Mutação genética pode indicar aptidão esportiva

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Mutação genética pode indicar aptidão esportiva
Mutação genética pode indicar aptidão esportiva à pesquisa feita pelo Incor, em São
Paulo, identifica a mutação e revela se o atleta tem futuro promissor ou se tem alguma doença
cardíaca.
Uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto do Coração de São Paulo descobriu como
uma determinada mutação genética pode indicar se uma pessoa tem um futuro promissor
como atleta e mesmo se corre o risco de ter alguma doença cardíaca.
Eles enxergam em cada ponto muito mais do que as cores. “O que nós conseguimos,
até agora, que é um passo extremamente importante, é ter um gene que tem um significado
fisiológico”, diz Carlos Negrão, médico do Incor.
Durante quatro anos, o Dr. Rodrigo Dias analisou o DNA de 257 pessoas, entre 26 e 55
anos. Comprovou a existência de uma mutação genética que limita o fluxo sanguíneo e dificulta
a absorção de oxigênio. Em tese, quem tem o gene mutante tem menor capacidade física e
maior probabilidade de ter problemas cardíacos. Logo, terá dificuldade de ser um bom atleta de
esportes que exijam resistência, como maratona.
Na prática, a descoberta tem importante aplicação no campo da cardiologia e ainda
não no esporte. Mas o estudo, que foi publicado numa das revistas mais conceituadas no
mundo na área de genética, já é um passo importante da ciência que promete revolucionar o
mundo esportivo.
A descoberta aumenta a possibilidade de, em breve, se descobrir geneticamente o
talento de um futuro atleta. “Analisando todos os fatores genéticos e tudo quilo que temos
condições de avaliar dentro do clube, podemos mapear esse atleta e ver às vezes um atleta
com resultado inferior, mas com uma capacidade de desenvolvimento maior”, diz Alberto Silva,
técnico da seleção brasileira de natação.
Mais importante do que o aspecto seletivo, é a questão preventiva. Com o diagnóstico
precoce da mutação, o esporte pode ser usado como instrumento para evitar problemas
cardiovasculares futuros.
“A intenção é essa: utilizar isso para diagnosticar doenças e até mesmo aqueles
indivíduos com maior propensão a se destacar numa modalidade física”, fala Rodrigo Dias,
médico do Incor.
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