Grupo Técnico de Auditoria em Saúde Parecer do Grupo Técnico de Auditoria em Saúde 3 8 /2 0 0 9 Belo Horizonte Dezembro de 2009 Tema: Embolização Hematúrias. no Tratamento das Grupo Técnico de Auditoria em Saúde Autoras: Lélia Maria de Almeida Carvalho Christiane Guilherme Bretas Izabel Cristina Alves Mendonça Marcos de Bastos Silvana Márcia Bruschi Kelles Bibliotecária: Rosana Velloso Montanari Instituições parceiras: Associação dos Hospitais de Minas Gerais – AHMG Associação Médica de Minas Gerais – AMMG Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais – IPSEMG Federação Interfederativa das Unimeds do Estado de Minas Gerais Federação Nacional das Cooperativas Médicas – FENCOM Contato: [email protected] Grupo Técnico de Auditoria em Saúde RESUMO Embolização seletiva é um procedimento minimamente invasivo, feito por acesso percutâneo à árvore vascular, seguido por cateterismo seletivo e embolização do órgão-alvo. Permite tratar hemorragias de diversas causas, tumores benignos e malignos, plaquetopenia, além de facilitar intervenções cirúrgicas quando indicado. Os danos vasculares relacionados com biópsia percutânea de rim transplantado são condições raras. Alguns estudos apontam que esta iatrogenia pode acontecer em torno de 0,2 a 2% e outros estudos relatam índices de 0,9 a 15% dos casos. As complicações mais comuns são fístulas arteriovenosas, pseudoaneurismas e hematoma peri-nefrético. Geralmente, as lesões vasculares não têm repercussão clínica. Entretanto, sangramento importante, hematúria persistente ou shunt com alto fluxo podem ocorrer4. O Carcinoma de células renais é a neoplasia renal mais comum, com incidência de 11 para 100 mil indivíduos. É duas vezes mais freqüente em homens. A embolização de artéria renal é uma alternativa à nefrectomia radical, com baixo índice de morbidade. É utilizada no pré-operatório para facilitar a nefrectomia ou para estimular a possibilidade de resposta sistêmica em pacientes com metástases. Pode também ser utilizada como tratamento paliativo em casos de carcinoma renal irressecável, aliviando os sintomas como dor ou hematúria intratável. Os estudos sobre o assunto são séries de casos, não comparativos, com pacientes graves e condições raras que podem provocar sangramento renal e hematúria macroscópica persistente. Nestas condições a embolização da artéria renal mostrouse segura e efetiva como forma de tratamento minimamente invasivo. A embolização da artéria renal pode ser uma alternativa para casos de hematúria macroscópica persistente, seja em pacientes com traumatismo renal por acidente ou iatrogênico. Para pacientes com carcinoma renal irressecável, seu uso pode ser uma alternativa, considerando a perspectiva de sobrevida do paciente e a gravidade da hematúria. Grupo Técnico de Auditoria em Saúde OBS: As Embolizações Percutâneas são procedimentos que constam no ROL da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Por existir uma regulamentação sobre a liberação dos códigos, não fizemos avaliação de eficácia e efetividade. Esta revisão teve como objetivo exclusivo estabelecer critérios de indicação para estes procedimentos. Fica a ressalva que os estudos encontrados para estabelecimento destes critérios foram, em sua maioria, trabalhos de fraca evidência científica: relatos de casos, série de casos, revisões narrativas e opinião de especialistas em forma de protocolos de utilização. Grupo Técnico de Auditoria em Saúde SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................5 1.1 Questão clínica................................................................................................ 5 1.2 Aspectos epidemiológicos................................................................................5 1.3 Descrição do medicamento avaliado e alternativas terapêuticas.....................5 2 MÉTODO..........................................................................................................6 2.1 Bases de dados e estratégia de busca........................................................... 6 3 RESULTADOS................................................................................................ 7 4 CONSIDERAÇÕES .......................................................................................10 5 RECOMENDAÇÕES......................................................................................11 REFERÊNCIAS..............................................................................................12 ANEXOS........................................................................................................13 5 1 INTRODUÇÃO 1.1 Questão clínica. Quais os critérios de indicação de embolização no tratamento das hematúrias. 