M eta Objetivos - EAD

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aula
2
Meta
Conhecer as divisões da Linguística e as linhas teóricas
Objetivos
CORRENTES TEÓRICAS DA LINGUÍSTICA NO
SÉCULO XX E DIVISÕES
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
predominantes do século XX, de modo a instrumentalizarse para apreciar estas teorias aplicadas ao ensino de
língua materna.
• identificar modelos teóricos - e seus principais
representantes - que conduzem os estudos da
linguagem no século XX;
• conhecer as divisões da Linguística no século XX.
2
Aula
AULA II
CORRENTES TEÓRICAS DA LINGUÍSTICA NO
SÉCULO XX E DIVISÕES
1 INTRODUÇÃO
Após termos visto um
pouco do percurso histórico
dos estudos da linguagem,
retomaremos,
aqui,
alguns
teóricos para aprofundamento
e sedimentação dos assuntos.
Falaremos,
grandes
primeiro,
correntes
das
teóricas
que atravessaram o século XX;
em seguida, veremos como a
linguística ficou configurada
em termos de ramificações.
Está preparado? Vamos lá?!
UESC
Figura 1 - Estátua “O Pensador”, de Auguste Rodin
(Kadellar)
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:El_
pensador-Rodin-Caixaforum-2.jpg.
Letras Vernáculas
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Introdução aos estudos linguísticos
O que é linguística?
2 CORRENTES
SÉCULO XX
TEÓRICAS
DA
LINGUÍSTICA
NO
Os estudos sobre a linguagem tomaram vários rumos
no século XX e nem sempre a definição de escolas ou correntes
teóricas se apresenta como consenso entre os linguistas.
Destacaremos aqui a classificação mais frequente. Vamos a
elas!
PARA CONHECER
2.1 Formalismo
Figura 2 - Nicolai Trubetskoy, linguista russo, notável
linguista do século XX.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Trubetskoy.
Nascido
em
Moscou
a
11
de outubro de 1896, filho
de
engenheiro
químico
e
proeminente industrial, Roman
Osipovic Jakobson cresceu e
conviveu com a intelectualidade
russa anterior à Revolução. Desde
cedo, revelou interesse pelos
estudos comparativos. Em 1914,
inscreveu-se no Departamento
de Eslavística da Universidade
de Moscou onde linguística era
disciplina básica. Empenhou-se
nos estudos interdisciplinares e
na vinculação entre linguística
e poética, sendo considerado
por Haroldo de Campos como “o
poeta da linguística”.
PARA CONHECER
Fonte: www.pucsp.br/pos/cos/
cultura/biojakob.htm.
Muitos
defendem
que
estudiosos
a
ideia
o
tenha
de
Formalismo
influenciado
Estruturalismo
o
e
as
correntes advindas deste
no século XX: a Escola
de
Praga,
considerada
por muitos como matriz
da Linguística Funcional,
tendo à frente as parcerias
entre Roman Jakobson e
Nikolai Trubetskoi; e a
Trubetzkoy nasceu em um
meio extremamente refinado.
Seu pai era um filósofo de
primeira classe, cuja linhagem
ascendia
aos
governantes
medievais da Lituânia. Graduouse pela Universidade de Moscou
em 1913, onde lecionou até a
revolução. Depois disso, foi para a
Universidade de Rostov-na-Donu,
em seguida para a Universidade
de Sofia (1920-1922). Por fim,
assumiu a cátedra de Filologia
Eslava na Universidade de Viena
(1922-1938). Morreu de um
ataque do coração, atribuído à
perseguição nazista que sofreu
após a publicação de um artigo
Figura 3 - Roman Jakobson, um dos fundadores do
Círculo Linguístico de Praga.
de sua autoria, no qual criticava
Fonte: http://www.kalipedia.com/fotos/roman
duramente as teorias de Hitler.
-jakobson.html?x= 20070417klplyllec_4.Ies.
