características agronômicas de tomate cereja submetido a

Propaganda
Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia
CONTECC’ 2015
Centro de Eventos do Ceará - Fortaleza - CE
15 a 18 de setembro de 2015
CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE TOMATE CEREJA SUBMETIDO A
DIFERENTES SUBSTRATOS
MICHELLE NUNES BARCELOS1*, ELIAMARA MARQUES DA SILVA2, WILSON ITAMAR
MARUYAMA3
1
Acadêmica Agronomia, UEMS, Cassilândia-MS. Fone: (67) 8193-7180, [email protected]
2
Acadêmica Agronomia, UEMS, Cassilândia-MS. Fone: (67) 8126-0539, [email protected]
3
Dr Professor Agronomia, UEMS, Cassilândia-MS. Fone: (67) 8114-5883, [email protected]
Apresentado no
Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia – CONTECC’ 2015
15 a 18 de setembro de 2015 - Fortaleza-CE, Brasil
RESUMO: Este trabalho teve como objetivo avaliar as plantas de tomate do tipo cereja cultivar Pori
em diferentes composições de substrato. O experimento ocorreu em casa de vegetação em viveiro
suspenso e as plantas em vasos de dez litros. As mudas foram feitas em bandejas com o substrato
Tecnomax®, e transplantadas para os vasos apresentando-se seis folhas expandidas, sendo colocada a
quantidade de três plântulas por vaso. O material para formulação dos substratos foi basicamente solo
de barranco e o produto Tecnomax®, com doses nas seguintes proporções: 1- Solo de barranco
(100%); 2- Tecnomax® (20%) + solo de barranco (80%); 3- Tecnomax® (40%) + solo de barranco
(60%); 4- Tecnomax® (60%) + solo de barranco (40%); 5- Tecnomax® (80%) + solo de barranco
(20%); 6- Tecnomax® (100%). O delineamento foi inteiramente casualizados com quatro repetições
cada tratamento. Os parâmetros avaliados foram massa seca da parte aérea e da raíz, e massa seca da
planta inteira. Os dados obtidos através de análise de regressão linear e quadrática por meio do
programa Sisvar®, mostram pela opção de transformação logarítmo base 10 de Y - Log10 (Y) das
médias observadas, e foram significativos para a equação quadrática.
PALAVRAS–CHAVE: Solanum lycopersicum L., matéria seca, composto orgânico, solo, produção.
AGRONOMIC CHARACTERISTICS OF CHERRY TOMATO UNDER DIFFERENT
SUBSTRATES
ABSTRACT: This work aimed to evaluate the tomato plants type cherry cultivate Pori in different
substrate compositions. The experiment took place in a greenhouse on hold and nursery plants in ten
liter pots. The seedlings were made in trays with Tecnomax® substrate, and transplanted to pots
presenting six leaves, and placed the amount of three seedlings per pot. The material for the
formulation of the substrates was basically ravine soil and Tecnomax® product at doses in the
following proportions: 1 Solo rut (100%); 2 Tecnomax® (20%) + soil embankment (80%); 3Tecnomax® (40%) + soil embankment (60%); 4- Tecnomax® (60%) + soil embankment (40%); 5Tecnomax® (80%) + soil embankment (20%); 6- Tecnomax® (100%). The design was completely
randomized with four replicates per treatment. Evaluated shoot dry mass and root, and dry matter of
the whole plant. The data obtained through analysis of linear and quadratic regression through the
Sisvar® program, show the transformation option logarithm base 10 Y - log10 (Y) the means
observed, and were significant for the quadratic equation.
KEYWORDS: Solanum lycopersicum L., dry matter, compost, soil, production.
INTRODUÇÃO
O fruto do tomateiro é consumido em todo o mundo tanto “in natura” até o seu processamento
por meio de extrato de tomate enlatado, ou ainda como tomate seco muito usado na gastronomia. A
implantação da cultura e o seu manejo são influenciadas por diversos fatores como: adubação, tipo de
substrato, umidade, temperatura, velocidade do vento, ataque de patógenos, densidade de plantio,
agentes polinizadores, dentre outros, que vão determinar o desempenho na produtividade das plantas
(CLEMENTE, 2010).
