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SBA | Nota da Redação
Nota da Redação
Por Airton Bagatini*
Celebração
• É com enorme prazer que a Anestesia em revista apresenta,
nesta edição, a nova biblioteca virtual da SBA, conforme
descrito no editorial. Destacamos ainda a nova diretoria da
SBA e de suas regionais. A satisfação de ter, pela primeira
vez, em 63 anos, uma mulher à frente de nossa presidência
foi motivo de muitas comemorações, a começar no Rio
de Janeiro, no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca. Na
oportunidade, reunimos cerca de 300 convidados de
diversos estados, entre associados, funcionários, parceiros da
entidade, amigos, familiares e autoridades.
Neste número, contamos ainda com a participação
especial do presidente da Associação Médica Brasileira
(AMB), dr. José Luiz Gomes do Amaral, com seu
brilhantíssimo texto “Judicialização na medicina”, além
do “Desastres: estamos preparados para enfrentá-los?”, na
seção Responsabilidade Social.
colocando à disposição uma preciosa biblioteca virtual para
nossos sócios.
Ao contrário do que foi publicado na edição passada,
o membro da Sociedade Brasileira de Anestesiologia
(SBA) Jaime Pinto de Araújo Neto não pertence à Banca
Examinadora do Tribunal Eleitoral (TSE). Jaime fez parte da
Comissão Examinadora do Título Superior em Anestesiologia
(TSA), além dos demais títulos que constam da matéria.
Uma ótima leitura!
* Editor responsável por esta publicação
Você poderá conferir também toda a programação
científica da XXXV Jonna – Jornada Norte-Nordeste de
Anestesiologia, prevista para acontecer entre os dias 17
e 19 de março, em Natal, Rio Grande do Norte, e a 46ª
Josulbra – Jornada Sul-Brasileira de Anestesiologia –
agendada para o período de 14 a 16 de abril, em Joinville,
Santa Catarina.
Já no espaço Opinião, contamos com a ilustre redação da
diretora comercial da Elsevier da América Latina, Marina
Jancso, na qual celebra cinco anos de parceria com a SBA
Nota da Redação
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Expediente
Foto do Sumário: Sede da SBA, adquirida na gestão do presidente Dr. Renato Metsavat, no ano 1970, e
que foi inaugurada em dezembro de 1970.
Foto da capa: Morro do Careca, Praia de Ponta Negra - Natal/RN
Conselho Editorial: Nádia Maria da Conceição Duarte, José Mariano Soares de Moraes,
Ricardo Almeida de Azevedo, Sylvio Valença de Lemos Neto, Oscar César Pires,
Antônio Fernando Carneiro e Airton Bagatini
Diretor Responsável: Airton Bagatini
Projeto Gráfico: ag.totem
Diagramação: Ito Oliveira Lopes e Wellington Lopes
Equipe Editorial: José Bredariol Jr., Marcelo Marinho, Mercedes Azevedo, Priscila Pais e Rodrigo Matos
Jornalista Responsável: Eliane Belleza
Impressão e Acabamento: MasterGraph - Tiragem 9500 - Distribuição Gratuita
Cadastre seu e-mail na SBA
Rua Professor Alfredo Gomes, 36 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ
CEP 22251-080 | Tel.: (21) 2537-8100 - Fax: (21) 2537-8188
Os artigos publicados na Anestesia em revista são de inteira responsabilidade dos seus respectivos autores
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Sumário
Editorial
Nova Biblioteca Virtual da SBA
Notícias
SBA comemora troca de gestão em grande estilo
Discurso, na íntegra, da presidente da SBA, Dra. Nádia Duarte
XXXV Jonna – Jornada Norte-Nordeste de Anestesiologia
XLVI Josulbra - Jornada Sul-Brasileira de Anestesiologia
Antônio Fernando Carneiro é Acadêmico Titular da Academia Goiana de
Medicina
Judicialização da medicina
Artigos Científicos
Qualidade em anestesiologia – uma exigência mais que atual
Anestesia fora do centro cirúrgico: considerações
Novas diretrizes para reanimação cardíaca
Regionais
Novas Diretorias
Posse da diretoria da Saepe biênio 2011/2012
Nova diretoria toma posse na Saerj
Opinião
Parceria Elsevier/SBA
Calendário Científico
Responsabilidade Social
Desastres: estamos preparados para enfrentá-los?
Sistema de Gestão da Qualidade
Relatório Gerencial da SBA 2010
Planejamento Estratégico
Provas da SBA - informações gerais
Datas associativas importantes
SBA
SBA | Editorial
Editorial
Nova Biblioteca
Virtual da SBA
• Com espírito de confiança, força, tolerância
e perseverança, é certo que nos deliciaremos e
usufruiremos melhor e com mais serenidade de todas
as bem-aventuranças das calmarias que se seguem às
tempestades.
Temos a grata satisfação de comunicar que a SBA
identificou e contratou uma nova empresa para garantir
o provimento de sua biblioteca virtual, que coloca à
disposição um produto de ponta que suprirá a contento as
necessidades de nossos associados.
Nos últimos dias de 2010, quase no apagar das luzes, a SBA
foi, a sua revelia e a despeito de seus atos e contestação,
preterida da possibilidade de renovação do portal Ovid,
antigo provedor da biblioteca virtual. Não se tratava de preço,
mas de conceito. Não desejavam mais um cliente com o perfil
de acessos apresentado pela SBA. Propusemos, então, que
nos fosse apresentada uma nova proposta para o serviço,
mas recusaram-se a sequer enviar um novo orçamento. Não
nos queriam mais como clientes simplesmente por nossa
característica de acessos e nada mais.
Inúmeros telefonemas e e-mails foram recebidos pela
secretaria da SBA ou diretamente por seus diretores.
6 | Anestesia em revista
Bandeira da SBA
Todos, sejamos justos, expressavam profunda
preocupação com o tema. A maioria, também é preciso
dizer, portava palavras enriquecidas com apoio e
sugestões. Outras, felizmente poucas, nem tão amenas
ou amistosas. Entretanto, é preciso ressaltar que, em
momento algum, nada abateu o moral dessa diretoria e de
seus colaboradores, que só redobraram, a cada dia, seus
esforços e o sentimento de urgência nas tratativas para a
resolução do impasse.
‘
E o desfecho foi positivo. O portal MD Consult (MDC),
de propriedade da empresa Elsevier, neste momento
já é nossa nova biblioteca virtual. Ferramenta clínica
por excelência, o MDC conjuga portal completo de
referência e busca para o médico especialista, sendo
composto por periódicos, livros, dados sobre fármacos,
notícias, guidelines, informação ao paciente, imagens
etc. A MDC possui mais de 280 mil usuários em 75
países, com licença de uso para 1.900 organizações
de saúde, incluindo 95% das escolas médicas norteamericanas. Recebe um volume de pesquisas de cerca de
1,5 milhão ao mês, em mais de 8 milhões de páginas de
conteúdo clínico.
Os títulos e a apresentação de livros e periódicos
mudarão, e essa mudança será traduzida em qualidade
e acessibilidade de dados para todos os que buscam a
informação científica embasada em evidências seguras e
atuais.
Haverá também ganho significativo de quantidade,
no volume e no número de material disponível para
acesso. Sairemos da realidade anterior de 13 periódicos
oferecidos para 19. E de três livros para 26, incluindo aqui
o mais lido tratado de anestesia do planeta, de Ronald
Miller.
Na realidade, mais do que isso, pois, no total, entre os
específicos para a anestesiologia e os demais direcionados
para as diversas áreas da medicina, teremos mais de 50
livros, 80 periódicos e os textos do Clinics of North
America, todos em versão disponível na íntegra: full text.
SBA | Editorial
Haverá, sim, reforço na
qualidade dos dados e em
sua acessibilidade para todos
os que buscam a informação
científica embasada em
evidências seguras e atuais
Outro aspecto que será um marco na história da SBA:
o acesso estará aberto e disponível para todo o quadro
de associados da SBA simultaneamente. Ou seja, não
haverá mais espera pela entrada na biblioteca virtual.
Isso, certamente, agilizará e facilitará a vida de todo
pesquisador.
Confira, adiante, a lista de livros específicos
para anestesiologia.
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Miller: Miller’s Anesthesia
Atlee: Complications in Anesthesia
Brown: Atlas of Regional Anesthesia
Chestnut: Obstetric Anesthesia
Fleisher: Anesthesia and Uncommon Diseases
Fleisher: Evidence Based Practice of Anesthesiology
Gallagher: Simulation in Anesthesia
Hagberg: Benumof ’s Airway Management
Hemmings: Foundations of Anesthesia
Hines & Marschall: Stoelting’s Anesthesia and
Coexisting Disease
Kaplan: Essentials of Cardiac Anesthesia
Kaplan: Kaplan’s Cardiac Anesthesia
Motoyama & Davis: Smith’s Anesthesia for Infants and
Children
Newman: Perioperative Medicine
Stoelting: Basics of Anesthesia
Benzon: Essentials of Pain Medicine & Regional
Anesthesia
Benzon: Raj’s Practical Management of Pain
de Leon: Cancer Pain
McMahon: Wall and Melzack’s Textbook of Pain
Melzack: Handbook of Pain Management
Editorial
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7
SBA
SBA | Editorial
Editorial
• Neal: Complications in Regional Anesthesia and Pain
Medicine
• Raj: Interventional Pain Management: Image-Guided
Procedures
• Shorten: Postoperative Pain Management
• Smith: Current Therapy in Pain
• Waddell: The Back Pain Revolution
• Waldman: Pain Management
Prezado associado, trabalhamos focados em sua satisfação
e não medimos esforços ou recursos para atender a suas
necessidades. A SBA pagará por essa nova biblioteca
virtual mais do que o dobro do valor anual que pagava ao
provedor anterior. Mas teremos conteúdo maior e acesso
melhor. Enfatizamos que jamais arriscamos perder um
serviço essencial como esse simplesmente por questão de
economia.
Confira, a seguir, a lista de periódicos
específicos para anestesiologia.
Apesar da decisão unilateral e irrevogável do antigo
provedor de não renovar o contrato, conseguimos
transformar essa situação adversa em um importante
ganho institucional, com a oferta de um novo serviço
mais amplo e moderno para nossa Sociedade.
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Anesthesiology
Journal of Clinical Anesthesia
Anesthesiology Clinics
Advances in Anaesthesia
Anaesthesia and Intensive Care Medicine
Annales Françaises d’Anésthesie et de Réanimation
Best Practice & Research Clinical Anaesthesiology
Current Anaesthesia & Critical Care
European Journal of Pain
International Journal of Obstetric Anaesthesia
Journal of Cardiothoracic and Vascular Anaesthesia
Journal of Clinical Anaesthesia
Journal of Pain and Symptom Management
The Journal of Pain
Journal of PeriAnesthesia Nursing
Pain
Pain Management Nursing
Techniques in Regional Anaesthesia and Pain
Management
• Le Practicien en Anésthesie et Réanimation
8 | Anestesia em revista
Agradecemos as mensagens de solidariedade e incentivo
recebidas de muitos colegas e reiteramos nossa convicção
de que suas críticas e sugestões são fundamentais para
que, juntos, encontremos as melhores e mais sustentáveis
soluções para tudo o que nos aflige.
Mantendo-nos coesos, nada nos atingirá mortalmente ou
sequer nos deixará vulneráveis.
Diretoria/SBA
SBA
SBA | Notícias
Notícias
SBA comemora
troca de gestão
em grande estilo
• A cerimônia de posse da nova presidente da
Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA),
realizada no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca,
Rio, no dia 15 de janeiro corrente, foi marcada
pela sofisticação do evento e pela elegância dos
convidados. Cerca de 300 pessoas de diversos
estados compareceram à passagem de gestão, entre
elas associados, funcionários, parceiros da entidade,
amigos, familiares e autoridades.
Da esquerda para direita: acima - Sylvio Lemos, Fernando Carneiro, Oscar Pires e Airton Bagatini; abaixo: José Mariano Moraes , Nádia Duarte e Ricardo Azevedo
Notícias
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SBA | Notícias
Chegar e partir são só dois
lados da mesma viagem; o trem
que chega é o mesmo trem da
partida.
Condecoração: Na cerimônia de posse da diretoria
da SBA, gestão 2011, o dr. Carlos Eduardo Lopes
Nunes condecorou a atual presidente da SBA, a
dra. Nádia Duarte.
Das autoridades presentes, destacaram-se: a dra. Vera
Lúcia Mota da Fonseca, do Conselho Regional de
Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj); o dr.
Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos do
Estado do Rio de Janeiro (Sindimed - RJ) e a dra. Maria
Cristina Sette de Lima, secretária de Saúde da Cidade de
Caruaru - PE.
Depois da execução do Hino Nacional, o presidente
da Associação Médica Brasileira, dr. José Luiz
Gomes do Amaral, saudou a nova diretoria da SBA
com seu discurso otimista para o ano de 2011: “É
com enorme satisfação que eu, em nome de 350
mil médicos, venho saudar a nova diretoria da SBA.
Este ano promete abrir uma série de perspectivas,
em consequência à oportunidade que tivemos de
10 | Anestesia em revista
nos expressar, no final do ano passado, para nossa
presidente da República. Foi, sem dúvida, um
acontecimento histórico, assim como termos a honra
de ter um médico à frente do Ministério da Saúde, o
ministro Alexandre Padilha, que já nos telefonou se
colocando a nossa disposição.”
Logo em seguida, o médico Carlos Eduardo Lopes
Nunes, que exercia o cargo de presidente da SBA,
resumiu, com o um trecho de um poema, o momento
que estava vivendo: “...chegar e partir são só dois lados
da mesma viagem; o trem que chega é o mesmo trem da
partida.” Cadu, como todos carinhosamente o chamam,
se inspirou no poeta para fazer uma analogia do trem com
sua satisfação de passar o cargo da presidência: “O trem
que traz os que chegam também carrega os que saem.
SBA
SBA | Notícias
Notícias
Para fechar os discursos, a dra. Nádia Duarte, presidente
da SBA, expôs sua expectativa e intenções em relação à
presidência e saudou a todos.
Depois da solenidade, todos foram convidados para um jantar,
com direito à apresentação de frevo e à recepção calorosa de
um boneco gigante de Olinda da dra. Nádia Duarte.
Momento de grande emoção e alegria ocorreu com a
participação da comitiva de Pernambuco, cujos membros
lotaram a pista de dança em homenagem à presidente
conterrânea, em integração com o grupo de frevo, com
todos vestindo parte do traje típico do cabloco de lança
do maracatu pernambucano.
A noite continuou com muita animação, com a
apresentação da banda Vídeo Music, que interpretou os
melhores do rock dos anos 1970, 1980 e 1990. A festa
foi encerrada de madrugada, depois da participação de
um grupo de ritmistas de uma escola de samba que fez os
convidados se esbaldarem pelo salão.
O dr. Carlos Eduardo Lopes Nunes entrou para a galeria de fotos dos
presidentes da SBA de gestões anteriores.
E esse trem se chama SBA. É nele, com seus infinitos
vagões, que viajam todos os diretores, ex-diretores e
futuros diretores. Apenas o que muda é a posição de cada
um em relação à plataforma, mas todos estão no trem. É
assim que me sinto hoje: meu vagão deixa a plataforma
e dá lugar ao próximo e assim sucessivamente, numa
contínua troca de responsabilidade, que faz com que a
viagem nunca termine.”
Salão de festas: Mais de 300 convidados encheram o Salão Louvre do Hotel Windsor,
na Barra da Tijuca. Entre as atrações, destacaram-se a recepção do boneco de
Olinda da Nádia Duarte e o show de frevo, típicos da terra natal da nova presidente.
Notícias | 11
SBA
Dra. Nádia Duarte
SBA | Notícias
Notícias
Discurso, na
íntegra, da
presidente da SBA
• É absolutamente improvável que exista uma palavra,
em qualquer idioma conhecido, que possa servir para
expressar toda a felicidade que sinto por estar vivendo
este momento.
Gostaria, imensamente, de compartilhar com todos vocês
este sentimento: “Viver e não ter a vergonha de ser feliz”,
como nesses versos felizes do saudoso Gonzaguinha.
Muito obrigada por estarem aqui conosco nesta noite de
júbilo!
