ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS INTRODUÇÃO Não há como uma empresa funcionar sem a existência de recursos, sejam eles financeiros, humanos ou materiais, sejam estes relacionados aos insumos ou aos bens patrimoniais indispensáveis no processo de fabricação. Com a crescente concorrência existente por um participação no mercado consumidor as empresas buscam identificar formas de melhorar seus desempenhos, encontrando maneiras diferentes de obterem vantagens competitivas. Uma das formas de obter uma vantagem, se não competitiva, mas pelo menos comparativa é através de uma boa gestão dos recursos materiais e patrimoniais. Com os custos crescentes é importante gerir bem seus estoques e seu patrimônio produtivo de forma a utilizá-los com a máxima eficiência e eficácia. è sobre isso que estaremos falando a partir de agora. 1. O CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS: Administração de Recursos Materiais engloba a sequência de operações que tem início na identificação do fornecedor, na compra do bem ou serviço, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento (armazenagem), em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e, finalmente, em sua distribuição ao consumidor final. 2. A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E SUA AMPLITUDE Sendo o ambiente competitivo como é faz-se necessário a busca de alternativas de vencer os concorrentes. A administração de materiais é bastante ampla e pode contribuir a partir do momento que envolve as seguintes atividades: • Gerenciamento dos recursos materiais: • Gerenciamento dos estoques • • • Produtos acabados • Gerenciamento dos Recursos Patrimoniais: • Equipamentos • Instalações, prédios, veículos, etc. Produtos/materiais em processo • Compras: • O que deve ser comprado • Como deve ser comprado • Quando deve ser comprado • Onde deve ser comprado • De quem deve ser comprado • Por que preço deve ser comprado • Em que quantidade deve ser comprado • Logística interna e • Logística Externa Do desempenho satisfatório dessas atividades dependem os Departamentos de Vendas, Produção, Manutenção, os Setores Administrativos, etc. Tem-se de considerar: • que o número de itens e a diversidade dos mesmos é grande, • que as informações tem de ser precisas e rápidas • que a manutenção de estoques representa parcela significativa do ativo da empresa, etc. 3. O ADMINISTRADOR DE MATERIAIS. É o profissional a quem cabe o gerenciamento, o controle ea direção da empresa na área de materiais, buscando os melhores resultados em termos de lucratividade e produtividade. Exerce o processo administrativo dentro da área de recursos materiais e patrimoniais. 4. COMO AVALIAR O DESEMPENHO DA ÁREA DE MATERIAIS. Dentro de cada uma das subáreas da administração de materiais poderão ser estabelecidos indicadores de desempenho próprios que devem fornecer informações sobre a realidade da área de materiais, possibilitando assim a tomada de ações corretivas de forma a eliminar os desvios, e para isso é preciso que: • Os dados coletados sejam completos e confiáveis; • Que expressem informação de valor para a empresa • Devem ser simples de forma a que os próprios operadores possam coletá-los sem confusão • Devem ser de fácil entendimento por todos Como exemplos podemos citar: • % de erros nas ordens de compra • % de itens comprados recebidos na data correta • % de falta de matérias-primas • Rotatividade dos estoques • % do ativo imobilizado em estoques • % de produtos acabados entregues aos clientes nas datas combinadas, etc. 5. EVOLUÇÃO E MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS NA ADMINSITRAÇÃO DE MATERIAIS Se considerarmos a posição do homem de produção e de vendas seu desejo é de que exista a maior quantidade de matérias-primas e produtos acabados, respectivamente, estocados de forma a poder atender as suas necessidades. Porém sendo a manutenção de estoques algo extremamente caro para a empresa é preciso que o Administrador de Materiais equilibre os mesmos de forma a satisfazer ambos, os administradores de produção e vendas e também ao administrador financeiro. Sendo assim várias tem sido as etapas que vem ocorrendo dentro da administração de materiais cabendo ressaltar algumas delas tais como: • A logística – operação integrada, que trata das atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de materiais e produtos desde a aquisição até o ponto de consumo final, bem como dos fluxos de informações • Técnicas japonesas de administração tais como o JIT/Kanban; • Desenvolvimento de Parcerias – fornecedores preferenciais • Programação de fornecedores – manter uma programação integrada entre o PCP da fábrica e o fornecedor via EDI (Eletronic Data Interchange) ou Internet • Uso de simulações • Uso de CEP para identificar rapidamente as variações nos processos, etc. 6. DESAFIOS E TENDÊNCIAS Com certeza o maior desafio continuará sendo a busca do equilíbrio entre o nível dos estoques os recursos financeiros disponíveis. Quanto manter em estoque com o menor risco de falta de materiais. Como atender a esta equação. A tendência aponta para uma necessidade crescente no desenvolvimento de técnicas de previsão que possibilitem minimizar as possibilidades de erro na administração dos recursos materiais. Será necessário que a área de materiais e seu administrador sejam os mais dinâmicos possíveis de forma a responder de forma rápida as movimentações do mercado. Para isso um excelente suporte de informática é fundamental, fornecendo as informações em tempo real. A integração entre as empresas, fornecedores e compradores, deve ser cada vez mais intensa buscando ganhos para a cadeia como um todo. QUESTÕES DE CONCURSOS I. II. III. IV. V. VI. VII. VIII. IX. X. A administração de materiais pode ser conceituada como um sistema integrado que garante o suprimento da organização, no tempo oportuno, na quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo. Uma das funções precípuas do administrador de materiais é minimizar o uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa, visando economia e eficiência. A administração de materiais visa colocar os materiais necessários na quantidade certa, no local certo e no tempo certo à disposição dos órgãos que compõem o processo produtivo da empresa. São duas as funções da administração de materiais: programação e compras. É dever do servidor comunicar, imediatamente, a quem de direito, qualquer irregularidade ocorrida com o material entregue aos seus cuidados. A administração de materiais efetiva visa minimizar o conflito existente entre as áreas-fim e as áreas-meio de uma organização, como a área de compras e a área financeira. Entre os principais objetivos a serem perseguidos pelo administrador de materiais inclui-se o alto giro do estoque. A eficiente gestão de recursos materiais de uma organização compreende etapas relativas à adequada identificação de fornecedores, compras, transporte e armazenagem, bem como a informações financeiras e gerenciais que confiram confiabilidade ao processo. De modo geral, o processo de aquisição de materiais deve fundamentar-se em uma relação do tipo ganha-perde, na qual a empresa ganha descontos e o fornecedor perde lucratividade. A mais importante função da administração de estoques de materiais está relacionada com o controle dos níveis de estoque. A gestão ou administração dos estoques é responsável por equilibrar as necessidades de recursos das organizações. Técnicas Modernas JUST IN TIME INTRODUÇÃO Segundo Corrêa, “O Just in Time (JIT) surgiu no Japão, nos meados da década de 1970, sendo sua idéia básica e seu desenvolvimento creditados à Toyota Motor Company, a qual buscava um sistema de administração que pudesse coordenar a produção com a demanda específica de diferentes modelos e cores de veículos com o mínimo de atraso. O JIT é muito mais do que uma técnica ou conjunto de técnicas de administração de produção, sendo considerado com uma “filosofia”, a qual inclui aspectos de administração de materiais, gestão da qualidade, arranjo físico, projeto do produto, organização de trabalho e gestão de recursos humanos. Algumas expressões são geralmente usadas para traduzir aspectos da filosofia JIT. • Produção sem estoques; • Eliminação de desperdícios; • Esforço contínuo na resolução de problemas; • Melhoria contínua dos processos. Ao contrário da abordagem tradicional dos sistemas de produção que “empurram” os estoques, o JIT caracteriza-se como um sistema de “puxar” a produção ao longo do processo, de acordo com a demanda. Genericamente falando, um sistema de “puxar” estoque significa que qualquer movimento de produção somente é liberado na medida da necessidade sinalizada pelo usuário da peça ou componente em fabricação, ou seja, os centros de trabalho não estão autorizados a produzir e “empurrar” os lotes apenas para manter ocupados operários e equipamentos. OBJETIVOS O sistema JIT tem como objetivo fundamental a melhoria contínua do processo produtivo. A perseguição destes dá-se, através de um mecanismo de redução dos estoques, os quais tendem a camuflar problemas, embora saibamos alterações no perfil da demanda ou falhas nos processos de fabricação ou compra normalmente justificam a presença de estoques. Na filosofia JIT os estoques são “persona non grata” por razões óbvias: primeiro porque ocupam espaços e segundo porque custa dinheiro. Vantagens do JIT: • Flexibilidade – a manutenção de estoques baixo favorece as variações no mix de produtos sem provocar alto grau de obsolescência. • Velocidade – rapidez no ciclo de produção permite entregas em prazos mais curtos, propiciando maior nível de serviços ao cliente. • Confiabilidade – a manutenção preventiva e o ambiente favorável à identificação e resolução de problemas contribui para aumentar a confiabilidade nos produtos. • Custos – reduções dos tempos de preparação de máquinas e movimentação interna; minimização dos estoques (matéria prima e produto acabado); redução dos tamanhos dos lotes e “lead-times”; redução dos custos de aquisição (confiabilidade). O SISTEMA KANBAN O sistema de “puxar” a produção a partir da demanda, produzindo em cada estágio somente os itens necessários, nas quantidades necessárias e no momento necessário, ficou conhecido como sistema Kanban. Este nome é dado aos cartões utilizados para autorizar a produção e a movimentação de itens, ao longo do processo produtivo. Este cartão contém, em geral, as seguintes informações: número da peça, descrição da peça, tamanho do lote a ser produzido e colocado em container padronizado, centro de produção responsável e local de armazenagem. Não podemos perder de vista que o kanban apenas complementa o sistema de fabricação no ambiente “just-in-time”, do qual fazem parte, também, o planejamento de produção, o programa mestre, uma lista de material, mudanças no projeto do produto etc. Logística Pode-se definir logística como sendo, no mínimo, a junção de quatro atividades básicas: as de aquisição, movimentação, armazenagem e entrega de produtos. Para que essas atividades funcionem, é imperativo que as atividades de planejamento logístico, quer sejam de materiais ou de processos, estejam intimamente relacionadas com as funções de manufatura e marketing. O termo Logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês logistique e tem como uma de suas definições a .parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material (para fins operativos ou administrativos).. SUPPLY CHAIN MANAGEMENT É uma ferramenta que, usando a Tecnologia da Informação (TI) possibilita à empresa gerenciar a cadeia de suprimentos com maior eficácia e eficiência, Nestes tempos modernos em que a exigência de consumo atingiu o limite extremo, o SCM permite às empresas alcançarem melhores padrões de competitividade. Em qualquer sociedade industrializada ou não, produtos devem ser movimentados fisicamente entre o local onde estes são produzidos e o local onde estes produtos serão consumidos, Exceto em culturas muito primitivas, na qual cada família satisfaz suas próprias necessidades domésticas, o processo de troca se transforma em pedra fundamental da atividade econômica. Trocas acontecem quando existe uma discrepância entre quantidade, tipo e tempo dos produtos disponíveis e os produtos necessários. Se um número de indivíduos ou organizações dentro de uma sociedade tem um excedente de produtos que alguém precisa, tem-se a base para as trocas de mercadorias ou serviços. O alinhamento das empresas que trazem produtos ou serviços ao mercado tem sido chamado de cadeia de abastecimento/suprimentos – supply chain. E, um termo que tem crescido significativamente no uso e popularidade desde o final dos anos 80, embora considerável confusão exista sobre o que na realidade ele significa é o Supply Chain Management - SCM (gerenciamento da cadeia de abastecimento). Muitas pessoas usam de forma equivocada o termo como um substituto ou sinônimo para Logística. O conceito de Supply Chain Management surgiu como uma evolução natural do conceito de Logística. Enquanto a Logística representa uma integração interna de atividades, o Supply Chain Management representa sua integração externa, pois estende a coordenação dos fluxos de materiais e informações aos fornecedores e seus clientes finais, modificando comportamentos e trazendo uma integração nunca vista. Assim, de acordo com o International Center for Competitive Excellence – University of North Caroline, 1994, SCM é a integração dos processos de negócios do usuário final através de fornecedores (originais) que fornecem produtos, serviços e informações e agregam valor para os consumidores. Um número de importantes diferenças existe entre esta definição de SCM e a definição de Logística do CLM (Council of Logistic Management) – “Logística é o processo da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo de bens e serviços e as informações relativas, do ponto de origem ao ponto, de consumo de maneira eficiente e eficaz, buscando a satisfação das necessidades do cliente”. Pode-se afirmar que o SCM é uma abordagem sistêmica, altamente interativa e complexa, requerendo a consideração simultânea de muitos trade-offs (representa uma troca compensatória entre alguns parâmetros como custos, tempo, etc) pois ele expande as fronteiras organizacionais e deve assim considerar, trade-offs dentro e entre as organizações no que diz respeito por exemplo a estoques: aonde inventários devem ser mantidos e onde atividades diversas devem ser desenvolvidas dentro da cadeia de suprimentos.. A natureza dinâmica do meio ambiente de negócios requer gerenciamento para avaliar e monitorar a performance da cadeia de suprimentos regular e frequentemente. Quando as metas de performances não são alcançadas, o gerenciamento deve avaliar alternativas, possíveis para a cadeia de suprimentos. Para reforçar o entendimento do que é SCM e o que é Logística, pode-se citar Bowersox (98) que afirma ser, o “supplychain um termo que considera uma sequência de compradores ou vendedores trabalhando em conjunto para levar o produto da origem até a casa do consumidor” e, que a “Logística é o movimento de produtos e, da informação relativa a eles de um lugar a outro. Isto inclui transporte, armazenagem, movimentação de material, estoques e a informação inerente a tudo isto”. Em síntese o autor resume que “a Logística é a integração de todas estas partes de uma maneira sequenciada, é algo que envolve a operação e o Supply Chain (e, por conseguinte seu gerenciamento) é uma estratégia, uma parte maior do