1 Uni ANHANGUERA – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS CURSO DE AGRONOMIA EFEITO DA SALINIDADE NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ARROZ (Oryza sativa L.) DÉBORA GONÇALVES PEREIRA GOIÂNIA Outubro/2013 2 DÉBORA GONÇALVES PEREIRA EFEITO DA SALINIDADE NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ARROZ (Oryza sativa L.) Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso deAgronomia do Centro Universitário de Goiás, UniANHANGUERA, sob orientação do Ms.Marciana Cristina daSilva, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel emAgronomia. GOIÂNIA Outubro/2013 3 4 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, grande arquiteto da Vida, aos meus pais Raimundo Pereira Sousa e Sônia Maria Pereira Rodrigues, vó Maria Gonçalves Araújo, tia, amiga e disciplinadora Joana Pereira Sousa, prima Zilmara Gomes Leite e seu marido Julio Pereira Gomes que não mediram esforços para me ajudar a chegar aconclusão deste trabalho. Ao longo dessa caminhada em busca do conhecimento agradeço a Deus pela oportunidade de conhecer Doutores e Doutoras do conhecimento, que me transmitiram um pouco do seu conhecimento técnico. Em especial Luciana Domingues Bittencourt Semensato, Alzirene Ferreira, de Leandra Vasconcelos Regina Milhomem eMarciana Cristina da Silva, que me guiaram em diversos momentos com o conhecimento adequado e até mesmo com conselhos que contribuíram para que hoje eu concluísse mais uma etapa da minha jornada. A busca pelo sabertrouxe consigo amigos que terei prazer em guardar em meu coração. Para tanto devo a Lucyelle Vazmeu eterno agradecimento pelo companheirismo e sinceridade, fossem em épocas boas ou difíceis, você estava lá para me apoiar e incentivar a seguir em frente. Este trabalho é resultado de anos de busca e dedicação em busca do saber para conhecer. 5 “A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento.” Platão 6 RESUMO Algumas áreas são abandonadas devido a salinização que torna inviável a produção de alimentos. É necessário fazer estudos técnicos visando o controle, recuperação de áreas degradadas pela salinização e/ouencontrar cultivares tolerantes aos sais para melhoramento das mesmas.A alta concentração de sais no solo prejudica o rendimento econômico das cultivares de arroz (Oryza sativa L.).Objetivou-se por meio do presente trabalho avaliar o comportamento de sementes de arroz (Oryza sativa L.) quandosubmetidas àdiferentes níveis de salinidade. Parao experimento as sementes de arroz (Oryza sativa L.), foram submetidas a diferentesníveis de salinidade, medidas pelos níveis de condutividade elétrica obtidas da dissolução de cloreto de sódio em água destilada, obtendo as condutividades elétricas de 20,31mS/cm a 25º, 33,21 mS/cm a 25º e 0 mS/cm a 25º respectivamente. O estresse salino reduziu linearmente o desenvolvimentoradicular médio das plântulas de arroz.De modo geral, para cada 1mS/cm a 25° adicionado, o crescimento radicular diminui 0,0916 cm. PALAVRAS-CHAVE: Salinização, Variabilidade Genética, Qualidade Fisiológica, Estresse Salino. 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 08 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 09 2.1 Características da cultura do Arroz 09 2.2 Importância econômica 11 2.3 Salinização 12 2.4 Germinação 13 2.5 Relações Água/Semente 14 2.6 Efeitos da salinização na planta 15 2.6.1 Fisiologia do estresse salino em plantas 16 3 MATERIAL E MÉTODOS 17 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 19 5 CONCLUSÃO 24 REFERÊNCIAS 25 8 1. INTRODUÇÃO O arroz é importante fonte de nutrientes necessários ao ser humano. É cultivado em todos os estados brasileiros sob diferentes condições de clima, solo e técnicas de manejo. No ranking de produção mundial o Brasil ocupa o nono lugar, sendo a China, Índia e Indonésia os lideres desse mercado. Segundo o Agrianual(2013), a área colhida mundial foi de 160.018 mil hectares em 2012/2013 e a produção foi de 693.467 mil toneladasmétricas. Tanto a área colhida quanto a produção aumentaram, sendo também visível o aumento da demanda que para ser suprida é necessário recorrer a importação