1.2 Aspectos Epidemiológicos e clínicos. • A embolização de artéria renal é considerada procedimento minimamente invasivo com várias indicações: Pacientes submetidos a transplante renal, com quadros de disfunção aguda ou crônica em, que necessitam fazer biópsia do enxerto. Os danos vasculares relacionados à biópsia percutânea de rim transplantado são condições raras. Alguns estudos mostram que esta iatrogenia pode acontecer em torno de 0,2 a 2%1 e outros relatam taxas de 0,9 a 15% dos casos4. As complicações mais comuns são fístulas arteriovenosas, pseudoaneurismas e hematoma peri-nefrético1,4. A maioria das lesões vasculares carece de importância clínica. Entretanto, sangramento importante, hematúria persistente ou shunt com alto fluxo podem ocorrer4. • Carcinoma de células renais é a neoplasia renal mais comum com incidência de 11 para 100 mil indivíduos. É duas vezes mais freqüente em homens. A embolização de artéria renal é uma alternativa à nefrectomia radical com baixo índice de morbidade. É utilizada no pré-operatório para facilitar a nefrectomia ou para estimular a possibilidade de resposta sistêmica em pacientes com metástases. Pode também ser utilizada como tratamento paliativo em casos de carcinoma renal irressecável, aliviando os sintomas como dor ou hematúria intratável3. 2 MÉTODO 2.1 Base de dados e estratégia de busca Biblioteca Cochrane. PubMed via Medline. 6 3 RESULTADOS Tipo de Estudo População Estudos 1 Maleux G 2003 Série de casos prospectiva. Desfechos Resultados Sucesso técnico definido como ausência de fluxo no interior da lesão vascular. 100% dos pacientes. N=13 pacientes com lesão vascular iatrogênica, secundária a biópsia de rim transplantado, Avaliação, em curto 10 pacientes (77%). devido a disfunção prazo, da função renal renal e atraso do com diminuição da funcionamento do creatinina sérica após enxerto. 10 e 60 dias. As lesões mais encontradas foram Sobrevida em longo Bom funcionamento do enxerto fístula arteriovenosa, prazo do enxerto renal em 7 pacientes (54%) (follow-up variou de 3 meses a 5 pseudoaneurisma e após embolização. hematoma perianos, média de 31 meses). nefrético. Hematúria é um sinal presente em grande maioria dos casos. Comentários do autor: A embolização transcateter é uma técnica endovascular segura e efetiva para tratamento de danos vasculares relacionados com biópsia em pacientes transplantados renais. Em grande maioria dos casos o sucesso clínico é imediato mostrando significativos benefícios à função renal (avaliação de creatinina até 60 dias). O bom funcionamento do enxerto, com essa técnica adjuvante ocorreu em metade dos pacientes. A principal limitação do estudo é uma série de casos com poucos pacientes e vários tipos de lesão. 7 Estudos Schwartz MJ - 2006 2 Tipo de Estudo População Desfechos Resultados Série de casos. Retrospectivo. Indicações para embolização renal*. Antes da nefrectomia em casos de tumores renais 66 (54,5%); Sangramento persistente 23 (19%); Angiomiolipomas 15 (12,4%); Medida paliativa 8 (6,6%); Fístula artério-venosa 6 (5%); Malformação arteriovenosa 4 (3,3%); Doença renal em estado final 4 (3,3%); Antes de implante de aneurisma de artéria renal 3 (2,5%); Pseudoaneurisma 3 (2,5); Hipertensão maligna 3 (2,5%); Hidronefrose grave 1 (0,8%); Síndrome nefrótica grave 1 (0,8%). Morbidade e complicações Síndrome pós-infarto (dor lombar, febre, náusea, vômito) 90 (74,4%). N=121 pacientes submetidos à embolização da artéria renal entre janeiro de 1993 e dezembro de 2005. O estudo teve como objetivo verificar as indicações e complicações da embolização da artéria renal. Os procedimentos foram levantados em banco de dados da instituição e as indicações e complicações foram obtidas através do prontuário dos pacientes. Complicações: Embolização incompleta 2 (1,7%); Migração da coil 2 (1,7%); Hematoma da região inguinal 2 (1,7%); Necrose de órgão adjacente zero; TOTAL 6 (5%). Comentários do autor: A embolização da artéria renal é um procedimento seguro e efetivo como ferramenta para abordagem de vários problemas urológicos, renais e vasculares. Comentários do revisor: A principal limitação do estudo é ser um relato de casos sem grupo de comparação. As indicações para embolização são muito variadas e talvez fosse interessante análise de subgrupos para verificar se alguma indicação tem resultados superiores às outras. * dos 121 pacientes 16 tiveram mais de uma indicação de embolização, fazendo um total de 137 embolizações em 121 pacientes. 