FACULDADE DE TECNOLOGIA DE GARÇA CURSO DE TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA – GESTÃO DE NEGÓCIOS Autor: ANDRE LUIZ PACHECO ALBERO [email protected] Garça – SP / 2007 RESENHA: FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES: FOCO EM MODELOS DE RELACIONAMENTO RESUMO A busca do equilíbrio financeiro e do crescimento das empresas passa naturalmente por um planejamento que tem como base à manutenção ou a elevação dos níveis de venda. Neste sentido a fidelização dos clientes em relação à empresa, seus produtos e sua marca são de vital importância para continuidade do negócio. Diante de um mercado tão dinâmico, onde os clientes mostram-se mais exigentes, relacionar-se mais ativamente com o cliente, agrupando criatividade e novas formas de atendimento, torna-se uma ferramenta ideal para a fidelização. Observa-se então, a necessidade da busca de uma análise mais aprofundada sobre o comportamento atual do mercado em relação às estratégias que vem sendo utilizadas para venda de produtos e a fidelização dos clientes. Nesta busca, devem-se considerar as características individuais, regionais, geográficas, costumes e comportamentos de cada um de nossos parceiros de negócio; estágios de conhecimento e de utilização dos recursos tecnológicos disponíveis no mercado de produtos e serviços; e, principalmente, valorização como maior ativo oferecendo-lhes o que há de melhor em atendimento, fidelizando-os e encantando-os para uma parceria cada vez mais duradoura. SUMÁRIO 1. Introdução............................................................................................................ 3 2. Conceituação e síntese da abordagem temática............................................. 7 3. Metodologia....................................................................................................... 12 4. História e conceituação do marketing.............................................................16 4.1 Marketing Tradicional............................................................................. 18 4.2 Marketing de Relacionamento............................................................... 19 4.3 Marketing Tradicional versus Marketing de Relacionamento............ 22 4.4 Regras de segmentação para um modelo de relacionamento........... 26 4.5 Fatores essenciais para o relacionamento com os clientes.............. 27 4.5.1 Atração e Retenção de Clientes.............................................. 28 4.5.2 Satisfação de Clientes.............................................................. 29 4.5.3 Qualidade X Satisfação............................................................ 30 4.5.4 Fidelização de Clientes............................................................. 31 5. Foco no Cliente: estratégia de fidelização.................................................. 34 5.1 Foco no cliente inativo........................................................................... 41 6. Conclusão....................................................................................................... 44 7. Referências..................................................................................................... 46 3 1. Introdução Os profissionais de marketing precisam entender como os estímulos são transformados em respostas dentro da ‘caixa preta’ do consumidor, que possui duas partes. Uma constitui as características do comprador, que influenciam na maneira como ele percebe o estímulo e reage a ele. A outra constitui o processo de decisão do comprador, que por si só afeta seu comportamento (KOTLER; ARMSTRONG, 2003, p.119). Diariamente, os consumidores tomam decisões de compra. Muitas empresas pesquisam essas decisões detalhadamente para saber o que, onde, como, quanto, e por que os consumidores compram. Os profissionais de marketing põem estudar as compras dos consumidores para descobrir o que, onde e quanto eles compram. Mas descobrir os motivos por trás do comportamento de compra não é uma tarefa fácil – as respostas estão geralmente na cabeça dos consumidores. Então, como fidelizálos, torná-los fiéis as marcas e produtos da empresa. Ser fiel é ser digno de fé; ser leal aos seus compromissos; não falhar, estar-se sempre seguro ante seus objetivos. Diante desses significados, seria correto dizer que os clientes são fiéis? Que são leais à sua marca? Que não falharão e seguramente continuarão fazendo negócios com sua empresa? Na maior parte das vezes, a resposta é não. O objetivo da fidelização é reter os clientes, evitando que migrem para a concorrência aumentando o valor dos negócios por eles proporcionados. As empresas anseiam por clientes fiéis para obterem vantagens financeiras. Já nos relacionamentos pessoais, a fidelidade está diretamente ligada a vantagens emocionais. O ato de interagir com lealdade junto a amigos e companheiros é justificado pela construção de relacionamentos baseados em emoções. Desta forma, por que não ater-se a esse princípio e agir da mesma forma em relacionamentos com clientes, dos quais se espera lealdade? Como nos relacionamentos pessoais, fidelidade não se compra; conquista-se em longo prazo com atitudes que transmitam confiança, respeito, cuidado, atenção e carinho com a outra parte em um processo contínuo de lealdade. 4 A busca por ofertar qualidade nos serviços prestados e garantir a satisfação dos consumidores orientou, por muito tempo, estratégias de empresas no intuito de consolidar suas posições diante dos concorrentes ou de crescer sua participação no mercado. A idéia dominante embasava-se na condição de que bastava para as empresas conseguir níveis altos de satisfação para garantir que os clientes continuassem dando preferência a seus produtos e serviços ao longo do tempo. Apesar de esta idéia perdurar na visão de muitos administradores, alguns fatos mostravam-se contrários a esta proposição. Pesquisas indicavam que entre 60% e 80% dos consumidores que mudavam de fornecedor consideravam-se plenamente ou muito satisfeitos. Diversos acadêmicos perceberam que, para muitos casos, não havia correlação positiva entre índices de satisfação e comportamento de compra do consumidor. Com isso, a relação satisfação-fidelidade começou a ser estudada com maior detalhamento, sobrevindo então, grande diversidade de hipóteses com respeito à fidelização de clientes. Para garantir a sobrevivência no mercado, as organizações percebem que precisam manter fiéis os seus clientes. Mas como conseguir essa fidelização? Os primeiros estudos visando compreender o consumidor e seus hábitos de consumo surgiram no início do século XX, mas o foco baseava-se nos produtos e aumento das vendas. Em meados do século, estudos sobre a hierarquia das necessidades humanas (fisiológicas, segurança, relacionamento, estima, e autorealização), trouxeram uma importante contribuição para o estudo das características dos produtos que satisfizessem as necessidades e desejos dos consumidores. Posteriormente, Philip Kotler dedicou-se a consolidar os fundamentos e princípios do que hoje se titula como Marketing, amarrando definitivamente o produto à satisfação de necessidades, atribuindo a estas a prioridade. Antes de Kotler, produzia-se e promovia-se para vender e, nos dias de hoje, produz-se o que o consumidor deseja para satisfazer suas necessidades. Se cliente satisfeito é sinônimo de um negócio bem-sucedido, clientes fiéis são essenciais para a sustentação da liderança no negócio. Mas como uma empresa evolui de clientes meramente satisfeitos para clientes absolutamente fiéis? Muitas empresas acreditam que fornecer produtos e serviços continuamente melhorados a preços competitivos seja o suficiente. Outras vão mais além, 5 proporcionando programas de benefícios para usuários freqüentes e descontos preferenciais. Mas nada disso aumenta significativamente a fidelidade do cliente em longo prazo. Por quê? Possivelmente porque a maioria desses enfoques não está centrada no cliente individual e na sua definição individual de valor. Em vez disso, tratam os clientes como uma grande massa sem muita diferenciação. Todo cliente espera sair satisfeito de uma transação comercial e que a empresa venha empenhar-se em satisfazê-lo. Mas ter um cliente satisfeito não garante sua fidelidade. O que influencia na satisfação dos clientes? Produtos e serviços de qualidade, preço percebido como justo, condições de pagamento satisfatórias, cumprimento de prazos e compromissos assumidos pela empresa, disponibilidade de produtos / serviços, entrega adequada, escuta atenciosa, diálogo de compromisso, descontos e ofertas especiais e facilidade da compra. Identifica-se com facilidade, atualmente, empresas preocupadas em oferecer produtos e serviços de qualidade, a preços justos, investindo fortunas na imagem, na marca, em e-business, em programas de responsabilidade social, de proteção ao meio ambiente e em campanhas de marketing. Mas poucas dessas empresas estão preparadas para ouvir seus clientes. A maioria está surda para as sugestões e reclamações que chovem em seus múltiplos canais de comunicação. As empresas que não ouvem seus clientes estão mais focadas em seus interesses do que nos dos clientes? A passividade excessiva vem auxiliando na perda de recursos financeiros? Talvez simples fatos como de não se formular respostas às suas necessidades, problemas, mudanças e expectativas, venham contribuir para uma relação estremecida e não duradoura. Como justificar a possível constatação de que é muito mais barato manter clientes do que conquistar outros novos? A demora na valorização do cliente, sublinhada pela “passividade” excessiva delineada pelas empresas vêm fundamentar a perda de investimentos e lucros? Segundo Kotler (2003), conquistar novos clientes custa entre cinco a sete vezes mais do que manter os já existentes. Então, o esforço na retenção de clientes é, antes de tudo, um investimento que irá garantir aumento das vendas e redução das despesas. 