do arroz. Énecessário investir em tecnologias que melhorem os índices de produtividade do arroz para suprir pelo menos a demanda interna. Fatores que influenciam um bom desenvolvimento da cultivar no camposão as condições climáticas e edáficas do ambiente que interferem no processo fisiológico da planta, resultando numa maior e melhor produtividade ou menor e inadequada produção. Fatores como o estresse hídrico ou solos salinos podem limitar a germinação e o desenvolvimento de diversasespécies em diferentes regiões e, a adaptação às condições de estresse resulta em eventos integrados que ocorrem em vários níveis, envolvendo alterações morfológicas, anatômicas, celulares, bioquímicas e moleculares (Nogueira et al., 2005). A salinidade é um problema que atinge cerca de 45 milhões (19,5%) dos 230 milhões de hectares de área irrigada do globo terrestre. O excesso de sais limita severamente a produção agrícola principalmente nas regiões áridas e semiáridas, onde cerca de 25% da área irrigada encontra-se salinizada (FAO,2000) O agronegócio brasileiro tem pela frente um duplo desafio: terá de continuar aumentando a produção sem perder a competividade nos mercados mundiais. Só assim poderá manter a significativa contribuição que tem dado para o abastecimento mundial (FERRAZ; TRANQUILINI, 2013). Este trabalho teve como objetivo específico avaliar os efeitos deletérios do NaCl na germinação das cultivares de arroz (Oryza sativa L.) Tropical, Pampa, Sertaneja e Esmeralda, seja pela irrigação ou excesso de adubação na germinação de cultivares de arroz . 9 2REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1Características da cultura do arroz O gênero Oryzapossui duas espécies cultivadas, Oryza sativa, cultivada no mundo todo eO. glaberrima, cultivada em alguns países da África Ocidental, e mais de 20 espécies silvestres, distribuídas nas regiões tropical e subtropicalOryza sativa L. é uma gramínea aquática cuja origem em estado silvestre parece encontra-se no sudoeste da Ásia, mais especificamente no sul da Índia, de onde se difundiu pela China e pelo resto da Ásia (FORNASIERI FILHO; FORNASIERI, 2006) .O Arroz é, pois, um dos alimentos mais antigos produzidospelo homem, sendo impossível determinar, com exatidão, a época em que este começou a cultivá-lo(FORNASIERI FILHO; FORNASIERI, 2006). São considerados no Brasil dois grandes ecossistemas para a cultura do arroz,o várzeas, irrigado por inundação controlada, e o terras altas, englobando o de sequeiro e com irrigação suplementar por aspersão(EMBRAPA, 2006) . O grande contraste entre os dois ecossistemas, várzeas e terras altas, em que se cultiva arroz no Brasil, tem ocasionado variaçõesnas características da planta, conferindo adaptações às cultivares. (EMBRAPA, 2006). Entretanto os processos fisiológicos do arroz não diferemdeum ambiente para outro. As etapas de crescimento e desenvolvimento da planta do arroz são facilmente identificáveis por assinalaremmudançasmorfofisiológicas de extrema importância na vida da planta (FORNASIERI FILHO; FORNASIERI, 2006), estas três fases são: vegetativa, reprodutiva e maturação como demonstra a figura 1. Figura 1. Estados fenológicos da cultura do arroz. Fonte: Agrolink 10 O arroz é plantado em praticamente todos os estados do país, em latitudes que variam desde5º Norte até 33º Sul, sendo uma das culturas mais afetadas por condições climáticas adversas (EMBRAPA, 2006). O crescimento e o desenvolvimento da planta de arroz tem relação direta com a radiação solar e com as temperaturas do ar, do solo e da água (EMBRAPA, 2008). O arroz é,na sua origem planta de dias curtos comfotoperíodo ótimo entre 9 e 10 horas. Exige diferentes temperaturas em cada uma das suas fases. A deficiência hídrica é a principal responsável pela baixa produtividade e instabilidade de produção do arroz de terras altas (EMBRAPA, 2006). Além dessas limitações, a disponibilidade de águapara as plantas pode se ainda mais prejudicada em função do uso de métodos inadequados de preparo do solo (EMBRAPA, 2006). O uso de métodosinadequados como adubação excessiva e/ou uso de água impropria para irrigação podem ocasionar a salinização do solo que causa indisponibilidade de água para a planta. Dentro dasfases da planta dois picos de sensibilidade são evidenciados: o primeiro ocorre durante a meiose das células reprodutivas, quando o déficit hídrico causa esterilidade do pólen; e o segundo pico ocorre durante o florescimento, quando pode ocorrer perda de fertilidade do pólen, morte de espiguetas ou abortodos óvulos recém-fecundados (EMBRAPA, 2006). 