8 Tipo de Estudo População Estudos 3 Maxwell NJ 2007 Série de casos. Retrospectivo. N=19 pacientes portadores de carcinoma renal submetidos a tratamento paliativo através de embolização de artéria renal. Desfechos Resultados Melhora da qualidade de vida com diminuição dos sintomas como dor lombar, manifestações sistêmicas e redução da hematúria. Dos 19 pacientes: - Treze apresentavam hematúria macroscópica, destes, 7 eram dependentes de transfusão. Houve estabilização da hemoglobina em todos os pacientes sintomáticos pósembolização. - Nove apresentavam dor lombar. Houve melhora dos sintomas em oito dos nove. Síndrome pósembolização (dor lombar, febre, náuseas e vômitos). Tempo médio de hospitalização Oito pacientes apresentaram dor lombar leve. Cinco apresentaram febre. Cinco dias OBS: durante o follow-up, 12 pacientes morreram, outros 7 tiveram sobrevida média de 6 meses . Comentários do autor: Embolização da artéria renal é um procedimento seguro e uma opção de tratamento em pacientes portadores de carcinoma renal inoperável, proporcionando efeito paliativo dos sintomas com melhora do quadro clínico (diminuição da necessidade de transfusão para repor a perda pela hematúria). Os efeitos adversos foram mínimos, com baixa morbidade e pequeno período de internação. Por se tratar de doença com alta mortalidade, é importante considerar o custoefetividade desse tratamento paliativo. 9 Tipo de Estudo População Estudos 4 Loffroy R 2008 Série de casos. Retrospectivo. N= 12 pacientes com transplante renal, submetidos à biópsia com quadro de lesão vascular pós-biópsia (iatrogenia), foram submetidos à embolização de artéria renal. Desfechos Resultados Sucesso angiográfico (completa oclusão da lesão vascular). Todos os pacientes (100%). Sucesso clínico (Melhora dos sintomas como, por exemplo, hematúria). Todos os pacientes (100%). Clearence da creatinina. Não houve variação dos valores do clearence da creatinina 24 horas antes da biópsia e após 3 meses da embolização com p=0,889. Complicações. Nenhuma. Comentários do autor: A embolização transcateter foi um procedimento efetivo e seguro no tratamento de lesões vasculares após biópsia de rim transplantado. 10 Tipo de Estudo População Estudos 5 Breyer BN 2008 Série de casos. Retrospectiva. N=26 pacientes submetidos a tratamento de hemorragia renal com embolização, (secundária a trauma ou iatrogenia), com hematúria persistente. Desfechos Resultados Sucesso técnico (cessação do sangramento verificado pela angiografia). 22 pacientes (85%). Sucesso clínico (ausência de hematúria recorrente). 17 pacientes (65%). Follow-up médio de 11,7 meses. Comentários do autor: A terapia de embolização em casos de trauma renal é um procedimento minimamente invasivo, com boas taxas de sucesso técnico e clínico. 4. CONSIDERAÇÕES Estudos séries de casos prospectivos, concluíram que a embolização percutânea é segura e efetiva para tratamento de lesão vascular iatrogênica secundária à biópsia de enxerto renal. Apesar de rara, esta condição necessita de rápida intervenção assegurando a melhora da função renal e a longevidade do enxerto1, 4. Em uma série de casos retrospectiva, Schwartz2 fez um levantamento das embolizações de artéria renal realizadas, entre1993 e 2005. Foi utilizado o banco de dados da instituição e as indicações e complicações foram pesquisadas no prontuário. As indicações mais comuns foram: procedimento anterior à nefrectomia, em casos de tumores renais 66 pacientes (54,5%) e 23 pacientes (19%) com sangramento persistente (hematúria) A morbidade foi alta (74,4%) em função da síndrome pós-infarto, com baixo índice de complicações. Em série de casos retrospectiva3 concluiu-se que embolização da artéria renal é procedimento seguro e uma opção de tratamento em pacientes portadores de carcinoma renal inoperável, proporcionando efeito paliativo dos sintomas com melhora do quadro clínico (diminuição da necessidade de transfusão sanguínea), com baixa morbidade e pequeno período de internação. Entretanto, há que se considerar que, devido à alta letalidade da doença de base e o curto período de benefício, o procedimento para esse grupo de pacientes pode não ser custo-efetivo. Outra série de casos5 demonstrou que a embolização é uma técnica com bons índices de sucesso técnico e clínico para tratamento de sangramento renal com 11 hematúria macroscópica, em pacientes que sofreram trauma ou iatrogenia no rim. A maioria dos estudos é série de casos, não comparativos, de doenças graves e condições raras que podem provocar sangramento renal, manifesto por hematúria macroscópica persistente. Nestas condições a embolização da artéria renal se mostrou segura e efetiva como forma de tratamento minimamente invasivo, 5. RECOMENDAÇÃO A embolização da artéria renal pode ser uma alternativa para casos de hematúria macroscópica persistente, seja em pacientes com traumatismo renal por acidente ou iatrogênico. Para pacientes com carcinoma renal irressecável, seu uso pode ser uma alternativa, considerando a perspectiva de sobrevida do paciente e a gravidade da hematúria. OBS: As Embolizações Percutâneas são procedimentos que constam no ROL da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Por existir uma regulamentação sobre a liberação dos códigos, não fizemos avaliação de eficácia e efetividade. Esta revisão teve como objetivo exclusivo estabelecer critérios de indicação para estes procedimentos. Fica a ressalva que os estudos encontrados para estabelecimento destes critérios foram, em sua maioria, trabalhos de fraca evidência científica: relatos de casos, série de casos, revisões narrativas e opinião de especialistas em forma de protocolos de utilização. 