6 Os programas de fidelização sejam quais forem as suas amplitudes, são considerados de grande importância na construção de relacionamentos estáveis e duradouros com os clientes. A fidelização pode ser fruto das características intrínsecas e extrínsecas dos produtos / serviços ou do valor agregado percebido pelos clientes. Nos dois casos, a fidelidade se relaciona à satisfação com o produto / serviço ou seus atributos – essa satisfação pode ser real ou apenas uma percepção, cabe às empresas e seus administradores detectarem diretrizes para harmonizar esta relação. 7 2. Conceituação e síntese da abordagem temática Poucas marcas geram uma fidelidade tão intensa quanto a que está no coração dos proprietários de Harley-Davidson. “O público da Harley é firme” em sua devoção, lamenta o diretor de vendas da Yamaha (AMERICAN 1 IRON ). Conceituar fidelização de clientes não se prende ao simples fato de dar significado ao tema. Conceituar fidelização de clientes constitui-se, principalmente em classificar, agrupar, distinguir e combinar fatores que estabeleçam harmonia na relação com os clientes. Tecnicamente pode-se estabelecer, embasado em critérios definidos por instituições de certificação de qualidade como a (ISSO 9004:2000), de que organizações dependem de seus clientes e, portanto, convém que entendam as necessidades atuais e futuras desses clientes; e atendam aos seus requisitos e procurem exceder as suas expectativas. O conceito de fidelidade tornou-se mais relevante ainda, a partir do momento em que as empresas começaram a perceber que a fidelidade dos seus clientes é que garantiria retornos financeiros futuros. Segundo Drucker (9999, p.99), [...] “a fidelidade tem efeito sobre a lucratividade na medida em que tem uma influência direta sobre o fluxo futuro de clientes”. Atualmente, é destacada a forte tendência das empresas em migrar de estratégias baseadas em satisfação para estratégias orientadas à fidelização, pois são evidentes os resultados positivos financeiros quando se tem uma base de clientes fiéis. A busca pela fidelização está entre os principais problemas enfrentados pelos gestores e executivos das empresas de serviços. A compreensão dos efeitos financeiros ocasionados pelo aumento do nível de fidelidade e conseqüente redução na deserção de consumidores é de suma importância. A busca contínua pela fidelização e garantia de um relacionamento duradouro não deve ser entendido como um custo, mas como um investimento que gera margens de lucro crescentes e superiores às conseguidas com clientes eventuais e esporádicos. 1 American Iron: faz menção a observação do editor da revista Amercian Iron, uma publicação do setor. (KOTLER; ARMSTRONG, 2003, p.117). 8 Atualmente na comunicação com o mercado podemos contar com diversas ferramentas de marketing como a propaganda, a venda pessoal e o marketing direto. Conforme aponta, Kotler (1998): Graças às inovações tecnológicas, as pessoas podem agora comunicar-se por meio da mídia tradicional (jornais, rádio, telefone, televisão), bem como por novas formas de mídia (computadores, fax, celulares e Pager). Ao reduzir os custos da comunicação, as novas tecnologias tem encorajado mais empresas a passar da comunicação de massa para comunicação dirigida e ao diálogo um a um (KOTLER, 1998, p. 127). Entretanto, com o nível de competição e o alto grau de tecnologia incorporado aos processos produtivos, a qualidade dos produtos tende a se equiparar. Hoje, a diferença percebida pelos clientes deve-se, principalmente, ao atendimento prestado. Estudos sinalizam que, dos clientes que deixam de realizar uma compra, 68% o fazem por falta de atendimento ou comportamento inadequado de quem atende ao cliente. Possuir preço competitivo é importante, mas não contribui como fator isolado; o cliente percebe o valor, ainda que sentimental, e valor agregado é diferente de preço. Segundo Kotler (1998, p.27) “Marketing como um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”. O valor agregado é “composto” pelo que o cliente entende que vale o produto (qualidade), e pelos serviços associados, como o atendimento prestado e a rede de assistência técnica. O grande diferencial está na prestação de um grande atendimento, já que os preços se equivalem em um mercado globalizado e num ambiente de baixa inflação. Estudos realizados com clientes de lojas de varejo mostram que 9% dos clientes deixam de comprar por causa do preço, enquanto que 68% o fazem por mau atendimento ou comportamento inadequado de quem os atende, ou seja, sete vezes mais. Este “grande diferencial no atendimento” deve perpetuar-se pelo uso de estratégias de comunicação, que construam relacionamentos de longo prazo e, assim, promovam a fidelização dos clientes. Segundo Drucker (l998) “mais importante que reinterpretar o que a empresa está fazendo é identificar o que ela deveria estar fazendo, mas até agora não o fez”. 9 Busca-se com este estudo, compilar diretriz e regras básicas, proporcionando as empresa o desenvolvimento de relacionamentos estáveis e duradouros com os clientes, sustentando-os através de alguns fatores, abaixo dispostos: • Definir um ciclo de comunicação com o cliente – possuir uma estratégia de comunicação, com ações voltadas para os clientes, desde o contato inicial até a obtenção de uma resposta, dentro de um prazo estabelecido; • Interagir com o cliente – regra de difícil implementação, mas com excelentes resultados quando realizada, como, por exemplo, no desenvolvimento de produtos; • Ouvir o cliente cuidadosamente – de modo a registrar as sugestões e reclamações, para ser pró-ativo; • Desenvolver pesquisas sistemáticas entre os clientes; • Desenvolver a propaganda de resposta direta – de modo que a mesma induza o cliente a se comunicar com a empresa; • Transformar compradores em adeptos. Por relacionamento, Kotler (1998, p.30) entende ser “a construção satisfatória em longo prazo com partes-chaves – consumidores, fornecedores e distribuidores – para reter sua preferência e negócios em longo prazo”. A empresa pode desenvolver o seu modelo de relacionamento com o cliente a partir das regras básicas acima, acrescentando-se às mesmas, regras específicas, de acordo com o tipo de relacionamento desejado e características pessoais, destacando-se os modelos a seguir: • Modelo de recompensas – premia a repetição da compra por intermédio de bônus e incentivos, como é o caso dos programas de milhagem das companhias aéreas e cartões fidelidade de algumas empresas; • Modelo educacional – existe um programa de comunicação interativo, enviado periodicamente ou a pedido do cliente, educando-o para o consumo do produto; • Modelo contratual – é um clube de clientes, no qual se paga uma taxa para usufruir benefícios exclusivos; 10 • Modelo de afinidade – é um clube de clientes, mas que agrega pessoas segundo um interesse específico, normalmente divulgado através de uma publicação. A pertinência do tema de interesse traz, normalmente, alto nível de resposta dos clientes; • Modelo de serviço de valor agregado – o cliente é reconhecido pelo uso de um serviço agregado durante a compra do produto / serviço contratado. Utilizado por redes de hotelaria, que providenciam o translado aeroporto-hotel do cliente; • Modelo de aliança – utilizado por organizações não-concorrentes, que se associam para prestar serviços a seus clientes comuns. Exemplo: das companhias aéreas, que fazem reservas de carros para seus clientes com as locadoras de veículos. Uma outra forma de fidelizar clientes é através da marca, que passa a ser associada a um estilo de vida, status, ou nível de excelência do produto / serviço. O estabelecimento de parâmetros que meçam os comportamentos dos indivíduos enquanto consumidores em relação aos benefícios oferecidos por certas marcas não é fácil, pois o benefício é algo subjetivo e difícil de ser identificado e medido e ao mesmo tempo de se construir em critério de agrupamento de consumidores (COBRA, 1997, p.96). Como exemplo, podemos citar as seguintes marcas e sua identidade para o cliente: • Marcas de excelência – inspiram uma confiança, respaldada no histórico e conceituação do produto. Exemplo: Leite Moça da Nestlé; • Marcas de identidade – o consumidor se identifica, de acordo com sua personalidade ou estilo de vida. Exemplo: cartão de crédito American Express, carros modelo Ferrari; • Marcas de aventura – são as que apresentam mudanças sociais e tecnológicas. Exemplo: relógios de pulso Swatch, referência em inovação no design, e produtos Nike, referência em tecnologia esportiva. 11 Como existem diferenças nas extensões dos níveis de satisfação e fidelidade em cada tipo de serviço, as estratégias de fidelizar clientes devem considerar as características de cada negócio, permitindo assim modelar uma estratégia de fidelidade adequada à natureza de cada serviço. Para isso, é importante que os conceitos e a relação entre satisfação e fidelidade sejam valorizados, possibilitando a viabilidade funcional de questionar fatores, valores e hipóteses, tais como: Quais motivos e fatores levam o consumidor a tornar-se fiel aos serviços de uma empresa e qual a diferença no grau de fidelidade em serviços de naturezas distintas? 