cinesioterapia aplicada na incontinência urinária feminina de esforço

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Revista Eletrônica FACIMEDIT, v5, n1, Jan/Ago. 2016
ISSN 1982-5285 – ARTIGO ORIGINAL
CINESIOTERAPIA APLICADA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA
FEMININA DE ESFORÇO
BRUNO, Graciela Souza1
QUEIROZ, Eugênia Iris Silveira de 2
PEREIRA, Cleidimar Medeiros 3
LIMANA, Jaqueline Araujo4
ANTONO, Heriton Marcelo Ribeiro5
ARMONDES, Carla Caroline Lenzi6
RESUMO
A Incontinência Urinária é considerada um problema de saúde pública. Entre os tipos
existentes o que mais interfere na saúde da mulher é a incontinência urinária de esforço
(IUE). O objetivo deste estudo foi verificar a eficácia terapêutica após cinesioterapia
aplicada em mulheres as quais apresentaram IUE. A amostra foi composta por 7
mulheres, na faixa etária entre 35 a 60 anos (± 6,07), quais foram submetidas a
avaliação da força muscular do assoalho pélvico através do perineômetro, avaliação da
qualidade de vida por meio do King’s Health Questionnaire, realizados antes e após
tratamento. O protocolo adotado foi uma série de 10 exercícios de Kegel, com duração
de 45 minutos, duas vezes por semana, totalizando 10 sessões. Em relação ao grau de
força muscular mensurado, através do perineômetro, foi constatado melhora evolutiva
do pré para o pós-tratamento: pico (1,37±0,20 para 2,30±0,20); média (4,91±1,78 para
9,70± 1,92) e duração (4,04±0,46 para 9,59±1,32), atingindo o nível de significância
(p<0,05). Em relação à avaliação da qualidade de vida, observou-se melhora em todos
os domínios (p<0,05). O tratamento conservador cinesioterapêutico adotado foi eficaz
no fortalecer a musculatura pélvica para a melhora da qualidade de vida.
Palavras Chave: Incontinência urinária; Fisioterapia; Cinesioterapia.
1
Acadêmica do curso bacharelado de Fisioterapia FACIMED.
Acadêmica do curso bacharelado de Fisioterapia FACIMED.
3
Acadêmica do curso bacharelado de Fisioterapia FACIMED.
4
Acadêmica do curso bacharelado de Fisioterapia FACIMED.
5
Docente do curso de bacharelado de Fisioterapia FACIMED.
6
Docente do curso de bacharelado de Fisioterapia FACIMED.
2
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KINESIOTHERAPY APPLIED IN FEMALE STRESS URINARY INCONTINENCE
ABSTRACT
Urinary incontinence is considered a public health problem. Among the existing types which
more interferes with the health of women is stress urinary incontinence (SUI). The aim of this
study was to evaluate the therapeutic efficacy after kinesiotherapy applied in which women
had SUI. The sample consisted of 7 women, aged between 35-60 years (± 6.07), which were
subjected to evaluation of the muscular strength of the pelvic floor through perineometer,
assessment of quality of life through the King's Health Questionnaire conducted before and
after treatment. The protocol used was a series of 10 Kegel exercises, with a 45 minute
duration, twice a week, total of 10 sessions. Regarding the degree of muscle strength
measured by the perineometer, it was found evolutionary improvement from pre to posttreatment: peak (1.37 ± 0.20 to 2.30 ± 0.20); average (4.91 ± 1.78 to 9.70 ± 1.92) and duration
(4.04 ± 0.46 to 9.59 ± 1.32), reaching the level of significance (p <0.05) . Regarding the
assessment of quality of life, improvement was observed in all domains (p <0.05). The
conservative kinesiotherapeutic treatment adopted was effective in strengthening the pelvic
muscles to improve the quality of life.
Keywords: Urinary incontinence. Physiotherapy. Kinesiotherapy.
INTRODUÇÃO
Propõe-se com o presente trabalho apresentar ao leitor uma abordagem simples e clara
sobre o que é a incontinência urinária de esforço feminina a qual deveria ser uma preocupação
eminente de saúde pública, e dos profissionais que atuam diretamente nos programas voltados
à saúde da mulher. A população acometida por essa patologia cabe-lhes oferecer boas
condições de tratamento e proporcionar uma melhor vivência social. Nesse sentido, o papel
do fisioterapeuta é primordial na atuação de prevenção, avaliação e realização de manobras
técnicas de reeducação e tratamento de maneira menos invasiva, barata e eficaz (MORENO,
2009).
