Estrutura Sindical e Mov Op

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MÓDULO II
Estrutura Sindical e História
do Mov. Operário no Brasil
ILAESE – Instituto Latino-Americano
de Estudos Sócio-Econômicos
Responsável: Luci Praun
SÉCULO
XX

Movimento Operário e
Estrutura Sindical no Brasil
Estrutura Sindical


Conjunto de normas de funcionamento e organização dos
sindicatos.
Estas normas podem, em alguns momentos, ser estipuladas
livremente pelos trabalhadores. Em outros, são impostas pelo
Estado burguês.
LIVRE E AUTÔNOMA
Dois modelos de estrutura
ATRELADA AO ESTADO

Ação Sindical

Norte político predominante adotado pelas entidades e
trabalhadores em sua ação sindical frente ao Estado e às
distintas formas de dominação e exploração capitalista.
SÉCULO
XX
Movimento Operário e
Estrutura Sindical no Brasil
Fase I (1900-1930):
Anarco-sindicalismo (estrutura autônoma)
Fase II (1930-1960):
Fase III (1970-80):
sindicalismo baseado na
colaboração de classes
Novo sindicalismo - nascido nas greves de 78/79
Fase IV (1990-2000):



Retorno da predominância da política de
colaboração de classes
Sindicato Cidadão.
Sindicato como gestor dos problemas do capitalismo e pólo
de sustentação do governo.
Reforma sindical - salto de qualidade da nova fase.
FASE I
1900-1930 - O anarco-sindicalismo
Economia agrário-exportadora
baseada no café

Iniciada no começo do século
XIX e fundada no trabalho
escravo até 1888.

Produção concentrada
inicialmente na região do Vale
do Paraíba.

O Brasil exportava café para
países europeus e para os EUA
(principal comprador).

O crescimento das
exportações
impulsiona a
modernização dos
portos e ferrovias.

Aos poucos, o pólo
dinâmico da
economia nacional
se transfere do
Nordeste para o
Centro-Sul.
Brasil: exportação de
mercadorias
O café se consolida como principal produto da economia
agrário-exportadora.
Hospedarias de imigrantes

Motivações:



Em busca de trabalho, de
“fazer a vida” no Brasil.
Substituir a força de
trabalho escrava nas
fazendas de café.
Concentração:


52,4% no estado de São
Paulo.
Atrativo: passagens e
alojamento concedidas
pelo Estado e as
possibilidades abertas pela
expansão da economia
local.
Avenida Paulista em 1902
Fluxo da imigração
Um segundo fluxo de imigração ocorreu (1931-1940), essencialmente de
trabalhadores japoneses. A partir de 1925 o governo japonês financia viagens.
Do campo para a cidade

Péssimas condições
de trabalho empurram
parte dos imigrantes
para a cidade.


A indústria absorve
parte da força de
trabalho imigrante.
Alguns retornam ao
seu país de origem.

Primeiras fábricas:

Meados do século XIX


Em 1866 existiam apenas 9 fábricas do ramo têxtil no país.
Cinco se localizavam na Bahia.
Final do século XIX:


As fábricas deslocam-se para o Centro-Sul (Rio de
Janeiro, São Paulo e Minas Gerais).
A acumulação de capitais gerada pelas exportações
também são base para o desenvolvimento industrial.
Moinho Matarazzo. São Paulo, 1900.
Mulheres nas fábricas têxteis – início do século XX
Orlando Silva. Três Apitos. (Noel Rosa, 1933)
Tecelagem paulista – São Paulo, Início do Século XX
Operários diante da fábrica – São Paulo, início do
século XX
Trabalho infantil nas fábricas de São Paulo
Imigrantes e movimentos sociais
Sociedades de Auxílio Mútuo: primeiras organizações operárias no
Brasil.
Nascem fruto das péssimas condições de trabalho e vida dos
imigrantes no Brasil e da falta de proteção por parte do Estado.
A influência do anarquismo e socialismo


Associações de Socorro
Mútuo: embrião dos futuros
Sindicatos de Trabalhadores.
Parte dos imigrantes que
chegam ao Brasil trazem na
bagagem a experiência de
organização sindical
existente na Europa.


No Brasil, além da
constante instabilidade
econômica, não
existiam leis
trabalhistas.
Questão social:
encarada como crime.
Em 1906, os trabalhadores fundam a COB
Confederação Operária Brasileira
Em 1913, realizam o II Congresso
E em 1920, o III Congresso.
Congresso da COB em 1913
Linha política predominante:

Anarco-sindicalismo:

Estratégia:



Método:



Greve geral
Destruição do Estado Burguês.
Ação direta
Negação de qualquer autoridade (inclusive a idéia
de dirigentes sindicais)
Objetivo:


A greve geral levaria ao colapso do capitalismo.
A nova sociedade seria auto-gestionária;
Limites da atuação:

Os anarco-sindicalistas negavam:


A ação parlamentar e a luta política;
A necessidade do partido e da tomada do
poder.

Luta social associada à luta sindical.

Outra corrente: os socialistas


Norte de atuação reformista > mudança gradual
Defesa da atuação parlamentar.
Jornais anarquistas
O ambiente mundial



Iº Guerra Mundial
(1914-18)

Revolução Russa
de 1917
 Anos 20:
fortalecimento
dos PC's
Início do fordismo / taylorismo
Primeiras leis de proteção ao trabalho

A onda grevista no Brasil
 1907, 1912, 1917-1920.
A onda de 1917 faz a cidade de São Paulo parar por
3 dias (12,13 e 14 de julho).
A Greve Geral de 1917
Mas por que a cidade
parou?
Crise econômica
Desemprego
Adulteração de alimentos
Altas jornadas de trabalho
Baixos salários
Carestia
O Comitê de Defesa Proletária
Formado em
São Paulo no
decorrer da
greve geral de
1917, o CDP
tinha no seu
programa:






Aumento de salários;
Proibição do trabalho de menores de quatorze anos;
Fim do trabalho noturno para mulheres e menores de 18 anos;
Jornada de 8 horas (48 semanais)
Garantia de emprego;
Respeito ao direito de associação.
O governo reage
Operário Martinez
é morto em
enfrentamento
com a polícia em
1917.
Sua morte serve de
impulso à Greve
Geral.
(CPDOC, Revista da Semana, 04/08/1917)
A greve
chega ao
Rio de Janeiro.
Dirigentes do movimento
(estrangeiros) deportados.
Congresso aprova leis:
-Que previam a expulsão de
estrangeiros com “conduta
nociva” à ordem pública;
-Que combatiam diretamente o
anarquismo.
Primeiro de Maio
(Rio de Janeiro, 1919)
(CPDOC/ Revista da Semana, 10/05/1919)
Primeiro de Maio
(Rio de Janeiro, 1919)
(CPDOC/ Revista da Semana, 10/05/1919)
Sindicalismo Amarelo

Tentativa de conter o anarquismo
Em 1912, amarelos
realizam Congresso.
Tinham influência no setor
ferroviário e marítimo.
Anos 1920: enfraquecimento
do anarquismo.
Em 1922
é
fundado
o PCB
Crise de 1929: novos rumos
1930 - crise
econômica se
alastra
CGTB realiza
Marcha contra
fome do Rio de
Janeiro

Colapso do modelo agrárioexportador brasileiro;

Salários rebaixados pela
metade / desemprego;

Industrialização como saída
para a crise;

Necessidade da classe
dominante de derrotar o
movimento para promover
acumulação de capital
(disciplinalizar o trabalho).


Muitas greves...
CGTB organiza, no Rio de Janeiro a Marcha contra a fome (1930)
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