Episteme2016 Uma Escola feita a mão Episteme VIII Organização Carlos Henrique Duarte Francielle Pereira da Silva Glauce Pagan Amanda Maria Luisa Marigo Uma Escola feita a mão 2016 Volume VIII Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou em partes sem autorização prévia. Índice Apresentação .......................................................................................... 04 Dedicatória ............................................................................................... 05 Um estudo sobre a vigorexia ................................................................. 06 Ana Luiza Matsuoka e Morgana Lichti Alimentos transgenicos Bom ou Não? ................................................. 20 Vitor Miyada Anorexia: A busca inalcançável para beleza ......................................... 29 Eduardo Kitii e William Hirata Crise Alimentar na adolescencia............................................................ 40 Halyssa Yoshi e Gabriela Custodio Hábitos alimentares de poder e mídia: Uma relação de poder............ 56 Laura Yurie Apresentação O projeto de pesquisa EPISTEME, no ano de 2015, atuou em uma área essencial à sobrevivência humana: a alimentação, com o objetivo de promover melhorias para a sociedade atual. Apresentamos, assim, trabalhos diversos, mas que, somados, denotam reflexões, discussões, posicionamentos essenciais à qualidade de vida de um indivíduo. Esperamos, com estes diálogos, enaltecer discussões, promover mudanças de hábitos, ou, quem sabe, possibilitar aos nossos leitores que sejam mais perceptivos à realidade que os cerca. Os autores. Aos obstáculos, pois foram essenciais ao nosso crescimento, e respeitosamente vencidos. UM ESTUDO SOBRE A VIGOREXIA Ana Luiza Matsuoka - 16 anos e Morgana Lichti - 16 anos - 2° E.M 1. Introdução: Transtornos alimentares Os transtornos alimentares são doenças manifestadas pela alteração no comportamento alimentar. Pessoas com esses transtornos podem apresentar, em alguns casos, uma preocupação exagerada com o peso e a forma do corpo, o que as leva a tomar atitudes extremas, como fazer dietas radicais, fazer exercícios em demasia e até mesmo, utilizar anabolizantes, tudo para tentar “controlar” a imagem corporal. Existem vários tipos de transtornos alimentares, dentre eles, podemos citar a obesidade, a bulimia, a anorexia, a ortorexia e a vigorexia, doenças estas, que iremos explicar a seguir. A obesidade pode ser definida como um desequilíbrio entre a ingestão de alimentos e o gasto de energia, em que a ingestão de alimentos se torna superior ao gasto de energia necessário para sua eliminação, resultando no ganho excessivo de gordura corporal. A anorexia e a bulimia são transtornos constantemente associados por terem em comum o fato de estarem ligados à perda de peso. O que difere entre eles, são os modos com os quais suas vítimas se comportam em relação à perda de peso. Por exemplo: a bulimia é caracterizada inicialmente como um descontrole alimentar, no qual o indivíduo come grandes quantidades de alimentos em um curto espaço de tempo, e logo em seguida tenta vomitar ou evacuar o que comeu. Geralmente também utilizam meios como medicações para evitar o ganho de peso. Já a anorexia se caracteriza como uma rigorosa dieta alimentar, ocasionada por uma obsessão pela magreza e pelo medo de ganhar peso. Está também relacionada a questões psicológicas, pois pessoas com anorexia têm uma imagem distorcida em relação ao próprio corpo. Muitas vezes, enxergam em si, uma realidade pela qual só conseguem ver um corpo acima do peso, mesmo na maioria das vezes, sendo magras. Além desses distúrbios, há a vigorexia, que, em contrapartida aos transtornos que se baseiam em um mau relacionamento com a alimentação, envolve uma “dependência” aos exercícios físicos. Também conhecida pelo termo em inglês “overtraining”, a vigorexia atinge muitas pessoas, que muitas vezes, não têm o conhecimento disto. É um distúrbio sorrateiro, muitos pensam que pessoas assim, são apenas fisiculturistas ou que têm fixação aos músculos por pura vaidade, mas a realidade é que isso tem um nome: Vigorexia. 1.1 Objetivos O presente trabalho tem por objetivo de apresentar pesquisas e dados sobre o conhecimento das pessoas com relação à vigorexia, mostrar também quais são os reais motivos que levam alguém a desenvolver esse distúrbio e o comportamento dos indivíduos que são afetados pela doença, em relação à alimentação. 2.1 A vigorexia dentro da sociedade A preocupação com a imagem corporal é fator integrante das nossas vidas dentro da sociedade. Cada vez mais pessoas têm buscado meios para manter o corpo saudável. As mulheres, principalmente, tem uma grande preocupação em estar em boa forma, com o corpo bem definido, ou apenas em estar dentro do peso que consideram ideal. Muitas têm uma imagem distorcida de si mesmas em relação ao corpo, e, na maioria das vezes, ligada ao peso. Mas, atualmente, a preocupação com os músculos vem se tornando um fator em destaque, principalmente para os homens que, em muitas vezes, sofrem de Transtorno Dismórfico Muscular, doença conhecida como a vigorexia: busca constante pelo aumento de massa muscular. Assim como afirma o Dr. Drauzio Varella: “a vigorexia acomete mais homens, entre 18 e 35 anos [...] o corpo que consideram perfeito é um ideal inatingível, em razão dos sentimentos de inferioridade e da visão deformada da própria aparência”. Assim como as mulheres, veem-se de maneira distorcida, não se dão conta da musculatura que têm e buscam cada vez por mais resultados, uma vez que acreditam não estar na forma ideal. Isso implica numa preocupação fora do comum, em ter um corpo musculoso, firme, forte, “o corpo perfeito” baseado na imagem vendida pela sociedade, e como bem disse o Dr. Barakat, formado em endocrinologia e metabologia, “se a sociedade como um todo dita que para resolver qualquer problema e se tornar bem sucedido e feliz, é necessário ser belo e forte, como sair disso?”, e é exatamente esta a questão que, na maioria das vezes, leva os indivíduos à buscarem por esse estereótipo de corpo para se encaixarem nos “padrões”. Devemos levar em consideração também, que algumas das causas deste distúrbio vem de alguns problemas trazidos da juventude, dos tempos de escola, como algumas brincadeiras de mal gosto (bullying) que causaram ou que causam traumas, normalmente relacionados à aparência física, “o vigoréxico é uma pessoa perfeccionista ao extremo, mas com baixa autoestima. Isso gera uma distorção da imagem corporal. Um comentário negativo sobre a aparência ou uma rejeição pode desencadear o problema”, diz a psiquiatra Jocelyne. Como exemplo: a própria vigorexia, a anorexia, a bulimia, a obesidade, e outros que, por este mesmo motivo, atribuem a culpa ao corpo por terem tido problemas (a exemplo: não se encaixarem em determinado grupo) e por isso, entram em dietas e ritmo de exercícios malucos para atingir a meta desejada. O único problema é que, mesmo após atingir essa meta, nunca se satisfazem e querem sempre mais. A partir deste momento, se iniciam os indícios da vigorexia, pois a pessoa pode desenvolver um complexo, uma fixação com seu corpo, exigindo cada vez mais dele, sem se importar com as consequências. 2.2. Os sintomas O principal sintoma é justamente o indivíduo apresentar um corpo excelente, em ótima forma, mas continuar achando que está inadequado, vendo-se pequeno e fraco. Outros sintomas são: dor muscular excessiva, cansaço, insônia, irritabilidade, menor desempenho nas relações sexuais, anorexia/uma dieta muito restritiva, aumento da frequência cardíaca durante o repouso, sentimento de inferioridade e podendo também, levar a depressão. Provavelmente as pessoas que frequentam academias conhecem o tipo de pessoa vigoréxica; pois são aqueles fanáticos pelo exercício físico, valorizam ao extremo a forma física e, em alguns casos, acabam trocando a vida social pelos exercícios. Um aspecto curioso da Vigorexia é que os próprios vigoréxicos, na maioria das vezes, têm consciência de que tem um problema, mas simplesmente não querem resolvê-lo, muito pelo contrário, alguns gostam e estimulam o vício. Vale ressaltar também, que o vício pelo exercício, a busca frenética pelo corpo ideal, ou ainda, um problema psicológico que impede e deturpa a visão que o indivíduo tem de si mesmo, além dos exemplos já citados anteriormente, podem ser as causas da Vigorexia. Mas, acredita-se que possa existir também uma relação com os neurotransmissores - substâncias químicas produzidas pelos neurônios (células nervosas) do nosso sistema nervoso central, pois foi possível chegar a essa “teoria”, devido a alguns casos, nos quais a vigorexia foi precedida por doenças como a meningite e a encefalite (doenças causadas pela inflamação e/ou infecção do “cérebro”). 2.3. Alimentação Quase como regra, os vigoréxicos têm uma dieta mais restritiva, eliminam as gorduras e consomem alimentos ricos em proteínas a vontade. Isso se deve ao fato de que as proteínas são responsáveis pela construção dos músculos, aumentam o metabolismo, ajudam na queima de gordura e são fonte de energia. Além disso, células musculares também são compostas por proteínas e quando essa proteína dos tecidos musculares é quebrada (durante exercícios com peso), o corpo procura “se reabastecer” das proteínas provenientes da dieta alimentar, por isso pessoas que procuram ganhar massa muscular dão tanta importância às proteínas na sua dieta. E como um fato comum, alguns utilizam anabolizantes para completar e ajudar no aumento dos músculos. Aprofundando um pouco mais nas dietas de proteínas podemos citar algumas delas, como as dietas Atkins e Dukan. 2.3.1 Dieta Atkins Atualmente é uma das mais populares dietas baseadas em proteínas, desenvolvida pelo cardiologista norte americano Dr. Robert Atkins. Seu princípio é a redução de carboidratos utilizando proteínas e gorduras como nova fonte de energia. A ideia da dieta surgiu por meio de um estudo sobre a alimentação dos esquimós, que não apresentavam doenças cardiovasculares e possuíam uma alta expectativa de vida. Ela é dividida em quatro fases: Fase de indução: Restringe o consumo de carboidratos em até 20g por dia. Perda de peso constante: É a fase mais longa no qual há um grande emagrecimento. Pré-manutenção: Preparação para conseguir manter o peso atingido. Fase de manutenção: Manter o peso adquirido, seguindo os hábitos alimentares adquiridos nas outras fases. 