Introdução à personalidade para não psicólogos da área

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Introdução à personalidade para não psicólogos da área de RH
Sumário
Aspectos da personalidade
• Definições
•
Teorias Implícitas / Teorias científicas
Como podemos “medir” a personalidade?
• Métodos idiográficos
•
•
Métodos nomotéticos
o
Testes Projetivos / Testes Objetivos
o
Dimensões do “Big Five”
A respeito das teorias tipológicas e de traços
o Comparação entre tipos e traços psicológicos
Teorias e correntes da personalidade (que influenciam RH)
•
Freud e a psicanálise
•
Teorias Pós-Freudianas
o C.G. Jung
o
•
Perspectiva comportamentalista (behaviorismo)
o J. Watson
o
•
A. Adler
B. Skinner
Aprendizagem social e teorias cognitivas
o
J. Dollard e N. Miller
o
Mischel
o
C. Rogers e A. Maslow
•
Hierarquia dos traços de H.J. Eysenck
•
Bibliografia Básica
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1
Introdução à personalidade para não psicólogos da área de RH
Introdução
O objetivo deste documento é de apresentar um conjunto de questões sobre a
personalidade, e sua medição, oferecendo uma abordagem holística concentrando os
conhecimentos básicos em poucas páginas. Não pretende ser um estudo exaustivo, pois a
personalidade, sendo um fator em construção, é um tema – por enquanto - inacabado.
As teorias demonstradas apresentam pontos de interesse que não são verdades absolutas, mas
que utilizadas de forma conveniente podem vir a constituir uma teoria de personalidade holística
que mais se adequa a complexidade do ser humano.
Aspectos da personalidade
Definições:
Um conjunto de qualidades originais que tendem a influenciar padrões de comportamento de um
sujeito através das situações e ao longo do tempo.
“A personalidade de um indivíduo é o que nos permite prever o que ele fará em uma determinada
situação.” R. B. Cattell
“A personalidade de um indivíduo é sua soma de traços.” G. P Guilford
Os conceitos chaves são a consistência e a distinção. Os traços são particulares, relativamente
estáveis no tempo e permitem diferenciar um indivíduo dos outros.
Teorias implícitas
Nós todos desenvolvemos uma idéia básica sobre a personalidade. Esta não é nem objetiva nem
científica e pode conduzir a muitas conclusões erradas sobre nós e sobre os outros.
Estas teorias pessoais assemelham-se aos velhos traços e às tipologias mencionadas em
Mayne Weiten.
•
Baseadas na própria experiência, educação e preconceitos. É um sistema de crença.
•
Percepções e memórias seletivas influenciam fortemente o julgamento. Em outras palavras
só vemos o que queremos ver e lembramos o que queremos lembrar.
•
Como apreciamos os outros?
Assuntos a serem discutidos para entender este conceito
•
Qual o tipo de pessoas que você gosta mais? Menos?
•
Como pode reconhecer se uma pessoa que acaba de encontrar tem essas qualidades?
•
Avalie essas pessoas. De qual forma percebe suas personalidades?
•
Quais são as três principais características de sua personalidade? Como você as adquiriu?
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2
Teorias Implícitas vs Teorias científicas
•
Baseadas em observações ou percepções
•
Uma aproximação é baseada em dados confiáveis
•
Uma aproximação exclui informações que não se encaixem. Outros enfatizam nas
exceções.
•
Ajustes e aprimoramento das teorias científicas
Tópicos de discussão:
•
Qual de suas características é a mais importante, ou diz mais sobre você?
•
Como você imagina ser percebido pelos outros?
Como podemos “medir” a personalidade?
A partir de um estímulo
(imagem, pergunta, som, etc.)
a resposta é livre.
Investigam patologias e
traços normais
A partir de um estímulo (item)
a resposta é forçada:
Respostas dicotômicas
Respostas preferenciais
Respostas em escala de Likert.
Investigam traços normais
raramente as patologias
Idiográfico
Nomotético
Em RH, a menos de algumas funções bem particulares, exclusivamente os instrumentos que
medem os traços normais deveriam ser utilizados.
