INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA

Propaganda
INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA - IBRATI
MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA
HAVANY PEREIRA E ROSALY M. H. FELICIANO
A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA INTENSIVISTA NO CONTEXTO
HOSPITALAR
BRASÍLIA, DF
2012
HAVANY PEREIRA E ROSALY M. H. FELICIANO
A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA INTENSIVISTA NO CONTEXTO
HOSPITALAR
Tese de Mestrado apresentada no Instituto Brasileiro de
Terapia Intensiva-IBRATI, como requisito para a
obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva.
Orientador: Ms José de Arimatea Cunha Filho
Co-orientadora: Ms Lyvia Maranhão Gusmão
BRASÍLIA, DF
2012
RESUMO
Num hospital, uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) caracteriza-se como "unidade
complexa dotada de sistema de monitorização contínua que admite pacientes potencialmente
graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que com o suporte e
tratamento intensivos tenham possibilidade de se recuperar (CREMESP, 1995). Apesar de
todo o avanço técnico-científico, o processo de internação é um evento estressante e doloroso
para o paciente quanto para a família que desenvolve sentimentos de ansiedade, angústia e
tristeza, que são constantemente avaliados e observados através da Psicologia Intensiva. Com
presença fundamental nos períodos das visitas familiares, objetiva estabelecer além da
humanização a aproximação e apoio terapêutico necessários. A partir destas considerações,
estabelecemos como objetivo ressaltar no ambiente de uma Unidade de Terapia Intesiva, a
importância da atuação do psicólogo intensivista, a clareza de necessidade de ampliação da
formação acadêmica, considerando a relação existente entre ambiência, família e equipe
multiprofissional. Trata-se de um estudo de revisão de literatura tipo qualitativa-descritiva,
onde foram utilizados materiais pesquisados em sites, livros, artigos e revistas científicas
sobre o assunto. O estudo em seu primeiro momento retrata o surgimento da unidade de
terapia intensiva e logo após a unidade de terapia intensiva com suas características, a seguir
aborda a inserção do psicólogo nas UTIs, sua atribuição, objetivo e titulação do psicólogo
intensivista e no terceiro, a intervenção psicológica intensiva, à família e a equipe
multiprofissional. rotinas do serviço de psicologia intensiva. A intenção do presente trabalho é
contribuir para um maior estudo sobre o tema e a partir daí buscar um atendimento mais
humanizado.
Palavras-chave: psicologia intensiva, UTI, família, equipe multiprofissional
ABSTRACT
In a hospital, an Intensive Care Unit (ICU) is characterized as "complex unit equipped with continuous
monitoring system which allows patients with serious or potentially decompensation of one or more
organ systems and support intensive treatment and have possibility to retrieving (CREMESP, 1995).
Despite all the technical and scientific advancement, the process of hospitalization is a stressful event
and painful for the patient and for the family who develops feelings of anxiety, grief and sorrow,
which are constantly being evaluated and observed by Psychology Unit. With presence in key periods
of family visits, aims to establish beyond humane approach and therapeutic support needed. From
these considerations, we set the objective to highlight the environment of a Intesiva Care Unit,
the importance of the psychologist intensivist, a clear need to expand the academic,
considering the relationship between ambience, family and multidisciplinary team. This is a
study of literature review qualitative and descriptive type, where materials were used in
surveyed sites, books, articles and journals on the subject. The study in his first time
portraying the rise of the ICU and after the intensive care unit with its characteristics, then
discusses the inclusion of psychologists in ICUs, attribution, purpose and title of psychologist
intensivist and third, the intensive psychological intervention, family and multidisciplinary
team. routines psychology service intensive. The intention of this paper is to contribute to the
further study on the matter and thereafter seek a more humanized.
Key-word: psychology intensive ICU, family, multidisciplinary team
SUMÁRIO
RESUMO...........................................................................................................iii
ABSTRACT.......................................................................................................iv
INTRODUÇÃO.................................................................................................06
1. A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA...................................................09
2. PSICOLOGIA INTENSIVISTA NAS UNIDADES DE TERAPIAS
INTENSIVAS....................................................................................................14
2.1. OBJETIVOS DO PSICÓLOGO
INTENSIVISTA................................................................................................15
2.2. A TITULAÇÃO DO PSICÓLOGO INTENSIVISTA...............................16
2.3. ROTINAS DO SERVIÇO DE PSICOLOGIA INTENSIVA.....................17
3. INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA INTENSIVA.........................................18
3.1. À FAMÍLIA................................................................................................19
3.2. A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL.........................................................22
CONCLUSÃO...................................................................................................24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................26
INTRODUÇÃO
A psicologia Intensiva como integrante da equipe da Unidade de Terapia Intensiva já é
uma realidade, e o seu reconhecimento como especialidade, através do Instituto Brasileiro de
Terapia Intensiva (IBRATI), no uso das suas atribuições, orientado na Portaria de N° 17 de 28
de dezembro de 2009 e do MS (N° 3432 de 12 de agosto de 1998 - RDC 07 / 2010), confirma
a existência desse novo saber.