2.2Importância econômica Cultiva-se arroznos cinco continentes, tanto em regiões tropicais como temperadas. Cerca de 90% da produção mundial está concentrada na Ásia.O arroz, considerado um dos alimentos com melhor balanceamento nutricional, fornecendo 20% daenergiae 15% da proteína ao homem, é uma cultura que apresenta ampla adaptabilidade a diferentes condições de solo e clima, sendo a espécie com maior potencial de aumento de produção e, possivelmente, de combate à fome no mundo (EMBRAPA, 2006). Depois da soja e do milho, o arroz é um produto de grande importância econômica e social por ser importante fonte de alimento sendo o arroz um dos elementos de base da segurança alimentar. Somentealguns segmentos da cadeia produtiva tem discutido as ultimas mudanças tecnológicas na produção de arroz. As politicas negligenciam a produção de produtos básicos em detrimento dos produtos agrícolas com maior possibilidade de exportação (VILLAR, et al. , 2005). 11 Questões de mercado, como lucro e estoques, são subestimadas. As dificuldades que surgem simplesmente são transferidas para o governo. E este não encara o problema real. Procura resolver a questão conjuntural, mas não aponta uma saída efetiva, que modifique a estrutura do negócio do arroz. Resume sua ação a absorver as perdas, e adia a solução, tornando crônico o problema (BARBOSA, 2013). A formação dos preços internacionais do arroz tem uma estreita correlação com a produção dos países asiáticos, que, em anos de produção deficitária, importam arroz e, em anos de excedentes, tornam-se oferecedores (EMBRAPA, 2006). Analisando a produção de arroz no Brasil pesquisas apontam que houve mudanças na matriz de produção. Segundo (EMBRAPA, 2006),houve um crescimento de cerca de 18%. Nesta mudança, alguns estados aumentaram a produção e outros reduziram. Observa-se a concentração da área cultivada no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso. No Pará nota-se o aumento das áreas no este do estado, no chamado arco do desmatamento. Observa-se ainda a redução da produção nos Estados de Goiás, Minas Gerais e Bahia (EMBRAPA, 2006).Na safra 2011/12, o Rio Grande do Sul concentrou 43,4% da área plantada com arroz no País e colheu 66,7% do total nacional. Foram 7,7 milhões de toneladas frente a uma produção total de 11,6 milhões (BARBOSA, 2013). No cultivo de arroz irrigado ocorre uma pequena variação de sistemas produtivos, que utilizam modernas técnicas de produção, permitindo elevada produtividade e grãos com características mais uniformes e de melhor aceitação no mercado (VILLAR, et al., 2005) O arroz irrigado sozinho não tem sido capaz de abastecer o mercado interno, mesmo se a tendência do consumo per capita continuar diminuindo. Portanto a inserção definitiva do arroz de terras altas é interessante para garantir o abastecimento internosem a necessidade de aumentar as importações (VILLAR, et al., 2005). 2.3 Salinização Salinização é o acumulo de sais no solo. Quando a concentração de sais se eleva ao ponto de prejudicar o rendimento econômico das culturas, diz-se que tal solo está salinizado (CODEVASF, 2010).Os solos salinos frequentemente são associados a concentrações elevadas de NaCl embora, em algumas áreas, Ca2+, Mg2+ e SO- 4 também sejam presentes em concentrações altas nesses solos (EPSTEIN; BLOOM, 2005). 