12 3. Metodologia Com a acirrada competição e o surgimento crescente de novas tecnologias, as empresas também se preocupam cada vez mais com o principal diferencial competitivo, o atendimento ao cliente, procurando satisfaze-los e torna-los fiéis. Percebe-se que ao mesmo tempo em que as empresas visam satisfazer e reter seus clientes, estes se afastam, realizando suas compras em outros concorrentes. Nesse contexto, o desenvolvimento deste trabalho busca determinar os principais fatores que possam auxiliar as empresas à fidelização da sua carteira de clientes, conceituando, classificando, diferenciando e justificando estruturas e técnicas comportamentais dos clientes. A pesquisa embasou-se em focar os clientes ativos, inativos e seus respectivos relacionamentos com as empresas. Para o alcance dos objetivos deste estudo, foi realizada ampla pesquisa bibliográfica, embasada em obras de diversos autores de renome tais como: Kotler, Armstrong, Drucker, Cobra, Peppers, Rogers etc. Procurar-se-á sintetizar os principais objetivos e técnicas de marketing de relacionamento procurando comprovar que para a fidelização da carteira de clientes, as empresas necessitam exercer a valorização individual de seus clientes. Para tanto serão estruturados os seguintes parâmetros de abordagem junto aos consumidores: • Melhora no atendimento ao cliente; • Conhecer melhor o cliente; • Determinar o perfil dos clientes; • Aumentar a retenção / fidelidade do cliente; • Aumentar o lucro por cliente; • Melhorar a comunicação com o cliente; • Oferecer o produto correto ao cliente; • Antecipar e detectar as necessidades do cliente; • Atrair clientes novos e inativos; 13 • Estabelecer um processo de parceria com os clientes; • Maior agilidade para atender as mudanças mercadológicas; • Adequar o marketing de relacionamento individualmente. Muitos clientes realizam suas compras sem sequer saber o nome de quem as atendeu, nem mesmo o nome da loja ou proprietário. Sendo assim, o cliente não pensa duas vezes antes de trocar de fornecedor. Simples fatores como marcam, preço, qualidade não detêm mais um cliente insatisfeito. Como tornar este cliente fiel? O comportamento do cliente dimensionará a empresa a forma de conduta adequada para conquistá-lo, respondendo as questões seguintes: • Todos os clientes recebem o mesmo tratamento? • Apenas um ponto de contato (funcionário) conhece o cliente? • O cliente precisa fornecer a mesma informação mais de uma vez? • Clientes recebem informação diferente de cada ponto de contato (setor)? • O numero de reclamações é excessivo? • A empresa tem dificuldade de detectar as reais necessidades dos clientes? • A empresa detecta as necessidades individualmente? • A empresa adota campanhas de marketing com facilidade? Nota-se que as maiores dificuldades enfrentadas pelas empresas são a dificuldade em detectar as necessidades dos clientes. O fato de os mesmos receberem o mesmo tratamento não constitui um fator positivo para detectar as respostas para as questões acima. O estudo dos modelos de relacionamento e o foco individualizado no cliente poderão construir uma nova formulação para o sucesso das empresas. O Cronograma deste trabalho inicia-se em setembro de 2006 e sua constituição é embasada na obra de Gil (2002, p. 59) asseverando que: “A pesquisa bibliográfica, como qualquer outra modalidade de pesquisa, desenvolve-se ao longo 14 de uma série de etapas. Seu número, assim como seu encadeamento, depende de muitos fatores, tais como a natureza do problema, o nível de conhecimentos que o pesquisador dispõe sobre o assunto, o grau de precisão que se pretende conferir à pesquisa etc.”. Para tanto as etapas foram assim compostas: 1. Definição do Tema Empreendedorismo: face à atual retração da economia e dificuldades na retenção dos clientes pelas empresas, este trabalho procurará demonstrar possíveis caminhos a serem percorridos; 2. Definição dos Objetivos Centrais: Modelos de relacionamento enfocados em clientes ativos e inativos; 3. Levantamento dos referenciais Bibliográficos: levantamento de obras de várias autorias na biblioteca FATEC e Municipal de Garça entre outras instituições de ensino; 4. Pré-leitura sumarizada: realização de apontamentos, anotações e citações analisadas pelo sumário de suas obras, como também registros de tabelas; 5. Leitura Seletiva: extração de textos relacionados ao tema central e suas disposições preliminares; 6. Leitura Reflexiva: foi dada a importância às argumentações dos autores em suas obras, procurando buscar compreender, relacionar, organizar e relatar com objetividade seus registros e narrativas; 7. Leitura interpretativa: inicia-se a busca pela problematização e conceituação das idéias expressas, buscando concordância ou não com os autores; 8. Definição das Problemáticas: através das etapas anteriores foi possível determinar as problemáticas e fatores contributivos que desencadearam o tema problema; 9. Formalização das Hipóteses: utilizando a mesma metodologia, definir proposições, hipóteses e fatores que precipitaram o tema problema; 10. Desenvolvimento do tema: norteamento e desenvolvimento das idéias centrais, seus objetivos e horizontes; 11. Conclusão: exposição das proposições e considerações finais sobre o tema escolhido; 15 12. Redação do Texto: concomitantemente às anotações e apontamentos iniciase a formalização do texto por meio da informática; 13. Revisão Final do Referencial Bibliográfico: estabelecimento das fronteiras científicas para início das demais etapas; 14. Correção gramatical e ortográfica: inicia-se a correção do contexto através do uso das escritas do Português / Brasil e Inglês / USA; 16 4. História e Conceituação do Marketing Toda a era do marketing foi voltada para a transação, procurando garantir a realização de um negócio entre as partes envolvidas. Mas como compreender como as atividades de marketing foram utilizadas pelas empresas na linha do tempo? De acordo com Boone e Kurtz (1998), existem três eras principais na história do marketing: a era da produção, a era de vendas e a era do marketing. O quadro 3, reflete a atitude dos produtores, do mercado consumidor e dos administradores de marketing ao longo da história. ERA PERÍODO APROXIMADO DE ATITUDE PREDOMINANTE TEMPO Produção Antes dos anos 20, século XX. “Um produto bom se venderá por si mesmo”. Vendas Antes dos anos 50, século XX. “propaganda e vendas criativa vencerão a resistência do consumidor e o convencerão a comprar”. Marketing Anos 50 e 60 – Tradicional. “O consumidor é o rei. Busque Anos 70 – Segmentação. uma necessidade e satisfaçaa”. Anos 80 – Nicho. Anos 90 – Cliente. Relacionamento Anos 90 e século XXI. “Compreenda a necessidade de seu consumidor e gerencie seu relacionamento com ele”. Fonte: BOONE; KURTZ (1998, p.07). Quadro 3: Marketing ao longo da história. 17 A era da produção dominou a filosofia dos negócios desde a revolução industrial até aproximadamente a década de 1920. Durante este período a produção em massa estava iniciando e a mentalidade das empresas era de que o consumidor compraria qualquer produto que fosse bom, bastando que as empresas produzissem e procurassem o consumidor. Uma frase famosa vem enfatizar esta fase é citada na obra de (HENRY FORD apud KOTLER, 1998, p. 226) ilustrando que “O cliente pode comprar o carro da cor que quiser, contanto que seja preto”, explicada pela grande demanda de consumidores e baixa produção na época. O foco da produção deu lugar as vendas quando, devido a sofisticação das técnicas de produção e a crise de 1929, a busca por compradores teve que intensificar-se, fazendo com que as empresas fossem obrigadas a tornar suas forças de vendas mais eficazes, tendo como principal tarefa convencer o consumidor a comprar. Neste período, a renda pessoal e a demanda por mercadorias e serviços por parte do consumidor caiu abruptamente, exigindo maior atenção dos administradores nas análises dos mercados e no planejamento do produto, fazendo com que as atividades de marketing se destacassem no cenário organizacional. Tal tendência foi interrompida pela Segunda Guerra Mundial, quando tanto a oferta como as demandas de produtos tornaram-se escassas. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a produção de bens e serviços voltou à tona, fazendo com que houvesse uma mudança do mercado do vendedor – com escassez de mercadorias e serviços – para o mercado do comprador – com abundância de mercadorias e serviços. Isso fez com que as empresas fossem obrigadas a trabalhar seus produtos e mercados, não era mais possível apenas produzi-los e vende-los. A era do marketing se iniciava com o papel principal de auxiliar no planejamento do produto. O cliente passa a ter razão absoluta. As empresas começaram a escutarem os clientes e desenvolverem os produtos por eles solicitados. O período de marketing desta época foi marcado por algumas fases importantes, podendo-se destacar: • Era do Marketing de Massa: a era da produção em massa e da propaganda em massa que emergiu depois da Segunda Guerra, tendo seu apogeu entre os anos 50 e 60. O cliente transformou-se em consumidor, revelando pela própria natureza do nome um distanciamento do relacionamento, uma vez que a empresa não estava interessada em conhecê-los. 18 • Era da Segmentação: na década de 70 proliferaram técnicas de segmentação de mercado, permitindo dirigir o esforço de marketing a grupos de pessoas mais homogêneos. A partir desse momento, as empresas foram obrigadas a buscar informações sobre os clientes a fim de dividi-los em grupos semelhantes. • Era do Marketing de Nicho: nos anos 80 o mercado foi repartido em grupos cada vez menores de consumidores – cada grupo com necessidades e desejos específicos. • Era do Cliente: nos anos 90 os consumidores tornaram-se a ser clientes, no sentido de serem tratados como indivíduos, com suas necessidades entendidas e atendidas com produtos ou serviços de maior qualidade e valor agregado. Para Kotler (1998, p.31) “Marketing é a atividade humana dirigida para a satisfação de desejos, através do processo de troca”. O objetivo principal das empresas era garantir a venda e para isso ou faziam o chamado marketing de massa, oferecendo produto e serviços idênticos a todos os consumidores, ou no máximo segmentavam tais consumidores em perfis semelhantes e adaptavam seus produtos para cada um destes grupos. Segundo Kotler (1998, p.27) o marketing é referenciado como “um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”. Para Peppers e Rogers (2001) a medida de sucesso das empresas era a fatia de mercado, o que fazia com que os administradores de marketing estudasse a concorrência de forma a combatê-la, investissem fortemente em propaganda e treinamento de vendas e firmassem na mente do consumidor a imagem da empresa de forma a convence-lo de comprar o produto que ofereciam. 