negócio”. QUESTÕES DE CONCURSOS I. II. III. IV. V. VI. VII. De acordo com a filosofia de produção just in time, a produção tem início somente após o pedido do cliente, não havendo necessidade de manutenção de estoque disponível de mercadorias para venda. O sistema just-in-time é um método de gestão de estoques destinado a reduzir a probabilidade de desabastecimento do setor produtivo em função da maximização dos volumes em estoque. Comparando-se os sistemas just in time com o tradicional, aqueles envolvem ciclos curtos de produção e requerem flexibilidade para promover alterações de produtos; a indústria tradicional, ao contrário, sempre se beneficiou das economias de escala garantidas pelos longos ciclos. Sistemas de produção embasados no método just in time são intensivos em utilização de espaço físico para estocagem de matéria-prima ou de mercadorias a serem vendidas pela organização. O sistema denominado kanban tem por objetivo controlar e balancear a produção, com eliminação dos desperdícios, e acionar um sistema de reposição de estoque pela indicação dos seguintes fatores: o que, quando e quanto fornecer e produzir. Kanban é o sistema que gerencia os estoques e os fluxos empurrados em modelos como o just in time e o lean. O Kanban é um método de produção com o objetivo de disponibilizar os materiais requeridos pela manufatura apenas quando forem necessários para que o custo de estoque seja menor VIII. IX. X. Gerenciamento da cadeia de suprimentos (suply chain management) é uma técnica de administração de materiais cujo principal objetivo é a manutenção de baixos níveis de materiais em estoque. O gerenciamento de suprimentos por meio da abordagem do Supply Chain Management tem como objetivo estratégico a realizar ações colaborativas que promovam a união de forças de empresas - cliente e fornecedora, cliente e cliente, ou fornecedora e fornecedora - visando a explorar as atividades logísticas em busca de vantagens mútuas. O estabelecimento da rede de fornecimento de forma definitiva permite o ajuste às mudanças estruturais da sociedade e às suas novas demandas CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS Segundo Viana (2006): A classificação é o processo de aglutinação de materiais por características semelhantes. Grande parte do sucesso no gerenciamento de estoques depende fundamentalmente de bem classificar os materiais da empresa. Classificar materiais é reunir itens de estoque de acordo com suas características semelhantes. O sistema classificatório permite identificar e decidir prioridades referentes a suprimentos na empresa. Uma eficiente gestão de estoques, em que os materiais necessários ao funcionamento da empresa não faltam, depende de uma boa classificação dos materiais. Dentro das empresas existem vários tipos de classificação de materiais. Estudaremos somente os mais comuns e conhecidos, o que lhe permitirá entender o processo e, se necessário, adaptá-los às necessidades de cada empresa. Para Viana (2006) um bom método de classificação deve ter algumas características: ser abrangente, flexível e prático: Abrangência: deve tratar de um conjunto de características, em vez de reunir apenas materiais para serem classificados; Flexibilidade: deve permitir interfaces entre os diversos tipos de classificação de modo que se obtenha ampla visão do gerenciamento do estoque; Praticidade: a classificação deve ser simples e direta. Para atender às necessidades de cada empresa, é necessária uma divisão que norteie os vários tipos de classificação. Tipos de Classificação Para Viana (2006,) os principais tipos de classificação são: I. II. III. IV. Por tipo de demanda Materiais Críticos Perecibilidade Quanto à periculosidade V. VI. VII. VIII. Possibilidade de fazer ou comprar Tipos de estocagem Dificuldade de aquisição Mercado fornecedor Serão abordadas as principais características e subdivisões de cada um deles: I. Por tipo de demanda A classificação por tipo de demanda é uma classificação bastante utilizada nas empresas. Ela se divide em materiais não de estoque e materiais de estoque. MATERIAIS NÃO DE ESTOQUE São materiais de demanda imprevisível para os quais não são definidos parâmetros para o ressuprimento. Esses materiais são utilizados imediatamente, ou seja, a inexistência de regularidade de consumo faz com que a compra desses materiais somente seja feita por solicitação direta do usuário, na ocasião em que isso se faça necessário. O usuário é que solicita sua aquisição quando necessário. Devem ser comprados para uso imediato e se forem utilizados posteriormente, devem ficar temporariamente no estoque. MATERIAIS DE ESTOQUES São materiais que devem sempre existir nos estoques para uso futuro e para que não haja sua falta são criadas regras e critérios de ressuprimento automático. Devem existir no estoque, seu ressuprimento deve ser automático, com base na demanda prevista e na importância para a empresa. Os materiais de estoque se subdividem ainda; Quanto à aplicação Quanto ao valor de consumo Quanto à importância operacional Quanto à aplicação eles podem ser: Materiais produtivos: compreendem todo material ligado direta ou indiretamente ao processo produtivo. Matérias primas: materiais básicos e insumos que constituem os itens iniciais e fazem parte do processo produtivo. Produtos em fabricação: também conhecidos como materiais em processamento são os que estão sendo processados ao longo do processo produtivo. Não estão mais no almoxarifado porque já não são mais matérias-primas, nem no estoque final porque ainda não são produtos acabados. Produtos acabados: produtos já prontos. Materiais de manutenção: materiais aplicados em manutenção com utilização repetitiva. Materiais improdutivos: materiais não incorporados ao produto no processo produtivo da empresa. Materiais de consumo geral: materiais de consumo, aplicados em diversos setores da empresa. Quanto ao valor do consumo: Para que se alcance a eficácia na gestão de estoque é necessário que se separe de forma clara, aquilo que é essencial do que é secundário em termos de valor de consumo. Para fazer essa separação nós contamos com uma ferramenta chamada de curva ABC ou Curva de Pareto, que será aprofundada posteriormente, que determina a importância dos materiais em função do valor expresso pelo próprio consumo em determinado período. Os materiais são classificados em materiais: Materiais A: materiais de grande valor de consumo; Materiais B: materiais de médio valor de consumo; Materiais C: materiais de baixo valor de consumo. Quanto à importância operacional: Esta classificação leva em conta a imprescindibilidade ou ainda o grau de dificuldade para se obter o material. Os materiais são classificados em materiais: Materiais X: materiais de aplicação não importante, com similares na empresa; Materiais Y: materiais de média importância para a empresa, com ou sem similar; Materiais Z: materiais de importância vital, sem similar na empresa, e sua falta ocasiona paralisação da produção. Quando ocorre a falta no estoque de materiais classificados como “Z”, eles provocam a paralisação de atividades essenciais e podem colocar em risco o ambiente, pessoas e patrimônio da empresa. São do tipo que não possuem substitutos em curto prazo. Os materiais classificados como “Y” são também imprescindíveis para as atividades da organização. Entretanto podem ser facilmente substituídos em curto prazo. Os itens “X” por sua vez são aqueles que não paralisam atividades essenciais, não oferecem riscos à segurança das pessoas, ao ambiente ou ao patrimônio da organização e são facilmente substituíveis por equivalentes e ainda são fáceis de serem encontrados. Para a identificação dos itens críticos devem ser respondidas as seguintes perguntas: O material é imprescindível à empresa? Pode ser adquirido com facilidade? Existem similares? O material ou seu similar podem ser encontrados facilmente? II. Materiais Críticos Classificação muito utilizada por indústrias. São materiais de reposição específica, cuja demanda não é previsível e a decisão de estocar tem como base o risco. Por serem sobressalentes vitais de equipamentos produtivos, devem permanecer estocados até sua utilização, não estando, portanto, sujeitos ao controle de obsolescência. A quantidade de material cadastrado como material crítico dentro de uma empresa deve ser mínima. Os materiais são classificados como críticos segundo os seguintes critérios: • Críticos por problemas de obtenção: material importado; único fornecedor; falta no mercado; estratégico e de difícil obtenção ou fabricação. • Críticos por razões econômicas: materiais de valor elevado com alto custo de armazenagem ou de transporte. • Críticos por problemas de armazenagem ou transporte: materiais perecíveis, de alta periculosidade, elevado peso ou grandes dimensões. • Críticos por problema de previsão: ser difícil prever seu uso • Críticos por razões de segurança: materiais de alto custo de reposição ou para equipamento vital da produção. III. Perecibilidade Os materiais também podem ser classificados de acordo com a possibilidade de extinção de suas propriedades físico-químicas. Muitas vezes, o fator tempo influencia na classificação; assim, quando a empresa adquire um material para ser usado em um período, e nesse período o consumo não ocorre, sua utilização poderá não ser mais necessária, o que inviabiliza a estocagem por longos períodos. Quanto à possibilidade de se extinguirem, seja dentro do prazo previsto para sua utilização, seja por ação imprevista, os materiais podem ser classificados em: perecível e não perecível. A utilização da classificação por perecimento permite as seguintes medidas: Determinar lotes de compra mais racionais, em função do tempo de armazenagem permitido; Programar revisões periódicas para detectar falhas de estocagem a fim de corrigi-las e baixar materiais sem condições de uso; Selecionar adequadamente os locais de estocagem, usando técnicas adequadas de manuseio e transporte de materiais, bem como transmitir orientações aos funcionários envolvidos quanto aos cuidados a serem observados. IV. Periculosidade O uso dessa classificação permite a identificação de materiais que devido a suas características físico-químicas, podem oferecer risco à segurança no manuseio, transporte, armazenagem. Ex. líquidos inflamáveis. V. Possibilidade de fazer ou comprar Esta classificação visa determinar quais os materiais que poderão ser recondicionados, fabricados internamente ou comprados: Fazer internamente: fabricados na empresa; Comprar: adquiridos no mercado; Decisão de comprar ou fazer: sujeito à análise de custos; Recondicionar: materiais passíveis de recuperação sujeito a análise de custos. VI. Tipos de Estocagem Os materiais podem ser classificados em materiais de estocagem permanente e temporária. Permanente: materiais para os quais foram aprovados níveis de estoque e que necessitam de ressuprimento constantes. Temporária: materiais de utilização imediata e sem ressuprimento, ou seja, é um material não de estoque. VII. Dificuldade de Aquisição Os materiais podem ser classificados por suas dificuldades de compra em materiais de difícil aquisição e materiais de fácil aquisição. As dificuldades podem advir de: Fabricação especial: envolve encomendas especiais com cronograma de fabricação longo; Escassez no mercado: há pouca oferta no mercado e pode colocar em risco o processo produtivo; Sazonalidade: há alteração da oferta do material em determinados períodos do ano; Monopólio ou tecnologia exclusiva: dependência de um único fornecedor; Logística sofisticada: material de transporte especial, ou difícil acesso; Importações: os materiais sofrer entraves burocráticos, liberação de verbas ou financiamentos externos. VIII. Mercado Fornecedor Esta classificação está intimamente ligada à anterior e a complementa. Assim temos: Materiais do mercado nacional: materiais fabricados no próprio país; Materiais do mercado estrangeiro: materiais fabricados fora do país; Materiais em processo de nacionalização: materiais aos quais estão desenvolvendo fornecedores nacionais. Acabamos de ver oito tipos principais de classificação de materiais, eles não necessitam trabalhar separadamente, e alguns deles recebem indicações explícitas para que trabalhem em conjunto com outra classificação, tornando mais eficaz a gestão dos estoques. Codificação de material É a representação por meio de um conjunto de símbolos alfanuméricos ou simplesmente números que traduzem as características dos materiais, de maneira racional, metódica e clara, para se transformar em linguagem universal de materiais na empresa. Consiste em ordenar os materiais da empresa segundo um plano metódico e sistemático, dando a cada um deles determinado conjunto de caracteres. Portanto, depois de realizada a identificação do material, o passo subsequente consiste na atribuição de um código representativo dos elementos identificadores do item e que simboliza a identidade do material. A atribuição do código visa simplificar as operações na empresa, uma vez que todo um Conjunto de dados descritivos e individualizadores do material é substituído por um único símbolo representativo. O código torna-se tanto mais necessário quanto maior for o universo e a diversificação dos itens existentes transacionados na empresa. O registro e o controle principalmente das transações do material, com base apenas na nomenclatura do item, tornam-se impraticáveis e perigosos. Independentemente deste aspecto, com o incremento do processamento de dados, tornou-se obrigatória a introdução de códigos que viabilizam com eficiência a entrada e registro de dados em sistemas próprios.3.1.2. OBJETIVOS a)Facilitar a comunicação interna na empresa no que se refere a materiais e compras; b)Evitar a duplicidade de itens no estoque c)Permitir as atividades de gestão de estoques e compras;d)Facilitar a padronização de materiais; e)Facilitar o controle contábil dos estoques. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE CODIFICAÇÃO: a) Expansivo: deve possuir espaço para novos itens; b) Preciso: um código para cada material; c) Conciso: número mínimo de dígitos; d) Conveniente: ser facilmente compreendido; e) Simples: de fácil utilização; Tipos de codificação Codificação alfabética Este processo representa os materiais por meio de letras, foi muito utilizado na codificação de livros ( Método Dewey), com a implementação da imprensa no mundo, o sistema agregou números a sua codificação, conseguindo com isto codificar a grande variedade de edições em suas categorias e classificações de assuntos, autores e áreas especificas. Atualmente está em desuso. Exemplo de aplicação do sistema alfabético: P - Pregos P/AA - Pregos 14 x 18 - 1 1/2 x 14 P/AB - Pregos 16 x 20 - 2 1/4 x 12 P/AC - Pregos 30 x 38 - 3 1/4 x 8 Codificação alfa-numérica Este processo agrupa números e letras, atualmente é um sistema muito utilizado na classificação de peças automotivas e na codificação de placas de automóveis. As quantidades de letras utilizadas e números são definidos pelo órgão ou empresa a qual adotou o sistema, não havendo uma regra específica. Desta forma o sistema pode se adaptar a cada necessidade. Codificação numérica ou sistema Numérico ou Decimal CHAVE AGLUTINANTE: grupo que designa o agrupamento de materiais, também chamado de Chave dos Grandes Grupos. CHAVE INDIVIDUALIZADORA: Identifica cada material que constam do primeiro grupo (aglutinante). A atribuição consiste na adoção de algarismos arábicos. sendo o método mais utilizado, pela facilidade de ordenação sequencial de diversos itens e na adoção da informatização. CHAVE DESCRITIVA: descreve ou individualiza os materiais pertencentes ao 2º grupo individualizador. Uma das variações que pode aparecer em provas de concursos é a FSC ( federal supply classification) que tem a seguinte estrutura: XX-YY-ZZZZZZ-A, onde: XX – Grupos YY – Classes ZZZZZZ – Código de identificação A – dígito de controle Código de barras Código de barras é uma representação gráfica de dados numéricos ou alfanuméricos. A decodificação (leitura) dos dados é realizada por um tipo de scanner - o leitor de código de barras -, que emite um raio vermelho que percorre todas as barras. Onde a barra for escura, a luz é absorvida; onde a barra for clara (espaços), a luz é refletida novamente para o leitor. Os dados capturados nessa leitura óptica são compreendidos pelo computador, que por sua vez converte-os em letras ou números humano-legíveis. A EAN Brasil– Associação Brasileira de Automação Comercial, atualmente GSI recebeu a incumbência de administrar no âmbito do território brasileiro o Código Nacional de Produtos, Sistema EAN/UCC. Conforme Decreto Lei nº 90595 de 29.11.1984 e da Portaria nº 143 de 12.12.1984 do Ministério da Indústria e Comércio. Em 1986 foi estabelecido um acordo de cooperação entre a EAN Internacional e a UCC – Uniform Code Council Inc., entidade americana que administra o sistema UPC ( Código Universal de Produtos) de numeração e código de barras, utilizado nos Estados Unidos e no Canadá. Esta aliança promoveu uma maior colaboração, intercambio e suporte técnico entre os parceiros comerciais. Com o advento do código de barras, a interação entre atacadistas e varejistas passou a ser feita através deste controle mais eficaz , gerando uma velocidade rápida e precisa na troca de informações quanto aos aspectos de movimentação de venda e gestão dos estoques, garantindo assim uma melhor qualidade e produtividade dos sistemas gerenciais. As atribuições do sucesso do código de barras estão distribuídas entre as entidades que colaboraram entre si , sendo: · UPC – Código Universal de Produtos · UCC – Uniform Code Council · EAN – European Article Numbering Association · EAN International Atualmente mais de 450.000 empresas em todo mundo utilizam o sistema EAN, atendendo as empresas em mais de 100 países. Estrutura numérica O código EAN/UPC é um sistema internacional que auxilia na identificação inequívoca de um item a ser vendido, movimentado e armazenado, sendo o EAN-13 o padrão utilizado mundialmente, exceto nos EUA e Canadá. A estrutura numérica do código (que geralmente mostra os números que representa abaixo das barras) leva as seguintes informações (tomando-se como exemplo o código 7898357411232): os 3 primeiros dígitos representam a origem da organização responsável por controlar e licenciar a numeração. Os 3 primeiros dígitos NÃO indicam origem de produto ou da empresa detentora dos códigos; os próximos dígitos, que podem variar de 4 a 7, representam a identificação da empresa proprietária de tal prefixo; no exemplo é 835741 (6 dígitos); os dígitos 123 representam a identificação do produto, e são atribuídos pelo fabricante, quando o mesmo possuí um prefixo próprio; o último dígito 2 é chamado de dígito verificador e confirma matematicamente que os dígidos precedentes estão corretos. No total o código EAN-13 deve ter 13 dígitos. Vale ressaltar que os números da empresa variam de empresa para empresa, os números que identificam o item variam de item para item e o dígito verificador deve ser recalculado a cada variação na numeração. Existem outros tipos de códigos padrões para diversas aplicações. O sistema EAN é constituído de: Um sistema para numerar itens ( produtos de consumo e serviços, unidades de transporte, localizações, e outros ramos,...) permitindo que sejam identificados. Um sistema para representar informações suplementares. Código de barras padronizados para representar qualquer tipo de informação que possa ser lida facilmente por computadores (escaneada). Um conjunto de mensagens EANCOM para transações pelo Intercambio Eletrônico de documentos ( EDI). Razões de utilização Dentre muitos se apresentam: 1. Padrão utilizado internacionalmente em mais de 100 países. 2. Cada identificação de mercadoria é única no mundo. 3. Decodificações rápidas do símbolo, gerando informações instantâneas. 4. Linguagem comum no intercambio de informações entre parceiros comerciais. Vantagens para a indústria Conhecimento exato do comportamento de cada produto no mercado. Estabelecimento de uma linguagem comum com os clientes,. Organização interna, mediante a codificação de embalagens de despacho e da matéria prima. Controle de inventários e do estoque, expedição de mercadorias. Padronização nas exportações. Aproximação do consumidor ao produto (merchandising) Possibilidade de utilizar o Intercambio eletrônico de Documentos (EDI). Vantagens para o comércio Otimiza o controle de estoque. Aumenta a eficiência no ponto de venda: elimina erros de digitação, diminui o tempo das filas. Otimiza a gestão de preços e de crédito. Melhora o controle do estoque central. Obtém informações confiáveis para uma melhor negociação. Vende mais com maior lucro. Atende as mudanças rápidas dos hábitos de consumo. Melhora o serviço ao cliente. Estabelece linguagem comum com fornecedor. Vantagens para o consumidor o Cupom fiscal detalhado. o Passagem rápida no check-out o Eliminação de erros de digitação em sua compra. o Preço correto nas gôndolas. o Linhas de produtos a venda de composição mais adequada ao perfil da clientela Distribuição O marketing moderno considera a distribuição uma das fases mais críticas dos negócios. Dela depende parte importante da qualidade percebida pelo cliente, isto é, o que ele sente ao comparar sua satisfação com suas expectativas. Confiabilidade de entrega é fruto do recebimento da mercadoria no prazo correto, com embalagem correta, sem danos causados pelo transporte e erros no faturamento, e com o suporte de um serviço de atendimento ao cliente que resolva seus problemas com presteza e urbanidade, estes são eficazes instrumentos no chamado marketing de relacionamento. A distribuição começa na fabrica do fornecedor e termina nas mãos do cliente final. Como os bens estão em constante movimento nesse ínterim, devemos identificar em cada estagio como eles se movimentam (o modal de transporte) e quem faz a movimentação (o operador de transporte). A distribuição física representa um custo significativo para a maioria dos negócios, impactando diretamente na competitividade, de acordo com sua velocidade, confiabilidade e controlabilidade (capacidade de rastreamento e ação), ao entregar aos consumidores dentro do prazo. Mas, qual o melhor modal? Transporte rodoviário, aéreo, marítimo, ferroviário? Para cada rota há uma possibilidade de escolha, que deve ser feita mediante uma analise profunda de custos, muito além de uma simples análise do custo baseada em peso por quilometragem (Kg/Km). Para cada ligação no canal logístico, cada modo apresenta vantagens particulares. Administrar o transporte significa tomar decisões sobre um amplo conjunto de aspectos. Essas decisões podem ser classificadas em dois grandes grupos: Decisões estratégicas e Decisões operacionais. As decisões estratégicas se caracterizam pelos impactos de longo prazo e se referem basicamente a aspectos estruturais. As decisões operacionais são geralmente de curto prazo e se referem às tarefas do dia a dia. São basicamente quatro as principais decisões estratégicas no transporte: Escolha de Modais; Decisões sobre propriedade da frota; Seleção e negociação com transportadores; Política de consolidação de cargas. Principais decisões em curto prazo: Planejamento de embarques; Programação de veículos; Roteirizarão; Auditoria de fretes; Gerenciamento de avarias. Seleção da Modalidade de Transporte: A seleção da modalidade de transporte depende de dois fatores primordiais: a) A diferença entre o preço de venda do produto na origem e no local de consumo, fator este conhecido. b) O custo de transporte entre o centro de produção do produto e o local de consumo, fator que para ser calculado depende de dois aspectos: I. Característica da carga a ser transportada: envolve tamanho, peso, valor unitário, tipo de manuseio, condições de segurança, tipo de embalagem, distancia a ser transportado, prazo de entrega e outros. II. Características das modalidades de transporte: condições da infra-estrutura da malha de transportes, condições de operação, tempo de viagem, custo e frete, mão-de-obra envolvida e outros. Também influem na seleção da modalidade de transporte outros fatores: a) Tempo: cada modalidade apresenta um tempo diferente em função de suas próprias características b) Custo: cada modalidade tem seu componente de custos, que determina o valor do frete. c) Manuseio: cada modalidade está sujeita a determinadas operações de carga e descarga, nas quais a embalagem permite facilitar o manuseio, reduzir perdas e racionalizar custos. d) Rotas de viagem: cada modalidade envolve maior ou menor numero de viagens, podendo a empresa adotar o transporte intermodal sempre que o custos do transporte possam ser racionalizados. O transporte representa um dos elementos mais importantes na composição dos custos logísticos de uma empresa. Segundo BALLOU(1998), o transporte é capaz de absorver entre 33,3 e 66,6% dos custos logísticos totais. Surge, então, a necessidade de se entender os fundamentos do transporte e sua influência no desempenho logístico da empresa. O Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior classifica o Sistema de Transporte quanto à forma em: Modal: envolve apenas uma modalidade (ex.: Rodoviário); Intermodal: envolve mais de uma modalidade (ex.: Rodoviário e Ferroviário); Multimodal: envolve mais de uma modalidade, porém, regido por um único contrato; o Segmentados: envolve diversos contratos para diversos modais; Sucessivos: quando a mercadoria, para alcançar o destino final, necessita ser transbordada para prosseguimento em veículo da mesma modalidade de transporte (regido por um único contrato). Todas as modalidades têm suas vantagens e desvantagens. Algumas são adequadas para um determinado tipo de mercadorias e outras não. Segue descrição sucinta dos diversos modais. Tipos de Modais Rodoviário O transporte rodoviário apresenta baixo custo inicial de implantação, exigindo apenas a construção do leito, uma vez que os veículos pertencem a terceiros. Trata-se do sistema de transporte mais utilizado no país, apesar de registrar elevado custo operacional e excessivo consumo de óleo diesel. Possui grande flexibilidade operacional, permitindo acessos a pontos isolados. Apresenta grande competitividade para o transporte de cargas dispersas, isto é, não concentradas na origem ou no destino e o de curtas distâncias, onde seu maior custo operacional é compensado pela eliminação de transbordos. O transporte rodoviário na América do Sul é regido pelo Convênio sobre Transporte Internacional Terrestre entre Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Peru, firmado em Santiago do Chile, 1989. Esse convênio regulamenta os direitos e obrigações no tráfego regular de caminhões em viagens entre os países consignatários (MDCI 2002). No Brasil algumas rodovias ainda apresentam estado de conservação ruim, aumentando os custos com manutenção dos veículos. Além disso, a frota é antiga e sujeita a roubo de cargas. VANTAGENS ransportadora. DESVANTAGENS rastreamento de veículos por satélite, bloqueio remoto de combustível, entre outras tecnologias, estão sendo utilizadas por empresas do setor de transporte, visando reduzir os riscos de transporte. Ocorre que essas tecnologias possuem elevados custos de aquisição, de maneira que grande parte da frota rodoviária de carga encontra-se à margem dessas inovações. Ferroviário O transporte ferroviário possui um custo de implantação elevado, não apenas pela exigência de leitos mais elaborados, como também pela aquisição simultânea do material rodante, constituído de locomotivas e vagões. Apresenta baixo custo operacional e pequeno consumo de óleo diesel, em relação ao transporte rodoviário. Não apresenta grande flexibilidade, operando através de pontos fixos, caracterizados por estações e pátios de carga, sendo muito competitivo no transporte de cargas com origem e destinos fixos e para longas distâncias, onde os transbordos realizados na origem e no destino são compensados pelo menor custo do transporte. O transporte ferroviário na América do Sul também é regido pelo Convênio sobre Transporte Internacional. O transporte ferroviário é adequado para o transporte de mercadorias agrícolas, derivados de petróleo, minérios de ferro, produtos siderúrgicos, fertilizantes, entre outros. VANTAGENS DESVANTAGENS DUTOVIARIO. O transporte dutoviario é feito através de tubos (dutos), baseando se na diferença de pressão. Sua utilização privilegia materiais fluidos, tal como gases, líquidos e sólidos granulares. O sistema apresenta elevado custo de implantação e baixo custo operacional. Possui pequena flexibilidade, operando apenas entre pontos fixos, que são as estações de bombeamento e recalque. No entanto, o transporte dutoviário registra muita competitividade para o transporte em alta velocidade de grandes quantidades de fluidos. VANTAGENS DESVANTAGENS HIDROVIÁRIO ou AQUAVIÁRIO O transporte hidroviário apresenta baixo custo de implantação, quando da ocorrência de uma via natural. Tal custo, no entanto, aumenta bastante se houver necessidade de construção de canais, barragens e eclusas, por exemplo. Seu custo operacional, pequeno em vias perenes de grande calado, aumenta de maneira sensível em vias de baixo calado e de utilização sazonal, onde não é possível operar em períodos de seca. Apresenta baixa velocidade operacional e alcance limitado ao curso natural da via utilizada. Atinge excelente competitividade quando satisfeitas as condições de via natural, perene e de grande calado. VANTAGENS DESVANTAGENS meteorológicas. AEROVIÁRIO O transporte aeroviário apresenta baixo custo de instalação e elevado custo operacional. Registra grande flexibilidade e permite o acesso a pontos isolados do país, com alta velocidade operacional. É o meio ideal para o transporte de mercadorias de grande valor e de materiais perecíveis em situações excepcionais. Algumas dessas situações são catástrofes, guerras e epidemias. Devido a seu elevado custo operacional, o transporte aéreo não é apresentado como alternativa, limitando-se sua utilização a casos específicos. É o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes ou com urgência na entrega. VANTAGENS aeroportos normalmente estão localizados mais próximos dos centros de produção. DESVANTAGENS QUESTÕES DE CONCURSOS I. Os materiais processados ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo da empresa são denominados matérias-primas. II. No gerenciamento de estoques, um artigo com demanda previsível, e que pela sua relevância esteja sujeito ao controle de obsolescência, é considerado um material crítico. III.O critério de durabilidade deve ser o único parâmetro para a classificação orçamentária de um material em consumo ou permanente. IV. Materiais escassos no mercado , de alto custo de aquisição, armazenagem ou transporte e de difícil previsão são classificados como materiais críticos. V. Materiais que requerem cuidados especiais na armazenagem e no transporte são classificados como materiais críticos. VI. Quanto