Métodos idiográficos (centrados no indivíduo)
•
Dados sobre as principais etapas da vida: informação biográfica.
•
Método idiografico analisando casos específicos “anamnese”.
•
Teoria do aprendizado social usando observações comportamentais.
•
Estudos ao longo do tempo seguindo alguns sujeitos por vários anos.
•
Método de avaliação (veja a aplicação em seu capítulo).
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3
Métodos nomotéticos (centrados nas comparações entre individuas) auto-descritivos
Testes Projetivos - parcialemente idiográficos
•
Rorschach – manchas de tinta
•
TAT – Imagens a serem comentadas
•
Rosenzweig – Quadrinhos a serem completados
Testes objetivos - questionários auto-descritivos
•
MMPI (Minnesota Multiphasic Personality Inventory) - traços
•
CPI (California Personality Inventory) – traços
•
DISC e no Brasil QUANTUM - tipos
•
MBTI (Myers-Briggs Type Indicator) – tipos
•
NEO - Personality Inventory - Big 5 – traços
•
L.A.B.E.L. , COMPER – traços e tipos
Qual é a utilidade de uma avaliação em RH?
•
Útil para a seleção, a orientação profissional e antes de ações de T&D.
Antes de interpretar os resultados é bom lembrar que...
•
Os testes que apresentam escores padronizados não podem medir o NÍVEL de
personalidade de um sujeito.*
•
Eles podem medir as QUALIDADES de uma personalidade.
•
Os testes DESCREVEM os perfis das pessoas, mas não AVALIAM! **
Inconvenientes dos inventários autodescritivos:
•
Um sujeito pode “manipular” o teste*** e seu avaliador.
•
Viés da desejabilidade social ou laboral – escolhe a resposta que parece mais desejável
•
Um sujeito pode escolher uma estratégia de resposta
***Os escores absolutos dos instrumentos de Método Funcional medem o Nível da personalidade.
***As comparações de perfil do COMPER já constituem um início de avaliação.
***As escalas de mentiras que aparecem em alguns testes são métodos que servem para avaliar a consistência das
respostas escondendo alguns itens “armadilha” ao longo da prova. Não têm nada a ver com as escalas de controle
das provas de Método Funcional que, não podendo evitar que o respondente “arrume”seu perfil em função de sua
desejabilidade laboral, realmente medem o nível de manipulação, “mentira”, dos resultados e alertam o avaliador.
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As dimensões dos 5 grandes fatores de personalidade “Big Five”
Fator
Traços elevado,
Pólo positivo
Traços baixo
Pólo negativo
Abertura às experiências (O)
Imaginativa, criativa, culta,
curiosa, inventiva, com
espírito largo, complexa...
Simples, concreta, pouco
imaginativa, limita-se a
copiar...
Consciência (C)
Integra, conscienciosa,
responsável, organizada,
perseverante, eficaz, autodisciplinada...
Inconseqüente, impulsiva,
indisciplinada, pouco
confiável...
Extroversão (E)
Sociável, assertiva, ativa,
ambiciosa, expressiva,
enérgica, entusiasta,
extrovertida...
Tranqüila, tímida, reservada,
inibida, taciturna...
Afabilidade (A)
Flexível, cortês, tolerante,
simpática, altruísta, gentil,
modesta...
Egocêntrica, pretensiosa,
hostil, indiferente, fria, vulgar,
mesquinha...
Estabilidade emocional (S)
Calma, segura de si,
descontraída, regular, de
bom caráter...
Ansiosa, deprimida, tensa,
preocupada, vulnerável,
irritável...
Por que o Big Five?
•
•
•
•
A personalidade pode ser descrita eficazmente utilizando cinco traços relativamente
independentes.
O modelo foi calculado a partir de uma análise fatorial de vários traços.
o Análise fatorial: uma maneira de reduzir um amplo conjunto de dados em algo
interpretável.
o Allport & Odbert (1936): Inventariaram 17856 adjetivos descritivos de personalidade
que podem ser agrupados em cinco categorias!
no L.A.B.E.L. achamos seis
O Big Five é um modelo universal independente dos efeitos lingüísticos e culturais
(Saucier, Hampson, & Goldberg, 2000).