12 Verifica-seque , quando a salinidade aumenta, a adubação baixa o rendimento por aumentar a pressão osmótica na solução externa à raiz. Isso dificulta a absorção de água e nutrientes (PRIMAVESI, 2002). Estima-se que de 20% a 30% das áreas irrigadas em regiões áridas necessitam de drenagem subterrânea para manter sua produtividade, sendo a irrigação e a drenagem ações afins. Estimativas da FAO informam que, dos 250 milhões de hectares irrigados no mundo aproximadamente, 50% já apresentam problemas de salinização e de saturação do solo e que 10 milhões de ha são abandonados, anualmente, em virtude desses problemas (CODEVASF, 2010). Uma agricultura moderna exige o uso de fertilizantes e corretivos em quantidade adequada, a fim de atender a critérios racionais que permitam conciliar o resultado econômico positivo com a preservação dos recursos naturais do solo e do ambiente e com a expressão máxima do potencial produtivo das culturas (FAGERIA, 1984). 2.4 Germinação Germinação é o fenômeno pelo qual,sob condições apropriadas, o eixo embrionário dá prosseguimento ao seu desenvolvimento, que tinha sido interrompido, nas sementes ortodoxas, por ocasião da maturidade fisiológica (CARVALHO; NAKAGAWA, 2012). Na produção agrícola, a germinação das sementes é a etapa fundamental, pois dela depende o estabelecimento das culturas. A ocorrência de uma quantidade excessiva de sais no substrato acarreta a diminuição do potencial osmótico do solo (PRISCO, 1978). A germinação pode ser simplificada em processos iniciais como: embebição da semente e ativação do metabolismo, seguido do rompimento do tegumento, da emissão da radícula e do crescimento da plântula. A fase inicial é principalmente uma função da absorção de água, enquanto a segunda é dependente da mobilização de reservas da semente (PRISCO, 1981). O processo de germinação consome energia. As atividades metabólicas da semente e que culminam com a efetiva retomada de crescimento pelo eixo embrionário se aceleram à medida que a semente, posta no substrato apropriado, absorve água (CARVALHO; NAKAGAWA, 2012). As sementes germinam quando as condições para o crescimento são favoráveis e elas não apresentam algum tipo de dormência. Obviamente a primeira exigência para a germinação é a água (FERREIRA; BORGHETTI,2004). 13 A retomada do metabolismo na semente depende do aumento da hidratação dos tecidos. A deficiência de água durante o desenvolvimento da semente pode afetar sua germinação (KERBAUY, 2008). Da absorção de água resulta a reidratação dos tecidos, com a consequente intensificação da respiração e de todas as outras atividades metabólicas, que culminam com o fornecimento de energia por parte do eixo embrionário (CARVALHO; NAKAGAWA, 2012). A água desempenha diversos papeis importantes no desenvolvimento da planta, tais como aumento de volume da semente e rompimento da casca. Para Taiz; Zeiger(2013) de todos recursos de que as plantas necessitam para crescer e funcionar, a água é o mais abundante e ainda , frequentemente o mais limitante.A disponibilidade de água, da mesma forma limita a produtividade de ecossistemas naturais, levando a diferenças marcantes no tipo de vegetação que se desenvolve ao longo de gradientes de precipitação. Em condições salinas ocorre redução na disponibilidade de água, devido ao decréscimo no componente osmótico do potencial hídrico do solo (TESTER; DAVENPORT, 2003). 2.5 Relações Água/Semente A água apresenta propriedades físicas que a caracterizam como solvente biológico ideal, constituindo o principal componente dos tecidos vivos e o requisito essencial para a existência da vida (MARCOS FILHO, 2005). A planta não necessita somente de água disponível no solo. Também deve ter a possibilidade de absorver está água (PRIMAVESI, 2002). A água representa pelo menos 70% do peso do protoplasma de células metabolicamente ativas. Tanto a organização da estrutura celular como a cadeia de processos bioquímicos anabólicos e catabólicos dependem da presença e da atuação de água (MARCOS FILHO, 2005). Dependendo do grau de salinidade, a planta, em vez de absorver, poderá até perder a água que se encontra no seu interior. Esta ação é denominada plasmólise e ocorre quando uma solução altamente concentrada é posta em contato com a célula vegetal (GHEYI; DIAS; LACERDA, 2010). A redução de água, provoca diminuição da taxa de difusão de solutos para regiões de marcante metabolismo de desenvolvimento, onde se verifica a atividade enzimática mais intensa (MARCOS FILHO, 2005). 