CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO “Vantagens e Desvantagens da utilização dos conceitos e ferramentas logísticas no nível de serviços prestados aos clientes”: Um estudo de caso em uma Empresa que atua no ramo de Transporte de cargas. GILBERTO CEZÁRIO PINTO CAPIVARI - SP 2014 1 CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO Gilberto Cezário Pinto Monografia de conclusão de curso apresentado ao curso de Administração da FACECAP/ CNEC Capivari. Orientador: Prof. Ms. Marco Antônio Armelin. CAPIVARI - SP 2014 II III “Dedico este trabalho primeiramente á Deus, minha família, meus amigo á todos os professores do curso de administração ao meu orientador Marco Antonio Armelin e a todos os alunos que estiveram cursando o curso comigo.” IV AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, que é soberano em sabedoria, e a nossa família pelo incentivo e apoio recebido. Aos meus colegas da turma dos formandos 2014, em especial Lucimara Azevedo, Nathacha Ayres, Michael Martins e Letícia Aranha. A todos, Muito Obrigado V PINTO, Cezário Gilberto. “Vantagens e Desvantagens da utilização dos conceitos ferramentas logísticas no nível de serviços prestados aos clientes”. Projeto de pesquisa de Monografia de Conclusão de curso. Curso de Graduação em Administração. Faculdade Cenecista de Capivari – CNEC, 56p 2014. RESUMO Este trabalho tem o objetivo de estudar as “Vantagens e Desvantagens da utilização dos conceitos e ferramentas logísticas no nível de serviços prestados aos clientes”. A empresa analisada é de Transporte e Logística, atuando há dois anos no mercado, situada no Município de Campinas. Como metodologia foi aplicada a pesquisa para a coleta de dados e a pesquisa bibliográfica para situar o posicionamento da Logística no Brasil e assim sendo realizada uma pesquisa de campo. Nas conclusões, pode-se afirmar que o setor de transportes de cargas é fundamental para o crescimento e desenvolvimento do país e para o setor econômico. Levando em conta que em um mundo globalizado a logística é indispensável para as empresas. Palavras-chave: 1. Transporte. 2. Logística. 3.Ferramentas logísticas. VI ABSTRACT This work aims to study the "Advantages and Disadvantages of using the concepts and tools in the level of logistics services to customers." The company is analyzed for Transportation and Logistics, working for two years on the market, located in Campinas. The methodology was applied to the survey data collection and literature search to locate the position of Logistics in Brazil, and a field research conducted thus. In conclusion, one can say that the cargo transportation sector is critical to the growth and development of the country and economic sector. Taking into account that in a globalized world is indispensable for logistics companies. Keywords: 1. Transportation. 2. Logistics. 3.Ferramentas logistics. VII SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1 CAPÍTULO 1- Caracterização da Pesquisa ........................................................................ 3 1.1. Caracterização do Problema ..................................................................................... 3 1.2. Justificativa deste trabalho ........................................................................................ 3 1.3. Relevância do Trabalho ........................................................................................... 4 1.4. Objetivos do Estudo ................................................................................................. 4 1.5. Estrutura do Trabalho ............................................................................................... 5 CAPÍTULO 2 - Revisão Bibliográfica................................................................................ 7 2.1. Logística ............ ...................................................................................................... 7 2.2. As Organizações e as necessidades do consumidor ................................................... 8 2.3 Canal de Distribuição .............................................................................................. 10 2.4 Objetivos do Canal de Distribuição ......................................................................... 12 2.5.Funções do Nível de Distribuição ............................................................................ 13 2.6.Distribuição Física: Conceituação............................................................................ 14 2.7.Níveis da Administração da Distribuição ................................................................. 15 2.8.Tipos de Mercado para distribuição física ................................................................ 16 2.9.Vantagem Competitiva ............................................................................................ 17 2.10.Vantagem Produtiva .............................................................................................. 19 2.11.Vantagem em Valor............................................................................................... 20 2.12.Obtendo vantagem competitiva através da Logística .............................................. 21 2.13.Distribuição Operacional – Transporte e Armazenagem ........................................ 24 2.13.1 Gestão de Estoque .............................................................................................. 24 2.13.2 Gestão de Armazenagem .................................................................................... 25 2.13.3 Gestão de Transporte .......................................................................................... 26 2.13.4 Modais de Transportes........................................................................................ 27 2.14 Ferramentas da Logística ....................................................................................... 29 2.14.1 SCM Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos ................................................. 29 2.14.2 ERP Sistema Integrado de Gestão Empresarial ................................................... 30 2.14.3 MRP Planejamento das Necessidades de Materiais ............................................. 32 2.14.4 Sistema Kanban .................................................................................................. 34 2.15 Sistema Just In Time ............................................................................................. 35 2.16 Custos Logísticos .................................................................................................. 36 2.16.1 Custos com Transportes...................................................................................... 36 2.16.2 Custos com Estoque ........................................................................................... 37 2.16.3 Custos de Armazenagem .................................................................................... 38 VIII CAPÍTULO 3. Metodologia ............................................................................................. 40 3.1. Definição da Metodologia ..................................................................................... 40 3.2. Procedimentos para obtenção de dados ................................................................... 41 CAPÍTULO 4. Caracterização da Empresa....................................................................... 42 4.1. A Empresa Alvo ..................................................................................................... 42 4.2. A Fundação............................................................................................................. 42 4.2. Missão,Visão,Valores e Segmento de Mercado da Empresa.............. ......................... 42 CAPÍTULO 5. Pesquisa e Análise de Dados .................................................................... 43 5.1. Apresentação e Discussão dos dados obtidos na pesquisa ....................................... 43 5.2 Resultado do Questionário aplicado......................................................................... 43 CAPÍTULO 6. Considerações Finais ................................................................................ 50 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 53 APÊNDICE ..................................................................................................................... 56 IX INTRODUÇÃO Atualmente a logística esta sendo apontada como uma ferramenta fundamental para as empresas. E este trabalho tem como objetivo principal, salientar os conceitos e ferramentas. Podemos afirmar que é impossível falar de transporte, sem mencionar a logística. A logística de transporte exerce um papel fundamental, para que as empresas que tem a necessidade, de distribuir seus produtos ou serviços por todo o país. Será abordado também, as dificuldades apresentadas pela empresa em relação à logística e os benefícios, que ela proporciona. Porque o transporte hoje movimenta o país, em seus diversos modais e com o estudo da logística a empresa poderá optar por um canal de distribuição que satisfaça suas necessidades. Por isto será captados dados de pesquisa sobre a logística e suas ferramentas no nível de serviços prestados aos clientes. No presente trabalho observamos a importância que os canais de distribuição de empresa pode ser aprimorados começando, por uma gestão qualitativa, eficiente e moderna utilizando recursos tecnológicos como Just in time MRPs entre outros, a implantação de novos conceitos logísticos de controle, armazenamento, transportes moderno e viáveis que atendam, as necessidades do cliente e demando do fornecedor. A estagnação dos modelos logísticos existentes acabam tornando inacuo o processo de escoamento de produtos e matérias, principalmente para quem realiza o transporte ou responde pela gestão dos canais de distribuição interno e esterno. Verifica-se a necessidade de padronizar, adaptar os nossos modelos de processo logístico nas empresas principalmente, para fazer frente a uma concorrência, acirrada, muitas vezes desleal e voraz, que cresci rapidamente não abrindo espaços para pequenas transportadoras, sendo engolidas pelos grandes prestadores de serviços logísticos. Então se observa que a logística não esta restringida somente ao ato de transportar. Esta é uma visão arcaica que não condiz com nossa realidade. 1 O planejar organizar, armazenar, transportar, coletar, distribuir, controlar e sua magnitude e que este presente trabalho de forma singela vai abordar no descrever dos tópicos, uns dos tentáculos no ramo da logística. E será efetuado um estudo de caso em uma empresa que atua no ramo de transporte de cargas, localizado no município de Campinas-SP. 2 CAPÍTULO 1 – CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 1.1 Caracterização do problema Em um mercado globalizado e cada dia mais competitivo as empresas estão recorrendo à logística para aumentar a qualidade de seus produtos e serviços. Em se considerando a competitividade do mercado causado pela globalização e ainda à exigência dos consumidores que desejam ter suas necessidades atendidas no momento desejado, às organizações passam a ter que se estruturar, não somente em seu processo produtivo, mas principalmente em seu processo de distribuição e por possuir diversas funções, a logística é uma parte importante para que isso ocorra. Algumas empresas que não possuem o processo produtivo, ou seja, a transformação de matérias-primas em produtos acabados mais, possuem em seu processo principal, o de distribuição, o processo logístico tem ainda maior importância no nível de serviço prestado ao cliente. Como o foco principal desta pesquisa é uma empresa que tem a distribuição de correspondências e mercadorias como o seu principal serviço, a aplicação da logística é fundamental para desenvolver estratégias especificas para que a mesma consiga diminuir custos e a sua distribuição alcançar todo território nacional. Este trabalho se propõe a analisar e responder à seguinte pergunta: Como a aplicação dos conceitos e ferramentas da logística pode influenciar no serviço prestado ao cliente? 