permite o acesso rápido e intuitivo as informações relevantes e a redução
do trabalho na preparação das informações executivas.
A partir das análises pré-definidas é possível o acompanhamento diário do
desempenho da empresa com confiabilidade das informações apresentadas com redução do
tempo para correção dos desvios.
3.2.3 – Integração e Tecnologia
O Logix BI é composto por um Front End em ambiente WEB e por programas que
ficam no mesmo ambiente do Logix ERP que servem para tabular e consolidar informações
previamente definidas.
O Front End foi desenvolvido em Java e roda no navegador Internet Explorer 5.5 ou
superior e Netscape 6.2 ou superior, sem necessidade de instalação de qualquer produto nas
máquinas dos usuários finais.
No servidor que poderá ser Unix, Linux ou Microsoft será necessário instalar o Logix
BI, um servidor de aplicação (Servidor Apache Jakarta) e a máquina virtual java JDK 1.4.1.
Se este servidor estiver conectado a internet, as informações do Logix BI poderão ser
acessadas pelos usuários autorizados em qualquer lugar do mundo. Caso a empresa não utilize
o acesso externo, as informações poderão ser acessadas apenas pelos usuários autorizados em
sua rede interna.
Existe uma função de criação de novas análises disponível ao administrador do
sistema, permitindo o acesso direto às tabelas do Logix ERP e/ou outros sistemas, desde que
utilizem os bancos de dados (Oracle, Informix, SQL-Server). Quando houver necessidade da
aplicação de regras de negócios complexas e/ou que envolvam várias tabelas ou ainda no caso
de serem tabelas muito volumosas, deve ser criados processos que façam a tabulação e
consolidação das informações em tabelas específicas para o Logix BI.
24
3.2.4 - Pré-requisitos para uso do Logix BI
São pré-requisitos para seu uso:
•
Navegador Internet Explorer 5.5 ou superior; Netscape 6.2 ou superior;
•
Servidor de aplicação - Servidor Apache Jakarta;
•
Máquina Virtual Java JDK 1.4.1;
•
Banco de Dados Oracle, Informix, SQL Server.
•
3.3 – Descrição e Funcionamento do Logix BI
A seguir descreveremos as principais funcionalidades do Logix BI.
!
Definições Dimensões e Métricas pelo Usuário;
!
Agendamento e envio automático de análises por e-mail;
!
Visualização em Tabelas ou Gráficos;
!
Configurações de Cores de acordo com a faixa de valores;
!
Diversos Gráficos: Barras Verticais, Barras Horizontais, Linhas, Linhas 3D, Áreas, Áreas
3D, Pizza, Termômetro, Relógio;
!
Exportações de Dados para Planilhas (MS-Excell, OpenOffice);
!
Calculadora sobre os Valores de Colunas;
!
Agregações de Métricas;
!
Ordenações de Colunas - Descendentes ou Ascendentes;
!
Sequência de Visualização de Colunas e Dimensões;
!
Sequência de Filtros;
!
Totalização de Métricas.
Segue abaixo uma demonstração das principais telas de uso do sistema, relacionados
as funcionalidades citadas no item anterior.
25
3.3.1 – Tela de Abertura
A Figura 3.1 mostra que o sistema é estruturado em análises, que consistem em
relatórios e visões dos dados estruturados conforme a área de abrangência e objetivos
definidos.
Figura 3.1 - Sistema estruturado em análises
3.3.2 – Seleção das Dimensões para Análise
A Figura 3.2 apresenta as dimensões para visualização dos dados, para que sejam
construídas tabelas e gráficos.
26
Dimensões são formas de se apresentar os dados, a partir de certo grau de
detalhamento definido na análise. Por exemplo, em uma análise de Faturamento e Vendas da
empresa, podem ser definidas as dimensões Segmento de Mercado e separar cada Segmento
de Mercado (Maracanã, Secos e Molhados, Condor, Negresco, etc) com as regiões DEMOAP, DEMO-GU, DEMO-FL e a partir disto, visualizar os dados nestas dimensões.
Figura 3.2 - Dimensões para visualização dos dados
3.3.3 – Tabela de Visualização por Segmento Selecionado
Na Figura 3.3 foi definida a dimensão de visualização por Gerente / Segmento. Nesta
opção de visaulização, pode-se definir formas de se visualizar as dimensões por critérios
definidos na própria base de dados. Neste exemplo, foi dimensionado os dados conforme cada
Gerente e dentro da responsabilidade de cada Gerente, os Segmentos correspondentes de sua
atuação.