Segundo Sebastiani (2003), Unidade de Terapia Intensiva é um recurso hospitalar
destinado ao tratamento de graves enfermidades. O paciente é especial pelas suas condições, e
por toda a demanda de cuidados que lhe são propostos ou “impostos” - os cuidados
intensivos. O intensivismo é uma especialidade voltada completamente a este paciente, que
não está internado somente por um comprometimento específico, mas um comprometimento
sistêmico em todo o seu organismo.
A necessidade de estabelecimento de novos modelos de investigação e mesmo de uma
nova compreensão epistemológica mostra, por outro lado, que a psicologia intensiva, envolve
todos os profissionais da saúde como artífices de sua construção. Embora sua prática seja uma
atividade inerente ao psicólogo, ainda assim, a construção teórica de seus limites e
abrangência não poderá prescindir dos recursos dos demais profissionais da saúde. Uma área
do conhecimento é, ao mesmo tempo, o conjunto da totalidade que envolve a necessidade de
compreensão da condição humana (CAMON, 2006).
O autor acima, ainda destaca que as diversas especificidades que envolve a psicologia,
apresenta uma criação de novas metodologias de pesquisas e estratégias de intervenção que
possam ir ao encontro, de modo mais amplo, dessa nova especialidade de atuação. A
psicologia intensivista se apresenta abraçando a construção de novos parâmetros para a
realidade contemporânea, através da humanização da assistência, da atenção, do cuidar bem,
informar e respeitar as particularidades de cada um, promovendo uma assistência integral ao
paciente e aos seus familiares.
A Unidade de Terapia Intensiva é um tema fascinante e apaixonante, embora levante
também muitos desafios, pois o sofrimento que permeia esse ambiente é grande e real.
Segundo Sousa, Possati e Mugaiar (1985 apud PREGNOLATTO e AGOSTINHO,
2003, p. 93-94) a Unidade de Terapia Intensiva é:
[...] a área do hospital que se diferencia de outras unidades de um hospital
geral, pois oferece tratamento especifico e intensivo para o paciente em
estado critico. [...] Esta unidade é destinada a receber pacientes clínicos, póscirúrgicos, terminais e em estado grave com possibilidade de recuperação.
[...] o paciente encontra-se restrito ao leito, sem acompanhante, sendo que a
higiene pessoal e a alimentação são realizadas no próprio leito.
A UTI é um ambiente potencializador de emoções, sentimentos e frustrações. A
internação nesse ambiente afeta tanto a equipe de saúde como os pacientes e seus familiares.
Ele esbarra na impotência / onipotência do ser humano. A família também vivencia situações
de crise e precisam muito de um apoio psicológico para ajudá-los a externalizarem
comportamentos, atitudes e sentimentos que são desencadeados durante o processo de
internação de seus parentes e entes queridos.
Os aspectos citados acima, foram o que nos motivou a pesquisar sobre os sentimentos
e vivências trazidos pelo paciente. Diante desse momento tão difícil, Quais as dificuldades
vivenciadas pelos familiares de pacientes durante o processo de internação na UTI?
Com a intenção de buscar respostas para estas inquietações, optamos em realizar um
estudo de revisão bibliográfica descritivo qualitativo através de recursos da internet, Google,
Google acadêmico, Scielo, Bireme, Medline, Lilacs, entre outros sites de pesquisas, livros,
artigos científicos, revista científica, textos, dissertação para um maior aprofundamento e
melhor compreensão deste momento de transição tão difícil para pacientes e familiares,
identificando os sentimentos envolvidos e sinalizando a importância da formação do apego e
do atendimento humanizado. Esperamos que este trabalho possa contribuir para uma
assistência mais humanizada para o paciente em estado crítico e seus familiares.
O primeiro capítulo do trabalho relata como surgiu a Unidade de Terapia Intensiva, o
segundo retrata a inserção do psicólogo nas UTIs, sua atribuição, objetivo e titulação do
psicólogo intensivista e no terceiro, a intervenção psicológica intensiva, à família e a equipe
multiprofissional. rotinas do serviço de psicologia intensiva.
1. A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Com relação aos fatos que marcaram os primórdios da história da terapia intensiva
mundial, são muitas as dificuldades para se estabelecer uma cronologia que nos permita obter
a seqüência correta de eventos que acompanharam os primeiros anos da especialidade em solo
brasileiro (DAVI, p.1, 2004).
Há mais de um século surgiu a idéia da concentração de doentes graves junto ao posto
de enfermagem para racionalização e melhor eficiência do tratamento (FRANCO JR., p.3,
1995).
O reconhecimento histórico de que pacientes com doenças agudas seriam mais bem
atendidos se estivessem agrupados em áreas específicas do hospital já era identificado por
enfermeiros (DAVI, p.8, 2004).
Esses profissionais estabeleceram que os pacientes em pós-operatório receberiam
melhor atenção se localizados mais próximos ao posto de enfermagem (DAVI, p.8, 2004).
Durante a Segunda Guerra Mundial foram criadas enfermarias para ressuscitação e
cuidados dos soldados (DAVI, p.8, 2004).
A carência de profissionais da enfermagem após a guerra forçou o agrupamento de
pacientes em quartos de recuperação para assegurar vigilância adequada (DAVI, p.8, 2004).
