ELTON JOSÉ FERREIRA CHAVES LIVROS DIDÁTICOS DE BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: AVALIAÇÃO DOS CONTEÚDOS DE BIOTECNOLOGIA E ENGENHARIA GENÉTICA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS João Pessoa 2014 ELTON JOSÉ FERREIRA CHAVES LIVROS DIDÁTICOS DE BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: AVALIAÇÃO DOS CONTEÚDOS DE BIOTECNOLOGIA E ENGENHARIA GENÉTICA Monografia apresentada ao Curso de Ciências Biológicas (Trabalho Acadêmico de conclusão de Curso), como requisito parcial à obtenção do grau de Licenciado em Ciências Biológicas da Universidade Federal da Paraíba. Orientador (a): Profa. Dra. Maria de Fátima Camarotti João Pessoa 2014 Catalogação na publicação Universidade Federal da Paraíba Biblioteca Setorial do CCEN C512l Chaves, Elton José Ferreira. Livros didáticos de biologia do ensino médio: avaliação dos conteúdos de biotecnologia e engenharia genética / Elton José Ferreira Chaves. – João Pessoa, 2014. 104p. : il. – Monografia (Licenciatura em Ciências Biológicas) Universidade Federal da Paraíba. Orientadora: Profª. Drª. Maria de Fátima Camarotti. 1. Biotecnologia - Ensino e aprendizagem. 2. Engenharia genética. I. Título. UFPB/BS-CCEN CDU 60:37 (043.2) ELTON JOSÉ FERREIRA CHAVES LIVROS DIDÁTICOS DE BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: AVALIAÇÃO DOS CONTEÚDOS DE BIOTECNOLOGIA E ENGENHARIA GENÉTICA Monografia apresentada ao Curso de Ciências Biológicas, como requisito parcial à obtenção do grau de Licenciado em Ciências Biológicas da Universidade Federal da Paraíba. Data:_________________________________ Resultado: ____________________________ BANCA EXAMINADORA: Profª. Dra. Maria de Fátima Camarotti – DME/CE/UFPB Orientadora Profª. Dra. Eliete Lima de Paula Zárate – DSE/CCEN/UFPB Avaliadora Prof. Dr. Jorge Chaves Cordeiro – DME/CE/UFPB Avaliador Dedicatória Dedico este trabalho a vocês que sempre me fizeram acreditar na realização dos meus sonhos e trabalharam muito para que eu pudesse realiza-los, meus pais, Cezário e Vicência. AGRADECIMENTOS A esta universidade (Universidade Federal da Paraíba), seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior. A minha orientadora, Profª. Dra. Maria de Fátima Camarotti, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos. Aos avaliadores, Profª. Dra. Eliete Lima de Paula Zárate e Prof. Dr. Jorge Chaves Cordeiro, por aceitarem fazer parte da banca de avaliação. E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado. RESUMO Antes de o homem entender os processos que levaram ao desenvolvimento da biotecnologia ele já a utilizava para produzir diversos produtos de seu interesse, tal como vinhos e pães. Atualmente, a biotecnologia difere em diversos aspectos, e é entendida como uma atividade multidisciplinar, e pode ser dividida de duas formas – Biotecnologia tradicional e Biotecnologia moderna – de acordo com as técnicas utilizadas. Devido às tantas tecnologias desenvolvidas, surgiram preocupações quanto a estas inovações sobre o poderio do homem sobre a natureza e sobre si mesmo, podendo estas serem utilizadas contra a humanidade e a natureza. A ética e a bioética, apresentam os pressupostos necessários para o consentimento da sociedade e do indivíduo, sobre o balizamento necessário para suas ações. No que se refere ao conteúdo de Biotecnologia e Engenharia genética nos livros didáticos de Biologia, muitas vezes este é o único e também o melhor material didático disponível para o aluno. Portanto, os conhecimentos sobre este tema quando presentes no livro didático auxiliam o trabalho docente e, principalmente, permitem ao aluno ser introduzido no debate das implicações éticas, morais, políticas e econômicas da Biotecnologia e Engenharia genética na sociedade. Sendo assim, esse trabalho, tem como importância definir a qualidade do conteúdo referente ao tema Biotecnologia e Engenharia genética nos livros didáticos de Biologia utilizados no ensino médio, dentre aqueles aprovados e presentes no guia do PNLD/2012. Para isso foram analisados sete livros didáticos segundo os cinco critérios: caracterização do tema, linguagem, figuras e ilustrações utilizadas, exercícios propostos e os tipos de enfoques relacionados ao tema Biotecnologia e Engenharia genética. A pesquisa foi dividida em duas etapas. A primeira etapa consistiu na utilização dos pressupostos teórico-metodológicos da pesquisa qualitativa, através da pesquisa bibliográfica e do método descritivo. Na segunda etapa da pesquisa foi utilizada a análise de conteúdo a partir da análise temática a fim de estabelecer os tipos de enfoques. Os resultados obtidos mostraram que alguns livros abordaram o tema de forma descritiva, com clareza e objetividade, utilizando um projeto gráfico bem elaborado, entendendo as necessidades cognitivas do leitor. Dentre os livros analisados, quatro apresentaram os três tipos de enfoques. No entanto, um dos livros didáticos apresentou maior destaque, devido à presença de discussões melhor elaboradas que instigam aos questionamentos éticos a respeito do tema analisado. Conclui-se que parte desses resultados parece ser um reflexo positivo da extensa bibliografia elaborada pelo governo federal – com auxílio de professores de todo o Brasil – a fim de nortear o ensino através de parâmetros e orientações curriculares. Palavras-chave: Biotecnologia. Livro didático. Análise de conteúdo. ABSTRACT Before the man understand the