1.2 Justificativa deste trabalho Justifica-se a escolha do tema proposto pelo motivo do interesse do pesquisador em estar se aprofundando no assunto, adentrando nos aspectos teóricos, explanando ferramentas e conceitos e ainda pelo aspecto acadêmico por poder possuir a possibilidades de estar disponibilizando a este meio, um aprofundamento no desenvolvimento do tema, buscando trazer conceitos, ferramentas e discussões propostas por diversos autores e ainda, pode-se justificar por procurar apresentar a empresa envolvida na pesquisa, a apresentação às vantagens e desvantagens da aplicação da logística e suas ferramentas, em seu desempenho e no nível de serviço 3 oferecido ao cliente, buscando respostas para a pergunta: Como a aplicação dos conceitos e ferramentas da logística pode influenciar no serviço prestado ao cliente? 1.3 Relevância do trabalho Apresentar a função da logística, a importância que exerce em uma empresa e quando a empresa deve recorrer à logística. Avaliar e apresentar os benefícios e prejuízos (se ocorrer) que a empresa tem com a implantação da logística. Pode-se considerar que uma das tarefas dos acadêmicos é o estudo e levantamento dos aspectos teóricos e práticos em relação a determinado assunto e tema que possa estar interferindo de maneira positiva ou negativa nos segmentos de mercado e nas organizações que possam se utilizar desses conceitos e ferramentas, passando a interpretar os objetivos propostos pela mesma, e transformá-lo em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados na área de envolvimento do tema, a fim de alcançar os objetivos de maneira mais adequados a cada situação. Dessa forma, busca-se colaborar para a melhoria desse segmento nas organizações, buscando conseqüências positivas não só para as organizações, mas também para os consumidores e para a economia do país. 1.4 Objetivo do Estudo Partindo da referida pergunta-problema, o estudo em questão está organizado em duas vertentes, a saber. a. Revisão bibliográfica sobre o estudo e caracterização da Logística; b. Uma pesquisa visando determinar os procedimentos e métodos utilizados pela empresa foco, no que se refere à redução de custo de produção através do melhor aproveitamento da Logística. Este estudo visa identificar através de um estudo de caso, as práticas administrativas da empresa foco, situada no município de Campinas (SP), especificamente através dos reflexos sobre o nível de serviço prestados a seus clientes através da aplicabilidade da Logística. 4 Conforme detalhado neste capítulo, será realizada uma pesquisa bibliográfica sobre os temas de interesse e, são utilizados basicamente dados primários oriundos de uma pesquisa realizada na empresa-alvo, bem como a observação de documentos disponibilizados pela mesma e preenchimento de relatório, para levantamento de dados. Tomando-se como universo de estudo uma Transportadora, no município de Campinas (SP), este trabalho caracteriza-se como um estudo de caso. A contribuição desta pesquisa, que é de caráter exploratório, fazendo um levantamento inicial da realidade vivida na empresa-alvo, subsidiando trabalhos investigativos posteriores para aprofundamento de questões, como por exemplo, aspectos econômico-financeiros da gestão de logística, redução nos prazo de entrega e atendimento eficaz ao cliente. O objetivo geral desta pesquisa é apresentar os reflexos da logística nos aspectos de distribuição de mercadorias, através de levantamento bibliográfico, explanando o que alguns autores trazem sobre o assunto em questão. O detalhamento da metodologia adotada - modelo da pesquisa, forma de coleta de dados, e outros detalhes – será apresentado no terceiro capítulo, sendo que ainda, podemos destacar como objetivos específicos os seguintes: Apresentar o desenvolvimento histórico da logística; Apresentar as ferramentas da logística e suas característica; Relatar a implantação dos conceitos logísticos em uma organização; Relacionar as vantagens e desvantagens da logística; Levantar as dificuldades apresentadas pela empresa em relação à logística; Relatar os reflexos observados pela empresa em relação aos serviços ao cliente. 1.5 Estrutura do Trabalho Este trabalho será apresentado em 6 capítulos. No capitulo 1 será feita a apresentação a justicativa do trabalho. No capitulo 2 será apresentado à revisão bibliográfica das “Vantagens e Desvantagens da utilização dos conceitos e ferramentas logísticas no nível de serviços prestados aos clientes” 5 No capitulo 3 será apresentado à metodologia apresentada na pesquisa, e suas definições. No capitulo 4 será apresentada a empresa alvo. No capitulo 5 será analisada a obtenção dos dados por meio de um estudo de caso. E no capítulo 6 será apresentado as considerações finais. 6 Capitulo 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. Logística A palavra logística derivada do grego ("logos = razão") significa "a arte de calcular" ou "a manipulação dos detalhes de uma operação". Na área militar, a palavra logística representa a aquisição, manutenção, transporte de materiais e de pessoal. Para a Associação Brasileira de Logística é definida como: “O processo de planejamento, implementação e controle do fluxo e armazenagem eficientes e de baixo custo de matérias primas, estoque em processo, produto acabado e informações relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do cliente”. Em relação às definições deste conceito, ou mais precisamente da definição da palavra logística ou ainda, se falando em seus objetivos e característica, podemos citar: Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associadas, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender os requisitos do consumidor. Novaes (2007, p.35) Ainda, pode-se trabalhar com outros autores para a definição deste conceito, “A logística é o processo de planejamento, implementação e o controle do fluxo e armazenagem eficientes e de baixo custo de matérias-primas, estoque em processo, produto acabado e informações relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do cliente”. Ballou (1998, p.42) 7 Ching (2010) menciona que logística exerce a função de responder por toda a movimentação de materiais, dentro do ambiente interno da empresa, iniciando pela chegada de matéria-prima até a entrega do produto final ao cliente. Ainda se fazendo definições em relação às definições de logística, pode-se citar Fleury (2009), que coloca que a evolução da logística empresarial teve seu início a partir de 1980, decorrentes da demandas globalização que impunha um novo ritmo ao mercado internacional, alterando toda a estrutural da economia mundial e desenvolvimento tecnológico, acarretando importantes consequências à segmentação da logística empresarial em basicamente três grandes áreas: 1. Administração de materiais: Conjunto de operações associadas ao fluxo de materiais e informações, originando na fonte, ou seja, na matéria-prima até a entrada na fábrica; resumindo é “disponibilizar para produção”; tendo participação dos setores de : Suprimentos, Transportes, Armazenagem e Planejamento e Controle de Estoques. 2. Movimentação de Materiais: Através de um transporte eficiente de produtos acabados do final de linha de produção até o consumidor; fazendo parte os setores de PCP (Planejamento e Controle da Produção), Estocagem em processo e Embalagem. 3. Distribuição física: O conjunto de operações associadas à transferência dos bens objeto de uma transação desde o local de sua produção até o local designado no destino e no fluxo de informação associado, devendo garantir que os bens cheguem ao destino em boas condições comerciais, oportunamente e a preços competitivos; em resumo é “tirar da produção e fazer chegar ao cliente”. Participam os setores de Planejamento dos Recursos da Distribuição, Armazenagem, Transportes e Processamento de Pedido. 2.2 As organizações e as necessidades do consumidor As empresas e organizações com a finalidade de fidelizar o consumidor e aumentar o seu lucro estão indo em busca de inovações, para manter se no mercado. As organizações transformam recursos em produtos e serviços, com objetivo de resolver problemas de seus usuários e das pessoas que a 8 criam. Duas palavras são usadas para indicar que uma organização tem desempenho de acordo com as expectativas dos usuários e das pessoas que mobilizam os recursos eficiência e eficácia. Maximiano (2011, p.04) Ainda este autor (2011 pg.233) o desempenho da organização pode se medido por meio de indicadores como vendas, clientes, rentabilidade, taxa de retorno de capital investido. Um bom projeto satisfaz aos consumidores, comunica o proposito do produto ou serviço a seu mercado e traz recompensas financeiras à empresa. O objetivo de um bom projeto, independentemente de ser de produto ou serviço, é satisfazer os consumidores ao atender as suas necessidades e expectativas atuais e/ou futuras. Slack, Chambers e Johnton (2009, p.118) Em um mercado cada dia mais competitivo as organizações investem em novas tecnologias, produtos ou serviços para atender as exigências do mercado e consumidores. As empresas que não investem em tecnologias e inovação, não acompanham as mudanças do mercado e acabam sendo engolidas pelos seus concorrentes que investem pesado em tecnologia. O estudo das vantagens competitivas (ou bases de diferenciação em relação aos concorrentes) permitem entender as razões pelas quais os consumidores preferem um produto ou serviço, a outro e tomar decisões como a empresa pode distinguir-se dos concorrentes. Maximiano (2011, p. 233) Os serviços e produtos que oferecem inovação, confiança, qualidade e um bom preço chamam cada vez mais a atenção do consumidor. Um consumidor satisfeito acaba vendendo o serviço ou produto, para outros consumidores, mais a insatisfação do consumidor pode destruir o produto ou serviço. Com a inovação as empresas se tornam mais competitivas, aumentando o seu crescimento. Ainda citando Maximiano (2011) a organização inovadora busca encontrar novos conhecimentos, por meios de equipes multidisciplinares que trabalham em projetos. A cooperação é o mecanismo básico de coordenação. 9 O consumidor é o alvo principal das organizações porque será através deles, que as empresas iram saber se os seus produtos ou serviços estão sendo aceitos no mercado. Atender todas as partes interessadas depende da capacidade da satisfação do cliente. Sem clientes, não há lucros, muitos menos pagamentos de salários, impostos, fornecedores, nada. Por isso, uma empresa, em essência, é um sistema de trabalho orientado para a satisfação de seus clientes. A capacidade de satisfazer o cliente depende da qualidade intrínseca do produto ou serviço, do preço, da rapidez do atendimento, da variedade de escolha, da distribuição e de muitas outras vantagens competitivas. È importante que o empreendedor saiba “ouvir a voz do cliente” para saber o que ele deseja e, com base nisso, definir o produto ou serviço e estruturar o sistema de operações. A satisfação do cliente é uma das bases do sucesso da empresa. Maximiano (2011, p. 343) Ainda citando Slack, Chambers e Johnton (2009) muitas ideias podem vir, todos os dias, dos clientes. Eles podem escrever para reclamar a respeito de um produto ou serviço específico ou poder dar sugestões para o seu aperfeiçoamento. O consumidor esta cada dia mais observador se um produto eu serviço de uma empesa não o agrada, ele não hesitara em trocar de empresa, em busca de um produto ou serviço, que o satisfaça. Muitas empresas estão ouvindo e aceitando opiniões dos consumidores. 