4.1 Marketing Tradicional Para Peppers e Rogers (2001), no marketing tradicional, as empresas têm seus produtos padronizados e dificilmente conseguem diferenciar seus clientes, o 19 que faz com que eles se tornem totalmente livres, isto é, se uma empresa perde um cliente e ganha outro, seu “mercado” está estável. A empresa desenvolve sua estratégia para um “cliente médio”, o que não significa que o seu cliente é fiel. Desenvolve também uma comunicação unidirecional, através da mídia de massa, pois seu objetivo é que o número de clientes aumente, consequentemente aumentando sua participação no mercado. Segundo Ribeiro (1999), o objetivo final é a maximização do lucro; a empresa dedica-se a produção dos bens ou serviços que serão vendidos no mercado através de transações com os clientes. Cada transação é independente de todas as outras transações e guiada somente pelo mecanismo de ganho em curto prazo.Em uma transação simples não há reconhecimento de marca, nenhum comprometimento do vendedor com o comprador, extensão de crédito, transferência, lealdade ou diferenciação de um produto para outro. Apesar de ainda muito utilizado pelas empresas atualmente, o marketing de massa vêm se tornando cada vez mais ineficaz, pois um produto padronizado mesmo com baixos custos de produção e distribuição para a organização, não oferece os benefícios exigidos pelos consumidores. Segundo Kotler (1998, p.26) tal declínio se deve à [...] “dificuldade da prática de marketing não ajustado às necessidades de públicos específicos”. A idéia de que o século XXI seria marcado pela valorização do relacionamento com os clientes é apoiada por Peppers e Rogers (2001), que difundem a idéia que o marketing tradicional não é mais eficiente. A necessidade atual é de acumular informações dos clientes para conseguir se relacionar individualmente com cada um deles, redirecionando o conceito de marketing para Marketing de Relacionamento. 4.2 Marketing de Relacionamento No passado, os clientes buscavam resultados frente às suas necessidades específicas, o que gerava um movimento passageiro entre empresa e clientes, mas, no cenário atual, verifica-se que os clientes estão cada vez mais exigentes quanto aos resultados esperados e à própria superação de suas expectativas. Entretanto, Peppers e Rogers (2001) asseveram que “Marketing de Relacionamento é fazer 20 negócios como nossos avós”. A chave é retomar a arte de pensar pequeno: satisfazer os clientes, conseguir comunicações mais rápidas, mover-se com mais agilidade, todas essas coisas são mais fáceis quando se é pequeno. E essas são todas as características que se precisam num ambiente global de rápida mudança. Com as novas tecnologias de informática, todos os armazenamentos de informações sobre os clientes e fornecedores ficaram facilitados, possibilitando um atendimento mais personalizado. Foi em busca deste caminho que o mercado se voltou para técnicas e métodos que permitissem o estreitamento de comunicação, permitindo sua constância e eficácia entre a empresa e o cliente, não só pelo fator de se ouvir o cliente, mas de estreitar o relacionamento, tirando proveito dessa harmonia. Para realizar essas atividades, a informação é a arma que fará a diferença. A concorrência não ocorre mais na qualidade ou no preço do produto, na tecnologia de ponta na linha de produção ou na propaganda. Estes aspectos tornaram-se requisitos básicos para a permanência da empresa no mercado. Atualmente, as informações que as empresas têm sobre seus clientes, seus concorrentes e sobre o mercado em que atuam são seu principal diferencial competitivo. Além disso, o cliente tem um maior poder de barganha, devido a uma maior oferta gerada por uma concorrência global, observando-se ainda uma redução da fidelidade à marca e mudanças no seu estilo de vida, o que provoca uma demanda maior por conveniência, levando as empresas a buscarem a otimização dos seus canais de contato com os clientes e a procurarem personalizar suas ofertas e sua própria comunicação. Segundo Kotler (1998, pg.31) “Marketing é a atividade humana dirigida para a satisfação de desejos, através do processo de troca”. Existem duas formas básicas de competição: por preços ou por diferenciação e especialização de produtos e serviços em torno de determinado público-alvos. Assim, dentro de um mercado em que cada vez é mais fácil se fazer comparação por preços, ou a empresa tem a certeza de que tem o melhor preço ou terá de buscar essa estratégia de preço, tornando-se muito latente a necessidade da diferenciação nos produtos e na prestação de serviços, assemelhados atualmente na busca pela fidelização. Com o poder das informações, as empresas ficam aptas a identificar e selecionar os clientes corretos, oferecendo-lhes o produto que desejam, com um 21 atendimento personalizado, buscando um relacionamento duradouro e benéfico para ambos. O relacionamento sustentado satisfatoriamente junto aos clientes através de um marketing de permanente conquista, evidencia a existência de vários fatores influenciadores no bom desempenho financeiro da empresa. É preciso reconhecer que o valor do cliente é maior do que o valor de sua compra, o que dá a certeza do seu retorno ao longo do tempo. Assevera-se ainda, que a aquisição do cliente é bem mais cara do que a sua manutenção, o que salienta ainda mais a relevância do requisito fidelidade. Se a empresa deseja manter um bom relacionamento com os seus clientes, é preciso saber, inicialmente, o que é importante para eles, o que é relativamente fácil, porque todos, afinal, num determinado momento, são clientes. Algumas empresas perdem excelentes oportunidades ao manterem uma política de “passividade expressiva”, como por exemplo, as que mantêm avisos de troca de produtos em determinados dias da semana, o que, seguramente, lhes fazem perder oportunidades de negócios. No entanto, bons lojistas sabem que a troca de produtos enseja novas vendas. Além disso, ao oferecer conveniência e simplicidade ao cliente, a empresa mostra que valoriza o seu tempo, perpetuando o ativo mais importante nos dias atuais. Os relacionamentos são supervalorizados por emoções positivas a cada momento em que o cliente interage com a empresa. Existem diversas ferramentas que auxiliam no conhecimento do comportamento do cliente, como por exemplo, o CRM, que gerencia o relacionamento com o cliente, uma estratégia poderosa de negócios pela qual as empresas otimizam sua rentabilidade, suas receitas, a satisfação do cliente e um marketing de relacionamento, integrando múltiplos pontos de contatos. Antigamente, o proprietário de um estabelecimento comercial conhecia as preferências e a capacidade financeira dos seus clientes em absorver novos produtos e serviços, beneficiando-se desse conhecimento. No mundo atual, porém, a empresa, através dos meios tecnológicos de que dispõe, disponibiliza informações para as pessoas que mantêm contato com os clientes, objetivando a manutenção dos mesmos e a aquisição de novos, da forma mais econômica possível. Um dos objetivos da empresa com essas técnicas de relacionamento é obter 100% da “fatia do orçamento do cliente” e fazer também com que o cliente se torne um “aliado da 22 empresa”, indicando-a para os seus parentes e amigos. Existe a necessidade do entendimento de que o cliente precisa ser “envolvido”, na busca da manutenção de um relacionamento harmonioso, levando em conta também, o lado emocional conquistado dia-a-dia. A empresa busca agregar valores a todos os aspectos de sua experiência com o cliente, onde o preço deixa de ser a principal consideração, tornando-se mais um item, em uma proposta de valor muito mais abrangente, o que faz com que a concorrência tenha mais dificuldade de atingir esse cliente, que se torna mais tolerante e que passa a manter um relacionamento contínuo com a empresa. Para tanto, algumas regras de segmentação são recomendadas às empresas, como forma de estruturação e, posterior adoção de medidas para melhor fidelizar sua carteira de clientes. 4.3 Marketing Tradicional X Marketing de Relacionamento A diferenciação entre os dois conceitos de marketing em seus diversos aspectos são o foco e a medida de sucesso para a análise dos resultados das atividades de marketing. Enquanto o marketing tradicional tem o foco procurar clientes para seus produtos e como medida de sucesso de seus programas de marketing o aumento da participação do mercado, o marketing de relacionamento tem como foco procurar produtos para seus clientes e seus programas têm seu sucesso medido em termos de participação do cliente. As principais diferenças podem ser exemplificadas no quadro 1: Marketing Tradicional Marketing de Relacionamento Cliente médio Cliente individualizado Cliente anônimo Cliente com perfil definido Produto padronizado Oferta sob medida 23 Produção em massa Produção sob medida Distribuição em massa Distribuição individualizada Propaganda em massa Mensagem individualizada Promoção em massa Incentivos individualizados Mensagem unidirecional Mensagem bidirecional Economia de escala Economia de escopo Participação de mercado Participação do cliente Todos os clientes Apenas clientes rentáveis Atração do cliente Retenção do cliente Fonte: KOTLER, Philip (1998, p.627). Quadro 1: Marketing Tradicional versus marketing de relacionamento Outros autores também se preocupam em diferenciar o marketing tradicional do marketing de relacionamento. Abaixo segue o quadro 2, construído por Ribeiro (1999, p.128) que, em seus esforços de comparar o “marketing sob a perspectiva de relacionamento em relação à perspectiva de transações”, afirma que um é efetivamente o oposto do outro. Grupos de análise Marketing Transacional Marketing Relacional Objetivo Fazer uma venda que é o Criar um consumidor (a resultado final e a medida venda é o começo de um de sucesso. Satisfazer o relacionamento). Integração consumidor (o consumidor do consumidor (geração de compra valor). Duração valor interativo). Começo e fim Processo contínuo. determinados. Compreensão do Consumidor é anônimo. Comprador e vendedor são 24 consumidor Comprador e vendedor são independentes. independentes. Domínio da função de Marketing mix. Marketing marketing interativo (suportado pelos objetivos do marketing mix). A tarefa de marketing Acesso e critérios de baseado performance preço. Maior sensibilidade para ao ao mercado em produto preço. Foca é Acesso ao mercado e baseado em competência resolver na Menor problemas. sensibilidade conquista de novos clientes. preço. Foco é no ao valor alcançado junto a clientes atuais. Método Negociação. Condução Transações Estilo Colaborativo e cooperativo. atrativas de Comprometimento curto prazo. confiança. Independência. Dependência mútua. Principais aspectos de Foco