O capítulo dos agradecimentos em um discurso
é sempre um risco. Risco de omissões, de
prolongamentos abusivos, de engasgos, ou seja, uma
temeridade. Mas é inevitável, me perdoem. Assim,
agradeço sinceramente: à sopa cósmica e tudo o
que mais possa ter sido cúmplice da minha criação,
bem como de todo o Universo; à minha família, aqui
representada pelas minhas irmãs Nilma e Neide, pela
minha querida sobrinha Nisdei e pela minha fiel
escudeira e companheira Ana Caetano, o amor sem
limites, o carinho e os cuidados a mim dedicados;
aos meus educadores, que foram e ainda são muitos e
12 | Anestesia em revista
que reverencio aqui na pessoa da Dra. Anita Leocádia
de Matos Ferraz (responsável pelo CET que me
especializou na USP de Ribeirão Preto) e na memória
dos meus pais, que me transformaram de um mero
arranjo anatômico-funcional de células e sinapses ao
que identifico hoje como eu mesma, tornando-me
presidente desta sociedade; à minha regional, à Saepe
e à Coopanest-PE, uma grande e bonita família da
qual faço parte, cujos associados me deram a honra e
vieram, em bloco, a esta festa, o apoio incondicional
durante todo o meu trajeto político associativo, nas
pessoas dos seus respectivos presidentes, Dr. Airton
Ayres e Dr. José Antônio de Freitas Netto; aos muitos
amigos que estiveram comigo ao longo desses anos
de diretoria da SBA, nas pessoas dos presidentes
João Aurílio Rodrigues Estrela (que me trouxe para
esta casa), Ismar Lima Cavalcanti, Jurandir Coan
Turazzi, Luiz Antônio Vane e Carlos Eduardo Lopes
Nunes, o nosso Cadu, com quem tanto aprendi,
desaprendi e reaprendi sobre fogueiras e similares;
a todos os membros da minha diretoria, novos e
velhos companheiros que seguem comigo nesta
gestão. Saibam que, com vocês, administrar a SBA será
praticamente uma atividade lúdica. Tenho certeza de
que, mesmo com São Jorge na casa das moças e no
SBA
SBA | Notícias
Notícias
meio de uma briga de um bêbado com um delegado,
a nossa equipe trabalhará forte, coesa, motivada e
divertida.
Sou grata aos funcionários da SBA, verdadeira
legião de soldados, abnegados e fiéis, e à minha
grande amiga Mercedes por todo o carinho, respeito
e admiração, pela incansável batalha diária e pelo
seu amor à causa desta sociedade; aos parceiros
de empresas e instituições afins, que conosco
compartilham sonhos e projetos; a todos os amigos,
presentes e ausentes nesta solenidade, que me
alimentam diariamente com amor, exemplos e dados.
São muitos. E melhor do que ser muitos são ótimos.
E não vou citá-los, pois dizia Machado de Assis: “Não
é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a
amizade sente-se, não se diz.”
E, finalmente, também gostaria de agradecer aos que nos
dificultam a vida, aos que não apreciam ou reconhecem
o nosso trabalho e aos que sequer torcem por nós,
pois estes nos ensinam a erradicar os espinhos dos
maus pensamentos e a fortalecer o nosso espírito, nos
lembrando da inglória, exaustiva e necessária busca da
tolerância e do amor ao próximo.
Preciso também dar um crédito a quem é de direito.
Logo depois do Congresso Brasileiro de Anestesiologia
de 2001, realizado em Recife, do qual tive a honra de
ser a diretora científica, o meu amigo Imbelloni me
sentenciou o seguinte (não sei com que bola de cristal):
“Você vai crescer dentro da SBA e vai ser presidente.”
Ri dele naquele momento, sem nenhuma crença no que
dizia. E agora? Agora, o reverencio pela sua visão de
futuro, agradeço a sua amizade e o recomendo como
previsor de destinos.
Para que ser presidente da SBA? Essa pergunta também
ouvi há alguns anos, e na época, a minha resposta
foi: não sei, não tenho esse sonho. Depois de muitos
anos de intensa atividade associativa perante as várias
regionais da SBA, dentro dos comitês, das comissões
e da própria diretoria da SBA, hoje sei a resposta e vou
lhes dizer. Eu quero, sim, ser presidente da SBA. Para
assumir o ônus e o bônus pelos tropeços e avanços,
pelas agruras e doçuras, pelos risos e lágrimas, pelas
turbulências, calmarias e bonanças e por todos os atos
e palavras de consenso e de polêmica creditados a mim,
que farão parte da história da SBA. Assinar embaixo o
que vivemos e ainda haveremos de viver juntos. Quero
participar da evolução e das indefectíveis mutações, que
farão um dia com que a imagem desta sociedade reflita
mais e melhor a face e o interesse do anestesiologista
brasileiro.
Na SBA, pretendo honrar a minha função de
presidente deixando mais do que um simples
retrato na galeria de presidentes. Quero deixar
como herança um trabalho consistente, realizado
com conhecimento, com habilidade técnica e
política e com postura, que seja revertido em
resultados positivos e sustentáveis, tanto para a nossa
especialidade quanto para toda a cadeia social e
institucional que conosco interage.
Notícias | 13
‘
É a minha intenção trabalhar pela qualidade do ato
anestésico, pela saúde ocupacional dos nossos especialistas,
por garantias trabalhistas e pecuniárias de ativos e inativos,
pela expansão do plantel de associados, pela ampliação
do relacionamento político com entidades afins em níveis
nacional e internacional, pela expansão quantitativa e
qualitativa das parcerias institucionais e comerciais, pela
maior interação com a população civil e militar brasileira,
pela saúde administrativa, financeira e associativa da SBA.
Pretendo trabalhar para otimizar o ensino, a atualização,
a pesquisa e a publicação da anestesia brasileira. Quero
ter a ousadia de relembrar à nossa comunidade docente e
discente, e também aos mais afeitos à prática assistencial,
mas que também se enveredam por caminhos menos
formais do academicismo, da pesquisa e da publicação, que
o Método Científico é ciência e que a Ética é consciência;
que a ciência em si mesmo é de cunho Amoral, e que só a
Ética lhe confere a alternativa da moralidade.
Pretendo, até o fim do meu mandato, discutir
exaustivamente e procurar soluções para um problema
sério que identifico em todos os recantos da nossa
sociedade e que já expressei nas cerimônias de
transmissão de cargos das diretorias da Saepe e da Saerj:
a escassez e a apatia dos jovens na participação dos
trabalhos e do destino das nossas instituições.
Precisamos urgentemente enfrentar e corrigir essa
mazela. A solução precisa ocorrer, e não há varinha
mágica disponível para esse fim. Muito mais do que
oferecer passivamente os nossos bons exemplos, urge que
14 | Anestesia em revista
SBA | Notícias
É a minha intenção trabalhar
pela qualidade do ato
anestésico, pela saúde
ocupacional dos nossos
especialistas
desenvolvamos projetos específicos, com planejamento,
no sentido de estimular o associativismo entre os mais
jovens que resulte em adesão regular e voluntária – nunca
compulsória – e que venha a preencher essa lacuna etária
que atualmente vivemos.
É vital para a saúde das nossas instituições coaptar e
preparar a legião futura de conferencistas, instrutores,
diretores, professores, colaboradores, enfim, os novos
filhos da anestesiologia brasileira.
Precisamos suprir os nossos jovens de apoio e confiança,
para que não se abstenham de viver de forma mais plural
e profunda todas as facetas dessa bela especialidade
que abraçaram. Para que contribuam com exemplo e
trabalho para o engrandecimento dessas organizações
que lhes dão abrigo, em especial a SBA e suas regionais,
a AMB e o CFM.
Convoco, portanto, todas as instâncias desta sociedade
a um mutirão de trabalho nesse sentido, com obstinação
cega para criação e implantação de planos de ação
e metas que visem motivar e trazer para as nossas
comissões e diretorias, para as nossas instalações e
eventos, para as nossas reuniões e festividades, as novas
gerações de especialistas da anestesiologia, para que
participem ativamente dos sonhos e projetos presentes e
futuros da anestesiologia brasileira.
Meus caros amigos dessa nova diretoria: Mariano,
Bagatini, Sylvio, Oscar, Ricardo e Fernando Carneiro.
SBA
SBA | Notícias
Notícias
Temos muito a fazer, muito ainda a aprender, muitos
desafios a superar.
É o nosso desafio manter motivados os mais de mil
voluntários que, diariamente, doam o seu tempo e
trabalho por alguma causa desta sociedade, estar
junto de nossos colaboradores internos, chefiados
pela sempre solícita e competente Mercedes, para
garantir a regular e mais perfeita possível rotina de
funcionamento dessa estrutura com mais de nove mil
sócios, a terceira maior sociedade de anestesiologia do
mundo.
É o nosso desafio manter o padrão de excelência das
diretorias que nos antecederam. Consolidar ainda
mais a marca SBA como sinônimo de qualidade no
âmbito médico nacional e internacional, levando-a
a cumprir a sua missão institucional e dirigir-se com
passos firmes e inequívocos à sua planejada visão de
futuro.
Temos o dever e o prazer de zelar pelo nosso passado e
de estampá-lo. Temos a honra de sermos os operários do
presente. E o desafio e a glória de planejar e tentar nos
imiscuir no quadro do futuro.
Para guiar a nossa diretoria e colaboradores rumo
à missão e visão institucional, um planejamento
estratégico foi cuidadosamente elaborado. Com
objetivos, estratégias, indicadores, metas e planos
de ação traçados e customizados para cada área
específica, sendo todos monitorados e controlados
continuamente através de um painel de bordo. Tudo
minuciosamente pensado para dar certo.
É óbvio que é uma tolice pensar que só podemos
aprender com os próprios erros. Melhor seria, se
possível, aprender com o erro alheio. Há dois mil
anos, já proferia Catão: “Os sábios evitam os erros dos
tolos.” Mas mesmo assim, infelizmente, é claro que
erramos – nem somos tão sábios, nem tão tolos. E é aí
que se faz necessário e imperioso o feedback de toda a
comunidade de associados e parceiros.
Para alguns ajustes de rota, a visão externa é sabidamente
superior. Recebemos as críticas e os conselhos com
boas-vindas e nos retroalimentamos deles, de onde
quer que venham. Só lhes faço um pedido: que essas
críticas sejam honestas e carregadas de boas intenções e,
principalmente, expressas de forma tranquila.
São mais de nove mil associados para ser atendidos
e entendidos, ininterruptamente, mais de 18 mil
documentos por ano recebidos por via eletrônica
ou postal, além dos incontáveis telefonemas e
contatos presenciais. A máquina diretiva e o corpo
de funcionários são preparados, têm couraça forte,
mas os seus corações continuam moles. Pensem nisso
quando fizerem uma abordagem.
Falando em máquina, couraça e corações, este ano, parece
que, finalmente, as mulheres entram em alta. E sobre isso
gostaria de discorrer um pouco.
Notícias | 15
‘
Fundada em 1948, somente em 1982, na gestão do
Dr. Altamirando Lima de Santana, a SBA teve, pela
primeira vez, uma mulher na sua diretoria, a Dra. Eugesse
Cremonesi, como diretora do Depto. Científico. Depois
dessa pioneira, apenas mais três mulheres participaram de
diretorias antes de mim: as Dras. Maria Betânia Dalcolmo
de Azevedo, Maria Ângela Tardelli e Consuelo Plemont
Maia.
Certamente, esse fato não reflete a ausência da força
motriz da mulher. Temos exemplos de sobra de
belíssimos legados deixados para a SBA pelo “sexo dito
fraco”, como a organização do primeiro Congresso
Brasileiro de Anestesiologia presidido por uma mulher,
a Dra. Maria Luíza Alves, realizado em Recife no
ano de 1993, os resultados obtidos e reconhecidos
em pesquisa científica avançada pela Dra. Maria dos
Prazeres Barbalho Simonetti e a elegante imagem e
o forte poder agregador da Dra. Consuelo Plemont
Maia, entre tantos.
Dedico, portanto, a minha presidência na SBA a todas
essas abnegadas e valorosas mulheres, que, em silêncio, na
maior parte das vezes, construíram e constroem a história
da anestesiologia brasileira.
Prometo, entretanto (sem querer parodiar ninguém), que
na SBA serei a presidente de todos os anestesiologistas,
brasileiros e brasileiras.
SBA | Notícias
Falando em máquina, couraça
e corações, este ano, parece
que, finalmente, as mulheres
entram em alta
exatamente como comecei e venho tentando fazer
até hoje: trabalhando. Pois acredito que nada resiste
ao trabalho. E nesse quesito, o tempo é o senhor da
razão.
Não pretendo, e assevero que nunca pretendi, ser a
dona da verdade. Faço minhas, inclusive, as sábias
palavras de John Locke, filósofo inglês, político e
médico, que viveu no século 17: “Onde está o homem
que tem prova incontestável da verdade de tudo o que
sustenta, ou da falsidade de tudo o que condena, ou
que pode dizer que examinou até o fundo todas as suas
próprias opiniões ou as dos outros? A necessidade de
acreditar sem conhecimento ou em bases muito frágeis,
...deveria nos deixar mais ocupados e cuidadosos em
nos informar a nós mesmos do que em constranger os
outros.”
Assim, peço a vocês suporte e compreensão nessa
empreitada.
Peço mais do que intenções e declarações evanescentes
de apoio.
Peço também ideias e orações.
Peço os seus braços e mentes.
Peço que estejam e sejam sempre comigo, porque com
vocês e para vocês eu serei.
Que o Cosmo conspire ao nosso favor.
Muitíssimo obrigada.
E lhes garanto, senhoras e senhores, que continuarei
16 | Anestesia em revista
SBA
SBA | Notícias
Notícias
XXXV Jonna – Jornada
Norte-Nordeste de
Anestesiologia
VII Jornada Norte-Nordeste de Dor
Data: 17 a 19 de março de 2011
Local: SEHRS Natal Grand Hotel, Natal,
Rio Grande do Norte (RN).
Programação preliminar
Workshop Vias Aéreas
Data: 18 e 19 de março (sexta-feira e sábado).
Ministrante: prof. de Stanford, Califórnia
Cronograma:
Três palestras oito estações de base rotativa (40
minutos). Cada grupo de participantes será composto
por seis pessoas. Cada estação terá um instrutor local
para facilitar. O workshop será realizado em dois dias
(18 e 19 de março), com um total de 48 pessoas por
dia.
Estação 1 – Vias Aéreas Supraglóticas: Máscaras
Laríngeas Clássicas, Unique, Flexible, Excel,
Proseal e Supreme; AirQ, I Gel.
Estação 2 – Entubação LMA, Trachlight.
Estação 3 – Bougie Elástico, Vídeo e
Opticolaringoscópios: VideoMac (CMac),
Glidescope, Videolaringoscópio McGrath,
Pentaz, Airtraq.
Estação 4 – Técnicas Básicas de Broncofibroscopia
Óptica Flexível e Entubacão:
Modelos de Baiton, Máscara de Patil,
Aprimoramento de Fibroscopia Óptica
Nasal e Oral.
Estação 5 – Entubacão Retrógrada: Clássica, Fibroóptica, Bougie e Trachlight - Técnicas
Assistidas.
Estação 6 – Via Aérea de Emergência: Cricotirotomia,
Ventilação a Jet Transtraqueal, Combitube,
Easytube, Tubo Laríngeo.
Estação 7 – Via Aérea Difícil Pediátrica.
Estação 8 – Visão Fibro-óptica da Anatomia da Via
Aérea Inferior. Posicionamento Assistido
por Fibroscopia dos Bloqueadores
Brônquicos de Arndt e Cohen. Avaliacão
Fibro-óptica do Posicionamento do Tubo
de Duplo Lúmen.
Notícias | 17
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Notícias
Jornada Norte-Nordeste de
Anestesiologia
Data: 17 de março (quinta-feira)
Programação
Cursos pré-jornada
Sala 1: 9h – Workshop Arritimias (30 vagas)
Sala 2: 9h – Bloqueios Periféricos e Acessos Vasculares
Guiados por USG
Sala 3: 9h – GAS Man/Abbott (40 vagas)
Salão Bossa Nova
Tema: Parada Cardiorrespiratória – Guidelines 2010
14h às 14h20: Parada Cardiorrespiratória em
Adultos
14h20 às 14h40: Parada Cardiorrespiratória em
Gestantes
14h40 às 15h: Parada Cardiorrespiratória em
Pediatria
15h às 15h20: Proteção Cerebral pós-PCR
15h20 às 15h40: Discussão
15h40 às16h: Intervalo
Tema: Via Aérea Difícil
16h às 16h40: Estratégias para Manejo de Via
Aérea Difícil
16h40 às 17h20: Manejo da Via Aérea no Século
XXI: Velhos Dilemas, Novas
Soluções?
18 | Anestesia em revista
17h20 às 18h: Manejo da Via Aérea Difícil
Pediátrica
19h30: Sessão Solene de Abertura
Apresentação da Orquestra
Sinfônica
Coquetel na pérgula da piscina
Data: 18 de março (sexta-feira)
Programação
Tema: Anestesia no Cardiopata
9h às 9h30: Técnicas Cardiorrespiratórias que
Eu Pratico
9h30 às 10h: Preparo Pré-operatório do
Cardiopata para Cirurgia Não
Cardíaca
10h às 10h30: Arritmias Pré-operatórias:
Diagnóstico e Tratamento
10h30 às 11h: Intervalo
Tema: Anestesia no Paciente Grave
11h às 11h30: Otimizando a Oferta de O2
Tecidual e Hemotransfusão
11h30 às 12h: Monitorização do Paciente Grave
12h às 12h30: Anestesia no Paciente
Politraumatizado
12h30 às 14h: Almoço
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Tema: Anestesia em Situações Especiais
Tema: Anestesia em Obstetrícia
14h às 14h30: Anestesia Venosa em Idosos,
Cardiopatas e Pacientes Graves
14h30 às 15h: Pré-condicionamento Cerebral
em Anestesia
15h às 15h30: Anestesia no Obeso Mórbido
15h30 às 16h: Coffee break
Tema: Especialidade
16h às 16h30: Anestesia Fora do Centro
Cirúrgico
16h30 às 17h: Bloqueio no Neuroeixo e
Paciente Anticoagulado
17h às 17h30: Anestesia na Criança Obesa
17h30 às 18h: Anestesia Inalatória versus
Venosa e Proteção de Órgãos
20h: Jantar dançante
Data: 19 de março (sábado)
Programação
Tema: Anestesia em Cirurgia Plástica
9h às 9h30: Procedimentos Combinados:
qual o Limite de Segurança?
