a filosofia como ferramenta importante para a administração, nas

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A FILOSOFIA COMO FERRAMENTA IMPORTANTE
PARA A ADMINISTRAÇÃO, NAS TOMADAS DE
DECISÕES, NAS ANÁLISES QUE NECESSITEM
APROFUNDAMENTO.
Moisés Lima do Carmo*
RESUMO:A administração recorre à Filosofia
como recurso na busca de elementos e critérios
para tecer regulamentos e normas. Elaborar é
próprio da filosofia, ser capaz de transpor
obstáculos superando o senso comum e
promovendo o senso crítico.Fazendo uma
análise entre burocracia e tecnocracia,
percebeu-se que suas ligações serviram a
interesses políticos como instrumentos de
comunicação e controle do Estado. A palavra
burocracia teve no grego sua origem e foi
substituída posteriormente pelo termo tecnocracia. O homem, no decorrer da história, sempre buscou sua liberdade e exigiu seus direitos
estabelecendo normas e regras à medida que a
sociedade se tornou mais complexa.
A administração é o resultado
histórico integrado da contribuição
cumulativa de inúmeros precursores; os
filósofos fizeram parte deles. A filosofia já
desde os tempos da antigüidade influenciou
seu surgimento, racionalizando os direitos
do homem e sua liberdade.A burocracia e
tecnocracia compõem um dos instrumentos
usados na administração para controle de
informações comerciais.Analisando
criticamente “Burocracia” e “Tecnocracia”,
são concebidas como um aparato
(interligado) que serve a interesses políticos.
tornou-se fundamental na administração
pública do Estado, como resultado das
transações e comercializações dos negócios
entre os povos. Portanto, a burocracia é um
instrumento de comunicação e controle do
Estado.
A história da burocracia desde o
desenvolvimento do Estado tem sido
utilizada para fins de controle das
informações comerciais originárias da
abertura dos portos entre as nações
emergentes do ocidente. Após o séc XVIII
de nossa era, a expressão burocracia
Burocracia: Definida por “Buro”:
palavra originada do grego significando
trabalho, utilizada pela primeira vez por
EURIGENE no séc. VII aC.,
posteriormente utilizada como forma de
execução de trabalho passando aí a
significar um verbo permanente na
conjugação do termo propriamente dito. A
terminação “cracia”, também originada do
grego, completa a idéia de Estado. A partir
do séc XIX, substituindo a expressão
burocracia, aparece a expressão tecnocracia. Esta expressão, usada mais precisamente como substituição, mostra que a sua
* Aluno de Administração 1O ano/UNAMA e estudante de Filosofia.
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Adcontar, Belém, v. 2, nº 1, p. 7-10, maio 2001
funcionalidade expressa método na
condução das informações e do controle.
Portanto, tecnocracia significa dizer
tramitação de informação e controle,
segundo normas e princípios préestabelecidos.
Há uma constante discussão quanto
a mudanças nas mais diversas áreas
burocráticas. O homem busca sua
liberdade, exige seus direitos.Vejamos,
então, o conceito de direito: conjunto de
regras estabelecidas com um fim comum,
com vistas a orientar, regulamentar e
determinar a relação de causa e efeito
considerados por uma sociedade. Pela
definição concebida, podemos afirmar que
o homem primitivo estava destituído de
direito. Seu ambiente social desprovido das
exigências atuais constituía-se nas primeiras
sociedades ditas elementares.
A evolução de suas relações com o
meio, à medida em que surgia a
complexidade dentro dessas relações,
surgia a necessidade do estabelecimento de
regras que normatizassem as relações
individuais e relações sociais.
O homem primitivo, após
estabelecimento de normas sociais, que se
transformavam em direito, percebeu
deparar-se com a perda de sua liberdade
porque suas ações agora eram regidas por
normas e regulamentos.Percebeu ainda que
a medida que evoluía, estabelecia-se a
necessidade de normas mais complexas
para reger as suas crescentes relações
sociais.