2.3.2 Dieta Dukan A dieta foi criada pelo médico e nutricionista Pierre Dukan, ela reduz a quantidade de carboidrato e prioriza proteínas e gorduras, assim como na Dieta Atkins. Também é dividida em quatro fases: Fase de ataque: É a etapa mais radical da dieta, elimina carboidratos e permite apenas alimentos com alto teor proteico. Fase de cruzeiro: Adição de legumes e verduras. Fase de consolidação: Reintroduz carboidratos que eram proibidos nas etapas anteriores. Fase de estabilização: Manter o peso adquirido. Vale lembrar que é preciso ter muita cautela ao aderir a essas dietas radicais, pois elas podem provocar muitos efeitos colaterais prejudiciais à saúde, como, por exemplo, desidratação, dor de cabeça, náuseas e fraqueza, além de que o consumo excessivo de proteínas pode causar doenças renais. 2.1 Esteroides Anabolizantes Foram produzidos para substituírem o hormônio masculino, testosterona, que é fabricada nos testículos. Nomeada como esteroides (classe de droga), anabolizantes (construtor de tecido) e androgênicos (características masculinas). São considerados drogas, mas, como muitas outras, têm seus pontos positivos e negativos. Ajudam no crescimento dos músculos, que é caracterizado como efeito anabólico, e em aspectos sexuais masculinos (pelos, barba, voz grossa, entre outros), chamados de efeito androgênico. Além dos usos para aumento dos músculos, são usados como medicamentos para indivíduos que não conseguem produzir quantidades suficientes o hormônio. Existem várias formas e ingerir anabolizantes de comprimidos à injeções intramusculares. Os que fazem uso dessa droga, sem ser por indicações médicas, tem a intenção de melhorar desempenho em esporte, aumentar a massa muscular e diminuir as taxas de gorduras do corpo, são conhecidos como bodybuilders Os principais usuários são os atletas, porém muitas pessoas não atletas, principalmente os adolescentes, vêm usando com o objetivo de aumentar sua massa muscular e chegar a grande imagem que a sociedade tem de um corpo “sarado”, a grande porcentagem ainda é de homens, no entanto, vale ressaltar que o índice de mulheres usuárias está crescendo. Como toda droga os esteroides anabolizantes androgênicos têm seus efeitos a longo ou curto prazo, que podem ser reversíveis ou não, tanto em homens quanto em mulheres. Em homens e adolescentes há redução da produção de esperma, dores para urinar, calvície e o crescimento irreversível das mamas, que é chamado de ginecomastia. Já em mulheres e adolescentes se caracteriza com o aparecimento de sinais masculinos, como barba, também há perda de cabelo e a diminuição dos seios. Adolescentes e pré adolescentes tendem a ficar com baixa estatura, se ainda não tiveram seu o pico de crescimento. E por fim, homens ou mulheres, independentemente da idade, podem ter o aparecimento de tumores no fígado, ataque cardíaco, acne, hipertensão, alteração no colesterol e perturbação na coagulação do sangue. Muitos se prejudicam não pelo próprio efeito dos anabolizantes, mas pelas consequências que, muitas vezes, vão além do uso, como por exemplo, a utilização de técnicas inadequadas, materiais não estéreis (higienização), e/ou dividirem suas agulhas com outros indivíduos correndo riscos de se contaminarem com HIV, hepatite B e C. Há problemas com a elaboração da droga em lugares não estéreis, prejudicando o usuário. Os efeitos podem ocorrer no corpo, mas também atingem o comportamento e a mente do usuário. Em altas doses, podem aumentar a agressividade e irritabilidade e também levarem o usuário a praticar atos hostis como lutas físicas, roubo, ou a utilização e força para obter alguma coisa que o interessa. Mantendo a condição de altas doses, seus comportamentos podem se tornar outros como: euforia, aumento de energia, alteração de humor, distração e esquecimento. E devido a essa mudança de comportamento, alguns problemas relacionados a escola e/ou ao trabalho, podem ser acarretados. Por mais que sejam considerados drogas, não há considerações que levem a crer que os anabolizantes possam levar ao uso de outras drogas. Porém, os próprios usuários de esteroides para melhorar seu físico mais rápido chegam a tomar 10 vezes ou até 100 vezes mais do que a receita médica recomendada pelo médico (individualmente). Os indivíduos que utilizam essa droga, podem se tornar dependentes. É considerado caso de dependência quando o usuário percebe as consequências e continua a usar e quando há grande gasto de dinheiro pela droga. Quando se toma a iniciativa de cessar o uso de esteroides, como acontece com toda “droga”, esse processo é difícil, principalmente para aqueles que tomam altas doses por um longo tempo e por isso, tendem apresentar sintomas pela falta da droga no organismo podem sentir fadiga, perda de apetite, insônia, redução do desejo sexual, e o pior sintoma: a grande vontade de ingerir novamente os esteroides. Outro sintoma é a depressão pela falta da substância, mas em casos extremos podem levar ao suicídio. 3. Estatísticas Por meio desse gráfico é possível perceber que ainda existe muitas pessoas preocupadas com a saúde alimentar, embora o mundo do fast food esteja aumentando. Com a análise deste gráfico é possível concluir que a maioria das pessoas frequenta academia, com o intuito de cuidar de seu corpo, embora exista uma quantia de pessoas que não realiza atividades físicas. Baseando-se neste gráfico concluímos que a rotina de exercícios está marcante na vida das pessoas. Por meio deste gráfico concluímos que muitas pessoas não conhecem a vigorexia, consequentemente não estão cientes dos danos que ela pode causar a saúde. 4. Consequências e Tratamento Passado algum tempo, a vigorexia pode trazer algumas consequências ao organismo do indivíduo afetado pela doença, tais como: insuficiência renal, problemas de circulação sanguínea, insônia, falta de apetite e de agilidade, cansaço constante. Podem causar algumas consequências psicológicas como: a depressão, sensação de fracasso, irritabilidade e dificuldade de concentração. Para o tratamento da vigorexia o mais indicado é a psicoterapia, cujos objetivos serão fazer o indivíduo aceitarse como realmente é e aumentar a sua autoestima (como citado no site Tua Saúde ). Porém em alguns casos o uso de medicamentos à base de serotonina, hormônio da felicidade, e uma alimentação equilibrada. 5. Conclusão A vigorexia é um distúrbio muito sorrateiro, como já citado anteriormente. Ela se desenvolve gradualmente e pode causar grandes danos à vida do “vigoréxico”. Mediante isso, é possível concluir que o cuidado com o corpo e a prática de exercícios físicos são de extrema importância para a saúde e integridade física, porém, a moderação se faz imprescindível, para que estes favoreçam benefícios a nossa vida. Entretanto, com base nos dados obtidos por meio da pesquisa apresentada, foi possível observar que a maior parte das pessoas entrevistadas não tem conhecimento deste distúrbio, e isso é um fator que merece destaque, pois se as pessoas nem mesmo conhecem a vigorexia, como poderão evitá-la ou combatê-la? Outro aspecto notável, é que os vigoréxicos em grande parte, apresentam um comportamento no qual o corpo sempre está apto a melhorias, principalmente quando se tratam dos músculos. A alimentação destes indivíduos, em alguns casos, também apresenta equívocos relacionados, na maioria das vezes, a utilização de anabolizantes para complementar e acelerar o resultado desejado: o aumento dos músculos. Assim, é possível perceber que todos estes aspectos e comportamentos podem causar grandes danos. Devido a isso é necessário que existam pessoas que orientem e ajudem estes indivíduos, pois a vigorexia tem que ser levada a sério. E se cada pessoa tiver a sensibilidade de observar os indivíduos ao seu redor, irá perceber que esse distúrbio se faz presente na vida de muitas pessoas, por este mesmo fato, é mais uma vez necessário que haja o intuito de “ajudar”, e uma ação intencional do próprio vigoréxico, em tentar alcançar o equilíbrio, para que seja possível obter uma vida mais saudável e sadia em todos os aspectos. 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Vitor Miyada - 2° E.M Introdução O presente trabalho tem como objetivo mostrar os pontos positivos e negativos dos alimentos transgênicos. A maioria dos alimentos transgênicos não apresenta nenhuma anormalidade e muitas pessoas não sabiam o que era o alimento transgênico, devido ao desconhecimento o governo precisou oferecer essa informação para a população, mas constatou-se que muitas pessoas ainda não conhecem. Durante a execução dessa pesquisa, foi perguntado a 100 pessoas se elas conheciam os alimentos transgênicos e 87 disseram que sim e 13 pessoas não conheciam, como pode ser observado pelo gráfico 1: A história da transgenia Transgênico é todo alimento que foi geneticamente modificado com algumas técnicas, são implantados os genes de fungos, bactérias e vírus que contêm genes codificados de produção de herbicidas. Os transgênicos surgiram na década de 1970, quando foi criada a técnica do DNA recombinante e a engenharia genética produziu insulina humana feita por bactérias modificadas, com menor taxa de rejeição entre os diabéticos. Em 1983 foi obtida a primeira planta transgênica que era um tabaco resistente a um antibiótico, a partir deste ponto, em 1985, foram testadas plantas resistentes a insetos vírus e bactérias e em 1987 no Reino unido foi adicionado genes na batata para que ela produzisse mais proteínas aumentando o seu valor nutricional. Entre os anos de 1994 e 1996 foi liberada comercialmente no planeta as sementes transgênicas, sector controlado pela empresa Monsanto. Monsanto, empresa multinacional de tecnologia e biotecnologia existente desde 1901 que busca contribuir para aumentar a produção de alimentos, com maior conservação de recursos naturais, e ajudando os agricultores em todo o mundo em sua missão de alimentar, vestir e fornecer combustível. Estudos científicos têm indicado que os produtos transgênicos da Monsanto não apenas podem destruir o