9h30 às 10h: Bloqueio versus Geral – o que
Diz a Literatura?
10h às 10h30: Peridural Torácica – Quando
Indicar?
10h30 às 11h: Intervalo
11h às 11h30: Síndromes Hemorrágicas:
Diagnóstico e Tratamento
11h30 às 12h: Gestante com Valvulopatias:
Parto Normal ou Cesárea? qual a
Melhor Técnica Anestésica?
12h às 12h30: Evolução da Anestesia – Uma
Viagem no Tempo
Festa de encerramento a definir
local e banda
Dia 17 de março de 2011 – quinta-feira
Principais Enfermidades Álgicas e Controle
Terapêutico Atualizado
13h-13h30 - Fibromialgia: Novos Critérios de Avaliação
e Terapia Farmacológica Atual
13h30-14h - Síndrome Miofascial: Desativação de
Pontos Gatilho e Controle Terapêutico
14h -14h30 - Neurociência e Dor
14h30-15h - Dor Orofacial: Diagnóstico e Tratamento
15h-15h30 - Intervalo
15h30-16h - Principais Síndromes Álgicas
Reumatológicas: Avaliação Clínica e
Conduta Terapêutica Atualizada
16h-16h30 - Lidocaína em Bloqueio Simpático Venoso:
Indicações Clínicas e Informações Prática
16h30-17h - Lombalgia Aguda: Conduta Médica
Conservadora e Terapia Atual
Intervencionista
Notícias | 19
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Notícias
17h-17h30 - Dor Neuropática: Controle Terapêutico
Atual e Novas Perspectivas
17h30-18h - Perguntas e Respostas
Dia 18 de março de 2011 – sexta-feira
Tratamento Farmacológico da Dor
8h30-9h - Analgésicos Opioides no Controle
Terapêutico da Dor Não Oncológica:
Atualização
9h-9h30 - AINEs e Relaxantes Musculares Mais
Utilizados no Controle Terapêutico da Dor
9h30-10h - Antidepressivos no Tratamento da Dor:
Avanços Terapêuticos
10h-10h30 - Uso de Anticonvulsivantes no Controle
Dor e em Neuropatias: Abordagem
Atualizada
10h30-11h - Intervalo
11h-11h30 - Drogas Biológicas do Controle da Dor:
Avanços Terapêuticos
11h30-12h - Bloqueios Anestésicos e Neurolíticos no
Tratamento da Dor
12h-12h30 - Perguntas e Respostas
12h30- 14h30 - Almoço
16h30-17h - Opioides na Dor Não Oncológica:
Atualização e Novas Perspectivas
17h-17h30 - Dor Oncológica: Humanização e Ética
17h30-18h - Perguntas e Respostas
Dia 19 de março de 2011 – sábado
Dor Pós-operatória
8h30-9h - Enfermagem na Assistência ao Paciente
com Dor no Pós-operatório e em Cuidados
Paliativos
9h-9h30 - Fisioterapia no Tratamento da Dor Pósoperatória
9h30-10h - Acupuntura no Controle Terapêutico
Antiálgico
10h-10h30 - Neurocirurgia no Tratamento da Dor:
Abordagem Atual
10h30-11h - Intervalo
11h-11h30 - Analgesia Preventiva: como Eu Faço?
11h30-12h - Bomba de Infusão PCA: Abordagem
Prática e Atualizada
12h-12h30 - Perguntas e Respostas
12h30-13h - Encerramento
Dor Oncológica E Cuidados Paliativos
14h30-15h - Dor Oncológica: Consenso Atual 2010
15h-15h30 - Cuidados Paliativos na Dor Oncológica
15h30-16h - Principais Técnicas Intervencionistas no
Controle da Dor
16h-16h30 - Intervalo
20 | Anestesia em revista
Ponte de Todos, Newton Navarro, Natal/RN
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Por Antonio Bedin*
46a JOSULBRA
• A Sociedade de Anestesiologia do Estado de Santa Catarina
(Saesc) e o Serviço de Anestesiologia de Joinvile (SAJ)
têm a satisfação de anunciar a 46ª Jornada Sul-Brasileira de
Anestesiologia e a VII Jornada Joinvilense de Anestesiologia
2011, que ocorrerão no período de 14 a 16 de abril de 2011,
no Teatro Juarez Machado e no Centro de Convenções
Alfredo Salfer em Joinvile, SC.
A comissão organizadora está trabalhando no sentido de
organizar um encontro que traga à discussão os principais
tópicos de nossa especialidade.
Estamos planejando uma extensa programação
científica que abrangerá temas atuais e de interesse da
anestesiologia relacionados com obstetrícia, pediatria,
geriatria, grande porte, ambulatorial, monitorização, dor
pós-operatória e cuidados paliativos, entre outros.
Teremos mais uma edição do Suporte Avançado de Vida
em Anestesia (Sava) como curso pré-jornada. Quatro
workshops estão previstos: Bloqueios Guiados por
Ultrassom; Medicina Baseada em Evidências; Via Aérea e
Recursos de Informática Voltados para o Anestesiologista.
A área de exposições contará com mais de duas dezenas de
participantes que apresentarão as novidades da indústria
farmacêutica e os avanços tecnológicos na área da anestesiologia.
Centreventos Cau Hansen
Com cerca de 500 mil habitantes, Joinvile é a maior
cidade do estado de Santa Catarina. Está localizada
entre a Baía da Babitonga e as montanhas da Serra do
Mar. Cidade de tradições germânicas, tem se destacado
por sediar eventos internacionais, congressos, festivais e
convenções, assim como eventos desportivos e culturais.
Convidamos todos para virem a Joinvile de 14 a 16 de
abril de 2011 para participar da 46ª Josulbra e da VII
Jornada Joinvilense de Anestesiologia 2011.
Presidente da Comissão Executiva da 46ª Josulbra e da
VII Jornada Joinvilense de Anestesiologia 2011
Notícias | 21
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Notícias
12h–14h ALMOÇO
O Curso de Suporte Avançado de Vida em Anestesia
(Sava) destina-se a todos os médicos anestesistas que
buscam o aperfeiçoamento em habilidades que podem
salvar vidas.
Nosso curso está atualizado com as novas recomendações da
American Heart Association (AHA), da International Liaison
Committee (Ilcor) e da European Resuscitation Council (ERC).
Programação Científica
14h–14h30 Planejando a Ventilação na Via Aérea Difícil
14h30–15h Quais as Evidências para Utilizar Substitutos
de Hemoderivados?
15h–15h30 Otimizando a Perfusão no Paciente Crítico
15h30–16h Qual o Papel do Anestesiologista na
Medicina Paliativa?
16h–16h30 INTERVALO
16h30–18h MESA INTERATIVA: DOR PÓSOPERATÓRIA
Fisiopatogenia: Revisão Objetiva
Analgesia Multimodal – Visão Atual
Analgesia Controlada pelo Paciente – Atualização e Visão
do Ganho de Valor Agregado do Procedimento
15/04 Sexta-Feira - Sala 1
15/4 - Sexta-Feira - Sala 2
8h30–10h MESA INTERATIVA: ANESTESIA EM CLÍNICAS
Anestesia em Clínicas: uma Realidade do Mercado
Seleção dos Pacientes e Condições Mínimas para a Prática
da Anestesia
Complicações: o que Fazer?
10h–10h30 INTERVALO
10h30–11h Otimizando o Trans para Facilitar a Alta
Hospitalar no Paciente Ambulatorial
11h–11h30 Anestesia Regional Periférica em Cirurgia
Ambulatorial: o que Há de Novo?
11h30–12h Analgesia Pós-operatória em Cirurgia
Ambulatorial
22 | Anestesia em revista
8h30–10h MESA INTERATIVA: ANESTESIA REGIONAL
Anestesia Regional em Pacientes em Uso de Anticoagulantes
Anestesia Regional em Pacientes com Doença
Neurológica Prévia
Anestesia Regional no Paciente com Doença Pulmonar Crônica
10h–10h30 INTERVALO
10h30–11h Complicações Intraoperatórias da Anestesia
Regional
11h–11h30 Bloqueio Cervical para Endarterectomia de
Carótida: Quais as Vantagens?
11h30–12 Ultrassom e Bloqueios Periféricos – Resultados
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Notícias
12h–13h45 ALMOÇO/SIMPÓSIO CRISTÁLIA
14h–14h30 Avaliação Pré-anestésica – Aspectos Clínicos
14h30–15h Avaliação Pré-anestésica – Aspectos Legais
15h–15h30 Avaliação Pré-anestésica no Idoso – O Que É
Fisiológico e o Que É Patológico?
15h30–16h Avaliação Pré-anestésica no Diabético
16h–16h30 INTERVALO
16h30–18h MESA INTERATIVA – ANESTESIA EM
CIRURGIA PLÁSTICA
Segurança da Peridural Torácica
Sedações Prolongadas: Quais os Limites?
Lipoaspiração: por que Tantos Resultados Adversos?
15/4 - Sexta-Feira - Sala 3
12h–13h45 ALMOÇO/SIMPÓSIO
16/4 - Sábado - Sala 1
8h30–10h MESA INTERATIVA – QUALIDADE
Quais as Dificuldades e como Fazer um Programa de
Gerenciamento de Riscos
Indicadores de Qualidade em Anestesiologia: quais e
como Desenvolvê-los?
Quais as Dificuldades e como Implementar o Controle de
Qualidade em Anestesiologia?
11h–11h30 Prontuário Eletrônico: Aspectos Éticos e
Dificuldades na Implantação
11h30–12h O Médico Diante da Terminalidade da Vida
12h–14h ALMOÇO
14h–14h30 Ecocardiograma Transesofágico: Avaliação
Hemodinâmica
14h30–15h Resposta Inflamatória Sistêmica e sua
Repercussão nas Cirurgias de Grande Porte
15–15h30 Coagulopatias em Cirurgia de Grande Porte.
Tratamento Baseado em Evidência?
15h30–16h Antifibrinolíticos em Cirurgia Ortopédica de
Grande Porte
16h–16h30 INTERVALO
16h30 –18h MESA INTERATIVA – ANESTESIA EM
CIRURGIA DE GRANDE PORTE
Monitorização Hemodinâmica Minimamente Invasiva
Como Interpretar os Resultados do Tromboelastograma?
Reposição Volêmica em Cirurgias Abdominais de Grande Porte.
16/4 - Sábado - Sala 2
8h30–10h MESA INTERATIVA – OBSTETRÍCIA
A Analgesia de Parto Interfere na Evolução do Trabalho de Parto?
Peridural Contínua para a Analgesia de Parto
Raqui e Peridural Combinadas para a Analgesia de Parto
10h–10h30 INTERVALO
10h–10h30 INTERVALO
10h30–11h Gerenciamento de Recursos em Situações de
Crise
10h30–11h Conduta na Falha do Bloqueio Raquidiano
para Cesariana
Notícias | 23
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Notícias
11h–11h30 Efedrina x Metaraminol x Fenilefrina em
Cesariana
11h30–12h Manejo da Anestesia na Parturiente Obesa Mórbida
12h–13h45 ALMOÇO/SIMPÓSIO
14h–14h30 A Anestesia e a Criança Politraumatizada
14h30–15h Agitação ao Despertar: Problema da
Anestesia Moderna?
15h–15h30 Ricos da Hipotermia Perioperatória e como
Evitá-la
15h30–16h Anestesia e Cuidados no Lactente Exprematuro em Risco de Apneia
16h–16h30 INTERVALO
16h30–17h MESA INTERATIVA – ANESTESIA
REGIONAL NO PACIENTE PEDIÁTRICO
Anestésicos Locais e o Paciente Pediátrico
Bloqueios Periféricos Mais Indicados, Fármacos e Doses
Uso de Morfina, Clonidina e Outros Adjuvantes no
Neuroeixo: Situação Atual
16/4 - Sábado - Sala 3
12h–13h45 ALMOÇO/SIMPÓSIO
Workshops
Bloqueios Guiados por Ultrassom
Recursos de Informática Voltados para o Anestesista
Medicina Baseada em Evidências
Manuseios da Via Aérea
24 | Anestesia em revista
Reuniões Associativas da SBA
Reunião da diretoria
15 de abril de 2011 - 9h às 17h
Reunião da Comissão de Dor com responsáveis pelos
Centros de Treinamento em Dor
15 de abril de 2011 - 16h
Reunião da diretoria da SBA com o presidente das
regionais
16 de abril de 2011 - 9h às 12h
Reunião da Comissão de Ensino e Treinamento com
responsáveis por CET da região Sul
16 de abril de 2011 - 8h às 10h
Reunião da Comissão de Ensino e Treinamento com
médicos em especialização (ME) em CET da região Sul
16 de abril de 2011 - 10h às 12h
Inscrições até o dia 31 de
março de 2011
SÓCIO ATIVO SBA/ADJUNTO: R$ 550,00
RESIDENTE/ACADÊMICO: R$ 330,00
NÃO SÓCIO: R$ 950,00
Workshops: R$ 100,00
Somente Sava: R$ 800,00
Sava + Jornada: R$ 600,00 + valor da Jornada
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SBA | Notícias
Notícias
Antônio Fernando
Carneiro é Acadêmico
Titular da AGM
• No dia 21 de janeiro de 2011 o médico anestesista Antônio
Fernando Carneiro, tomou posse como Acadêmico Titular
da Academia Goiana de Medicina (AGM), em cerimônia
realizada na sede do Conselho Regional de Medicina de
Goiás. A Dra. Nádia Duarte representou a diretoria da
SBA na qual o homenageado exerce o cargo de Diretor do
Departamento de Defesa Profissional. Durante a cerimônia,
estiveram presentes diversas autoridades da gestão em saúde
do estado de Goiás.
Confira trechos do discurso do dr. Antonio Fernando
Carneiro, durante a solenidade de posse.
“...Nada pode ser mais gratificante do que compartilhar
momentos de emoção com amigos queridos, com familiares que
caminham ao nosso lado construindo uma vida de barganhas.
Em minha trajetória de vida pessoal e profissional, esse é um
dos momentos em que me sinto invadido por emoções que
adquirem formas as mais variadas: alegria, reconhecimento,
gratidão e, por que não uma fagulha da humana vaidade.
Ingresso agora, à Academia Goiana de Medicina, como
membro desse grupo seleto, ocupando a cadeira de nº 32,
cujo patrono, Vital Brazil, tornou-se imortal para os brasileiros
através de seu incomparável trabalho como pesquisador e a
criação do Instituto Butantã, em São Paulo, responsável pela
produção de soros e vacinas. Sinto-me abençoado!...
...Tenho consciência da minha real busca, através do estudo
e da pesquisa, da apropriação de novas tecnologias e da
observação atenta dos paradigmas que a sociedade hoje
postula. Busca em alcançar a qualidade e eficácia na atuação
médica, não só para minha especialidade, mas fazendo da
comunhão dos saberes científicos uma oportunidade de
avanço e qualificação no campo médico em geral...
...Entre os excelentes, a Academia Goiana de Medicina faz
por merecer seu lugar. Congrega mentes brilhantes como
o acadêmico fundador José Braz, que em sua trajetória
deixou marcas de competência como brilhante professor
e participante da fundação da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de Goiás. Cito ainda, Mário da Paz,
Acadêmico Titular, Mestre em ortopedia, que entre feitos
relevantes construiu um caminho de 30 anos na Universidade
Federal de Goiás, como preceptor de internos e residentes...
...Ser médico, e principalmente, médico acadêmico, é uma
condição importante e extremamente privilegiada que
não se põe a serviço do espírito capitalista do lucro.
Encerro com as palavras de Fernando Pessoa: “Deus quer,
o homem sonha, a obra nasce”... E juntos, daremos vida a
muitas obras!
Muito obrigado!”
Antonio Fernando Carneiro
Diretor do Departamento de Defesa Profissional
Acadêmico Titular da Academia Goiana de Medicina
Notícias | 25
SBA
SBA | Notícias da AMB
Notícias da AMB
Por José Luiz Gomes do Amaral*
Judicialização da
medicina
• Levantamento do Conselho Nacional de Justiça mostrou
que em 20 dos 91 tribunais brasileiros existem mais de
112 mil processos sobre demandas de saúde. Esses dados
evidenciam a falta de credibilidade do sistema de saúde
brasileiro. No âmbito do sistema público, há a insistência de
que tudo que se oferece contrasta com o pouco que se tem
e a reiterada resistência em encarar a falta de recursos. As
indisfarçáveis tentativas de distorcer a realidade por meio
da manipulação da informação e da interferência na prática
clínica criam inconsistências óbvias.
