Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian Acadêmicos: Amauri Viana Patrícia Brois Rebeca Appel Liga Acadêmica de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular 35% das mortes são por causa cardiovascular no Brasil – 300 mil casos/ano EUA: 250 mil mortes súbitas/ano PCR: nenhuma situação clínica supera a prioridade absoluta no atendimento. Sintomas cardiovasculares novos ou progressivos: ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Dor torácica Palpitações Dispneia Fadiga Sintomas de ICC Baixa sensibilidade; podem ser mais específicos quando iniciados abruptamente (horas). Período de 1 hora ou menos entre as alterações agudas no estado cardiovascular e a própria parada cardíaca. Hinkle e Thaler: classificaram a morte cardíaca em 142 indivíduos durante 5-10 anos. ◦ ◦ ◦ ◦ Classe I: morte arrítmica Classe II: morte por falência circulatória 93% das mortes causadas por arritmias (FV) Mortes por falência circulatória em doentes terminais (95% estavam comatosos). Caracteriza-se pela perda abrupta da consciência causada pela falta de um fluxo sanguíneo cerebral adequado. Mecanismos: ◦ FV ◦ Assistolia-atividade elétrica sem pulso ou bradiarritmias graves ◦ TV sustentada ◦ Outros: ruptura do VE, tamponamento cardíaco, ruptura aguda de um grande vaso. Mecanismo de parada Natureza do processo patológico subjacente Retardo entre o início da parada e os esforços de ressuscitação. Início de um dano cerebral irreversível em 4-6 minutos após a perda do FSC relacionado à PC sem intervenção. Morte biológica. Cadeia de sobrevida: ◦ Reconhecimento imediato e acionar a emergência ◦ Manobras de RCP de alta qualidade ◦ Rápida desfibrilação ◦ Medidas eficazes de SAVC ◦ Cuidados pós-parada Avaliação primária (BLS): I e II Secundária (ALS): manobras para SAVC, como EOT, acessos venosos, infusão de drogas, desfibrilação, estabilização do doente pósparada com vasopressores. Novas recomendações (2010): ◦ Algoritmo simplificado ◦ Tradicional “ver, ouvir, sentir” foi retirado ◦ Ênfase nas compressões torácicas ◦ ABC substituído por CAB: “compressões, vias aéreas e respiração”. ◦ Desfibrilação o mais rápido possível: 47-72% dos eventos em FV são revertidos se iniciar até o 3-4 minutos. CAB ◦ Necessidade de priorizar o efetivo suporte circulatório. ◦ Compressões torácicas: Depressão de 5cm do tórax Tórax retorne a posição normal Não interrompa até a chegada do DEA 100/minuto! Profissionais da saúde: ◦ Ciclos de 30 compressões e 2 ventilações até a chegada do DEA. ◦ Cada ventilação deve durar 1 segundo ◦ Aplicar volume corrente suficiente para elevar o tórax ◦ Evitar ventilações rápidas e forçadas ◦ Com via aérea avançada, aplicar 8-10 ventilações por minuto não sincronizadas com as compressões ◦ Volume corrente de 6-7ml/kg é suficiente. Identificar o ritmo de parada Desfibrilação Via aérea avançada* Via aérea avançada: EOT ◦ Averiguar correto posicionamento do tubo: Exame físico: expansão torácica bilateral, auscultar epigástrio (sons respiratórios não audíveis) e os campos pulmonares bilateralmente. Dispositivo de CO2 exalado: de preferência capnografia quantitativa em forma de onda. Permite confirmar a inserção correta do tubo. Cuidados após EOT: ◦ 8-10 ventilações assincrônica com as compressões ◦ Administração de drogas pela cânula sem demora na ausência de acesso venoso. Ritmos Chocáveis Fibrilação Ventricular Taquicardia Ventricular Ritmos não chocáveis Assistolia AESP Forma mais comum de PCR extra-hospitalar. É contração incoordenada do miocárdio em conseqüência da atividade caótica de diferentes grupos de fibras miocárdicas, resultando na ineficiência total do coração em manter um rendimento de volume sanguíneo adequado. É a sucessão rápida de batimentos ectópicos ventriculares que podem levar à acentuada deterioração hemodinâmica, chegando mesmo a ausência de pulso arterial palpável. Avaliar a responsividade do paciente Acionar emergência Conseguir um desfibrilador externo automático (DEA) CAB Freqüência de pelo menos 100 compressões/min com 5 cm de profundidade. Após o choque sempre iniciar compressões! Tórax muito peludo Água Marca passo implantado Adesivos medicamentosos transdérmicos RCP de alta qualidade evitar interrupções! DEA X Desfibrilador Manual Aplique 1 choque ( monofásico – 360J, bifásico – recomendação do fabricante, 120200J ou a carga máxima). “Vou aplicar o choque no 3! Um, estou afastado!” “Dois, vocês estão afastados!” “Três, todos estão afastados!” RCP por mais 2 min. Analisar o ritmo! Se não for chocavel e for organizado cheque o pulso! Duvidas?? RCP Enquanto isso: vias aéreas e uso de drogas O número de ciclos de RCP e choques a serem administrados antes da uso de drogas ainda não foi determinado. Administre as drogas durante a RCP. Pacientes em