ecossistema nativo quanto provocar doenças. O pesticida Roundup já tem sido responsabilizado por uma série de casos de doenças desde infecções na pele até câncer em agricultores ou pessoas que tiveram contato com o produto por via direta ou indireta. Foram semeadas em 2002, no mundo, 58,7 milhões de hectares com sementes transgênicas dos quais, 13,5 milhões eram da Argentina e o restante em outros 15 países, sendo os EUA o maior produtor de alimentos OGM. Em 2003, o governo publicou um decreto que obriga as empresas a colocarem um ‘‘T’’ para a identificação dos alimentos com mais de 1% de material transgênico. O Brasil é o segundo maior produtor de alimentos transgênicos e perdeu apenas para os Estados Unidos que utiliza 70,3 milhões de hectares (cerca de 40% to total global em 2013). Abaixo a imagem do ‘’T’’. Com o gráfico abaixo, é possível observar que, das 100 pessoas entrevistadas, 60 pessoas não conhecem o símbolo dos transgênicos e somente 40 conhecem a identificação: As plantas que receberam esses genes ganharam um aumento nutricional, resistentes a pragas e agrotóxicos e maior tempo de estocagem. Outras se tornam resistentes a herbicidas, em algumas lavouras é necessário exterminar outro tipo de vegetal, como ervas daninhas, e o mesmo agrotóxico acaba prejudicando a produção total. Transgênico e a produtividade Agrícola Os transgênicos podem ser utilizados para beneficiar populações pobres, produzindo alimentos mais nutritivos e baratos, para sintetizar medicamentos, hormônios e outras substâncias de importância para a saúde. Um exemplo é a bactéria Bacillus thuringienses (Bt), um agente de controle biológico encontrado no solo e produz uma toxina contra as lagartas. A transferência do gene Bt para as variedades de milho, algodão, fumo, batata e soja as torna resistentes a alguns insetos. De acordo com especialistas, a proteína Bt não apresenta riscos para a saúde humana, além de reduzir o uso de defensivos agrícolas. Sobre as melhorias que os transgênicos podem causar, foi feita uma pesquisa o resultado aponta que 56 pessoas respondendo que acreditam que os transgênicos podem melhorar o mundo e 44 pessoas discordam: Aspectos Negativos Mas os alimentos transgênicos também reduziram a população de insetos, animais e outras espécies de plantas. Algumas pessoas tendem a desenvolver alergia a esses alimentos e as plantas naturais tendem a sofrer a seleção natural. Os transgênicos são cultivados e analisados pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a empresa que autoriza o comércio e o plantio desses alimentos é a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNB). Os corpos de muitas pessoas acabavam rejeitando o alimento. Na Inglaterra, uma pesquisa constatou um aumento de 50% dos casos de alergia aos produtos à base de soja geneticamente modificada. São inseridos nos transgênicos os chamados genes marcadores de bactérias resistentes a antibióticos, assim pode ocorrer o aumento da resistência aos antibióticos nas pessoas que consumirem esses alimentos podendo ocorrer a redução ou anulação desses medicamentos, gerando um sério risco para a Saúde Pública. Assim, afirma Soares e Mota que escreveram Ética e Sustentabilidade de 2002, que citam os genes marcadores e falam que podem ocorrer o aumento da resistência ou a anulação de medicamentos. Existem plantas e microrganismos que produzem substâncias tóxicas para se defenderem de seus inimigos naturais. Se os genes desses organismos forem introduzidos em alimentos transgênicos, o nível dessas toxinas aumenta muito, o que causará danos à saúde das pessoas que os consumirem. São poucos os estudos sobre a avaliação da toxicidade dessas substâncias. Para fazer esse gráfico foram entrevistadas 100 pessoas e, dessas pessoas, 58 acham que os alimentos transgênicos podem fazer mal e 42 pessoas acreditam que eles não fazem mal. Ruim para o produtor e para o consumidor. O Greenpeace diz que sobre a liberação de transgênicos alimentos transgênicos: ‘‘é melhor prevenir do que remediar’’ “A introdução de transgênicos na natureza coloca nossa biodiversidade a sérios riscos, como a perda ou alteração do patrimônio genético de nossas plantas e sementes e o aumento dramático no uso de agrotóxicos. Além disso, ela torna a agricultura dependente de poucas empresas que trabalham com essa tecnologia, e coloca em risco a saúde de agricultores e consumidores. O Greenpeace defende um modelo de agricultura baseado na biodiversidade agrícola e que não se utilize de produtos tóxicos, por entender que só assim teremos agricultura sempre.’’ Por fim, foi pesquisado se as pessoas sabiam quais alimentos são transgênicos e 61 pessoas falaram que não e apenas 39 pessoas tem consciência de qual alimento ingerido é ou não transgênico: A Bioética e transgenia Existe ética nessa tecnologia, a bioética é área ligada às ciências da vida que se preocupa com má conduta científica, práticas científicas questionáveis e outros erros do gênero. No entanto, não há fiscalização sobre os alimentos derivados de transgênicos que deveriam ser rotulados. As empresas multinacionais, que estão trazendo pacotes biotecnológicos para o Brasil, resistem em fazer estudos de impactos ambientais O homem adquiriu a competência para interferir na hereditariedade de todos os outros seres vivos, inclusive na própria. Um organismo que recebe um gene artificialmente passa a apresentar as novas características determinadas pelo novo gene. Entretanto, o procedimento altera diferentes funções no organismo diminuindo a sua adaptação ao meio ambiente. Um código de bioética estabeleceria o direito inalienável de os organismos terem a herança biológica preservada. Assim, as pesquisas científicas com transgênicos, conduzidas em laboratórios de instituições públicas e privadas, devem estar amparadas por um código de ética e não por legislações. No entanto, a multiplicação, transporte, comércio e outras atividades com os organismos geneticamente modificados devem estar regulamentados por leis específicas. Os transgênicos podem trazer muitas vantagens, podem aumentar a produção dos alimentos, fornecendo fontes nutricionais mais baratas à população, pode acabar com os problemas relativos à desnutrição a produção pode ser mais econômico, devido ao fato de organismos serem mais resistentes e duráveis. As plantações de vegetais transgênicos podem requerer menos quantidade de agro defensivo, água e máquinas agrícolas, reduzindo a agressão ao meio ambiente possibilidade de se desenvolver alimentos mais nutritivos, melhorando a saúde da população. Criação de organismos capazes de produzir substâncias úteis para a saúde humana, como vitaminas, anticorpos e remédios também pode se ter forrageiras geneticamente modificadas poderiam reduzir a emissão de gás metano pelo rebanho bovino, organismos com tolerância a pressões bióticas e abióticas. Há, também a possibilidade de uso de terras “improdutivas”, como as com alto teor de sal ou com poucos nutrientes. Pode utilizar enzimas de bactérias geneticamente modificadas no sabão em pó, podendo degradar a gordura de tecidos e não danificá-los durante o processo de lavagem Uma frase da pesquisadora Alda Lerayer: “Os transgênicos nada mais são do que a evolução de técnicas milenares”. A organização não-governamental Food First, dos EUA, afirma, que a fome no mundo deve-se ao fato da má distribuição dos alimentos e não à ausência ou presença de transgênicos. Bastaria uma distribuição adequada dos alimentos disponíveis hoje em dia para que cada habitante recebesse uma dieta de 2,5 mil calorias por dia, afirma esta organização. Conclusão Com essa pesquisa, afirma-se que há pontos positivos e negativos que envolvem a utilização de produtos transgênicos. Além disso, a população, que pouco demonstra saber sobre o assunto, deveria buscar mais informações para decidir se o consumo é o ideal, ou não. Para mim, foi muito importante desenvolver esta pesquisa no projeto EPISTEME, especialmente por este ser o último ano em que participo. Referências http://www.infoescola.com/genetica/alimentos-transgenicos/ http://transgenese.blogspot.com.br/2011/05/transgenicospontos-positivos-e.html http://www.greenpeace.org/brasil/pt/O-que-fazemos/ Transgenicos/ http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/ pagina/0,6313,POR-934-5006 ,00.html http://www.terra.com.br/reporterterra/transgenicos/ defensores.htm http://www.bbc.co.uk/portuguese/ noticias/2014/08/140819_cinco_animais_transgenicos_mv http://www.consciencia.net/2004/mes/01/transgenicos. html http://www.ebah.com.br/content/ABAAABJhcAL/ alimentos-transgenicos http://revistaepoca.globo.com/ Epoca/0,6993,EPT474558-1655,00.html http://www.unicamp.br/fea/ortega/agenda21/candeia.htm http://www.bibliotecadigital.uel.br/ document/?code=vtls000178761 http://alimentostransgenicos8b.blogspot.com.br/2011/01/ historia-dos-alimentos-transgenicos.html 07/08---historia dos transgênicos links http://modificated.blogspot.com.br/2009/03/historia.html http://alimentostransgenicos8b.blogspot.com.br/2011/01/ historia-dos-alimentos-transgenicos.html http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Documentos/ greenpeacebr_050430_transgenicos_documento_contexto_ politico_port_v1/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/ lei/l11105.htm https://www.embrapa.br/soja http://www.grupocultivar.com.br/site/content/artigos/ artigos.php?id=803 http://www.sementesfiscalizadas.com.br/artigos/10/ plantas-transgenicas/ http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho_5_ed/ milhoBT.htm o que é a lagarta elasmo????https://www.google.com.br/ ANOREXIA: A BUSCA INALCANÇÁVEL PARA BELEZA Eduardo Kitii Martins 12 anos e William Hirata 12 anos – 7º ano E.F 1. Introdução: Esta pesquisa tem como objetivo informar a população sobre os perigos relacionados à anorexia, tendo em vista que, de acordo com o AMBULIM (Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), de 0,5 até 4% das mulheres terão anorexia nervosa em alguma parte da vida. Informaremos, também, sobre como a família pode ajudar (no caso de algum familiar desenvolver anorexia. Este trabalho é importante para alertar e ajudar as famílias dos doentes identificarem o problema alimentar o mais rápido possível e procurar uma ajuda médica. Dessa forma, esperamos reduzir a taxa de anoréxicos e também diminuir a taxa de mortes por essa doença. 