Uso de corticoides e suas consequências Ana Carolina Vasconcelos Nunes, Carolina Sousa Barros de Moraes Trindade, Diego Mayer Viana Rocha, Iasmin Talita Ibiapina Sousa, Lucas Matos Oliveira, Renandro de Carvalho Reis, Tamilla Bezerra de Menezes Pinho Reis, João Victor Alves de Oliveira Introdução: Os glicocorticoides, também chamados de corticoides ou corticosteroides, são fármacos poderosos derivados do hormônio cortisol produzido pela glândula suprarrenal. Possuem ações difusas no metabolismo intermediário, afetando o metabolismo dos carboidratos e das proteínas, além de possuírem potente efeito regulatório sobre os mecanismos de defesa do organismo. O presente trabalho teve por objetivo enfatizar os principais efeitos colaterais do uso a curto e a longo prazo com altas dosagens, por meio de uma revisão bibliográfica. Materiais e Métodos: Selecionou-se artigos publicados entre 2000 e 2015, nas bases de dados SciELO, LILACS e LUME, além de dois livros sobre a temática, utilizando-se descritores e termos pertinentes. Resultados e Discussão: Nos dez artigos selecionados, constatou-se que os glicocorticoides possuem um amplo espectro de indicações terapêuticas, podendo ser utilizados de forma substitutiva em casos de insuficiência adrenocortical ou no diagnóstico de doenças como a Síndrome de Cushing. Como os corticoides têm ação sistêmica, seus efeitos colaterais produzem diversas complicações: oftálmicas, hematológicas, metabólicas, musculoesqueléticas, renais, cardiovasculares e no sistema nervoso central. A retirada dos corticoides depende de seus esquemas de uso. Quando a corticoterapia é breve, a suspensão do fármaco pode ser abrupta, não havendo ensaios clínicos que definam o período de segurança. A diminuição gradual e lenta se faz necessária em tratamentos prolongados para permitir a demorada recuperação de trofismo e funcionalidade da glândula adrenal e evitar sintomas da retirada. Conclusão: A corticoterapia tem importância fundamental na prática clínica. Entretanto, a retirada ou a suspensão inadequada após o tratamento prolongado e/ou com altas doses pode ocasionar vários problemas. A interrupção bem sucedida da corticoterapia seria aquela na qual haveria uma rápida transição de um estado de hipercortisolismo tissular para um de total deprivação dos corticosteroides exógenos sem recrudescimento da doença de base e sem o surgimento de insuficiência adrenal ou dependência do corticoide. A adequada orientação dos pacientes sobre a administração correta e quanto aos possíveis efeitos colaterais é, portanto, de extrema importância. _______________________________________________________________________________ Revista Brasileira de Biodiversidade e Biotecnologia GPI Cursos - Teresina-PI - CNPJ:14.378.615/0001-60 Registro: http://gpicursos.com/slab2015/Sistema/trabalho-pdf.php?id=246"