O modelo se mostra estável no tempo (Costa & McCrae, 1997).
A respeito das teorias tipológicas e de traços
•
Estabelecem algumas regras objetivas no mundo profissional
•
TIPOS e TRAÇOS são extremamente estáticos
•
NÃO explicam como é gerado um determinado comportamento
•
Não acompanham, por exemplo, as mudanças, o movimento ou o crescimento
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5
Comparação entre tipos e traços de personalidade
TIPOS
TRAÇOS
Número restrito (2 à 20)
Abundantes (centenas)
Fundamentais (descrevem a essência da
Fundamentais e superficiais
personalidade de um indivíduo)
(descrevem a personalidade de um indivíduo)
São clusters de um conjunto
organizado de traços
Unidades na análise da
personalidade
Exclusivos (em teoria, um indivíduo só
Não exclusivos (a mesma pessoa possui
possui um tipo)
diversos traços)
Descontínuos (em teoria, um indivíduo
Contínuo (um indivíduo possui um traço
possui ou não possui um tipo)
em níveis variáveis)
Um tipo OU outro
Um traço E outro
Exemplo: Introvertido OU Extrovertido (MBTI)
Exemplo: Introvertido E Extrovertido (BigFive)
Os traços – NÃO os tipos - de personalidade permitem prever:
•
•
•
•
•
•
O desempenho profissional e os resultados (ex. Volume de vendas)
Satisfação profissional
Motivação
Nível de liderança
Capacidade de aprendizagem
...e outros comportamentos e atitudes profissionais
Nesta primeira parte apresentamos essencialmente a maneira de medir a personalidade e o que
esta medição significa. É indispensável que cada profissional que utilize instrumentos para as
avaliações entenda estes conceitos para não avaliar errado.
A seguir apresentamos, para os leitores mais curiosos, o sinótico das principais teorias da
personalidade que possuem um interesse direto para a área de RH. Não se trata de uma
apresentação exaustiva, mas apresenta o mínimo a ser conhecido.
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Teorias e correntes da personalidade
É a partir de meados do século XIX que a psicologia começou a ser cientifica. Desde
então, procurando seu rumo, invadiu um campo heterogêneo de investigação com muitas
correntes, métodos e técnicas. Nesta apresentação só vamos apresentar as correntes de
pensamento que ainda são reconhecidas e estudadas e que tem a ver com o mundo profissional.
Por isto, independentemente das contribuições históricas não detalhamos:
•
•
•
•
•
Estruturalismo (Wilhelm Wundt). Primeiro laboratório de psicologia experimental (1879,
Leipzig, Alemanha). O objetivo era descobrir as leis que regiam as experiências sensoriais.
Funcionalismo (William James). Os processos mentais são estudados como funções físicas.
Gestalt (Max Wertheimer). O objetivo desta escola austríaca foi o de determinar a experiência
da percepção consciente e porque ela se apresenta como uma totalidade. Está
desaparecendo com seus últimos seguidores.
Construtivismo (Jean Piaget) determina os processos de construção do conhecimento
desde as suas formas mais elementares até aos níveis superiores. Principalmente utilizada
com crianças e adolescentes.
Construtivismo Social (Lev S. Vygostsky) Possui muitos pontos em comum com a teoria de
Piaget. Opondo-se ao behaviorismo considera que o objeto de estudo da psicologia é a
consciência. Esta é profundamente influenciada pelo contexto social e cultural em que a
criança foi criada.
Freud e a psicanálise - recuperou a idéia do instinto desenvolvida por Darwin.
•
•
•
A vida de S. Freud: 1856-1939, na Universidade de Viena, sofreu a rejeição do mundo
acadêmico por causa do anti-semitismo. Praticando a medicina e começando a prática
clínica, elaborou suas teorias.
Época: Ele cresceu em um período muito fasto do mundo cientifico: Darwin, Helmholtz,
Koch, Pasteur, e Mendel foram entre os cientistas mais famosos durante a formação de
Freud.
A psicologia era uma nova ciência.