27
Figura 3.3 - Dimensão de visualização por Gerente / Segmento
3.3.4 – Definição do Gráfico a ser Utilizado
A partir da tabela da Figura 3.3, na Figura 3.4 visualiza-se os tipos de gráficos a
serem montados pelo BI. O usuário pode optar entre os diversos tipos de gráficos montados
pelo BI, sendo em formato de pizza, barra, estilo monitor de carro, etc.
28
Figura 3.4 – Tipos de gráficos
3.3.5 – Agregações
Na Figura 3.5, a partir das análises já montadas, é possível alterar o formato e
estruturação dos dados, montando agregações para organizar as métricas. A partir dos campos
demonstrados na análise, é possível agregar estas informações, criando somas, médias,
definindo limites entre outras opções. Assim, é possível trabalhar com os dados analisados,
criando outras visões para uma análise mais apurada.
29
Figura 3.5 – Formatação e estruturação dos dados
3.3.6 – Ordenações
Na Figura 3.6 pode-se definir diferentes ordenações para a tabela selecionada,
definindo a ordenação como por exemplo: Valor faturado; Cliente; Mercado etc.
30
Figura 3.6 – Diferentes ordenações
3.3.7 – Sequência de visualização
Na Figura 3.7 pode-se definir seqüências de visualizações para a tabela selecionada.
Estas seqüências de visualização são configuradas conforme os campos disponíveis nas
tabelas do BI as quais são extraídas as informações. Assim, pode-se selecionar quais os
campos e sua ordem de visualização, alterando as análises Drill-Down para detalhamento das
análises; lembrando que sempre o primeiro campo será a base para o Drill-Down.
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Figura 3.7 – Seqüência de visualização
3.3.8 - Filtros
A partir das análises, também pode se definir filtros, conforme os diferentes campos
apresentados nas tabelas, para visualizar de diversas maneiras os dados apresentados nas
tabelas da análise. Estes filtros são configurados pelo próprio usuário, mediante a seleção dos
campos disponíveis para serem filtrados. Por exemplo, na análise de Faturamento e Vendas,
pode se filtrar as informações por Representantes, por Linha de Produto, por Empresa etc.
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Figura 3.8 - Filtros
3.3.9 – Análise Vertical e Horizontal
Na Figura 3.9 e 3.10 pode-se verificar que o sistema permite a montagem de análises
vertical e horizontal dos dados constituídos e a montagem de cálculos, a partir destas
visualizações.
A Análise vertical é a totalização das métricas apresentadas na tabela de análise por
linha. Assim é criada uma linha totalizadora das métricas demonstrando a participação de
cada linha em relação ao total e também a participação acumulada de cada linha.
A Análise horizontal é a totalização das métricas apresentadas por coluna, de forma
análoga à análise vertical.
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Figura 3.9 - Análise vertical dos dados constituídos e a montagem de cálculos
34
Figura 3.10 - Análise horizontal dos dados constituídos e a montagem de cálculos
3.3.10 – Montagem de colunas calculadas
A partir das análises definidas anteriormente, podem ser criadas colunas calculadas,
com fórmulas matemáticas e operadores lógicos definidos pelo usuário, conforme Figura
3.11.
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Figura 3.11 – Coluna calculada
3.4 - Tecnologia
A ferramenta de visualização do Logix BI foi desenvolvida em Java e roda em
browser (software de navegação na Internet). Assim, não há necessidade de instalação de
qualquer produto nas máquinas dos usuários finais e no servidor será necessário instalar o
Logix BI e um servidor de aplicação que pode ser um software livre.
O Wizard (assistente de criação) permite acesso direto às tabelas do Logix ERP e/ou
outros sistemas de bancos de dados (Oracle, Informix, SQL-Server, DB2)
O Logix BI permite ao usuário criar suas próprias análises utilizando-se das tabelas:
36
• Logix ERP;
• Banco de dados Oracle, Informix, SQL-Server, DB2, MySQL;
• Data Warehouse (tabelas específicas do BI);
• Outras tabelas criadas e mantidas pelo seu próprio corpo técnico, dentro do software
gerenciador de banco de dados do Sistema Logix.