No início da década de 1950, a Europa e os Estados Unidos já haviam conhecido o
horror das epidemias de poliomielite (DAVI, p.1, 2004).
Portanto, com essa epidemia de pólio que se alastrou, uma nova entidade, a
insuficiência respiratória, resultou em novas estratégias de tratamento (DAVI, p.8, 2004).
Nos anos 50 e 60 começaram a surgir unidades estruturadas e devotadas especialmente
ao tratamento de pacientes com poliomielite que precisavam de ventilação artificial e
unidades militares responsáveis pelo tratamento de feridos graves adquiridos nos campos de
batalha (FANCO JR, p.3, 1995).
Ironicamente, foi durante os conflitos armados que se alcançou notável
desenvolvimento científico-tecnológico na área de terapia intensiva, que resultou em
benefício inclusive para populações civis (FANCO JR, p.3, 1995).
Os benefícios óbvios resultaram numa nova engenharia dos hospitais a partir dos anos
1960, com as unidades semi-fechadas, que passaram a ser identificadas como Unidades de
Terapia Intensiva (DAVI, p.8, 2004).
De acordo com Davi (2004, p.1):
Foi na esteira dos acontecimentos dramáticos dos conflitos armados e da
epidemia de poliomielite que foram implantadas as primeiras UTIs
respiratórias, o que permitiu, pela primeira vez, enfrentar-se a insuficiência
respiratória associada aos quadros bulbares e, assim, se obter alguns
resultados mais animadores.
Nessa ocasião, já havia ficado claro que uma equipe multidisciplinar especializada no
tratamento de paciente grave deveria ser diferenciada (DAVI, p.8, 2004). Portanto, a UTI
surgiu com o objetivo de oferecer suporte a pacientes em estado de saúde grave, mas com
possibilidades terapêuticas, ou seja, com chances de sobreviver.
Subseqüentemente foram surgindo unidades de tratamento intensivo especializadas no
tratamento de trauma, insuficiência coronariana aguda, neonatologia e cuidados pósoperatórios intensivos (FRANCO JR., p.3, 2004).
Segundo Franco Jr. (1995, p.4):
“As UTIs podem ser gerais admitindo todos os tipos de pacientes graves ou
potencialmente graves, ou especializadas, quando admitem pacientes de
acordo com a doença (unidade de queimados), sistema afetado (unidade
coronária) ou idade do paciente (unidade de neonatologia)”
No Brasil, como já havia ocorrido em outros países, a participação dos
anestesiologistas também foi decisiva para os primeiros passos da Terapia Intensiva (DAVI,
p.1, 2004). A UTI é um ambiente de monitorização constante e vigilância 24 horas, os
pacientes
submetidos
a
procedimentos
cirúrgicos,
necessitam
de
anestésicos
e
conseqüentemente precisam de monitorização de suas funções vitais (respiração, circulação)
até o término dos efeitos dos anestésicos, sendo necessário uma vigilância adequada..
É certo, porém, que a terapia intensiva veio questionar duramente a concepção
segundo a qual as especialidades devem seguir um padrão vertical e incomunicável (DAVI,
p.4, 2004). O paciente em estado grave sofre em suas múltiplas funções orgânicas e
emocionais, é importante que os profissionais estejam voltados a desenvolver um saber
interprofissional, buscando trocas de conhecimentos, interagindo e visando uma assistência
mais humanizada.
Portanto, a esse respeito, Franco Jr. (1995, p.3) afirma:
Um aspecto da medicina tradicional, a sua subdivisão em órgãos ou sistemas,
sendo cada especialista responsável pelo manejo de cada uma das partes, não
é uma solução adequada no campo da medicina intensiva, visto que, com
frequencia, o paciente crítico sofre de insuficiências múltiplas de órgãos
vitais.
Algumas características das UTIs segundo Franco Jr.(1995,p.4) são:
Planta física diferenciada, alta proporção enfermagem/paciente (algumas
vezes são necessárias relações como 1:1 ou maiores), disponibilidade rápida
de pessoal médico, capacidade de monitorização freqüente de vários
parâmetros hemodinâmicos e respiratórios, e iniciação e manutenção de
tratamentos complexos e potencialmente iatrogênicos, como suporte
respiratório e infusão contínua de agentes farmacológicos.
Para muitos pacientes, entretanto, a internação na UTI trouxe e traz maiores
esperanças de recuperação integral (FRANCO JR., p.4, 1995).
Apesar de no primeiro momento de internação numa UTI gerar no paciente e em seus
familiares medo e angústia, pois sinaliza um estado de saúde grave, todas as tecnologias dessa
unidade associada a profissionais especializados aumentam as probabilidades de recuperação
desse paciente.
É relevante compreender que a UTI não é um local apropriado para internação de
paciente terminal (FRANCO JR., p.4, 1995). Mesmo dispondo de todos os recursos este
paciente não é mais sauvável, o seu processo de morte é inevitável. As medidas terapêuticas
não aumentam a sua sobrevida, apenas tornam a sua morte mais lenta, gerando mais
sofrimento.
