• • • Tratamento: Sintomas: Dor e rigidez articular. Exame físico: edema, eritema, calor, formação de Objetivos: cura da infecção; prevenir recorrências; melhorar função e dor. Com base em estudos clínicos, o uso de ATB apenas, sem intervenção cirúrgica, falha na maioria dos casos. Algumas estratégias Evitar iniciar ATB até podem ser coleta de material para usadas com exame microbiológico base no tipo de infecção; estabilidade do implante; tempo de duração de sintomas, etc. seio de drenagem de secreção (crônico). • Quando suspeitar: Alta probabilidade*: Presença ≥1 sintomas E pelo menos 1 dos abaixo: 1. Fator de risco OU 2. Achados no exame físico OU 3. Rx: afrouxamento precoce (<5 a) ou osteólise. Baixa Probabilidade: Dor ou rigidez articular apenas • Estratégias diagnósticas: VHS e PCR para avaliação inicial. PCR-t 1. Troca de prótese em 2 tempos Prótese joelho S = 80%, E = 80% (>13mg/L) Prótese Quadril S = 95%, E = 60% (>5mg/L) Normalização após 2 meses da cirurgia Não iniciar ATB ou parar 2 semanas antes da coleta de material para cultura. Enviar líquido sinovial para celularidade. (considerar > 65% de neutrófilos) e cultura. 2. DAIR - Retenção de prótese com antibiótico e desbridamentos Indicação: infecção precoce (< 21 dias de sintomas/ Cultura de líquido sinovial: S = 65%, E = 100 Colocar em frasco de hemocultura Realizar biópsia periimplante durante a cirurgia: • Múltiplos (5 - 7) fragmentos • Utilizar pinças diferentes Não é recomendado swab intraoperatório ou Gram de tecido periimplante. Imagem: cintigrafia nuclear (tecnécio, gálio, leucócitos ou PET), TC ou RM**: recomendação inconclusiva (discutir na radiologia). Após cirurgia, cintigrafia normaliza em até 1 ano Indicação: boa qualidade óssea e de partes moles / sem instabilidade clínica/ infecção crônica. Vantagens: taxa de cura de 90%. Desvantagem: maior custo/ aumenta tempo de internação e morbimortalidade. implante há< 3 meses) / foco hematogênico/ prótese estável – fixa/ micro-organismos multissensíveis. Vantagem: aumenta sobrevida / manutenção da prótese/ possibilidade de cura da infecção. Desvantagem: taxa de cura: 30 - 82% (18 meses de ATB com recidiva após 4 meses de suspensão). 3. Retenção da prótese sem cirurgia (Paliativo) Indicação: pacientes com múltiplas comorbidades/ procedimento tecnicamente impraticável. Vantagem: aumenta sobrevida/ redução de custos. Desvantagem: sem perspectiva de cura com ou sem ATB/ formação de seio de drenagem/ uso de ATB indefinidamente. 4. Retirada da prótese + Artrodesev Indicação: pobre qualidade óssea ou de partes moles/ incapacidade funcional ou neurológica/ microorganismo multirresistente. Vantagens: taxa de cura alta. Desvantagem: limitação funcional. # Imunossupressão: HIV, diabetes, colagenoses (LES, AR), desnutrição, anemia, falciforme, doença crônica renal ou hepática, quimioterápicos (corticóides, anticorpos monoclonais) e transplantados. Duração do tratamento: não resolvido. • Em pacientes submetidos a troca de prótese em 2 tempos: Infecção em Prótese Articular COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR O uso de espaçador de cimento impregnado com ATB é recomendado; 2. ATB sistêmico, guiado por cultura, deve ser administrado por 4 -6 semanas; 3. Reimplante após 6 semanas de tratamento (coletar material p/ cultura). 1. • SETEMBRO 2011 É uma complicação que resulta em significativa morbidade, incluindo dor, limitação funcional e risco de perda da prótese. A incidência é em torno de 2% após artroplastia primária de joelho ou de quadril . Em pacientes submetidos a DAIR: 1. 2. O curso do tratamento ATB : 3 -18 meses; Terapia oral, pode ser utilizada, se ATB tiver boa bio-disponibilidade,; • Patogênese Microorganismos atingem a prótese oriundos: da pele do paciente no momento da cirurgia, de disseminação hematogênica ou por contiguidade de tecido ao redor infectado. 3. Administração de rifampicina é recomendada se infecção for por Staphylococcus spp. sensível. A profilaxia antibiótica reduz a chance de infecção Ao aderirem à prótese passam a produzir biofilme que os protege dos agentes antimicrobianos e da resposta imune do hospedeiro. de prótese articular e deve feita: • Microbiologia*: Tipo I – Precoce (< 3 meses): disseminação Para todos os pacientes, incluindo os de baixo risco; 60 min antes da incisão cirúrgica; Por 24 horas após o término da cirurgia. Esquemas Antimicrobianos: Oxacilina – 2g 4/4h IV Cefazolina – 1g 8/8 h IV Cefalexina – 0,5 – 1g 6/6 h VO SMX/TMP – 12 - 15 mg TMP/ kg/ dia IV ou VO Vancomicina – 25 mg/ kg dose de ataque e 40 mg/ kg/ dia se MIC ≤ 1 Linezolida – 600 mg 12/12 h IV ou VO Daptomicina – 6 mg/ Kg/ dia Ceftriaxona – 1g 12/12h IV Cefepima – 1g 6/6h IV Ciprofloxacina – 400 mg 8/8h IV ou 50 mg 8/8 h • • 1. 2. 3. 4. 5. VO Referências: Guideline PJI AAOS 2010; N Engl J Méd 2009; 361: 787 CCIH Responde: [email protected] De 2ª a 6ª 7h às 16:00 no Ramal: 2693 durante a cirurgia ⇒ cocos Gram-positivos e enterobactérias (BGN). Tipo II – Tardia (> 3 meses - < 2 anos): disseminação hematogênica ou durante cirurgia ⇒ S. aureu e, S. coagulase negativo / P. acnes. Tipo III – Crônica (> 2 anos): disseminação hematogênica ⇒ Streptococcus sp. / BGN. Fatores de Risco: Infecção de articulação prévia do joelho Infecção superficial da ferida cirúrgica Obesidade em prótese de quadril Tempo cirúrgico prolongado: > 2,5h Imunossupressão(#) em prótese de joelho Outros: bacteremia ou fungemia recentes; dermatoses crônicas; usuários de droga IV, colonização ou infecção por MRSA; infecção ativa em outro sítio. • cocos Gram-positivos: > 80% (inclusive MRSA)