RUPTURA DA PELVE RENAL NA VIGÊNCIA DE CÓLICA RENAL Oliveira, TFT1; Peres, LAB2; Ferreira, JRL3 ¹ Discente do Curso de Medicina da Faculdade Assis Gurgacz ² Professor de Nefrologia do curso de Medicina da UNIOESTE e Faculdade Assis Gurgacz 3Professor de Radiologia do curso de Medicina da UNIOESTE INTRODUÇÃO Litíase renal é a formação de cálculos no trato urinário que resulta de fatores epidemiológicos, anatômicos e modificações físico-químicas da urina. A nefrolitíase favorece a proliferação bacteriana e leva ao quadro de pielonefrite crônica. Como complicação desse quadro infeccioso, pode surgir o abscesso renal e perirrenal. A ruptura de vias urinárias é uma complicação extremamente rara nesses casos, acompanhada de extrema gravidade e Presença de líquido livre em região perirrenal e hidronefrose grau II. mortalidade se não diagnostica e tratada precocemente. Relata-se um caso de ruptura da pelve renal na vigência de nefrolitíase. RELATO DO CASO Paciente do sexo feminino, 40 anos, foi atendida em serviço de emergência por dor intensa em TC sem contraste região lombar à esquerda, com características de cólica renal. Sem história pregressa de nefrolitíase e sem antecedentes de procedimentos cirúrgicos. Ao exame físico, encontrava-se em bom estado geral, eupneica, afebril, fáscies de dor. Ausculta cardíaca e pulmonar normais. Apresentava discreta distensão abdominal e dor a palpação superficial e profunda em flanco esquerdo, membros inferiores sem edemas. Recebeu tratamento sintomático no internamento. Ao estudo ultrassonográfico, evidenciou-se hidronefrose grau II e presença de líquido perirrenal. Na tomografia computadorizada fase sem contraste, confirmou-se o achado de líquido perirrenal e na fase pielográfica, houve o extravasamento do meio de contraste, Extravasamento do meio de contraste pela pelve renal para a região perirrenal. evidenciando a ruptura de pelve renal. Foi encaminhada para serviço de urologia e tratada com colocação de cateter duplo J. CONCLUSÃO TC com contraste A ruptura da pelve renal é uma condição rara, principalmente em associação a quadros de nefrolitíase. Alguns sinais clínicos sugestivos são: febre, dor abdominal, diminuição da E-mail do autor: [email protected] diurese, edema e deterioração da função renal. A constatação do extravasamento urinário, de forma indireta, deve ser feita mediante exame de imagem. Apresentamos um caso de ruptura diagnosticado por tomografia computadorizada por contraste. Destaca-se a importância da otimização e reavaliação dos exames complementares em caso de complicações ou dúvidas no diagnóstico. Referências: 1. KORKES, F.; GOMES, A.S.; HEILBERG, I.P. Diagnosis and treatment of ureteral calculi. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 31, n.1, p. 55-61, 2009. 2. TAS, T.; CAKIROGLU, B.; AKSOY, S.H. Spontaneous renal pelvis rupture: unexpected complication of urolithiasis expected to passage with observation therapy. Case Reports Urology, Article ID 932529, 2013.