Moreno (2009), afirma em seus estudos que, é de fundamental importância para os
profissionais de saúde, em especial os que prestam assistência em ginecologia e obstetrícia,
conhecer os diâmetros pélvicos femininos. Como em toda nova área do conhecimento, os seus
conceitos sofrem rápidas e grandes mudanças, obrigando-nos a constante atualização para
continuar oferecendo a melhor opção diagnóstica e terapêutica para as pacientes. Nesse
contexto, as técnicas fisioterapêuticas surgem, naturalmente, como grande contribuição para a
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uroginecologia. Desempenham papel central na terapêutica da incontinência urinária e das
demais afecções do assoalho pélvico da mulher.
Para Montellato, Baracat e Arap (2000), a incontinência urinária de esforço (IUE)
consiste na perda involuntária de urina durante situações que aumentem a pressão abdominal,
como por exemplo: tosse, espirro, mudanças abruptas de posição e esforços físicos. A
observação da perda urinária pela uretra, simultânea as situações referidas, caracteriza o sinal
de IUE, cuja condição fisiopatológica subjacente é uma anormalidade esfincteriana
(Hipermobilidade uretral ou Deficiência esfincteriana intrínseca).
Segundo Chiarapa, Cacho e Alves (2007), a reeducação uroginicológica é
importantíssima na vida dos pacientes acometidos pelaa IUE. São muitos os recursos
disponíveis em cinesioterapia. Além dos exercícios de contração isolada perineal (CIP), são
aplicados também exercícios globais e pélvicos, bola terapêutica, técnicas respiratórias de
alongamento e fortalecimento diafragmático, iso-stretching, outras técnicas de educação
postural e técnicas hipopressivas.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Verificar a eficácia terapêutica da cinesioterapia associado ao Kegel aplicada no
tratamento da incontinência urinária feminina de esforço.
Objetivos Específicos
a) Mensurar o grau de força da musculatura do assoalho pélvico das mulheres com
incontinência urinária de esforço (IUE), antes e após o tratamento cinesioterapêutico;
b) Avaliar por meio do questionário KHQ a qualidade de vida das mulheres com
incontinência urinária de esforço (IUE), antes e após tratamento cinesioterapêutico;
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CINESIOTERAPIA COMO REEDUCAÇÃO
Na escolha pelo tratamento conservador em reeducação cinético-funcional pélvicoperineal, a primeira etapa a ser cumprida, rigorosamente, é a avaliação, conduzida pelo
fisioterapeuta de forma sistemática e objetiva. Após conclusão diagnóstica, planejamento e
aplicação da conduta terapêutica, a assistência à paciente se prolonga mesmo após a alta, com
acompanhamento em períodos preestabelecidos, sendo um acompanhamento após 3 meses,
novo retorno em 6 meses e a última reavaliação após 1 ano (CHIARAPA; CACHO; ALVES,
2007).
Segundo Chiarapa, Cacho e Alves (2007), na reeducação uroginecológica, são muitos
os recursos disponíveis em cinesioterapia. Além dos exercícios de contração isolada perineal
(CIP), são aplicados também exercícios globais e pélvicos, bola terapêutica, técnicas
respiratórias de alongamento e fortalecimento diafragmático, iso-stretching, outras técnicas de
educação postural e técnicas hipopressivas.
Nos estudos de Souza et al. (2011), aponta-se a cinesioterapia aplicada, associada à
outras técnicas de conscientização (exercícios de Kegel) para o fortalecimento dos músculos
do assoalho pélvico tem demonstrado resultados expressivos significantes, e que são formas
mais eficazes de tratamento, pois melhora a força e a função desta musculatura, favorecendo
uma contração consciente e efetiva nos momentos de aumento da pressão intra-abdominal,
evitando assim as perdas urinárias e reforçando o mecanismo da continência de urina,
melhorando a qualidade de vida das pacientes.
Os exercícios perineais têm como objetivo maior o fortalecimento dos músculos do
assoalho pélvico, bem como a manutenção e restauração da continência, explicado
fisiologicamente que o aumento da força muscular advém da repetição dos movimentos
voluntários. O treinamento muscular perineal proporciona também uma adaptação neural ao
longo do tratamento. O funcionamento harmônico do assoalho pélvico resultante do exercício
direcionado oferece apoio estrutural para a bexiga e a uretra, distribuindo cargas/ pressões
durante um aumento de pressão intra-abdominal (CHIARAPA; CACHO; ALVES, 2007).
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Exercícios de Kegel
Adiante veremos em específico os exercícios de Kegel, descritivamente e ilustrado, os
quais associados com os exercícios cinesioterapêuticos, são aplicados à mulheres que
possuem incontinência urinária de esforço.
a) Despertar: a paciente, em decúbito dorsal e membros inferiores (MMII) em
extensão, deve realizar a Contração Isolada Perineal (CIP) e a contração do abdome e dos
glúteos, sem perder o contato com o solo.
Figura 1 - Exercício de Kegel: despertar.
Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p. 133.
b) Elevador: a paciente, em decúbito dorsal e MMII fletidos com apoio plantar, deve
inspirar profundamente e, durante a expiração, realizar retroversão pélvica com CIP,
contração do abdome, dos glúteos e dos adutores, elevando o quadril aproximadamente 5 cm
do tablado.
Figura 2 - Exercício de Kegel: elevador.
Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p. 133.
c) Fechamento: a paciente, em decúbito dorsal e MMII fletidos com apoio plantar,
deve posicionar uma bola entre os joelhos e, no momento da expiração, realizar uma adução
pressionando a bola, contraindo ao mesmo tempo o abdome e o glúteo, e realizando CIP.
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Figura 3 - Exercício de Kegel: fechamento.
Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p. 134.
d) Reforço anterior: a paciente, em decúbito dorsal com MMII apoiados em 90º na
bola ou na cadeira e as mãos posicionadas atrás da cabeça, no momento da expiração deve
flexionar o tronco (aproximadamente 30º) realizando a CIP.
Figura 4 - Exercício de Kegel: reforço anterior.
Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p. 134.
e) Reforço posterior: a paciente, em posição de quatro, tronco alinhado, no momento
expiratório deve realizar a retroversão do quadril com CIP e contração do abdome e do glúteo.
Figura 5 - Exercício de Kegel: reforço posterior.
Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p. 135.
f) Borboleta: a paciente, sentada com a coluna apoiada na parede com MMII fletidos e
aduzidos, na expiração deve realizar a abdução das pernas com CIP e contração de abdome.
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Figura 6 - Exercício de Kegel: borboleta.
Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p. 136.
g) Propriocepção do assoalho pélvico: a paciente, sentada na bola, realiza quatro
variações de movimentos, inicialmente sem realizar CIP, somente para um feedback
proprioceptivo de contato e posteriormente associar a CIP: movimentos laterais, movimento
em oito para os lados, pulando e anterior e posterior.
Figura 7 Exercício de
Kegel: propriocepção do
assoalho
pélvico
movimento lateral.
Fonte:
Adaptado
de
Chiarapa; Cacho; Alves,
2007,
p.
137.
Figura 8 Exercício de
Kegel: propriocepção do
assoalho
pélvicomovimento em oito para
os lados.
Fonte:
Adaptado
de
Chiarapa; Cacho; Alves,
2007,
p.
137.
Figura 9 Exercício de
Kegel: propriocepção do
assoalho
pélvicopulando.
Fonte:
Adaptado
de
Chiarapa; Cacho; Alves,
2007, p. 138.
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h) Treino de dissociação diafragmática: a paciente, sentada na bola ou na cadeira, com
discreta inclinação de tronco, deve inspirar e realizar CIP e tosse.
Figura 10 - Exercício de Kegel: treino de dissociação diafragmática.
Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p. 1390.
DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS
Trata-se de um estudo descritivo do tipo quase-experimental que teve como objetivo
colher informações e conhecimentos acerca de um problema, aplicar a cinesioterapia em
mulheres com patologia de incontinência urinária de esforço, procurar uma resposta e tentar
mostrar um resultado.
A amostra foi composta, inicialmente, por 10 mulheres com idade de 35 a 60 anos
(DP: 6,07), que apresentaram diagnóstico médico de Incontinência Urinária de Esforço (IUE)
e que não realizaram tratamento para esta patologia, todas com histórico de parto normal ou
cesariana; praticantes ou não de alguma atividade física leve (caminhada); cognitivo
preservado; capacidade de locomoção e encaminhadas dos hospitais e clínicas pertencentes à
cidade de Cacoal-RO.
Foram excluídas do estudo, pacientes com idade inferior a 35 anos e superior a 60
anos; cirurgias pélvicas recentes; outros tipos de incontinência urinária; grávidas; pacientes
com cardiopatias graves; realizando tratamento específico para IUE; e as que recusaram o
tratamento.
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Variáveis do estudo
Para a análise estatística foram consideradas as seguintes variáveis: tempo de
aplicação dos exercícios (45 minutos); idade das pacientes (35 a 60 anos); pontuação e cálculo
do King’s Health Questionnaire e a força muscular do assoalho pélvico.
Análise dos dados
A verificação do comportamento homogêneo da idade, a comparação entre os valores
dos domínios avaliados pelo KHQ, pré e pós-tratamento, e a mensuração da força muscular
do assoalho pélvico, obtida pelo perineômetro, pré e pós-tratamento, foram realizadas pelo
teste de Mann-Whitney, sendo que todas as conclusões foram discutidas no nível de 5% de
significância.
Critérios Éticos
O estudo seguiu os procedimentos éticos de análise do Comitê de Ética da instituição.
A pesquisa foi iniciada após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal- RO (FACIMED), com o protocolo de
aprovação n° 985-12 em dezembro de 2012.