A teoria de Freud
•
•
•
Freud baseia sua teoria na observação de pessoas com problemas mentais
Acredita firmemente no determinismo psíquico: a origem de cada reação pode ser
encontrada nas primeiras experiências
Freud era especialista em neurologia
A estrutura de personalidade segundo Freud
Em RH, para a grande maioria das funções, a principal – e única (?) - das três componentes que
interessa os responsáveis deve ser o EGO: as outras dimensões são mais clínicas!
Três componentes: ID, EGO, E SUPEREGO como mostrado na metáfora do iceberg ilustrada a
seguir.
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Consciente:
Contato com o
mundo exterior
EGO
Principio de realidade
Processo secundário
Pré-consciente:
Nível abaixo da
superfície
Inconsciente:
SUPEREGO
Imperativos
morais
ID
Principio do Prazer
Processo primário
Difícil fazer
surgir os fatos a
um nível
consciente
Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente
De acordo com Freud, o consciente é somente uma pequena parte da mente, incluindo tudo do
que estamos cientes num determinado momento. O interesse de Freud era muito maior com
relação às áreas da consciência menos expostas e exploradas, que ele denominava PréConsciente e Inconsciente.
O pré-consciente faz parte do consciente. É constituído por conteúdos que são inconscientes em
forma latente, mas que se tornam conscientes a través um esforço de recordação.
Inconsciente. A premissa inicial de Freud era de que há conexões entre todos os eventos
mentais e quando um pensamento ou sentimento parece não estar relacionado aos pensamentos
e sentimentos que o precedem, as conexões estariam no inconsciente. Uma vez que estes elos
inconscientes são descobertos, a aparente descontinuidade está resolvida. "Denominamos um
processo psíquico inconsciente, cuja existência somos obrigados a supor - devido a um motivo tal
que inferimos a partir de seus efeitos - mas do qual nada sabemos" (1933, livro 28, p. 90 na ed.
bras.).
No inconsciente estão elementos instintivos não acessíveis à consciência. Além disso, há também
material que foi excluído da consciência, censurado e reprimido. Este material não é esquecido
nem perdido mas não é permitido ser lembrado. O pensamento ou a memória ainda afetam a
consciência, mas apenas indiretamente.
O inconsciente, por sua vez, não é apático e inerte, havendo uma vivacidade e imediatismo em
seu material. Memórias muito antigas quando liberadas à consciência, podem mostrar que não
perderam nada de sua força emocional.
Conceitos muitos atraentes para os não psicólogos, como escritores, jornalistas, etc.
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Teorias Pós-Freudianas
Interessante em RH para entender os aspectos e efeitos multiculturais da globalização.
C. G. Jung – ele chamou sua teoria de PSICOLOGIA ANALÍTICA após tê-la nomeada de
Psicologia dos Complexos. Como Freud afirmava que o inconsciente influencia profundamente o
comportamento, acreditava que o inconsciente tinha duas formas; o INCONSCIENTE PESSOAL
(como Freud) e o INCONSCIENTE COLETIVO.
O inconsciente coletivo – herança psicológica que não provém da experiência pessoal, mas de
um patrimônio coletivo. Ele é formado de:
o
Arquétipos – memória ancestral que se manifesta geralmente na cultura, artes e literatura.
O inconsciente pessoal – consiste fundamentalmente de material reprimido e de complexos.
Uma das suas principais contribuições foi a descoberta das funções de Introversão e Extroversão.
A. ADLER: outro associado muito próximo de Freud. Acreditava que a motivação das pessoas
vinha da vontade de superar um SENTIMENTO DE INFERIORIDADE, comumente conhecido
como “complexo de inferioridade”, porém, quando este complexo fosse de grande força ele
impediria o desenvolvimento e crescimento positivo.
o
Criou a corrente psicológica conhecida como "Psicologia Individual"
o
Contribuiu com noções de saúde mental que é caracterizada pela razão, interesse social, e
autotranscendência, e de desordens mentais ocasionados por sentimentos de inferioridade
e preocupações egocêntricas com segurança e superioridade ou poder sobre os outros.