Assim, via o homem, na sua evolução,
que a sua liberdade individual tornava-se
em liberdade social. Assim, podemos dizer
que o direito constituído, ao propiciar ao
homem liberdade social, em contrapartida
elimina o direito de liberdade individual
tornando o homem incapaz de fazer uso de
sua vontade pessoal.Acredita-se que o
desenvolvimento depende de constantes
análises, baseadas em informações precisas,
atuais e verdadeiras, sendo exploradas no
seu potencial máximo, a fim de promover
transformações positivas.Ao procurar por
mudanças, poderá encontrar na Filosofia,
cujo conceito oriental - a especulação
filosófica propriamente dita - não parece ter
sido cultivado no oriente antigo.
Apesar da elevada cultura científica
das suas elites intelectuais, por exemplo os
egípcios, caldeus, hindus, chineses, judeus
e os persas, não possuíram em filosofia mais
do que conhecimentos gerais derivados da
religião.
Os hindus, entre os povos do antigo
oriente, foram os primeiros a explicar o
homem e o universo filosoficamente, porém
essa filosofia Bramani nada mais
representou que uma metafísica Hierática e
sagrada.Já na Grécia a filosofia se desliga
da religião e adquire existência autônoma;
é nesse período que afloram as
investigações das verdades racionais, é
quando a filosofia adquire significação geral.
É esse o conceito de filosofia que
vamos encontrar em Heródoto, Tucidites,
Xenofonte, quando os mesmos definiram
ser a filosofia “Amor da verdade sobre
todas as formas, arte de bem dizer e de bem
pensar, tudo o que faz o homem mais
humano”.
Segundo uma tradição de que Cícero
se fez arauto, o termo filosofia teria sido
criado por Pitágoras no séc, VI aC. Assim,
a filosofia nada mais é do que uma ciência
Adcontar, Belém, v. 2, nº 1, p. 7-10, maio 2001
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universal que exerce grande influência nas
mais diversas áreas e ciências.Portanto,
pelo exposto, a filosofia é a ciência que tem
alterado os padrões da vida social de todos
os povos. Toda sociedade por mais
primitiva que seja tem estabelecido as suas
normas, as suas regras, bem como a sua
conduta, emanadas de princípios filosóficos.
A filosofia tem conduzido o homem
à especulação quanto à sua existência
universal e interrogado quanto à sua
permanência e o seu objetivo no Universo.
Utilizando-se deste recurso, vemos que a
vida pode ser analisada nos mais diversos
aspectos, que segundo os filósofos do séc
IV aC. conceituavam que a vida tem dois
sentidos, o sentido material e o sentido
espiritual, concebendo para o sentido
material o conjunto das obrigações e
deveres, e para o sentido espiritual o
conjunto das relações mútuas com o
criador.
Na obra “Confissões de Santo
Agostinho” vamos encontrar para o que ele
disse da vida: “O ser na sua extensão mostra
em primeiro lugar obrigações e deveres de
direito com seu criador para só depois
expressar seus deveres para com a
natureza”.
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Para os santos da Igreja, o verdadeiro
sentido da vida se constitui na primazia da
relação entre o ser e o seu transcendente;
para os filósofos da antigüidade, o
verdadeiro sentido da vida se constituía na
relação do espírito crítico com seu
transcendente, tendo em segunda instância
para o sentido da vida as questões menores
do campo material.
Na vida moderna, o homem na sua
visão cartesiana coloca como primazia da
vida, ou seja, como verdadeiro sentido da
vida as questões de âmbito materiais para
só aí expressar-se como seu transcendente.
Logo, nenhuma sociedade subsiste sem as
bases da sua própria filosofia.
BIBLIOGRAFIA
ARANHA, Maria Lúcia Arruda; MARTINS,
Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à
Filosofia. 2. ed. São Paulo: Moderna,1995.
ARRUDA, J. Jobson de, História Antiga e
Medieval. São Paulo: Ática,1987.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à
Teoria Geral da Administração. 4. ed. São
Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1993.
Adcontar, Belém, v. 2, nº 1, p. 7-10, maio 2001
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