2.3. Canal de distribuição Canal de distribuição é o percurso que uma empresa escolhe para que os seus produtos ou serviços cheguem até seus consumidores, no local e tempo combinado. O canal de distribuição abrange as organizações que participam da distribuição física de produtos ou serviços para os consumidores finais. A distribuição é, claramente, apenas mais um aspecto de prestação de serviço à área de marketing; é o método pelo qual um produto é distribuído, e o grau de atendimento e confiabilidade apresentado é tão importante no global quanto o preço, a promoção e a qualidade do produto. Dias (1993, p.346). 10 Para Novaes (2007) na pratica a distribuição de produtos é analisada sobre diferente perspectiva funcional pelos técnicos de logística, de um lado, e pelo pessoal de marketing de vendas de outro. Existem vários tipos de canais de distribuição, assim cada empresa poderá optar por um, canal que satisfaça suas necessidades. Ainda citando Novaes citando Rolnicki 1998 um canal de distribuição representa a sequencia de organizações ou empresas que vão transferindo até o consumidor final. Por exemplo um canal de distribuição de um determinado produto pode envolver os seguintes setores: fabricante, atacadista, varejo e serviços pós-vendas (montagem, assistência técnica). Novaes (2007, p.124) O canal de distribuição tem uma função de grande importância na logística, porque será ele que ira distribuir os produtos ao varejo. Para Novaes (2007) outro aspecto importante a considerar é que os canais de distribuição selecionados por uma empresa são de difícil alteração, mantendo-se fixos por muito tempo, pois envolvem outras empresas, agentes, acordos comerciais etc. Não é uma tarefa fácil selecionar um canal de distribuição, será uma decisão de grande importância. Tal quais os aspectos relatados, há também inúmeros fatores relevantes que condicionam a escolha: Características do mercado; Tradição no Setor; Características dos intermediários e da concorrência; Objetivos da estratégia comercial; Recursos disponíveis; Hábitos do consumidor; Preço do produto e imagem do produto; Uma estrutura de distribuição incorreta, ineficaz faz com que a empresa tenha dificuldades de atingir seu público-alvo. Denegrindo assim a imagem da empresa, porque a pontualidade na entrega é um fator muito importante para o consumidor e empresa. 11 2.4 Objetivos do canal de distribuição Segundo Novaes (2007) a definição mais detalhada dos objetivos dos canais de distribuição depende essencialmente de cada empresa, da forma como ela compete no mercado e da estrutura geral da cadeia de suprimento. Ter excelente planejamento para disponibilizar produtos e serviços para os clientes não garante que os objetivos logísticos serão cumpridos. Estes planos devem ser colocados em ação e seus desempenhos devem ser continuamente monitorados. Assim, é responsabilidade da operação do sistema logístico definir a estrutura interna na empresa, que devera controlar o fluxo de bens e serviços e planejar as atividades logísticas. Ballou (1995, p.334) Ainda citando Novaes (2007) os objetivos do canal de distribuição são: Garantir a rápida disponibilidade do produto nos segmentos do mercado identificado como prioritário. Que o produto esteja disponível para venda, nos estabelecimentos varejistas do tipo certo. Intensificar ao máximo o potencial de vendas do produto em questão. Por exemplo, buscar as parcerias entre fabricante e varejista que permitam a exposição mais adequada do produto nas lojas. Buscar a cooperação entre os participantes da cadeia de suprimento no que se refere aos fatores relevantes relacionados com a distribuição. Por exemplo, definir lotes mínimos dos pedidos, uso ou não de paletização ou de tipos especiais de acondicionamento e embalagens, condições de descarga (tempo de espera, tamanho dos veículos, equipamentos), restrições de tempo nas entregas (período para recebimento dos produtos, restrições diversas); Garantir o nível de serviços preestabelecidos pelos parceiros da cadeia de suprimento; Garantir o fluxo de informações rápidas e preciso entre os elementos participantes; Buscar de forma integrada e permanente, a redução de custos, atuando não isoladamente, mas em uníssono, analisando a cadeia de valor no seu todo; 12 2.5 Funções do canal de distribuição Segundo Novaes (2007) citando Dolan 1999 dentro da moderna visão de SCM, os canais de distribuição desempenham 4 funções básicas, introdução da demanda, satisfação da demanda, serviços de pós-vendas e troca de informação. Para que o produto chegue ao seu destino final, no período combinado e produto correto. É necessário que ele percorra por um canal de distribuição adequado e eficiente. A empresa tem como objetivo aplicar um canal de distribuição, que aumente a sua competitividade e assim resultando bom resultado no lucro. As funções básicas do canal de distribuição são: Visão da introdução da demanda – responsável pelo serviço de apoio, promoções, propagandas e facilitar o financiamento. Visão da satisfação da demanda – garantir o nível de serviços desejado pelo consumidor, em relação aos produtos e serviços oferecidos pelas empresas. Visão de pós-vendas – garantir a reposição de peças e reparo de produtos, canal de relacionamento com o cliente (central de reclamações), coletas de resíduos. Visão da troca de informação – prestar serviços de rastreamento de demanda mediante informações que sejam especificas dos clientes. Pode-se colocar como algumas funções dos canais de distribuição, como por exemplo, movimentação de produtos físicos, transferência de propriedade e promoção, como sendo funções que constituem um fluxo à frente da atividade da empresa para o cliente, outras funções, como pedido e pagamento, podem constituir um contra-fluxo dos clientes para a empresa. Outras ainda, como informações, negociação, finanças e o ato de assumir riscos, ocorrem em ambas às direções (KOTLER, 2000). As principais funções dos canais de distribuição são as de execução e monitoramento dos seguintes fluxos (NEVES, 1999, p. 38): • Posse Física: refere-se ao fluxo físico do produto do fabricante até o consumidor. É a parte em que predomina a logística. 13 • Propriedade: é ter o direito de propriedade sobre o produto. (quase todos assumem, exceto agentes e representantes). • Promoção: é a atividade realizada com o objetivo de criar demanda, pois os participantes do canal são os responsáveis pelos contatos. • Negociação: existe em todas as etapas do canal. • Financiamentos: são formas de pagamentos e de fluxos financeiros ligadas ao custo de capital, principalmente o de carregar estoques no sistema. • Riscos: são envolvidos nos fluxos, abrangendo aqueles advindos da obsolescência, enchentes, incêndio, sazonalidade, crescimento da competição, problemas econômicos, “recalls” dos produtos e baixa aceitação deles, entre outros. • Pedidos: é o fluxo de pedidos de produtos. • Informações: é a comunicação adequada entre os agentes, passando as percepções de cada um sobre os produtos e serviços e, principalmente, a informação que parte dos consumidores finais, de fundamental importância para todos os agentes. • Pagamentos: é o fluxo dos pagamentos existentes no sistema. 2.6. Distribuição Física: conceituação As empresas buscam sempre implantar o melhor plano de distribuição, para seus produtos para obter eficiência na entrega e assim satisfazer seus clientes. Todavia Ballou (1995) distribuição física é o ramo da logística empresarial que trata da movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos finas de uma firma. O objetivo da distribuição física é fazer com que os produtos certos, sejam entregues nos lugares corretos e no tempo combinado. O serviço deve apresentar qualidade e oferecer um custo acessível. 14 Ainda citando Ballou (1995) a distribuição física preocupa-se principalmente com bens acabados, ou seja, com mercadorias que a companhia oferece para vender e que não planeja executar processamentos posteriores. Segundo Novaes (2007) a distribuição física cobre os segmentos que vão desde a saída do produto na fabrica até sua entrega final ao consumidor. Citando Martins e Laugeni (1999 pg. 32) funções para distribuição física, as principais funções são: Negociação de fretes Seleção de rotas e do meio de transporte, incluindo os serviços oferecidos e sua qualidade. Normas existentes Tipo de operação da empresa de transportes Transportes internacionais A distribuição física também corresponde à estocagem movimentação e processamento dos produtos finais da empresa. 2.7 Níveis da administração da distribuição Para Novaes (2010) em função da estratégia competitiva adotada pela empresa, é escolhido um esquema de distribuição especifico. As decisões tomadas para a distribuição de seus produtos é de grande importância para empresa, porque será através dela que produtos chegarão ao consumidor final. Uma decisão incorreta pode colocar em risco, toda esforço efetuado anteriormente. Outro aspecto importante a considerar é que os canais de distribuição e na estruturação da distribuição selecionados por uma empresa são de difícil alteração, mantendo-se fixos por muito tempo, pois envolvem outras empresas, agentes, acordos comerciais etc. Novaes (2010, p. 124) 15 Ao distribuir seus produtos, as empresas podem optar pelos seguintes níveis de canais de distribuição. Nível 0 - O fabricante vende seu produto direto ao consumidor, ao optar por este nível a empresa se aproxima do cliente. Devendo assim a empresa oferecer um grande mix de produtos, para custear as despesas. Nível 1 - Ha somente um intermediário entre o produtor e o consumidor. Um distribuidor de grande porte, fara parte da distribuição e venda podendo vender no atacado e varejo. Nível 2 - Existem dois intermediários entre o produtor e consumidor final. O fabricante repassa aos distribuidores, que por sua vez repassam ao varejo e assim vendendo ao seu cliente final. O distribuidor só poderá vender exclusivamente ao varejo, uma vez que mercadoria no estoque e prejuízo o varejista fara o possível para vender a mesma, o distribuidor e varejista ficarão responsáveis pelas despesas da promoção de vendas. Nível 3 – Existem três intermediários entre o fabricante e o consumidor. É o canal mais utilizado, por relacionar o distribuidor, representante, varejo e o cliente. As despesas de vendas serão divididas pelos membros do canal. O nível de serviço não precisa ser o mesmo para todos os produtos. Este é um principio fundamental. A existência de requisitos diferenciados do nível de serviços por parte dos clientes, de características diferentes dos produtos de diversos níveis de venda entre os múltiplos itens distribuídos por uma empresa sugere que estratégias múltiplas de distribuição devem ser empregadas dentro da linha dos produtos. Ballou (1995, p.308). O fabricante devera estudar os canais de distribuição, para analisar as vantagens e desvantagens de cada canal e assim poderá optar pelo melhor canal para que os seus produtos cheguem ao consumidor final. 2.8 Tipos de mercado para distribuição física 16 O canal de distribuição exerce uma função, de grande importância e essencial nas organizações. Por ser através dele que os produtos e serviços, saem do produtor e chegam ao cliente final. Muitas organizações não são estruturadas, para distribuírem seus produtos. Assim precisando contratar o serviço de distribuição de outras organizações. Com esta falta de estruturação, na distribuição a logística divide-se em três segmentos. 1º Segmento Logística de Suprimento (entrada) Entrada de insumos, equipamentos, peças, matéria-prima etc. 2º Segmento Logística de Produção (produção) É responsável pelo processo produtivo a transformação, (produção) em produtos acabados ou serviços. 