Por outro lado, os planos de saúde, enredados em processo
concorrencial predatório, vendem igualmente o que não
têm. Impossibilitados de entregar o prometido, voltam-se
contra os prestadores de serviços, pressionando-os a aderir
a padrões de atenção incompatíveis com a ciência e a ética.
Vinte e dois anos de prática de Sistema Único de Saúde
(SUS) e 11 anos de regulamentação (tímida e parcial) da
saúde suplementar não foram suficientes para corrigir vícios
e construir um plano de ações que faça, de fato, boas ideias
saírem do papel.
Há cerca de uma década, a Associação Médica Brasileira
(AMB) trabalha pela adoção integral da Classificação Brasileira
Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM).
Revisada regularmente pelas sociedades de especialidade, a
CBHPM lista os procedimentos médicos adequados no uso
clínico. Para beneficiar os pacientes atendidos, consideram-se
a eficácia e a segurança, eliminando alternativas obsoletas e
26 | Anestesia em revista
aquelas ainda em experimentação. Paralelo a essa iniciativa,
o Projeto Diretrizes, também desenvolvido pela AMB,
busca definir, com base nas melhores evidências científicas,
quando e como realizar os procedimentos médicos listados
na CBHPM. Até o momento, foram publicadas 320 diretrizes
que apoiam a decisão clínica, sem ofender a individualização
dos cuidados e a independência, valores inalienáveis à prática
médica que podem ser livremente consultados no site www.
projetodiretrizes.org.br
Porque são guiados pela lógica da contenção de recursos,
gestores políticos e empresários da saúde suplementar
têm rejeitado sistematicamente a transparência e a
evidência científica. Vê-se, portanto, a Justiça obrigada a
intervir em prol dos interesses da sociedade. Opõem-se
paradoxalmente os que deveriam a ela antecipar-se.
A AMB coloca-se à disposição do Poder Judiciário em
defesa da qualidade da atenção à saúde.
*O autor é presidente da
Associação Médica Brasileira (AMB).
SBA
SBA | Artigos Científicos
Artigos Científicos
Por Alberto Tirelli1 e Airton Bagatini2
Alberto Tirelli
Qualidade em
anestesiologia
– uma exigência
mais que atual
Introdução
• A anestesiologia nasceu na metade do século XIX
porque a medicina necessitava prover os pacientes do
alívio da dor aguda. Essa especialidade tem, em seu
despertar, a marca do cuidado com o paciente. Embora a
preocupação com a qualidade da anestesia esteja presente
desde o início de sua história, os métodos sistemáticos de
controle de qualidade tiveram grande impulso apenas no
final do século passado.1
A qualidade, conceito extraído da indústria e aplicado à
medicina, tem evoluído constantemente nos últimos anos.
Consiste em um processo que começa com a identificação
dos problemas e sua quantificação, para a qual se utilizam
indicadores de estrutura, de processos e de resultados.2 Na
área da saúde, os modelos de gestão de qualidade surgiram
nos países desenvolvidos com o objetivo de reduzir os
custos. Com a insuficiência dessa abordagem, passou,
então, a focar os resultados dos processos assistenciais para
garantir a satisfação do paciente.3
Avedis Donabedian sentencia que a qualidade na saúde
pode ser definida como a capacidade articulada de
profissionais, serviços do sistema de saúde e da sociedade
em configurar um conjunto harmônico capaz de oferecer
assistência digna, tecnicamente desenvolvida por
profissionais treinados e justamente pagos, sendo todo
esse conjunto financeiramente viável, economicamente
sustentável e uma escolha democrática da cidadania.4
Este artigo teve como objetivo apresentar conceitos
de qualidade e indicadores de controle de qualidade
em anestesiologia, através de uma revisão bibliográfica
contemporânea do tema, com ênfase na informação
publicada entre os anos de 2005 e 2010.
Método
A revisão da literatura deste artigo foi realizada por meio
de pesquisa efetuada em artigos, revistas, publicações
e estudos feitos até 2010, além de pesquisa executada
nos bancos de dados eletrônicos: Medline/PubMed5 e
Biblioteca Virtual da Sociedade Brasileira de Anestesiologia
(SBA - www.sba.com.br/educação/bv.asp).6
Os critérios de seleção do material da pesquisa para a
realização do estudo acompanharam quatro etapas: a
primeira foi a pesquisa das palavras-chave: qualidade, ou
quality, e anestesiologia, ou anesthesiology; na segunda,
delimitou-se o período de publicação dos artigos,
fixado entre 2005 e 2010, levando-se em consideração
a contemporaneidade dos achados científicos; na etapa
seguinte, definiram-se outros limites, como artigos
Artigos Científicos | 27
‘
publicados nas línguas inglesa, portuguesa e espanhola;
na última etapa da pesquisa, selecionaram-se artigos com
o texto completo mas apenas com o resumo disponível.
A metodologia de pesquisa é recomendada pelo The
Cochrane Collaboration Library.7
É importante salientar que a pesquisa das palavras-chave
foi realizada em diversos bancos de dados médicos, como
Scientific Eletronic Library On-line (Scielo) e Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(Lilacs), e que a literatura nesses bancos de dados ou
não preencheu os critérios propostos pelo estudo para a
inclusão dos trabalhos ou não estava disponível.
Conceitos de Qualidade
Avedis Donabedian acredita que a qualidade em saúde
pode ser definida como a capacidade articulada de
profissionais, serviços, sistema de saúde e sociedade em
configurar um conjunto harmônico capaz de oferecer
assistência digna, tecnicamente bem desenvolvida,
por profissionais treinados e justamente pagos, que os
usuários possam utilizá-la sempre e na medida de suas
necessidades, sendo todo esse conjunto financeiramente
viável, economicamente sustentável e uma escolha
democrática de cidadania (Quadro I).4
Também se entende qualidade como um processo
dinâmico, ininterrupto e de exaustiva atividade
permanente de identificação de falhas nas rotinas e nos
procedimentos, que devem ser periodicamente revisados,
atualizados e difundidos, com a participação desde a alta
28 | Anestesia em revista
SBA | Artigos Científicos
A anestesiologia nasceu na
metade do século XIX porque
a medicina necessitava prover
os pacientes do alívio da dor
aguda
QUADRO I – Componentes da Qualidade
(segundo Avedis Donabedian)
1- Eficácia: a capacidade que o desenvolvimento
técnico-científico tem de promover melhorias no
cuidado da saúde, considerando-se condições ótimas de aplicabilidade.
2- Efetividade: o nível real que o desenvolvimento
técnico-científico consegue atingir.
3- Eficiência: considera a habilidade em diminuirse o custo do cuidado sem, entretanto, comprometer a qualidade.
4- Otimização: é o equilíbrio entre a melhoria do
cuidado e dos custos dessa melhoria.
5- Aceitabilidade: considera a expectativa e os desejos do paciente e de seus familiares.
6- Legitimidade: é a conformidade das ações às
preferências sociais expressas em princípios éticos, valores, normas, leis e regulamentos.
7- Equidade: é a conformidade com o princípio da
Justiça, o que é razoável na distribuição das ações
de saúde, e seus benefícios entre a população.
SBA
direção do hospital até seus funcionários mais básicos.
Nos conceitos mais modernos, o termo qualidade é um
fenômeno continuado de aprimoramento, que estabelece,
progressivamente, padrões, resultado de estudos de séries
históricas na mesma organização ou em organizações
semelhantes (benchmarking), em busca do defeito zero.3-8
A qualidade voltada para o paciente deve abrigar, além
de melhorias em estrutura (anestésicos, equipamento,
capital humano etc.) e resultado (eficiência no desfecho
desejado), melhorias dos processos em que a prática
ocorre (fluxos, rotinas etc.). Como a avaliação contínua da
qualidade técnica dos profissionais da saúde em nosso país
é tema polêmico, a Associação Médica Brasileira institui o
Certificado de Atualização Profissional para os portadores
de títulos de especialista, considerando o rápido aporte e a
incorporação de novos conhecimentos na prática médica.4
Acreditação e Certificação
Acreditação é uma palavra originária da língua inglesa
que é usada pelo Manual Brasileiro de Acreditação
e pelo Manual das Organizações Prestadoras de
Serviços Hospitalares. Para a Organização Mundial da
Saúde (OMS), a partir de 1989, a acreditação passou
a ser elemento estratégico para o desenvolvimento da
qualidade na América Latina.
É um sistema de avaliação e certificação de qualidade de
serviços de saúde voluntário, periódico e reservado. Tem
um caráter educativo, voltado para a melhoria contínua,
e apresenta vantagens, como segurança para os pacientes
SBA | Artigos Científicos
Artigos Científicos
e profissionais da saúde, qualidade de assistência e
construção de equipe, sendo útil instrumento de
gerenciamento, com critérios e objetivos concretos
adaptados à realidade brasileira.9
Os maiores interessados pelos processos de acreditação
são as organizações de saúde, os profissionais da saúde,
os líderes e administradores, o governo e os cidadãos.9
Os sistemas de acreditação, ou certificação de qualidade, são
metodologias que permitem auditar uma empresa ou serviço,
por uma terceira, que, de modo mensurável, pode afirmar que
aquela está apta a fornecer assistência de qualidade.3-8
Em 1995, no Rio Grande do Sul, o Instituto de
Administração Hospitalar e Ciências da Saúde, em
associação com a Secretaria da Saúde e do Meio
Ambiente e o Sebrae/RS, desenvolveu um projeto de
pesquisa com a intenção de determinar padrões de
qualidade hospitalar. Em 1999, foi criada a Organização
Nacional de Acreditação (ONA), que é uma organização
privada, sem fins lucrativos e de interesse coletivo, que
tem como principal objetivo a implantação nacional de
um processo permanente de melhoria da qualidade da
assistência à saúde, sendo responsável pela avaliação da
qualidade hospitalar. 3-8
As instituições certificadoras são empresas de direito
privado credenciadas pela ONA que têm a responsabilidade
de proceder à avaliação e à certificação da qualidade dos
serviços de saúde em âmbito nacional. As certificadoras,
como a ISO e a Joint Commission International (JCI), têm
metodologias diferentes de avaliação.3-8
Artigos Científicos | 29
Indicadores em Anestesia
Definida qualidade, devemos apresentar os instrumentos
de monitoramento desta, denominados indicadores, que
podem ser entendidos como representações quantitativas
de resultados, constituindo-se em poderosa ferramenta
gerencial para o monitoramento, a mensuração e a
avaliação da qualidade que, conforme o modelo de
Donabedian, são classificados como indicadores de
estrutura, de processo e de resultados.10
Os indicadores são formas de representação quantificável
de processos e produtos que objetivam controlar e
melhorar a qualidade e o desempenho deles. Porém, para
ser úteis, os indicadores devem ser, além de mensuráveis,
realizáveis. Isto é, o indicador é a variável que descreve
o elemento da situação do ponto de vista quantitativo.3
Os indicadores podem auxiliar as instituições de saúde
na busca pela qualidade, no controle dos processos, na
estruturação de um banco de dados confiável e útil para o
planejamento estratégico e na tomada de decisões.11
A anestesiologia não foge à regra, de modo que os
serviços de anestesia devem estabelecer seus indicadores
de qualidade para melhor monitorar a estrutura, o
processo e o resultado.4
Exemplos de indicadores de qualidade a serem monitorados
num programa de controle de qualidade de um serviço
de anestesia são: indicadores globais (número total de
anestesias, número de pacientes anestesiados, número
de pacientes por especialidade, número de anestesias
30 | Anestesia em revista
SBA | Artigos Científicos
‘
Indicadores podem
ser entendidos como
representações quantitativas
de resultados
locorregionais, número de intervenções canceladas, número
de intervenções de urgência, número de anestesias por
sala cirúrgica, tempo de permanência na sala cirúrgica,
porcentagem por gênero [feminino/masculino], idade
média e extremos etários, anestesia em crianças com
menos de um ano, anestesias em idosos acima de 75 anos,
classificação ASA e eventos adversos [náuseas, vômitos,
dor pós-operatória]); avaliação pré-anestésica (número de
consultas pré-operatórias/pacientes anestesiados, número
de consultas no leito de internação, número de consultas
em benefício de outra instituição); anestesia ambulatorial
(número de anestesias ambulatoriais, número de
procedimentos cancelados, número de hospitalizações não
previstas); anestesia obstétrica (número de partos normais,
número de anestesias obstétricas, número de cesarianas,
porcentagem de cesarianas sob anestesia geral, raquianestesia
e peridural, número de peridurais para analgesia obstétrica,
número de consultas no terceiro trimestre, número de
anestesias obstétricas sem consulta a distância); recuperação
(número de pacientes admitidos na Sala de Recuperação
Pós-Anestésica [SRPA], número de pacientes admitidos
diretamente na UTI e duração da permanência na SRPA).3
Em uma revisão sistemática publicada no Anesthesiology,
os autores identificaram 108 indicadores clínicos
desenvolvidos para medir a qualidade e a segurança em
anestesia. Aproximadamente a metade deles pôde ser
considerada específica para a especialidade. A maioria era
indicadores de resultados (57%) ou de processos (42%).
Apenas 1% estava relacionado com estruturas.12
Condição importante para a construção de indicadores
é a obtenção de dados e de informações fidedignas
SBA
oriundos de relatórios bem elaborados e anotações
precisas dos profissionais envolvidos.10
Conclusão
Os serviços de saúde se encontram em uma fase difícil,
sendo a implantação de programas de qualidade e
a consequente certificação/acreditação de extrema
importância, à medida que proporcionará a diminuição
dos índices de custos e de morbi-mortalidade, levando à
satisfação de uma parcela maior da população.
A qualidade total é algo capaz de provocar discussões teóricas
e um desafio a sua aplicação prática. Por esse motivo, deve
continuar sendo estudada para desenvolver modelos de
gestão adaptados às peculiaridades das instituições.
A participação da anestesiologia em programas de acreditação
contribui para o aperfeiçoamento pessoal e institucional e para
a melhoria do atendimento prestado pelos especialistas.3
Assim, torna-se cada vez mais importante ao
anestesiologista seu engajamento nos programas
institucionais e sua participação nas atividades e nos
eventos promovidos pela gestão da qualidade.4
Referências
1. Burmester H, Amaral JLG – Gestão de qualidade em
anestesiologia, em: Manica J – Anestesiologia, princípios
e técnicas, 3ª edição, Porto Alegre, Artemed, 2004;10011008.
SBA | Artigos Científicos
Artigos Científicos
2. Borel J, Sivanto M – Gestion de calidad em
anestesiología. Rev. Argent. Anestesiol, 2008;1:71-72.
3. Slullitel A – Gestão de qualidade em anestesiologia.
Prática Hospitalar, 2008;58:93-96.
4. Diego LA – Anestesiologia e qualidade no cuidado.
Anestesia em Revista, 2009;4:18-25.
5. Pub Med. National Library of Medicine. Disponível em:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed.
6. The Cochrane Collaboration Library. Disponível em:
http:// www.cochrane.org/index.O.htm.
7. Feldman LB, Gatto MAF, Cunha ICKO – História da evolução
da qualidade hospitalar: dos padrões à
acreditação.
Acta Paulista da Enfermagem, 2005;18:213-219.
8. Biblioteca Virtual da Sociedade Brasileira de
Anestesiologia. Disponível em:: http://www.sba.com.
br/educação/bv.asp.
9. ONA - Organização Nacional de Acreditação. Disponível
em: http:// www.ona.org.br.
10. Duarte IG, Ferreira DP – Uso de indicadores na gestão de
um centro cirúrgico. Rev. Adm. Saúde, 2006;63-70.
11. Treviso P, Brandão FH, Saitovitch D – Construção de
indicadores em serviços de saúde. Rev. Adm. Saúde,
2009;11:182-186
12. Haller G, Stoelwinder J, Myles et al. – Quality and
safety indicators in anesthesia: a systematic review.
Anesthesiology, 2009;110:1158-1175.
1º autor, que tem MBA em auditoria em saúde, é médico
anestesiologista do Hospital São Lucas, da PUCRS.
2º autor é diretor do Departamento Administrativo da
SBA, corresponsável pelo CET do SANE e coordenador da
Perspectiva Médico-assistencial do Hospital Ernesto Dornelles
de Porto Alegre, RS.
Artigos Científicos | 31
SBA
SBA | Artigos Científicos
Artigos Científicos
Por José Roberto de Rezende Costa*
Anestesia fora do
centro cirúrgico:
considerações
Introdução e considerações gerais
• Os procedimentos sob assistência anestesiológica fora
de centros operatórios estão cada vez mais em voga,
seja para conforto do paciente, seja para a otimização
voltada ao executante, tanto os diagnósticos quanto
os terapêuticos. Ademais, a presença do profissional
especializado (anestesiologista) nesse mister promove
segurança a todos os envolvidos, quais sejam: paciente,
médicos e instituição responsável.