Sua principal obra, Grundzüge
der Phonologie (Princípios de
Fonologia), foi publicada após sua morte. Nesse livro ele apresenta sua
famosa definição de fonema como a menor unidade distintiva na estrutura
de uma língua. Esse trabalho foi crucial para que a fonologia e a fonética
passassem a ser vistas como duas ciências distintas.
Escola de Copenhagen, de
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Trubetskoy.
principais grupos surgidos
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Módulo 1
I
Volume 3
base formalista, com Louis
Hjelmslev.
Pelo
formalismo
fato
de
o
não
ter
se
orientado por uma doutrina
uniforme, surgiram, desde
o
início,
concepções
diferentes
dentro
do
próprio
movimento,
que
origem
deram
às
discordâncias a respeito
de boa parte dos preceitos
teóricos
e
sobre
linguagem.
língua
Os
dois
EAD
na Europa foram: o Círculo Linguístico de Moscou, fundado em
1915, e o OPOJAZ (Sociedade para o Estudo da Linguagem
Poética), fundado em 1916, na cidade de São Petersburgo.
Os linguistas do OPOJAZ e os do Círculo Linguístico de
2
Moscou ficaram conhecidos como mecanicistas e orgânicos,
Aula
respectivamente. O método mecanicista considerava que a
literatura seria o resultado de dispositivos que o autor utiliza –
manipula – para criar sua obra, considerada como uma entidade
autônoma. Para os orgânicos, orientados pelos princípios da
Biologia, o importante eram os estudos sobre as semelhanças
entre as formas literárias, a recorrência de determinados traços
linguísticos e a maneira como os mesmos se apresentam e
definem os diferentes estilos literários. Entendeu a diferença?
Enquanto uns valorizaram o mecanicismo, outros valorizaram
a reincidência de formas que compunham os gêneros da
literatura.
2.2 Funcionalismo/Estruturalismo
As ideias dos formalistas se propagaram e de suas
oposições desenvolveram-se os trabalhos do funcionalismo,
que conserva semelhanças com a corrente estruturalista e
mantém, portanto, vínculos com a Linguística de Saussure - e
com outras correntes.
Segundo Paveau e Sarfati (2006, p. 115),
[...] não constituem corpos teóricos completos e
autônomos, mas correntes imbricadas umas nas outras,
ligadas por relações de filiação ou de oposição e por
escolhas teóricas complexas. De fato, o funcionalismo
tem seu lugar no conjunto do movimento estruturalista;
é um estruturalismo específico que se pode chamar de
estruturalismo funcional.
De acordo com esses autores, o funcionalismo seria mais
que um conjunto de teorias, mas “um olhar sobre a linguagem
e suas relações com o mundo” (Paveau; Sarfati, p.116). Os
funcionalistas podem, então, ser considerados estruturalistas
na medida em que seu objeto de estudo é de fato a língua
como sistema.
Há,
UESC
entretanto,
uma
oposição
importante
Letras Vernáculas
no
31
Introdução aos estudos linguísticos
O que é linguística?
posicionamento teórico do funcionalismo em relação ao
estruturalismo: o formalismo, cujo enfoque privilegia o
estudo do funcionamento interno do sistema linguístico, ou
seja, a língua e suas características internas, em seu aspecto
formal; enquanto o funcionalismo privilegia as transformações
da linguagem em sociedade, o foco é o significado e o uso
PARA CONHECER
das formas linguísticas nas situações
André Martinet, linguista francês, foi professor
da Universidade de Nova York. Dirigiu a revista
Word (Nova York) e La Linguistique (Paris). Entre
suas atividades no campo da Lingüística, citamse muitas obras particularmente voltadas para
estudos fonético-fonológicos. Ingressou como
catedrático de Linguística Geral na Sorbonne, em
1965, ano em que fundou a revista La Linguistique.
Entre nós, uma de suas obras mais conhecidas,
traduzida para o português, é Elementos de
linguística geral. Fonte: http://www.filologia.org.
br/filologo/pub_filologo18.html.
comunicativas.