3º Segmento Logística de Distribuição (saída) Tem a função de distribuir os produtos acabados ou serviços, a variados tipos de clientes e consumidores. A distribuição física tem como seus principais processos, o transporte e armazenamento. Assim ficando responsável pela movimentação de produtos a partir do fim da produção até ao mercado de clientes. Há dois tipos de canais. Canal de transação que é responsável pelo processo de transferência de propriedade, tendo como principais funções negociar, vender e contratar. Já o canal de distribuição física tem a finalidade de entregar os produtos e serviços. 2.9. Vantagem Competitiva. As principais vantagens competitivas que as organizações podem desenvolver são: qualidade do produto ou serviço, baixo custo das operações e preço reduzido para os clientes, sistema eficiência de distribuição, velocidade da inovação e imagem de exclusividade, entre outros. As empresas procuram fazer uma combinação de vantagens para competir e ganhar a preferencia do mercado. Citando Maximiano (2011, p. 233). 17 Através do processo de Logística, podemos obter vantagem competitiva, o que significa uma supremacia em relação à concorrência, as empresas devem buscar obter a preferência dos clientes, para se manter atuante no mercado. A base de sucesso utilizada aqui é a chamada de os “três Cs”, conforme ilustrado na figura 01: Clientes. Busca benefícios a preços aceitáveis Valor Valor Ativos & Utilização Diferenciais de custo Ativos & Utilização COMPANHIA CONCORRENTE Fig. 01 Título Diagrama “3 Cs” Fonte: PORTER, Michael E. - Estratégia Competitiva (1991). Podemos notar pela figura 01, que o cliente tem acesso a sua organização ou a seu concorrente, o diferencial que você ofertar será sua responsabilidade e fator de sustentação para sua empresa. Procura de uma vantagem competitiva sustentável e defensável tem se tornado a preocupação de todo gerente alerta para as realidades do mercado. Não se pode mais pressupor que os produtos bons sempre vendem, nem é aceitável imaginar que o sucesso de hoje continuará no futuro. Christopher (1997, p.3) 18 Podemos exemplificar que o sucesso comercial está em se ter à vantagem de custo e/ou a vantagem de valor, isto é: obter o maior lucro, com o menor custo e maior produtividade, ou vantagem perceptível de valor aos “olhos” do cliente. 2.10. Vantagem em Produtividade Quando a empresa por sua produção consegue uma “economia de escala”1, ela obtém uma maior diluição de seus custos fixos, significando uma redução no custo unitário de produção, um modo de demonstrar é através da “curva da experiência”. Segundo Porter (1991) a “curva de experiência” é usada em estratégias de produção de mercadorias, dentro da qual a empresa é projetada para produzir em menor custo, portanto, mais competitiva e lucrativa. Custos reais por unidade Citando Christopher (1997 pg.3) visto de forma simples, as companhias bem-sucedidas ou tem vantagem pela alta produtividade, ou tem vantagem de valor, ou uma combinação das duas. A vantagem de produtividade proporciona um perfil de custo mais baixo e a vantagem de lavor proporciona ao produto ou à oferta um diferencial extra sobre os concorrentes. Christopher (1997, p.3). Volume acumulado Fig. 02 (1991). Título Curva de Experiência Fonte: PORTER, Michael E. - Estratégia Competitiva 1 Segundo Morvan, (1991) e Scherer & Ross, (1990), as economias de escala são decorrências da expansão da quantidade utilizada dos fatores de produção, que resultam diretamente na redução das quantidades de fatores utilizados por unidades de produto, resultando no aumento do poder de barganha da empresa em relação aos fornecedores dos fatores de produção. 19 2.11. Vantagem em Valor Os benefícios podem ser intangíveis, tais como reputação ou imagem, e o desempenho oferecido pode ser melhor que o concorrente, para que seu produto não tornar-se “commodities”2. Todavia Christopher (1997) um antigo axioma em marketing nos diz que os “clientes não compram produtos, eles compram satisfação”. Em outras palavras, não se compra o produto pelo que ele é, mas pela promessa do que ele “proporcionara”. Uma das formas é o de segmentação de mercado, ou segmentos de valor distinto, isto significa que é possível criar apelos diferentes para agregar valor. O serviço é um instrumento de grande poder na hora de adicionar valor, pois cada vez mais as pessoas optam por ter: entrega diferenciada, embalagem exclusiva, serviço pós-venda, assistência técnica adicional, etc. 2 Commodities são, por definição, produtos padronizados e não-diferenciados, nos quais o produtor não tem poder de Alta Baixa Vantagem em fixar preços. "Revista Exame" - 27/11/2002 - Edição 780, Ano 36, No 24, pp. 32-34. Líder em Serviços Líder em custo e Serviços Mercado de Commodities Líder em custo e Serviços Vantagem em produtividade Fig. 03 Título:Grade de vantagens Fonte: KOTLER, Philip. - Administração de Marketing (1994) 20 A figura 03 demonstra de maneira simples que a empresa ideal tem que ter seus produtos colocados no quadrante superior direito, oferecendo vantagem em serviços e vantagem em produtividade. Hoje a empresa deve obter seu ganho máximo no inicio do ciclo de vida do produto, sendo sempre que possível referencial de sua área, apresentando constante inovação, se mantendo sempre à frente de seus concorrentes, para manter-se ativa e lucrativa. Outra forma de sair da área de “commoditie” é procurar segmentar o seu mercado, diversificando sua linha de produção, passando assim a atender o cliente de maneira diferenciada, agregando valor ao produto e se diferenciando dos concorrentes. A empresa deve partir para estratégias que deslocarão o negócio da extremidade do mercado de “commoditie” (quadrante inferior esquerdo), para uma posição mais Diferenciação relativa segura de liderança (quadrante superior direito). Baixa Fig. 04 Alta Título Diferenciação relativa Fonte: Elaborado pelos autores. 2.12. Obtendo vantagem competitiva através da Logística. Na década de 80 o conceito de estratégia competitiva evoluiu significativamente a partir dos trabalhos realizado por Michael Porter (1980), que passou a enfocar a competição no nível da indústria e não somente no nível do produto como era realizado anteriormente, ele simplificou a abordagem das fronteiras de mercado com o conceito 21 de indústria, que segundo ele o potencial de lucro final da indústria é determinado pelo conjunto de cinco forças competitivas: O poder de negociação dos compradores, O poder de negociação dos fornecedores, A ameaça de novos entrantes, A ameaça de produtos ou serviços substitutos, A rivalidade entre as empresas existentes. Para enfrentar essas cinco forças, e obter uma lucratividade acima da média da indústria, propôs que as empresas deviam adotar uma das três abordagens estratégicas genéricas: (1) liderança no custo total; (2) diferenciação; (3) enfoque (no custo ou na diferenciação). Posteriormente Porter (1985), aprofundou sua análise a partir do conceito de “cadeia de valor” e segmentação da indústria, explicitando as maneiras pelas quais, uma empresa pode alcançar uma vantagem competitiva sustentável na indústria: escolhendo os segmentos da indústria em que vai competir e, portanto, seus concorrentes, definindo sua estratégia competitiva básica, e gerenciando as atividades de valor da empresa (cadeia de valor). As atividades da “cadeia de valor” são divididas em dois tipos: atividades primárias (logística de entrada, operações, logística de saída, marketing e vendas e assistência técnica, e atividades de apoio) infra-estrutura, gerenciamento de recursos humanos, desenvolvimento de tecnologia e aquisição, estas atividades de suporte são funções integradoras, que atravessam de maneira discreta as várias atividades primárias dentro da empresa. Tanto a vantagem em produtividade, como a vantagem em valor, podem ser auxiliadas pelo gerenciamento logístico, com melhor utilização da capacidade de produção, integração com fornecedores em nível de planejamento. 22 A forma da organização em cadeia de valor é apresentada a seguir. de apoio Atividades Cadeia de Valor Infra – estrutura da companhia Gerenciamento dos recursos humanos Desenvolvimento de tecnologia Aquisição Logística de Logística Marketing de e saída vendas Operações entrada Assistência Técnica Atividades primárias Fig. 05 Título Cadeia de Valor Fonte: PORTER, Michael E. - Estratégia Competitiva (1991). Para Christopher (1997) pode-se afirmar que o gerenciamento logístico tem potencial para auxiliar a organização a alavancar tanto a vantagem em custo/produtividade como vantagem de valor. A tecnologia em cadeia é a movida por um processo produtivo em etapas seqüenciais interligadas, na forma de cadeias de valor. Por exemplo, a produção em linha de montagem (automóveis, roupas etc.) ou em processo contínuo (refinarias, cimento etc.) são tipos de criação de valor através de cadeias horizontalmente interligadas, fazendo com que o produto passe por diversas etapas até que esteja completo. 23 A venda desses bens é o meio pelo qual a firma recupera o capital investido. Os produtos normalmente produzidos em cadeia são aqueles padronizados (montagem) ou homogêneos (processos contínuos), de baixo custo unitário, quando feitos em grande escala, as atividades primárias são as envolvidas com a transformação direta dos produtos físicos. Atividades de suporte são as que só atuam sobre os produtos de maneira indireta, pois apenas afetam as atividades primárias, na tentativa de torná-las mais produtivas. A figura 05 tem como objetivo desagregar a organização em atividades consideradas importantes dentro do processo produtivo. 2.13 Distribuições Operacionais: Transporte e Armazenagem O mercado logístico tem como finalidade principal planejar, organizar, transportar e realizar a distribuição de bens e serviços. Mas este mercado enfrenta diversos desafios para satisfazer, as necessidades das empresas de transportes, indústrias, operadoras logísticas e de varejo. 2.13.1 Gestão de estoques Para satisfazer e atender as necessidades de seus clientes imediatamente, as organizações procuram disponibilizar a quantidade desejada, com a finalidade de superar os concorrentes, assim comprometendo um volume exagerado de produtos em estoque. Um estoque mal administrado pode elevar o investimento do capital desnecessário, assim elevando a perda do mercado consumidor. Entende-se por estoque quaisquer quantidade de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo; constituem estoque tanto os produtos acabados que aguardam vendas ou despacho, como matériasprimas e componentes que aguardam utilização na produção. Para Moreira (1999, p. 463). 24 Citando Slack, Chambers e Johnston (2009) estoque é definido como a acumulação armazenada de recursos matérias em um sistema de transformação. O estoque abrange desde a matéria-prima, produto acabado, produto e peças em processo, embalagens, materiais auxiliares, de escritório e de escritório, até os suprimentos. Ainda citando Moreira (1990) do ponto de vista financeiro, basta lembrar que estoque é investimento e conta como parte do capital da empresa. Para melhorar o controle de gerenciamento, as empresas vêm procurando diminuir a quantidades de produtos em estoques. Utilizando tecnologias cada vez mais sofisticadas, determinando um nível de segurança do estoque. Para Araújo (1973) genericamente a palavra estoques (“Stoks”) significa “aquilo que é reservado para se utilizado em tempo oportuno”; poderá, autorssim “poupança” ou “previsão”. O monitoramento do estoque e essencial, para que seja avaliado constantemente. Assim mensurando e controlando os produtos que estão mantidos em estoque. O estoque é responsável por deter grande parte dos custos logísticos, por que envolve diversos custos como: custo de manutenção, obsolescência, custo de pedido, apólices de seguros, falta de produtos, perdas e pessoal especializado. 