Não obstante, o número de procedimentos
realizados fora do âmbito cirúrgico propriamente
dito tem crescido sobremaneira. Os setores
médicos nos quais se requer a presença de um
anestesiologista têm aumentado, inclusive em locais
onde não se valiam habitualmente do auxílio desses
profissionais. Ocorre que todos os envolvidos têm
percebido que os riscos da realização desses casos
sem assistência adequada pode trazer consequências
nefastas. A divulgação da ideia da disponibilidade
desses profissionais concorre em muito para a
requisição da clínica anestesiológica.
32 | Anestesia em revista
As principais peculiaridades que devem ser observadas
nesses casos, sejam lá quais forem sua natureza, são
aquelas voltadas para a infraestrutura de recursos
humano e material e preparo correto dos pacientes,
todos devidamente observados nos mínimos detalhes.
Muito comum, não apenas entre os pacientes como
também entre os colegas médicos, o incorreto conceito
de que esses tipos de anestesia são menos arriscadas e
mais simples, por não serem conduzidos em ambientes
cirúrgicos. Ao contrário, tudo isso pode e vai multiplicar
os riscos, se não houver as devidas precauções e os
cuidados como em qualquer outra anestesia de alta
complexidade feita em centro cirúrgico.
Aspectos legais
As responsabilidades profissionais são, além da ética,
de natureza cível e também, eventualmente, penal e
administrativa. Portanto, toda e qualquer legislação
vigente deve ser seguida, visando fundamentar uma
prática diária calcada na licitude dos atos.
O exercício legal da medicina, como em qualquer
outra profissão formal, requer que sejam seguidas as
normatizações éticas e técnicas, pois todo ato médico é
seguido basicamente dessas responsabilidades.
É preciso lembrar que as normatizações oriundas do
Conselho Federal de Medicina, através de resoluções,
devem ser seguidas por força da lei. Saliente-se que a Lei
3.268, de 30 de setembro de 1957, instituiu os conselhos
Artigos Científicos
de medicina como órgãos autárquicos dotados de
personalidade jurídica de direito público. Ou seja, são
eles responsáveis pelas diretrizes que deverão ser seguidas
pelos médicos.
Adicione-se a tudo isso o fato de que o Código de Ética
Médica ora vigente, criado pela Resolução CFM 1.931/2009,
traz em seu texto (entre tantos mais) que é vedado:
Art. 17. Deixar de cumprir, salvo por motivo justo, as
normas emanadas dos Conselhos Federal e Regionais de
Medicina e de atender às suas requisições administrativas,
intimações ou notificações no prazo determinado;
Art. 18. Desobedecer aos acórdãos e às resoluções
dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina ou
desrespeitá-los; ...”
Não é função deste texto exaurir os conhecimentos
legais que devem ter os médicos no exercício cotidiano
de seu ofício, mas apenas apontar algumas diretrizes
básicas, oriundas do Conselho Federal de Medicina,
que nos norteiam em nossas ações. Principalmente,
no que concerne a anestesias realizadas fora de centros
cirúrgicos. Mostrar-se-ão, portanto, apenas as resoluções
básicas a que se obrigam todos os anestesiologistas de seu
conhecimento, quais sejam:
• Resolução CFM 1.802/2006: dispõe sobre a prática do
ato anestésico;
SBA | Artigos Científicos
SBA
• Resolução CFM 1.355/1992: estabelece parâmetro
mínimo de segurança para a concentração de oxigênio
utilizado em hospitais;
• Resolução CFM 1.670/2003: trata que sedação profunda
só pode ser realizada por médicos qualificados e em
ambientes que ofereçam condições seguras para sua
realização, ficando os cuidados do paciente a cargo do
médico que não esteja realizando o procedimento que
exige sedação;
• Resolução CFM 1.886/2008: dispõe sobre as
“Normas mínimas para o funcionamento de
consultórios médicos e dos complexos cirúrgicos
para procedimentos com internação de curta
permanência”;
• Resolução CFM 1.950/2010: estabelece,
conjuntamente, critérios para a realização de cirurgias
das áreas bucomaxilofacial e craniomaxilofacial;
• Resolução CFM 1.720/2004: estabelece os critérios
para a realização de debridamentos e curativos
cirúrgicos, sob anestesia geral ou sedação, em
pacientes queimados;
• Resolução CFM 1.640/2002: dispõe sobre a
eletroconvulsoterapia e dá outras providências.
Realça-se que qualquer questão de natureza legal tem
por objetivo precípuo assegurar os mecanismos de
proteção e redução de riscos em prol da vida. Não se
pode encará-la, portanto, como meio de entrave e óbice
a nossa profissão. Infelizmente, alguns, por vezes, assim
interpretam, ao se evocarem os preceitos da lei, sejam os
próprios anestesiologistas, os pacientes ou o executante
propriamente do ato em análise.
Artigos Científicos | 33
Aspectos práticos
Do ponto de vista prático, alguns dos maiores detalhes
que devem ser observados são atinentes a questões legais
e às questões de infraestrutura de recursos humanos e
material adequado.
Os aspectos técnicos propriamente ditos devem ser
ajustados às peculiaridades de cada caso, sejam diagnósticos
ou terapêuticos. Há uma infinidade de demandas para a
realização de anestesia fora de centro cirúrgico que precisam
ter suas técnicas dirigidas em conformidade com suas
necessidades, e este texto não se destina a esmiuçar cada uma
delas, mas apenas trazer as diretrizes gerais. De outra maneira,
seria necessário um livro para tratar de matéria tão vasta em
sua íntegra, conforme abaixo mencionado.
São inúmeros os procedimentos sob auxílio anestésico
fora de centro cirúrgico (todos podendo ser diagnósticos,
intervencionistas e/ou terapêuticos) e, como exemplo,
podem ser citados os seguintes itens ou especialidades
frequentemente envolvidos nessas atribuições:
- procedimentos radiológicos de imagem (com ou
sem contrastes): tomografia, ressonância nuclear
magnética, ultrassonografia, ecodopler etc.;
- endoscopia digestiva alta e baixa;
- cateterismos cardiovasculares;
- estudos eletrofisiológicos intracardíacos, com ou sem
ablação por radiofrequência;
- radioterapia;
34 | Anestesia em revista
SBA | Artigos Científicos
‘
O exercício legal da medicina,
como em qualquer outra
profissão formal, requer
que sejam seguidas as
normatizações éticas e técnicas
- procedimentos otorrinolaringológicos e endoscopias
das vias aéreas;
- ecocardiografia transesofágica;
- implantes de marcapassos ou cardioversores;
- realização de cardioversões;
- neurorradiologia;
- biópsias;
- quimioterapias assistidas;
- oftalmologia;
- eletroconvulsoterapia;
- ginecologia (histeroscopia, histerossalpingografia) e
procedimentos de menor monta em obstetrícia;
- dermatologia;
- procedimentos em medicina nuclear;
- urologia, notadamente procedimentos
videoendoscópicos e litotripsias;
- procedimentos estéticos, cosméticos e de cirurgia plástica;
- odontologia;
- procedimentos realizados no Centro de Terapia
Intensiva, inclusive cirurgias.
Deve ser também ressaltado que esses procedimentos
realizados fora do centro cirúrgico podem abranger uma
grande plêiade de circunstâncias, que, não diferentemente
dos fatos citados anteriormente, vão necessitar de ajustes em
acordo com os pormenores de cada situação; quais sejam:
- paciente externo que fará o procedimento com a
intenção de receber alta dessa instituição (hospitalar
ou não) ao término;
- paciente externo, porém internado em outra
instituição, que fará o procedimento nesta e retornará
SBA
-
-
-
-
-
para internação de onde é oriundo ao término;
aciente internado na mesma instituição onde fará o
procedimento, e que se espera que receberá alta da
instituição ao término;
paciente internado na mesma instituição onde fará
o procedimento, e que se espera que permanecerá
internado até o término;
paciente externo ou internado que será submetido
ao procedimento e que, ao término, pode requerer
internação em Centro de Terapia Intensiva (de onde,
inclusive, pode ser oriundo);
paciente internado, e o procedimento se dará no
local onde ele se encontra e ali ele permanecerá; por
exemplo, no próprio CTI;
outras situações.
Não importa em qual dessas circunstâncias se encontra
o paciente a ser submetido à anestesia fora do centro
cirúrgico. O fato é que se deve conhecer bem a dada
particularidade e a intenção de cada caso para ajustes e
precauções devidos.
Por essa razão, neste texto, não se postula o tipo de
técnica anestésica já que as conjunturas devem ser
adequadas a cada um. Por exemplo, não se pode admitir
que drogas de rápido efeito e eliminação sejam as mais
indicadas para pacientes provenientes de CTIs e que
permanecerão entubados e sedados após o ato em
questão; ou mesmo àqueles oriundos de internação
em apartamento ou enfermaria, que permanecerão
internados e que requeiram analgesia ou sedativos após
o procedimento.
SBA | Artigos Científicos
Artigos Científicos
Com efeito, deve-se ter em mente inúmeras possibilidades
de situações, acontecimentos e também desfechos
inusitados que possam advir, e os profissionais envolvidos
têm que se comprometer e se preparar suficientemente
para todas as possibilidades. Exemplos clássicos de
acontecimentos lastimosos são os fenômenos alérgicos que,
em muitos casos, poderiam, inclusive, ser minimizados com
história clínica prévia pormenorizada e infraestrutura que
reunisse todo aparato completo para tratamento.
Independentemente do tipo de ato a se executar, alguns
fundamentos serão indispensáveis. Não é aceitável
subestimar a importância dessas anestesias, ainda que seja
sedação leve para procedimentos diagnósticos simples.
As adversidades passíveis de ocorrência são sempre
imprevisíveis e suas decorrências podem ser catastróficas,
como sequelas neurológicas graves ou mesmo a morte.
A anestesia deve ser tratada de modo sério, prudente,
consequente e responsável.
É inadmissível, hodiernamente, se permitirem
denominações ao ato anestésico como “é apenas
um cheirinho”; “é coisa à toa, acaba rapidinho”; “não
precisa desse monitor, não, é muito simples”; entre
outras assertivas mais, um tanto quanto desacertadas e
inconsistentes! Isso não só subestima os profissionais
como os atos médicos e os próprios pacientes.
E, necessariamente, é imperioso lembrar que no quesito
segurança, três pilares fundamentais, sob a ótica deste
autor, devem ser respeitados em qualquer anestesia:
Artigos Científicos | 35
‘
1- acessibilidade e/ou controle de vias aéreas de
imediato, no caso de necessidade, com todo aparato e
dispositivos preparados e alcançáveis para uso;
2- pronta disponibilidade de acesso vascular para infusão
de drogas, continuamente;
3- vigilância ininterrupta do paciente e monitores usados
em cada caso.
Além disso, sobreleva-se também que,
independentemente do tipo de procedimento a
ser executado, por mais simples que seja, deverá o
anestesiologista estar pronto para a conversão de um ato
não invasivo em um ato cirúrgico emergencial. Assim
sendo, não são raras as ocorrências de sangramentos
inesperados, hemopneumotórax imprevistos, lesões de
órgãos/vísceras não intencionais e/ou não premeditadas
etc., qualquer deles podendo requerer intervenção
cirúrgica imediata. Daí a grande importância do
adequado preparo e avaliação pré-anestésicos, tanto
clínico-laboratorial quanto em toda a infraestrutura de
recursos humano e material, todos sempre à mão. A
maioria das complicações poderá ser prevenida ou tratada
com essas regras básicas citadas, o que, por conseguinte,
evitará os desfechos desfavoráveis.
Conclusão
Conclui-se que para todos e quaisquer procedimentos serão
necessários seguimentos de todas as diretrizes técnicas
atreladas a cada conjuntura em que se encontrar o profissional
anestesiologista. Na esfera da prevenção das complicações
36 | Anestesia em revista
SBA | Artigos Científicos
Orientar o paciente ou seu
acompanhante, por escrito,
quanto aos cuidados pré e
pós-operatório/procedimentos
necessários e complicações
possíveis
e suas subsequentes decorrências, as determinações legais
elencadas nas resoluções supracitadas se impõem, quer
queiram, quer não, aos responsáveis pelos atos. Contudo,
destacam-se alguns pontos, que são imprescindíveis:
- adequada e pormenorizada avaliação prévia do
paciente, com solicitação de exames complementares
e consulta pré-anestésica em todos os casos eletivos
e com a emissão de consentimento informado,
documentado e por escrito;
- minuciosa inspeção do local onde se realizará a
anestesia, com confirmação de equipamento, drogas
e recursos humanos necessários, para que sejam
evitados os chamados “imprevistos”, pois, na verdade,
são todos perfeitamente cientes da ocorrência (p.
ex., disponibilidade imediata de sistema completo
de aspirador, monitores, tubos, cânulas, aparelhos de
anestesia para ventilação mecânica, dispositivos de
ressuscitação cardiopulmonar e drogas anestésicas
e específicas, entre tantas minúcias necessárias ao
adequado desempenho técnico da anestesia);
- observação meticulosa das condições do paciente,
precedendo sua liberação, seja qual for seu destino, bem
como documentação correta dessa condição e de todo
o ato realizado, independentemente de sua duração e
complexidade. Destaca-se que o médico deverá orientar
o paciente ou seu acompanhante, por escrito, quanto
aos cuidados pré e pós-operatório/procedimentos
necessários e complicações possíveis, bem como
a determinação da unidade para atendimento
das eventuais ocorrências. Só dessa maneira, será
possível praticar uma rotina assistencial de qualidade,
SBA
responsável, diligente, consequente e prudente, pois,
nos dias de hoje, não há mais lugar para empirismo e
desconhecimento que, no passado, por muito tempo,
permearam o exercício da medicina.
Leitura recomendada:
1- Editors: Barash, Paul G.; Cullen, Bruce F.; Stoelting,
Robert K.; Cahalan, Michael K.; Stock, M. Christine; Title:
Clinical Anesthesia, 6th Edition; 2009 Lippincott Williams
& Wilkins; Chapter 34 - Anesthesia Provided at Alternate
Sites; Karen J. Souter.
2- Editors: Barash, Paul G.; Cullen, Bruce F.; Stoelting,
Robert K.; Cahalan, Michael K.; Stock, M. Christine;
Title: Clinical Anesthesia, 6th Edition; 2009 Lippincott
Williams & Wilkins; Chapter 33 - Office-Based Anesthesia
; Laurence M. Hausman, Meg A. Rosenblatt.
3- Editors: Barash, Paul G.; Cullen, Bruce F.; Stoelting,
Robert K.; Cahalan, Michael K.; Stock, M. Christine; Title:
Clinical Anesthesia, 6th Edition; 2009 Lippincott Williams
& Wilkins; Chapter 32 - Ambulatory Anesthesia; J. Lance
Lichtor.
4- Editors: Levine, Wilton C.; Title: Handbook of Clinical
Anesthesia Procedures of the Massachusetts General Hospital,
8th Edition; 2010 Lippincott Williams & Wilkins; Chapter 32
Anesthesia Outside of the Operating Room; Thomas J.
Graetz, John J. A. Marota.
5- Editors: Levine, Wilton C.; Title: Handbook of Clinical
Anesthesia Procedures of the Massachusetts General
Hospital, 8th Edition; 2010 Lippincott Williams &
Wilkins; Chapter 31
Ambulatory Anesthesia; Christopher J. Hodge, Lisa Wollman.
6- Anesthesia outside the operating room for emergency
procedures. Moseley, Harley S.L. a; Kumar, Areti Y. b;
Shankar, Kodali B. c . Current Opinion in Anaesthesiology.
12(4):411-415, August 1999.
7- Risks of anesthesia or sedation outside the operating
room: the role of the anesthesia care provider.
Metzner, Julia; Domino, Karen B . Current Opinion in
SBA | Artigos Científicos
Artigos Científicos
Anaesthesiology. 23(4):523-531, August 2010.
8- Standardizing care and monitoring for anesthesia or
procedural sedation delivered outside the operating
room. Eichhorn, Volker; Henzler, Dietrich; Murphy,
Michael F . Current Opinion in Anaesthesiology.
23(4):494-499, August 2010.
9- Editorial comment: anesthesia outside the
operating room. Goetz, Alwin E .Current Opinion in
Anaesthesiology. 23(4):492-493, August 2010.
10- Organizational prerequisites for anesthesia outside the
operating room. Evron, Shmuel; Ezri, Tiberiu. Current
Opinion in Anaesthesiology. 22(4):514-518, August
2009.
11- Risk and safety of pediatric sedation/anesthesia for
procedures outside the operating room.
Cravero, Joseph P. Current Opinion in Anaesthesiology.
22(4):509-513, August 2009.
12- Closed claims review of anesthesia for procedures outside
the operating room. Robbertze, Reinette; Posner, Karen
L; Domino, Karen B . Current Opinion in Anaesthesiology.
19(4):436-442, August 2006.