hipotermia: não administre fármacos até a temperatura corporal atingir 30°. Aplique apenas 1 choque. IV: periférico e via de escolha. Medicamentos levam 1-2min para alcançar a circulação central. - administrar em bolus - em seguida administrar 20ml de fluido IV - elevar a extremidade. IO Endotraqueal: a dose típica dos medicamentos é 2 a 2,5X maior que pela via IV. - epinefrina, lidocaína, vasopressina e atropina. - diluir em 5-10ml de água ou solução salina. Otimizam o débito cardíaco, a freqüência e a pressão arterial. Epinefrina 1mg IV/ IO a cada 3-5min. Via endotraqueal: aumentar a dose Vasopressina 40U IV/IO – pode substituir a primeira ou a segunda dose de epinefrina. Quando a FV/TV persistem após 2 a 3 choques e administração e vasopressor considere o uso de antiarrítmicos. Amiodarona 300mg IV/IO, 2° dose 150mg em 3-5min. Lidocaina 1- 1,5mg/kg IV/IO, depois 0,5 a 0,75 mg/kg em intervalos de 5-10min até 3 doses ou 3mg/kg. Endotraqueal: 2 a 4mg/kg. Magnésio para Torsades de Pointes (taquicardia com QRS largo, relaciona-se com a presença de QT longo- secundário a fármacos ou congênito) : dose ataque 1- 2g IV/IO diluídos em 10ml de SG 5% em administração continua, durante 5-20min. O sulfato de magnésio também é indicado em pacientes com baixos níveis de magnésio (alcoolismo, desnutrição). Amiodarona: Dose maxima 2,2g/ 24h. -Inicie com bolus IV de 150mg em 10min. -Manutenção: 1mg por minuto nas 6 primeiras horas; e 0,5mg por minunto nas próximas 18h. - Monitorar bradicardia, hipotensão e toxicidade gastrointestinal. Lidocaína Grupo heterogêneo de rítimo organizados ou semi-organizados, mas sem pulso palpavel: Ritimo idioventriculares Ritimos de escape ventricular Ritimos idioventriculares pós-desfrilação Ritimos bradiassistólicos Rítimo de parada cardíaca associado a atividade elétrica não discernível ao ECG (linha reta). Confirmar “linha reta” pelo protocolo: ◦ Checando as conexões dos eletrodos; ◦ Aumentar o ganho do monitor cardíaco; falta de energia; ◦ Checar rítimo em suas derivações HIPOVOLEMIA HIPÓXIA HIDROGÊNIO (ACIDOSE) HIPER/HIPOPOTASSEMA HIPOGLICEMIA HIPONATREMIA TOXINAS TAMPONAMENTO TENSÃO NO TÓRAX TROMBOSE TRAUMA Condições Pista do ECG e Monitorização História e Exame Tratamento Físico Recomentdado Hipovolemia Fc: rápida QRS :estreito Veias do pescoço colabadas infusão de volume Hipóxia Fc: baixa Cianose, gasometria, problema de vias aéreas Oxigenação, ventilaçao H+ (acidose) QRS de amplitude↓ DM, IR, acidose responsiva ao bicarbonato Hiperventilaçao, bicarbonato de sódio Hiperpotassemia QRS alargado; onda T pontiaguda; onda P achatada IR, DM, diálise recente, fistula de diálise, medicaçao Glicose + insulina; bicarbonato, cloreto de cácio Hipopotassemia Uso de diurético; perda anorma de potássio Infusao rápida K; adicione Mg em caso de PC Taquicardia; QRS alargado; onda T achatada; onda U proeminete; Condições ECG e Monitorização História e Exame Tratamento Físico Toxinas (tricíclicos, digoxina, Bbloqueador, Bloqueador canal Ca; overdose Prolongamento do intervalo QT Bradicardia, pupila, examen neurológico Triagem da droga; Intubação; lavagem; antídotos específicos agentes p/ toxinas Tamponamento FC: rápida Complexo estreito Ausência de pulso à RCP, distenção venosa Pericardiocentese Tensão no tórax (pneumotórax hip.) FC: baixa (hipóxia) Complexo estreito Desvio traquéia, sons respirat. Assimétricos, dificuldade p/ ventilar toracocentese Trombose cardíaca: IAM aguda, maciço Derivações anormal; inversão de onda T; Ondas Q, alteração segmento ST Marcadores cardíacos fibrinolíticos Distençao das veias do pescoço, Fibrinolíticos, embolectomia Trombose FC: rapida pulmonar: embolia Complexo estreito Chegado do desfibrilad or Administre uma vasopressor, Identifique fatores contribuientes RCP RCP RCP Análise do Ritimo Considre o uso da atropina Análise do Ritimo Análise do Ritimo Administre medicamentos durante RCP, nao pare a para administrar medicamentos. Vasopressor: melhora a pressão arterial diastólica aórtica e pressão de perfusão da artéria coronária ◦ Epinefrina 1mg IV/IO – repetir a cada 3 – 5min Ou ◦ Vasopressina 40 U IV/IO para substituir 1°e 2° dose de epinefrina 10 4 Nao chocavels Realize 5 ciclos de RCP Analise ritimo. Ritimo chocável? • Se assistolia, quadro 10 • Se atividade elétrica examine o pulso. Se sem pulso, vá para quadro 10 • Se houver pulso, inicie os cuidados pós ressucitação Não Chocavel Chocavel Quadro 4 American Heart Association: International Guidelines 2010 for CPR and Emergency Cardiovascular Care. Circulation 2010; 122 (suppl 3): S687. Hinkle LE, Thaler HT: Clinical classification of cardiac deaths. Circulation 65:457, 1982. LIBBY, P. [et al.] “Braunwald: tratado de doenças cardiovasculares”. 8ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.