2.13.2 Gestão de armazenagem A armazenagem corresponde ao controle e conservação de mercadorias estocadas, para posteriormente serem utilizadas e distribuídas. De acordo com o produto a ser estocado a quantidade recebida será feita a escolha correta, do seu armazenamento em depósitos ou centros de distribuição. Armazenamento (warehousing) é a administração de materiais enquanto eles ainda estão armazenados. Inclui as atividades de armazenamento, distribuição, pedido de contabilidade de todos os materiais e produtos acabados desde o inicio até o final do processo de produção. Gaither e Frazier (2001, p. 442) 25 Todavia Dias (1993) um método adequado para estocar matéria-prima, peças em processamento e produtos acabados permite diminuir os custos de operação, melhorar a qualidade dos produtos e acelerar o ritmo dos trabalhos. Deve-se levar em conta o transporte a distancia do cliente, buscando o menor custo-benefício para os envolvidos. Uma eficiente administração de armazenagem, pode proporcionar à empresa, um grande beneficio na redução de custos, tempo com o transporte, aumenta a agilidade em atender seus clientes com quantidades. 2.13.3 Gestão de transporte Para Fleury aet. (2009) as principais funções do transporte na logística estão ligadas basicamente às dimensões de tempo e utilidade de lugar. Fazendo comparação, o transporte de uma empresa é o sangue que pulsa nas veias da produção; o êxito de uma empresa depende em grande parte dos meios rápidos que possui, não só de buscar a matéria-prima, como também para a entrega dos produtos aos consumidores. Araújo (1975, p. 208) Ainda citando Fleury aet. (2009) desde os primórdios, o transporte de mercadorias tem sido utilizado para disponibilizar produtos onde existe demanda potencial, dentro do prazo adequado às necessidades do comprador. O transporte é responsável pela movimentação de produtos ou materiais. A eficiência na escolha do transporte, proporciona à empresa a qualidade no serviço oferecido ao cliente, que varia de acordo com o produto a distancia e os custos. Na maioria das vezes o transporte é responsável pelo maior custo logístico de uma empresa. Podendo ser a maior fonte de perdas, caso não seja um meio de transporte adequado. O principal objetivo do planejamento da distribuição é uma das mais importantes atividades de uma empresa. A eficiência no transporte garante a entrega aos clientes considerando custos, prazos e qualidade. 26 Com a finalidade de maximizar os recursos de transportes, as empresas buscam roteirizar as entregas, utilizando softwares componentes algorítimos de pesquisa operacional, que tem como função. Tratar adequadamente todos os pedidos e cargas a serem distribuídos, ainda que estas sejam totalmente aleatórias e variáveis. Aumentar a consolidação de cargas, diminuir a necessidade de transbordo e consolidação em transportadoras. Identificar precisamente o perfil da frota necessária por tipo de veículo. Estabelecer as melhores rotas, assim reduzindo o tempo e distância. Estabelecendo melhores rotas, o tempo de entrega diminui, obtendo ganho no relacionamento e manutenção dos clientes. Eficiência no levantamento dos custos envolvidos, despesas com pedágios, combustíveis, etc. Planejar detalhadamente as rotas, escolha de caminhos seguros para evitar regiões com alto índice de roubo. Apóia o rastreamento das cargas, evitando que os veículos se desviem das rotas. 2.13.4 Modais de transporte Existem 5 principais modais de transportes, para que produtos e serviços sejam distribuídos até o local desejado que são eles: rodoviário, hidroviário, ferroviário, aeroviário e duto viário. Rodoviário Transporte realizado sobre rodas em vias de rodagem pavimentadas ou não, utilizado para transportar mercadorias e pessoas utilizando veículos automotores ônibus caminhões, veículos de passeio e etc. Realizando também o transporte de mercadorias de alto valor, perecíveis, produtos acabados ou semiacabados. 27 Para Martins e Laugeni (1999) o transporte rodoviário é o mais flexível, não necessita de baldeações e tem tido, historicamente, custos bastante competitivos. Tem como características custos fixos baixos e custo variável médio (combustível, pneus, manutenção). Hidroviário Para Martins e Laugeni (1999) os transportes fluviais e marítimo são uma alternativa barata, contudo as operações dos portos marítimos e fluviais tem apresentado alguns problemas. Transporte realizado nas hidrovias rios, mares e lagos (percursos que trafegam sobre aguas) utilizado para transportar pessoas e mercadorias. Os rios e lagos que são navegáveis precisam receber melhorias como, sinalização balizamento para que as embarcações com segurança. Responsável por transportar uma grande quantidade de mercadoria como: minérios, carvão, grão, ferro a longa a longa distancia. Tem como características Custo fixo médio-alto (navios e equipamentos) e custo variável baixo (capacidade para transportar grandes quantidades). Ferroviário Transporte realizado sobre linhas férreas podendo transportar pessoas e mercadorias. São mercadorias de baixo valor agregado que utilizam este transporte e em grandes quantidades com: produtos agrícolas, minérios, fertilizantes e derivados do petróleo etc. Tem como características altos custos fixos em equipamentos, terminais, vias férreas; custos variáveis baixos. Aeroviário. 28 Transporte realizado por aviões ou helicópteros podendo transportar pessoas e mercadorias pelo ar. Este transporte é utilizado pra movimentar mercadorias e passageiros urgentes ou de alto valor. Tem como características custo fixo alto (aeronaves) e custo variável alto (combustível mão de obra, manutenção). Dutoviário Transporte realizado no interior de uma linha de tubos ou dutos, movimentados por pressão sobre o produto a se transportado ou por arraste do produto por meio de um elemento transportador. Transporte subterrâneo assim podendo transportar a grandes distâncias combustíveis, minérios, gás natural, produtos a granel por longa distancia. Tem como característica alta confiabilidade (por possui poucas interrupções). Baixo custo de energia baixo custos operacionais (custo fixo elevado). 2.14. Ferramentas da Logística 2.14.1 SCM Supply Chain Management Gerenciamento da Cadeia de Suplemento. Muitas empresas estão utilizando os princípios da logística, que tem como objetivo, aplicar o suporte necessário do SCM, (Supply Chain Management – Gerenciamento da Cadeia de Suplemento) que teve inicio no ano de 1990. Para Vivaldini e Pires (2010) cadeia de suprimento (Supply Chan) pode ser definida como os processos envolvendo fornecedores-clientes ligando empresas desde a fonte inicial de matéria-prima até o ponto de consumo de produto acabado. O SCM tem a finalidade de coordenar o gerenciamento do fluxo de materiais e informações, acompanhando toda a atividade relacionada com produtos desde que é efetuado o pedido de vendas (ou previção de vendas) ate a entrega ao cliente. 29 Também é preciso implantar, nas empresas participantes, sistemas de custo adequados aos objetivos pretendidos, permitindo a transparência de informação entre os parceiros da cadeia. Esse tipo de operação logística integrada moderna é denominada de Supply Chain Management (SCM). Novaes (2007, p.40) Ainda citando Novaes (2007) SCM é a integração dos processos industriais e comerciais, partindo do consumidor final e indo ate os fornecedores iniciais, gerando produtos, serviços e informações que agregam valor para o cliente. O SCM representa o esforço de integração dos diversos participantes, do canal de distribuição por meio da administração compartilhada de processos-chave de negócios que interligam as diversas unidades organizacionais e membros do canal, desde o consumidor final ate o fornecedor inicial de matérias-primas. Fleury (2009, p. 42). Quando se fala de ferramentas logísticas, cada empresa é responsável pelo seu estoque. E assim ela poderá aplicar a ferramenta que necessita para a sua realidade. 2.14.2 ERP Enteprise Resoure Planning SIGE Sistema de Integrados de Gestão Empresarial O ERP Enteprise Resoure Planning ou SIGE (Sistema de Integrados de Gestão Empresarial no Brasil) são sistemas de informação que integram todos os dados e processos de uma organização em um único sistema. Citando Gaither e Frazier (2001) o ERP é um sistema de informação orientado pela contabilidade para identificar e planejar os recursos empresariais necessários para aceitar, fazer, remeter e cuidar dos pedidos dos clientes. Os ERPs são uma plataforma de software desenvolvida com o objetivo de integrar os diversos departamentos de uma empresa, possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações de negócios. Efetua a maior confiabilidade dos dados monitorados em tempo real e diminui o retrabalho, e é responsável pela atualização sistêmica informações que alimentam toda a cadeia de módulos do EPR e tem a finalidade de fazer a empresa interagir. 30 As informações são transmitidas em tempo real para o sistema, e uma ordem de venda será solicitada e o processo de fabricação com o envio da informação para múltiplas bases, do estoque de insumos a logística do produto. O ERP é considerado como grande banco de dados, com as informações que interagem e se realizam. ERP é um sistema de informação amplo da empresa que integra todas as informações, necessárias ao planejamento e controles de atividades de operações. Essa integração ao redor de um banco de dados comum permite maior transparência. Para Slack, Chambers e Johnston (2009, p.444) Com utilização desse sistema a empresa terá uma melhor administração, tendo assim mais subsídios para se planejar, diminuir gastos e melhorar a sua cadeia de produção. Ao investir no ERP será uma inovação para empresa, que terá uma melhor administração da produção. Ao controlar e entender melhor todas as etapas que levam ao produto final, a empresa pode chegar a produzir com mais rapidez e reduz o tempo que o produto fica em estoque. Integração pode ser vista sob as perspectivas funcional e sistêmica. Funcional Sistemas de finanças; Sistemas de contabilidade; Sistemas de recursos humanos; Sistemas de fabricação; Sistemas de marketing; Sistemas de vendas e compras; Sistêmico Sistemas de processamento de transações; Sistemas de informação gerenciais; Sistemas de apoio à decisão; 31 Algumas das principais vantagens do ERP são: Redução de estoque; Eliminar o uso de interfaces manuais; Otimizar o fluxo da informação da qualidade da mesma dentro da organização (eficiência); Otimizar o processo de tomada de decisão; Reduzir o tempo dos processos gerenciais; Algumas das principais desvantagens do ERP são: A implantação do ERP por si só não torna uma empresa integrada; Altos custos que muitas vezes não comprovam a relação custo beneficio; Dependência do fornecedor do pacote; Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento depende das informações do modulo anterior; Aumento da carga de trabalho dos servidores da empresa e extrema dependência dos mesmos. 