13- Miller: Miller’s Anesthesia, 7th ed.; 2009 Churchill
Livingstone, An Imprint of Elsevier
Chapter 79 – Anesthesia at Remote Locations; Paul E.
Stensrud.
14- Miller: Miller’s Anesthesia, 7th ed.; 2009 Churchill
Livingstone, An Imprint of Elsevier
Chapter 78 – Ambulatory (Outpatient) Anesthesia; Paul F.
White, Matthew R. Eng.
15- Anestesia Fora do Centro Cirúrgico. 2007, Sociedade de
Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro; Editores:
Ismar Lima Cavalcanti, Alexandra Rezende Assad, Márcio
Augusto Lacerda.
*O autor é médico anestesista, TSA/SBA, do Hospital
Mater Dei, BH/MG; mestre em farmacologia, ICB/UFMG;
especialista em medicina legal, ABML; legista III/IML - BH;
integrante da Câmara Técnica de Anestesiologia, CRM/MG e
integrante da Diretoria Samg.
Artigos Científicos | 37
SBA
SBA | Artigos Científicos
Artigos Científicos
Por Márcio de Pinho Martins*
Novas diretrizes
para reanimação
cardíaca
• As diretrizes da American Heart Association (AHA)
ILCOR - 2010 para a ressuscitação cardiopulmonar
(RCP) e atendimento cardiovascular de emergência
(ACE) foram lançadas recentemente e estão disponíveis
para download gratuito em versão completa ou com
destaque para as principais alterações, traduzidas para o
português.
Essas diretrizes foram elaboradas depois de
um longo e contínuo processo internacional de
avaliação de evidências que envolveu centenas de
cientistas e especialistas em ressuscitação de todo
o mundo que avaliaram, discutiram e debateram
Figura 1
38 | Anestesia em revista
milhares de publicações sobre reanimação
cardíaca.
As diretrizes da AHA 2005 já enfatizavam a importância
de compressões torácicas de alta qualidade. As alterações
recomendadas pelas diretrizes da AHA 2010 para RCP
e ACE buscam melhorar os resultados da reanimação
cardíaca, simplificando suas etapas e incluindo uma nova
ênfase nos cuidados pós-ressuscitação. A nova cadeia de
sobrevida está ilustrada na figura 1.
Resumidamente, os principais tópicos são:
SBA
Ênfase permanente em RCP de alta qualidade
Entende-se como RCP de alta qualidade aquela que
fornece:
• frequência de compressão torácica mínima de
100/minuto (em vez de “aproximadamente” 100/
minuto);
• profundidade de compressão mínima de 5
centímetros em adultos e de, no mínimo, um terço
do diâmetro anteroposterior do tórax em bebês e
crianças (aproximadamente 4 centímetros em bebês e
5 centímetros em crianças);
• interrupção mínima nas manobras de
reanimação.
SBA | Artigos Científicos
Artigos Científicos
A alteração fundamental nas novas diretrizes
ocorreu na sequência de procedimentos de
suporte básico de vida (SBV), de A-B-C (via aérea,
respiração e compressões torácicas) para C-A-B
(compressões torácicas, via aérea e respiração), em
adultos, crianças e bebês (excluindo-se os recémnascidos).
Objetivos para qualquer reanimador
• Retorno total do tórax após cada compressão.
• Minimização das interrupções nas compressões torácicas.
• Evitar hiperventilação.
Não houve alteração na recomendação referente à
relação compressão-ventilação de 30:2 para um único
socorrista de adultos, crianças e bebês (excluindo-se os
recém-nascidos).
Principais alterações em 2010
1. Alteração de A-B-C para C-A-B
• Iniciar a massagem cardíaca externa (MCE) antes das
ventilações (Figura 2).
Figura 2 – Algoritmo do suporte básico de vida simplificado
Artigos Científicos | 39
Artigos Científicos
Como a maioria dos casos da parada cardiorrespiratória
(PCR) presenciadas em adultos é de origem cardíaca,
elimina-se o tempo perdido para preparar ou buscar
dispositivos para ventilação, iniciando-se imediatamente
a MCE. Com a alteração da sequência para C-A-B,
as compressões torácicas devem ser iniciadas mais
precocemente, reduzindo o tempo de ausência de
perfusão orgânica. Como maioria das vítimas de
PCR extra-hospitalar não recebe nenhuma manobra
de ressuscitação por pessoas presentes no momento
da PCR, começar com compressões torácicas pode
encorajar mais socorristas a iniciar a RCP. O objetivo
dessa alteração é simplificar o treinamento dos
reanimadores e enfatizar a necessidade de iniciar a MCE
o quanto antes em vítimas de PCR súbita.
2. Eliminação do procedimento “Ver, ouvir e
sentir se há respiração”
• Após a aplicação de 30 compressões torácicas, o
socorrista deverá abrir a via aérea da vítima e aplicar
duas ventilações.
3. Frequência de compressão torácica: mínimo
de 100 por minuto
• Válido para qualquer socorrista.
4. Profundidade das compressões torácicas
• O esterno do adulto deve ser comprimido com
profundidade mínima de 5 centímetros.
5. Ressuscitação em equipe
• Recomenda-se foco na aplicação da RCP em
equipe, porque, na maioria dos sistemas de
40 | Anestesia em revista
SBA | Artigos Científicos
SBA
saúde, são equipes de socorristas que participam
do processo de reanimação. Várias ações são
executadas simultaneamente. Um socorrista,
por exemplo, aciona o serviço de emergência/
urgência e providencia o desfibrilador externo
automático (DEA), enquanto outro inicia a
MCE. Quanto maior o número de pessoas
adequadamente treinadas, maior a probabilidade
de sucesso na reanimação. Além da capacitação
individual, deve-se buscar o treinamento para
trabalho em equipe de todos os profissionais
envolvidos no processo de reanimação.
6. Uso do desfibrilador externo automático (DEA) na
RPC extra-hospitalar e intra-hospitalar
• O principal objetivo é a redução do tempo para
a desfibrilação elétrica. Mesmo em hospitais,
o uso do DEA pode reduzir esse tempo, com
objetivo de se alcançar a desfibrilação em até
3 minutos.
7. Choque antes da RCP
• Ao presenciar qualquer PCR, a desfibrilação precoce
deve ser a prioridade, porém, deve-se iniciar a RCP até
a chegada do DEA.
8. Menos ênfase nos dispositivos, medicamentos e
outros desvios de atenção
• Durante o suporte avançado de vida (SAVC),
a prioridade é manter uma RCP de boa
qualidade ininterruptamente. Foi introduzido
um novo algoritmo circular, representado na
Figura 3.
SBA
SBA | Artigos Científicos
Artigos Científicos
10. Maior atenção nos cuidados pós-PCR
• Preconizam-se tratamento multidisciplinar
especializado e avaliação do estado neurológico e
fisiológico do paciente. A hipotermia terapêutica é
recomendada para todos os sobreviventes comatosos
após PCR. Esses cuidados devem ser realizados em
unidade fechada (UTI).
Conclusão
A descrição da MCE com sucesso representa o marco da
reanimação cardíaca moderna.
Para comemorar esse cinquentenário, devemos todos
nos dedicar a melhorar a divulgação e o ensino da
RCP de boa qualidade (para o público em geral, para
profissionais da saúde, médicos e médicos anestesistas),
assim como melhorar e instituir os novos cuidados
preconizados após o retorno da circulação espontânea.
Figura 3 - Algoritmo do suporte avançado de vida (SAVC) circular
9. A atropina foi retirada dos protocolos de PCR
• A atropina não é mais recomendada para o uso de
rotina no tratamento da atividade elétrica sem pulso
(AESP)/assistolia.
1
http://circ.ahajournals.org/content/vol122/18_
suppl_3/
2
http://www.heart.org/idc/groups/heartpublic/@
wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_317343.
pdf
3
Kouwenhoven WB, Jude JR, Knickerbocker GG. Closedchest cardiac massage. JAMA. 1960;173:1064-1067.
Artigos Científicos | 41
SBA
SBA | Regionais
Regionais
Novas Diretorias
das Regionais
• Diversas regionais da SBA elegeram e empossaram
novas diretorias. Desde já, agradecemos a dedicação, o
apoio e a competência de cada membro dessas entidades,
esperando que o ano de 2011 seja de muitas conquistas,
evolução e alegrias. Juntos, trabalharemos para que, cada
vez mais, nossos órgãos de classe sejam vistos como
referência para a realização de ações sérias e responsáveis
e sejam alcançados objetivos únicos para a valorização
e o desenvolvimento de nossos associados, parceiros e
assistidos.
Feliz 2011 e muita saúde a todos nós!
Sociedade de Anestesiologia do Estado do
Paraná (Saepa)
Presidente: Bruno Mendes Carmona.
Vice-presidente: Antônio Jorge Ferreira da Silva Júnior.
Diretor Científico: Mário de Nazareth Chaves Fascio.
Diretor de Defesa Profissional: Luiz Paulo Araújo
Mesquita.
Tesoureiro: Heloísa Chaves Areas.
Secretário-geral: César Collyer de Carvalho.
Conselho Fiscal
Procion Barreto da Rocha Klautau.
Everaldo Wolney Nery Figueira.
Roberto Batista Artiaga.
42 | Anestesia em revista
Sociedade de Anestesiologia do Estado do Rio
de Janeiro (Saerj)
Presidente: Luiz Bomfim Pereira da Cunha.
Vice-presidente: Ana Cristina Pinho Mendes Pereira.
Primeiro Secretário: Fernando Antônio de Freitas
Cantinho.
Segunda Secretária: Elizabeth de Souza Moreira.
Primeiro Tesoureiro: Samuel Felipe da Fonseca Gelli.
Segundo Tesoureiro: Helton José Bastos Setta.
Diretora Científica: Maria Angélica Abrão.
Dir. de Eventos e Divulgação: Luiz Carlos Bastos Salles.
Sociedade de Anestesiologia do Piauí (Saepi)
Presidente: José Alves Nunes Júnior.
Diretor Financeiro: Luiz Mamede Demes de Castro.
Diretor Administrativo: Argemiro Ferreira de Andrade Neto.
Diretor Científico: Tiago Teixeira da Rocha Santiago.
Diretor AR: Lindolfo Galvão Hiran Meneses dos Santos.
Eleitos: João José Bastos Lapa Júnior, Herculano Garcês.
Oliveira Neto e Ézio Ricardo de Brito Amorim.
Adjunta: Diane Pêgo Palacius.
Sociedade de Anestesiologia do Estado do
Ceará (Saec)
Presidente: Rômulo Frota Lobo.
Vice-presidente: Cícero Péricles de Lucena Feitosa.
Diretor Tesoureiro: Sérgio Mota Rôla.
Diretora Científica: Cibelle Magalhães P. Rocha Garcia.
Diretora de Defesa Profissional: Shirley Ulisses Paiva.
Secretária-geral: Marilman Maciel Benício Zan.
SBA
SBA | Regionais
Regionais
Sociedade de Anestesiologia do Estado de
Goiás (Saego)
Sociedade Brasileira de Anestesiologia do Rio
Grande do Sul (SARGS)
Presidente: André Luiz Braga das Dores.
Vice-presidente: Wagner Ricardo Soares de Sá.
Diretor Científico: Marcelo Marçal Vieira Júnior.
Diretor de Defesa Profissional: Antônio Fernando Carneiro.
Primeiro Secretário: Heber de Moraes Penna.
Segundo Secretário: Adélsio Mafra Palotti.
Primeira Tesoureira: Nara Costa Dutra.
Segundo Tesoureiro: Adriano Araújo dos Santos Mendonça.
Presidente: Luiz Fernando Ribeiro de Menezes.
Vice-presidente: José Laurindo Sasso de Almeira.
Diretor Financeiro: Vasco Miranda Júnior.
Diretor Científico: Gustavo Ayala de Sá.
1º Vice-diretor Científico: Luis Josino Brasil.
2º Vice-diretor Científico: Victor Hugo Bazan da Rocha.
Diretor Social e de Marketing: Danilo Rangel Menezes.
Sociedade de Anestesiologia do Estado de
Pernambuco (Saepe)
Sociedade de Anestesiologia do Estado da
Paraíba (SAEPB)
Presidente: Airton Ayres Bezerra da Costa.
Secretária-geral: Ana Cíntia Carneiro Leão.
Primeira Tesoureira: Maria Ester Correia Trancoso.
Segundo Tesoureiro: Ronaldo Alves de Souto.
Diretora Administrativa: Renata Hollanda Pedrosa Monteiro.
Diretor Científico: Ruy Leite de Melo Lins Filho.
Diretora de Defesa Profissional: Léa Fonseca Veloso.
Sociedade de Anestesiologia do Estado de
Tocantins (Saeto)
Presidente: Patrícia Cristiano G. Silva.
Vice-presidente: Kleber Andraus.
Primeiro Secretário: Valdilei Barbosa Aguiar.
Segundo Secretário: Luiz Carlos Alves Texeira.
Primeiro Tesoureiro: Ricardo de Paula Cardoso.
Segundo Tesoureiro: José Roberto Y. Tinen.
Comissão Científica: Marta Elizabete da Silva, Antenor
de Muzio Gripp e Gustavo Kujavo.
Comissão de Defesa Profissional: Maria Dolores N.
Galhardo e Donátila Helene Cazarotto.
Presidente: João Bezerra Júnior.
Vice-presidente: Carmen Maria Caricio Fonseca.
Secretária: Maria de Fátima Oliveira dos Santos.
1ª secretária: Tânia Maria Estrela Gadelha.
1ª tesouraria: Felisberto Valério Rodrigues.
2ª tesouraria: Delano de Figueiredo Nóbrega.
Diretor científico: Jorge Alberto Trigueiro.
Diretor de defesa profissional: Adriana Figueiredo Lobão.
Sociedade de Anestesiologia do Estado do
Mato Grosso do Sul (SAEMS)
Presidente: Luiz Cesar Anzoategui.
Vice-presidente: Fábio Vinicius Benevenuto Feltrim.
1º secretária: Larissa Falcão Gomes.
2º secretário: Luiz Gustavo Orlandi de Souza.
1º Tesoureira: Adriana Marques da Costa.
2º Tesoureiro: Ronaldo Borges Silva.
Diretor Científico: Washigton Cassio Justino Pedros.
Regionais | 43
SBA
SBA | Regionais
Regionais
Posse da diretoria
da Saepe biênio
2011/2012
• A dra. Nádia Duarte representou oficialmente a SBA
pela primeira vez justamente em sua “casa”, durante
a cerimônia de transmissão de cargos da diretoria da
Sociedade de Anestesiologia do Estado de Pernambuco
(Saepe).
O evento foi muito prestigiado, e estiveram presentes
autoridades de entidades médicas, como a Associação
Pernambucana de Medicina, o Sindicato dos Médicos
de Pernambuco, o Conselho Regional de Medicina
de Pernambuco (Cremepe) e o Conselho Federal de
Da esquerda para a direita: Ayrton Costa, Nádia Duarte, Francico Brito
Medicina (CFM), além de diretores de regionais de
outras especialidades médicas e também de outras
regionais de anestesia do Brasil.
A diretoria dessa sociedade, que antes era ocupada pelo
dr. Francisco José Antunes de Brito, agora, para o biênio
2011/2012, terá o dr. Airton Ayres Bezerra da Costa à
frente da instituição.
Da esquerda para a direita: Ronaldo Souto, Ana Cíntia Leão, Airton Costa, Renata Monteiro, Ruy Leite e Léa Veloso
44 | Anestesia em revista
SBA
Regionais
Nova diretoria
toma posse na
Saerj
• A nova diretoria da Sociedade de Anestesiologia do
Estado do Rio de Janeiro (Saerj), encabeçada pelo dr. Luiz
Bomfim Pereira da Cunha, tomou posse em solenidade
realizada no dia 14 de janeiro, na qual esteve presente a
dra. Nádia Maria da Conceição Duarte, presidente da
SBA.
Em seu discurso de posse, o presidente destacou que ao
dar continuidade às ações e conquistas desenvolvidas
pelas diretorias anteriores da Saerj, sua gestão continuará
a investir em reintegração de sócios, qualidade das
atividades do anestesiologista, saúde ocupacional,
ensino da anestesiologia, educação continuada, defesa
profissional e aproximação com a Cooperativa dos
Médicos Anestesiologistas do Estado do Rio de Janeiro
(Coopanest-Rio) e com as entidades médicas, como o
Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de
Janeiro (Cremerj), o Sindicato dos Médicos do Rio de
Janeiro e demais sociedades de especialidade.
“A razão da existência de uma sociedade médica é a
participação ativa de todos os especialistas da área.
Para tanto, a Saerj conta com sócios que regularmente
a prestigiam, que participam de sua programação
Da esquerda para a direita: Fernando Cantinho, Luiz Carlos Salles, Angélica Abrão,
Luiz Bomfim, Ana Cristina Pinho, Helton Setta, Elizabeth Moreira e Samuel Gelli
científica e a divulgam e que também ajudam a reintegrar
associados que porventura estejam distantes. Isso, sem
dúvida, tornará a Saerj ainda mais forte”, enfatizou.