12 REFERÊNCIAS 1. Maleux G, Messiaen T, Stockx L, Vanrenterghem Y, Wilms G. Transcatheter embolization of biopsy-related vascular injuries in renal allografts: long-term technical, clinical and biochemical results. Acta Radiol 2003; 44: 13-7. 2. Schwartz MJ, Smith EB, Trost DW, Vaughan Jr. ED. Renal artery embolization: clinical indications and experience from over 100 cases. BJU International 2006; 99: 881-6. 3. Maxwell NJ, Amer NS, Rogers E, Kiely D, Sweeney P, Brady AP. Renal artery embolisation in palliative treatment of renal carcinoma. Br J Radiol, 2007; 80: 96-102. 4. Loffroy R, Guiu B, Lambert A, Mousson C, Tanter Y, Martin L et al. Management of post-biopsy renal allograft arteriovenous fistulas with selective arterial embolization: immediate and long-term outcomes. Clin Radiol 2008; 63: 657-65. 5. Breyer BN, McAninch JW, Elliott S, Master VA. Minimally invasive endovascular techniques to treat acute renal hemorrhage. J Urol 2008; 179: 2248-53. 13 ANEXO 1 Resumo do Processo de Solicitação: Tecnologias: Embolização no tratamento das hematúrias (hemorragias). Indicações: Hemorragias. Caracterização da tecnologia Embolização seletiva é um procedimento minimamente invasivo feito por acesso percutâneo à árvore vascular seguido por cateterismo seletivo e embolização do órgão-alvo permitindo tratar hemorragias de diversas causas, tumores benignos e malignos, plaquetopenia, além de facilitar intervenções cirúrgicas quando indicado. Como vantagem possui baixo risco de complicações, sendo de mais rápida recuperação se comparado à intervenção cirúrgica. Dados do processo Solicitante Dr. Gustavo de Moraes Ramalho em 07/04/2009 sob o protocolo 157394. Hemodinamicista do Hospital Monte Sinai de Juiz de Fora. 14 ANEXO 2 LEITURA COMPLEMENTAR - AGENTES EMBÓLICOS Autor: Nestor Hugo Kisilevzky Especialista em Radiologia Intervencionista [email protected] De forma geral, qualquer material que seja biocompatível e biotolerável pode ser utilizado como agente embólico. Ao longo dos anos varias empresas de produtos médicos produziram numerosos tipos de insumos para serem utilizados como agentes embólicos. Os “embolizantes” podem ser agrupados de várias maneiras: pelas suas características físicas, pelo tempo de duração da oclusão que provocam, pelo nível de oclusão que provocam (proximal ou distal), pela facilidade do seu manuseio, pelo tipo de condutor que requerem (cateter regular ou microcateter), pelo seu custo e disponibilidade. Características físicas: • Agentes particulados (gelfoam, Polivinil-Alcool PVA, microesferas); • Espirais metálicas (de aço inox, de platina, de tungstênio) com ou sem fibras, com controle de liberação ou de liberação livre; • Fluidos (álcool, histoacryl, Onyx, Glubran, outros esclerosantes); • Balões destacáveis e cateteres com balão de oclusão (tipo Fogarty). Com exceção dos fluidos esclerosantes, os agentes embólicos agem provocando obstrução mecânica e a ativação da agregação das plaquetas e dos mecanismos de coagulação próprios do paciente. Portanto, há que se considerar que as alterações da coagulação bem como a trombocitopenia podem sempre comprometer a eficácia da embolização. Tempo de oclusão: Existem agentes que provocam oclusão temporária (cateter com balão de oclusão), agentes reabsorvíveis que provocam uma oclusão de curta duração (partículas de gelfoam) e agentes que provocam oclusão permanente (PVA, coils, balões, fluidos e esclerosantes em geral, etc.). Nível de oclusão: Este é um aspecto fundamental da emboloterapia e é um dos 15 fatores que mais influencia a escolha do agente embólico. O objetivo pode ser embolizar o vaso a nível capilar, como acontece em geral com os tumores, malformações arteriovenosas (MAVs) ou fístulas AV ou pode-se pretender uma embolização de ramos principais como no trauma de lesões arteriais. É necessário que se tenha sempre em mente que a utilização de fluidos ou partículas muito pequenas pode provocar duas complicações que devem ser evitadas: a isquemia e necrose de tecidos fora do alvo da embolização e a passagem do agente embólico para o sistema venoso com conseqüente embolização pulmonar. Tipo de condutor: Os microcateteres são um exemplo da evolução tecnológica que a indústria promoveu na área de emboloterapia. Na atualidade, há mais de 40 tipos diferentes de microcateteres. A vantagem dessa ferramenta é que os cateteres permitem alcançar áreas cada vez mais distantes da anatomia vascular humana. Isto tem sido desenvolvido principalmente na área de neurorradiologia em virtude da extensa rede vascular do sistema nervoso central que condiciona a necessidade de chegar bem