2.14.3 MRP (Planejamento das Necessidades de Materiais). Para Martins e Laugeni (1999) as siglas MRP e MRP II são extremamente difundidas entre as pessoas que direta ou indiretamente lida com os processos produtivo, tanto de bens tangíveis quanto de serviços. Ainda este mesmo autor cita que MRP I, ou simplesmente MRP, é a sigla de material requirement planning,que, que pode ser traduzida por planejamento das necessidades (ou requisitos) de matérias. O MRP tem como objetivo elaborar um plano de suplemento, de materiais seja interna ou externamente. Ele se utiliza de softwares cama vez mais sofisticados. O MRP foi amplamente aceito para o planejamento e reprogramação das compras e o MRP I foi desenvolvido e promovido como a metodologia final para a administração de manufatura. Ritzman, krajewski e Moura (1996, p.217) 32 Para Gaither e Frazier (2001) MRP é usado cada vez mais, quando os fabricantes lutam para reduzir noveis de estoques, aumentar a capacidade de produção e aumentar os lucros. Este mesmo autor cita (2001 pg.313) colocando-se de maneira simples, os sistemas MRP se baseiam na filosofia segundo a qual cada matéria prima, peça e montagem necessária à produção devem chegar simultaneamente na hora certa para produzir os itens finais no MPS. Para Moreira (1999) MRP é uma técnica para converter a previsão de demando de um item de demanda independente, uma vez que seja conhecida ou estimada. O sistema MRP tem como subproduto o BOM (bill of material) que é um softweres que tem a finalidade de processar todos os dados, analisando todos os itens, os diversos produtos, informando se há produto disponível em estoque e se há faltado produtos. É denominado como Sistema de planejamento dos recursos de manufatura os softweres que possuem uma grande capacidade de processamento. Pode-se chamar o MRP de MRPII que tem a finalidade de fornecer uma maior capacidade de dados sobre um produto analisado com: (preço unitário, fornecedores, custos de mão-de-obra, processo de fabricação entre outros). O MRP é muito valioso como instrumento central de planejamento para assegurar a disponibilidade das matérias explodidos, reunidos e compensados. O MRP oferece visões sobre a condição e as necessidades da fábrica, quando o processo mestre de programação é exercitado. Ritzman, krajewski e Moura (1996, p. 219). Ainda citando Gaither e Frazier (2001 pg. 312) Os gerentes de operações atotam o MRP por estas razões. Melhorar o serviço ao cliente. Reduzir investimentos de estoque. Melhorar a eficiência operacional da fabrica. 33 Algumas vantagens do MRP Controle de Materiais: Lista todos os matérias da linha de produção, tanto para o pessoal do custo, como para fabricação e compras. Controle de Estoque: É essencial conhecer o estoque disponível, estoque de segurança para caso ocorra eventuais ocorrências não previstas. Plano Mestre: Responsável por relatar a demanda a ser atendida ( o MRP pode contemplar as possibilidades de alterações nas demandas previstas). Compras: O MRP tem um relatório detalhado de todos os componentes, já o MRP II os demais insumos que serão necessários à fabricação, assim facilitando calcular os custos voltados ao produto. 2.14.4 Sistema Kanban Kanban é um método de autorização da produção de material no sistema JIT. Na língua japonesa a palavra kanban significa um marcador (cartão, de sinal, placa ou outro dispositivo) usado para controlar a ordem dos trabalhos em um processo sequencial. Martins e Laugeni (1999, p.308) O sistema Kanban é de origem japonesa e são cartões de controle visuais. A metodologia do sistema kanban é a utilização de cartões que facilitam o processo de produção. Literalmente traduzindo, Kankan significa “registro visível” ou “placa visível”. De modo mais geral, torna-se a palavra kanban significado “cartão”. O sistema kanban criado pela Toyota emprega determinado cartão para avisar da necessidade de entregar certa quantidade de peças, e outo cartão semelhante, para avisar da necessidade de produzir maior quantidade das mesmas. Shonberger (1993, p.171) Citando Tubino (2000) o sistema kanban funciona baseado no uso de sinalizações para ativar a produção e a movimentação dos itens da fabrica. Estas sinalizações são convencionalmente feitas com base nos cartões kanbans. 34 Existem dois tipos principais de cartões kanban o de produção e o de movimentação. O de produção indica a produção de novos produtos e o de movimentação fica responsável por fazer o transporte para outras áreas da empresa. Somente quando o produto sair da empresa, é que será enviado á produção um novo pedido. A implantação do sistema kanban, facilitara um controle detalhado da produção indicando informações importantes quando produzir, quanto produzir e o que produzir. Entregar produtos de qualidade, no momento previsto e na quantidade pedida pelo cliente é fundamental e também é essencial utilizar o mínimo de recurso por esta operação. Ainda citando Martins e Laugeni (1999) o objetivo do sistema kanban é assinalar a necessidade de mais matérias e assegurar que tais peças sejam produzidas e entregues a tempo de garantir a fabricação ou montagem subsequentes. Com o avanço da tecnologia surge o e-kanban substituindo os cartões assim evitando alguns problemas relacionados com o sistema anterior, como perda de cartões e como beneficio, agiliza a atualização do quadro de tarefas. 2.15. JUST IN TIME Citando Slack, Chambers e Johnston (2009) O just-in-time (JIT) é uma abordagem disciplinada, que visa aprimorar a produtividade global e eliminar os desperdícios. Para Gaither e Frazier (2001) citando o APICS Dictionary defini JIT como uma filosofia de manufatura que se baseia na eliminação planejada de todo desperdício e na melhoria continua da produtividade. O Just in Time surgiu no Japão, em meados da década de 70. Sua ideia básica e seu desenvolvimento, são creditados à Toyota Motor Company que buscava um sistema de administração que pudesse coordenar, precisamente a produção, com a demanda especifica de diferentes modelos e cores de veículos, com o tempo mínimo de atraso. 35 Todavia Schonberger (1992) o ideal do JIT é colocar todos os materiais em uso ativo, integrando o material em processamento, nunca deixa-los ociosos e acarretando despesas de manutenção. O conceito JIT é produzir um pouco de cada coisa todo o dia. A teoria é possuir linhas de montagem de vários modelos que exigem pouca ou nenhuma troca de setup para manufatura de outros itens na mesma ou linhas de produtos similares. Ritzman, Krajewski e Moura (1996, p. 222). O sistema puxa a produção a partir da demanda, produzindo em cada estagio somente os itens necessários, nas quantidades necessário no momento necessário. 2.16 Custos logísticos Citando Fleury aet. (2009) um dos principais desafios da logística moderna é conseguir gerenciar a relação entre custo e nível de serviço (trade-off). Os custos logísticos podem representar 19% do faturamento de uma empresa, é um custo significativo podendo ser gerados nos setores de transporte, estoque, armazenagem. 2.16.1 Custos com transportes Citando Fleury aet. (2009) do ponto de vista de custos, representa, em media 60% das despesas logísticas. O transporte é responsável pelo maior percentual dos custos logísticos, para a maioria das empresas. O principal meio de transporte no Brasil é o rodoviário, fazendo com que os custos logísticos sejam elevados. O transporte representa o elemento mais importante do custo logístico na maior parte das firmas. O frete costumava absorver dois terços do gasto logístico e entre 9 a 10 % do produto nacional bruto para a economia americana como um todo. Ballou (1995, p. 113) 36 O custo com transporte pode ser classificado por custos fixos e variáveis. Os fixos correspondem com depreciação da frota, salários, manutenção, já os variáveis são com os combustíveis, pneus, lubrificantes entre outros. Se a frota for terceirizada o custo é paga em forma de frete. 2.16.2 Custos com estoque Citando Slack, Chambers e Johnton (2009), o custo dos estoques em termos de necessidades de capital de giro pode ser alto. Isso é especialmente sério em momentos em que a empresa precisa de fundos para investimento de capital. Tais custos de deixar estoques são chamados de manutenção podem se divididos em duas grandes categorias: os custos associados ao capital empatado nos estoques que deixa de ser produtivo a outros usos, e os custos associados ao próprio ato de conservar fisicamente os produtos tais custos de instalações, pessoal de almoxarifado, de deterioração eventual, seguros, taxas etc. Esta segunda categoria recebe o nome genérico de custos de armazenagem. Para Moreira (1999, p.369) O estoque também é caracterizado como custo logístico, se o transporte for rápido e frequente podendo assim manter os níveis de estoques baixos. Mas o custo do transporte será alto. Os estoques que possuem em grande volume e baixa frequência proporciona um alto custo de estocagem. Ballou (1995 pg.211) assim define os custos de estoques. Há três categorias diferentes de custo na administração de inventario. Eles são: (1) Os custos de manutenção de estoque: estão associados a todos os custos necessários para manter certa quantidade de mercadorias por um período de tempo. (2) Os custos de requisição ou compras: estão associados ao processo de aquisição das quantidades requeridas para a reposição do estoque. (3) Os custos de falta de estoque: são aqueles que ocorrem caso aja demanda por itens em falta no estoque. Alguns elementos que compõe os custos de estocagem. 37 O valor do estoque que poderia estar investido. O estoque custa dinheiro: seguros, perdas e outros riscos associados. O estoque em trânsito também compõe o custo. Um gerenciamento ineficiente do estoque provocará uma falta de produtos, e este custo é difícil de ser mensurado. Outro componente que compõe os custos logísticos é o local onde será feita a armazenagem. Que terá despesas com impostos, luz, aluguel (se o armazém for alugado) a conservação, será necessário equipamentos para movimentação e armazenagem e salários de funcionários. 2.16.3 Custo de armazenagem Para Ballou (1995), armazenagem e manuseio de mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas. Os seus custos podem absorber de 12 a 40% das despesas logísticas da firma. Citando Martins e Laugeni (1999 pg.29) Os custos envolvidos na armazenagem dos materiais são os custos fixos e os variáveis. Como exemplo de custos fixos temos: Utilização de moveis, de equipamentos de movimentação e de armazenamento, do mobiliário e de outros equipamentos (No caso da própria empresa, esses custos correspondem, no mínimo, ao valor da depreciação, sugerindo-se, porém, a valorização em função do real valor de mercado.) Seguros Folha de pagamento Benefícios a funcionários Alguns exemplos de custos fixos Custo de manutenção de estoque Deterioração e obsolescência Perdas Operação de equipamentos Manutenção de equipamentos e instalações 38 Materiais operacionais São custos gerados para manter estruturas que tenham condições fundamentais para o armazenamento, de diferentes produtos, matéria-prima produtos acabados e semiacabados e também com funcionários e equipamentos para manusear os produtos armazenados. 39 Capitulo 3 - Metodologia 3.1. Definição de Metodologia Para Gil (1999), pode se definir método como caminho para se chegar a determinado fim. E método cientifica como conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para atingir o conhecimento. A maioria dos especialistas faz, hoje, uma distinção entre método e métodos, por se situarem em níveis claramente distintos, no que se refere à sua inspiração filosófica, ao seu grau de abstração, à sua finalidade mais ou menos explicativa, á sua ação nas etapas mais ou menos concretas da investigação e ao momento em que se situam. Marconi e Lakato (2010, p.204) Todavia Demo (2000) pesquisa é um procedimento de fabricação do conhecimento, quanto como procedimento de aprendizagem (principio cientifico e educativo), sendo parte integrante de todo processo reconstrutivo do conhecimento. Pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento cientifico e se constitui no caminho para escolher a realidade ou para descobrir verdades parciais. citando Marconi e Lakato (2010, p.43) Podemos dividir as pesquisas em três grupos: Para Gil (1999) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. A pesquisa experimental representa o melhor exemplo de pesquisa cientifica. Essencialmente, o delineamento experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Gil (1999, p. 66) 40 Estudo de caso. O estudo de caso corresponde a um método qualitativo que tem o objetivo, de aprofundar uma unidade individual. Ele serve para responder questionamentos que o pesquisador não tem muito controle sobre o fenômeno estudado. O estudo de caso contribui para compreendermos melhor os fenômenos individuais, os processos organizacionais e políticos da sociedade. É uma ferramenta utilizada para entendermos a forma e os motivos que levaram a determinada decisão. Conforme Yin (2001) o estudo de caso é uma estratégia de pesquisa que compreende um método que abrange tudo em abordagens especificas de coletas e analise de dados. Segundo Severino (2011, pg.121) pesquisa que se concentra no estudo de caso particular, considerando representativo de um conjunto de casos análogos, por ele significativamente representativo. A coleta de dados e sua análise se dão da mesma forma que nas pesquisas de campo em geral. 