O dr. Luiz Bomfim também frisou que, para
que todas as proposições de sua gestão sejam
desenvolvidas a contento, é necessária uma diretoria
coesa, que seja representada por colegas competentes
e compromissados. São eles: dra. Ana Christina
Pinho Mendes Pereira (vice-presidente), dr. Antônio
Fernando de Freitas Cantinho (primeiro secretário),
dra. Elizabeth Souza Moreira (segunda secretária),
dr. Samuel Felipe da Fonseca Gelli (primeiro
tesoureiro), dr. Helton Bastos Setta (segundo
tesoureiro), dra. Maria Angélica Abrão (diretora
científica) e dr. Luiz Carlos Bastos Salles (diretor de
eventos e divulgação).
Regionais | 45
SBA
Opinião
SBA | Opinião
Por Marina Jancso*
Parceria Elsevier/SBA
• Ao longo de uma parceria entre a SBA e a Elsevier que já
faz aniversário de cinco anos em 2011, pude constatar sólida
visão de longo prazo, planejamento e gestão de continuidade
conduzidos com cuidado pelas várias diretorias da SBA. A
SBA e a Elsevier iniciaram uma parceria em 2006, inicialmente
restrita à publicação da Revista Brasileira de Anestesiologia.
Essa parceria, que foi crescendo através do relacionamento
sólido com as diversas diretorias da sociedade, incluindo
os sucessivos presidentes, editores-chefe da revista, direção
científica e gerência administrativo-financeira, é pautada pela
visão de longo prazo e pelos objetivos claros com relação a
metas a serem alcançadas pelas diretorias.
A SBA é uma sociedade cuja diretoria se elege anualmente, o
que lhe permite oxigenar as ideias e a direção, mas também lhe
impõe gestão de agilidade. A visão de longo prazo se materializa
se houver continuidade de gestão, e esse é um enorme valor
nitidamente catalisado pela SBA há vários anos. Essa visão e
consistência na gestão permitem que as decisões sejam tomadas
de forma ponderada, sempre visando à melhoria na qualidade da
informação que se distribui ao sócio, e também demonstram o
empenho no cuidado e na atenção com ele.
A SBA dá atenção ao sócio de forma contínua e visa
muni-lo com literatura de primeira linha. Essa visão
de excelência técnica poderá ser constatada em 2011
com a modernização e ampliação da biblioteca virtual,
à disposição do sócio por meio de plataformas on-line
arrojadas com conteúdo pontual e de primeira linha
providenciado pela Elsevier, líder mundial em informação
médica: o MD Consult, ferramenta padrão ouro de
consulta clínica do médico.
46 | Anestesia em revista
A SBA pensa além mais uma vez. Ela oferecerá o MD
Consult enriquecido com coleções específicas de
periódicos na área afins – anestesiologia e manejo da dor –,
como Anesthesia and Intensive Care Medicine, Pain, The
Journal of Pain e muitos outros, assim como uma coleção
de e-books especializados em anestesiologia e manejo da
dor, como Miller On-line, numa coleção de e-books com
cerca de 25 títulos.
Outro ponto a destacar é a competência administrativa
da SBA, que demonstra consistentemente e ao longo dos
anos organização, clareza e transparência de gestão, prática
que nem sempre é possível observar em outras gestões
semelhantes.
A SBA está indexada no Science Direct desde meados de
2010, plataforma on-line de textos completos de maior
sucesso da Elsevier.
É um enorme prestígio para a Elsevier publicar a revista
oficial da SBA, assim como, mais uma vez, contribuir com
excelência técnica e ampliar a disponibilização de títulos
de primeira linha na área de especialidade em benefício
exclusivo do sócio da SBA.
Agradeço em nome da Elsevier a oportunidade de
contribuir para a melhoria constante da medicina
especializada em anestesiologia.
*Commercial Director
Pharma, Journals & HS Electronic Products
Elsevier Latin America
SBA | Calendário Científico
SBA
Calendário Científico
2011
XXXV Jonna - Jornada Norte-Nordeste de
Anestesiologia
17 a 19 de março
Grande Hotel SERHS
Natal/RN
46ª Josulbra - Jornada Sul-Brasileira de
Anestesiologia
14 a 16 de abril
Joinville/SC
XXXVI Jaerj
06 e 07 de maio
Hotel Intercontinental
Rio de Janeiro/RJ
8º Congresso Paulista de Anestesiologia –
Copa
26 a 29 de maio
São Paulo/SP
Euroanaesthesia 2011
11 a14 de junho
Amsterdã/Holanda
45ª Jasb – Jornada de Anestesiologia do
Sudeste Brasileiro
23 a 25 de junho
Belo Horizonte/MG
IX Jalagipe
29 e 30 de julho
Aracaju/SE
42ª JABC – Jornada de Anestesiologia do Brasil
Central
25 a 27 de agosto
Campo Grande/MS
XIX Jaepe - Jornada de Anestesiologia do
Estado de Pernambuco
08 a 10 de setembro
Summerville Beach Resort
Recife / PE
24ª Jorba – Jornada Baiana de Anestesiologia
24 a 25 de setembro
Salvador/BA
Asa Annual Meeting 2011
15 a 19 de outubro
Chicago/IL – USA
58º Congresso Brasileiro de Anestesiologia
10 a 14 de novembro
Fortaleza/CE
Calendário Científico
|
47
Responsabilidade Social
Por José Luiz Gomes do Amaral*
Desastres: estamos
preparados para
enfrentá-los?
Tem-se a consciência de que falta muito
para responder afirmativamente
• São diversos os fatores que intervêm na sucessão de
situações que ultrapassam a capacidade de controle
dos sistemas de saúde. Sejam os desastres naturais, os
determinados pelo domínio incompleto da tecnologia
ou os decorrentes de conflitos. É necessário considerá-los
eventualidades cada vez mais prováveis e, portanto, preparar a
sociedade para preveni-los; quando inevitável, enfrentá-los.
Nesse contexto, a Associação Médica Brasileira (AMB)
apresentou ao Conselho da Associação Médica Mundial
(WMA) a proposta de estruturação de uma “rede
internacional para resposta a desastres no âmbito da saúde”.
A iniciativa compreende: 1) a manutenção, em cada país,
de registro de voluntários, classificados conforme sua
qualificação, avaliados e referendados pelas respectivas
associações médicas nacionais; 2) a elaboração de um
programa de capacitação para resposta a desastres voltado
para profissionais de saúde e também para a população
48 | Anestesia em revista
SBA | Responsabilidade Social
SBA
leiga; 3) a construção de rede de contatos amplamente
distribuída, de sorte que permita rápida integração da ação
de voluntários com as comunidades afetadas; e 4) a coleção
de informações atualizadas sobre as condições locais de
resposta que possam balizar intervenções de apoio.
Programas semelhantes são encontrados em vários
países. Muitos já acumulam experiência considerável
nesse campo. A WMA constituiu um grupo de trabalho
coordenado pela AMB e integrado por Japão, Coreia do
Sul, Israel, Estados Unidos e Uruguai.
A AMB vem desenvolvendo diversas ações nesse sentido,
como a criação de uma Comissão de Medicina Operativa,
a discussão de pautas comuns aos serviços de saúde civis e
militares, o recrutamento de voluntários para a missão SOSHaiti e a produção de um curso de capacitação para resposta
a desastres no campo da saúde. Esperamos iniciar a aplicação
desse programa de capacitação no fórum programado para
o período de 4 a 7 de outubro deste ano, em parceria com o
Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo.
O apoio das sociedades de especialidade faz-se fundamental
para o sucesso dessa empreitada. A colaboração de todos
na elaboração do conteúdo e na definição da forma
do programa de capacitação, na indicação de contatos,
instrutores e líderes para sua divulgação e multiplicação e
no recrutamento e na seleção de voluntários são exemplos
das múltiplas formas de participação nessa relevante ação de
responsabilidade social.
*O autor é presidente da Associação Médica Brasileira (AMB).
SBA
SBA | SGQ
Sistema de Gestão da Qualidade
Relatório Gerencial
SBA 2010
Planejamento Estratégico
Realinhamento 2011
Missão
Visão para 2015
“Congregar os anestesiologistas no
Brasil, promovendo continuamente
a formação, a atualização técnicocientífica e a implementação de ações de
defesa profissional, além de fomentar o
comprometimento da especialidade com a
comunidade médica e a sociedade em geral.”
“Significar para a comunidade em geral
uma entidade exemplar no campo do
ensino, atualização científica, defesa
profissional, qualidade e segurança da
anestesiologia, com reconhecimento
científico mundial”
Sistema de Gestão da Qualidade
|
49
SBA
SBA | SGQ
Sistema de Gestão da Qualidade
Relatório
Gerencial
Análise crítica dos indicadores de 2010 e
Planejamento Estratégico 2011
“Na confusão, busca a simplicidade.
Da discórdia, busca a harmonia.
Na dificuldade, está a oportunidade.”
Albert Einstein
A análise crítica dos indicadores e o realinhamento do
planejamento estratégico anual têm sido uma constante
no final de cada gestão de diretoria da SBA, assim como
sua publicação na primeira edição da Anestesia em
Revista.
Essa análise crítica é fruto da conquista da certificação
ISO 9001:2008 e mostrou-se, logo, um instrumento de
grande utilidade.
Alguns indicadores que surgiram inicialmente
permanecem em uso até hoje. Com o passar do tempo,
porém, seguindo a tendência natural do gerenciamento
de empresas e sociedades de vanguarda, as técnicas de
análise foram aprimoradas, refinadas e planificadas,
e fazem parte delas, hoje, avançados programas de
monitoramento mensal.
50 | Anestesia em revista
Em função dessa experiência, tem-se chegado a alguns
resultados objetivos sobre o grau de eficiência dos
departamentos da SBA, assim, a técnica empírica de
verificação dos projetos realizados ganhou embasamento
científico e está tendo sua aferição de desempenho
comprovada.
A seguir, apresentaremos os resultados dos indicadores
propostos para o ano de 2010, juntamente com suas
análises críticas, divididos esquematicamente por
departamentos. Com o compromisso assumido de
manter a gestão contínua da qualidade, descreveremos
também o mapa estratégico proposto para 2011.
Departamento Administrativo
1 - Percentual de assuntos pautados (RD) finalizados
por via eletrônica:
Esse indicador foi criado com o objetivo de reduzir o
número de assuntos pautados na reunião de diretoria
(RD), fazendo com que a discussão sobre determinados
pontos fosse analisadas previamente por todos os
diretores de forma eletrônica. Com isso, os assuntos
escolhidos para a RD presencial seriam em número
reduzido e poderiam ser exaustivamente discutidos.
No ano de 2010, continuamos com essa metodologia,
SBA
SBA | SGQ
Sistema de Gestão da Qualidade
e apesar de não termos obtido a meta de 40%, notou-se
nitidamente que todos os diretores tinham conhecimento
prévio sobre os assuntos relacionados, o que tornou as
reuniões muito mais produtivas e menos exaustivas.
de sua regional ter seu planejamento estratégico elaborado
e implantado de forma alinhada ao da SBA. Isso demonstra
ainda um descompasso entre o horizonte traçado pela
diretoria da SBA e suas regionais quanto a sua federalização.
2 - Percentual de treinados capacitados:
Com o objetivo estratégico de melhorar continuamente
a gestão administrativa, verificamos a necessidade
de treinamento dos diretores e dos colaboradores da
SBA, com a apuração posterior do percentual dos que
foram capacitados para cada treinamento realizado.
Durante a Josulbra, foram realizados dois fóruns
para o aprimoramento administrativo da diretoria. O
Fórum de Qualidade e Segurança, com duração de oito
horas, e o Fórum de Ensino, com duração de quatro
horas. A avaliação dos membros da diretoria treinados
demonstrou a capacitação de todos.
5 - Percentual de classificação no Programa 5S:
No dia 22 de março de 2010, a SBA recebeu o resultado
da auditoria realizada pela MFC Consultoria e Educação
Corporativa com a seguinte pontuação: 580,41 em 600
pontos, que representa 95,78%. Com essa pontuação,
conseguimos conquistar o prêmio TOP Quality.
3 – Manutenção do SGQ/ISO 9001:2008:
Sentimos, durante o processo de implantação do SGQ,
quão arrojado foi o trabalho. Depois da conquista da
certificação obtida, trabalhar em um processo de melhoria
contínua é desafiador. Somente com muita perseverança
e o comprometimento da diretoria e dos colaboradores
podemos nos orgulhar de conseguir a manutenção da
Certificação ISO 9001:2008.
4 - Percentual de regionais com planejamento
estratégico implantado:
Infelizmente, esse objetivo não foi alcançado. O
Departamento Administrativo não teve a capacidade de
sensibilizar os presidentes das regionais quanto à importância
6 - Percentual de indicadores estratégicos resolvidos:
Trabalhamos firmemente com esse objetivo, pois ele
deveria demonstrar claramente o resultado global do
planejamento estratégico da SBA. Logo nos primeiros
meses, observamos que ele não refletia a realidade, e
no fim do primeiro semestre, optamos por não mais
considerá-lo um indicador ativo.
Departamento Científico
A SBA, empenhada em estimular a excelência da
formação dos novos especialistas nos Centros de Ensino e
Treinamento (CET), o aperfeiçoamento científico de seus
associados já especialistas, a necessidade de recertificação
destes e, especialmente, a melhoria contínua da qualidade
do atendimento e da segurança do ato anestésico e dos
pacientes, vem desenvolvendo e implementando projetos
educacionais e, para sua execução, conta sempre com a
assessoria de comissões e comitês técnico-científicos.
Sistema de Gestão da Qualidade
|
51
SBA
SBA | SGQ
Sistema de Gestão da Qualidade
Em 2010, a Comissão de Ensino e Treinamento trabalhou
com afinco na orientação e fiscalização dos Centros de
Ensino e Treinamento credenciados pela sociedade,
para propiciar aos 90 CET credenciados condições
adequadas para o ensino da anestesiologia com excelência
e qualidade. Contamos ainda com a participação de
651 colegas que, voluntariamente, auxiliam a formação
de 1.463 novos especialistas participando do corpo de
instrutores dos CET.
Com o intuito de monitorar a qualidade do ensino
praticado nos CET, foram realizadas diversas
vistorias, tendo sido obtidos os seguintes resultados:
descredenciamento de um CET; regularização de
deficiências apontadas em vistorias anteriores em outros;
credenciamento de hospitais afiliados com a finalidade
de complementar as atividades obrigatórias durante a
formação do especialista e credenciamento de cinco
novos centros, distribuídos nos estados da Bahia, do
Ceará, de Minas Gerais, do Paraná e do Rio de Janeiro.
Os CET contam atualmente com duas ferramentas
extremamente modernas, necessárias para a alimentação
do relatório anual de apresentação anual obrigatória e que
agregam valor ao programa a ser cumprido no período
de especialização. São elas: relatório on-line e o logbooK,
ambos desenvolvidas pelo setor de Tecnologia da
Informação (TI) da SBA, sob a orientação da Comissão
de Ensino e Treinamento.
Assessorada pela CET, a SBA participou ativamente de
reuniões e eventos com a AMB, a AMIB e o CNRM,
52 | Anestesia em revista
visando ao aprimoramento do ensino de pós-graduação
em anestesiologia. Participamos do grupo de estudos
de avaliação dos programas de especialização e
demonstramos a maneira como são analisados, pela SBA,
os centros credenciados e os médicos em especialização.
Foi desenvolvido e implantado pela CET, juntamente
com a TI da SBA, um sistema de teste de progresso que
tem como objetivo avaliar a progressão do conhecimento
dos médicos em especialização.
Intensificamos a parceria com a CNRM e a busca de
médicos residentes para que ingressem no quadro
associativo da SBA na categoria de associado aspirante
adjunto.
Foi mantido o programa de videoaulas, com 13 novas
aulas de assuntos de grande importância para a formação
e atualização do médico anestesista.
O programa de Educação Continuada vem sendo
aprimorado a cada ano, e, em 2010, implementamos
parcerias de cunho educacional, com a criação de prêmios
que estimulam a elaboração de trabalhos científicos e de
pesquisas clínicas.
A Comissão de Educação Continuada tem dado todo
o apoio técnico à SBA perante a CNA, no tocante à
recertificação do TEA, assim como é responsável pela
coordenação do livro Educação Continuada e pela oferta
de aulas mensais com testes de avaliação.
SBA
SBA | SGQ
Sistema de Gestão da Qualidade
Em 2010, a SBA colocou à disposição dos associados as
seguintes publicações: os livros Educação Continuada
e Anestesia Casos Clínicos. Foi elaborada também uma
série de livros eletrônicos, com os seguintes temas:
Anestesia Venosa Total e Anestesia Inalatória.
com representantes da AMB, para integrar e executar
ações perante a Capes-MEC, no sentido de melhorar a
classificação das publicações médicas. Contamos com a
participação de mais três conselheiros no corpo editorial
da RBA.