14 O sistema de membranas é constituído em sua maior parte por água. Portanto a qualidade do mesmo é fundamental para a vitalidade das sementes. Para Priestley, (1986) a desorganização das membranas verificada durante a desidratação, pode comprometer o desempenho das sementes. 2.6 Efeitos da salinização na planta. A planta é afetada durante todas as fases no que diz respeito aos efeitos marginais da salinização. No entanto, o primeiro contato entre o ambiente salino e as plântulas tem início durante o crescimento do eixo embrionário da semente. Por isso, o processo germinativo constitui-se na fase mais importante para a avaliação do comportamento de determinada cultura à salinidade (LAUCHI; EPSTEIN, 1984). A tolerância salina varia com a espécie, sendo o arroz classificado como moderadamente sensível (LOOMIS; CONNOR, 1992). O germoplasma do arroz possui uma variabilidade genética para tolerância ao sal, mas o nível de tolerância não é muito alto (MACHADO; TERRES, 1997). Os efeitos da salinização sobre as plantas podem ser causados pelas dificuldades de absorção de água, toxicidade de íons específicos e pela interferência dos sais nos processos fisiológicos (efeitos indiretos) reduzindo o crescimento e o desenvolvimento das plantas (GHEYI; DIAS; LACERDA, 2010). Os efeitos adversos da salinidade no crescimento e desenvolvimento vegetal são complexos e podem resultar de uma combinação de fatores de natureza nutricional, tóxica e osmótica (LEVITT, 1972; GREENWAY; MUNNS, 1980). Para Gheyi; Dias e Lacerda, (2010)o efeito da salinidade manifesta-se por severas reduções do crescimento e distúrbio na permeabilidade da membrana, atividade de troca hídrica, condutância estomática, fotossíntese e equilíbrio iônico. De acordo comos estudos de Pinheiro (1989), na fase reprodutiva da cultura a inibição da emissão das panículas é um sintoma característico de deficiência hídrica, resultando em panículas mal expostas, ou mesmo não emitida. Fora da célula, as concentrações salinas elevadas podem resultar em estresse osmótico. Uma vez no citosol, entretanto, certos íons atuam especificamente, isoladamente ou combinados, perturbando o status nutricional da planta (TAIZ; ZEIGER, 2013). A influência nociva dos sais na agricultura apesar de se refletir diretamente na produção das culturas se manifesta primeiramente na germinação. O excesso de sais aumenta 15 o potencial hídrico do meio dificultando a absorção de água pela semente (SARIN; NARAYANAN, 1968). Os componentes do rendimento diminuem gradativamente com o aumento da concentração de NaCl (SCHAUN HARTER, 2013). A noção de sensibilidade e tolerância das plantas à salinidade, principalmente ao cloreto de sódio, é de importância agronômica, uma vez que o íon sódio é um elemento essencial ao crescimento de algumas plantas e o aumento de sua concentração pode inibir o crescimento das plântulas (PEREZ ; MORAES, 1994). Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a germinação de sementes e o crescimento inicial de sementes de arroz submetidas a soluções salinas de diferentes condutividades elétricas (CE), simulando estresse salino, por meio do agenteindutorcloreto de sódio (NaCl). 2.6.1 Fisiologia do estresse salino em plantas A maioria dos cientistas acredita que a solução de grande parte dos problemas da salinização depende da compreensão do que acontece com a Fisiologia e Bioquímica das Plantas cultivadas sob essas condições (GHEYI; DIAS; LACERDA, 2010). A água é um componente essencial para a agricultura, porque afeta diretamente o crescimento, o desenvolvimento e a produção das culturas (DURÃES; ALBUQUERQUE, 2008). O aumento da concentração de solutos nas raízes, especialmente os iônicos, pode provocar uma redução da permeabilidade do sistema radicular à água, ou seja, redução na condutividade hidráulica das raízes (O’ LEARY, 1980 apud GHEYI; DIAS; LACERDA, 2010). Em concentrações altas, os íons inibem fortemente muitas reações metabólicas e afetam a estrutura e permeabilidade da membrana plasmática alterando suas propriedades e funções (MARCONDES; GARCIA,2009). Essas alterações refletem no balanço hídrico e nutricional da planta e provocam mudanças no metabolismo, no balanço hormonal, nas trocas gasosas e na produção de EROs (GHEYI; DIAS; LACERDA, 2010). Resumidamente pode-sedizer que através da percepção do sinal do estresse até a aclimatação das plantas à salinidade ocorre algumas etapas como mostra o fluxograma da figura 2. 