2. Transtornos alimentares Transtornos psiquiátricos causados por perturbações no comportamento alimentar que podem levar desde ao emagrecimento excessivo, à obesidade por comer excessivamente, além de causar problemas cardíacos, desbalanço hidrol eletrolítico (alteração de sódio, cálcio, potássio, fósforo e magnésio), ausência de menstruação, queda de cabelo, etc; principalmente encontrados em países ocidentais Esses transtornos podem ser divididos em dois grupos: os que ocorrem precocemente na infância e os que ocorrem um pouco mais tarde, sendo que cerca de 90% dos transtornos alimentares são identificados em mulheres, sendo a maior parte em adolescentes e jovens, e os outros 10% em homens. Geralmente são diagnosticadas em pessoas de regiões industrializadas e de classe social alta, pois apresentam necessidade de estar dentro dos padrões de beleza, o que provoca uma preocupação muito grande com o corpo e uma grande quantidade de stress, pois fazem sua autoavaliação através da forma e do peso. Os distúrbios alimentares não são doenças que escolhem pessoas, muitas famosas como Demi Lovato (cantora, atriz e compositora), (atriz e modelo) e Isabella Fiorentino (modelo e apresentadora de televisão) já tiveram distúrbios alimentares e conseguiram se tratar. Mas não são só famosos que conseguem superar a doença, uma jovem de 22 anos, chamada Megan Jayne, aos catorze anos chegou a pesar 28 quilos, sendo diagnosticada com anorexia nervosa. No começo do tratamento teve que se alimentar através de sondas, mas como o tratamento foi um sucesso, conseguiu ganhar peso e virou a inspiração de muitas meninas que, seguindo-a em redes sociais, recebem palavras de Megan sobre a filosofia de aceitar seu corpo e amar você da maneira que você é. Sendo assim são provas vivas de que distúrbios alimentares tanto podem ser tratados como podem ser superados. Alguns exemplos de transtornos alimentares são a anorexia, a bulimia a obesidade e a vigorexia. 2.1. Bulimia Distúrbio alimentar em que a pessoa oscila entre a ingestão exagerada de alimentos e episódios de vômitos ou abusos de laxantes, para que não haja ganho de peso. Sua causa é o corrente desprezo da mídia e da população em geral por quem está acima do peso, dessa forma levando os doentes a pensar, mesmo que esteja magro, que está acima do peso, o que pode ocasionar uma crise de ansiedade e a busca por uma forma de perder peso rapidamente, mas com o conforto da comida. Seu tratamento é feito com o uso de antidepressivos, terapia cognitivo temporal e nutricional; (um grupo de apoio pode ajudar.) 2.2. Obesidade Acúmulo de gordura no corpo causado por uma ingestão maior de alimentos (produzindo grande quantidade de energia) de que é considerado ideal. Dessa forma, o corpo acumula a energia na forma de gordura. Uma pessoa é considerada acima do peso, se seu IMC (Índice de massa corporal) estiver maior que 25 e obeso se estiver acima de 30. Seu tratamento mais simples é a prática frequente de exercícios físicos e a diminuição da quantidade de calorias consumidas diariamente. 2.3. Vigorexia Distúrbio psicológico no qual a pessoa se acha fraca perante outras, uma distorção da imagem como a anorexia, mas nesta doença a pessoa quer ter músculos. Faz muitos exercícios, mas acaba emagrecendo e não tendo mais músculos, os doentes se acham fracos, sem músculos e pequenos. Ficam muito tempo na academia, usam anabolizantes e seus levantamentos de peso são cada vez maiores. Seu tratamento inicialmente é procurar um especialista, que lhe dará os próximos passos. 3. Introdução à anorexia: A anorexia, nosso objeto de analise neste estudo, é um distúrbio alimentar e, por isso, a pessoa abusa de dietas, da prática de exercícios ou de outros métodos para emagrecer um tanto acima do que é considerado ideal para sua idade e altura. Em nosso colégio, aplicamos uma pesquisa sobre o assunto, cerca de 82% souberam dizer o que é anorexia e 18% não, como. A anorexia pode começar como uma simples dieta que, com o passar do tempo, vai diminuindo o número de calorias até chegar ao limite da pessoa não comer nada. Uma mulher de, em média, 58 quilos necessita no mínimo de 1400 calorias diárias, mas há relatos de garotas que não consumiam nem um terço disso, consumiam 300, 400 calorias diárias. Sua causa é o distúrbio da imagem pela qual o doente não aceita seu corpo e tem a impressão de estar acima do peso fora da realidade e busca maneiras de perdê-lo de modo rápido e fácil. Desenvolve-se habitualmente na adolescência e em mulheres jovens, raramente é encontrada em homens. As adolescentes insatisfeitas com o corpo, muitas vezes, adotam dietas anormais, programas de exercícios exagerados, usam de laxantes e autoindução de vômitos. Este transtorno está no topo da pirâmide mortal dos transtornos alimentares, pois as pessoas que convivem com a doença não acreditam em pais e amigos que, quando percebem a doença (às vezes tarde de mais), dizem: “Você está muito magro.” ou “Você tem que comer mais.” e acabam não procurando um especialista e morrendo, desde inanição até se suicidando por não conseguir chegar ao corpo “ideal”. Mesmo assim, existem sites que, além de dar dicas de como suportar ficar sem comer, como não pensar em comer e como esconder de pais, médicos e amigos que não está bem, influenciam meninas “saudáveis” e acabam fazendo com que fiquem anoréxicas também. As informações a seguir são de nossa responsabilidade apenas enquanto nosso texto e não devem ser seguidas: alguns sites e blogs que provam essa afirmação são: http://diariodeumaanorexicgirl.blogspot.com. br/2013/07/73-dicas-super-uteis-garimpadas-pela.html e http://tudosobreanaemia.blogspot.com.br/2008/05/20mandamentos-da-anamia.html 3.1. Sintomas: Seus sintomas são: sentir medo enorme de engordar ou ficar acima do peso ideal, mesmo quando a pessoa está abaixo do peso normal; recusar-se a manter o peso considerado ideal para sua idade e altura, (geralmente pessoas com anorexia estão no mínimo 15% abaixo de peso ideal); ter uma imagem corporal muito distorcida; ser muito focada no peso ou na forma corporal e recusar-se a admitir a gravidade da perda de peso; não menstruar por três ou mais ciclos; cortar a comida em pequenos pedaços ou movê-los no prato em vez de comêlos; exercitar-se o tempo todo, mesmo quando o clima está ruim, a pessoa está machucada ou ocupada; ir ao banheiro imediatamente após as refeições; recusar-se a comer perto de outras pessoas; usar comprimidos para urinar (diuréticos) / evacuar (enemas e laxantes) ou reduzir o apetite (comprimidos para perda de peso); depressão; boca seca; extrema sensibilidade ao frio; perda de resistência óssea; desgaste dos músculos e perda de gordura corporal. Nas meninas pode também mudar o ciclo menstrual. Podendo causar problemas como desidratação, anemia, hipoglicemia, insuficiência renal, atrofia muscular, descompasso cardíaco, perda de massa óssea, maior suscetibilidade a infecções e na pior das hipóteses a morte – sendo ela intencional (suicídio), ou pelos problemas citados anteriormente, já que é descoberta, muitas vezes, tarde demais. 3.2. Estatísticas A partir deste estudo, é perceptível que a maior parte das pessoas não conhecem os sintomas da anorexia, o que aumenta o risco para que a doença se desenvolva. Com o gráfico abaixo, percebe-se que a maior parte das pessoas não para de comer quando se sente acima do peso, no entanto, é grande a parcela de pessoas que afirmaram parar. O gráfico a seguir, demonstra que muitas pessoas não praticam atividades físicas. Com o gráfico abaixo, percebe-se que a maior parte das pessoas sentem medo com o assunto engordar. Com o gráfico abaixo, percebe-se que muitas 36% das pessoas pensam estar acima do peso: 3.3. Tratamento O tratamento baseia-se no ganho de peso e na reeducação alimentar, com uso de antidepressivos e da terapia, há necessidade de manter o paciente em observação apenas em alguns casos como: mesmo com o tratamento, o paciente continuar perdendo peso; o paciente estar com peso inferior a 70% do seu peso ideal; caso o paciente estiver correndo algum risco de vida (subnutrição grave). Além disso, a inclusão dos familiares e amigos pode ajudar o paciente a corresponder melhor ao tratamento. A parte mais difícil do tratamento é mostrar ao paciente que ele está sim doente e fazer com que ele aceite ser tratado além de fazê-lo se alimentar corretamente, já que muitas vezes o paciente só procura ajuda quando o estado da doença está muito grave. O tratamento, como já foi mencionado, é sim possível, mas, como toda doença é muito melhor prevenir antes de ter que passar pelo tratamento. Mas como prevenir? A prevenção é feita, muitas vezes, sem o intuito de prevenir, estamos falando de ensinar e incentivar a criança a comer, além de mostrar os benefícios da alimentação saudável. 3.4. A anorexia perante a psicologia/diagnóstico: O diagnóstico de distúrbios alimentares de acordo com o DSM-IV é muito mais difícil em adolescentes, pois além de durante a puberdade as pessoas tendem a crescer e a ganhar peso e, além disso, as meninas começam a menstruar, dificultando no diagnóstico. Quando uma pessoa tem o índice de maça corporal (IMC) abaixo de 17, ele tem anorexia, quando é abaixo de 15 é desnutrição extrema. 4. Conclusão Em conclusão anorexia é uma doença, e precisa ser tratada e acompanhada por médicos e especialistas no assunto e, mesmo possuindo uma “cura”, é melhor prevenir do que tratar os danos ocasionados pela doença. A partir deste trabalho, conseguimos entender um pouco mais sobre como é ter uma doença que, por ser um distúrbio psicológico, não a queixa sobre ela. Os questionários nos mostraram que, grande parte das pessoas do nosso colégio sabem o que é anorexia e demonstram que, além disto, sabem os sintomas e estão num caminho onde anorexia, não será um obstáculo que precisaram passar. Referências h t t p : / / w w w. s c i e l o . b r / s c i e l o . p h p ? p i d = s 1 5 1 6 44462000000600008&script=sci_arttext http://www.minhavida.com.br/saude/temas/anorexia h t t p : / / w w w. m o r e i r a j r. c o m . b r / r e v i s t a s . a s p ? i d _ materia=5090&fase=imprime http://www.plenamente.com.br/artigo.php?FhIdArtigo=192#. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S151636872005000100012&script=sci_ http://www.brasilescola.com/psicologia/vigorexia.html http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/ handle/123456789/1031/TCC_final_revisado_Debora. pdf?sequence=1 http://www.abpcomunidade.org.br/site/?p=275 http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/ LerNoticia&idNoticia=82 h t t p : / / w w w. a m b u l i m . o r g . b r / Tr a n s t o r n o s A l i m e n t a r e s / Tratamento# http://www.endocrino.org.br/anorexia-nervosa-um-transtornopsicologico/ CRISE ALIMENTAR NA ADOLESCÊNCIA Halyssa Yoshi -11 anos e Gabriela Custodio - 11 anos - 6° E.F 1. Introdução Na adolescência, a alimentação saudável é tão importante quanto na primeira infância, que é uma fase em que os seres humanos ainda estão conhecendo o mundo, quando começamos a entender as aprendizagens humanas. A alimentação saudável serve para criar e manter bons hábitos e também para satisfazer as necessidades de nutrientes durante qualquer fase da vida, sendo assim, indispensável a qualquer momento da vida. De acordo com o site dietnet que fala sobre nutrições, nessa fase podem aparecer novos hábitos de consumo explicáveis por motivos psicológicos, sociais e sócioeconômicos, por influência de amigos, rebeldia contra a família, buscando autonomia e identidade, entre outros. Os seres humanos sempre procurarão consumir aquilo que acham mais saboroso. Não é diferente com os adolescentes. Isso vale para qualquer fase da vida. Os adolescentes, quando forem sair com amigos para ir ao shopping ou algum restaurante, por exemplo, não vão procurar comer algo saudável e sim lanches ou fast foods. Sair com os amigos sempre vai ser uma experiência legal, divertida e inesquecível. É um modo de sair da rotina e até, esquecer dos problemas como a escola, por exemplo. 2. O que é adolescência? A adolescência é um período em que acontecem várias mudanças nos aspectos físicos e psicológicos, tais modificações são influenciadas pela cultura, mídia, modismo, experiências sociais e alimentação. Ao que refere-se à alimentação, observa-se que o comportamento alimentar é um ponto chave na busca da auto imagem, valores, e desenvolvimento psicossocial. As pessoas da família são as primeiras pessoas a terem relações com os hábitos alimentares do indivíduo, já que são elas que compram e preparam a comida feita em casa para as crianças. Os adolescentes tendem a não se importar tanto com a alimentação. Não se importam tanto em comer lanches, pizzas e alimentos que não são tão saudáveis. Pulam algumas refeições, comem coisas nem sempre tão saudáveis e mais rápidas de serem consumidas. Mesmo assim, ainda se preocupam com a aparência de seus corpos em relação à opinião dos outros. É na adolescência que existe uma grande importância na formação do caráter, onde os gostos mudam e onde o ponto de vista sobre algumas coisas mudam. Muitas pessoas não se parecem nada com quando eram crianças em relação à personalidade e em relação ao físico. Adolescência é um período de mudanças, que afeta os aspectos físicos, sexuais, cognitivos e emocionais. De acordo com Papalia, Olds e Feldman, podemos concluir que a adolescência é uma mudança em relação ao crescimento dos seres humanos, caracterizando a sociedade atual moderna e simbolizando a passagem da fase infantil à fase adulta. Essa mudança ocorre entre dez, onze anos até os vinte e um anos. Os campos físicos, cognitivos e psicossociais se alteram nesse período de crescimento. A adolescência é como uma construção social, assim, a transição da infância para a fase adulta oferece oportunidades desenvolvedoras no campo social e pessoal do indivíduo nessa fase tão importante. Domingues e Alvarenga estabelecem o processo de “adolescência” como um acontecimento da sociedade moderna que se deu no final do século XIX e no início do século XX, sendo um incremento de industrialização e urbanização. O uso do termo adolescência assumiu grande expressão para caracterizar essas diferentes transformações no mundo moderno, desencadeando uma grande preocupação em relação aos estudos sobre a mesma área. A adolescência também pode ser definida como um período marcadamente social, consistindo em uma preparação para a vida adulta, com responsabilidades e papéis modernos ligados a profissões, cidadanias e socializações. A adolescência, apesar de tudo, além de um período natural, também é uma construção social, assim, na perspectiva atual quanto à socialização, ela é vista também desse modo. Os homens modernos estabelecem esse momento interpretado e com significâncias muito grandes para o futuro de cada pessoa. Além disso, há o fato das mudanças físicas entendidas como as marcas do corpo que constituem em mudanças naturais que passam a receber uma importância na sociedade interpretando mudanças como fenômenos sociais. Levisky vai além do assunto abordado pelos autores anteriores. Ele estabelece a ideia sobre a adolescência de que ela não é somente algo que recebe influência da sociedade, mas também que a própria sociedade exerce uma influência sobre ela. É na adolescência que a vida infantil é deixada e que a vida adulta se torna parte do cotidiano fazendo dela a nova identidade do indivíduo. A autoestima é atingida por um sentimento depressivo que é gerado por uma imagem que a pessoa encontra de si mesma quando essa imagem passa a ser equiparada à vida infantil, mas não existe uma nova personalidade para ser investida na vida cotidiana, assim, a pessoa acaba tendo esse sentimento depressivo que certamente irá atingir bastante a autoestima do indivíduo. Além disso, a adolescência representa, à esfera social, uma passagem realmente importante e decorrente de algumas transformações de níveis físicos e psíquicos. Essas mudanças são geradas, pois as pessoas nessa fase têm que aprender a conviver com um novo corpo que precisa, necessariamente, de uma nova identidade. Segundo o artigo de Cano et al.(1999), a adolescência pode ser compreendida atualmente por um período com grande importância no desenvolvimento humano. Nesse período, transformações físicas e biológicas associam-se à esfera social e cultural dando origem a uma realização do jovem e posteriormente, do adulto. Alguns conceitos importantes que acontecem na adolescência com frequência: o adolescente apresenta uma grande tendência impulsiva, buscando a satisfação imediata aos desejos apresentados; quando agem e só depois pensam na execução do ato; os jovens se apresentam muito vulneráveis para fazerem amizades em meio social. Nessa fase, enfrentam muitas confusões pessoais e a busca por uma aceitação em grupos sociais é incessante. Um reconhecimento social nessa fase é complicado e cada vez mais o indivíduo se acostuma a socializar com as pessoas a sua volta. Algumas coisas que os adolescentes fazem quando estão na fase de serem reconhecidos: inúmeros jovens chegam a estabelecer outros jovens como referência para adquirir hábitos que essas referências fazem no dia a dia e eles param ou começam a fazer coisas para o reconhecimento na sociedade, modificando hábitos que antes eles faziam e pararam de fazer pelo reconhecimento social. Os jovens buscam modelos de comportamento para copiar, simplesmente por causa de alguém que gosta do que o modelo faz. Assim, a pessoa que o jovem quer ser amigo irá perceber uma semelhança entre o jovem e a pessoa na qual ela gosta, fazendo o jovem se destacar para ela e para as pessoas à sua volta. 2.2. Comportamento alimentar do adolescente O indivíduo, muitas vezes não percebe que alguns alimentos são fonte de nutrientes e energia indispensáveis ao crescimento, desenvolvimento, então, ele acaba ingerindo alimentos que não deveria, com poucos nutrientes e poucas vitaminas, sendo então prejudicial à saúde. Nutrientes, vitaminas e fibras não são necessários só nessa fase da vida, e sim em todas. A infância, adolescência, fase adulta e fase idosa precisam desse recurso igualmente. Muitos adolescentes se preocupam com a aparência, com isso, quando percebem que existem algumas gorduras em excesso, tentam emagrecer para manter a boa aparência, pois esta é fundamental a eles, já que a opinião de seus amigos, pais, professores e conhecidos importam para eles. Propagandas e anúncios que falam sobre lanches e refeições rápidas (produtos industrializados) podem modificar o hábito alimentar de adolescentes. A propaganda mostra outros jovens se alimentando de forma inadequada, assim, os adolescentes se sentem atraídos pelo produto e vão procurá-lo, muitas vezes consumindo fast foods, hambúrgueres, pizzs e até sorvetes. Excesso no consumo de gordura, sal e carboidratos são normais para muitos adolescentes, no entanto os alimentos devem ser escolhidos cautelosamente para que não haja algo inesperado, como uma obesidade ou doenças. Os adolescentes têm sido considerados como um grupo de risco nutricional em relação aos seus hábitos alimentares, pois muitas vezes deixam de tomar o café da manhã, pulam algumas refeições e comem lanches no lugar dessas refeições, consomem alimentos industrializados que têm conservantes e produtos químicos para deixá-los com uma validade maior. Quando os lanches substituem as principais refeições importantes, que sejam nutritivas, comer um alimento nutritivo é importante e mesmo que os adolescentes fiquem de vez em quando sem comer algumas refeições importantes, substituílas pode desde que seja por algum alimento nutritivo e com vitaminas. Para garantir os lanches nutritivos, deve-se assegurar que cada lanche contenha pelo menos uma porção de grupo de alimentos abaixo: • Alimentos ricos em carboidratos: pães de preferência integrais ou ricos em fibras, bolachas sem recheio, torradas, cereais, massas simples; • Alimentos ricos em proteínas: leite, iogurte, coalhada, queijo, ovo, presunto, peito de peru, carne de boi magra, peixe ou frango; • Alimentos reguladores (ricos em vitaminas, cereais e fibras): frutas, sucos naturais, vegetais; Também evitar refeições em fast foods é importante, assim, é necessário avaliar no contexto da dieta o alto teor de gordura dos alimentos fornecidos por esse tipo de serviço. Comer muito fat foods pode ser um problema, já que a gordura, as calorias e o sódio são algumas das substâncias que existem excessivamente em hambúrgueres, lanches não saudáveis e comidas industrializadas. Certos hábitos alimentares da infância e da adolescência podem resultar em maiores riscos de doenças crônicas, tais como, osteoporose e alguns tipos de câncer na vida adulta. Deve-se ajudar ao adolescente a entender como evitar doenças relacionadas com a nutrição. Muitas responsabilidades do adolescente podem se relacionar com o bem estar nutricional, a maturidade emocional permite que eles desenvolvam seu próprio sistema de valores. Assim, eles devem ser estimulados a escolher seu alimento que melhorará sua saúde ao invés de comer de modo irresponsável. Se os pais não criarem os hábitos saudáveis aos filhos, os filhos terão uma saúde ruim, pois os próprios pais não vão estar estimulando-os a comerem da forma correta e sim, muitas vezes, de forma incorreta e prejudicial a saúde. 