Com relação à internação de paciente terminal na UTI Franco Jr. (1995, p.4) afirma
que:
Esta internação, por certo, é inadequada, visto que estes pacientes são submetidos a
desconforto físico e psíquico, e até mesmo à perda da dignidade (imagine um paciente com
várias sondas e cateteres sem o controle das suas funções mais básicas, incapaz de comunicarse e expressar seus desejos, rodeado de aparelhos assustadores e pessoas estranhas).
Em uma UTI, os aspectos éticos da medicina adquirem caráter bastante agudo. É
comum ocorrer dilemas éticos no tratamento do paciente crítico (FRANCO JR., p.5, 1995).
Nas UTIs os procedimentos são realizados sempre levando em consideração os benefícios dos
pacientes e os seus potenciais riscos. O princípio moral que rege a prática médica é o de
aliviar o sofrimento do paciente. É necessário que o médico possa transmitir ao paciente e à
família que o tratamento realizado mesmo sendo adequado, também tem limites.
Alguns princípios que devem guiar a ação do médico, segundo Franco Jr. (1995, p.5)
são:






Preservação da vida
Alívio do sofrimento psíquico
Esforço para evitar possíveis iatrogenias
Autonomia do paciente
Justiça na aplicação de recursos
Relatar a verdade ao paciente
A UTI é um ambiente tenso e mobilizador de sentimentos, fonte de constante estresse,
portanto, qualquer esforço da equipe para diminuir o desconforto do paciente e familiar é de
grande relevância.
Segundo Davi (2004, p.4), o advento das UTIs acabou por demonstrar, na prática, a
necessidade de buscar novos caminhos, romper as barreiras impostas por um modelo já
superado e reconstruir o relacionamento entre as especialidades a partir de um conceito
inovador de interpenetrabilidade de interesses.
Franco Jr. (1995, p.5) ressalta que:
(...) cumpre a todos contribuir para o avanço do tratamento intensivo, tanto
do ponto de vista técnico-científico quanto humano, separando as atitudes ou
procedimentos que realmente beneficiam o paciente daqueles que apenas são
realizados por hábito, interesses pessoais ou econômicos.
2. PSICOLOGIA INTENSIVISTA NAS UNIDADES DE TERAPIAS
INTENSIVAS
A inserção do psicólogo nas Unidades de Terapia Intensiva foi regulamentada através
da “Portaria Ministerial nº1071, de 04 de julho de 2005, a qual prevê a obrigatoriedade de um
psicólogo disponível nas UTIs, sendo suas funções: avaliação, intervenção e tratamentos
psicológicos, além de atuar como mediador e agente facilitador na relação médico paciente
em prol da humanização da assistência. O psicólogo deve ser o coordenador dos
procedimentos psicoterapêuticos orientando os componentes das Unidades, sobretudo a
equipe de saúde, e sendo o realizador principal dessa atividade” (GUSMÃO, 2012).
Segundo Angerimi-Camon (1994), o sofrimento físico e emocional do paciente precisa
ser entendido como coisa única, pois os dois aspectos que o constituem interferem um sobre o
outro, criando um círculo vicioso onde a dor aumenta a tensão e o medo que, por sua vez,
exacerbam a atenção do paciente à própria dor que, aumenta, gera mais tensão e medo.
A pessoa que está internada não tem como foco principal a atenção primária, porque a
preocupação da equipe de saúde nesse momento é garantir a vida. Mas o trabalho psicólogo,
na unidade de terapia intensiva, é importante porque este faz um preparo para que as
limitações advindas da doença não tragam à pessoa sentimentos de inutilidade para si e para o
mundo.
O Psicólogo intensivista, segundo Gusmão (2012) é aquele que atua em Terapia
Intensiva é chamado de INTENSIVISTA e deve ser capaz de avaliar adequadamente o
paciente, entender as condições clínicas do mesmo, os objetivos e condutas médicas traçadas.
Com esta finalidade, pretendi-se contribuir para o aperfeiçoamento do atendimento ao
paciente crítico, apoio à equipe de saúde e à família.
Gusmão (2012), reforça ainda mais esse pensamento quando sita que atenção ao
paciente criticamente doente exige uma formação profissional aprofundada, reflexiva e
crítica, que permita ao psicólogo desenvolver ações assistenciais, possibilitando a ele superar
os desafios clínicos e funcionais dos pacientes que apresentam quadros clínicos instáveis,
exigindo uma maior complexidade nos processos terapêuticos de tomadas de decisões em
conjunto com a equipe de saúde.
Assim como a entrada do psicólogo no hospital foi marcada por importantes
conquistas a inserção da Psicologia Intensiva nas Unidades de Terapia Intensiva vem se
fortalecendo e revelando a necessidade de ampliação de formação, integrando os
conhecimentos que transcendem os da sua própria disciplina em suas habilidades
profissionais, a fim de complementar as suas explicações com o conhecimento que vem das
ciências biomédicas e outras ciências sociais (GUSMÃO, 2012).