ao tipo de demanda, os materiais devem ser classificados em materiais de estoque e não de estoque VII. A codificação pode evitar a duplicidade de itens no estoque e procura facilitar a padronização de materiais. VIII. A classificação XYZ é um método de análise qualitativa que determina a criticidade dos materiais e dos medicamentos no hospital. Os itens X são aqueles considerados vitias ou críticos para a produção, sem similar no hospital. IX.O modal ferroviário apresenta o menor custo fixo dentre todos os modais e o maior custo variável. X.O sistema alfabético, por ser de fácil memorização, é o mais indicado para a classificação de materiais. XI. O transporte intermodal envolve, além da inter-relação física entre as modalidades, a integração de responsabilidades, conhecimentos, programações, cobrança de fretes e demais despesas. XII. A taxa cobrada por uma transportadora depende de certas características do item transportado, como seu valor financeiro, sua densidade e(ou) peso, sua embalagem e o risco de sua deterioração. XIII. Dentre outros, a demanda pelo transporte aéreo é condicionada por fatores econômicos do país e por fatores relacionados à infraestrutura aeroportuária. XIX. O modal rodoviário é o mais indicado para transportar matérias-primas como carvão, madeira e produtos químicos e também produtos de baixo valor agregado, como alimentos, papel e produtos de madeira. XV. No Brasil, apesar de inciativas como a privatização de portos e ferrovias, o modal rodoviário ainda é dominante na matriz de transporte. No entanto, na análise da característica operacional desse modal, constata-se que a menos eficiente é capacidade. Função Compras Esta função passou a conquistar seu espaço e reconhecimento ao longo do tempo, sendo que saber comprar de forma mais adequada para a organização é determinante para sua permanência no mercado. Seu desenvolvimento e equilíbrio visando as diferentes necessidades dos diversos setores existentes dentro de uma empresa. No processo de suprimento de materiais e serviços, a função de compras constitui um elemento crucial, sendo que a escolha certa dos insumos e fornecedores repercutirá no preço final do produto a ser ofertado. Uma vez evidenciada a relevância da aquisição de materiais em quantidade e qualidade compatíveis com as expectativas da empresa, pode-se inferir que a redução dos custos e a maximização dos lucros são variáveis que se vinculam substancialmente ao ato da compra. Outro aspecto a ser ressaltado no assunto abordado é a questão da disponibilidade dos materiais e serviços no prazo adequado, ou seja, quanto mais eficiente for o lead time de compra – lapso temporal entre a decisão de compra de um item e sua efetiva liberação pelo controle de qualidade para adesão ao estoque, ou fornecimento à produção – mais otimizada será a aplicação e a oferta dos produtos e serviços. “A inadequação de especificações, prazos, performance e preços causam transtorno ao processo operacional com atrasos na produção, não-atendimento da qualidade, elevação dos custos e insatisfação do cliente.” (POZO, 2002, p. 140) Neste contexto, a capacidade de diferenciação, bem como a eficácia no processo, tornam-se variáveis determinantes na valorização do produto, minimização de custos e conquista de novos clientes. Objetivos da Função Compras Como já mencionado no tópico inicial, o setor de compras tem a grande responsabilidade de suprir a empresa com os insumos adequados às particularidades da organização, atendendo as necessidades do mercado. Outrossim, obter e coordenar o fluxo contínuo de suprimentos de modo a atender aos programas de produção; comprar os materiais aos melhores preços, não fugindo aos parâmetros qualitativos e quantitativos; e procurar as melhores condições para a empresa, são alguns dos objetivos do setor de compras. (DIAS, 2005) Tendo em vista a evolução dos objetivos da função compras, pode-se constatar que a mesma ocorreu, em grande parte, em função da globalização, a qual desenvolveu fornecedores mais especializados, graças à evolução das tecnologias e o surgimento da internet – responsável atualmente pela realização de grande parte dos negócios no mundo inteiro. Os objetivos de compras devem estar alinhados aos objetivos estratégicos da empresa como um todo, visando o melhor atendimento ao cliente externo e interno. Essa preocupação tem tornado a função compras extremamente dinâmica, utilizandose de tecnologias cada vez mais sofisticadas. Compras e Níveis de Estoque Ao setor de compras também é designada a difícil tarefa de equilibrar a quantidade de materiais a serem comprados para que os demais departamentos da empresa encontrem-se satisfeitos continuamente. Conforme discorre Arnold (1999, p. 212), “a quantidade é importante porque influenciará o modo como o produto será projetado, especificado e fabricado.” Destarte, a quantidade aproximada a ser adquirida pelo setor de compras poderá ser visualizada através da demanda de mercado. Da mesma forma, é importante que se consiga “otimizar o investimento, aumentando o uso eficiente dos meios financeiros, minimizando as necessidades de capital investido em estoques”. Sabe-se que altos níveis de estoque significam segurança para o setor de produção. Porém, os mesmos acarretam exacerbados custos, tanto de armazenagem, como custo do capital investido, custos para o controle, bem como despesas com o pessoal encarregado. Segundo Pozo (2002, p. 38), “se os estoques forem mínimos a empresa pode usar esse capital não para especular no sistema financeiro e estagnar, mas para aprimorar seus recursos”. Não obstante, nível de estoque muito baixo pode ser um fator de extremo risco para a organização. Sendo que pode ocasionar a ruptura dos estoques, a qual reflete em parada na produção, e consequentemente em atraso de entregas e em insatisfação e perda de clientes. Toda empresa na consecução de seus objetivos necessita de grande interação entre todos os seus departamentos ou processos, no caso de assim estar organizada. (...) A área de compras interage intensamente com todas as outras, recebendo e processando informações, como também alimentando outros departamentos de informações úteis às suas tomadas de decisão. (MARTINS & ALT, 2001, p. 68) Logo, é primordial que se consiga, segundo Dias (2005, p. 20), “conciliar da melhor maneira os objetivos dos departamentos, sem prejudicar a operacionalidade da empresa, assim como a definição da política dos estoques”. Não obstante, a dificuldade se encontra na determinação da quantidade de material que a empresa deve estocar. Porém, para isso existem várias técnicas, as quais consideram a estimativa de demanda, o tempo de reposição, dentre outros fatores que devem ser analisadas respeitando as peculiaridades de cada organização. A Escolha dos Fornecedores Segundo Arnold (1999, p. 218), “uma vez tomada a decisão sobre o que comprar, a segunda decisão mais importante refere-se ao fornecedor certo.” Não obstante, pode-se aludir que o melhor fornecedor é aquele que oferece um bom prazo de pagamento, juntamente com o prazo de entrega almejado pela empresa, aliado a um bom preço, porém com a máxima qualidade e a melhor tecnologia. Tendo em vista a dificuldade de encontrar um fornecedor que possua todos os requisitos supracitados, cabe ao setor de compras analisar qual é a sua verdadeira necessidade no que diz respeito ao preço e ao prazo que a empresa necessita. Conforme Gurgel (1996, p. 47), “a seleção do fornecedor deverá obedecer a critérios adequados que levarão em conta cada mercado fornecedor e as características do artigo a comprar.” Tampouco, é importante que se faça um estudo acerca de todos os fornecedores selecionados, para que seja possível uma avaliação correta sobre suas instalações, seu desempenho, sua capacidade e condição financeira, bem como a assistência técnica que oferece, dentre outros fatores que confirmam sua idoneidade. (DIAS, 2005). Ademais, é essencial que o departamento de compras procure manter um bom relacionamento com seus fornecedores e, da mesma forma, possua mais de uma opção de fornecedor para cada produto que utiliza. Afinal, a união desses dois fatores pode garantir que a segurança no processo de reposição seja ainda maior. A escolha de um fornecedor é uma das atividades fundamentais e prerrogativa exclusiva de compras. O bom fornecedor é quem vai garantir que todas aquelas clausulas solicitadas, quando de uma compra, sejam cumpridas. Deve o comprador procurar, de todas as maneiras, aumentar o número de fornecedores em potencial a serem consultados, de maneira que se tenha certeza de que o melhor negócio foi executado em benefício da empresa. O número limitado de fornecedores a serem consultados, constituem uma limitação das atividades de compras. O processo de seleção das fontes de fornecimento não se restringe a uma única ocasião, ou seja, quando e necessária a aquisição de determinado material. A atividade deve ser exercida de forma permanente e contínua, através de várias etapas, entre as quais selecionamos as seguintes: ETAPA 1 - Levantamento e Pesquisa de Mercado Estabelecida a necessidade da aquisição para determinado material, e necessário levantar e pesquisar fornecedores em potencial. O levantamento poderá ser realizado através dos seguintes instrumentos: - Cadastro de Fornecedores do órgão de Compras; - Edital de Convocação; - Guias Comerciais e Industriais; - Catálogos de Fornecedores; - Revistas especializadas; - Catálogos Telefônicos; - Associações Profissionais e Sindicatos Industriais. ETAPA 2 - Análise e Classificação Compreende a análise dos dados cadastrais do fornecedor e a respectiva classificação quanto aos tipos de materiais a fornecer, bem como, a eliminação daqueles fornecedores que não satisfizerem as exigências da empresa. ETAPA 3 - Avaliação de Desempenho Esta etapa é efetuada pós - cadastramento e nela faz-se o acompanhamento do fornecedor quanto ao cumprimento do contratado, servindo não raras vezes como elemento de eliminação das empresas fornecedoras. Estratégias de Aquisição de Recursos Materiais e Patrimoniais A definição de uma estratégia correta de compras pode dar à empresa uma grande vantagem competitiva. Se por um lado ela decidir produzir mais internamente, ganha dependência, mas perde flexibilidade. Por outro lado, se decidir comprar mais de terceiros em detrimento de fabricação própria, pode tornar-se dependente. Nesse caso, deve decidir também o grau de relacionamento que deseja com seus parceiros. Componentes que são vitais para o produto final eram sempre fabricados internamente. Essa concepção está mudando com o desenvolvimento de parcerias estratégicas nos negócios. Outra situação praticamente determinante é aquela em que a fabricação de um componente exige altos investimentos, fora do alcance de eventuais fornecedores. Mesmo assim, são usuais as situações em que um grande fabricante financia as instalações de um futuro fornecedor, pois não interessa a ele produzir o referido componente. Quando se tem uma demanda simultaneamente alta e estável, a fabricação dos materiais necessários internamente pode ser uma boa opção. Basicamente podemos ter duas estratégias operacionais que irão definir as estratégias de aquisição dos bens materiais, a verticalização e a horizontalização. Ambas têm vantagens e desvantagens e, de um modo geral, o que é vantagem em uma passa a ser desvantagem na outra e vice-versa. Verticalização A verticalização é a estratégia que prevê que a empresa produzirá internamente tudo o que puder, ou pelo menos tentará produzir. Foi predominante no início do século, quando as grandes empresas praticamente produziam tudo que usavam nos produtos finais ou detinham o controle acionário de outras empresas que produziam os seus insumos. O exemplo clássico é o da Ford, que produzia o aço, o vidro, centenas de componentes, pneus e até a borracha para a fabricação dos seus automóveis. A experiência da plantação e seringueiras no Brasil, na Fordlândia no Amazonas, até hoje é citada como exemplo. s principais vantagens da verticalização são a independência de terceiros – a empresa tem maior liberdade a alteração de suas políticas, prazos e padrão de qualidade, além de poder priorizar um produto em detrimento de outro que naquele momento é menos importante, ficando com ela os lucros que seriam e passados aos fornecedores e mantendo o domínio sobre tecnologia própria – a tecnologia que o fornecedor desenvolveu, muitas vezes com a ajuda da empresa, não será utilizada também para os concorrentes. A estratégia da verticalização apresenta também desvantagens. Ela exige maior investimento em instalações e equipamentos. Assim, já que a empresa está envolvendo mais recursos e imobilizando-os, ela acaba tendo menor flexibilidade para alterações nos processos produtivos, seja para incorporar novas tecnologias ou para alterar volumes de produção decorrentes de variações no mercado – quando se produz internamente é difícil e custosa a decisão de parar a produção quando a demanda é baixa e comprar novos equipamentos e contratar mais funcionários para um período incerto de alta procura. Horizontalização A horizontalização consiste na estratégia de comprar de terceiros o máximo possível dos itens que compõem o produto final ou os serviços de que necessita. É tão grande a preferência da empresa moderna por ela que, hoje em dia, um dos setores de maior expansão foi o de terceirização e parcerias. De um modo geral não se terceiriza os processos fundamentais (core process), por questões de detenção tecnológica, qualidade do produto e responsabilidade final sobre ele. Entre as principais vantagens da horizontalização estão a redução de custos – não necessita novos investimentos em instalações industriais; maior flexibilidade para alterar volumes de produção decorrentes de variações no mercado – a empresa compra do fornecedor a quantidade que achar necessária, pode até não comprar nada determinado mês; conta com knowhow dos fornecedores no desenvolvimento de novos produtos (engenharia simultânea).A estratégia de horizontalização apresenta desvantagens como a possível perda do controle tecnológico e deixar de auferir o lucro decorrente do serviço ou fabricação que está sendo repassada. Tipos de Compras Toda e qualquer ação de compra é precedida por um desejo de consumir algo ou investir. Existem, pois, basicamente, dois tipos de compra: - a compra para consumo e; - a compra para investimento. Compra para investimento Enquadram-se as compras de bens e equipamentos que compõem o ativo da empresa (Recursos Patrimoniais ). Compras para consumo São de matérias primas e materiais destinados a produção, incluindo-se a parcela de material de escritório. Algumas empresas denominam este tipo de aquisição como compras de custeio. As compras para consumo, segundo alguns estudiosos do assunto, subdividem-se em: - compras de materiais produtivos e; - compras de material improdutivo. Materiais Produtivos São aqueles materiais que integram o produto final, portanto, neste caso, matériaprima e outros materiais que fazem parte do produto, sendo que estes diferem de indústria - em função do que é produzido. Materiais improdutivos São aqueles que, sendo consumido normal e rotineiramente, não integram o produto, o que quer dizer que é apenas material de consumo forçado ou de custeio. Em função do local onde os materiais estão sendo adquiridos, ou de suas origens, a compra pode ser classificada como: Compras Locais ou Compras por Importação. COMPRA NORMAL Quando realizada