em produto. Venda Foco troca e como uma Eventos em serviço. Venda conquista. como um acordo. Processo discretos. contínuo (histórico). Diálogo Monólogo com a base de individualizado. clientes existente. Domínio da função da Domina a qualidade como Qualidade qualidade resultado (dimensão técnica cresce da qualidade). das interações em importância e pode vir a ser dominante (dimensão funcional da qualidade). Mensuração da Monitoramento satisfação do participação do mercado. da Administração da base de clientes. consumidor Sistema de Pesquisa de satisfação ad Sistema de feedback do 25 informação do hoc. consumidor. consumidor Quando realizando o Busca conselhos e Tenta construir uma rede de plano de negócio sugestões que podem ser relacionamentos. consideradas ou não. Interdependência Interface de nenhuma ou Interface entre marketing, limitada operações e pessoal estratégica. O papel do marketing Marketing interno nenhuma de substancial importância importância estratégica. interno de Marketing interno importância substancial limitada. de importância estratégica para o sucesso do negócio. Principal vantagem Dinheiro nas mãos. Conhecimento íntimo das necessidades de mercado desenvolvido ao longo do tempo. Principal Vulnerabilidade em função Vulnerabilidade desvantagem de uma melhor devido à oferta dependência do parceiro. realizada pela concorrência. Melhor forma que Orientação de baixo para Orientação para poderia chamar cima (Bottom-line oriented). (Knowledge- crescimento o oriented). Tendências Estilo tradicional está em Estilo declínio. está ganhando popularidade. Fonte: RIBEIRO (1999, p.27). Quadro 2: Comparação entre Marketing transacional e marketing Relacional 26 4.4 Regras de segmentação para um modelo de relacionamento Na implantação de um modelo de relacionamento com os clientes, diversas ferramentas e metodologias podem ser adotadas, em função das características do negócio e de seus clientes. No entanto, a atenção na definição de alguns aspectos é essencial e independe da metodologia seguida. As estruturações dessas metodologias serão a seguir classificadas. • Definir quais são os grupos de clientes-alvo do seu negócio – esta é uma definição estratégica fundamental para a organização, pois permite que ela trabalhe focada naqueles clientes (atuais ou potenciais) que efetivamente são os compradores de seu produto / serviço, o que diminui a possibilidade da adoção de ações de fidelização para “não-compradores”, com perda de tempo e gastos desnecessários; • Determinar a abrangência do programa de relacionamento – este programa deve ter dois propósitos principais: coletar informações que ajudem na melhoria dos produtos e processos da organização e como parâmetro de demonstração aos clientes do desejo de melhor servi-los, conhecendo melhor suas necessidades. É importante determinar quais clientes comporão o programa de fidelização, definindo o modelo de fidelização a ser utilizado e quais serão alvo de futuras pesquisas, para que se atinja os propósitos principais. Estes podem ser selecionados a partir dos seguintes grupos: 1. Clientes ativos – não formam um grupo homogêneo, pois clientes atuais podem ser estratificados por grau de interesse, de acordo com as características de seus produtos / serviços. Estes, naturalmente, comporão a maior parte dos clientes “fidelizáveis”; 2. Ex-clientes – representam valiosa fonte de informação sobre falhas no produto ou no atendimento, uma importante parcela a se considerar na análise do grau de satisfação dos clientes; 3. Clientes potenciais – podem fornecer informações relevantes, no caso da Organização possuir uma estratégia de expansão do seu mercado, com o lançamento de novos produtos / serviços, ou promovendo adaptações nos já existentes; 27 4. Clientes da concorrência – representam uma das melhores fontes de benchmarking2, pois na comparação de suas respostas com as de seus clientes ativos, agregam valor para a análise de seus resultados e permitem o estabelecimento do gap3 de seus produtos / serviços em relação à concorrência; • Definir os requisitos para medição – quais são as características de seus produtos/serviços que devem ser “aferidas”? Qual a importância relativa dessas características para seus clientes, e qual o grau de satisfação com relação a cada uma delas? As respostas a essas questões serão aspectos a serem trabalhados no aprimoramento das características dos produtos/ serviços, e que poderão atrair os clientes, fidelizando-os; • Criar um banco de dados – que possua essas informações atualizadas e que reflita o comportamento dos clientes, suas preferências e necessidades, permitindo o gerenciamento do relacionamento de modo adequado; • Realizar as avaliações – de modo regular e após os “momentos da verdade”, ou seja, após qualquer interação com o cliente, na qual a eficácia da empresa seja testada. Formatar os resultados para uma utilização gerencial e para uma comunicação abrangente como os empregados, de forma a manter o foco destes no cliente; • Fazer o follow-up – após as pesquisas, informar os clientes sobre os resultados aferidos. Um dos motivos do baixo índice de respostas às consultas é que os clientes são raramente informados do resultado de sua participação nas mesmas. O cliente sente-se importante e valorizado se seus comentários são considerados para o aprimoramento dos produtos/serviços de uma empresa. Os gastos com o follow-up são investimentos na satisfação contínua dos clientes. 4.5 Fatores essenciais para o relacionamento com os clientes O resultado imediato do bidirecionamento do processo de comunicação entre empresas e consumidores é a transferência do poder de barganha para as mãos do 2 Benchmarking: faz referência a um Banco de dados pré-estabelecido, marcado por setor ou fatores definidos. 3 Gap: abertura, espaço, diferença f. grande de opinião ou caráter. 28 consumidor, que mais informado, torna-se ativo no processo de formação de opinião e capacitado para comparar suas opções de decisão. A mudança no balanço do poder da informação a favor do consumidor demanda mudanças radicais no pensamento e na prática do marketing das empresas, uma vez que, requerem a criação e utilização de novos paradigmas nos conceitos, processos e organizações tradicionais de marketing. Este cenário assevera ainda amais a força nas estratégias competitivas das empresas em relação a fidelização dos clientes. Tais fatores contribuíram para que as empresas fossem obrigadas a se preocupar com estratégias antes muito pouco utilizadas, como: atração e retenção de clientes; satisfação dos consumidores; fidelização de clientes; segmentação de mercado, entre outros. 4.5.1 Atração e Retenção de Clientes Segundo Kotler (1998, p.58), “a maior parte da teoria e prática de marketing centraliza-se na arte de atrair novos consumidores e não reter os clientes”. Independentemente da conquista de novos clientes, a carteira tende a não aumentar, pois supostamente outros deixam à empresa, mascarando a deficiência da organização que consequentemente tem seu potencial econômico enfraquecido. Neste sentido, as empresas vêm percebendo que para manterem-se rentáveis devem estar atentas as taxas de clientes perdidos e inativos, fazendo-as reduzir ao máximo. Uma das premissas da retenção de clientes é o prolongamento do contato da empresa com o consumidor, criando-se uma relação mais duradoura. Segundo Rosa (2001, p.78) “esta questão deve ser analisada sob um escopo de marketing de relacionamento, ao invés do tradicional marketing de transações”. Segundo Kotler (1998, p.57) “para reduzir o número de consumidores perdidos as empresas necessitam adotar quatro etapas de abordagens”: • A primeira é definir e mensurar a taxa de retenção de consumidores, procurando as causas administrando-as melhor; que os levaram a abandonar a empresa, 29 • Estimar o valor do lucro não contabilizado quando a empresa perde consumidores, ou seja, o lucro que seria obtido com a fidelização dos consumidores por tempo duradouro; • Finalmente, calcular quanto custaria reduzir a taxa de abandono de clientes, comparando-a ao lucro perdido. Se o lucro perdido alcançar um patamar de valor maior, o certo seria tentar reverter a taxa de abandono de clientes inativos. 4.5.2 Satisfação de Clientes Segundo Rosa (2001, p.48) o marketing de relacionamento tem realçado a importância do estudo da satisfação do cliente, principalmente por ser um importante indicador de sucesso dos esforços de marketing. Define satisfação dos clientes como sendo “uma função das expectativas e das desconfirmações das expectativas”. Segundo (DEROSE apud KOTLER, 1998, P.29), satisfação [...] “é o sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho do produto em relação às expectativas das pessoas”. Isso significa que quando o desempenho do produto ou serviço está acima das expectativas dos clientes, ele fica satisfeito e quando está abaixo das expectativas, torna-se insatisfeito. A expectativa do consumidor é influenciada pela experiência anterior de compra, recomendação de amigos, informações e promessas das empresas e dos concorrentes, criando expectativas excessivas o que pode acarretar em desapontamento ao cliente. Para tanto, o considerável é que promessas e expectativas venham a se equivaler, cabendo a empresa utilizar de habilidades para determinar este ponto de equilíbrio. Rosa (2001, p.48) cita dois conceitos em relação a satisfação de clientes. O primeiro trata a satisfação de maneira cumulativa, em que os clientes fazem uma avaliação global de consumo ou compra de produtos e serviços em um dado período de tempo; um julgamento genérico baseado em diversas transações realizadas com um produto ou serviço; uma derivação de um conjunto de experiências com a loja ou o produto adquirido; ou ainda, uma apreciação geral baseada em todas as expectativas que o cliente obteve com a 30 organização, sendo um indicador de desempenho atual passado e futuro. O segundo conceito diz respeito a satisfação por uma transação específica, que pode ser entendida como o resultado da percepção do cliente do valor agregado em relação ao concorrente; uma resposta que avalia a experiência de aquisição e consumo de um produto resultante da comparação entre o que era esperado e o que foi recebido; uma avaliação pós consumo onde a alternativa selecionada foi igual ou superior a expectativa; um julgamento pós-compra capaz de influenciar uma atitude futura em relação à novas compras; ou ainda, o resultado de uma experiência de compra ou uso, reflexo da comparação entre custo-benefício da aquisição e expectativas anteriores. Bastante relevante, a satisfação do cliente não se resume simplesmente à aquisição do produto ou serviço, mas na sua avaliação contínua antes e após a venda. Mais ainda, ele espera que a empresa possa continuar prestando-lhe atendimento, e de qualidade, mesmo após ter-se encerrado o processo de aquisição, ou seja, a relação entre empresa e cliente tende a ser duradoura e com a certeza da constante busca por novos produtos, marcas e fornecedores. 