2.1. Objetivos do Psicólogo Intensivista
Di Biaggi (2002) relata alguns objetivos a serem alcançados pelo Psicólogo na Terapia
Intensiva:








Trabalhar terapeuticamente a relação emocional do paciente com a sua doença e/ou
momento de crise pela necessidade de permanência na UTI para o tratamento;
Orientar o paciente durante o processo de internação, avaliando o quadro psíquico e
intercorrências emocionais;
Favorecer a expressão não verbal do paciente entubado ou sem possibilidade de
comunicação verbal, através de técnicas adaptativas à situação, aliviando o estresse,
sempre com caráter preventivo em saúde mental;
Favorecer a expressão de sentimentos e emoções dos pacientes, sobre seu tratamento e
sobre sua experiência e vivência na UTI, ambiente psicopatológico por excelência e
mobilizador de conflitos;
Ampliar, através de técnicas psicológicas, a consciência adaptativa do doente frente ao
ambiente estressor, levando em conta o caráter deste paciente e seus recursos internos
de enfrentamento;
Estimular a equipe a perceber suas dificuldades em lidar com situações críticas,
atuando em momentos paralisantes ou de grande angústia, com suporte psicológico,
visando ao fortalecimento do profissional;
Acompanhar e preparar psicologicamente os familiares de pacientes em situações
críticas como pré-óbito ou morte súbita, morte encefálica, comas, e impacto de
eventos traumáticos;
Estimular pacientes comatosos com ações especiais, visando a ampliar as
possibilidades humanizadoras, frente às condições inóspitas vividas por estes
pacientes, até a superficialização de consciência, o que traduz em cuidado intensivo e
afetivo aos momentaneamente incapacitados de reações neurovegetativa na UTI,
próprias do ambiente crítico, tais como: desmaios, perda de equilíbrio, sudoreses,
quedas de pressão, surtos psicóticos, reações histéricas, frente à emoção de ver seu
familiar internado na UTI, através de entrevistas e atendimentos anteriores à entrada
na UTI;
 Realizar acompanhamento psicológico de familiares, oferecendo condições para
expressão de dúvidas, fantasias, falsos conceitos em relação à doença e a necessidade
de permanência do paciente na UTI;
 Desenvolver atividades do estudo e pesquisa bioética, principalmente, na UTI;
 Promover a humanização da tarefa do intensivismo, melhorando a qualidade de vida
do paciente, da família e equipe de saúde.
 O Psicólogo Intensivista participa do processo na sua integridade, o que exige
formação específica e competente, impondo-se critérios de Titulação.
2.2. A Titulação do Psicólogo Intensivista:
De acordo com a Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva (SOBRATI, 2005),
instituição responsável pela formação de profissionais intensivistas, a titulação em psicologia
intensiva se faz pelo conhecimento teórico e pratico em: Suporte Avançado de Vida;
fundamento do suporte ventilatório (invasivo e não invasivo); arritmias cardíacas, síndromes
coronarianas isquêmicas (angina instável, infarto agudo do miocárdio); Trombo Embolismo
Pulmonar; Tipo de Choques; Monitorização (invasiva e não invasiva: Swan – ganz; PAM);
Parada Cardiorrespiratório; Síndrome do Desconforto Respiratório do Adulto; Pós-operatórios
(cardíaco neurológico); Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; Politrauma, Encefalopatia
Hepática (transplante); Sedação/Analgesia e outros, bem como, conhecimento das Normas de
Funcionamento de Terapia Intensiva; da Bioética em Terapia Intensiva e dos Equipamentos
Biomédicos, propiciando o seu aperfeiçoamento e desempenho na unidade de terapia
intensiva, tornando-o apto a intervir de maneira critica e reflexiva na promoção da saúde e na
construção da ciência.
2.3. Rotinas do Serviço de Psicologia Intensiva
 Avaliar o grau de comprometimento emocional do paciente;
 Contribuir junto a equipe para um maior entendimento dos comportamentos manifesto
e situações psicológicas do paciente;
 Trabalhar os conflitos intrapsíquicos, gerados pela realidade e situação específica de
cada doença;
 Preparação psicológica para alguns exames e tratamentos específicos;
 Favorecer as relações interpessoais na dinâmica da UTI;
 Fornecer apoio psicológico aos familiares dos pacientes em situações de emergência
emocional;
 Oferecer suporte psicológico a equipe;
 Registrar os atendimentos.
3. INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA INTENSIVA
Na prática da assistência em cuidados intensivos, a Psicologia Intensiva deve
primeiramente colocar-se como ponto de referência para a família na UTI (VALANSI e
MORSCH, 2004). Com a urgência da internação, a família se sente perdida no ambiente
hospitalar não sabendo a quem recorrer.
Essa referência é fundamental em um ambiente que tem grande rotatividade de
profissionais, todos necessariamente voltados, em primeira instância, para os aspectos de
cuidados clínicos do paciente (VALANSI e MORSCH, 2004).
Neste primeiro momento de cuidados clínicos emergenciais na UTI, é para os
familiares um ambiente de esperança e medo. Esperança por saber que seu ente querido está
sendo bem assistido, com todo um recurso tecnológico e medo por saber dos riscos inerentes
daqueles que necessitam desta internação.