em prazo ou em condições que permita obter as melhores vantagens técnico-comerciais, através da utilização do fluxo básico de compra. COMPRA EM EMERGÊNCIA Ocorre por falha de planejamento ou por causas acidentais, sendo realizada com a supressão de várias etapas do fluxo básico, o que reduz o poder de negociação da empresa. Compras Locais As atividades de compras locais podem ser exercidas na iniciativa privada e no serviço público. A diferença fundamental entre tais atividades é a formalidade no serviço público e a informalidade na iniciativa privada, muito embora com procedimentos praticamente idênticos, independentemente dessa particularidade. As Leis nº 8.666/93 e 8.883/94, que envolvem as licitações no serviço público, exigem total formalidade. Seus procedimentos e aspectos legais serão detalhados em Compras no Serviço Público. Compras por Importação As compras por importação envolvem a participação do administrador com especialidade em comércio exterior, motivo pelo qual não cabe aqui nos aprofundarmos a esse respeito. Seus procedimentos encontram-se expostos a contínuas modificações de regulamentos, que compreendem, entre outras, as seguintes etapas: a. Processamento de faturas pro forma; b. Processamento junto ao Departamento de Comércio Exterior - DECEX – dos documentos necessários à importação; c. Compra de câmbio, para pagamento contra carta de crédito irrevogável; d. Acompanhamento das ordens de compra (purchaseorder) no exterior; e. Solicitação de averbações de seguro de transporte marítimo e/ou aéreo; f. Recebimento da mercadoria em aeroporto ou porto; g. Pagamento de direitos alfandegários; h. Reclamação à seguradora, quando for o caso. Quanto a formalização das compras, as mesmas podem ser: Compras Formais São as aquisições de materiais em que é obrigatória a emissão de um documento de formalização de compra. Estas compras são determinadas em função de valores préestabelecidos e conforme o valor a formalidade e feita em graus diferentes. Compras informais São compras que, por seu pequeno valor, não justificam maior processamento burocrático. Sequência Lógica de Compras Para se comprar bem é preciso conhecer as respostas de cinco perguntas, as quais irão compor a lógica de toda e qualquer compra: - O que comprar? R. - Especificação / Descrição do Material Esta pergunta deve ser respondida pelo requisitante, que pode ou não ser apoiado por áreas técnicas ou mesmo compras para especificar o material. - Quanto e Quando comprar? R.- É função direta da expectativa de consumo, disponibilidade financeira, capacidade de armazenamento e prazo de entrega. A maior parte das variáveis acima deve ser determinada pelo órgão de material ou suprimento no setor denominado gestão de estoques. A disponibilidade financeira deve ser determinada pelo orçamento financeiro da Empresa. A capacidade de armazenamento é limitada pela própria condição física da Empresa. - Onde comprar? R.- Cadastro de Fornecedores. É de responsabilidade do órgão de compras criar e manter um cadastro confiável (qualitativamente) e numericamente adequado (quantitativa). Como suporte alimentador do cadastro de fornecedores deve figurar o usuário de material ou equipamentos e logicamente os próprios compradores. - Como comprar? R.- Normas ou Manual de Compras da Empresa. Estas Normas deverão retratar praticamente a política de compras na qual se fundamenta a Empresa. Originadas e definidas pela cúpula Administrativa deverão mostrar entre outras, competência para comprar, contratação de serviços, tipos de compras, fórmulas para reajustes de preços, formulários e rotinas de compras, etc. - Outros Fatores Além das respostas as perguntas básicas o comprador deve procurar, através da sua experiência e conhecimento, sentir em cada compra qual fator que a influencia mais, a fim de que possa ponderar melhor o seu julgamento. Os fatores de maior influência na compra são: Preço; Prazo; Qualidade; Prazos de Pagamento; Assistência Técnica. Organização do Serviço de Compras As compras podem ser centralizadas ou não. O tipo de empreendimento é que vai definir a necessidade de centralizar. Uma prática muito usada é ter um comitê de compras, em que pessoas de todas as área da empresa participem das decisões. As vantagens da centralização dos serviços de compras são sempre postas em dúvida pelos departamentos que necessitam de materiais. De modo geral, a centralização apresenta aspectos realmente positivos, pela redução dos preços médios de aquisição, apesar de, em certos tipos de compras, ser mais aconselhável à aquisição descentralizada. Vantagens de Centralizar: a) visão do todo quanto à organização do serviço; b) poder de negociação para melhoria dos níveis de preços obtidos dos fornecedores; c) influência no mercado devido ao nível de relacionamento com os fornecedores; d) análise do mercado, com eficácia, em virtude da especialização do pessoal no serviço de compras; e) controle financeiro dos compromissos assumidos pelas compras associado a um controle de estoques; f) economia de escala na aquisição centralizada, gerando custos mais baixos; g) melhor qualidade, por causa da maior facilidade de implantação do sistema de qualidade; h) sortimento de produtos com mais consistência, para suportar as promoções nacionais; i) especialização das atividades para o pessoal da produção não perder muito tempo com contatos com os vendedores. O uso de comitê tem as seguintes vantagens: a) larga faixa de experiência é aplicada nas decisões; b) as decisões são tomadas numa atmosfera mais científica; c) o nível de pressões sobre compras é mais baixo, melhorando as relações dos compradores com o pessoal interno e os vendedores; d) a co-participação das áreas dentro do espírito de engenharia simultânea, cria um ambiente favorável para melhor desempenho tanto do ponto de vista político, como profissional. Pontos importantes para descentralização: a) adequação da compra devido ao conhecimento dos problemas específicos da área onde o comprador exerce sua atividade. b) menor estoque e com uma variedade mais adequada, por causa de peculiaridades regionais da qualidade, quantidade, variedade. c) coordenação, em virtude do relacionamento direto com o fornecedor, levando a unidade operacional a atuar de acordo com as necessidades regionais. d) flexibilidade proporcionada pelo menor tempo de tramitação das ordens, provocando menores faltas. Cuidados ao Comprar O processo de produção inicia-se com planejamento das vendas, estabelecimento de uma política de estoque de produtos acabados e listagem dos itens e quantidades de produtos a serem fabricados, quantidades estas distribuídas ao longo de um cronograma de produção. Um sistema de planejamento de produção fixa as quantidades a comprar somente na etapa final da elaboração do plano de produção. As quantidades líquidas a comprar serão apuradas pela desagregação das fichas de produção e em especial pela listagem de materiais necessários para compor cada unidade de produto a ser produzido. Será necessário comparar as necessidades de materiais com as existências nos estoques de matérias-primas, para se apurar as necessidades líquidas distribuídas no tempo conforme o cronograma de produção necessária para atender ao planejamento de vendas. Entretanto, a execução da compra será a primeira etapa executiva do programa de produção. O término da programação e o início das atividades de compra caracterizam-se, portanto, como uma área com muitas facilidades de conflitos, conflitos estes sempre agravados pelos atrasos normais e habituais do planejamento. As pressões exercidas pelos setores de produção e faturamento reforçam ainda mais a probabilidade de atritos na área de compras. Neste momento todos se esquecem dos atrasos no planejamento das vendas e na programação da produção. Outro aspecto interessante do relacionamento dentro da área de compras é a inversão curiosa de atitude que se processa entre o comprador e o vendedor após a emissão do pedido. A posição inicial de vendedor é sempre solicitante e o comprador nesta fase poderá usar seus recursos de pressão para forçar o vendedor a chegar às condições ideais para a empresa. Uma vez emitido o pedido, o comprador perde sua posição de comando e passa a uma atitude de expectativa. Procurará de agora em diante adotar uma atitude de vigilância, procurando cuidar para que os fornecimentos sejam feitos e os prazos cumpridos. Cotação de Preços O depto. de compras com base nas solicitações de mercadorias efetua a cotação dos produtos requisitados. Depois de efetuadas as cotações o órgão competente analisa qual a proposta mais vantajosa levando em consideração os seguintes itens: a) prazo de pagamento; b) valor das parcelas; O Pedido de Compra Após término da fase de cotação de preços dos materiais e analise da melhor proposta para fornecimento, o setor de compras emite o pedido de compras para a empresa escolhida. Esse pedido deverá ter com clareza a descrição do material a ser comprado, bem como as descrições técnicas, para que não ocorram as freqüentes dúvidas que comumente acontecem. Preferencialmente o pedido deverá ser emitido em 3 vias, sendo a 1ª e 2ª vias enviadas ao fornecedor, o qual colocará ciente na 2ª via e a devolverá que passará a ter força de contrato, funcionando como um "instrumento particular de compromisso de compra e venda". A 3ª via funciona como followup do pedido. O Recebimento dos Materiais No recebimento dos materiais solicitados, alguns principais aspectos deverão ser considerados como: 1) Especificação técnica: conferencia das especificações pedidas com as recebidas. 2) Qualidade dos materiais: conferencia física do material recebido. 3) Quantidade: Executar contagem física dos materiais, ou utilizar técnicas de amostragem quando for inviável a contagem um a um. 4) Preço: 5) Prazo de entrega: conferencia se o prazo esta dentro do estabelecido no pedido. 6) Condições de pgto.: conferencia com relação ao pedido. QUESTÕES DE CONCURSOS I. II. III. IV. V. VI. VII. VIII. IX. X. Compras é uma função paralela à administração de materiais que influencia o controle de estoques. A aquisição emergencial e rápida é uma das vantagens da centralização da função de compras nas organizações. Cabe ao departamento de compras manter boa articulação com o mercado fornecedor. Em uma empresa que adote a descentralização de compras, cada uma das unidades dessa empresa terá um órgão de compras próprio para o atendimento de suas necessidades. O processo de compras encerra-se na emissão da ordem de compra, uma vez que o acompanhamento do prazo da entrega, a recepção e aceitação das mercadorias são realizados pela equipe responsável pela guarda dos insumos. As etapas do ciclo de compras incluem o acompanhamento do pedido de compra e o controle do recebimento do material comprado. As funções da equipe de compras envolvem todo o processo de localização de fornecedores e fontes de suprimento, cotação, aquisição de materiais, acompanhamento da ordem de fornecimento junto aos fornecedores e o recebimento do material comprado, para controlar e garantir o fornecimento de acordo com a especificação solicitada. Análise da requisição de compra, recebimento e aceitação da mercadoria e aprovação da fatura para pagamento do fornecedor são fases do ciclo de compras. Uma vantagem de se adotar a centralização do processo de compras é a obtenção de maior controle de materiais em estoque. O setor de compras e o contábil não mantêm qualquer tipo de comunicação, sendo setores totalmente independentes entre si na realização de suas atividades. Ética em Compras O problema da conduta ética é comum em todas as profissões, entretanto, em algumas delas, como a dos médicos, engenheiros e compradores, assume uma dimensão mais relevante. A abordagem mais profunda do assunto leva invariavelmente ao estudo do comportamento humano no seu ambiente de trabalho, que está fora do escopo do nosso trabalho. Abordando a questão mais na sua forma operacional, entendendo que o assunto deva ser resolvido através do estabelecimento de regras de conduto devidamente estabelecidas, divulgadas, conhecidas e praticadas por todos os envolvidos, procurando fixar limites claros entre o “legal” e o “moral”. Assim, os aspectos legais e morais são extremamente importantes para aqueles que atuam em compras, fazendo com que muitas empresas estabeleçam um “código de conduta ética” para todos os seus colaboradores. No setor de compras o problema aflora com maior intensidade devido aos altos valores monetários envolvidos, relacionados com critérios muitas vezes subjetivos de decisão. Saber até onde uma decisão de comprar seguiu rigorosamente um critério técnico, onde prevaleça o interesse da empresa, ou se a barreira ética foi quebrada, prevalecendo aí interesses outros, é extremamente difícil. O objetivo de um código de ética é estabelecer os limites de uma forma mais clara possível, e que tais limites sejam também de conhecimento dos fornecedores, pois dessa forma poderão reclamar quando se sentirem prejudicados. Outro aspecto importante é que esse código de ética seja válido tanto para vendas quanto para compras. Não é correta uma empresa comportar-se de uma forma quando compra e outra quando vende. Os critérios devem ser compatibilizados e de conhecimentos de todos os colaboradores. É comum empresas incluírem nos documentos que o funcionário assina ao ser admitido, um código de conduta (ou de ética) que deva ser seguido, sob pena de demissão por justa causa. O problema ético de compras não se restringe aos compradores, mas também ao pessoal da área técnica que normalmente especifica o bem a ser comprado. É normal encontrarmos especificações tão detalhadas, e muitas vezes mandatórias, que praticamente restringem o fornecedor a uma única empresa. É isto é eticamente correto? Mais uma vez o problema aflora. E o comprador, nesse caso, o que pode fazer? Cabe à gerência e à alta direção da empresa ficar atenta a todos esses aspectos, questionando sempre a validade das especificações e a sua justificativa. E quanto aos “presentes”, “lembranças”, “brindes” como agendas, canetas, malas e convites que normalmente são distribuídos, por exemplo, ao pessoal de compras, do controle da qualidade e da área técnica? Como abordar esse assunto? Deve ser permitido que recebam? A melhor forma de abordar o assunto é definir, o mais claro possível, um código de conduta, do conhecimento de todos, pois não há dúvida de que aquele que dá presentes tem a expectativa de, de uma forma ou de outra, ser “lembrado”. Quando o presente tem um maior valor, maior será a obrigação de retribuição. Deve também ficar claro para os compradores como agir no trato com empresas que sistematicamente, com política própria, oferece uma “comissão”. Devem tais empresas ser excluídas entre as licitantes? Tais comissões devem ser incorporadas como forma de desconto nos preços propostos? E os outros fornecedores, como ficam? Enfim, todos esses aspectos devam ser abordados no código de ética. Toda esta questão fica mais grave quando a figura do suborno aparece. A intenção premeditada é a essência do suborno. Ninguém é subornado por acidente. Nesses casos, uma vez consumado o delito, o assunto já passa para a alçada judicial. Não é raro lermos nos jornais situações em que empresas demitem de uma só vez, até mesmo todos os componentes de seu setor de compras. Por exemplo, já foi manchete da Gazeta Mercantil o fato de a Fiat brasileira ter demitido “oito funcionários da área de compras – alguns com cargos de gerência -, acusados de estar recebendo propinas e presentes de fornecedores”, além de suspeitas de superfaturamentos ou desvio de dinheiro. No setor público, todo processo de licitação é claramente definido através de legislação específica (Lei 8.666/93), cujo fim precípuo é resguardar os interesses do Estado. Outro aspecto concernente à ética em compras é o manuseio de informações, como o repasse dos critérios de julgamento e dados contidos nas propostas já entregues a um outro fornecedor que ainda está elaborando a proposta a sua. Esse comportamento aético leva a situações em que fornecedores altamente qualificados se neguem a apresentar propostas a “clientes” não confiáveis. Estabelece-se assim uma relação de desconfiança que prejudica a todos, isto é, todos perdem. A fim de evitar estas situações, mais uma vez o código de ética entra em cena. A empresa deve estabelecer políticas claras sobre as informações que devem ser manuseadas. Pode-se inferir que a área de compras, outrora restrita à atividade de aquisição, atualmente é parte de um processo complexo que engloba outras áreas que executam papel estratégico na organização. Contudo, apesar da função compras ser mais relevante em algumas empresas do que em outras, em qualquer organização ela deve receber real atenção, visando que pode significar uma grande minimização dos custos. Neste cenário, o exercício da compra deve ser posicionado no processo de suprimentos como uma poderosa ferramenta de melhoria na lucratividade da empresa. Sendo que para tanto, o profissional deve primar pela qualidade, bem como quantidade almejada, fazendo a melhor opção na escolha dos fornecedores. Armazenamento Na definição do local adequado para o armazenamento devemos considerar: - Volume das mercadorias / espaço disponível; - Resistência / tipo das mercadorias (itens de fino acabamento); - Número de itens; - Temperatura, umidade, incidência de sol, chuva, etc; - Manutenção das embalagens originais / tipos de embalagens; - Velocidade necessária no atendimento; - O sistema de estocagem escolhido deve seguir algumas técnicas imprescindíveis na Administração de Materiais. As principais técnicas de estocagem são: • Carga unitária: Embalagens de transporte (“pallets”) arranjam uma certa quantidade de material (como se fosse uma unidade), facilitando o manuseio, transporte e armazenagem, economizando tempo de armazenagem, carga e descarga, esforço, mão-de-obra e área; A formação de carga unitária se através de pallets. Pallet é um estrado de madeira padronizado, de diversas dimensões. Suas medidas convencionais básicas são 1.100mm x 1.100mm, como padrão internacional para se adequar aos diversos meios de transportes e armazenagem; • Caixas ou gavetas: Ideal para materiais de pequenas dimensões, como parafusos, arruelas, material de escritório, etc, até na própria seção de produção; Os tamanhos e materiais utilizados na sua construção serão os mais variados em função das necessidades específicas de cada atividade. • Prateleiras: Destinadas a materiais de tamanhos diversos e para o apoio de gavetas ou caixas. Adequadas para peças pequenas e leves e quando o estoque não é muito grande. Constitui o sistema mais simples e econômico. • Raques: Para peças longas e estreitas (como tubos, barras, tiras, vergalhões e feixes). Podem ser montados em rodízios, para facilitar o deslocamento; • Empilhamento: Uma variante das caixas, para aproveitar ao máximo o espaço vertical, reduzindo a necessidade de divisões nas prateleiras (formando uma única prateleira) e facilitando a utilização das empilhadeiras. As caixas ou pallets são empilhados uns sobre os outros, obedecendo a uma distribuição quantitativa; • Container flexível: É uma das técnicas mais recentes, utilizada para sólidos a granel e líquidos em sacos. É uma espécie de saco feito com tecido resistente e borracha vulcanizada, com um revestimento interno conforme o uso. Arranjo Físico – Layout Planejar o arranjo físico de uma certa instalação significa tomar decisões sobre a forma como serão dispostos, nessa instalação, os centros de trabalho que aí devem permanecer. Pode-se conceituar como centro de trabalho a qualquer coisa que ocupe espaço: um departamento, uma sala, uma pessoa ou grupo de pessoas, máquinas, equipamentos, bancadas e estações de trabalho, etc. Em todo o planejamento de arranjo físico, irá existir sempre uma preocupação básica: tornar mais fácil e suave o movimento do trabalho através do sistema, quer esse movimento se refira ao fluxo de pessoas ou de materiais. Podemos citar em princípio três motivos que tornam importantes as decisões sobre arranjo físico: a) elas afetam a capacidade da instalação e a produtividade das operações: uma mudança adequada no arranjo físico pode muitas vezes aumentar a produção que se processa dentro da instalação no fluxo de pessoas e/ou materiais; b) mudanças no arranjo físico podem implicar no dispêndio de consideráveis somas de dinheiro, dependendo da área afetada e das alterações físicas necessárias nas instalações, entre outros fatores; c) as mudanças podem apresentar elevados custos e dificuldades técnicas para futuras reversões; podem ainda causar interrupções indesejáveis no trabalho. Por todos esses motivos, poderia à primeira vista parecer que um arranjo físico, uma vez estabelecido, é quase imutável e se aplica prioritariamente a novas instalações. Isso não é verdade, entretanto, diversos fatores podem conduzir a algumas mudanças em instalações já existentes: • a ineficiência de operações, • taxas altas de acidentes, • mudanças no produto ou no serviço ao cliente, • mudanças no volume de produção ou fluxo de clientes. Num esforço de sistematização, costuma-se agrupar os arranjos físicos possíveis em três grandes tipos: - Arranjo físico linear (por produto): corresponde ao sistema de produção contínua (como linha de montagem); é utilizado para fabricação de grandes quantidades de um só produto, ou produtos padronizados. - Arranjo físico funcional (por processo): corresponde ao sistema de produção de fluxo intermitente (como a produção por lotes ou encomendas); é utilizado apara fabricação de pequenas quantidades e produção flexivel: vários tipos e estilos. - Arranjo físico de posição fixa: corresponde ao sistema de produção em projetos. Localização de Materiais • Sistema de estocagem fixo (centralizado) • Sistema de estocagem livre (descentralizado) Centralizado Estocagem em um único local Facilita o planejamento da produção, o inventário e o controle. Pode ocorrer desperdício de área de armazenamento Descentralizado Não existem locais fixos, estocagem junto aos pontos de utilização. A entrega e o inventário são mais rápidos, o trabalho com o fichário e documentação é menor Risco de possuir material perdido em estoque Inventário Físico É a verificação da existência dos materiais da empresa, através de um levantamento físico de contagem, para confrontação com os estoques registrados nas fichas, efetuado periodicamente, para efeito de balanço contábil físico e financeiro do almoxarifado, seções, depósitos e de toda a empresa, atendendo a exigência fiscal da legislação. 1 - Levantamento • Os inventariantes são escolhidos e agrupados em duas equipes: “de contagem” (ou “de reconhecimento”) e “revisora” (ou de revisão); • Devem ser agrupados os itens iguais, identificados com os cartões e isolados os que não serão inventariados. 2 - Contagem 1) Cada item é contado duas vezes; 2) A primeira contagem é feita pela “equipe recolhedora”, que fixará o cartão de inventário em cada item, anotando a quantidade da contagem no destaque do “cartão de inventário”; 3) A Segunda contagem é feita pela “equipe revisora”. Obs: Todos os registros de movimentações de estoque devem ser atualizados até a data do inventário, quando deverão ser suspensas para evitar erros. 3 - Apuração O coordenador do inventário deverá conferir ambas as contagens. Se positivo, o inventário para o item está correto, se não deverá haver uma terceira contagem por outra equipe diferente. 4 - Conciliação Em caso de divergências, os responsáveis pelo controle do estoque deverão justificar as diferenças entre o estoque contábil e inventariado, através de relatório. Objetivos do Armazenamento O avanço tecnológico proporcionou a otimização de uma série de processos e rotinas das organizações. Na área de armazenagem, introduziram-se novos métodos de racionalização e fluxos de distribuição de produtos, estendendo as melhorias à adequação das instalações e utilização de novos equipamentos para movimentar cargas. A prática do armazenamento visa utilizar o espaço nas três dimensões, da maneira mais eficiente possível. Logo, as instalações devem proporcionar rápida movimentação de materiais, de maneira fácil e prática. Cuidados essenciais para o armazenamento 1. Determinação do local; 2. Definição adequada do layout; 3. Definição de uma política de preservação, com embalagens convenientes aos materiais; 4. Ordem, arrumação e limpeza, de forma constante; 5. Segurança patrimonial contra furtos, incêndios, etc. Resultados da otimização do armazenamento 1. Máxima utilização do espaço; 2. Efetiva utilização dos recursos disponíveis; 3. Pronto acesso a todos os itens (seletividade); 4. Máxima proteção aos itens estocados; 5. Boa organização; 6. Satisfação das necessidades dos clientes. Tipos de armazenamento O esquema de armazenagem escolhido por uma empresa depende da situação geográfica de suas instalações, da natureza de seus estoques, tamanho e respectivo valor. A disposição dos materiais deve se enquadrar em uma das alternativas que melhor atenda a seu fluxo: a) Armazenagem por agrupamento: Facilita as tarefas de arrumação e busca, mas nem sempre permite o melhor aproveitamento do espaço; b) Armazenagem por tamanhos: Permite bom aproveitamento do espaço; c) Armazenagem por freqüência: Implicam armazenar tão próximo quanto possível da saída os materiais que tenham maior freqüência de movimentos; d) Armazenagem Especial - Ambiente climatizado: Destinado a materiais que exigem tratamento especial; - Inflamáveis: Os produtos inflamáveis obedecem a rígidas normas de segurança. Critérios para armazenagem de cilindros de gases especiais: Grupo 1: Não inflamáveis, não corrosivos, baixa toxidez; Grupo 2: Inflamáveis, não corrosivos, baixa toxidez; Grupo 3: Inflamáveis, tóxicos e corrosivos; Grupo 4: Tóxicos e/ou corrosivos, não inflamáveis; Grupo 5: Espontaneamente inflamáveis; Grupo 6: Muito venenosos: Os cilindros devem ser colocados em áreas cobertas, ventiladas e em posição vertical, de modo compacto, impedindo a movimentação. Somente podem ser armazenados juntos os gases cuja soma dos números do grupo perfizerem 5 (argônio – grupo 1 + amônia – grupo 4); - Perecíveis: Devem ser armazenados segundo o método “FIFO” (“First in First Out”) – “o primeiro que entra é o primeiro que sai”. e) Armazenagem em área externa – muitos materiais podem ser armazenados em áreas externas, o que diminui os custos e amplia o espaço interno. Podem ser colocados em áreas externas material a granel, tambores e contentores, pecas fundidas, chapas de metal e outros. Coberturas Alternativas - Galpão fixo: Construído com perfilados de alumínio extrudado e conexões de aço galvanizado, cobertos com laminado de PVC anti-chama, de elevada resistência a rasgos, fungos e raios ultravioleta; - Galpão móvel: Semelhante ao galpão fixo, com a vantagem de possuir flexibilidade (capacidade de deslocamento) permitindo a manipulação de materiais em qualquer lugar, eliminando a necessidade de corredores. Independente de qualquer critério ou consideração à seleção do método de armazenamento, é oportuno salientar a conveniência a respeito às indicações contidas nas embalagens em geral, por meio dos símbolos convencionais que indicam os cuidados a serem seguidos no manuseio, transporte e armazenagem, de acordo com a carga contida. Embalagem A embalagem se tornou item fundamental da vida de qualquer pessoa e principalmente das atividades de qualquer empresa. O desenvolvimento da embalagem acompanhou o desenvolvimento humano, da necessidade inicial do homem de armazenar água e alimentos em algum recipiente, visando à sobrevivência própria, até o inicio das atividades comerciais, e disseminação do uso das embalagens. Atualmente estão presentes em todos os produtos, com formas variadas, e funções variadas, sempre com a evolução das tecnologias utilizadas, que as tornam cada vez mais eficientes e estratégicas. Para a logística, a embalagem é item de fundamental importância, possui relacionamento em todas as áreas, e é essencial para atingir o objetivo logístico de disponibilizar as mercadorias no tempo certo, nas condições adequadas ao menor custo possível, principalmente na distribuição internacional. Para se ter uma idéia da representatividade da embalagem na economia, segundo Moura e Banzato (2000), os gastos com embalagem representam aproximadamente 2% do PNB. E o Brasil perde entre 10% e 15% da sua receita de exportação por causa de embalagens deficientes. As principais funções da embalagem são: contenção, proteção e comunicação. A contenção refere-se à função de conter o produto, de servir como receptáculo, por exemplo, quando ocorre do produto vazar da embalagem, esta função não foi cumprida. O grau de eficiência da embalagem nesta função depende das características do produto. Uma mercadoria perigosa, inflamável, deve sempre ter 100% de eficiência, realizando o investimento necessário para tal. Enquanto que um fabricante de um material de menor valor, como sal, por exemplo, pode permiti-se utilizar uma embalagem com menor grau de eficiência nesta função, o mesmo ocorre com relação à função de proteção. A função de proteção possibilita o manuseio do produto até o consumo final, sem que ocorra danos na embalagem, e/ou produto. Também com relação a esta função devese estabelecer o grau desejado de proteção ao produto. Alguns dos principais riscos aos qual a embalagem está submetida são: choques, aceleração, temperatura, vibração, compressão, oxidação, perfuração, esmagamento, entre outros. E a função de comunicação é a que permitem levar a informação, utilizando diversas ferramentas, como símbolos, impressões, cores. Nas embalagens primárias, esta função ocorre diretamente com os consumidores finais, trazendo informações sobre a marca e produto. E nas embalagens ditas industriais, relacionadas à logística, a comunicação ocorre na medida em que impressões de códigos de barra nas embalagens, marcações, cores ou símbolos permitam a localização e identificação de forma facilitada nos processos logísticos de armazenagem, estoque, separação de pedidos, e transporte. A interação da embalagem com as operações logísticas, deve iniciar-se no planejamento da embalagem, pois nesta etapa são definidos aspectos fundamentais, que irão influenciar todo o processo, como: dimensões, tipo de material, design, custo e padronização das embalagens. Estes aspectos são fundamentais para o planejamento e eficiência no armazenamento e transporte dos produtos, caso a embalagem não seja planejada de acordo com os recursos existentes (máquinas movimentação, espaço físico, modal transporte), será necessário adequar todos os recursos à embalagem. Segundo Moura &Banzato (2001) ao se falar em padronização de embalagens, na maioria das vezes refere-se à padronização das dimensões, e não do material. Isto porque são estas as características que influenciam mais a capacidade do equipamento de movimentação, e não o tipo de material utilizado na fabricação. A