próximo da lesão (cateterismo superseletivo) com intuito de se evitar a embolização fora do alvo. Os microcateteres são fundamentais para acesso por tortuosidades acentuadas e irregularidades dos vasos e para lidar com variações anatômicas. Por terem um diâmetro, em relação aos cateteres regulares, eles ocupam menos espaço dentro da luz vascular, portanto, possibilitam um fluxo maior nesta área o que deve ser considerado na escolha do agente embólico. Pode-se dizer que, em geral, os microcateteres provocam menos espasmo em alguns territórios vasculares quando comparados aos cateteres angiográficos regulares. Muitos casos de embolização não poderiam ser realizados sem os microcateteres. Há agentes embólicos para serem utilizados com cateteres regulares e outros específicos para serem usados somente com microcateteres. Facilidade para manuseio: alguns agentes são de utilização muitos simples, principalmente quando o objetivo é fazer uma embolização não seletiva; é o caso dos cateteres com balão de oclusão, do gelfoam ou alguns tipos de espirais. Há outros agentes que requerem um manuseio mais cuidadoso como, por exemplo, a utilização de histoacryl, onyx, álcool, balões destacáveis e espirais do tipo GDC, hidrocoils ou similares. 16 Tipos de Agentes Embólicos Gelfoam: É uma esponja gelatinosa, não tóxica, comumente utilizada para hemostasia em cirurgias. Este material funciona ativando a agregação plaquetária e a cascada da coagulação. Adicionalmente, induz a inflamação da parede vascular. O Gelfoam é vendido na forma de placas de diferentes tamanhos e espessuras; como embolizante pode ser utilizado com várias técnicas: injetado através do cateter, em partículas ou fragmentos cortados com tesoura com tamanho de 1 ou 2mm que são misturados numa solução com contraste e injetados através do cateter pela força hidrostática gerada por uma seringa pequena (1 – 3cc); em tampones ou torpedos de dimensões maiores que são colocados no bico da seringa ou no próprio cateter para sua injeção; ou fragmentos maiores misturados com contraste através de um sistema de duas seringas e uma chave de três vias até se obter uma pasta homogênea. É um agente re-absorvível que provoca oclusão temporária, possibilitando a re-canalização ao redor 3-6 semanas. Isto tem vantagem em situações onde se requer uma oclusão vascular temporária com preservação da vascularização original. É o caso de situações como o trauma pélvico, a hemorragia pós-parto, o priapismo ou hemorragia digestiva decorrente de doença péptica. A injeção de Gelfoam deve ser realizada sob pressão constante para evitar que aja refluxo e eventualmente, migração do material para vasos que não sejam o alvo. Embora o Gelfoam seja injetado comumente através de cateteres regulares 4 ou 5F, pode também ser injetado através de microcateteres. Isto requer a preparação adequada de fragmentos bem pequenos e tempo mais prolongado para a injeção. Fragmentos de Esponja Hemostática Gelfoam (Figura1) 17 Polivinil-Alcool (PVA): é um polímero derivado do petróleo parecido com o PVC, que produz oclusão vascular permanente. O PVA causa obstrução mecânica direta e induz uma reação de tipo corpo estranho e formação de tecido de granulação. Embora considerado com um agente que provoca embolização permanente sabe-se que com o tempo (meses ou anos) existe recanalização de vasos embolizados com PVA. É comercializado em forma de partículas secas com tamanho de 50 a 2000 mícra, o que permite a sua adequação para diferentes situações clínicas. Este agente é injetado através de cateter em forma de suspensão. As partículas são misturadas com solução salina e contraste numa cuba ou através de duas seringas e uma chave de três vias. O PVA clássico é obtido raspando placas ou blocos de material plástico inerte. O material resultante é passado por diversas peneiras para separação das partículas por tamanho. As partículas de PVA assim obtidas têm forma irregular e tendência de flocular em solução. Por isto costumam provocar acúmulos ou grumos nos vasos e como conseqüência, obstrução mais proximal do que o desejado. Pode também provocar entupimento de cateteres, principalmente de microcateteres com diâmetro interno reduzido (0,018 –0,021). Para evitar isto é aconselhável que antes de injetar pelo cateter, o PVA seja agitado em sua suspensão para se obter uma solução uniforme. Como qualquer material particulado, quanto maior sua diluição, maior será a facilidade de injeção. O PVA é mais utilizado para embolização de tumores (fígado, rim, mioma, meningiomas, glomus, etc), lesões brônquicas, epistaxe ou para devascularização pré-operatória de outras lesões. Recentemente algumas companhias como a Boston Scientific e a Terumo lançaram no mercado um PVA esférico que tem as mesmas propriedades do PVA clássico, mas com a vantagem de ter uma forma regular. Partículas de PVA (Figura 2) 18 