4.5.3 Qualidade X Satisfação Segundo Boone e Kurtz (1995, p.32), “qualidade descreve o grau de excelência ou superioridade de mercadorias e serviços de uma empresa”, sejam elas tangíveis ou intangíveis, acreditando que a mensuração de qualidade acontece quando um empreendimento satisfaz seus clientes. Historicamente, planos para melhorar a qualidade do produto envolviam inspeções no final de linha de produção. Porém, este método mostrou-se ineficaz, pois desperdiçava tempo; não visava a correção de erros de fabricação e se revelavam onerosos, gerando o reconhecimento de que havia a necessidade do surgimento de um método mais eficaz de controle de qualidade de produtos. Após estágios de melhoria na qualidade, a partir dos anos 90, a qualidade tornou-se condição mínima para a satisfação do cliente. 31 4.5.4 Fidelização de Clientes Segundo o dicionário de língua portuguesa Houaiss (2001), fidelização é a conquista do cliente com relação ao uso dos produtos de determinada marca, serviço, loja ou rede de pontos de venda; o resultado da estratégia de marketing de fidelizar (tornar um cliente fiel). O interesse em manter a fidelidade do consumidor implica na coordenação de estratégias focadas em alcançar rentabilidade em longo prazo, determinando não só o interesse na venda mas em uma receita de fidelidade contínua. Os últimos anos têm sido marcados por uma queda extremamente significativa nos níveis de fidelidade dos consumidores, onde marcas que tinham espaço cativo na casa do consumidor há décadas estão sendo substituídas por concorrentes com melhor tecnologia, melhores preço e atendimento diferenciado. A decisão de repetir a compra pode estar baseada em fatores objetivos e subjetivos e a fidelização pode ser resultado de características intrínsecas ou extrínsecas de produtos ou valores determinadas por variáveis demográficas, econômicas, psicológicas e sociais. A conveniência também é fator relevante para o consumidor que pode priorizar a redução das escolhas por meio de um relacionamento leal, simplificando o processo decisório de compra, o processamento de informação, reduzindo riscos percebidos e mantendo consistência cognitiva e um estado de conforto psicológico. Além do fator conveniência, muitas empresas acreditam que a fidelidade possa ser gerada por meio de descontos e promoções que estimulem a repetição de compra. Entretanto, está técnica está fadada ao insucesso tendo em vista que o concorrente pode lançar mão de um desconto ou promoção mais atraente, forçando o consumidor a mudar de “bandeira”. Para um cliente tornar-se um defensor da empresa, esta deve trabalhar continuamente para alcançar o patamar de fidelidade junto a todos os clientes. O processo é lento e os clientes vão se tornando mais fiéis ao longo do tempo e os benefícios de troca são mútuos. Dentro do contesto e fidelização de clientes, os chamados Programas de Fidelização são considerados de extrema importância na construção de relacionamentos estáveis e duradouros. São definidos como 32 processos que utilizam a comunicação integrada para estabelecer um relacionamento continuado, duradouro e gratificante com os clientes visando aumentar a lealdade e a rentabilidade pelo mecanismo do reconhecimento e recompensa aos mais leais. Esses programas precisam ser moldados de acordo com o tipo de relacionamento que a empresa deseja manter com seus clientes, agregando valores utilizando o conceito de hierarquia de valor do cliente e ou escala de valor, fazendo com que os benefícios do programa sejam sempre renovados, causando o encantamento necessário para manter a empresa numa posição privilegiada perante o cliente. Alguns modelos baseados em fidelização são delineados por autores de renome, os quais serão considerados no capítulo 4 deste trabalho. Entretanto citaremos os seis tidos como principais e aceitos no mercado: • Modelo de Recompensas: procura compensar o relacionamento do cliente e a repetição da compra por meio de prêmios, bônus e incentivos; • Modelo Educacional: neste modelo o ciclo de comunicação é mantido com um programa de comunicação interativo que coloca à disposição do cliente um conjunto de materiais informativos. Eles podem ser enviados periodicamente aos clientes ou mediante solicitação. A principal característica desse programa consiste em “educar” o cliente para o uso ou consumo do produto. Este é considerado um dos mais poderosos modelos para envolver e gerar conscientização sobre a marca em longo prazo; • Modelo Contratual: trata-se de um clube de clientes, no qual se paga uma taxa para tornar-se membro e usufruir uma série de benefícios; • Modelo de Afinidade: trata-se de um clube de clientes que agrupa pessoas segundo algum tipo de interesse. Normalmente o elenco básico é uma publicação, como uma revista ou tablóide e sua essência se dá em decorrência do extremo interesse ou afinidade que o cliente tem com o produto, proporcionando um alto nível de retorno; • Modelo de Serviço de valor Agregado: neste tipo de modelo o cliente é reconhecido por algum serviço que é agregado à compra do produto, ou o uso do serviço. Redes de hotelaria e locadoras de carros utilizam desse 33 modelo prestando o serviço de transporte do aeroporto para o hotel ou até o centro de locação, mediante a cobrança de uma pequena taxa do cliente; • Modelo de Aliança: trata-se de modelo praticado por empresas não concorrentes que aliam-se na prestação de serviços a seus clientes em comum. Exemplo típico de companhias aéreas que prestam serviços de reserva para locação de carros aos clientes, entre outros. Cada um destes modelos busca formas diferenciadas de criar e manter um relacionamento duradouro e estável com o cliente, usando um conceito específico de reconhecimento, cabendo a cada empresa escolher o modelo e adaptar-se aos desejos e expectativas de seus clientes. Apesar de todos os riscos associados, outros benefícios podem compensar os custos dos programas de fidelização de clientes, dentre os quais pode-se destacar: • Redução do custo de aquisição de clientes; • Maior resistência dos consumidores às ofertas dos concorrentes; • Menores motivos para os consumidores buscarem soluções alternativas; • As recompensas pela fidelidade do cliente são o diferencial do produto em relação ao dos concorrentes; • Maior possibilidade de vendas cruzadas; • Possibilidade de testes de produtos com clientes fiéis, entre outros. Pode-se concluir então, que para oferecerem benefícios reais para empresas e clientes, os Programas de Fidelização devem ser utilizados de diferentes maneiras de acordo com seus diferentes consumidores. Para que a empresa saiba de que tipo é cada um de seus clientes, deve utilizar-se de técnicas de segmentação de mercado anteriormente citadas. No entanto, a maior parte dos Programas de Fidelização são baseados no nível de rendimento do cliente e não ajustados para seu segmento. 34 5. Foco no Cliente: estratégia de fidelização Cada consumidor reage de forma diferente sob estímulos iguais, e isso ocorre porque cada um possui uma “caixa preta” diferente. De acordo com as teorias psicológicas da personalidade, as pessoas são diferentes umas das outras. As motivações, que são as respostas do indivíduo aos estímulos recebidos, são distintas para cada um (COBRA, 1997, p.59, grifo nosso). A estratégia de fidelização de clientes não pode estar calcada apenas em "programas de fidelidade". Iniciativas de marketing, muitas vezes, são esforços isolados de fidelização, o que não é suficiente. Entretanto, toda a empresa deve estar preparada para garantir os produtos, os serviços e o atendimento em todos os canais de comunicação. Isso é fidelização estratégica: o esforço de habilitar toda a empresa para reter seus clientes ao longo do tempo. Os programas de fidelidade são ações de fidelização tática, visando incrementar o valor dos negócios proporcionados por cada cliente, direcionando os esforços para os segmentos mais importantes da carteira de clientes. Segundo Peppers e Rogers (2001), as empresas focadas no cliente utilizam a “personalização em massa” para criar pacotes de produtos e serviços de forma de melhor satisfazer as necessidades específicas de cada um de seus clientes. A personalização em massa consiste na disponibilização de um produto básico cercado de opões. A comunicação com o cliente é bidirecional, aprende-se com cada um dos clientes, escuta-se cada um deles, pois a empresa tem como principal objetivo a retenção, o comprometimento e o desenvolvimento dos melhores clientes. O aprendizado da segmentação é útil para que os esforços me marketing sejam concentrados e com isso se economize recursos de natureza financeira, física e humana. Propicia também uma visualização de uma simplificação dos processos distributivos, como alocação de vendedores, número de depósitos, número de fábricas, número de filiais, etc. (COBRA, 1997, P.71) No entanto, estabelecer um relacionamento é um processo de longo prazo e que exige o comprometimento de toda a empresa, devido ao alto custo e demorado retorno sobre o investimento. Além disso, o processo deve ser contínuo, garantindo 35 o oferecimento de um mix de produtos e serviços cada vez mais adequado e diferenciado para o consumidor fiel. A identificação dos benefícios buscados pelo consumidor na compra de um produto ou um serviço não é fácil