redução da variabilidade de embalagens facilita o armazenamento, manuseio e movimentação dos materiais, reduzindo o tempo de realização destas tarefas, por proporcionar uma padronização destes métodos, dos equipamentos de movimentação, e de armazenamento. Além da redução do tempo, outra vantagem da padronização é a redução de custos. A embalagem tem interação com todas as funções da logística, armazenamento, manuseio, movimentação de materiais, e transporte. Desta interação com as funções logísticas, pode-se conseguir redução de custos, de tempo na entrega final do produto, redução de perdas, e aumento do nível de serviço ao cliente. Na movimentação de materiais, dentro dos armazéns, e na troca de modal de transporte, é onde a embalagem sofre os maiores impactos, que podem causar danos a embalagem primária, e produto, e onde os impactos da falta de planejamento podem ser percebidos, seja pelo alto número de perdas, e/ou adaptação dos equipamentos de transporte, seja pelo aumento do custo decorrente destas perdas, e impossibilidade de padronização dos métodos e equipamentos de movimentação, que acabam por aumentar a necessidade de mão-de-obra e reduzir a eficiência. Neste sentido Moura&Banzato (2000) citam alguns pontos a serem analisados: até que ponto a embalagem para Matéria-Prima e para produtos acabados facilita as operações de recebimento, descarga, inspeção, movimentação; até que ponto as unidades de movimentação como caixa, paletes e contenedores facilitam a estocagem, e até que ponto a embalagem facilita o descarte e a reciclagem? A embalagem proporciona a proteção necessária ao produto durante o processo de armazenagem, assegurando sua integridade, pode proporcionar melhor utilização do espaço nos armazéns, e facilitar a identificação e separação dos produtos, evitando retrabalho com correções. Na definição do tipo de transporte deve-se verificar o ambiente ao qual os produtos serão submetidos, cada modal tem características próprias, que exigem cuidados específicos. Os maiores riscos durante o processo de transporte são: alterações clima, impactos com aceleração, vibrações, choque, umidade. Além das condições é necessário conhecer as limitações de cada modal quanto a peso e dimensões. Principais Tipos de Embalagens Caixa de papelão - representa uma grande economia para a empresa em relação à madeira e a outros materiais tradicionais de embalagem. As principais vantagens são as seguintes: - elimina o espaço ocupado pelas caixas de madeira - é rápida a selagem da caixa de papelão - é muito mais leve o que facilita o manuseio, reduz os acidentes à mão-de-obra e diminui o frete. - a violação é facilmente percebida; não estraga as demais caixas do mesmo carregamento. - maior resistência aos choques; mais limpa; faz propaganda do produto. Tambores - muito utilizado para produtos líquidos, sólidos, pastosos, em pó, granulados, etc. - muito resistente - fácil recuperação Fardos - é a redução de volume conseguida com a utilização de prensas que comprimem a mercadoria - muito utilizado para fibras vegetais, como algodão, sisal, bucha; produtos de origem animal, como lã, pêlos; produtos transformados, como borracha sintética, retalhos ferro, - além de resíduos de diversos materiais, como bagaço de cana, aparas de papel. Questões de concursos I. II. III. IV. V. VI. VII. Para maior aproveitamento do espaço de um estoque, deve-se utilizar o critério de armazenagem por tamanho. A armazenagem por frequência é o critério mais indicado para se obter o aproveitamento mais eficiente do espaço. As estratégias de utilização dos diferentes tipos de unidades de armazenagem independem dos objetivos organizacionais. É dever do servidor comunicar, imediatamente, a quem de direito, qualquer irregularidade ocorrida com o material entregue aos seus cuidados. Há relação diretamente proporcional entre o custo de armazenagem e a quantidade de produtos existente em estoque. No entanto, quando o estoque estiver zerado, ainda assim haverá um mínimo de custo de armazenagem. Os códigos de ética do setor de compras devem ser de conhecimento dos fornecedores para que eles possam reclamar no caso de qualquer ato lesivo. No sistema centralizado de administração de estoques de distribuição, geralmente as decisões são tomadas pelo suprimento central. Nesse sistema, apesar da centralização, os centros de distribuição decidem e(ou) opinam acerca do material a receber para estocagem. VIII. IX. X. Os materiais disponíveis para armazenamento e estoque devem ser classificados, de modo a se estabelecer um processo de identificação, codificação, cadastramento e catalogação. Na determinação do layout interno de armazéns e para determinar a melhor localização dos produtos, são usados diversos métodos e critérios. Um dos objetivos da armazenagem é aumentar o tempo unitário de manuseio, reduzindo o custo total de armazenagem. GESTÃO DE ESTOQUES Estoque representa a quantidade de bens físicos que são mantidos à espera da venda (ou da produção), por um determinado tempo. São considerados como bens em estoques, as matérias-primas, os produtos semi-acabados, os produtos acabados e as mercadorias compradas de terceiros. Os estoques são os materiais que não são utilizados em determinado momento, mas que existe em função de futuras necessidades. Logo, estocar é reservar os produtos/mercadorias para utilização futura. Estoque é como a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação. Algumas vezes o estoque também é usado para descrever qualquer recurso armazenado. Gestão de estoque Podemos definir que a gestão de estoque constitui uma série de ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles utilizam, bem manuseados e bem controlados. A gestão de estoque é, basicamente o ato de gerir recursos ociosos possuidores de valor econômico e destinado ao suprimento das necessidades futuras de material, numa organização. A gestão de estoque visa, portanto, numa primeira abordagem, manter os recursos ociosos expressos pelo inventário em constante equilíbrio em relação ao nível econômico ótimo dos investimentos. Pode ser entendido ainda, como certa quantidade de itens mantidos em disponibilidade constante e renovados, permanentemente, para produzir lucros e serviços. Os estoques constituem um vínculo entre as etapas do processo de compra e venda, no processo de comercialização em empresas comercias, e entre as etapas de compra, transformação e venda, no processo de produção em empresas industriais. Em qualquer ponto do processo formado por essas etapas, os estoques desempenham um papel importante na flexibilidade operacional da empresa. Funcionam como amortecedores das entradas e saídas entre as duas etapas os processos de comercialização e de produção, pois minimizam os efeitos de erros de planejamento e as oscilações inesperadas de oferta e procura, ao mesmo tempo em que isolam ou diminuem as interdependências das diversas partes da organização empresarial. Conforme Vendrame (2008), as principais funções do estoque são: a). garantir o abastecimento de materiais à empresa, neutralizando os efeitos b. de, Demora ou atraso no fornecimento de materiais; Sazonalidade no suprimento; b). minimizar os riscos de dificuldade no fornecimento. c). proporcionar economias de escala, Através da compra ou produção em. lotes econômicos; Pela flexibilidade do processo produtivo; Pela rapidez e eficiência no atendimento às necessidades. Tipos de estoque Conforme Tófoli (2008), a determinação dos níveis de estoque, na fase do planejamento, consiste basicamente na fixação do estoque mínimo, estoque de segurança, do lote de suprimento e do estoque máximo. Estoque Mínimo O estoque mínimo é a quantidade de itens estocados a partir das quais são efetuados os pedidos de reposição. São fundamentais: o estoque de segurança e os tempos de entrega e consumo diário. Os Pontos de Pedidos, isto é, os pedidos de compra de materiais devem ser emitidos quando as quantidades estocadas atingirem níveis suficientes apenas para cobrir os estoques de segurança (reserva) fixados e os consumos (ou vendas) previstos para os períodos correspondentes aos prazos de entrega dos fornecedores. (TÓFOLI, 2008). Estoque de Segurança ou Reserva Segundo Tófoli (2008), o consumo médio mensal dos itens de estoque e o tempo de reposição variam muito; variam muito de item para item, de uma época para outra, que leva as empresas a manter os estoques de segurança. O estoque de segurança é um amortecedor destinado a minorar os efeitos de variações, do consumo médio mensal do tempo de reposição ou de ambos conjuntamente. Esta ação concentra-se em determinar uma reserva de estoque que equilibre tanto os custos de oportunidade das possíveis faltas de estoque como os custos de estocagens de maiores quantidades de materiais no almoxarifado. Tem como objetivo compensar as incertezas inerentes ao fornecimento e demanda e permite manter um fluxo regular de produção. Estoque Máximo Conforme Tófoli (2008), o estoque máximo é igual à soma do estoque de segurança mais o lote de suprimento, seja ele o lote econômico ou não. Sofrem limitações de ordem física, manuseio, custos, inventários e riscos. Como os componentes desse tipo de estoque são o suprimento e o estoque de reserva variará todas as vezes que um ou outro ou ambos variarem. Estoque de Antecipação Segundo Tófoli (2008), o estoque de antecipação pode ser usado para compensar diferenças de ritmo de fornecimento e demanda. É mais usado quando as flutuações de demanda são significativas, mas relativamente previsíveis. Ele também pode ser usado quando as variações de fornecimento são significativas. Importância e classificação do estoque Segundo Vendrame (2008), nos diversos tipos de operações, o estoque surge porque as taxas de fornecimento nem sempre coincidem com as taxas de demanda. Portanto, os estoques são necessários para conciliar as diferenças entre fornecimento e demanda. O estoque é importante para que não ocorram interrupções ocasionais e não esperadas no fornecimento ou demanda (estoque de segurança). Outro importante fator é saber lidar com a inabilidade de fabricar todos os produtos simultaneamente com as flutuações conhecidas no fornecimento ou demanda (estoque de antecipação) e lidar com os tempos de transporte na rede de suprimentos (estoque no canal de distribuição). No pertinente à classificação dos estoques: Estoque é a composição de materiais em processamento, materiais semi-acabados, materiais acabados que não são utilizados em determinado momento na empresa, mas que precisam existir em função de futuras necessidades. Ele constitui todo o sortimento de materiais que a empresa possui e utiliza no processo de produção de seus produtos ou serviços, ou podem ser entendidos ainda como certa quantidade de itens mantidos em disponibilidade constante e renovados, permanentemente, para produzir lucros e serviços. Controle do estoque Vendrame (2008) conceitua que o objetivo básico do controle de estoques é evitar a falta de material sem que esta diligência resulte em estoques excessivos às reais necessidades da empresa. O controle de estoque procura manter os níveis estabelecidos em equilíbrio com as necessidades de demanda, consumo ou das vendas ou custos daí decorrentes. Os níveis dos estoques estão sujeitos a velocidade da demanda. Se a constância da procura sobre o material for maior que o tempo de ressuprimento, pode ocorrer a ruptura ou esvaziamento do estoque, com prejuízos visíveis para produção, manutenção e vendas. Contrapartida, se não dimensionarmos as necessidades do estoque, poderemos chegar ao ponto de excesso de material ou ao transbordamento de seus níveis em relação a demanda real, com prejuízos para circulação de capital. Segundo Vendrame (2008), o equilíbrio entre a demanda e a obtenção de material é o principal o objetivo do controle do estoque, para garantir uma gestão eficiente e eficaz. Conforme Vendrame (2008), para organizar um setor de controle de estoques, inicialmente devemos descrever suas funções principais: a). Determinar “o que” deve permanecer em estoque. Número de itens; b). Determinar “quando” se devem reabastecer os estoques. Periodicidade; c). Determinar “quanto” de estoque será necessário para um período d). predeterminado. Quantidade de compra; e). Acionar o departamento de compras para executar aquisição de estoque; f). Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades; g). Controlar os estoques em termos de quantidade e valor, e fornecer h). informações sobre a posição do estoque; i). Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados; j) Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados. QUESTOES DE CONCURSOS I. II. III. IV. V. A gestão ou administração dos estoques é responsável por equilibrar as necessidades de recursos das organizações. Na definição do nível adequado de estoque, devem ser consideradas as necessidades de uso dos itens guardados e desconsideradas as questões financeiras envolvidas. O conceito de estoque máximo diz respeito ao número máximo de unidades de um determinado item de estoque e é definido da seguinte forma: estoque máximo = estoque mínimo - lote de compra. Em um estoque, nível de segurança corresponde à quantidade máxima de estoque que deve existir. Materiais que necessitam de ressuprimento constante demandam estocagem do tipo temporária. VI. VII. VIII. IX. X. O estoque mínimo representa o nível crítico do estoque de um item. Ele sinaliza para o início do processo de reposição desse item no estoque e para a parada completa na movimentação de saída dos itens remanescentes até o fim do processo de reposição O estoque de segurança destina-se ao consumo normal da instituição no período compreendido entre o momento do pedido e o da entrada efetiva do produto no almoxarifado. O estoque de segurança destina-se a proteger o sistema produtivo quando a demanda e o tempo de reposição variam ao longo do tempo. Para otimizar o uso dos recursos financeiros e orçamentários, é possível desenvolver e usar modelos matemáticos ou estatísticos que reduzam a necessidade de estoque, preservando-se, contudo, os interesses e as capacidades operativas. O custo do estoque de segurança deve ser calculado usando-se os juros correspondentes à imobilização de capital necessário para mantê-lo, sendo, nesse caso, desnecessário considerar custos de armazenagem, seguro, depreciação. Avaliação de estoques O estoque pode ser avaliado por três métodos: Primeiro que entra primeiro que sai (Peps), ultimo que entra, primeiro que sai (Ueps) e Custo médio. Peps é um processo que obedece à ordem das saídas pelo valor da entrada. De acordo com Pozo (2007), este método é baseado na cronologia das entradas e saídas. O procedimento de baixa dos itens de estoque é feito para ordem de entrada do material na empresa, primeiro que entrou será o primeiro que saíra e assim utilizar seus valores na contabilização do estoque. Ueps, este método obedece ao processo de que o primeiro a sair deverá ser o último que entrou no estoque. Esse processo facilita a valorização do saldo estipulado pelo último preço e na contabilização dos produtos para a definição de preços de venda, refletindo custos mais próximos da realidade do mercado. O Custo Médio é o método mais usado frequentemente, pois ele é o mais simples e evita o excesso de preços nos produtos. Apuração do custo médio é efetuada dividindo-se o custo total do estoque pelas unidades nele existente. Assim, ele terá o valor médio entre as entradas e as saídas, ou seja, o valor total dos