UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA COMITÊ DE INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE - CIA EPILEPSIA 2016 DEFINIÇÃO “Epilepsia é um distúrbio geral caracterizado pela predisposição persistente em gerar crises epilépticas e pelas consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais desta condição. A definição de epilepsia requer a ocorrência de pelo menos uma crise epiléptica”. (ILAE, 2005) • A epilepsia é causada por uma alteração nas atividades elétricas do cérebro, é temporária e sempre reversível. • Uma só convulsão não significa epilepsia, cerca de 10% da população tem pelo menos um episódio de convulsão durante a vida. É necessário pelo menos dois episódios de convulsão não provocada por outras causas, além de outros sintomas, antes de poder diagnosticar epilepsia. TIPOS DE CRISES Existem basicamente dois tipos de epilepsia: • Crises Parciais - as epilepsias parciais, os impulsos atingem um grupo específico de neurônios e sua manifestação depende do local atingido. Se for na área motora, o paciente apresentará, durante a crise, movimentos convulsivos dos membros. Caso a parte atingida seja a região visual, ele verá pontos luminosos. Mas existem ainda crises parciais, quando o paciente apresenta ausências momentâneas de consciência. • Crises Generalizadas - nas epilepsias generalizadas o cérebro sofre uma espécie de curto-circuito geral, e o paciente costuma ter convulsões. CRISES EPILÉPTICAS PARCIAIS Em crises parciais podem ocorrer: Tremores na face, membros ou espalhados pelo corpo; Distúrbios sensoriais como alucinação visual, auditiva, tátil ou palato-olfativa; Mudança de humor, perda de memória e pensamento; Mal estar, palpitação, salivação, suor, ou rubor na face; Enformigamento da boca, e das mãos. Os sintomas sentidos dependem da área do cérebro afetada. CRISES EPILÉPTICAS GENERALIZADAS Durante as crises generalizadas os possíveis sintomas são: Enrijecimento do corpo (fase tônica); Grunhidos (fase tônica); Virar olhos e cabeça (fase clônica); Movimentação dos braços e pernas (fase clônica); Salivação espumosa (fase clônica). • Durante o episódio, a língua pode ser mordida ou severamente lesada, ou o corpo ferido como resultado de uma queda ou outro acidente. Às vezes pode ocorrer liberação de urina e/ou fezes. O corpo relaxa após poucos segundos ou minutos e em seguida o doente dorme por um período invariável de tempo. O paciente pode se esquecer da crise, principalmente quando ela ocorre durante o sono. FATORES QUE PODEM DESENCADEAR AS CRISES: Alguns dos fatores que podem desencadear crises epilépticas: • Mudanças súbitas da intensidade luminosa ou luzes a piscar; • Mudanças de temperatura corporal; • Privação de sono; • Ingestão de álcool; • Febre; • Ansiedade; • Cansaço; • Intoxicação. PAPEL DO ALUNO APOIADOR • É função do estudante apoiador de pessoas com essa deficiência, realizar um treinamento com informações sobre o suporte para conter crises epiléticas; • É função do estudante apoiador realizar o acompanhamento nas aulas e demais atividades acadêmicas diretamente ligadas ao curso, tendo em vista o acesso, participação e aprendizagem do estudante apoiado. • Acompanhar o estudante durante todo o trajeto dentro da universidade(banheiro, sala de aula, RU); • O estudante apoiador deverá entregar mensalmente uma ficha de frequência descrevendo as atividades realizadas, assinatura do docente e assinatura do apoiado. Além disso, ao final do semestre letivo, apresentará relatório de atividades realizadas, segundo modelo do Comitê de Inclusão e Acessibilidade. TRATAMENTO • É feito por medicamentos que visam bloquear as descargas elétricas cerebrais anormais, as quais produzem as crises epiléticas. Como as crises são ocasionais e imprevisíveis, não adianta tomar medicamentos só por ocasião das crises ou sem acompanhamento médico regular e contínuo. O tratamento costuma ser longo e é necessária muita força de vontade do paciente, para o controle das crises. Consulte seu médico periodicamente. Tome os remédios nos horários e quantidades prescritas. Não dobre a dose no horário seguinte caso tenha esquecido de tomá-la no horário anterior. Cuidado com o uso de bebidas alcoólicas pois o álcool pode facilitar a ocorrência de crises Procure dormir suficiente e fazer suas refeições em horários regulares. Verifique se existe algum fator que facilite a ocorrência de suas crises. Anote tudo e converse com seu médico. O QUE FAZER EM UMA CRISE EPILÉPTICA? Colocar a vítima de lado com a cabeça para baixo, que é conhecida por posição lateral de segurança, como mostra a imagem 1, para respirar melhor e evitar se engasgar com a saliva ou vômito; Colocar um apoio em baixo da cabeça, como um travesseiro ou casaco dobrado, para prevenir que o indivíduo bata a cabeça no chão e cause algum traumatismo; Desapertar roupas muito apertadas, como cintos, gravatas ou camisas, como mostra a figura 2; Não segurar os braços ou pernas, para evitar roturas musculares ou fraturas nem se machucar devido aos movimentos descontrolados; Retirar objetos que estejam próximos e possam cair em cima do paciente; Não colocar as mãos nem qualquer objeto na boca do paciente, pois pode morder os dedos ou se engasgar; Não dar de beber nem comer pois o individuo pode asfixiar; Contar o tempo que dura a crise de epilepsia. Colocar de lado Desapertar as roupas Apoiar a cabeça Não tocar Referências EPILEPSIA. Instituto De Neurologia Funcional. Disponível em: http://www.neurologia.srv.br/epilepsia. Acessado no dia: 06 de setembro de 2016. O QUE FAZER NA CRISE DE EPILEPSIA. Tua Saúde. Disponível em: http://www.tuasaude.com/o-que-fazer-na-crise-de-epilepsia/. Acessado no dia: 06 de setembro de 2016. EPILEPSIA. Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Epilepsia#Crises_generalizadas. Acessado no dia: 06 de setembro de 2016. HAMILTON L. S. L. Epilepsia. Slideshare. Disponível: http://pt.slideshare.net/HamiltonLima1/epilepsia-53996976. Acessado no dia: 06 de setembro de 2016.