3.2. Procedimento para obtenção de dados Para obter os dados na revisão bibliográfica foram utilizados livros e pesquisa de campo. Onde foi efetuado e um questionário, contendo 9 questões. Respondidas pelo Sr. Antônio Jacob de Souza Carvalho diretor da empresa no período de 20/10/2014 a 25/10/2014. 41 Capitulo 4 - Caracterização da Empresa 4.1. Empresa Alvo Neste capítulo serão expostos os dados sobre a, que esta localizada no Estado de São Paulo e atua no ramo de transportes de cargas e armazenamento. Por solicitação da diretoria da empresa, seu nome não será divulgado. Mas tratase de uma empresa localizada no município de Campinas e que atua no ramo de transportes de cargas. 4.2. A fundação A empresa foi fundada pelo Sr. Antônio Jacob de Souza e Carvalho, em 14 de junho de 2012, tendo como atividade principal prestar serviço de transporte rodoviário de carga, para campinas e região. 4.3 Missão, Visão, Valores e Segmento de mercado da Empresa Cumprir para sustentabilidade e desenvolvimento humano, gerando rentabilidade e satisfação dos clientes através de uma cadeia de logística eficiente. Visão da Empresa Ser referência no transporte rodoviário de cargas, reconhecida pela qualidade, confiança e inovação da prestação de serviços. Valores da empresa Ética, Qualidade, Rentabilidade, Profissionalismo. Segmento de Mercado Transporte Rodoviário e Armazenagem de Cargas. 42 Capitulo 5 - Pesquisa e Análise de Dados 5.1. Apresentação e Discussão dos dados obtidos na pesquisa Foi aplicado um questionário ao responsável, pela área de logística da empresa. Assim explorando as vantagens e desvantagens que a logística e suas ferramentas proporciona a empresa e seus clientes. 5.2. Resultado do Questionário Aplicado 1) Os canais de distribuição, utilizados pela empresa são eficientes para a entrega dos produtos? Resposta: Sim são eficientes, como o galpão apropriado para áreas separadas para receber material ou despachar, armazenar e controlar sua entrada e saída, funcionários especializados e meios de transportes regularizados e novos para atender as necessidades apresentadas. A escolha de um canal de distribuição eficiente é o ponto principal para que o produto chegue ao local exato e no tempo afirmado junto ao cliente. E para oferecermos um serviço de qualidade e custo acessível, a empresa realiza junto ao cliente, uma pesquisa do tipo de produto a ser transportado, o tempo disponível que o produto tem para chegar ao destino final. Assim serão analisados todos os dados, para que possamos oferecer um canal de distribuição que satisfaça as necessidades do cliente. Por isso consideramos nosso canal eficiente. Um canal de distribuição representa a sequencia de organizações ou empresas que vão transferindo até o consumidor final (Rolnicki, 1998). Por exemplo um canal de distribuição de um determinado produto pode envolver os seguintes setores: fabricante, atacadista, varejo e serviços pós-vendas (montagem, assistência técnica) Novaes (2007, p.124) Ter excelente planejamento para disponibilizar produtos e serviços para os clientes não garante que os objetivos logísticos serão cumpridos. Estes planos devem ser colocados em ação e seus desempenhos devem ser continuamente monitorados. Assim, é responsabilidade da operação do sistema logístico definir a estrutura 43 interna na empresa, que devera controlar o fluxo de bens e serviços e planejar as atividades logísticas. Ballou (1995 p.334) Analisando a resposta nota-se que é de grande importância à empresa possuir, informações precisas da carga e as necessidades do cliente. Para que a mesma possa prestar um serviço que atenda os objetivos acordado junto a ele. 2) Que transtorno causa um canal de distribuição inadequado para a empresa. O que a empresa acredita em serem canais inadequados? Resposta: A insatisfação do cliente gerada, por meios de transportes irregulares ou inadequados, com avarias e falta de documentação, comprometendo a segurança do produto, falta de funcionários capacitados para o manuseio de material e área de armazenagem fragmentada. Canal de distribuição inadequado pode ser ponto de distribuição fora do intermediário da linha e rodovias deterioradas, e assim ocasionando atrasos na entrega da carga e o não comprimento com o que for afirmado junto ao cliente. Outro aspecto importante a considerar é que os canais de distribuição e na estruturação da distribuição selecionados por uma empresa são de difícil alteração, mantendo-se fixos por muito tempo, pois envolvem outras empresas, agentes, acordos comerciais etc. Novaes (2010, p. 124). Analisando a resposta podemos afirmar que o maior transtorno causado é a perda no prazo de entrega da mercadoria e como consequência dependendo do tipo de mercadoria pode-se perder a carga no caso de perecíveis. E canal inadequado é aquele que não corresponde aos anseios do cliente. 3) Quais as dificuldades encontradas para aplicar a logística na empresa. Poderia citar algumas delas? Resposta: As dificuldades podem ser desde a falta de dialogo e comprometimento entre as partes envolvidas, que podem ocasionar no 44 desrespeito aos horários, falta de cronograma, e de parceria entre fornecedor, cliente e prestador de serviço. 4) Qual o maior benefício que a logística proporciona a empresa. Acredita ser eficiente a distribuição? Resposta: Sim, através do planejamento estratégico e cumprindo com o que foi agendado ganhando na economia de tempo, redução de custos e ganho em benefícios, tornando eficiente o processo de distribuição. Analisando a resposta o seu maior beneficio, é proporcionar que a empresa estude uma estratégia, e proporcione a mesma oferecer aos seus clientes serviços com qualidade. Para a Associação Brasileira de Logística é definida como: “O processo de planejamento, implementação e controle do fluxo e armazenagem eficientes e de baixo custo de matérias primas, estoque em processo, produto acabado e informações relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do cliente”. 5) As ferramentas logísticas aplicadas na empresa são eficientes, e que benefícios elas geram a empresa. Quais são elas? Resposta: Sim, todos os procedimentos realizados no processo logístico são acompanhados de seus Formulários e (Ferramentas), que proporcionam organização nos processos e dão auxilio para a realização correta dos procedimentos. Podendo ser usadas para estoque e armazenamento de matérias como um galpão, bom software para ajudar no controle, acompanhamento do que entra e sai, podendo utilizar de MRPs, Just in time, follow-up, empilhadeiras apropriadas para o manuseio de produtos em docas, colaboradores habilitados para ter ganhado na redução de custo, diminuição de avarias e pontualidade nos compromissos arcados. Citado por Slack, Chambers e Johnston (2009) O just-in-time (JIT) é uma abordagem disciplinada, que visa aprimorar a produtividade global e eliminar os desperdícios. 45 Citando Ritzman, krajewski e Moura (1996 pg. 219) o MRP é muito valioso como instrumento central de planejamento para assegurar a disponibilidade dos matérias explodidos, reunidos e compensados. O MRP oferece visões sobre a condição e as necessidades da fábrica, quando o processo mestre de programação é exercitado. Analisando a resposta as ferramentas logísticas são de grande eficiência para a empresa, porque através delas pode-se obter informações precisas e atualizadas da empresa. 6) Os benefícios obtidos pela logística cobrem os custos gerados pela logística. E houve redução ou acréscimo nos custos o uso da logística? Resposta: Sim, cobrem à medida que a implantação vai ser estendida para toda a empresa, possibilitando a médio e longo prazo a redução nos custos, redução no prazo de entrega, despesas e gastos da empresa, com a planejar antes de executar economizando em pedágios, combustíveis, manutenção dos meios de transporte e avarias, diminuição com acidentes de trabalho sem perde a qualidade e atendo as necessidades do fornecedor e cliente. Para Christopher (1997) pode-se afirmar que o gerenciamento logístico tem potencial para auxiliar a organização a alavancar tanto a vantagem em custo/produtividade como vantagem de valor. Analisando a resposta cobrem não de imediato os custos, pois a logística proporciona a empresa reduzir alguns gastos. 7) Os funcionários recebem algum tipo de treinamento para utilizarem as ferramentas logísticas? Resposta: Sim, todo colaborador inserido no quadro de funcionários é devidamente treinado pelos Encarregados/Supervisores, através dos Formulários de cada procedimento que cabe a sua função. Analisando a resposta é de grande importância, a capacitação dos funcionários porque não seria viável a empresa, manter as ferramentas sem funcionários capacitados. 46 8) Na visão da empresa os clientes notaram algum beneficio nos serviços após a implantação da logística na empresa? Resposta: Sim, com o comprimento da agenda e horário fornecido pelo cliente, pontualidade na entrega visando os interesses tanto do transportador, fornecedor e cliente redução de tempo e custo, comprimento do quadro de colaboradores com as metas propostas. Um bom projeto satisfaz aos consumidores, comunica o proposito do produto ou serviço a seu mercado e traz recompensas financeiras à empresa. O objetivo de um bom projeto, independentemente de ser de produto ou serviço, é satisfazer os consumidores ao atender as suas necessidades e expectativas atuais e/ou futuras. Slack, Chambers e Johnton (2009, p. 118) Todavia Christopher (1997) um antigo axioma em marketing nos diz que os “clientes não compram produtos, eles compram satisfação”. Em outras palavras, não se compra o produto pelo que ele é, mas pela promessa do que ele “proporcionara”. Analisando a resposta o cliente sempre que tem seus objetivos atendidos, ficam satisfeitos com serviço. Por que com a utilização da logística à empresa passa a oferecer um serviço de qualidade a ele. 9) A empresa realiza algum tipo de monitoramento, para saber se os clientes estão satisfeitos com os serviços oferecidos. Quais são eles? Resposta: Sim, através da pesquisa de satisfação que é realizada anualmente enviada às empresas por e-mail e devolvida para analise de dados e possíveis correções na operação. Citando Slack, Chambers e Johnton (2009) muitas ideias podem vir, todos os dias, dos clientes. Eles podem escrever para reclamar a respeito de um produto ou serviço específico ou poder dar sugestões para o seu aperfeiçoamento. Analisando a resposta o monitoramento é fundamental para a empresa, por que será através dele que a empresa terá conhecimento do nível de satisfação do seu cliente. Assim podendo corrigir erros na operação. 