e tampouco é evidente para o próprio consumidor. Portanto, a tarefa de identificar benefícios e agrupar esses consumidores exige técnicas de pesquisa, como painel de consumidores, pesquisa motivacional etc. (COBRA, 1997, p.97). Vários autores definem o marketing de relacionamento como “um processo onde a empresa constrói alianças ao longo do prazo tantos com clientes atuais e em perspectiva, de forma que comprador e vendedor trabalham em direção de um conjunto comum de objetivos específicos”, onde os mesmos são alcançados mediante o discernimento de alguns fatores: • A compreensão das necessidades dos clientes; • O tratamento de clientes como parceiros; • A garantia de que os funcionários da empresa satisfaçam as necessidades dos consumidores; • O fornecimento aos consumidores da melhor qualidade possível relativa a necessidades individuais. Contextualizados ainda, algumas técnicas e processos de marketing são de suma importância no estreitamento de relações com o cliente, dentre os quais se pode destacar: • Identificação dos clientes de forma individualizada e nominal; • Criar um relacionamento que se prolongue por muitas transações e; • Administrar esse relacionamento para o benefício da empresa e dos clientes. As diferenças individuais decorrentes de traços de personalidade expressam-se de formas variadas, na compra de produtos e marcas. O agrupamento de pessoas com traços de personalidade relativamente semelhantes permite avaliar a escala de valores que as pessoas possuem, suas atividades e seus comportamentos de compra. (COBRA, 1997, p.91) 36 A fidelização deve ser um compromisso de toda a empresa. Promover o relacionamento com seus clientes deve fazer parte de sua cultura e de sua missão. Reter e fidelizar clientes devem ser encarados como fatores de sobrevivência. Fidelizar não é gerenciar produtos, mas clientes. Empresas que, em todos os níveis, não estão preparadas para o relacionamento com seus clientes, os vê como adversários. Segundo Peter Drucker (1998, p.99) [...] "O cliente raramente compra o que a empresa pensa que está lhe vendendo". Sem domínio da situação, desconfiam dos clientes e geram desentendimentos. Por que isso ocorre? • Os funcionários não têm acesso às informações. • Os funcionários não possuem autonomia para tomar decisões que resolvam os problemas dos clientes. • Os funcionários não são motivados a tomar decisões em favor do cliente. • Não existe um ambiente propício para a colaboração do cliente. • Não há comprometimento dos funcionários no relacionamento com os clientes. • Não há interesse dos funcionários na satisfação dos clientes. Quantas vezes ouvimos respostas como "o senhor vai ter que ligar para um outro número", "não é com o nosso departamento", "infelizmente eu não posso fazer nada" ou "eu sou só o gerente"? Se um funcionário acredita ser "somente o gerente", então também vê o cliente como "somente um cliente". Essas situações parecem absurdas, mas a responsabilidade não é somente dos funcionários. Eles não foram treinados para ver o cliente como a garantia de seu salário no final do mês, muito menos para recebê-lo como influenciador direto da sobrevivência e do sucesso da empresa. Mas os funcionários desejam fazer tudo direito e pensam que estão fazendo, já que assim foram estabelecidas suas regras (ou nenhuma regra) de relacionamento com os clientes. Desejos para Kotler (1998, p.27) “são carências por satisfações específicas para atender à necessidade”. Uma pessoa pode ter a satisfação de sua necessidade atendida através de um desejo enquanto outra tem a 37 mesma necessidade, mas um outro desejo pra atendê-la. As empresas que receiam dar a seus funcionários autonomia de decisão, não têm confiança em sua capacidade de decidir com responsabilidade e ponderação. Mas são em momentos cruciais (qualquer momento em que um funcionário de uma empresa entra em contato com um cliente) que o papel dos funcionários é de extremo valor. Eles precisam estar habilitados agindo em prol do cliente. Precisam ser investidos de responsabilidade e autoridade para tomar decisões como se a empresa fosse de sua propriedade, o que só se consegue com treinamento. Se uma empresa quer garantir a fidelidade de seus clientes, precisa valorizar e fidelizar seus clientes internos. Os funcionários devem estar totalmente conscientes, envolvidos e integrados com os valores da empresa e do cliente. Precisam ouvir seus clientes com atenção e respeito e ter autonomia e responsabilidade para falar em nome da empresa. Devem ser treinados para analisar situações de conflito e tomar decisões em favor dos clientes. Muitos dos clientes que deixam de freqüentar empresas de serviços o fazem por estarem insatisfeitos com a qualidade do serviço e do produto que compraram, mas 2/3 se afastam porque consideram os atendentes de serviços indiferentes ou pouco dispostos a ajudar. Para atender as necessidades, os consumidores partem em busca de produtos. Kotler (1998, p.28) define produto como “algo que pode ser oferecido para satisfazer uma necessidade ou um desejo”. Esse serviço pode ser físico, pode ser um serviço ou pode ser uma idéia e sua demanda dependerá exclusivamente do comportamento da empresa junto ao consumidor. A demanda por tais produtos é descrita por Kotler (1998, p.30) como “desejo por produtos específicos, respaldados pela habilidade e disposição de comprá-los”. A inovação de uma empresa depende dos riscos assumidos por seus funcionários. Uma empresa em sintonia com seus clientes, ousa, inova e prima pela diferenciação no atendimento. Programas de capacitação e motivação de funcionários, principalmente aqueles que se relacionam diretamente com os clientes, são imprescindíveis para a fidelização. Quando um cliente entra em contato com um funcionário da empresa, sua percepção é de que está falando com a empresa e não com o funcionário. O cliente espera que o funcionário se comporte em nome da empresa, não como alguém que não é comprometido com o que faz. 38 Se toda a empresa não estiver empenhada em identificar e construir relacionamentos estratégicos, os funcionários também não se empenharão. Um time é fundamental para produzir resultados. O foco da empresa deve ser a construção de relacionamentos, tendo como compromisso o incentivo ao trabalho em grupo e ao esforço do time. Em uma empresa, ninguém é uma ilha. Independentemente do tipo de serviço a ser prestado ao cliente, há sempre o envolvimento de mais de um setor da empresa. Para solucionar problemas de clientes freqüentemente estão envolvidos vários funcionários. O comprometimento deve ser de todos e o padrão de atendimento deve ser único. Se isso não ocorre, o cliente não percebe a empresa como digna de confiança. Sem confiança, está vulnerável às ações da concorrência. Segundo Kotler (9999, p. 99) [...] “organizar internamente a empresa para focar o cliente não é um destino, mas uma viagem”. [...] “um trabalho constante e permanente, de melhoria contínua”. A percepção de valor dos clientes em relação a marcas, produtos ou serviços de uma empresa, normalmente diferenciam-se em uma correlação à concorrência. Se sua marca é percebida por seu cliente como tão boa quanto à do concorrente, ofereça motivos para que ele escolha a sua e não migre. Pergunte-se: • Por que meus clientes escolheram minha empresa? • Por que meus clientes permanecem com minha empresa? • Por que meus clientes abandonaram minha empresa? O marketing começa com todos os clientes do mercado e não com os nossos clientes. Mesmo uma empresa poderosa raramente detém uma parcela muito maior do que 30 por cento do mercado. Isso significa que 70 por cento dos clientes compram em outra empresa. Entretanto a maioria das empresas ou indústrias não dá, a estes 70 por cento, mais atenção do que davam as empresas anteriores. (DRUCKER, 2003, P.167) Inicialmente você pensará nas respostas mais óbvias: qualidade, preço, atendimento, variedade, comodidade e hábito. Mas os serviços agregados aos produtos têm maior valor percebido do que apenas o produto oferecido. Já não mais 39 se compram produtos na concepção física da palavra. Tudo o que os clientes compram são serviços capazes de atender às suas necessidades, que podem ser entregues por pessoas, empresas ou produtos. Entendendo isso, as empresas podem decidir o foco do seu empreendimento: orientar-se para os clientes, criando vínculos de envolvimento, ou para os produtos. O que sua empresa faz de diferente? • Oferece um serviço que nenhum concorrente oferece? Ou faz exatamente o que todos fazem e fica brigando no quesito preço? • Oferece algum benefício extra? Ou acha que seu preço está tão justo que não há margem para inovar? • É flexível e passível a mudanças ou os procedimentos são rígidos para todos os clientes? • Ouve seu cliente? Você pode transformar um cliente aborrecido em um cliente fiel. E ele pode ser uma fonte de idéias revolucionárias. • Está empenhada em resolver os problemas de seus clientes? Ou oferece a eles apenas a solução mais adequada para sua empresa? • Surpreende seus clientes? Mais do que atender às necessidades e aos desejos de seus clientes, tente surpreendê-los, satisfazê-los acima de suas expectativas, impressioná-los sobre sua empresa e sua marca. • Já experimentou ser cliente de sua própria empresa? Procure se colocar no lugar do seu cliente, em todas as situações que ele possa passar por um "momento da verdade" com sua empresa. Seja crítico e observador. Acima de tudo, seja honesto consigo mesmo e exija de sua empresa o mesmo que você exige em suas relações comerciais, como cliente. • Aprende com seus clientes? Se você investe no conhecimento acerca de seus clientes e não tira proveito com as informações obtidas, prepare-se para perdê-los para a concorrência. Relacionamentos duradouros são construídos na base do aprendizado, da confiança e do respeito. Sua empresa se preocupa com o que a concorrência faz de diferente? 