As atitudes dos outros profissionais diante dos familiares na UTI revelam muitas vezes
que as relações entre profissionais de saúde e usuários são geradoras de conflitos e dúvidas
(SOUZA et al., p.708, 2007).
Os profissionais adotam um apoio formal, com informações insuficientes e uso de
linguagem técnica que favorecem a construção de uma realidade distorcida (SOUZA et al.,
p.708, 2007).
A instabilidade emocional da família frente ao problema sério do paciente muitas
vezes também interfere na comunicação médico-familiares.
Com o atendimento psicológico é possível desempenhar uma função de continuidade
através de uma escuta diferenciada que privilegia uma visão mais integrada do paciente e de
sua história (VALANSI e MORSCH, 2004).
O ambiente da UTI, cheio de aparelhos assusta os familiares, mas muitas das suas
preocupações giram em torno de coisas simples que podem ser facilmente esclarecidas
(LAMY; GOMES e CARVALHO, p.296, 1997).
Em vez de ressaltar apenas os equipamentos, a doença e os problemas do paciente,
deve-se observar também os seus aspectos positivos, como a possibilidades de uma grande
melhora.
A intervenção da psicológica intensiva ajuda os familiares a falarem sobre seus medos,
para que eles possam organizar seus pensamentos, identificar seus sentimentos, visando
melhor entenderem a situação de internação, o que irá facilitar o processo de interação
(VALANSI e MORSCH, 2004).
A psicologia intensiva deve ajudar a equipe de profissionais a respeitar os valores e
sentimentos e compreender a fragilidade emocional dos familiares
Na verdade, esse acolhimento visa proporcionar um melhor entendimento do que se
passa com o paciente diminuindo as suas fantasias, os medos e as angústias e possibilitando
assim uma melhor compreensão do processo de internação.
A identificação da gravidade de uma doença que parece tão clara para quem trabalha
em uma UTI, não o é para os familiares. Família e médicos tem valores diferentes para medir
gravidades (LAMY; GOMES e CARVALHO, p.296, 1997).
Os médicos, ao explicar a condição do paciente e falar sobre os equipamentos a sua
volta, o faz de acordo com suas próprias preocupações, que freqüentemente não
correspondem às dos familiares (LAMY; GOMES e CARVALHO, p.296, 1997).
O psicólogo intensivista deve estar atento às reações dos pacientes e familiares diante
de toda essa situação que vivenciam e como estão as suas relações com o mundo a sua volta,
pois sabemos que os cuidados clínicos na UTI muitas vezes não respeitam os seus ritmos.
Segundo Valansi e Morsch (2004), também é necessário trabalhar as possíveis perdas
ocorridas na UTI, que podem ser reais, como a morte ou o risco de seqüelas e as perdas
ocorridas no imaginário familiar, ou ainda à falta de privacidade e intimidade do familiar com
o paciente.
Segundo Rabelo (2004, apud GOMES, 2004) sobre o paciente na UTI incide ao
mesmo tempo o medo da morte e a esperança de vida. Entre um e outro é importante
estabelecer laços, neste sentido o psicólogo precisa oferecer contornos, intermediando e
favorecendo o encontro da família com o paciente (GOMES, 2004).
A intervenção da psicologica intensiva pode constituir-se como objeto facilitador do
vínculo familiar-paciente, favorecendo a reflexão de sentimentos, apoio e orientação para um
melhor enfrentamento deste período de internação na UTI, bem como, utiliza uma abordagem
fundamentada nos princípios do cuidado humanizado em prol do paciente.
3.1. À Família
A Família é um sistema intercomunicante onde o comportamento de um indivíduo só
pode ser entendido a partir do contexto de todo sistema grupal e do meio onde está inserido. É
composta por elementos em interação biunívoca, de tal forma que o todo é mais do que a
soma das partes. É um suprassistema composto por muitos subsistemas (ENGLI, apud
ROMANO, 1999, p. 71).
Neste sentindo, os papéis são adequados conforme modificações das pessoas
individuais, das condições internas, relacionais, e, às externas ao grupo como um todo. Os
indivíduos mantêm-se únicos tanto como ser biológico quanto psíquico. São diferentes uns
dos outros, ainda que abertos para o meio e, assim sendo, constantemente abertos a mudanças
visando adaptação. Deste modo, fica evidente que o todo sofre influência ou resulta da
acomodação, da adaptação do grupo com o todo, que seria o ambiente, o meio sócio-cultural,
em determinado lapso de tempo (ROMANO, 1999).
A sociedade como grupo é fruto de subsistemas-familiares. Assim, a alteração da
família interfere ou obriga a mudança da sociedade onde está inserida. É a visão da teoria
sistêmica (BOSCOLO, 1993 apud ROMANO, 1999).
O equilíbrio da família, sua existência, sua organização e capacidade de adaptação não
são diferentes, dependem da busca incessante de manter seu equilíbrio, que é dinâmico,
interativo e que sempre terá um novo resultado. Há objetivos comuns, regras e acordos de
relação. Frente a um evento qualquer, as alterações provocadas e as necessidades adaptativas
dependerão de como o evento se iniciou, dos recursos que essa família dispõe para lidar com
essa crise e com a importância, a valorização que fazem desse acontecimento (O’CONNOR,
1983 apud ROMANO, 1999).