Ao tentar atender a padronização do mercado consumidor e minimizar alguns entraves
bióticos e abióticos no cultivo em campo, novas espécies de tomateiro têm sido produzidas pelos
pesquisadores. A exemplo disso é o cultivar “Pori”, uma variedade de tomate cereja, resistente ao
fungo Fusarium e ao vírus do Mosaico do tabaco, os frutos pesam de 18 a 22 gramas e são mais
tolerantes ao rachamento em campo aberto, inicia a produção com 70 dias após o transplante das
plântulas (BLUESEEDS, 2013).
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento com tomate do tipo cereja Pori, foi conduzido em casa de vegetação na
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – Unidade Universitária de Cassilândia. O
delineamento experimental foi inteiramente casualizado com quatro repetições para cada tratamento.
Os tratamentos foram constituídos pelos seguintes substratos: 1- Solo de barranco (100%); 2Tecnomax® (20%) + solo de barranco (80%); 3- Tecnomax® (40%) + solo de barranco(60%); 4Tecnomax® (60%) + solo de barranco(40%); 5- Tecnomax® (80%) + solo de barranco(20%); 6Tecnomax® (100%).
A semeadura ocorreu em bandejas de 128 células com o substrato comercial Tecnomax® no
final do mês de junho, e posterior replantio das mudas quando apresentavam 6 folhas definidas com
três em cada vaso de polietileno preto de 10 litros.
A coleta de dados ocorreu mensalmente até o mês de dezembro com os seguintes os
parâmetros: massa seca da parte aérea, da raiz e da planta inteira, e relação raiz e parte aérea. Esses
parâmetros foram então analisados pelo programa estatístico Sisvar® para observação das médias
observadas em regressão polinomial linear e quadrática com e sem transformação de logaritmo base
10 de Y - Log10 (Y), e foram inseridos os gráficos sem transformação dos valores das médias
observadas em cada tratamento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com relação à matéria seca da parte aérea (MSPA) dos tomateiros ocorreu ajuste da mesma à
equação de regressão quadrática, apresentado na Figura 1. À medida que aumentou-se a quantidade de
solo de barranco, ocorreu acréscimo da MSPA dos tratamentos 1, 2, 3 e 4. Os substratos 5 e 6,
apresentaram decréscimo no acúmulo de massa seca da parte aérea. Porém, a maior quantidade de
MSPA ocorreu no tratamento 4 com 37,22 gramas. Os valores foram semelhantes ao teste de
Rodrigues(2008) com tomate cereja, onde os substratos apresentaram diferenças no acúmulo de
MSPA, utilizando-se os compostos orgânicos fibra de coco e casca de café carbonizada.
Figura 1. Massa seca da parte aérea de tomate cereja(MSPA). Tratamentos: 1- Solo de barranco
(100%); 2- Tecnomax® (20%) e solo de barranco (80%); 3- Tecnomax® (40%) e solo de barranco
(60%); 4- Tecnomax® (60%) e solo de barranco (40%); 5- Tecnomax® (80%) e solo de barranco
(20%); 6- Tecnomax® (100%).
Peso em gramas
MSPA
37,2225
40
30,26
24,435
30
20
7,3225
10
0,8425
0
0
1
2
3
4
Na Figura 2, ocorreu maior crescimento de raiz no tratamento 4, composto por 60% de
Tecnomax® e 40% de solo de barranco, também verificado por Júnior et al (2014), onde utilizou
composições alternativas de substratos, relatando que cada substrato contém propriedades físicas e
químicas como influência direta no volume de raiz observado na massa seca em produção de mudas de
tomate.
Figura 2. Massa seca da raiz de tomate cereja (MSR). Tratamentos: 1- Solo de barranco (100%); 2Tecnomax® (20%) e solo de barranco (80%); 3- Tecnomax® (40%) e solo de barranco (60%); 4Tecnomax® (60%) e solo de barranco (40%); 5- Tecnomax® (80%) e solo de barranco(20%); 6Tecnomax® (100%).
Peso em gramas
MSR
20
14,6075
15
9,72
10
5
5,86
2,8575
0
0
1
2
3
4
O acúmulo de matéria seca de plantas pode ser observado na Figura 3, onde conforme a linha
de regressão, obteve-se maior valor para o tratamento com 51,83 gramas. Esses resultados estão de
acordo com Braun et al (2010), devido ao incremento de massa seca total proporcionado pela
composição nutricional do substrato e condição favorável de absorção de água, permitindo melhor
desenvolvimento das plantas de tomate.