40 Depois de ter uma boa idéia do que sua empresa faz, não faz ou deveria fazer de diferente para conquistar e manter a lealdade de seus clientes, que tal dar uma olhada na concorrência? • Quem são seus concorrentes? • Seus concorrentes estão com problemas internos? (Em caso afirmativo, provavelmente os clientes estão insatisfeitos. Aproveite!) • Sua empresa pode fazer pelos clientes deles mais do que eles fazem? • Os clientes dos concorrentes estão predispostos a serem desleais? • Estão vulneráveis às ações de sua empresa? • O que os clientes deles compram e por quê? • Os clientes estão pagando mais ou menos do que deveriam? • Estão satisfeitos com o atendimento? • Quais os valores percebidos pelos clientes em relação às empresas e às marcas? • Os negócios de seus concorrentes estão focados nos clientes ou nos produtos? • Quais suas estratégias de fidelização? • Quais são as vantagens de sua empresa em relação a cada concorrente? • E as desvantagens? • Quais são as ameaças e as oportunidades que o mercado apresenta? • Seu próprio cliente está na concorrência? Fazer a diferença é um trabalho permanente de pesquisa, reflexão e criatividade. Não podemos nos deixar iludir por sucessos ocasionais. Algumas ações podem ter surpreendido os clientes e realmente ter feito a diferença - mas por um determinado período de tempo, até que a concorrência resolva copiar ou que deixe de ser uma surpresa. Não deixe seu cliente se cansar de você. E não dê chance à concorrência de surpreender os seus clientes antes de você. 41 5.1 Foco no cliente inativo Fidelizar clientes tem sido a principal estratégia adotada pelas empresas para manter uma carteira de clientes que garanta a lucratividade dos negócios, já que o custo de reter clientes é reconhecidamente menor do que o da conquista ou da recuperação. Outra estratégia utilizada é a busca de novos clientes, para compensar os que deixaram de comprar e aumentar a base de clientes. A maior parte dos investimentos de marketing está concentrada nesses caminhos: fidelização e conquista de novos clientes. Esforços para recuperação de clientes inativos exigem maiores investimentos e o retorno é menor, mas o aprendizado acerca desses clientes não tem sido levado em conta. Identificar e analisar os fatores que influenciam na perda desses clientes leva ao conhecimento dos pontos fracos da empresa e de suas oportunidades no mercado. Investir na recuperação de clientes inativos não é somente tentar recuperá-los, mas, principalmente, aprender as causas das perdas e evitar mais perdas no futuro. Um cliente inativo é um cliente insatisfeito, perdido por você ou ganho por seu concorrente, e a melhor maneira de aprender com próprios seus erros é ouvi-lo. Algumas considerações precisam ser definidas para se descobrir quem são esses clientes. Para tanto, resta responder às seguintes questões: • Para sua empresa, o que é um cliente inativo? • Seus clientes inativos são rentáveis ou sua empresa está se esforçando para atrair clientes com pouca rentabilidade? • Como você pode identificar, dentre os clientes inativos, quais são rentáveis e devem ser recuperados? • Sua empresa conhece esses clientes? Sabe o suficiente sobre eles para atender suas necessidades individuais? • Seus clientes inativos possuem características comuns ou suas perdas são pulverizadas? Uma vez identificados, necessita-se descobrir as causas do afastamento, obtendo o máximo de informações junto aos clientes inativos, tais como: • Sua empresa tem como medir o nível de satisfação de seus clientes? 42 • Por que eles estão insatisfeitos? • O que fez com que deixassem de comprar? • O que sua empresa fez de errado ou deixou de fazer? • O que seu concorrente fez para encantá-los? • Se a empresa recuperar esses clientes, vai conseguir mantê-los ou vai continuar decepcionando-os? Estará alimentando expectativas que não pode atender? Estará prometendo o que não pode cumprir e assim afastando-os de vez? • Quais os valores percebidos por esses clientes em relação aos produtos e serviços oferecidos por sua empresa? • Esses valores podem ser obtidos nos seus concorrentes? Onde? Como? • Que inconvenientes seus clientes encontram ao fazer negócios com sua empresa? Após a análise das informações e possíveis reclamações colhidas reestruture a empresa a fim de conseguir reativá-los. Qual a reclamação específica? Detenha-se em cada aspecto levantado e identifique os processos que apresentam falhas: atraso nas entregas, erros no faturamento, cobranças indevidas, qualidade dos produtos e serviços, assistência técnica, freqüência de visitas, atendimento, solução de problemas ou promessas não cumpridas. Procure colocar-se no lugar do seu cliente e entender a reclamação em seu ponto de vista. Aprenda com os erros cometidos e não descuide no processo de recuperação. Qualquer erro cometido durante esse processo fará com que seu cliente vá embora - e para sempre. É importante que o retorno do cliente seja marcante e inesquecível. Faça algo inesperado, para ele se sentir valorizado. Ofereça algo que simbolize um pedido de desculpas, um presente ou uma vantagem, como recompensa pelos problemas causados. Uma vez acesa novamente a chama do relacionamento, seu cliente precisa ser bem cuidado. Todos precisam saber que o cliente foi recuperado e que não pode 43 ser decepcionado. Toda a empresa deve estar comprometida com o sucesso desse novo relacionamento. Oferecer serviços, vantagens, benefícios, flexibilidade, adequação às mudanças e as necessidades de seus clientes, não fazendo com que eles se adequem às suas metas. Frisar aos funcionários sobre o alto custo de se perder clientes, procurando sempre satisfazê-los além de suas expectativas e com criatividade. 44 6. CONCLUSÃO Com o advento de novas tecnologias, principalmente a internet, a abertura de novos mercados proporcionou uma ampla abertura de mercado pela iniciativa privada, inclusive com acesso a novos mercados internacionais. Porém, veio forçar as empresas a alterarem seu formato de negócios, passando de um processo de massificação da produção para um processo de personalização no atendimento ao cliente, onde o mesmo exige ser identificado pelo nome e tem necessidades individuais em adquirir produtos feitos sob encomenda que vão de encontro à sua personalidade. A princípio, as empresas tendem em arcar com os altos custos proporcionados por essas novas exigências como forma de acompanhamento das novas tendências de mercado dos consumidores extremamente exigentes. Para tanto, passaram a valorizar a importância do cliente dentro da organização, voltando suas atenções para eles e não para os produtos vendidos, caracterizando aí o começo do marketing de relacionamento. Concomitantemente, o avanço da tecnologia permitiu às empresas, a extração rápida de uma infinidade de informações através de softwares mineradores, com banco de dados extensos, possibilitando o acesso qualitativo e quantitativo de informações inerentes a cada cliente. Essa valiosa gama de informações vem satisfazer a atual necessidade das empresas em conhecer melhor os seus clientes, tornando-os satisfeitos, fiéis e consequentemente rentáveis. Entretanto, o marketing de relacionamento não será funcional se não estiver focado no cliente, atendendo suas exigências, preferências por produtos e desejos. Focar o cliente está muito além de palavras, é necessária total dedicação das empresas, desde a alta administração até os colaboradores de linha de frente, capacitando-os para o desenvolvimento de um relacionamento duradouro e lucrativo. Importante frisar que tanto as mudanças internas de operacionalização do marketing de relacionamento quanto às mudanças de percepções dos clientes com relação à empresa não acontecerão em curto prazo, exigindo das empresas esforços e planejamentos estratégicos de marketing. Concluindo, o comprometimento na fidelização do cliente através de estratégias de marketing de relacionamento desvendará o grande potencial dos 45 clientes ativos, inativos e futuros, possibilitando a adequação correta dos produtos pelas empresas, uma vez que a maioria das empresas no mercado, não está adequando-se à busca da melhor forma de atender seus clientes, adotando ainda como foco principal seus produtos. Contudo, os resultados mais significativos surgirão após a adoção da cultura na empresa do marketing de relacionamento focado no cliente, garantindo-lhes excelência no atendimento, produtos de qualidade, agilidade na produção, eficiente logística de entrega e, principalmente, o atendimento de suas necessidades e desejos individuais. 46 7. REFERENCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Informação e Documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro: NBR 6023: 2002. ______. Informação e documentação – Citação em documentos Apresentação. Rio de Janeiro: NBR 10520: 2002. ______. Informação e Documentação – Numeração progressiva das seções de um documento escrito – Apresentação. Rio de Janeiro: NBR 6024: 2003. ______. Informação e documentação – Sumário - Apresentação. Rio de Janeiro: NBR 6027: 2003. ______. Informação e documentação – Resumo - Apresentação. Rio de Janeiro: NBR 6028: 2003. ______. Normatização da documentação no Brasil. Rio de Janeiro: NBR 14724: 2005. BOONE, E. Louis; KURTZ, L. Davi. Marketing Contemporâneo. 8ª ed. Rio de Janeiro: Makron Books, 1995. COBRA, Marcos Henrique Nogueira. Marketing básico: uma perspectiva brasileira. 4ª ed. – São Paulo: Atlas, 1997. DRUCKER, Peter. Administrando para obter resultados. 1º ed.. São Paulo: Pioneira, 1998. ______. Administrando para o futuro: os anos 90 e a virada do século. (tradução de Nivaldo Montingelli Jr.). São Paulo: Pioneira, 2003. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Ed. Atlas, 1991. ______.______. São Paulo: Ed. Atlas, 2002. 47 HOUAISS, Antonio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: objetiva, 2001. KOTLER, Philip; Armstrong, Gary. Princípios de Marketing. 9ª ed. (Tradução de Arlete Simille Marques. São Paulo prentice Hall, 2003. ______. Administração de Marketing. 5º ed.. São Paulo: Atlas, 1998. PEPPERS, Don; ROGERS, Martha. CRM séries. São Paulo: Makron Books, 2001. RIBEIRO, Áurea helena Puga. Marketing de Relacionamento: um processo de aprendizagem organizacional. São Paulo: FGV/EAESP, 1999. ROSA, Ângela da; CHRISTENSEN, Carl. Marketing: Teoria e prática no Brasil. São Paulo: Atlas, 2001. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo, Cortez, 2002.