47 Em relação ao objetivo, Apresentar o desenvolvimento histórico da logística; Foi atingido, pois mostrou que a logística, possibilita que a empresa aplique um plano estratégico. Para uma distribuição eficiente e eficaz de carga. Economizando tempo e gastos proporcionando que a mesma seja retirado no ponto de origem e entregue no ponto final prestando um serviço de qualidade que satisfaça as necessidades do cliente. Podemos afirmar que suas ferramentas são fundamentais tendo com características: a integração de todos os setores da empresa ERP, gerencia cadeias de fluxos de matérias SCM, desenvolve um plano de suplemento de matérias diminuindo desperdícios, MPR. Na logística moderna é atualmente podemos observar na sua implantação redução de custos, gastos e despesas, pontualidade planejamento, cronograma, informação e conhecimento tecnológico de ponta e avanço nos meios de transportes para superar obstáculos internos e externos nos mais variados ambientes o que é uma vantagem econômica e quantitativa para uma empresa. Porem mesmo no processo logístico existem em algumas circunstancias desvantagens como a aquisição de tecnologia obsoleta ou impropria. Para o modelo logístico existem falta de funcionários capacitados para operar as ferramentas logísticas, ausência de transparência e planejamento que imperam os canais de distribuição, transportes inócuos. Na maioria das vezes os transtornos aparecem nos bastidores de uma dura, longa e desgastante reunião sobre contratos de prestação de serviços nos meios de transportes, seja por falta de profissionais de amos lados que não são habilitados na técnica de uma negociação gerando duros embates que nem sempre chegam a um consenso o que é uma perca. A falta ou ausência, de colaboradores treinados para os meios de transportes em algumas circunstancias ocasionam dano de material, financeiro e até humano no transporte material. A falta de infraestrutura só aumentam ainda mais chances de limitar ou desenvolver da empresa no cenário logístico 48 A fidelização dos clientes é de grande importância, para as empresas porque eles geram lucro a empresa. Em relação ao cliente as empresas buscam dar feedback a eles, para saber se o serviços oferecidos estão satisfazendo suas necessidades. É importante que a empresa mantenha um contado, com o cliente para medir o grau de satisfação entre cliente-empresa e muitas até aceitam sugestões que possam melhorar o seu serviço. Estar em contato com o cliente é fundamental porque é através dele que a empresa poderá avaliar o nível do serviço oferecido e assim podendo corrigir eventuais irregularidades. 49 Capítulo 6 - Considerações Finais O objetivo deste trabalho foi analisar as vantagens e os desafios da Logística e suas ferramentas no mercado. A empresa analisada atua no ramo de transporte rodoviário, há dois anos no Município de Campinas. A Metodologia foi à pesquisa de campo para coleta de dados e a pesquisa bibliográfica para situar a Logística no Brasil. Pode-se afirmar que os objetivos mencionados no primeiro capítulo foram atingidos através da pesquisa bibliográfica que cita autores renomados na área de Logística. Assim podendo responder a pergunta problema: Como a aplicação dos conceitos e ferramentas da logística pode influenciar no serviço prestado ao cliente. Podendo destacar os objetivos do trabalho: -Apresentar o desenvolvimento histórico da logística; podemos mencionar que: Fleury (2009), que coloca que a evolução da logística empresarial teve seu início a partir de 1980, decorrentes da demandas globalização que impunha um novo ritmo ao mercado internacional, alterando toda a estrutural da economia mundial e desenvolvimento tecnológico, acarretando importantes consequências à segmentação da logística empresarial em basicamente três grandes áreas: administração de materiais, movimentação de materiais e distribuição física. -Apresentar as ferramentas logísticas e suas características; podemos afirmar que; As ferramentas logísticas são fundamentais, para o desenvolvimento e a organização da empresa, pois podem ser utilizadas para monitoramento e armazenamento dos estoques, permitindo a integração de setores e a redução de desperdícios. -Relatar a importância dos conceitos logísticos em uma organização; podemos concluir que; 50 Os conceitos logísticos são de grande importância para a empresa, porque será através deles que a mesma poderá traçar uma estratégia de distribuição para atender as necessidades dos clientes oferecendo um serviço de qualidade e preço acessível. -Relacionar as vantagens e desvantagens da logística; pode-se mencionar que: Na logística moderna podemos observar na sua implantação redução de custos, gastos e despesas, pontualidade planejamento, cronograma, informação e conhecimento tecnológico de ponta e avanço nos meios de transportes para superar obstáculos internos e externos nos mais variados ambientes o que é uma vantagem econômica e quantitativa para uma empresa. -Levantar as dificuldades apresentadas pela empresa em relação à empresa; Pode- se destacar que: Porém mesmo no processo logístico existem em algumas circunstâncias desvantagens como a aquisição de tecnologia obsoleta ou impropria. Para o modelo logístico existe falta de funcionários capacitados para operar as ferramentas logísticas, ausência de transparência e planejamento que imperam os canais de distribuição, transportes inócuos. -Relatar os reflexos observados pela empresa em relação aos serviços ao cliente; Podemos citar que: E em relação empresa-cliente a empresa deve estar sempre atenta em medir o grau de satisfação dos clientes em relação aos serviços oferecidos pela empresa, e notou-se que os clientes estão cada vez mais satisfeitos com os benefícios gerados pela Logística. Sobre a pergunta problema deste trabalho, este estudo mostrou que a logística é essencial para as empresas que buscam sobreviver em um mercado cada dia mais competitivo. Uma vez que o setor de transporte rodoviário é responsável por movimentar a maior quantidade de carga do país. Com a pesquisa de campo realizada, podemos obter alguns resultados, como: - A eficiência na escolha de um canal de distribuição que atenda as necessidades do cliente. 51 - Ter uma infraestrutura adequada para o armazenamento para cada tipo de carga. - É importante o diálogo entre as partes, ou seja, um planejamento estratégico, para que eventuais transtornos não ocorram no momento da carga e descarga do transporte, tais como perda de documentos, avaria no produto e atrasos nas entregas. - Mostrou-se que as ferramentas logísticas aplicadas são eficientes, pois podem ser utilizadas para monitoramento e armazenamento dos estoques, permitindo a integração de setores e a redução de desperdícios. A Logística possibilitará a empresa planejar uma estratégia de serviço eficiente de distribuição e armazenamento, obtendo redução no tempo de entrega, algumas despesas, proporcionando assim maiores chances de novos clientes para a empresa. Com os dados levantados, foi possível atingir o objetivo deste trabalho sobre a Logística no Brasil. Em relação aos objetivos secundários, através das pesquisas realizadas, foi identificado que a Logística está sempre renovando suas ferramentas de trabalho para obter mais melhorias em suas entregas. Finalizando, as informações aqui descritas servem para dar suporte a futuros empreendedores na área de Logística. 52 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ALVARENGA, Antônio C. Novais, Logística Aplicada: Suprimento e Distribuição Física 3º.Ed. – Editora Edgar Blucher Ltda. 2000. ANGELIONI, Maria Terezinha, Comunicação nas Organizações na era do Conhecimento – 1º Ed. Editora Atlas 2010. ARAUJO, Jorge Sequeira, Administração de Compras e Armazenamento – 1º Ed. Editora Atlas S.A 1973. ARAUJO, Jorge Sequeira, Administração de Matérias – 4º Ed. Editora Atlas S.A 1975. BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística Empresarial: estratégia e planejamento da logística/cadeia de suprimentos. São Paulo: Bookman, 2006. p.49-69. BALLOU, Ronald H., Logística Empresarial Transportes, Administração de Materiais Distribuição Física – Editora Atlas S.A 1995. CARVALLHO, José, Logística – 3º Ed. Editora Lisboa 2002. CHING, hong Yuh, Gestão de Estoque na Cadeia de Logística Integrada Supply Chain - Editora Atlas 4° Edição 2010. CHRISTOPHER, Martin, Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimento, Estratégia para a Redução de Custo e Melhoria de Serviços – Editora Pioneira 1997. DEMO, Pedro, Metodologia do Conhecimento Científico. 1ª Ed. São Paulo DIAS, Marco Aurélio, Administração de Matérias Uma Abordagem Logística – 4º Ed. Editora Atlas S.A 1993. FLEURY, Paulo Fernando, Peter Wanke e Kleber Fonde Figueiredo, Logística Empresarial, Editora Atlas 2009. GAITHER, Norman e Greg Frozen, Administração de Produtos e Operações - 8º Ed. Editora Pioneira 2001. GIL, Antônio Carlos, Métodos e Técnicas de Pesquisa Social – 5º Ed. Editora Atlas S.A 1999. 53 KOTLER, P. Administração de Marketing: a edição do novo milênio. 10ª Edição. São Paulo: LAUGENI, Fernando e Petrônio G. Martins, Administração de Produção Editora Saraiva 1999. MARCONI, Marna de Andrade e Eva Maria Lakatos, Fundamentos de Metodologia Cientifica – 7º Ed. Editora Atlas S.A 2010. MAXIMIANO, Antônio Cesar A, Teoria Geral da Administração da Revolução Urbana a Revolução Digital – 5 º Ed. Editora Atlas S.A. 2005. MOREIRA, Daniel, Administração de Produção e Operação – 4ºEd. Editora Pioneira SP. 1999. NEVES, M. F.; Um Modelo para Planejamento de Canais de Distribuição no Setor de Alimentos. Tese (Doutorado). FEA, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. 297 p. NOVAES, Antônio Galvão, Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição – 10º Editora Elsevier 2007. PORTER, Michael E. - Estratégia Competitiva Editora Cosmos 1991. Prentice Hall, 2000. RITZAN Larry P.,Lee J. Krajewski e Reinaldo A. Moura – Série Qualidade e Produtividade do Imam. MRP, MRPII, MRPIII ( MRP + JIT com KANBAM), 2º Edição 1996. SCHONBERGER, Richard T. Técnicas Industriais Japonesas – 4ª Ed. Revista, Editora Pioneira SP 1993. SEVERINO, Antônio Joaquim, Metodologia do Trabalho Cientifico – 23º Ed. Editora Cortez Revisado e Atualizado 6º Reimpressão 2011. SLACK, Nigel, Stuart Chambers e Robert Jonston – 3º Ed. Editora Atlas S.A 2009. SP Ed Atlas, 2000. TUBINO, Dalvo Ferreira, Manual de Planejamento e controle da Produção – 2º Ed. Editora Atlas S.A 2000. VIVALDINI, Mauro, e Silvério R. I. Peres, Operadores Logísticos, Integrando Operações em Cadeias de Suplemento – Editora Atlas S.A 2010 54 YIN, Roberto K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2ª Ed. Porto Alegre. Editora: Bookmam. 2001. 55 APÊNDICE Estudo de Campo – Questionário para Obtenção de Resultados 1) Os canais de distribuição, utilizados pela empresa são eficientes para a entrega dos produtos. Poderia explicar os níveis desses canais? 2) Que transtorno causa um canal de distribuição inadequado para a empresa. O que a empresa acredita em serem canais inadequados? 3) Quais as dificuldades encontradas para aplicar a logística na empresa. Poderia citar algumas delas? 4) Qual o maior beneficio que a logística proporciona a empresa. Acredita ser eficiente a distribuição? 5) As ferramentas logísticas aplicadas na empresa são eficientes, e que benefícios elas geram a empresa. Quais são elas? 6) Os benefícios obtidos pela logística cobrem os custos gerados pela logística. E houve redução ou acréscimo nos custos o uso da logística? 7) Os funcionários recebem algum tipo de treinamento para utilizarem as ferramentas logísticas? 8) Na visão da empresa os clientes notaram algum beneficio nos serviços após a implantação da logística na empresa? 9) A empresa realiza algum tipo de monitoramento, para saber se os clientes estão satisfeitos com os serviços oferecidos. Quais são eles? 56 57