3. Quais são os hábitos alimentares saudáveis? 3.1. A Importância do Café da Manhã Ele é muito importante, serve para repor as energias gastas durante o sono e para fornecer energia mental e física. As pessoas que tomam café da manhã regularmente têm menos chances de apresentar sobrepeso, emagrecem mais facilmente e têm menos risco de doenças cardiovasculares. Pular o café da manhã não é recomendado, já que, trata-se da refeição mais importante do dia. 3.2. Refeições Equilibradas: As refeições principais de um indivíduo devem conter alimentos construtores, energéticos e reguladores. Construtores são ricos em proteínas e ajudam na renovação e multiplicação das células. Energéticos são fonte de carboidratos e lipídeos. São encontrados nos óleos e gorduras, azeites, manteiga, margarina, entre outros. Ajudam a ter energia para um novo dia corrido e cheio de tarefas a fazer. Reguladores são fonte de vitaminas, minerais, fibras e água. Muito importantes para sempre obtermos vitaminas, minerais, fibras, água e nutrientes suficientes para qualquer tipo de atividade. 3.3. Alimentos Funcionais: Alimentos com propriedades imunológicas melhoram a imunidade celular contra diferentes micro-organismos e células doentes. Alimentos com atividade antioxidante protegem o organismo e combatem várias doenças como câncer, cardiopatias, catarata e diabetes. Alimentos ricos em ácidos graxos poli-insaturados, Ômega 3 e Ômega 6 fazem parte das membranas celulares, podem prevenir doenças do coração, triglicerídeo elevado e hipertensão. Presentes em peixes e na semente de linhaça são extremamente importantes para a saúde. Esses tipos de doenças podem ameaçar a morte do indivíduo, então é sempre bom nunca nos esquecermos desses alimentos. 3.4. Consumo Consciente: Qualquer consumo causa impacto positivo ou negativo na economia, relações sociais, natureza e no indivíduo. Tendo consciência desses impactos na hora de comprar, de quem comprar e como utilizá-lo e descartá-lo, maximizar e minimizar esses impactos. Isso é consumo consciente. Ele é importante não somente para o indivíduo. O quanto pagar, o quanto comprar, o quanto consumir e o quando vender depende de alimento para alimento. 4. Seis fatores que interferem nas escolhas alimentares • Sabor: O que nos faz escolher algum alimento é o seu sabor. O alimento que tem um sabor “melhor” é normalmente preferido. Cada pessoa tem um gosto diferente em relação aos alimentos. Por isso, apesar de uma pessoa pensar que algo é saboroso, outra pessoa pode pensar que não. • Saúde: Preocupações com a saúde modificam as escolhas alimentares. Alguém acima do peso fazendo dieta faz escolhas diferentes em relação à alimentação para o consumo diário de uma pessoa que não se preocupa com o fato de engordar e não se importa com o que se alimenta. Se importar com a alimentação por causa da saúde é bem importante. • Emoções: Muitas pessoas tem um amor pela comida e a utilizam em momentos de tristeza e angústia. O resultado disso são emoções que acabam influenciando as escolhas alimentares. A depressão, o estresse e a ansiedade fazem com que as pessoas façam escolhas anormais em um estado emocional diferente. Isso leva a uma alimentação ruim e ao consumo de “besteiras”. Consumir alimentos que não são saudáveis é, muitas vezes, a única forma de essas pessoas melhorarem em momentos como esses. Hábitos alimentares não saudáveis na adolescência “Tempo de tempo” é a justificativa mais usada pelas famílias, que substituem comidas caseiras e sucos naturais por comidas congeladas e sucos industrializados que contêm conservantes, açúcares e sódio demais e por isso não são nada saudáveis. A praticidade para os pais é sinônimo de uma saúde ruim para os filhos. Os adolescentes não possuem o hábito de realizar as seis refeições diárias e negligenciam o desjejum e o jantar. As felicidades da vida moderna, a falta de exercícios e tudo isso relacionado ao sedentarismo acabam ajudando no processo de obesidade. Ser sedentário é algo um pouco ruim, pois se exercitar é importante e também é algo que todos deveríamos fazer independentemente da idade. Dar importância é necessário para que as ações na educação nutricional e alimentar sejam permanentes. A mudança de hábitos requer diálogos, reflexão e vigilância em um grupo de adolescentes sem se preocupar com o futuro de sua saúde. Ações educativas precisam ser atrativas e dinâmicas para aumentar a autonomia e consciência dos adolescentes quando precisam escolher os alimentos. Essa parte é bem importante nesse processo da passagem de vida nova. Vão criar responsabilidades, amizades e os pais vão estar cada vez mais procurando saber da vida dos filhos. Comer de forma saudável é algo nem sempre fácil, mas também não é difícil a ponto de alguém querer desistir de uma coisa tão importante assim. Ter uma boa alimentação é importante e requer responsabilidade, preocupação e consciência para não cometer erros na hora de comprar os alimentos necessários. 5. Sinais de uma má alimentação • Dores de cabeça: Comer de 3 em 3 horas é muito importante. Ficar sem comer mais do que isso acaba sendo ruim para a saúde do indivíduo. As dores de cabeça acontecem, pois ficar sem comer por muito tempo pode causar uma baixa nos níveis de açúcar no sangue. Isso pode estimular a liberação de adrenalina provocando a vasoconstrição, fazendo com que as dores de cabeça sejam intensas. • Tonturas: O que provocará tonturas será a falta de ferro no organismo, causada também por ausência de uma alimentação saudável, diminui a produção de proteínas que levam o oxigênio através do sangue. Assim, tonturas e náuseas são comuns. • Colesterol Elevado: O infarto e o derrame são resultados de veias e artérias entupidas após o aumento do colesterol. Manteiga, bacon, leite, queijos e outros alimentos de origem animal contém colesterol. Os níveis de colesterol elevam quando consumimos esses alimentos em excesso. • Queda de cabelo: Elevados teores de proteínas e bons níveis de minerais são essenciais para a arquitetura dos fios de cabelo. Sem essas vitaminas os fios de cabelo são prejudicados. • Obesidade: Doença caracterizada pelo excesso de gordura corporal. O consumo excessivo de calorias e a diminuição no consumo de energias são outros fatores que podem levar à obesidade. 6. Como conquistar uma alimentação saudável Fazer três refeições ao dia é muito importante: café da manhã, almoço, jantar e dois lanches saudáveis são essenciais. Não pular refeições é importante, pois cada refeição contém vitaminas diferentes, então se pularmos alguma refeição vão faltar vitaminas fundamentais ao organismo. É muito importante incluir diariamente seis porções do grupo dos cereais tubérculos como as batatas e raízes como mandioca, macaxeira ou aipim nas refeições. Especialmente os grãos integrais e alimentos naturais. Pelo menos três porções de legumes e verduras fazendo parte das refeições e três porções, no mínimo, de frutas em sobremesas e lanches são extremamente importantes, pois existem vitaminas e outras coisas nesses alimentos que são bem necessárias para a saúde. Arroz e feijão diários ou, pelo menos, cinco vezes por semana são indispensáveis. Além de bons para a saúde, esse prato brasileiro é uma combinação totalmente completa de proteínas. Três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos também são importantes e, para torná-los mais saudáveis, retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves é uma boa opção. Ficar atento aos rótulos de alimentos e ir atrás dos alimentos que contém menores quantidades de gorduras trans e consumir, no máximo, uma porção de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina. Refrigerantes e sucos industrializados devem ser evitados, igualmente com outros alimentos com muito açúcar, gordura e óleo, como biscoitos e bolachas recheadas, sobremesas doces e outras guloseimas. Além dos alimentos doces, diminuir a quantidade de sal e retirar o saleiro da mesa é uma boa iniciativa para parar de consumir alimentos industrializados com sal (sódio) e temperos prontos excessivos. Dois litros (seis a oito copos) de água por dia são essenciais para hidratação e bem-estar. A água deve ser ingerida entre as refeições, nos intervalos entre uma refeição e outra. Manter o peso dentro dois limites saudáveis quanto à idade do indivíduo é importante, porém, como fazer isso? Evitar bebidas alcoólicas e o fumo. Fazer, pelo menos, 30 minutos de atividades físicas por dia. 7. Estatísticas Para observar os hábitos alimentares dos adolescentes foi feita uma pesquisa com 100 entrevistados. Com o primeiro questionamento, percebeu-se que, mesmo que às vezes, a maior parte dos entrevistados se alimenta de fast food, o que não é ideal numa boa alimentação. O gráfico abaixo mostra que a maior parte das pessoas afirma consumir verduras e frutas diariamente: Constatou-se, com este estudo que é maior o número de pessoas que acreditam precisar emagrecer: Contrariando o resultado anterior, a maior parte das pessoas respondeu fazer exercícios às vezes, ou não fazer. No entanto, sabe-se que para ter boa saúde, é necessário aliar o consumo de alimentos saudáveis e atividades físicas frequentes. O gráfico abaixo demonstra que a maior parte das pessoas, quando alimenta-se em