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4 – ANÁLISE DO LOGIX BI
4.1 – Pontos Positivos
A ferramenta de BI da Logocenter apresenta vários aspectos positivos, principalmente
relacionados a usabilidade do sistema (fácil de navegar e interativo ao usuário), entre eles
podemos enumerar:
4.1.1) Ambiente gráfico com fácil formatação dos usuários;
O acesso ao Logix BI no ambiente Internet (através do Browser) e seus menus
amigáveis permite fácil usabilidade por parte do usuário. Vide figuras do item 3.3.1 a
3.3.10.
4.1.2) Implementa o conceito de BI no que se refere a elaboração de análises e simulações,
criando perfis de pesquisa e visualização conforme cada usuário;
Conforme referencial teórico, podemos perceber que o Logix BI implementa os
principais conceitos de ferramentas de suporte a decisão, se configurando em um
Sistema de Apoio a Decisão.
4.1.3) Drill down versátil - possibilidade de ir navegando e detalhando as análises, a partir de
uma visão “top down” (de cima para baixo) e permitir ao usuário configurar sua
análise, salvando as formas de visualização (e níveis de visualização);
A funcionalidade Drill Down permite a elaboração e pesquisa das análises a partir de
dados mais gerais para dados mais específicos, permitindo uma navegação fácil e
eficiente nas análises elaboradas. (vide Figuras 3.3.6 a 3.3.8).
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4.1.4) Possibilidade de montar análises e agendar seu envio periódico por e-mail para um
usuário ou grupo de usuários;
Esta funcionalidade agiliza e permite flexibilidade da ferramenta. Nem todos os
usuários precisam acessar o Logix BI, pois o usuário que elabora as análises, pode
salvá-las em seu perfil e configurar o agendador de e-mails, para na periodicidade
definida disparar e-mails para um grupo de usuários (diariamente, semanalmente,
mensalmente etc) com o resultado da análise (tabela ou gráfico) previamente
agendado.
4.1.5)
Possibilidade de anexar documentos a cada análise (armazenando arquivos de
qualquer extensão à análise);
A cada análise elaborada, é possível anexar arquivos explicativos ou com
detalhamentos maiores, em qualquer formato (pdf, excel, Word, etc). O objetivo é
reforçar a análise com outras fontes externas, tornando visível e completa a análise
para os usuários que a consultarem.
4.1.6) Possibilidade de colocar comentários (texto livre) em cada análise elaborada;
Da mesma forma, além de arquivos, é possível inserir comentários em texto livre,
visando elaborar dissertações ou justificativas dos resultados apresentados, permitindo
rastreabilidade e transparência nas informações geradas pela análise.
4.1.7) Análise vertical e horizontal, com somatórios e fórmulas elaboradas pelo próprio
usuário.
Esta função permite elaborar detalhamentos e simulações a partir das análises
montadas, sumarizando as tabelas em várias dimensões, bem como inserir fórmulas e
colunas calculadas a partir dos dados demonstrados (vide Figuras 3.9, 3.10 e 3.11).
4.2 – Pontos Negativos
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4.2.1) Somente busca informações em um banco de dados, no ambiente que está instalado o
ERP (no caso da Helibras – banco de dados Logix em Informix);
As informações a serem pesquisadas pelo Logix BI devem necessariamente estar no
banco de dados do Logix, em tabelas padrão do Logix ou tabelas específicas criadas
neste banco de dados para serem parametrizadas pelo BI. Isto diminui a flexibilidade e
versatilidade do sistema para a elaboração das análises.
4.2.2) Processamento em batch (exige rotinas para copiar as informações das análises do BI,
para acesso em tabelas próprias);
As análises do BI são montadas sobre tabelas próprias dentro do banco de dados do
Logix, para agilizar o desempenho. Assim, não é possível a busca “on line” das
informações nas tabelas originais; exigindo procedimentos de atualização das tabelas
específicas na periodicidade definida para cada análise (diária, semanal, mensal ou
agendada em vários horários no dia).
4.2.3) Lentidão em algumas consultas (estrutura da pesquisa ou performance do servidor
Web), pois a tecnologia Java (utilizada pelo software), por ser mais robusta, apresenta
menos performance de processamento.
O acesso a algumas consultas e análises, mesmo utilizando tabelas específicas, ainda é
lento, exigindo muito tempo de resposta. Isto pode ser gerado pela própria tecnologia
de visualização, escrita em Java (linguagem mais robusta).
4.2.4) Exige servidor WEB específico (Apache).