Figura 3 – Massa seca da planta inteira (MSPI) de pimenta biquinho. Tratamentos: 1- Solo de barranco
(100%); 2- Tecnomax® (20%) e solo de barranco (80%); 3- Tecnomax® (40%) e solo de barranco
(60%); 4- Tecnomax® (60%) e solo de barranco (40%); 5- Tecnomax® (80%) e solo de
barranco(20%); 6- Tecnomax® (100%).
MSPI
60
51,83
Peso em gramas
50
39,98
40
30,295
30
20
10
10,18
1,0675
0
0
1
2
3
4
Conforme Soares et al (2014), houve variação da relação entre o peso da massa seca da raiz e
da parte aérea para diferentes substratos, como na regressão quadrática das plantas de tomate do
Figura 4, em que a menor média observada foi do substrato constituído de 20% de Tecnomax® + 80%
de solo de barranco, e as maiores foram os tratamento com 100% de solo de barranco e outro de 60%
de Tecnomax® + 40% de solo de barranco. Porém, não houve ajuste de relação raiz e parte aérea.
Figura 4 – Relação da massa seca da raiz e parte aérea das plantas de pimenta biquinho. Tratamentos:
1- Solo de barranco (100%); 2- Tecnomax® (20%) e solo de barranco (80%); 3- Tecnomax® (40%) e
solo de barranco (60%); 4- Tecnomax® (60%) e solo de barranco (40%); 5- Tecnomax® (80%) e solo
de barranco(20%); 6- Tecnomax® (100%).
grmas por gramas
Relação Raiz/Parte aérea
0,27765
0,29
0,27485
0,27
0,25
0,23362
0,23
0,21082
0,21
0,19135
0,19
0
1
2
3
4
CONCLUSÕES
Os compostos de substratos tiveram efeito significativo para a regressão quadrática, em
ordem decrescente ao aumento das doses do produto Tecnomax® na relação raiz e parte aérea, o qual
não provocou melhorias no desempenho das plantas de tomate. Porém, para a massa seca da raiz, parte
aérea e planta inteira, os resultados foram semelhantes, onde os resultados apresentaram melhor
desempenho no substrato composto por 60% de Tecnomax® + 40% de solo de barranco.
REFERÊNCIAS
Blueseeds.
Produtos
com
alta
performance.
2013.
Disponível
em:
<http://www.blueseeds.com.br/catalogo-de-produtos/pori/>. Acesso em: 15 de dezembro de 2014.
Braun, H.; Cavatte, P. C.; Amaral, J. A. T.; Amaral, J. F. T.; Reis, E. F. Produção de mudas de
tomateiro por estaquia: efeito do substrato e comprimento de estacas. Revista
Idesia v.28 n.1 Arica abr. 2010.
Clemente, F. M. V. T. Influência dos fatores climáticos na produtividade e no teor de sólidos
solúveis de híbridos do tomateiro para processamento industrial no estado de Goiás. Outubro de
2010. 90 f. Tese (Doutorado em Agronomia: Produção Vegetal) – Escola de Agronomia e
Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2010.
Júnior, J. V. S.; Cavalcante, M. Z. B.; Brito, L. P. S.; Avelino, R. C.; Cavalcante, I. H. L.
Aproveitamento de materiais alternativos na produção de mudas de tomateiro sob adubação
foliar. Revista Ciência Agronômica, v. 45, n. 3, p. 528-536, jul-set, 2014.
Rodrigues, L. Crescimento e produção de tomateiro em diferentes substratos e doses de ácidos
orgânicos, em estufa. 2008. 32 p. Dissertação (Mestrado em Agronomia – Fitotecnia)
Universidade Federal de Lavras, Lavras-MG, 2008.
Soares, F. A. L.; Filho, O. C. P.; Teixeira, M. B. Cultivo do tomate cereja submetido a diferentes doses
de
biofertilizantes
e
tipos
de
substratos.
2014.
Disponível
em:
<
http://www.bibliotekevirtual.org/simposios/II-INOVAGRI-2014/a715.pdf>. Acesso em: 11 de
janeiro de 2015.
Download