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Perspectiva comportamentalista (behaviorismo)
A maioria dos autores Norte Americanos, até os não psicólogos teóricos das teorias de liderança,
aderem a esta tendência.
Uma perspectiva teórica que enfatiza a investigação empírica, cientifica, e pretende que, como o
inconsciente não pode ser observado, não é um objetivo da ciência. Foi desenvolvida inspirandose grandemente do pensamento da reflexologia desenvolvido por Pavlov.
John Watson – desenvolveu a teoria do comportamento. É o psicólogo fundador da corrente
behaviorista que redefiniu a ciência do estudo dos comportamentos humanos e animais. Criticou
tanto o funcionalismo quanto o estruturalismo que considerava imprecisos e subjetivos.
B. F. Skinner – Sua visão do mundo implica em uma ciência de comportamento que estuda
regras que descrevem as relações de controle entre ambiente e comportamentos. Definiu duas
noções:
O Condicionamento Respondente, reflexo e involuntário. Estudou a influência do ambiente no
comportamento.
O Condicionamento Operante ou instrumental, o qual baseia-se na probabilidade de ocorrência
futura de uma resposta quando ela é seguida de um reforço (positivo - recompensa, negativo punição) que inclui todas as coisas que fazemos voluntariamente.
Acredita
que
a
personalidade
se
desenvolve
toda
ao
longo
da
vida.
Sua teoria adere as mais estritas leis científicas e suas leis de condicionamento podem ser
parangonadas a leis físicas como a da gravitação universal, etc.
Aprendizagem social e teorias cognitivas.
Teorias que constituem o “esqueleto” dos princípios da andragogia utilizada em T&D.
Teorias de aprendizagem: estudam as contingências ambientais que controlam o comportamento.
o
o
J. Dollard e N. Miller demonstraram que se pode aprender por imitação social e destacaram o
papel dos hábitos para explicar a personalidade.
W. Mischel pretende que tudo o que fazemos é um conjunto complexo de modelos que
aprendemos olhando nossos pais, amigos e até mesmo celebridades. Enfatizou a importância
da SITUAÇÃO no comportamento.
Teorias de aprendizagens sociais
A. Bandura aderiu aos princípios do condicionamento, mas adicionou outro tipo de aprendizagem
baseado na observação.
o
Determinismo recíproco: pessoas, situações e ambiente se influenciam mutuamente
o
Auto-eficácia: a tendência de acreditar que podemos ter bom êxito em uma determinada
situação.
Aprendemos não somente através da experiência direta, mas também observando o
comportamento de outras pessoas que funcionam como modelos, sendo que, temos tendência a
imitar os comportamentos que são recompensados e a inibir os comportamentos que têm como
conseqüência uma punição.
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Abordagem da situação/pessoa segundo W. Mischel.
o
Defensor da teoria da aprendizagem social
o
Sua principal contribuição foi destacar os FATORES SITUACIONAIS que determinam o
comportamento
o
Com suas pesquisas concluiu que as pessoas não demonstram comportamentos tão bem
definidos como pretendem outras teorias
Se perguntar até que ponto uma situação, ou sua interpretação, influencia o comportamento,
avaliando as teorias de aprendizagem social e cognitiva:
o
Esta abordagem é dominante na psicologia científica por ser compatível com o método de
investigação empírico.
o
Criticismo: aponta para a metáfora computacional da mente humana, omitindo
comportamentos criativos, emocionais e descreve vagamente alguns construtos cognitivos.
o
Essa abordagem encontra um grande sucesso em algumas áreas principalmente relacionadas
à educação e à psicoterapia.
Teorias humanísticas desenvolvidas nos anos 1950, em reação à visão negativista das teorias
psicodinâmicas (sexo e agressão) empíricas e mecânicas dos comportamentalistas.
C. Rogers e A. Maslow promoveram teorias holísticas da personalidade.
Rogers introduziu o construto do SELF.
O self é uma Gestalt organizada e consistente em um processo constante de formar-se e
reformar-se à medida que as situações mudam.
O self ideal é um conjunto de características que o indivíduo mais gostaria de poder reclamar
como descritivas de si mesmo.