Embosferas de gelatina: são esferas calibradas com precisão, hidrofílicas, não reabsorvíveis fabricadas de um co-polímero acrílico conectado de forma cruzada com gelatina. Isto outorga à partícula uma importante característica: sua compressibilidade e recuperação da forma; isto é, pode ser injetada através de microcateteres adquirindo uma forma cilíndrica e quando liberada na luz vascular recupera rapidamente a sua forma esférica. As esferas são comercializadas no Brasil em vidros contendo 2cc de esferas diluídas em 3cc de solução salina e com calibres variáveis de 150 a 1200 mícra. Há recomendação para diluir cada vidro de esferas com 3 a 5cc de contraste. As esferas devem permanecer pelo menos 5 minutos em contato com o contraste para aumentar o seu poder de flutuação. Por suas características físicas (forma regular e compressibilidade) a esfera consegue tamponar distalmente o leito vascular, portanto, uma boa escolha do tamanho é fundamental para evitar uma embolização fora do alvo. Outra característica que deve ser considerada é que a esfera costuma sofrer uma re-distribuição após obstruir o leito vascular. Assim, antes de dar por concluída uma embolização com esferas calibradas recomenda-se esperar 5 minutos e fazer um novo controle angiográfico para verificar se o nível da embolização ficou mantido. As embosferas são utilizadas para embolizar mioma uterino, tumores de fígado e tumores hipervascularizados em geral. Esferas calibradas de gelatina (Figura 3) Espirais Metálicas: conhecidas também como “coils” , foram idealizadas na década de 70 por Gianturco, Anderson e Wallace. Consistem em fragmentos de fio guia de aço inox ao qual foi adicionado fibras de lã. Ao longo dos anos sofreram numerosas modificações sendo que na atualidade há coils construídos de diversos metais e 19 quase todos os tamanhos de 2 a 30 mm e com fibras de seda, poliéster ou dacron tecidas ao coil para aumentar sua trombogenicidade. Os coils são comercializados dentro de estojos ou bainhas metálicas cilíndricas que se adaptam ao extremo do cateter. Há várias configurações: cilíndrica, cônica, espiralada, etc. Os coils produzem oclusão focal e permanente mantendo integra a porção distal do vaso. A oclusão provocada pelo coil se assemelha à produzida por uma ligadura cirúrgica. O tamanho da espiral deve corresponder, com precisão, ao tamanho do vaso que será embolizado; isto porque uma espiral de tamanho menor irá migrar distalmente e uma espiral de tamanho maior provocará a retração do cateter com liberação do coil fora da área desejada. Os coils de tamanho maior que o vaso não poderão também adquirir a sua configuração pré-determinada, reduzindo assim sua eficácia trombogênica. Em geral existem coils para serem introduzidos através de cateteres regulares com luz interna de 0,035 ou 0,038 polegadas e outros produzidos para se utilizar com microcateteres e com diâmetro do fio de 0,018 polegadas. Os coils podem ser introduzidos através de dois sistemas diferentes: empurrados por um fio guia de diâmetro similar (0,035 ou 0,018) ou empurrados pela força hidrostática de uma seringa. A utilização de espirais implica necessariamente que a ponta do cateter esteja posicionada exatamente no local onde se deseja interromper o fluxo. Uma desvantagem dos coils é a possível recanalização do vaso embolizado. Para evitar isto é recomendável a colocação de vários tamanhos diferentes de coils na forma de ninho e assim produzir um êmbolo compacto. Alguns coils como os Nester® e Tornado® (ambos da Cook) podem ajudar neste sentido. Esses coils têm uma configuração espiralada (Nester®) ou helicoidal (Tornado®) que permitem um tamponamento denso de vários outros coils introduzidos na seqüência. Coils compatíveis com microcateteres têm sido disponibilizado por varias empresas. Além dos Tornado® (Cook), existem os Vortx® (Boston Scientific) que são mais duros e geralmente mais úteis como primeiro coil. Também existem os Trufill® (Cordis). A necessidade da segurança nas embolizações de neurorradiologia trouxe ao mercado os coils com controle de liberação. Estes coils estão unidos a uma guia introdutora e somente se separam desta através de um mecanismo de liberação acionado pelo operador quando estão na posição correta. Na atualidade existem também, espirais metálicas com controle de liberação mecânica para utilização no território periférico. Essas espirais são fabricadas e comercializadas no Brasil pela empresa Braile Biomédica. As espirais metálicas são freqüentemente utilizadas para ocluir lesões 20 vasculares decorrentes de traumas, aneurismas, fístulas AV pulmonar, etc. Diferentes tipos de espirais Metálicas (Figura 4) Balões: Os balões destacáveis de Serbinenko® e Debrun® são minúsculas bolsas de látex, que são adaptadas à ponta de um microcatéter próprio. Estas bolsas, ainda vazias, são levadas até o local a ser ocluído