16 Figura 2. Proposta para a sequência de mudanças fisiológicas e bioquímicas que ocorrem quando plantas são submetidas a estresse salino. FONTE: GHEYI, DIAS, LACERDA,2010. As raízes da planta percebem os dois componentes da salinidade: o osmótico e o iônico, sendo o local de percepção mais provável a membrana plasmática. Como resultado da percepção desses componentes, produz-se um ou mais mensageiros secundários que iniciarão o processo de transdução do sinal. Na parte final dessa sequência observa-se a homeostase e a desintoxicação (GHEYI; DIAS; LACERDA, 2010). 17 2. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi desenvolvido no Laboratório de Sementes do Centro Universitário de Goiás Uni ANHANGUERA. Neste trabalho foram utilizadas sementes de arrozdas cultivares Esmeralda, Pampa, Tropical e Sertaneja, provenientes da Embrapa- Arroz e Feijão. Todas as sementes foram produzidas no estado de Goiás. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualisado, no esquema fatorial 4 x 3, constituído pelas quatro cultivares de arroz e dois níveis de salinidade em termos de condutividade elétrica de 20,31 mS/cm a 25º, 33,21 mS/cm a 25º e 0 mS/cm a 25º, com três repetições. Os níveis de salinidade utilizado no experimento foram obtidos a partir de diluições de solução de NaCl, sendo o nível zero representado pela água destilada e considerado como testemunha. As sementes, em número de dez por tratamento, foram colocadas em placas de Petri (9 cm de diâmetro) sobre dois discos de papel de filtro umedecidos com 4 ml de cada solução (proporção 2,5 o peso do papel: 1,0 de solução ou água). Antes de expor as sementes ás soluções tratamento, foi realizado a pré-germinação. A pré-germinação é a preparação das sementes para a semeadura em solos inundados e consiste da antecipação do processo natural de germinação (FRANZIN, 2012). Foi realizada a embebição, onde as sementes foram emersas em água por 48 horas, dando início ao processo de germinação. Nessa fase ocorre rápida absorção de água, aumento da atividade respiratória e maior produção de energia. Posteriormente foi feita a incubação na qual há a finalização da produção de raiz. As sementes são consideradas pré-germinadas, pelos agricultores, quando apresentam a raiz primária com mais ou menos 2 mm de comprimento, quando houve o rompimento da casca, sendo considerado um indicativo de que a semente está apta para semeadura (FRANZIN, 2012). Em seguida, as placas foram acondicionadas em câmara de germinação com temperatura regulada a 27ºC e fotoperíodo de 8 e 16 horas de luz e de escuro, respectivamente, durante 48 horas. A avaliação do percentual de germinação foi feita anotando-se o número de plântulas que apresentavam crescimento da radícula igual ou superior a 0,5 cm. Os dados experimentais foram submetidos à análise de variância por meio do software estatístico R® versão 3.01, utilizando a funçãolm. Posteriormente, para efeito de 18 comparação de médias, empregou-se o Teste de Tukey (5%) utilizando-se a função HSD.test do pacote estatístico agricolae. A fim de se verificar o desenvolvimento radicular médio em função da salinidade da água foi realizado um gráfico de dispersão com auxílio das funções gráficas do programa Excel ( Microsoft Office 2010®). 