Os funcionalistas que mais se
destacam
são:
André
Martinet
e
Halliday. O primeiro reflete sobre a
diversidade de línguas e as diferenças
entre
elas.
O
segundo
incorpora
a
dimensão social à Linguística e afirma
que a linguagem depende da cultura.
Aluno do linguista britânico J. R. Firth, Michael
Halliday desenvolveu amplamente as ideias
de Firth numa direção peculiar. Iniciou suas
lucubrações teóricas na década de 1960 com
uma nova abordagem da análise gramatical,
denominada por ele Gramática de Escala e
Categorias. Halliday chegou a construir um corpo
de teoria articulado e audacioso que acabou se
tornando conhecido como Linguística Sistêmica.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Michael_
halliday.
Halliday, dentre outros méritos, destacase também pela elaboração de uma
Gramática
Funcional,
definida
por
Neves (1997, p. 20) como uma “teoria
da organização gramatical das línguas
naturais que procura se integrar em
uma teoria global da interação social”.
O texto, em detrimento da sentença ou
outras particularidades, é evidenciado como unidade de estudo.
Como você já viu, os formalistas da Escola de Copenhagen
divergiam teoricamente dos funcionalistas do Círculo de Praga
no que concerne à concepção de língua. Para aqueles, a língua
U V
SAIBA MAIS
a FR
K
C AM
Os estudos funcionalistas têm avançado
bastante no Brasil,
principalmente
a
partir dos anos 90.
Dentre os vá-rios
estudiosos dedicados
a este paradigma,
podemos
citar:
Ataliba T. de Castilho, Maria Angélica
Furtado da Cunha,
Maria
Helena
de
Moura Neves, Rodolfo
Ilari,
Sebastião
Votre, dentre outros.
é uma estrutura autônoma e deve ser interpretada como “uma
unidade encerrada em si mesma” (CUNHA, 2003, p. 19). Para
estes, a linguagem é veículo de interação social, e busca a
motivação para os fatos da língua no contexto do discurso,
ultrapassando a investigação apenas da estrutura gramatical.
Assim, funcionalistas criticam formalistas pelo fato de
estes estudarem a língua de maneira descontextualizada, sob
a perspectiva da forma, desconsiderando os falantes-ouvintes
e as condições de produção, elementos estes considerados
primordiais
pelos
funcionalistas.
Para
estes,
interessa
compreender a função que a forma linguística desempenha na
interação comunicativa.
É importante citar que, apesar de focalizarem pontos
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Módulo 1
I
Volume 3
EAD
diferentes da linguagem, essas correntes teóricas não se
excluem, mas se auxiliam para uma melhor compreensão dos
2
fenômenos linguísticos.
Aula
2.3 Gerativismo
Como você viu na aula anterior, Chomsky postula que
todos os indivíduos têm condições de produzir, a partir de um
número finito de regras, um número infinito de frases em sua
língua, mesmo que nunca as tenha ouvido ou pronunciado.
Essa capacidade é o que caracteriza a chamada competência
linguística que, ao lado do desempenho (exercício efetivo da
competência), forma uma das dicotomias mais conhecidas.
Chomsky concentrou esforços em elaborar uma teoria
que não se limitasse ao descritivismo intenso, presente em
correntes anteriores (como, por exemplo, no estruturalismo);
seu objetivo era explicar os motivos das transformações de uma
determinada língua e, além disto, as suas possibilidades de
sequências e combinações verbais. Na sua teoria, ele distingue
três componentes que são fundamentais: o sintático (que tem
a função de gerar), o fonológico (responsável pela imagem
acústica elaborada pelo componente sintático) e o semântico
(que tem a função de interpretar esta imagem).
Para o linguista, a interação entre esses componentes se
dá a partir da aplicação de regras que ocorrem em dois níveis
distintos: a estrutura profunda (não visível, não pronunciada)
e a superficial (visível, pronunciada). Conforme Mancilha, em
seu texto eletrônico,
[...] ideias e pensamentos complexos chegam à
superfície como linguagem, depois que uma série
de ‘transformações’ os convertem em frases bem
formuladas. Estas transformações agem como um tipo de
filtro para as nossas experiências profundas. O processo
de transformação da estrutura profunda em estrutura
superficial (linguagem) é chamado de ‘derivação’.