na ponta do seu cateter, por dentro de um cateter guia geralmente de calibre 6 ou 7F.. São, então, insufladas com contraste, e, a seguir, destacadas por outro catéter telescopado que desliza sobre o primeiro (técnica de Debrun). O balão tem uma válvula que impede a sua deflação quando se desprende. Balões causam oclusão mecânica com formação de trombos proximal e distalmente ao balão. As vantagens deste material incluem sua precisão para liberação e a possibilidade de retirada. A desvantagem é que o balão pode se desprender acidentalmente causando embolização fora do alvo. Esses balões são os dispositivos mais adequados para o fechamento das fístulas AV com alto fluxo. Balão Destacável de Látex (Figura 5) Cateteres de oclusão: são cateteres de dupla via que têm um balão de látex no seu extremo, portanto, diferentes dos cateteres para angioplastia. A sua via central facilita a correta e rápida colocação sob fio guia. São muito úteis para testes de 21 oclusão sem risco de desprendimento acidental do balão. Também podem ser salvadores como tamponamento temporário em situações de hemorragias agudas como no trauma acidental, perfuração de vasos durante procedimentos endovasculares, durante o parto em pacientes com alterações placentárias (placenta prévia), etc. Outra utilidade é o seu uso para evitar refluxo de substanciais quimioterápicas ou esclerosantes. Cateteres com balão de oclusão (Fig. 6) Substâncias esclerosantes: o Álcool absoluto é o esclerosante mais utilizado como agente embólico. O álcool age por desnaturação e precipitação de proteínas e destruição do endotélio o que resulta em trombose e oclusão vascular definitiva. A oclusão vascular ocorre desde a artéria principal até o capilar. Em geral os esclerosantes são extremamente tóxicos e devem ser usados com cuidado. O grande desafio quando se utiliza este fluído é controlar a sua difusão. A sua injeção pode ser feita através de um balão de oclusão para evitar refluxo para o vaso portador. O álcool absoluto tem sido muito usado para produzir ablação renal em pacientes com tumores ou hipertensão, em programa de hemodiálise. Outra aplicação que tem ganhado muitos adeptos é o tratamento de malformações AV. Outras substancias esclerosantes incluem: sotradecol (tetradecil sulfato de sódio) glicose hipertônica, contraste quente, oleato de etanolamina e etilene vinil álcool. A ação da glicose hipertônica a 50% se deve à sua hipertonicidade em relação ao território vascular, onde é injetada. A eficácia dos esclerosantes é maior no sistema venoso, por isso são preferidos no tratamento das varizes esofagianas e das microvarizes periféricas. O etilene-vinil álcool (Onyx®) é um novo esclerosante fluido que consiste num polímero misturado com metrizimide ou tântalo em uma base de dimetil sufoxide (DMSO). O material pode ser injetado através do cateter e em contato com o sangue o DMSO difunde para fora da solução permitindo que o polímero de etilene-vinil álcool precipite com formação de uma massa esponjosa que 22 age com embolo compacto provocando oclusão mecânica direta. Uma vantagem do Onyx® é que, por não ser uma substancia adesiva, não há risco de colar o cateter. O seu uso esta restrito a embolização de aneurismas cerebrais e malformações. Formação da massa de Ônix quando injetado através do cateter (Fig. 7) Substâncias adesivas: A mais utilizada é o Histoacryl® (B. Braun). Trata-se de substância que é injetada sob a forma líquida e se polimeriza e endurece quando entra em contato com soluções iônicas (soro, sangue) Para retardar o tempo de polimerização, o Histoacryl® é misturado com lipiodol em concentrações variáveis de 1:2 (1 de histoacryl® 2 de Lipiodol = 33%) até 1:5. O tempo de polimerização depende da concentração desta mistura. A utilização de histoacryl® demanda numerosos cuidados. Para começar, nenhum material como agulhas, seringas ou torneiras que tenham estado em contato com soro devem ficar no campo de trabalho para evitar que aja polimerização precoce. O cateter por onde será injetada a mistura deve ser intensamente lavado com solução de glicose 5 ou 10 %. A distancia que o histoacryl® irá alcançar dentro da circulação após injetado é um evento complexo que depende a concentração e viscosidade da mistura com lipiodol, da velocidade do fluxo do vaso e da técnica de injeção. O histoacryl® tem sido bastante utilizado para embolizar malformações AV, pseudoaneurismas, arcadas vasculares e varizes esofagianas. Outra substancia adesiva utilizada para embolização é o Glubran® (Ciclomed). É um monômero derivado do cyanoacrilato, com características adesivas semelhantes ao Histoacryl®, porém mais homogêneo e com capacidade de difusão mais compacta. A maneira de usá-la é semelhante ao Histoacryl®. 