19 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO A análise de variância mostrou diferença significativa entre os tratamentos.Observando a Tabela 1 verifica-se que houve diferença significativa (p<0,001) entre as cultivares quanto ao desenvolvimento radicular na concentração salina 1ml, 2ml e 0ml de NaCl resultando em condutividade elétrica de 20,31 mS/cm a 25º, 33,21 mS/cm a 25º e 0 mS/cm a 25º respectivamente. O coeficiente de variação foi adequado (mostra a precisão do experimento, normalmente < 20% é bom). Tabela 1. Análise de variância das cultivares quando submetidas ao estresse salino de 0mS/cm a 25º FV Cultivares Resíduos Total CV GL 3 8 11 SQ 63.529 2.893 66.422 14,40% QM 21.1764 0.3617 F 58.552 p-valor 8.704e-06 *** ***0.001,** 0.01, *0.05 ens não significativo As plântulas de arroz quando submetidas ao estresse salino de 20,31 mS/cna 25º apresentaram diferença altamente significativa (p<0,001)quanto ao desenvolvimento radicular, resultado esse representado na Tabela 2. Tabela 2. Análise de variância das cultivares quando submetidas ao estresse salino de 20,31 mS/cm a 25º FV Cultivares Resíduos Total CV GL 3 8 11 SQ 11.4625 0.1267 11.5892 7,21% QM 3.8208 0.0158 F 241.32 p-valor 3.497e-08 *** ***0.001,** 0.01, *0.05 ens não significativo Em comparação ao nível salino zero, houve uma redução de comprimento das radículas que foi visível tanto de forma qualitativa quanto quantitativa. Qualitativa quando a aspectos morfológicos e quantitativos quanto ao numero de sementes de arroz germinadas e o tamanho de radícula emitida. As plântulas desenvolveram-se muito lentamente após imersão em solução salina e apresentaram os ápices amareladas. Esse resultado fenótipo nas plântulas está relacionada a adsorção de íons de cloreto e sódio. O primeiro sintoma deste íon, evidenciado pelas plantas, 20 é a queimadura do ápice das folhas que, em estágios avançados, atinge as bordas e promove sua queda prematura (GHEYI; DIAS; LACERDA, 2010). Com o estresse salino as posições de maior desenvolvimento radicular foram invertidas. A cultivar Pampa que possuía o melhor comprimento radicular na situação ótima, com o estresse salino de 20,31 mS/cm a 25º passou a ter o pior desempenho em crescimento radicular. Em termos de porcentagem, a redução radicular com este nível de estresse foi de 7,80%, 35,27%, 3,87%, 94,62% para as cultivares Tropical, Sertaneja, Esmeralda e Pampa, respectivamente. Possivelmente por ser uma cultivar de arroz irrigado deve estar adaptada a condições ótimas de cultivo de modo que quando cultivada em condições de estresse salino pode reduzir consideravelmente sua produção. Quando submetidas ao estresse salino elevado (33,21 mS/cm a 25º ) as cultivares mostraram diferença significativa (p<0,001) quanto ao nível de tolerância (Tabela 3). Tabela 3. Análise de variância das cultivares quando submetidas ao estresse salino de 33,21 mS/cna 25º FV Cultivares Resíduos Total CV GL 3 8 11 SQ 2.4025 0.1800 11.5892 12,24% QM 0.80083 0.02250 F 35.593 p-valor 5.644e-05 *** **0.001,** 0.01, *0.05 ens não significativo Por meio do Teste de Tukey (5%) verifica-se que o desenvolvimento radicular foi diferente para as quatro cultivares. Neste caso observou-se que a cultivar Pampa foi a única que diferiu significativamente o crescimento radicular das demais (Tabela 4). É interessante notar que quando esta mesma cultivar foi submetida a um estresse intermediário ela teve o pior desempenho em relação as demais e neste caso, onde o estresse foi elevado, seu desempenho foi superior a das demais. Isto se deve ao fato deque a percepção e transdução do sinal do estresse salino ocorre somente após determinado excesso de sais que entram em contato com a membrana da célula onde supõe-se que existam receptores que detectam o componente osmótico e o componente iônico. Após a percepção e transdução ocorre mudanças metabólicas com a resposta sendo esta positiva quando a planta se mostra tolerante ou negativa quando a planta não consegue obter o equilíbrio das relações hídricas. O desempenho da cultivar Pampa quanto aos diferentes níveis de salinização pode está ligado a transdução do sinal iônico que ocorre de forma organizada como mostra a figura 3. 