Para rodar o Logix BI é obrigatório a instalação do servidor de aplicação Apache
Jakarta com máquina virtual Java JDK 1.4.1. O sistema atualmente só roda nesta
plataforma. Isto é um impeditivo ao uso, apesar do produto ser um software livre
(pode rodar inclusive em Linux, Windows NT, 2000 etc).
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4.2.5) Exige do usuário conhecimento das tabelas do logix e relacionamento das tabelas, para
elaboração das análises, e um bom conhecimento em SQL (Linguagem de consulta
estruturada).
O usuário final não consegue montar novas análises a partir das tabelas do Logix, pois
é necessário conhecimento do conteúdo e relacionamento das tabelas e conhecimentos
de SQL. O Logix tem um universo de mais de 5.000 tabelas, o que acaba exigindo o
suporte do consultor da Logocenter para a montagem de análises mais complexas.
4.2.6) Gráficos com pouca flexibilidade e muito simples.
Os gráficos do Logix BI são pouco flexíveis e com poucos modelos para opção do
usuário.
4.3 – Oportunidades de Melhoria
Frente aos aspectos negativos e observando os padrões de mercado dos sistemas de BI,
percebemos algumas melhorias que podem ser implementadas ou estudadas pela fabricante do
Logix BI – Logocenter:
4.3.1) Desenvolver forma de buscar dados em outras fontes (tabelas Access, arquivos Excel,
outras bases de dados em ambientes SQL Server – Oracle etc)
4.3.2) Rever estrutura de processamento Batch, permitindo buscar dados diretamente nas
tabelas do Logix, através de alguma ferramenta de “ligação” entre o BI – Web e as
tabelas, sem diminuir a performance.
4.3.3)
Estudar alternativas tecnológicas, utilizando o padrão Java, para otimiza
performance de consulta no banco.
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4.3.4) Estudar possibilidade de adaptação para uso de outros servidores Web (inclusive IIS –
Internet Information Server, da Microsoft).
4.3.5)
Desenvolver documentação completa das tabelas e relacionamentos do Logix, para
permitir liberdade e flexibilidade do cliente na montagem das análises, sem apoio
necessário do consultor da Logocenter.
4.3.6) Otimizar módulo de elaboração de gráficos, utilizando padrões do Microsoft Excel.
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5 – CONCLUSÃO
Face ao referencial teórico estudado e a ferramenta de Business Intelligence (BI)
analisada, conclui-se que o Logix BI está bem dimensionado quanto as características
fundamentais de um sistema de Business Intelligence; porém apresenta oportunidades de
melhoria para implementar as melhores práticas de mercado.
A adoção de uma ferramenta de BI na indústria ora analisada é fundamental para a
otimização do processo de tomada de decisão, bem como conhecimento rápido e com
confiabilidade das informações originárias do sistema de gestão integrada (ERP) adotado –
Logix.
A Logocenter, que já tem um ERP bem elaborado e posicionado no mercado,
apresenta um produto de BI bem integrado e compatível com seu sistema, mas que necessita
de melhorias em seu processo para permitir análises a partir de bases de dados originárias
dentro e fora do ERP.
De qualquer forma, a adoção desta ferramenta permitirá grande avanço no processo
decisório e de suporte a definição de estratégias da Helibras, a partir do acesso com
confiabilidade e rapidez em sua base de dados, através do Logix BI.
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6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBIERI, Carlos – BI – BUSINESS INTELLIGENCE – Modelagem & Tecnologia –
Axcel Books – 2001
CARVALHO A. O.; EDUARDO M. B. P. Sistema de Informação em Saúde para Municípios.
São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998.
DRUCKER, P., Sociedade Pós-Capitalista. 7ª ed.. Pioneira: São Paulo. 1999.
JACOBSON, I.; ERICSSON M.; JACOBSON A. The Object Advantage – Business Process
Reengineering with Object Technology. Ed. Addison-Wesley, 1994.
LAUDON K. C.; LAUDON L. P. Management Information Systems: Managing the Digital
Firm New Jersey, 7th ed, 2001.
LOGOCENTER, Notas Compiladas, 2004
MANUAL DO MÓDULO LOGIX BI – Business Intelligence - Logocenter – 19/02/2004
ROBERTS, J. “From Know-how to Show-how? Questioning the Hole of Information and
Communications Technologies in Knowledge Transfer”, Technologies Analysis
Management, v.12, nº 2, 2000.
TURBAN, E.; RAINER, R. K.,Jr.; POTTER, R. E. Administração de tecnologia da
informação. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
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