A incongruência é o gap existente entre nosso conceito do self e nossa experiência atual.
Consiste na inabilidade de perceber com precisão com a incapacidade de comunicação.
o
O que acontece na vida pode ser às vezes contrário à nossas percepções de nós mesmos
o
Segundo Rogers nós todos temos um nível de incongruência, mas quando esse nível é muito
elevado isso pode nos trazer problemas de adaptação.
Sobre o aprendizado, Rogers acha que os seres humanos têm uma propensão natural para
aprender e classifica o aprendizado da seguinte forma:
•
Cognitivo – é sem sentido para quem aprende. Ex: criança decorando tabuada ou
aprendendo a calcular.
•
Experimental – Tem um sentido bem definido, o estudante aprende com o objetivo de
realizar uma tarefa especifica. Ex: preparar um bolo.
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11
A consideração
positiva condicional
desenvolvimento congruente de nosso self.
ou
incondicional
intervém
fortemente
no
A. Maslow foi um importante pesquisador norte americano e porta voz da psicologia do otimismo.
Ressaltou a importância da auto-realização.
Suas concepções humanistas terminaram por ser um dos fundamentos do controle integrado da
qualidade do gerenciamento empresarial.
A teoria de Maslow levanta alguns problemas
o
Difícil de ser verificada cientificamente
o
A principal contribuição é o foco no positivo.
o
A auto-realização é desejo individual de alcançar os limites do próprio potencial. Descobriu em
suas pesquisas que executivos saudáveis sempre se beneficiam do crescimento pessoal.
Crítica da abordagem humanística
o
Positiva: considera que à base dos comportamentos existem motivações positivas ou
negativas
o
Muito vaga na definição dos conceitos
o
Vários conceitos chave não podem ser testados experimentalmente
o
O que é exatamente a auto-realização? De onde vem?
o
Destaca principalmente o papel do Self e considera pouco o ambiente
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A hierarquia dos traços
Teoria que explicaria a consistências dos traços de personalidade ao longo do tempo e ilustra a
importância da seleção em RH, bem mais do que o T&D.
Segundo H.J. Eysenck a personalidade é constituída por uma série de traços correlatos.
o
A personalidade é uma hierarquia de traços
o
Os genes – inato – são preponderantes
o
Somos “condicionados” por nossa herança
o
Idéias desenvolvidas a partir de estudos de gêmeos – banco de dados muito limitado.
Suas conclusões afirmam que a genética influencia de 40 a 58% da personalidade.
Bibliografia básica para conhecer mais sobre:
Os testes de personalidade
•
Anastasi, A., Urbina, S. (1997). Psychological Testing (7th edition). Prentice Hall : New-York.
O Modelo do “Big Five”
•
•
•
Costa, P.T., & McCrae, R.R. (1997). Longitudinal stability in adult personality. In R. Hogan, J.
Johnson, & S. Briggs (Eds.), Handbook of personality psychology. San Diego: Academic
Press.
Saucier, G., Hampson, S.E., & Goldberg, L.R. (2000). Cross-language studies of lexical
personality factors. In S.E. Hampson (Ed.), Advances in personality psychology (Vol. 1).
Philadelphia: Taylor & Francis.
Wiggins, J.S. (Ed.) (1996). The Five-Factor Model of personality. New York: Guilford.
A Personalidade e a Performance
•
•
•
•
Barrick, M.R., Mount, M.K., & Strauss, J.P. (1993). Conscientiousness and performance of
sales representatives: Test of the mediating effects of goal-setting. Journal of Applied
Psychology, 78, 715-722.
Judge, T.A., & Ilies, R. (2002). Relationship of personality to performance motivation: A metaanalytic review. Journal of Applied Psychology, 87, 797-807.
Kanfer, R., & Ackerman, P.L. (2000). Individual differences in work motivation: Further
explorations of a trait framework. Applied Psychology: An International Review, 49, 470-482.
Murphy, K.R. & Dzieweczynski, J.L., 2005, ‘Why Don't Measures of Broad Dimensions of
Personality Perform Better As Predictors of Job Performance?’ Human Performance Vol. 18,
No. 4, Pages 343-357
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