21 Figura 3. Estresse salino e a via de sinalização SOS. Fonte: GHEYI; DIAS; LACERDA, 2010. As cultivares Tropical, Sertaneja, Esmeralda tiveram a redução de 37%, 70%, 77%, respectivamente. O Teste de Tukey (5%) permitiu classificar as cultivares em três grupos quanto ao desenvolvimento radicular quando submetidas a 0mS/cm a 25º. Verifica-se que em média as cultivares Pampa e Esmeralda possuem o melhor e o pior desenvolvimento radicular, respectivamente nesta solução. Sendo classificados em quatro grupos quando 22 submetidos a solução de 20,31 mS/cm a 25º e dois grupos quando expostas a solução 33,21 mS/cm a 25º. Tabela 4 . Teste de Tukeypara diferença de médias de cultivares cultivados ao nível de salinidade de 0 mS/cm a 25º , 20,31 mS/cm a 25º e 33,21 mS/cm a 25º. Cultivares Pampa Sertaneja Tropical Esmeralda 0mS/cm a 25º Médias 8.00 a 3.60 b 3.23 bc 1.86 c 20,31 mS/cm a 25º Cultivares Médias Tropical 2.97 a Sertaneja 2.33 b Esmeralda 1.23 c Pampa 0.43 d 33,21 mS/cm a 25º Cultivares Médias Pampa 1.97 a Esmeralda 1.17 b Tropical 0.96 b Sertaneja 0.80 b *Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade Considerando-se o desenvolvimento radicular das cultivares nos três ambientes simultaneamente (Tabela 5) verifica-se que este foi altamente significativo (p<0,001), ou seja, variável nas condições de estresse estudadas. Os três níveis de estresse salino, como esperado, variaram significativamente (p<0,001) permitindo então discriminar as cultivares quanto a maior ou a menor tolerância. Tabela 5. Análise conjuntapara diferença de médias de cultivares cultivadosao nível de salinidade de 0 mS/cm a 25º , 20,31 mS/cm a 25º e 33,21 mS/cm a 25º FV Cultivares CE Cultivares*CE Resíduos Total CV GL 3 2 6 24 35 SQ 58.196 30.730 46.731 3.193 QM 29.0978 10.2432 7.7885 0.1331 F 218.689 76.985 58.536 p-valor 3.925e-16 *** 1.864e-12 *** 3.779e-13 *** Entre as espécies sensíveis ao estresse salino, o efeito da salinidade manifesta-se por severas reduções do crescimento e distúrbio na permeabilidade da membrana, atividade de troca hídrica, condutância estomática, fotossíntese e equilíbrio iônico (SHANNON & GRIEVE, 1999; NAVARRO et al., 2003; CABANERO et. al., 2004 apud GHEYI; DIAS; LACERDA, 2010). A interação entre cultivares e níveis de estresse também foi altamente significativa (p<0,001). Este fato é importantepois evidencia que uma cultivar com melhor desenvolvimento radicular em um nível de estresse salino pode não ser a que possui o maior 23 comprimento de raiz em outro nível. Em termos práticos, esta condição dificulta o trabalho de um programa de melhoramento para este caráter já que dada a interação complexa dificilmente se encontrará genótipos que possuam ampla estabilidade sob as diferentes condições (níveis) deste estresse. Afim de ilustrar a redução do desenvolvimento radicular médio foi elaborado um gráfico de dispersão das médias radiculares das quatro cultivares nas três situações de estresse estudada (Figura 4). Figura 4. Desenvolvimento radicular médio em função da salinidade da água (CE). O gráfico acima aponta que o estresse salino reduziu linearmente o desenvolvimento radicular médio das plântulas de arroz. De modo geral, para cada 1mS/cm a 25° adicionado, o crescimento radicular diminui 0,0916 cm. Resultados obtidos na região de Goiânia- GO, caracterizam bem a influência da deficiência hídrica na fase reprodutiva do arroz de terras altas (EMBRAPA, 2006). 24 4. CONCLUSÃO O estresse salino provocou uma redução significativa no desenvolvimento radicular de plântulas de arroz. Tanto cultivares adaptadas ao sistema irrigado quanto ao sistema de terras altas sofreram redução de desenvolvimento de radícula. Por meio deste estudo foi possível verificar que apesar do estresse salino provocar redução no desenvolvimento radicular existe variabilidade genética para este caráter de modo que os agricultores que possuem este problema em sua área podem escolher variedades que são melhores adaptadas. 25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBUQUERQUE, P. E. ; DURÃES, F. O. M.. Uso e Manejo de Irrigação. EMBRAPA Informação tecnológica. Brasília, DF. 2008 BARBOSA, J. N. T. B.; FERRAZ, J. V.; TRANQUILINI, A.. Agrianual. Anuário daAgricultura Brasileira. Informa economics. FNP. SouthAmerica. Jaboticabal: Funep, 2012. CARVALHO,N. M.; NAKAGAWA, J..Sementes: ciência, tecnologia e produção. 5. Ed. CODEVASF.Salinização do solo.Disponível em: <>http://www.codevasf.gov.br >. 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