As reações familiares implicam desprezo manifesto e abandono do paciente, que
levam a atos impensados, incompreensão das necessidades do ente adoecido. É necessário que
haja uma identificação dessas condutas e, para isso a família deve ter espaço acolhedor, em
que possam falar, externalizar seus sentimentos, espaço esse oferecido pelo psicólogo
hospitalar (CASSORLA, 2002).
Segundo Ismael (2005), “o adoecimento e a internação de um de seus membros
causam nos familiares sintomas de ansiedade e de estresse exigindo a mobilização de recursos
para enfrentamento da crise”.
De acordo com Atkinson (1980, apud ROMANO, 1999) as fontes mais frequentes de
ansiedade nessa família são:





Súbita e inesperada instalação da doença;
Incerteza sobre o prognóstico;
Medo de que o paciente sinta dor, tenha uma inabilidade;
Falta de privacidade e de individualidade;
Ambiente desconhecido e aterrorizante;
Separação física do paciente e/ ou distância de casa, sem um grupo de amigos,
vizinhos ou parentes com quem havia convívio, ou que dê sensação de amparo e
disponibilidade. Este afastamento leva a:





Mudanças nos papéis familiares;
Quebra das rotinas;
Sentimentos de isolamento;
Sentimentos de perda de controle;
Despesas extraordinárias para custeios de manutenção nas proximidades do
hospital e/ ou para custeios do tratamento.
As modificações nas relações familiares, oriundas do adoecimento de um membro
familiar, podem ser vividas de maneira favorável à saúde do paciente, porém algumas
entidades familiares podem intensificar conflitos preexistentes ou desenvolvê-los após o
início da doença (ROMANO, 1999).
O processo de adoecer e a hospitalização de um ente querido ocasionam aos membros
da família, sintomas de ansiedade e de estresse, determinando a mobilização de recursos para
enfrentamento da crise (SILVA & ANDREOLI, 2005).
Uma das manifestações mais freqüentes é a de ansiedade, que também se associa com
o os difíceis contatos com a equipe de saúde e as precárias orientações oferecidas
(POCHARD, 2001 apud SILVA & ANDREOLI, 2005).
“O cuidado com as famílias é importante, pois suas ansiedades e fantasias
podem reverter-se em desconfiança em relação à equipe médica, não
participação e insatisfação com o tratamento. A família tem a necessidade de
participar, de sentir que colabora de alguma forma e, quando não é
adequadamente orientada, participa de modo incorreto” (LESKE, 1998).
A contribuição levada a equipe médica, são informações que contribuem para que a
equipe conheça as reações habituais do paciente. Com essas informações, a equipe pode tomar
atitudes que facilitam o convívio e a permanência no hospital. Para isso os familiares bem
informados e cuidados, podem facilitar a comunicação entre a equipe e o paciente
(BRUSCATO et al., 2004).
“A família quando bem assistida tem suas preocupações diminuídas e pode
trazer contribuições preciosas no processo de recuperação do doente e na
tomada de decisões por parte dos membros da equipe multiprofissional.
Sendo assim, incluir os familiares como clientes do hospital reverte
benefícios consideráveis a todos: paciente, equipe e família” (LUCCHESI,
2003).
3.2. À Equipe Multiprofissional
A equipe multiprofissional da UTI está exposta, em maior ou menor grau, a uma carga
muito grande de cobranças e pressões provindas de familiares, pacientes e dela própria.
O psicólogo pode desempenhar uma função importante no controle de algumas dessas
situações, sendo um facilitador da comunicação entre equipe/paciente/família e colaborando
por meio de seu trabalho efetivo diário no ambiente de uma UTI. (HARBERKON, 2004).
Segundo Bruscato (2004), a atuação psicológica junto à equipe multiprofissional está,
primeiramente,
voltada
para
a
participação
em
discussões
clínicas
e
reuniões
multiprofissionais com o objetivo de compartilhar e fornecer dados a respeito da dinâmica do
paciente e de sua família e, assim, colaborar na completude do diagnóstico e na decisão de
condutas. Dessa forma, a equipe passa a ter uma compreensão mais ampla do paciente e dos
familiares envolvidos, o que favorece o entendimento de certas manifestações e
comportamentos que prejudicam a evolução do caso.
CONCLUSÃO
A Unidades de Terapia Intensiva tem possibilitado nas últimas décadas a
sobrevivência de pacientes críticos, em virtude dos avanços científicos e tecnológicos que
permitiram aumentar as possibilidades de sobrevivência
A internação do paciente na UTI gera nos familiares um transtorno emocional muito
grande, em virtude do estado da gravidade.
É um desafio para os profissionais da UTI que além de assegurar a sobrevivência dos
seus pacientes deve proporcionar a manutenção dos seus aspectos biopsicossocial e espiritual.
