UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO Programa de Pós – Graduação em Agronomia Melhoramento genético de plantas Disciplina: Seminários II Discente: João Filipi Rodrigues Guimarães Aspectos gerais e estudos de bases genéticas da cultura do arroz Vários estudiosos indicam o sudeste da Ásia como sendo o local de origem do arroz. A Índia é uma das regiões de grande diversidade desse cereal e onde existem um expressivo número de variedades locais. Mianmar, também têm sido considerado como centro de origem dessa espécie. O arroz atualmente é o segundo cereal mais cultivado no mundo, ocupando uma área aproximada de 148 milhões de hectares. O maior produtor mundial é China com uma produção anual de arroz, superior a 193 toneladas. No Brasil, a área total cultivada com arroz é de aproximadamente 2,9 milhões de ha, desse total 49% refere-se a áreas plantadas em sistema de cultivo em sequeiro, 50% irrigado e 1% em várzeas, com uma produção somada de 12,06 milhões de toneladas, estando o Brasil em 9º lugar entre os maiores produtores mundiais de arroz. O arroz é classificado como pertencente à Divisão Angiosperma, tribo Oryzae, ordem Poales, família Poaceae (Gramineae), subfamília Oryzeae, gênero Oryza. O número básico de cromossomos do gênero Oryza é 12, no entanto, existem várias espécies poliplóides com 2n=48. Na maioria das vezes o programa de melhoramento genético se fundamentaliza no desenvolvimento de genótipos mais produtivos, sendo estes resistentes a fatores bióticos e abióticos e, desta forma, aumentar a produção. O processo de domesticação de uma planta implica na seleção de características importantes para a sobrevivência da população nas condições em que está sendo trabalhada. Isto induz ao chamado “ efeito de afunilamento” das bases genéticas, ou seja, a partir de um “background” genético bastante rico, alguns grupos de genes de interesse vão sendo sustentados na população e outros extinguidos. Os programas clássicos de melhoramento genético de arroz empregam métodos que potencializam a endogamia. No processo habitual, o acréscimo da endogamia pelo progresso das gerações segregantes por meio de autofecundações induz a uma diminuição acentuada nas possibilidades de recombinação favoráveis. Dessa forma o uso limitado de genitores em programas de melhoramento de arroz ocasiona uma restrição da heterogeneidade genética e a diminuição das alternativas de ganhos acrescentais na seleção. O não uso de variedades crioulas cultivadas em favor do uso de cultivares largamente adaptadas é a causa principal da erosão de recursos genéticos. Dessa forma a utilização de coeficientes de parentesco como alternativa para obtenção de medida de dissimilaridade talvez seja a opção mais fácil e barata para se obter a dissimilaridade entre um grupo de genótipos desde que haja informações inerentes a sua genealogia. Alguns autores sugerem como alternativa ampliar a base genética do arroz, utilizando parentais geneticamente divergentes com traços introduzidos a partir de programas de melhoramento de outras, uso de cultivares tradicionais de vários cruzamentos com linhagens elite, composição de populações com ampla base genética utilizando o macho esterilidade e condução dessas populações por seleção recorrente e utilização de espécies silvestres de arroz, principalmente Oryza glumaepatula. Palavras chave: Oryza Sativa, diversidade genética, genealogia, melhoramento genético.