Todas as pacientes assinaram o Termo de consentimento livre e Esclarecido (TCLE), e
o Consentimento de participação da pessoa como sujeito antes de iniciar o estudo. Destas
pacientes, somente 7 concluíram o estudo, pois uma teve que desistir por problemas referente
a sua saúde (furúnculos), e as outras 2 por problemas de ordem pessoal.
RESULTADOS
Quanto ao protocolo a presente pesquisa foi composta por 10 mulheres, na faixa etária
de 35 a 60 anos, destas 3 desistiram e somente 7 concluíram o tratamento. Todas com queixa
clínica de incontinência urinária de esforço. Conforme mostra o gráfico abaixo.
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Tabela 1- Média, desvio- padrão, Cv e valor de p referente á idade das 7 mulheres com
diagnóstico de incontinência urinária.
Em relação à qualidade de vida, a tabela nº 2 demonstra o resultado dos nove
domínios do questionário (KHQ) das sete pacientes, de forma geral no pré e pós-tratamento.
Houve diferença estatisticamente significante (p<0,05) em todos os domínios.
Tabela 2- Domínios do Questionário King’s Health Questionnaire
Nas tabelas 3 e 4 estão demonstrados a média e desvio-padrão (DP) da força muscular
do assoalho pélvico de cada paciente, pré e pós-tratamento obtidos através do perineômetro;
pico, média e duração, podendo ser observados esses dados nos gráficos 1, 2, 3.
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Tabela 3- Médias e desvios-padrão da força muscular do assoalho pélvico obtida pelo
perineômetro de cada participante da pesquisa na primeira avaliação.
Tabela 4- Médias e desvios-padrão da força muscular do assoalho pélvico obtida pelo
perineômetro de cada participante da pesquisa na última avaliação. (pós-tratamento).
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Considerando os dados obtidos, quanto à média e ao desvio-padrão (DP), pré e póstratamento, foram demonstrados que de modo geral, houve aumento considerável, exceto em
dois casos: paciente F no item pico, e paciente B no item média, o que de forma geral não
alterou os resultados.
A tabela 5 demonstra que houve diferença estatísticamente significante entre o pré e
pós-tramento, sendo (p <0,05), confirmando a eficácia da cinesioterapia como reeducação
muscular do assoalho pélvico no tratamento da IUE, através dos exercícios de Kegel.
Tabela 5- Média, desvio-padrão, Cv e valor de p da força muscular do assoalho pélvico,
obtida pelo perineômetro pré e pós-tratamento.
DISCUSSÃO
O motivo da escolha do tema para este estudo é mostrar que a incontinência urinária
de esforço (IUE) é uma patologia que afeta um elevado número de mulheres, e que estas
ficam ocultas na sociedade, devido ao preconceito e vergonha em abordarem esse problema.
Portanto é um método eficaz de tratamento dessa patologia, as amostras escolhidas foi
composta por pacientes do sexo feminino.
Um dos objetivos do tratamento cinesio-terapêutico é reeducar e fortalecer os
músculos do assoalho pélvico feminino, pois com a melhora da força e da função dessa
musculatura favorece a contração consciente efetivando um aumento da pressão intra-
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abdominal, fazendo com que as perdas urinárias venham a diminuir, concordando com Rett et
al.(2007).
Pode-se afirmar que na presente pesquisa, a maioria das pacientes submetidas ao
tratamento, houve melhora estatisticamente significante, tornando o resultado satisfatório. De
modo geral, as pacientes mostraram-se receptivas ao tratamento, notou-se uma maior
conscientização em relação à musculatura do assoalho pélvico e da sua importância no que
diz respeito à saúde e o bem estar, e que retomar o controle das funções do próprio corpo
(RAMOS e OLIVEIRA, 2010).
CONCLUSÃO
Tendo em vista a dificuldade de encontrar pacientes para o tratamento da
incontinência urinária, por falta de conhecimento e orientação para esse fim, os resultados
foram satisfatórios com as pacientes acompanhadas e tratadas.
A análise dos resultados demonstrou e permitiu concluir que, a cinesioterapia aplicada
através dos exercícios de Kegel em mulheres com Incontinência Urinária de Esforço (IUE),
foi comprovadamente eficaz. Foi demonstrado que houve ganho de força significante da
musculatura do assoalho pélvico, melhorando os sintomas relatados pelas pacientes e a
melhora da qualidade de vida.
Neste contexto, recomenda-se a cinesioterapia associada aos exercícios perineais como
técnica de reeducação no tratamento da incontinência urinária de esforço como forma de
proporcionar as pacientes melhores condições de vivência social. Porém, este estudo deixa em
aberto espaço para mais pesquisas e discussões sobre o assunto com tempo maior de
investigação e trabalho.
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