A Comissão de Normas Técnicas e Segurança em
Anestesia tem procurado manter vigilância constante
quanto às normativas relacionadas ao equipamento
e aos instrumentos utilizados em anestesia. Ao longo
do ano, participou de diversas reuniões na ABNT e
está desenvolvendo um trabalho de revisão em todas
as normas vigentes que dizem respeito à anestesia, em
busca de modernização, atualização e aperfeiçoamento.
Atuou ativamente na elaboração de pareceres técnicos,
destacando-se os seguintes: Uso de fio-guia plástico
“caseiro” para intubação orotraqueal; Normas necessárias
aos equipamentos de anestesia; Necessidade de aparelhos
de anestesia com ventilador microprocessado e Uso de
vaporizador calibrado em anestesia.
Foi elaborado e implantado um projeto para aumentar
a visibilidade da RBA, nacional e internacionalmente,
tendo sido alcançados os seguintes resultados:
1) integração da RBA na base Elsevier chamado
Science Direct, juntamente com outras publicações
internacionais, no qual o texto da RBA está disponível
em inglês para acesso eletrônico direto; 2) reformulação
da apresentação do texto na revista, priorizando a versão
em inglês; entretanto, o mesmo destaque é dado ao texto
em português; 3) indexação da RBA no ISI. O processo
de aumento do fator de impacto de publicações
demanda uma média de três anos para apresentar
resultados.
A Comissão Examinadora do Título Superior em
Anestesiologia, além do eficiente trabalho na elaboração
das provas, vem desenvolvendo ações com o objetivo
de tornar os testes cada vez mais adequados à realidade
do médico anestesista brasileiro, tentando diminuir ao
máximo o risco de serem cometidas injustiças àqueles
que procuram ter uma titulação diferenciada.
Quanto à Revista Brasileira de Anestesiologia, a SBA
esteve representada por seu editor-chefe e sua coeditora
em reuniões de editores de revistas médicas brasileiras
Os comitês são órgãos de assessoramento técnicocientíficos, que vêm atuando principalmente na elaboração
de pareceres técnicos e capítulos para livros científicos.
Para que nossas metas sejam alcançadas na área científica,
base de sustentação de nossa sociedade, contamos
com a colaboração voluntária de colegas de comissões,
comitês, corpo de instrutores dos CET e corpo editorial
da RBA que respondem em 100% às solicitações de seu
departamento, elaborando pareceres técnicos, capítulos
para livros e artigos científicos, resumos da literatura
internacional e elaboração de diretrizes.
Sistema de Gestão da Qualidade
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SBA
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Sistema de Gestão da Qualidade
Departamento de Defesa Profissional
1 - Ações de apoio da SBA à Febracan visando à
adequação ao PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº
131 de 2008 (PLC 131/2008):
Esse Projeto de Lei, do deputado Pompeo de Mattos,
dispõe sobre a organização e o funcionamento das
cooperativas de trabalho e revoga o parágrafo único do
art. 442 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943. Foi realizada, em Curitiba, durante a Josulbra,
uma reunião de esclarecimento da Febracan com as
Coopanestes sobre a atual situação de tramitação do PLC.
Durante a reunião do Conselho de Defesa Profissional,
a presidente da Febracan relatou a evolução do projeto
dentro da Câmara dos Deputados.
2 - Criação da NR para exposição aos agentes halogenados:
Foi enviado material bibliográfico à Comissão de Saúde
Ocupacional sobre a mutagenicidade dos halogenados,
visando elaborar um dossiê para encaminhamento ao
Ministério do Trabalho no primeiro trimestre de 2011.
3 - Número de pleitos para a correção dos portes
anestésicos na CBHPM:
No início do ano, foi solicitado às Coopanestes sugestões
de melhorias nas instruções gerais para a anestesia e na
codificação dos procedimentos anestésicos. Depois disso, as
sugestões foram compiladas pelo diretor do Departamento
de Defesa Profissional e discutidas em reunião da diretoria. A
reunião foi realizada na Associação Médica Brasileira (AMB),
no mês de maio, na qual foi aprovada a adoção de códigos
54 | Anestesia em revista
específicos para procedimentos endoscópicos, diagnósticos
e terapêuticos realizados sob anestesia. Foram acatadas pela
Comissão Nacional de Honorários (AMB) a inclusão, no
item 6, das instruções gerais da anestesiologia e a inclusão
dos procedimentos diagnósticos múltiplos ou sequenciais,
nos mesmos critérios de remuneração dos procedimentos
cirúrgicos.
4 - Número de ações para a promoção da saúde
ocupacional:
Foi publicado o artigo “Época de pensar e agir em relação
à saúde ocupacional do anestesiologista”, sobre saúde
ocupacional no portal da SBA e na Anestesia em Revista.
No mês de outubro, a Comissão de Saúde Ocupacional
iniciou uma pesquisa de avaliação da saúde emocional
dos médicos em especialização em CET/SBA.
5 - Número de pleitos de melhoria da tabela SUS
atendidos pelo Ministério da Saúde:
Somente em 21 de julho conseguimos agendar reunião
com o Ministério da Saúde, sendo atribuída essa
dificuldade ao processo eleitoral do país. Foram acertados
o pagamento dos procedimentos múltiplos e sequenciais
no valor de 30% do maior porte e a disponibilização do
faturamento, por profissional, para os hospitais.
6 - Número de tópicos Saúde ocupacional - eventos
científicos oficiais:
Durante a Josulbra e no Congresso Brasileiro de
Anestesiologia, foram realizadas atividades científicas
relacionadas com a saúde ocupacional do médico
anestesista.
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Sistema de Gestão da Qualidade
7 - Participação em eventos de entidades de classe
(CRM, AMB e CFM):
O diretor do Departamento de Defesa Profissional
participou dos seguintes eventos: a) Encontro de
Consolidação e Atualização da CBHPM, no Conselho
Federal de Medicina; b) Pré-Enem e Enem, organizados
pela AMB/CFM/FENAM; c) primeiro Fórum de Ensino
Médico do CFM; d) reunião com a Sociedade Brasileira
de Cirurgia Cardiovascular, na sede da AMB, sobre a
remuneração do SUS, para realização de anestesias em
pacientes portadores de patologias cardiovasculares.
8 - Percentual de fontes pagadoras com remuneração
CBHPM, 5ª edição atualizada:
Com esse objetivo, a diretoria da SBA tinha o intuito de verificar
o percentual de fontes pagadoras que estavam remunerando os
médicos anestesistas de acordo com a quinta edição da CBHPM
atualizada. Foi realizada uma pesquisa, que foi apresentada na
reunião do Conselho de Defesa Profissional, realizada no dia
5 de junho, em que foi constatado que apenas 10% (dez por
cento) das fontes pagadoras tinham aderido a essa classificação.
A Febracan fez uma nova pesquisa com as Coopanestes no mês
de outubro sobre o mesmo tema e apresentou, no Congresso
Brasileiro de Anestesiologia, o seguinte resultado: foi evidenciada
significativa ampliação na adoção da codificação da CBHPM,
entretanto, com valores defasados, sendo, então, sugerida a
elaboração de uma tabela própria que deverá ser alimentada de
forma continua e atualizada pelas Coopanestes.
9 - Percentual de requisitos da Resolução 1.802/2006
como parte integrante da RDC 50 da Anvisa:
Elaborado projeto com requisitos da Resolução
1.802/2006 para ser parte integrante da RDC 50 da
Anvisa. Depois de aprovado, esse projeto deverá ser
encaminhado para a Anvisa, em reunião a ser agendada
com seu representante.
10 - Percentual do sistema Unimed de remuneração
CBHPM, 5ª edição atualizada:
Foi realizada uma pesquisa pela Associação Paulista de
Medicina que evidenciou que o sistema Unimed adota,
no intercâmbio nacional, a codificação e a descrição
da CBHPM, quarta edição; e para os honorários, usa a
mesma referência com deflator de 10%.
Tesouraria
No ano de 2010, com o objetivo de atingir as metas estabelecidas
das perspectivas anteriores, conseguimos, com a ajuda de
toda a diretoria e colaboradores, uma receita compatível com
o financiamento dos projetos, com a qual foi realizada uma
gestão de custos eficientes, com redução de despesas e aumento
de receita. As metas foram atingidas, com o crescimento das
parcerias e da captação, reinserção e fidelização dos associados.
Pelo quarto ano consecutivo, mantivemos a anuidade para o
exercício de 2011 sem acréscimo.
Secretaria Geral
1 - Número de sócios captados:
O objetivo desse indicador era captar 480 sócios (membros
aspirantes, aspirantes adjuntos, adjuntos e aprovados
no TEA que ainda não eram sócios da SBA). A meta foi
atingida e deverá ser mantida no próximo ano. Apesar do
Sistema de Gestão da Qualidade
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SBA
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Sistema de Gestão da Qualidade
descredenciamento de dois CET em São Paulo e no Rio de
Janeiro, mais cinco novos foram credenciados nos seguintes
estados: Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e
Ceará, o que contribuiu para a elevação do número de sócios.
2 - Número de sócios fidelizados:
A meta desse indicador era fidelizar 8 mil (oito mil) sócios e
incluía os aspirantes (exceto ME1), aspirantes adjuntos, ativos,
adjuntos, beneméritos, honorários e remidos que estavam
quites até 31 de dezembro do ano anterior e os que quitassem
a anuidade da SBA até 31 de dezembro do ano corrente. A
distribuição desses sócios, no ano de 2010, foi a seguinte:
Ativos: 6.416; Adjuntos: 295; ME2: 463; ME3: 451;
Remidos: 461; Honorários: 3; Benemérito: 1; Total = 8090
Se somarmos esse total (8.090) ao número de ME1 (541),
aos aspirantes adjuntos (33) e ao número de reinseridos
(371), teremos o total de sócios quites em 2010 de 9.035
(nove mil e trinta e cinco). Assim, ao comparar o total de
sócios quites em 30 de novembro de 2009 (8.788) e 2010
(9.035), verificamos um crescimento de 3%.
56 | Anestesia em revista
3 - Índice de satisfação do cliente:
A avaliação desse indicador ficou prejudicada pela
ausência de assessoria especializada para sua execução.
A assessoria de marketing foi contratada no final de
2010, estando, atualmente, com esse projeto em fase de
elaboração.
4 - Inserções na mídia ao longo do ano:
Após a contratação da assessoria de imprensa, no ano
passado, a inserção de informações importantes sobre
a SBA na mídia tem sido feita de forma proativa e
profissional.
5 - Participação nas comissões da AMB/CFM/ABNT
e órgãos do governo:
Temos conhecimento da permanência dos seguintes
anestesiologistas em cargos da AMB/CFM/ABNT
e órgãos do governo: Eduardo Alves do Amorim
(Deputado Federal/SE, eleito como Senador nas eleições
2010), José Luiz Gomes do Amaral (AMB), Desiré Carlos
Callegari (CFM), Álvaro Luiz Salgado Filho(CFM), José
Abelardo Garcia de Meneses (Cremeb), Marcos Botelho
da Fonseca Lima (Cremerj) e Neuber Martins Fonseca
(Anvisa).
SBA
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Sistema de Gestão da Qualidade
Realinhamento
do Planejamento
Estratégico
A diretoria da SBA, no cumprimento de suas
atribuições estatutárias, reuniu-se no dia 15/1/2011,
no Rio de Janeiro, com os presidentes das comissões
permanentes e o editor-chefe da RBA, quando foi
apresentado o planejamento estratégico para o ano de
2011.
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
• Obter resultado compatível com o financiamento dos
•
•
•
•
•
•
•
•
•
projetos.
Incrementar a qualidade da imagem da SBA.
Incrementar a fidelização, a reinserção e a captação de
sócios.
Incrementar parcerias.
Intensificar a atuação internacional.
Otimizar o ensino e a atualização científica.
Fomentar a qualidade e a segurança do ato
anestésico.
Fomentar a pesquisa e a publicação científica.
Promover e desenvolver a defesa profissional de seus
associados.
Melhorar continuamente a gestão
administrativa.
VALORES
Qualidade
Programas de ensino, atualização científica e segurança
profissional que atendam e superem as expectativas de
seus associados e clientes.
História e Tradição
Armazenamento, organização e divulgação da história
da SBA, gerando reconhecimento e identificação de
suas tradições.
Empreendedorismo
Busca continuada de melhorias dos processos, com
implementação de novas práticas e projetos, visando a
ganhos para seus associados e clientes.
Imagem
Percepção positiva da SBA pelas demais entidades
médicas e pela sociedade em geral.
União
Ações de melhoria organizacional que busquem o
comprometimento, a satisfação e a valorização de todos
os seus associados e colaboradores.
Ética
Valores da organização, dos indivíduos e da sociedade.
Relacionamento
Desenvolvimento, com seus pares, fornecedores e
clientes, de parcerias baseadas em confiança mútua e
ganhos compartilhados.
Organização
Desenvolvimento contínuo de ferramentas que permitam
a capacitação dos associados, melhorando continuamente
seu perfil científico e profissional.
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Sistema de Gestão da Qualidade
MAPA ESTRATÉGICO
58 | Anestesia em revista
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Sistema de Gestão da Qualidade
Melhoria Contínua na Gestão Administrativa
Estratégias:
Manutenção da Certificação ISO 9001:2008.
Revisão do estatuto, do regulamento e do regimento.
Relato, em formulário, das representações de diretores em
reuniões oficiais.
Adequação dos estatutos das regionais ao da SBA.
Treinamento e capacitação dos colaboradores.
Estudo do realinhamento da estrutura organizacional da SBA.
Responsável: Diretor do Departamento Administrativo.
Promoção e desenvolvimento de defesa
profissional de seus associados
Estratégias:
Promover ações de saúde ocupacional.
Ações perante a ANVISA.
Ações perante a AMB.
Ações perante o Ministério da Saúde.
Responsável: Diretor do Departamento de Defesa Profissional.
Fomentar a pesquisa e a atualização científica
Estratégias:
Aumentar o número de submissões de artigos à SBA.
Aumentar o número de recomendações baseadas em
evidências.
Responsável: Diretor do Departamento Científico.
Fomentar a qualidade e a segurança do ato
anestésico
Estratégias:
Estruturar os indicadores de qualidade e segurança em
anestesia.
Discutir normativas de segurança do ato anestésico
perante a ABNT e a Anvisa.
Capacitar multiplicadores do tema qualidade.
Responsável: Diretor do Departamento de Defesa
Profissional.
Otimizar o ensino e a
atualização científica
Estratégias:
Elaborar um novo modelo de concurso para a obtenção
do TSA.
Participar dos projetos científicos da SBA.
Elaborar cursos virtuais.
Elaborar o livro de educação continuada.
Elaborar planilha de pontuação na CNA.
Incentivar o uso do logbook dos ME.
Analisar criticamente os relatórios dos CET.
Criar e normatizar cursos presenciais.
Estruturar e regulamentar o Sava.
Avaliar e acompanhar os programas de ensino dos ME.
Responsável: Diretor do Departamento Científico.
Intensificar a atuação internacional
Estratégia:
Elaborar um plano de atuação internacional.
Responsável: Presidente.
Incrementar parcerias
Estratégia:
Elaborar um plano de manutenção/aumento de parcerias.
Responsável: Tesoureiro.
Incrementar a fidelização, a reinserção e a captação de sócios
Implantar um cronograma de ações para
aumentar o número de sócios
Responsável: Tesoureiro.
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SBA
SBA | SGQ
Sistema de Gestão da Qualidade
Incrementar a qualidade
da imagem da SBA
Estratégias:
Elaborar um cronograma de marketing.
Elaborar um projeto para conhecer o número real de
anestesiologistas brasileiros.
Responsável: Secretário-geral.
Obter resultado compatível com o
financiamento dos projetos
Estratégias:
Elaborar um plano de aumento de receita.
Elaborar um plano de redução de despesas.
Elaborar um plano de captação de recursos.
Responsável: Tesoureiro.
Diretoria
• Presidente
Nádia Maria da Conceição Duarte.
• Vice-presidente
José Mariano Soares de Moraes.
• Secretário-geral
Ricardo Almeida de Azevedo.
• Tesoureiro
Sylvio Valença de Lemos Neto.
• Diretor do Departamento Científico
Oscar César Pires.
• Diretor do Departamento de Defesa Profissional
Antônio Fernando Carneiro.
• Diretor do Departamento Administrativo
Airton Bagatini
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Quadro de pessoal
Gerência
Maria de Las Mercedes G. Martin de Azevedo
Tecnologia da Informação
Marcelo de Azevedo Marinho
Rodrigo Ribeiro Matos
Biblioteca
Teresa Maria Maia Libório
Tesouraria:
Deize Lúcia da Silva
Regina Lúcia Rogério Miguel
Secretaria
Adelaide de Souza Rodrigues
Andrea Alves de Oliveira Sousa
Carla Palmieri
Marcelo de Carvalho Sperle
Recepção
Lúcia de Morais Lacerda Basílio
Expedição
Hosenclever Torres Louzada
Serviços Gerais
Alcinete Oliveira de Souza
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