Chomsky foca suas observações na passagem de um
nível para o outro e nas regras que regem essas transformações.
Esses preceitos explicam o surgimento do termo gramática
gerativo-transformacional e alicerçam boa parte dos estudos
UESC
Letras Vernáculas
33
Introdução aos estudos linguísticos
O que é linguística?
da linguagem depois de Chomsky, que abriu caminho para
a aplicação da linguística em diversos campos das ciências
humanas.
3 DIVISÕES DA LINGUÍSTICA
De maneira geral, a Linguística divide-se em:
• Fonética:
Ocupa-se
dos
sons
da
fala
e
seus
mecanismos de produção e audição. Este ramo analisa
e descreve a fala das pessoas da maneira como ela
acontece, sem a preocupação de interpretar estes
sons. É graças à Fonética que podemos explicar, por
exemplo, a pronúncia da palavra tia com os sons [t] e
[tx], respectivamente, em Pernambuco e na Bahia.
• Fonologia: Estuda os fonemas (sons) de uma língua,
mas focalizando a sua função. Os sons que têm valor
distintivo (que provocam mudanças no sentido) como
em mar e mal são chamados de fonemas; mas quando
não ocasionam mudança de significado, como em tia
descrito acima, são chamados de variantes.
• Morfologia: Estuda a estrutura, a formação, as flexões
e a classificação das palavras. Estuda, portanto, o
signo linguístico desde a sua expressão mais simples,
os morfemas, à combinação entre estes morfemas
formando unidades maiores, como a palavra e o
sintagma. A palavra caderninhos, por exemplo, tem três
morfemas: caderno + inho (diminutivo) + s (plural).
• Sintaxe: Ocupa-se da combinação linear entre as
palavras ou orações. É a sintaxe que determina o tipo
de estrutura permitida numa língua. A frase: A vida é
bela, por exemplo, ocorre numa combinação sintática
permitida em português: artigo + substantivo + verbo
+ adjetivo. Mas É vida bela a não poderia ser construída,
pois a estrutura da língua portuguesa não permite esta
combinação: verbo + substantivo + adjetivo + artigo.
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Módulo 1
I
Volume 3
EAD
• Semântica: Estuda a natureza, função e usos dos
significados. Vale salientar que este ramo não se
ocupa dos significados dispostos em dicionários, mas
2
do modo como os significados ocorrem em contextos
Aula
diferentes.
• Pragmática: Estuda a relação entre o discurso que
envolve o indivíduo e a situação comunicativa em que
ele é produzido. A Linguística moderna tem voltado o
seu olhar cada vez mais para os usos da linguagem,
e não somente para a descrição dos sistemas e suas
estruturas.
• Psicolinguística: Estuda o processo de aquisição
e desenvolvimento da linguagem e fornece um
instrumental
teórico-metodológico
que
nos
ajuda
a compreender melhor como a criança adquire e
desenvolve sua linguagem materna. Refere-se também
à percepção da fala e dos distúrbios patológicos que
podem incidir em consequências durante o processo
de aquisição. Ocupa-se, por um lado, das relações
entre linguagem e pensamento e, por outro, pelo
comportamento humano envolvido no uso efetivo da
linguagem.
• Sociolinguística: Estuda os problemas da variação
linguística e da norma culta. O principal objetivo desta
disciplina é investigar o caráter social da linguagem e
suas repercussões no comportamento dos indivíduos
a partir das mais variadas situações sociais. Sua
aplicabilidade é útil também em questões relativas
à escola e é consenso entre os linguistas que esta
instituição precisa de uma descrição do maior número
possível de falares do Brasil, para que se possa traçar
um perfil da realidade linguística “de uma classe, da
qual fazem parte alunos procedentes de várias regiões
do país” (CAGLIARI, 1999, p. 47). De acordo com os
teóricos que atuam nesta área, o preconceito social
manifesta-se através de fatos linguísticos, e é por isto
UESC
Letras Vernáculas
35
Introdução aos estudos linguísticos
O que é linguística?
que ensinar Língua Portuguesa nas escolas ainda é
considerado um meio de promoção social.