restaurantes, prefere servirse do que comprar pratos feitos. O consumo de refrigerante é um grande vilão quando o assunto é a boa alimentação, e 29% das pessoas, afirmaram consumir muito. Conclusão Com esta pesquisa, aprendemos que algumas pessoas têm que começar a adquirir o costume de comer comidas mais saudáveis e fazer mais exercícios físicos, pois isso faz parte de uma boa saúde e de uma vida saudável. Muitas pessoas tomam refrigerante, outras não e algumas só de vez em quando. Muitas pessoas são sedentárias e acabam não fazendo muitos exercícios, mas também existem pessoas que se exercitam e, normalmente, acabam tendo uma alimentação mais saudável do que a alimentação das pessoas sedentárias. A maioria das pessoas prefere fast foods como Burger King e Mc Donalds do que lanches naturais que são muitas vezes vegetarianos. Além disso, aprendemos o que é adolescência e o que os adolescentes fazem e acham sobre sua saúde, o que é um ponto importante de nossa pesquisa. Os adolescentes começam a sair mais com os amigos para ir ao shopping e restaurantes, por exemplo, muitas vezes se alimentando de maneira errada, com lanches, hambúrgueres e outras comidas que não são muito saudáveis, com muito sal, açúcar e gorduras. O Episteme é um projeto muito importante para todos, pois aprendemos como fazer uma pesquisa, uma coisa que iremos usar em trabalhos e na faculdade, então o Episteme adianta esse conhecimento para quem participa. No começo, as pessoas entram com um objetivo e com uma visão geral do que é o Episteme, mas depois de sair, saem com outro objetivo e com outra visão sobre o Episteme. 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Objetivos A mídia está cada vez mais influente na vida das pessoas. De acordo com os dados do IBOPE média, o número de pessoas que tem acesso à internet no Brasil chegou a 105,1 milhões no segundo trimestre de 2013 (crescimento de 3% em relação ao trimestre anterior). A alimentação atual dos brasileiros tem deixado a população alerta. Conforme o Ministério da Saúde, a sociedade brasileira consome gordura em excesso. A pesquisa de orçamento familiar recentemente apresentou um padrão alimentar inadequado aos brasileiros, resultado alto consumo de gorduras, açúcar e sódio e pobre em nutrientes. Ao trabalhar com a fusão desses dois temas atualmente discutidos e comentados, conseguimos observar até que ponto a mídia pode influenciar o comportamento alimentar da sociedade, especificamente do público infantil e adolescente. Diante de tais fatos e de tal realidade, foram formuladas algumas questões para nortearem este estudo: Até que ponto a mídia nos influencia? Como é o comportamento alimentar atual das crianças e adolescentes? O que acontece por trás das propagandas de empresas de fast food e produtos industrializados? Que problemas podem ser desencadeados pela má alimentação, consequente da mídia? Dessa forma, o objetivo geral desse estudo consiste em: esclarecer as principais dúvidas a respeito da influência da mídia na alimentação do público infantil e adolescente. 2. Introdução A partir dos dois anos de idade, as crianças já começam a receber influências dos comerciais de televisão, ao ficarem, em média, de 3 a 4 horas em frente à televisão (24 horas semanais). Segundo pesquisas, as crianças pequenas (a partir de dois anos de idade), ao assistirem um comercial 20 ou 30 vezes, já assimilam a mensagem que ele quer transmitir. Isso tem trazido muitas preocupações a respeito dos hábitos e atitudes das crianças e jovens em geral, que podem levar à inatividade física, e consequentemente à obesidade infantil. Mc Neal aponta que o desenvolvimento do consumidor infantil seja dividido em cinco estágios, denominados: observação, pedido, seleção, compra assistida e compra independente. A primeira visita a um estabelecimento comercial acontece no período denominado observação, apenas com dois meses de idade, e em seguida, já entra no estágio do pedido, aos dois anos. Aos três anos e meio, a criança tem a capacidade de retirar um produto com independência na prateleira. Os próximos estágios são compra assistida, aos cinco anos e meio, etapa em que realiza, com a ajuda dos pais, sua primeira compra, e aos oito anos, em que já compra com autonomia um produto, etapa da compra independente. O marketing Food to Children: the global regulatory environment (relatório que busca regulamentar as propagandas alimentícias destinadas às crianças) aponta, em sua pesquisa sobre a promoção de alimentos, focando no público infantil: dos setenta e três países anunciados, 32 possuem restrições específicas quanto à publicidade infantil, sendo que alguns deles possuem restrições específicas. Noruega e Suíça proíbem comerciais destinados a crianças com menos de doze anos de idade. Os dois países que proíbem publicidades antes e após dos programas destinados às crianças são Áustria e Bélgica, e a Dinamarca restringe que personagens destinados a esse público sejam utilizados nos comerciais. Na Itália, foi criada uma regulamentação com restrições. Restringir exibições em quantidades e frequências específicas em meio a um programa infantil é característica da Austrália. Na Ásia, em dez dos dezesseis países avaliados existe algum tipo de regulamentação. Os países Malásia, Paquistão e Tailândia possuem sistemas de pré-avaliação dos comerciais. 3. A história da propaganda no mundo “O que é a publicidade? É um instrumento de comercialização a serviço das empresas” (MARTI, 1983) Segundo Lampreia, o principal objetivo da propaganda atual é garantir a aceitação de uma ideia por parte de seu público. No mundo atual, a publicidade é uma técnica indispensável e presente nas economias de consumo, não só no setor econômico, mas também no político, social e religioso. As primeiras propagandas anunciavam o combate de gladiadores e casas de banho, ainda na Antiguidade Clássica. Essa técnica também esteve presente na Idade Média, quando os comerciantes a utilizavam, de forma oral, para chamar a atenção do público à sua mercadoria. Um avanço para a publicidade ocorreu no século XV, quando Gutemberg iniciou a utilização da imprensa mecânica, e, antes mesmos de serem impressos os livros, já eram impressos os panfletos (o primeiro panfleto que se tem conhecimento informava sobre uma manifestação religiosa). Os anúncios publicados em gazetas só surgiram em 1625. Porém, nessa época, a propaganda ainda tinha um objetivo meramente informativo, e não sugestivo como são a maioria dos anúncios nos dias atuais. E, pela necessidade de aumentar o consumo dos bens produzidos na era industrial, a propaganda deixou seu sentido unicamente informativo para adotar um sentido mais persuasivo, que impunha um produto ao consumidor. Para alcançar os novos objetivos, a publicidade contemporânea passou a atribuir ao produto anunciado qualidades que realmente não lhes pertence, ultrapassando a realidade do produto. 3.1. A história da propaganda no Brasil Um modo de observar a história da propaganda realizando um estudo a partir das propagandas dos anos 1900 até 1990. Em suas origens, a única forma de propaganda era a oral, baseada nas conversas e indicações. Com o surgimento do primeiro jornal (Gazeta do Rio de Janeiro), surgiu também o primeiro anúncio. Nele, também eram anunciados classificados de compra e venda de imóveis, escravos e serviços. Finalmente, com surgimento das revistas, foram aprimorados os anúncios, de página inteira e com mais de uma cor. A imagem acima representa a primeira edição da Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal publicado no Brasil. A partir de 1900, os anúncios foram um recurso utilizado basicamente pelos fabricantes de remédio. 1910 foi um período marcado pela expansão da indústria nacional, quando os produtos importados foram substituídos pelos brasileiros. A propaganda, em 1920, era geralmente destinada a informar o leitor, desmentindo quanto aos mitos relacionados aos produtos e revelando as instruções quanto ao uso. Essa década também está relacionada ao surgimento do rádio e veículos promissores como O Globo (jornal brasileiro de circulação diária) e O Cruzeiro (revista semanal), responsáveis pela revolução da propaganda brasileira, pois ofereciam efeitos sonoros e imagens com movimento. Podemos observar na imagem acima um exemplo de propaganda publicada em 1928. Ao analisá-la, é possível perceber que o objetivo desta propaganda (e da maioria das propagandas publicadas nessa década) é esclarecer o leitor quanto ao produto, por meio de um texto informativo extenso. Com o surgimento do Estado Novo (período marcado pelo regime autoritário que se estabeleceu no Brasil de 10 de novembro de 1937 até 29 de outubro do ano de 1945), empresas e profissionais da área sofreram severos controles nos anos 1930. Na década seguinte, o rádio atingiu seu auge e aumentaram as expectativas da TV. A Coca Cola conquistou maior recall entre as marcas com sua chegada ao Brasil, simultaneamente com o fim do ciclo das publicidades focando remédios. A imagem acima demonstra uma propaganda da Coca Cola publicada por volta de 1940, ilustrando o fim de um ciclo em que os anúncios publicitários eram praticamente recurso exclusivo da indústria farmacêutica e a chegada da marca (Coca Cola) no país. O rádio começou a ter que lutar para manter o controle entre os meios de comunicação, em 1950, com o surgimento de empresas como a TV Tupi Difusora, a Editora Abril e a Revista Manchete. Os anos 60 são lembrados pela propaganda atingida pela censura do golpe Militar, década quando também a televisão conquista o país. Em 1970, o governo tornou-se o maior anunciante, assim como ganharam força redes de comunicação em massa como o rádio e a televisão. Já em 1980, a propaganda entrou em seu período mais criativo e surgiram emissoras como o SBT. Por fim,1990: código de defesa do consumidor foi estabelecido, possibilitando a denúncia a propagandas enganosas. Foi um momento de adaptação para a publicidade, com o surgimento da internet. 