Sistemas de Informação e Vigilância Hospitalar: a Importância da

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Sistemas de Informação e Vigilância Hospitalar: a Importância da
Informática na Gerência de Riscos.
Tatiana Campos1, Carlos Manso2
1,
Hospital Universitário Walter Cantídio, Universidade Federal do Ceará
2
Aptools Assessoria e Sistema
Introdução
Resultados
Em 2001, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) lançou o Projeto Hospitais
Sentinela que visava a criação de uma rede integrada atuando nas áreas de Farmacovigilância,
Tecnovigilância e Hemovigilância, que acompanhará o desempenho e a eficácia de: medicamentos; equipamentos de diagnóstico, de terapia e de
apoio médico-hospitalar; materiais e artigos descartáveis, implantáveis e de apoio médicohospitalar; equipamentos, materiais e artigos de
educação física, embelezamento ou correção
estética; materiais e produtos de diagnóstico de
uso in vitro; sangue e seus componentes e saneantes de uso hospitalar [1].
Para a vigilância dos produtos para a saúde envolvidos nas 3 áreas citadas, fez-se necessário a adaptação do Sistema de Informação utilizado no Hospital Universitário Walter Cantídio da
UFC (HUWC/UFC), que teve a sua Comissão de
Riscos Hospitalares criada em janeiro de 2002,
visando a facilidade e a disponibilidade das informações requeridas.
Metodologia
Inicialmente foi realizado o levantamento
das informações necessárias que deveriam constar no Sistema de Informação para cada área:
Farmacovigilância: necessidade de informações sobre movimentação de estoque de medicamentos, lote, validade e fabricante dos produtos, lista de pacientes que usam ou usaram determinado fármaco, lista de produtos interditados
ou suspensos de comercialização, empresas com
certificado de boas práticas cancelado.
Tecnovigilância: informações sobre produtos para a saúde alvos de notificações de eventos
adversos no HUWC e/ou interditados pela ANVIAS, empresas com certificado de boas práticas
cancelado.
Hemovigilância: cadastro de pacientes em
uso de hemocomponentes, cadastro dos incidentes transfusionais por paciente, relatórios do uso
de hemocomponentes por unidade de internação,
relatórios das notificações de incidentes trasnfusionais por tipo de hemocomponente, por tipo de
reação transfusional e por tipo de notificador.
Para a área de Farmacovigilância foi criada
uma tela denominada “Rastreabilidade de Medicamentos” (Figura 1):
Figura 1
A partir dessa tela é possível conhecer, lote
validade e fabricante de qualquer dos produtos
comprados no HUWC, assim como da quantidade
em estoque de cada lote nas diversas farmácias
existentes no hospital. Como o sistema de
dispensação de medicamentos é o de dose
individual e com saída por paciente registrada por
código de barras, é possível escolher o lote que
foi, por exemplo, alvo de interdição por parte da
ANVISA e daí obter relatório informativos sobre
quais pacientes fizeram ou fazem uso de
medicamento.
Ainda na Farmacovigilância, informa-se os
lotes interditados pela ANVISA e caso haja a
compra desse produto, ao digitar-se lote e
validade no ato da entrada do material no
sistema, o mesmo emite um alerta de que o lote
está com seu uso proibido.
Para a Tecnovigilância, foi criada uma tela
onde são informados os produtos e os fabricantes
que foram alvos de notificação de eventos
adversos. Essas informação são repassadas online para o Setor de Compras que receberá um
alerta caso o produto, alvo de notificação, seja
cotado.
Para as duas áreas acima, são também
informadas as empresas que conseguiram ou
tiveram seu Certificado de Boas Práticas
cancelado.
No caso da Hemovigilância, ainda estão
em fase de elaboração a tela de cadastro do
paciente. Nesta tela serão informados todos os
pacientes
que
estão
fazendo
uso
de
hemocomponentes, com dados referentes tanto
do
paciente
quanto
de
todos
os
hemocomponentes administrados, tais como
número da Requisição Transfusional (RT),
número do hemocomponente e validade, se
houve registro de Incidente Transfusional e nesse
caso, quem foi o notificador. Dessa tela serão
retirados os diversos relatórios pertinentes ao
trabalho de hemovigilância.
Discussão e Conclusões
Os Sistemas de Informação são aliados
importantes para a vigilância hospitalar, pois
permite resgate rápido de informação por parte de
todos os profissionais de saúde envolvidos na
investigação e acompanhamento de eventos
adversos nos Hospitais Sentinelas.
Com a alimentação dos bancos de dados
sobre produtos para a saúde e com uma futura
inserção de Prescrição e Prontuário eletrônicos,
será possível diminuir ainda mais os riscos de
ocorrência de eventos sentinela nos pacientes
atendidos por nossa instituição.
Referências
[1] ANVISA. “Folder final do Projeto Hospital Sentinela”
[http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/hsentinela/pdf/
folder_final240903.pdf].Setembro, 2003.
Contato
Tatiana Amâncio Campos – Farmacêutica e Gerente de
Risco.
Hospital Universitário Walter Cantídio da UFC, Rua
Capitão Fco. Pedro, 1290. Fortaleza, Ceará.
Fone: (85) 288-8151 E-mail: [email protected]
Carlos Manso – Analista de Sistemas
Aptools Assessoria e Sistemas, Av. Sen. Virgílio Távora. 1701/1101 Fortaleza, Ceará.
Fone: (85) 224-3876
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