•
Análise do Discurso: O discurso é estudado como
prática social, e só pode ser analisado considerando
seu
contexto
histórico-social,
suas
condições
de
produção. Nesta linha, o discurso reflete uma visão de
mundo determinada, obrigatoriamente vinculada à(s)
ideologias do(s) seu(s) autor(es) e à sociedade em
que vive(m). Vale salientar que, através das marcas
que aparecem na superfície do discurso, o investigador
guiará a sua pesquisa científica de acordo com a teoria
(dentro da AD) que norteará o seu trabalho.
Agora que já completamos a nossa aula, vamos agora
exercitar um pouco!
ATIVIDADE
1. Faça um resumo dos principais movimentos teóricos da Linguística no século
XX: formalismo, estruturalismo/funcionalismo, gerativismo.
2. Pois é, o caminho percorrido ao longo do século XX abriu espaço para o
surgimento de importantes disciplinas nas ciências humanas. Considerando
isto, conceitue as ciências interdisciplinares, definindo seu objeto de estudo e
objetivos.
3. Vamos sedimentar um pouco mais as definições?
a. Qual é a diferença mais nítida entre o formalismo e o estruturalismo?
b. Que contribuições relevantes o gerativismo promove?
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Módulo 1
I
Volume 3
EAD
RESUMINDO
Você viu, nesta aula, que:
2
Aula
• Os estudos sobre a linguagem tomaram vários rumos
no século XX. A classificação mais frequente, mas nem
sempre consensual, é: formalismo, estruturalismo/
funcionalismo e gerativismo.
• Pelo fato de o formalismo não ter se orientado por uma
doutrina uniforme, surgiram concepções diferentes
dentro do próprio movimento, que deram origem às
discordâncias a respeito de boa parte dos preceitos
teóricos sobre língua e linguagem. Os dois principais
grupos surgidos na Europa foram: o Círculo Linguístico
de Moscou, fundado em 1915, e o OPOJAZ (Sociedade
para o Estudo da Linguagem Poética), fundado em 1916,
na cidade de São Petersburgo.
• O funcionalismo tem seu lugar no conjunto do movimento
estruturalista. É um estruturalismo específico que se pode
chamar de estruturalismo funcional. Os funcionalistas
podem, então, ser considerados estruturalistas na
medida em que seu objeto de estudo é, de fato, a língua
como sistema.
• Com o Gerativismo, Chomsky deu ênfase à competência
linguística do falante, à habilidade que o falante tem
de gerar e compreender mensagens. Ele distingue três
componentes que, segundo ele, são fundamentais:
o sintático (que tem a função de gerar), o fonológico
(que é a imagem acústica elaborada pelo componente
sintático) e o semântico (que tem a função de interpretar
esta imagem). Além disso, postula que as sentenças
que pronunciamos na estrutura superficial são geradas
a partir de uma outra estrutura: a profunda.
• As ciências interdisciplinares da Linguística são:
Fonética, Fonologia, Morfologia, Sintaxe, Semântica,
Pragmática, Sociolinguística, Psicolinguística e Análise
do Discurso.
UESC
Letras Vernáculas
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Introdução aos estudos linguísticos
O que é linguística?
LEITURA RECOMENDADA
Para complementar esta aula, recomendo a leitura das seguintes obras: PAVEAU, Marie-Anne;
SARFATI, Georges-Elia. As grandes Teorias da Linguística: da Gramática Comparada à
Pragmática. Trad. Ed. Claraluz. São Carlos: Clara Luz, 2006 e ROBINS, R. H. Pequena História da
Linguística. Trad. de Luiz Martins. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1993.