produtos adquiridos é dividido pela quantidade existente de produtos, obtendo assim o preço que será atribuído na venda. O Custo médio é recalculado sempre que é feita uma entrada ou uma saída do estoque. (POZO, 2007). Considerando a movimentação hipotética abaixo. Calcule o valor final do estoque pelos métodos peps, ueps e média móvel. Data Movimentação 6/9 Entrada de 100 unidades a 6,00 13/10 Entrada de 120 unidades a 6,20 30/10 Entrada de 90 unidades a 5,90 27/11 Saída de 140 unidades Questões de concursos I. II. III. IV. V. VI. VII. VIII. IX. X. Em períodos inflacionários elevados e duradouros, o método de avaliação de estoques mais indicado é o PEPS (FIFO). Existem, basicamente, três formas de avaliação de estoques: PEPS, UEPS e custo médio. Em um ambiente inflacionário, o custo da mercadoria vendida será maior caso seja utilizado o método UEPS. Caso existam preços diferentes de um item no processo de avaliação de estoque, deve ser dada a preferência ao preço maior. O custo médio é o método de avaliação de estoque mais indicado para períodos inflacionários. Se uma empresa utilizar o método de controle de estoque UEPS (último a entrar, primeiro a sair), o valor unitário das unidades em estoque no início de um exercício equivalerá ao valor unitário das primeiras unidades adquiridas no exercício anterior. No Brasil, a utilização do método UEPS nas organizações é proibida tendo em vista aspectos de contabilidade de custos presentes na legislação tributária brasileira. UEPS (último que entra primeiro que sai) e PEPS (primeiro que entra primeiro que sai) são métodos utilizados para realização de uma avaliação de estoques. De acordo com o método PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), relacionado à avaliação dos estoques, o valor unitário de cada item no estoque é variável, devendo ser redefinido a cada nova entrada de item. O método FIFO (ou PEPS) prioriza a ordem cronológica da entrada dos itens em estoque, ou seja, o último item a entrar é o primeiro a ser considerado para efeito de cálculo de custo. No método PEPS, a saída de estoque é sempre das unidades de mercadoria mais antigas, ficando no estoque as mais recentes. XI. Considere a seguinte movimentação hipotética de determinado material em uma empresa: 10/8: entrada de 100 unidades ao valor unitário de R$ 11,00; 20/8: entrada de 50 unidades ao valor unitário de R$ 10,00; 30/8: saída de 100 unidades; 10/9: entrada de 70 unidades ao valor unitário de R$ 9,00; 20/9: saída de 40 unidades. Com base nos dados acima e considerando a avaliação de estoques pelo método PEPS, o valor do estoque em 21/9 é superior a de R$ 800,00. XII. A partir das informações da tabela acima, que apresenta os controles das movimentações de compra e venda de determinada mercadoria, realizadas por uma empresa comercial em janeiro de 2009, julgue os itens a seguir. Considerando-se o critério UEPS, no dia 20/1/2009, o saldo final do estoque foi de R$ 2.150,00. A Curva ABC A Curva ABC ou 80-20, é baseada no teorema do economista aVilfredo Pareto, na Itália, no século XIX, num estudo sobre a renda e riqueza, ele observou uma pequena parcela da população, 20%, que concentrava a maior parte da riqueza, 80%, conforme Pinto (2002). Trata-se de classificação estatística de materiais, baseada no princípio de Pareto, em que se considera a importância dos materiais, baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor. Também pode ser utilizada para classificar clientes em relação aos seus volumes de compras ou em relação à lucratividade proporcionada; classificação de produtos da empresa pela lucratividade proporcionada, etc, No que diz respeito à análise de clientes, a curva ABC serve para analisar a dependência ou risco face a um cliente, ou ainda para que tipo de clientes a organização se deve focar. Consiste em ordenar os clientes por ordem decrescente da sua contribuição para a empresa, de modo a se poder segmentar por grau de dependência, de risco ou ainda por outro critério a definir. Segundo Pinto (2002), numa organização, a curva ABC é muito utilizada para a administração de estoques, mas também é usada para a definição de políticas de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para a programação de produção, Para a administração de estoques, por exemplo, o administrador a usa como um parâmetro que informa sobre a necessidade de aquisição de itens - mercadorias ou matérias-primas - essenciais para o controle do estoque. Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe-se o giro dos itens no estoque, o nível da lucratividade e o grau de representação no faturamento da organização. Os recursos financeiros investidos na aquisição do estoque poderão ser definidos pela análise e aplicação correta dos dados fornecidos com a curva A Técnica ABC Numa típica classificação ABC, surgirão grupos divididos em três classes, como segue: a) Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção bem especial pela administração. b) Classe B: grupo de itens em situação intermediaria entre as classes A e C. c) Classe C: Grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por parte da administração. Nesta técnica, pequena percentagem de itens é responsável por uma grande percentagem do valor de demanda ou consumo anual, normalmente ocorre. Dias (1995), afirma que apesar da configuração acima ser válida como "padrão típico", em se tratando de curva ABC a classificação não deve ter como regra rígida ser composta por três classes. Assim, uma análise ABC deve obrigatoriamente refletir a dificuldade de controle de um item e o impacto deste item sobre os custos e a rentabilidade, o que de certa maneira pode variar de empresa para empresa. Deve-se ter em mente ainda que, apesar da análise ABC ser usualmente ilustrada através do valor de consumo anual, este é apenas um dos muitos critérios que pode afetar a classificação de um item. A seguir, alguns fatores que afetam a importância de um item e que podem ser utilizados como critérios qualificadores numa análise ABC, conforme Dias (1995). a) Cuidados de armazenagem para um item; b) Custos de falta de material; c) Mudanças de engenharia (projeto). Curva Abc - Tabela Depois disso, colocam-se em ordem os itens de acordo com a classificação (5). Para cada item, lança-se o valor de consumo acumulado (6), que é igual ao seu valor de consumo somado ao valor de consumo acumulado da linha anterior. Para cada item, calcula-se o percentual sobre o valor total acumulado (7), que é igual ao seu valor de consumo acumulado dividido pelo valor de consumo acumulado do último item. Veja tabela abaixo. Para a definição das classes A, B e C, adota-se o critério de que A = 20%; B = 30%; e C = 50% dos itens. Na tabela acima, há dez itens, em que 20% são os dois primeiros itens, 30% os três itens seguintes e 50% os cinco últimos itens, resultando, assim, os seguintes valores: - Classe A (2 primeiros itens) = 62,44%; - Classe B (3 itens seguintes) = (83,85% – 62,44%) = 21,41%; - Classe C (5 itens restantes) = (100% -83,85%) = 16,15%; Assim, se houvesse a necessidade de controlar 80% do valor do estoque, deve-se controlar apenas os quatro primeiros itens (já que eles representam 80 %). O estoque (ou as compras, ou o transporte, etc.) dos itens da classe A, tendo em vista seu valor, deve ser mais rigorosamente controlado, e também devem ter estoque de segurança bem pequeno. O estoque e a encomenda dos itens da classe C devem ter controles simples, podendo até ter estoque de segurança maior. Já os itens da classe B deverão estar em situação intermediária. QUESTÕES DE CONCURSOS I. II. III. IV. V. VI. VII. VIII. IX Para a construção da curva ABC dos itens de estoque, são necessários os seguintes dados: os consumos dos itens e os respectivos preços de aquisição ou preços médios devidamente corrigidos para uma mesma data. Na curva ABC, os itens representados por C são os mais numerosos, embora o valor monetário do conjunto desses itens seja menos expressivo para a empresa. Ao se classificar um almoxarifado com base na classificação ABC, os itens mais volumosos e que agregam pouco resultado para a organização devem ser incluídos NA classe a. A curva ABC é importante instrumento para o administrador, porque permite controlar a entrada e a saída de bens do almoxarifado, de modo que os materiais mais antigos ou perecíveis sejam consumidos primeiramente. Suponha que a empresa utilize a classificação ABC para determinar a frequência de contagens dos diversos itens estocados por ela, e que o item B, em particular, pertença ao grupo A. Nessa situação, a frequência de contagem do item B, relativamente aos demais itens, é menor. A empresa aplicou de forma correta o sistema ABC quando definiu um controle mais rigoroso para os itens C do estoque. Na classificação ABC, a classe C é constituída de poucos itens; no entanto, esses itens são responsáveis pela maior parte do valor monetário dos estoques. Na classificação ABC para planejamento e controle de estoque, os itens classificados como C são aqueles que correspondem à faixa de 40% a 50% do total de itens de estoque, mas cujo valor financeiro é de pouca importância quando se considera o estoque total. A tabela apresenta o conjunto de itens em estoque de uma empresa que utiliza a classificação ABC. Os limites assumidos pela empresa são: . Maior ou igual a 70% - o item é considerado classe A; . Entre 11% e 69 % - o item é considerado classe B; . Menor ou igual a 10% - o item é considerado classe C. Os itens classe A são a) 7 e 8. b) 3 e 6. c) 2, 3 e 6. d) 3, 4 e 10. e) 1, 6, 7 e 8. X. Pelo "Princípio de Pareto" é correto afirmar que se classificam como "A" os a) itens que somam até 90% do valor dos estoques. b) itens de códigos 12 e 25, apenas. c) itens de códigos 12, 25, 11 e 15, apenas. d) materiais com o código 12, apenas. e) itens de códigos 17 e 30, apenas. Previsão de estoques Métodos de Previsão De Estoques A previsão de consumo ou demanda estabelece estimativas futuras dos produtos acabados comercializados pela empresa. Define, portanto, quais produtos, quanto desses produtos e quando serão comprados pelos clientes. As características básicas da previsão são: o ponto de partida de todos planejamento de estoques; dos métodos empregados, de grande eficácia; qualidade das hipóteses que se utiliza no raciocínio. As informações básicas que permitem decidir quais serão as dimensões e a distribuição no tempo da demanda dos produtos acabados podem ser classificadas em duas categorias: quantitativas e qualitativas. 1 - Quantitativas a) evolução das vendas no passado; b) variáveis que dependem diretamente das vendas; c) variáveis de fácil previsão(população, renda, PIB,etc.); d) influência da propaganda. 2 - Qualitativas a) opinião gerencial; b) opinião dos vendedores; c) opinião dos compradores; d) pesquisa de mercado. As técnicas de previsão do consumo podem ser classificadas em três grupos: a) Projeção: são aquelas que admitem que o futuro será repetição do passado ou as vendas evoluirão no tempo; segundo a mesma lei observada no passado, este grupo de técnicas é de natureza essencialmente quantitativa. b) Explicação: procuram-se explicar as vendas do passado mediante leis que relacionem as mesmas com outras variáveis cuja evolução é conhecida ou previsível. São basicamente aplicações de técnicas de regressão e correlação. c) Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas vendas e no mercado estabelecem a evolução das vendas futuras. Se o comportamento permanecer inalterável, a previsão de evolução futura poderá ser feita seguramente sobre o conhecimento da evolução de consumo no passado. Os principais fatores que alteram o comportamento de consumo são: influência políticas; influências conjunturais; influências sazonais; alterações no comportamento dos clientes; inovações técnicas; produtos retirados da linha de produção; alteração da produção; e preços competitivos dos concorrentes. São apresentadas a seguir algumas técnicas quantitativas usuais para calcular a previsão de consumo. Método do último período: Este modelo mais simples e sem base matemática consiste em utilizar como previsão para o período seguinte o valor ocorrido no período anterior. Se colocarmos em um gráfico os valores ocorridos e as previsões, obteremos duas curvas exatamente iguais, porém deslocadas de um período de tempo. Exemplo: MÊS Março Abril Maio Junho Julho Unidades 30 40 30 42 38 A previsão de consumo para agosto é de 38 unidades Método da média móvel : Este método é uma extensão do anterior, em que a previsão para o próximo período é obtida calculando-se a média dos valores de consumo nos períodos anteriores, que serão determinados pela gestão (n).. MÊS Março Abril Maio Junho Julho Unidades 30 40 30 42 38 Qual a previsão de consumo para agosto? Desvantagens do método: a) as médias móveis podem gerar movimentos cíclicos, ou de outra natureza não existente nos dados originais; b) as médias móveis são afetadas pelos valores extremos; isso pode ser superado utilizando-se a média móvel ponderada com pesos apropriados c) As observações mais antigas têm o mesmo peso que as atuais, d) exige a manutenção de um número muito grande de dados. Vantagens: a) simplicidade e facilidade de implantação; b) admite processamento manual. Método da média móvel ponderada Este método é uma variação do modelo anterior em que os valores dos períodos mais próximos recebem peso maior que os valores correspondentes aos períodos mais anteriores. Exemplo: O consumo de 4 anos de uma peça foi de: 2010 – 60 und. – 20% 2011 – 63 und. – 30% 2012 – 66 und. – 50% Qual deverá ser o consumo previsto para 2013, utilizando-se o método da média móvel ponderada, com n igual a 3? R. = (0,5 x 66) + (0,3 x 63) + (0,2 x 60) = 33 + 18,9 + 12 = 63,9 unid Método da média com ponderação exponencial Este método elimina muitas desvantagens dos métodos da média móvel e da média móvel ponderada. Além de dar mais valor aos dados mais recentes, apresenta menor manuseio de informações passadas. Apenas três valores são necessários para gerar a previsão para o próximo período: a previsão do último período; o consumo ocorrido no último período; uma constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais recentes. Esse modelo procura prever o consumo apenas com a sua tendência geral, eliminando a reação exagerada a valores aleatórios. Ele atribui parte da diferença entre o consumo atual e o previsto a uma mudança de tendência e o restante a causas aleatórias. Questões de concursos I. II. Entre as técnicas matemáticas de previsão de consumo, a conhecida como predileção, em que empregados experientes estabelecem a evolução dos quantitativos futuros, é a mais utilizada. Nessa situação, a previsão de consumo para julho será superior a 310 unidades, se for empregado o método do último período para previsão do consumo. III. O consumo em quatro anos de um material foi de: Utilizando-se o método da média móvel, com um "n" igual a 3, o consumo previsto para 2007 será igual a 630 unidades. Considere o seguinte consumo de determinado material. 60 unidades em março 98 unidades em agosto 70 unidades em abril 98 unidades em setembro 85 unidades em maio 102 unidades em outubro 88 unidades em junho 105 unidades em novembro 94 unidades em julho 111 unidades em dezembro. IV. Com base no método da média móvel para 3 períodos, a previsão de consumo para janeiro é superior a 111 unidades por causa da tendência crescente de consumo. V. Com base no método do último período, a previsão de consumo para janeiro é de 111 unidades.