23 Tubo contendo 0,5 ml de Histoacryl (azul) e ampola de Lipiodol para diluição (Fig.8) Condutores de Agentes Embólicos Para a correta técnica de embolização, além da escolha do agente embólico, há o cuidado com a decisão do tipo de cateter que irá conduzir e liberar este agente. Existem basicamente dois tipos de cateteres: os regulares para realizar angiografias e os microcateteres. A diferença entre eles é o seu calibre. Os cateteres regulares se apresentam com calibre superior a 4F (3F = 1mm) enquanto os microcateteres apresentam diâmetro igual ou inferior a 3F (1mm). Os cateteres regulares de angiografia podem ser construídos de diferentes tipos de material plástico e podem apresentar várias formas, tamanhos e configurações para se adequar à anatomia vascular de cada região. Diferentes configurações dos cateteres regulares de angiografia (9) É importante a certeza de que o agente embólico escolhido será depositado no 24 ponto alvo através do cateter que se pretende utilizar. Partículas grandes de Gelfoam ou PVA podem rapidamente ocluir a luz reduzida de alguns microcateteres. Quando se pretende usar espirais (coils) metálicas deve-se lembrar de não devem ser usados cateteres com furo distal lateral para evitar que a espiral saia pelo lado ou fique preso ao cateter. Cateteres de poliuretana são em geral incompatíveis com o uso de espirais metálicas já que o coeficiente de ficção é muito alto e a espiral pode ficar presa dentro do cateter. Cateteres hidrofílicos e microcateteres devem ser permanentemente lavados com soro para minimizar a fricção tanto quanto possível. A lavagem irá também diminuir a chance de oclusão do cateter por material embólico. Quando se pretende usar coils, é importante inicialmente passar a guia que ira empurrar os coils para comprovar a assertividade da configuração do cateter. Se o cateter não estiver numa posição estável poderá se deslocar durante a passagem do coil podendo provocar a sua migração ou embolização fora do alvo. O mesmo deve ser considerado quando se pretende a injeção de micro coils através de microcateteres em posição instável. É importante sempre usar introdutores vasculares quando se realiza uma embolização. Assim, se houver entupimento, o cateter poderá ser retirado sem perder o acesso vascular. Quando se comprova entupimento do cateter o mesmo deve ser retirado do vaso. A tentativa de desentupimento brusco de um cateter com material embólico no seu interior torna imprevisível o destino deste material. A obstrução da luz de alguns microcateteres no seu extremo distal pode provocar certa dilatação quando se injeta sob pressão para tentar desobstruí-lo. Isto pode ser causa de lesão vascular indesejada. Os microcateteres e microguias são ferramentas que a evolução tecnológica produziu para emboloterapia e profissionais que empregam estas técnicas devem ter intimidade absoluta com o seu uso e manuseio. De forma geral existem dois tipos de microcacteteres: o fluxo dependente e os hidrofílicos de baixo perfil. Os microcateteres fluxo dependente são de uso quase exclusivo da neurorradiologia. Estes microcateteres são construídos com um corpo trançado com arame (braided) e uma ponta mole sem trançado (unbraided) de cumprimento variável. Isto permite que sejam conduzidos dentro de vasos com calibre reduzido e com tortuosidade acentuada. O seu diâmetro interno é também reduzido geralmente variando entre 0,011 e 0,013 polegadas (279 – 330 mícra) que pode colapsar quando o cateter passa por curvaturas acentuadas. Estes microcateteres podem ser empregados para injetar partículas menores de 300 mícra (bem diluídas) e fluídos (histoacryl®). 25 Exemplos de cateteres fluxo dependente são: Spinnaker Elite® 1,5 e 1,8 (Target/Boston Scientific), UltraFlow HPC® (MTI) e Magic® 1,8 – 1,5 e 1,2 (Balt). Os microcateteres hidrofílicos de baixo perfil são mais úteis para embolização no território extra-craniano. Construídos em material hidrofílico, têm um trançado de arame (brained) em todo o seu cumprimento. Isto lhes confere maior navegabilidade dentro dos vasos evitando a redução da sua luz em curvaturas e tortuosidades abruptas. O extremo distal do microcateter varia de 2,4 a 3 F (<1mm) o que os torna passíveis de serem introduzidos por dentro de cateteres regulares 5F. O seu diâmetro interno pode variar de 0,015 a 0,028 polegadas. (veja quadro) O diâmetro interno é um grande diferencial, não somente para facilitar a liberação de material embólico, mas também para possibilitar a injeção de contraste em suficiente quantidade, ritmo e pressão para realizar um estudo angiográfico. Exemplos de microcateteres hidrofílicos são: Turbo Tracker®, Renegade®, Excelsior®, Excel® (Target/Boston Scientific) Transit®, Rapid Transit®, Prowler® (Cordis), Microferr® (Cook), Embocath® (Biosphere Medical), Reabar® (MTI). Microcateter para emboloterapia (10) Alguns Microcateteres disponíveis 26 Referência: 1 - http://www.embolution.com.br/emboloterapia/emboloterapia.html. Último acesso em 11/01/2010.