4. O poder da argumentação em propagandas alimentícias (público infantil) Atualmente, os jovens passam cada vez mais tempo em frente à televisão e consequentemente, expostas a comerciais muitas vezes manipuladores e abusivos (principalmente de alimentos). Os motivos para essa exposição excessiva são muitos, mas os mais comuns são: o fato de que a família passa, muitas vezes, tempo integral fora de casa e também não deixam seus filhos brincarem na rua por questão de segurança. Assim, passam a ter ideias influenciadas pelo que é anunciado. Esses anúncios, quando se trata de alimentação, transmitem atitudes “pouco saudáveis” na dieta do jovem O jovem que passa mais tempo em frente da televisão passa a se alimentar de forma cada vez mais inadequada, já que, segundo SANTOS, Silvana e BATALHA, Mário, 20% do que é anunciado na mídia televisiva tem relação com a alimentação de crianças e adolescentes. Esses produtos alimentícios – muitas vezes industrializados - são geralmente ricos em açúcares e gorduras, conflitando com hábitos nutricionais saudáveis. Segundo FERREIRA, Carolina e FERMIANO, Maria, o uso de figuras com cores mais fortes, personagens atraentes, músicas divertidas e objetos colecionáveis são algumas das técnicas utilizadas para atrair a atenção do público-alvo e levá -lo a consumir o produto anunciado. A imagem abaixo é um exemplo de propaganda de uma empresa de fast food, demonstrando que o oferecimento de brindes, personagens atraentes e objetos colecionáveis são recursos muito utilizados por esse tipo de estabelecimento para levar consumidor infantil a comprar o produto. Foi realizada uma pesquisa entre crianças de sete a dez anos de idade para relacionar os resultados com o tema proposto nesse tópico. Abaixo temos os resultados dessa pesquisa: De acordo com o gráfico abaixo, podemos verificar que 52,20% dos alunos entrevistados assistem quatro ou mais vezes por dia televisão: A partir dos gráficos 2, 3 e 4, podemos verificar que 93,5% das crianças consumiram ovos de chocolate durante o período da Páscoa, e 89,10% receberam ovos que continham brindes. Para 41, 30% dos entrevistados, o personagem era o fator decisivo na escolha do produto, já para 39, 10% dos alunos, o mais importante era o brinde que acompanhava o ovo. Consta que 74% dos entrevistados afirmaram que possuem algum brinquedo (produto) relacionado ao seu personagem favorito, como mostra o gráfico abaixo. De acordo com o gráfico, 69,9% das crianças entrevistadas sentem vontade de possuir brinquedos anunciados na televisão. No gráfico 7, podemos verificar o percentual de alunos que consomem vegetais durante o dia. Quando questionados sobre se preferem assistir televisão ou brincar, 23,90% dos entrevistados afirmam que preferem assistir televisão, como podemos observar no gráfico abaixo. Neste gráfico, a pesquisa procurou identificar se os entrevistados se sentiam satisfeito com os brinquedos que possuíam e obteve o seguinte resultado. Neste item, o objetivo da pesquisa foi medir o nível de desejo que as crianças têm em consumir. 5. As empresas de fast food Quando tratamos dos fast food (em português comida rápida), percebemos, na sociedade atual, uma relação de dependência entre as pessoas e esse tipo de alimento. As publicidades desse tipo de produto normalmente têm como objetivo manipular de forma implícita, fazendo com que o indivíduo seja convencido sem perceber. O novo citadino, principalmente nas grandes cidades, procura um alimento rápido que possa ser consumido no curto tempo que se dedica às refeições. Assim, nas cidades grandes, o ato de comer fast food se tornou um hábito, e sua presença indica modernidade. Para alguns, a fast food é uma necessidade enquanto outros o veem como lazer e realização. Os sistemas de franquia possuem uma marca forte, um produto que vem pronto, disponível da mesma forma em diferentes pontos de venda. Os consumidores do fast food, entretanto, muitas vezes não levam em consideração a qualidade do produto, e inclusive admiram esse novo modo de comer. Ao relacionar os temas: “Empresas de fast food” com o tema “Mídia” e “Alimentação”, podemos concluir que a mídia está influente cada vez mais na vida das pessoas, e que doenças alimentares também. O número de pessoas obesas vem crescendo em escala semelhante ao número de pessoas que aderem essa nova forma de se alimentar - o fast food –, que tem como principal ferramenta para atrair os consumidores, a mídia. Abaixo, podemos observar uma propaganda de fast food e perceber que, além de apresentar uma propaganda manipuladora, oferece um produto rico em gorduras, sal e açúcar. 6. Propaganda x consumo: consequências 6.1. Alimentos “Ultraprocessados” Alimentos chamados de “ultraprocessados” são aqueles que são disponibilizados prontos ou quase prontos para o consumo. Seus ingredientes, já processados, têm como característica o baixo valor nutricional. Alguns exemplos de alimento ultraprocessados são embutidos, molhos, sorvetes, gelatinas, refrigerantes e batatas chips. Esses alimentos têm, ainda, em sua maioria, quantidades excessivas de gorduras, açúcares e sal que não são adequadas a uma alimentação saudável. Por esse motivo, aumentam o risco de doenças como: obesidade, diabetes e alguns tipos de câncer. Por apresentarem todas essas características que contradizem dietas saudáveis e profissionais da área e ainda possuírem uma publicidade abusiva, esses alimentos são os principais alvos da publicidade de alimentos. Segundo pesquisas de orçamento familiar realizadas pelo IBGE, de 1995/6 a 2002/3, o aumento de alimentos industrializados na alimentação dos brasileiros aumentou de 100% a 200%. Segundo MONTEIRO, Carlos Augusto e CASTRO, Inês Rugani Ribeiro, “O apoio a opções saudáveis de alimentação dependerá essencialmente de políticas fiscais e de abastecimento que aumentem o acesso da população a alimentos frescos ou minimamente processados”. 6.2. Dados da obesidade A obesidade é uma doença que atinge grande parte da população brasileira, principalmente entre os jovens: segundo a ABESO, em algumas cidades do país, cerca de 30% das crianças e adolescentes tem sobrepeso ou obesidade. Passou a ser considerada uma doença pediátrica na década de 80 e atualmente é uma das mais frequentes. A criança obesa tem mais chances de permanecer com a doença na fase adulta: 80% dos adolescentes obesos permanecem com excesso de peso na fase adulta. Atualmente, as complicações da obesidade aparecem cada vez mais cedo, como os riscos de doença cardiovascular. Além disso, as crianças obesas sofrem ainda de outros males, como asma, apneia do sono, complicações ortopédicas, puberdade precoce, síndrome dos ovários policísticos e consequências psicossociais. Essas complicações podem levar até mesmo à morte precoce. Na maioria dos casos a obesidade não passa do resultado de uma má alimentação e falta de prática de exercícios físicos. Segundo o estudo Vigitel Brasil, que analisa mais de 50 mil famílias nas capitais do país, o número de homens que comem carne gordurosa no seu dia a dia varia de 34% a 57%, e apenas 15% a 32% quando se diz em alimentar-se de vegetais e verduras, o que não muda em relação às mulheres. Esses hábitos são transmitidos às crianças, que se baseiam na dieta de sua família. Segundo o NHANES (National Health and Nutrition Examination Survey), de 1971-1974 para 2003-2006, a obesidade infantil cresceu, nas crianças de 2 a 5 anos, de 5% para 12%, nas crianças de 6 até 11 anos, de 4% para 17%, e nos adolescentes com idade até 19 anos, de 6,1% para 17,6%. Realizada em parceria do IBGE com o Ministério da Saúde, o POF (Pesquisa sobre Orçamentos Familiares), que analisou 188 mil brasileiros, esclareceu que em todas as faixas etárias, a obesidade e o sobrepeso têm se intensificado. 50% dos homens apresentam sobrepeso e 12,5%, obesidade, e nas mulheres, 48% apresentam sobrepeso e 16,9%, obesidade. Se compararmos os dados de 1974-1975 com os de 2008-2009, de acordo com a ABESO (Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica) veremos que: Na faixa etária de 10 a 19 anos, o excesso de peso aumentou: nos meninos, de 3,7% para 21,7% (6% obesos); nas meninas, de 7,6% para 19% (4% obesos). O aumento foi maior na zona urbana do que na rural e nas famílias de maior renda. Nas crianças com idade de 5 a 9 anos, o aumento foi maior ainda: 34,8% dos meninos (16,6% obesos) e 32% das meninas (11,8% obesos) apresentam sobrepeso. Mais crianças que habitam a zona urbana estavam com sobrepeso, mas na faixa de menor renda houve um forte crescimento daqueles com excesso de peso. Conclusão Este estudo demonstra a ampla relação entre os hábitos alimentares e as propagandas direcionadas ao público infantil. Foi possível perceber também as consequências de tais fatos, uma vez que houve um considerável aumento no número de crianças obesas, devido aos costumes alimentares. Referências PIMENTA, Dênia Velloso, MASSON, Daniela Fagioli, BUENO, Milena Baptista. Análise das propagadas de alimentos veiculadas na televisão durante a programação voltada ao público infantil. Disponível em: <189.2.156.229/comunicacao/publicacoes/ics/edicoes/2011/01_jan-mar/V29_n1_2011_p52-55. pdf>. Acesso em 26 jun. de 2015 ORTIGOZA, Silvia Aparecida Guarnieri. O fast food e a mundialização do gosto. Disponível em: <www.unicamp.br/nepa/ arquivo_san/o_fast_food_e_a_mundializacao_do_gosto.pdf >. Acesso em 5 jun. de 2015. DUARTE, Thais Priscila Papa Jerônimo. A gênese da criação publicitária. Disponível em: <http://livros01.livrosgratis.com.br/ cp128427.pdf>. Acesso em 20 nov. de 2015. MOURA, Neila Camargo. Influencia da mídia no comportamento alimentar de crianças e adolescentes. Disponível em: <www.unicamp.br/nepa/publicacoes/san/2010/XVII_1/docs/ influencia_da_midia_no_comportamento_alimentar_de_criancas_e_adolescentes.pdf>. Acesso em 06 mar. de 2015. 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Rua Quintino, 812 - 3° andar - Centro - Londrina PR - 43 3321 6757 www.pontuallondrina.com.br - facebook.com/pontuallondrina O Episteme é um grupo de estudos formados pelo Colégio Pontual, com o intuito de buscar e construir conhecimento, e que hoje apresenta mais um livro, com a reunião dos trabalhos realizados no ano de 2015. Estes artigos representam todo o esforço e toda a dedicação de uma equipe de alunos e professores que acreditam que é possível aprender e ensinar de forma contínua e transformadora. Fica o convite para conhecer este trabalho nas páginas aqui apresentadas. Uma Escola feita a mão