Na próxima aula... Iremos aprofundar questões até aqui tratadas, como,
por exemplo, o conceito de signo na abordagem de Saussure. Até breve!
BENVENISTE, E. Problemas de Lingüística Geral I e II. Trad.
de Eduardo Guimarães et al. Campinas: Pontes, 1989.
CAGLIARI, L. Alfabetização e Lingüística. São Paulo: Scipione,
1997.
CAGLIARI, Luiz Carlos; CAGLIARI–MASSINI, Gladis. Diante das
Letras: a escrita na alfabetização. Campinas: Mercado das Letras,
1999.
REFERÊNCIAS
CABRAL,L. G.; GORSKI, E. Lingüística e ensino: reflexões para a
prática pedagógica da língua materna. Florianópolis: Insular, 1998.
CÂMARA, JR. História da Lingüística. Petrópolis: Vozes, 1979.
COLLADO, J. A. Fundamentos de Lingüística Geral. Lisboa:
Edições 70, 1980.
CRYSTAL, D. O que é Lingüística. Rio de Janeiro: Ao Livro
Técnico, 1981.
CUNHA, Maria Angélica Furtado da; OLIVEIRA, Mariangela Rios
de; MARTELOTTA, Mário Eduardo (Orgs.). Linguística funcional:
teoria e prática. Rio de Janeiro: DP&A; Faperj, 2003.
DUBOIS, J. et al. Dicionário de Lingüística. Trad. de Izidoro
Brikstein; José Paulo Paes. São Paulo: Cultrix, s. d.
FIORIN, J. L. et al. Introdução à Lingüística. São Paulo:
Contexto, 2003.
38
Módulo 1
I
Volume 3
EAD
LYONS, J. Linguagem e Lingüística: uma introdução. Trad. de
Marilda Winkler Averbug; Clarisse Sieckenius de Souza. Rio de
Janeiro: Guanabara, 1987.
MAIA, E. M. No reino da fala: a linguagem e seus sons. 3. ed. São
Paulo: Ática, 1991.
MENDES, A. M. A. R. Formalismo e funcionalismo linguístico.
Disponível em: http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?c
od=43783&cat=Artigos&vinda=S/ Acessado em 22 fev. 2009.
MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Ana Christina. Introdução à
Linguística: domínios e fronteiras. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
NEVES, Maria Helena Moura. Gramática: história, teoria e análise,
ensino. São Paulo: UNESP, 2001.
NEVES, Maria Helena Moura. Gramática de Usos do Português.
São Paulo: Editora UNESP, 2000.
NEVES, Maria Helena Moura. A Gramática funcional. São Paulo:
Martins Fontes, 1997.
ORLANDI, E. O que é Lingüística. São Paulo: Brasiliense, 1992.
PAVEAU, Marie-Anne; SARFATI, Georges-Elia. As grandes Teorias
da Lingüística: da Gramática Comparada à Pragmática. São Carlos:
Clara Luz, 2006.
ROBINS, R. H. Linguística Geral. Trad. de Elisabeth Corbetta A. da
Cunha et al. Porto Alegre: Globo, 1977.
ROBINS, R. H. Pequena História da Lingüística. Trad. de Luiz
Martins. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1993.
SAUSSURE, F. de. Curso de Lingüística Geral. Trad. de Antônio
Chelini et al. São Paulo: Cultrix, 1989.
TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação: uma proposta para o
ensino de gramática no 1º e 2º graus. 5. ed. São Paulo: Cortez,
2000.
http://www.dicionarioauletedigital.com/ Acessado em 29 mar. 2009.
UESC
Letras Vernáculas
39
Aula
JAKOBSON, R. Lingüística e Comunicação. Trad. de Izidoro
Brikstein; José Paulo Paes. São Paulo: Cultrix, 1969.
2
ILARI, R. A Lingüística e o ensino da língua portuguesa. 4. ed.
São Paulo: Martins Fontes, 1997.
Suas anotações
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