Proporcionar um ambiente mais humanizado é essencial para o seu prognóstico. Essa
pacientes durante o processo de internação vivenciam sentimentos intensos como sofrimento,
depressão, ansiedade e medo o que interfere na sua qualidade de vida enquanto hospitalizado
O atendimento mais humanizado nas UTI, buscam prestar uma assistência cada vez
mais qualificada incentivando e proporcionando o vínculo paciente-familiar, fundamental
para um melhor prognóstico.
Durante todo processo de internação os pacientes e familiares passam por diferentes
momentos e muitas questões vão surgindo ao longo desse processo, sendo muito importante
que a equipe de profissionais envolvidos possa oferecer suporte para essas questões.
As intervenções da Psicologia Intensiva são de grande importância principalmente na
aproximação e contato do paciente, familiar e equipe de saúde contribuindo para uma ação
mais humanizada diminuindo o estresse desta difícil transição.
Com o presente estudo identificamos o quanto é doloroso tanto para o paciente quanto
para a família acarretando em sofrimento físico e psíquico
E com o decorrer da internação o modelo de assistência humanizada adotado pelos
profissionais pode ajudar a estabelecer vínculos Com a experiência da internação os pais
vivenciam a não concretização de seu bebê imaginário, culpando-se consciente ou
inconscientemente.
No entanto, o estudo reforça a importância da intervenção da Psicologia Intensiva
avaliar fornecer suporte aos sentimentos do paciente e familiares até a alta hospitalar. Os
programas de intervenção precoce são fundamentais, a fim de minimizar o sofrimento
psíquico do paciente e familiares
Percebemos que aqui no Brasil, a realidade profissional de Psicologia Intensiva ás
vezes distancia-se da proposta de integralidade das ações de saúde, em decorrência da falta
formação específica exigida pela Política Nacional de Atenção ao Paciente Crítico
O Psicólogo Intensivista, envolvidos nos cuidados ao paciente crítico, são facilitadores
do processo de aproximação entre paciente, familiar e equipe de saúde. Cabendo a esses
profissionais uma atuação mais sensível, harmônica e integrada, respeitando esse momento
único priorizando os princípios da humanização.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALAMY, S. (2003). Ensaios de psicologia hospitalar a ausculta da alma. Belo Horizonte,
MG: Copyrigght.
ANGERAMI-CAMON, V. A. (2004). Tendência em psicologia hospitalar. São Paulo, SP:
Pioneira Thomson Learning.
ANGERAMI-CAMON, V. A. (2006). Psicologia da Saúde– Um novo significado para a
prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
ANGERAMI-CAMON, V. A. (2006). Psicologia da Saúde– Um novo significado para a
prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. (CITAÇÃO DE HELOISA BENEVIDES
DE C. CHIATTONE – TEXTO: A SIGNIFICAÇÃO DA PSICOLOGIA NO CONTEXTO
HOSPITALAR).
BAPTISTA, Makilim N., DIAS, Rosana R. (2003). Psicologia Hospitalar: teoría, aplicações
e casos clínicos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
BRUSCATO, W. L., BENEDETTI, C. & LOPES, S. (2004). A Prática da Psicologia
Hospitalar na Santa Casa de São Paulo: novas páginas em uma antiga história. São Paulo,
SP: Casa do Psicólogo.
CASSORLA, R. M. S. (2002). A Morte e o Morrer. In N. J. Botega, Prática Psiquiátrica no
Hospital Geral: interconsulta e emergência. São Paulo, SP: Artmed.
DI BIAGGI, T. M. Relação Médico-família em UTI: a visão do médico intensivista.
Dissertação de Mestrado, São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2002.
HABERKORN, A. (2004). Atuação psicológica na UTI. In W. L. BRUSCATO, C.
BENEDETTI, S. Lopes, A prática da Psicologia Hospitalar na Santa Casa de São Paulo:
novas páginas em uma antiga história. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
ISMAEL, S. M. C. (2005). A Prática Psicológica e sua Interface com as doenças. São Paulo,
SP: Casa do Psicólogo.
LESKE, J. S. (1998). Intervention to Decrease Family Anxiety. Critical Care Nursing.
GUSMÃO, L. M. (2012). Artigo: Psicologia intensiva: nova especialidade. São Paulo.
PEREZ, G. H. (2005). O psicólogo na Unidade de Emergência. In S. M. C. Ismael, A prática
psicológica e sua interface com as doenças. Casa do Psicólogo: São Paulo.
RODRIGUES, K. L. B (2006). Artigo: Atuação do Psicólogo Hospitalar na Unidade de
Terapia Intensiva. Rio Verde – GO.
ROMANO, B. W. (1999). Princípios para a prática da psicologia clínica em hospitais. São
Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
ROSS, K. E. (2008). Sobre a Morte e o Morrer. (9ª ed.). São Paulo, SP: Martins Fontes.
SILVA, A. L. M. da & ANDREOLI, P. B. de A. (2005). O trabalho do Psicólogo em UTI e
UCO. In S. M. C.Ismael, A prática psicológica e sua interface com as doenças. São Paulo,
SP: Casa do Psicólogo.
SIMONETTI, A. (2006). Manual de psicología hospitalar: o mapa da doença. São Paulo, SP:
Casa do Psicólogo.
Download