processes that led to the development of biotechnology he already used it to produce various products of interest, such as wine and bread. Currently, biotechnology differs in several respects, and is understood as a multidisciplinary activity, and can be divided in two ways - traditional and modern Biotech - according to the techniques used. Due to many technologies developed, concerns have arisen about these innovations on the power of man over nature and over himself, which may be used against humanity and nature. The ethics and bioethics, present the necessary conditions for the consent of the individual and society, about the need for delineating their actions. With regard to the content of Biotechnology and Genetic Engineering in Biology textbooks often this is the only and also the best teaching materials available to the student. Therefore, knowledge about this topic when present in the textbook help the teacher work and mainly allow students to be introduced in the discussion of the ethical, moral, political and economic implications of biotechnology and genetic engineering in society. Thus, this work is to define the importance of quality content on the topic Biotechnology and Genetic Engineering in biology textbooks used in high school, and among those present approved in the PNLD/2012 guide. Characterization of the theme, language, figures and illustrations used, the exercises and types of approaches related to the topic Biotechnology and Genetic Engineering: For this seven textbooks according to the five criteria were analyzed. The study was divided into two stages. The first step consisted in the use of theoretical and methodological principles of qualitative research, through literature and the descriptive method. In the second stage of the research content analysis from thematic analysis to establish the kinds of approaches was used. The results showed that some books have addressed the topic in a descriptive manner, clearly and objectively, using a well-crafted graphic design, understanding the cognitive needs of the reader. Among the books analyzed, four had three types of approaches, however, one of the textbooks showed greater prominence due to the presence of better prepared to instigate discussions of ethical questions regarding the subject discussed. We conclude that some of these results seems to be a positive reflection of the extensive bibliography compiled by the federal government - with the help of teachers throughout Brazil - in order to guide instruction through curriculum guidelines and parameters. Keywords: Biotechnology. Textbook. Content analysis. LISTA DE FIGURAS Figura 1 Multidisciplinaridade da Biotecnologia........................................................17 Figura 2 Analogia sobre atuação de enzimas de restrição na obra de Amabis e Martho (2009)............................................................................................................51 Figura 3 Ilustrações utilizadas no livro de Bizzo (2012). Estas fazem uso inapropriado do tamanho. A) Mudas de soja transgênica; B) Partículas virais da Hepatite B; C) Representação da molécula de DNA...............................52 LISTA DE QUADROS E TABELAS Quadro 1 Definições da Biotecnologia por diferentes grupos e organizações ao longo de 21 anos.......................................................................................16 Quadro 2 Aplicações da Biotecnologia em diferentes setores da sociedade...........18 Quadro 3 Produtos gerados a partir da aplicação da Biotecnologia nos diferentes setores da sociedade.................................................................................20 Quadro 4 Termos chave encontrados após realizar a leitura flutuante nos livros didáticos selecionados..............................................................................36 Quadro 5 Categorias estabelecidas para os livros didáticos selecionados e as respectivas unidades de registros que as compõe....................................55 Tabela 1 Diretriz de pesquisas em engenharia genética (transgenia) e genômica por instituições privadas e públicas no Brasil................................................21 Tabela 2 Organismos geneticamente modificados regulamentados pelo CTNBio e produzidos no Brasil................................................................................24 Tabela 3 Títulos dos capítulos referentes ao tema analisado..................................38 Tabela 4 Textos de apoio encontrados nos livros didáticos selecionados relacionados com o tema Biotecnologia e Engenharia genética..............44 Tabela 5 Termos chave encontrados nos livros didáticos selecionados. Estes estão relacionados a técnicas utilizadas em Biotecnologia e Engenharia genética....................................................................................................47 Tabela 6 Resumo dos resultados obtidos em relação às figuras e ilustrações utilizadas nos livros didáticos selecionados.............................................48 Tabela 7 Indicadores de enfoque listados estabelecidos após análise de conteúdo dos livros didáticos selecionados.............................................................56 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS BRBIOTEC Associação Brasileira de Biotecnologia CEBRAP Centro Brasileiro de Análise e Planejamento CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNBS Conselho Nacional de Biossegurança CTNBio Comissão Técnica Nacional de Biossegurança DNA Ácido desoxirribonucleico EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ESALQ Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FUNDECITRUS Fundo de Defesa da Citricultura GM Geneticamente Modificado IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INL Instituto Nacional do Livro LD Livro didático LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional MCT Ministério de Ciência e Tecnologia MEC Ministério da Educação e Cultura OGM Organismo Geneticamente Modificado PNLD Plano Nacional do Livro Didático PCNEM Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio PCN Parâmetros Curriculares Nacionais RNA Ácido ribonucleico UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura UNICAMP Universidade Estadual de Campinas UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro UFPR Universidade Federal do Paraná SUMÁRIO INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 11 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 15 1.1 BIOTECNOLOGIA TRADICIONAL E BIOTECNOLOGIA MODERNA ........... 17 1.2 O IMPACTO DA BIOTECNOLOGIA NA SOCIEDADE ..................................... 19 1.3 ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS ........................................ 22 1.4 CLONAGEM ........................................................................................................... 25 1.5 ÉTICA, CIÊNCIA E SOCIEDADE ......................................................................... 26 1.6 A LEGISLAÇÃO DA BIOTECNOLOGIA NO BRASIL ....................................... 27 1.7 HISTÓRICO E POLÍTICA DO LIVRO DIDÁTICO NO BRASIL ........................ 28 1.8 O LIVRO DIDÁTICO DE BIOLOGIA E A BIOTECNOLOGIA .......................... 29 2 OBJETIVOS ................................................................................................................ 32 2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................. 32 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................... 32 3 MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 33 3.1 TIPO DE PESQUISA ............................................................................................... 33 3.1 OBJETO DE ESTUDO ............................................................................................ 34 3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................. 35 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 38 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 58 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 60 APÊNDICES .................................................................................................................. 66 ANEXOS ........................................................................................................................ 93 11 INTRODUÇÃO Antes de o homem entender a biologia, ele já utilizava a biotecnologia para produzir vinhos e pães. Entretanto, não restam dúvidas de que a biotecnologia do século XXI difere em diversos aspectos daquela quando este termo foi citado pela primeira vez no século anterior para descrever processos de produção de vinhos, derivados lácteos, pães e outros (BORÉM, 2005). Entre a biotecnologia tradicional e as inovações biotecnológicas existe um histórico de acontecimentos, estudos e desenvolvimento científicos que são relevantes para o entendimento da biotecnologia moderna, que por sua vez é abordada intensamente nos livros didáticos de Biologia. Apesar de o termo biotecnologia ter sido utilizado pela primeira vez em 1919 na Hungria pelo engenheiro agrícola Károly Ereky, as primeiras aplicações nesta área datam de antes mesmo do início do cristianismo. Os processos fermentativos de grãos de cereais para produção de bebidas alcóolicas era conhecido pelos sumérios e babilônios antes do ano 6.000 a.C. Por volta do ano 2.000 a.C., os egípcios que já dominavam a fabricação de cerveja por meio de processos fermentativos, passaram a emprega-lo também na fabricação de pães (VILLEN, 2002). No entanto, não eram conhecidos os causadores das fermentações. Ainda na Idade Antiga, os processos para destilação de álcoois realizados primeiramente na China, Egypto e Mesopotâmia tinham, sobretudo, propósitos medicinais, mas também visavam à criação de bálsamos, essências e perfumes. Embora os microrganismos fossem utilizados de maneira desconhecida por essas civilizações, foi à descoberta das células por Robert Hooke, em 1665, que desencadeou a onda de descobertas em Biologia. Cerca de 10 anos depois, o cientista Anton Van Leeuwenhoek construiu um microscópio óptico comum de ampliação de 270 vezes que lhe permitiu visualizar pela primeira vez, os microrganismos (BORÉM, 2005). Somente 170 anos depois, entre 1835 a 1855, os cientistas Matthias Schleiden, Theodore Schwann e Rudolph Virchow enunciam a teoria celular, que é sustentada por três grandes pilares: 1. Todos os seres vivos, exceto os vírus, são formados por células e pelos seus produtos, logo, as células são as unidades morfológicas dos seres vivos; 12 2. As atividades fundamentais que caracterizam a vida ocorrem dentro da célula. Portanto, as células são as unidades funcionais ou fisiológicas dos seres vivos; 3. Novas células formam-se pela reprodução de outras células preexistentes, por meio da divisão celular; Outros questionamentos surgiram diante dos recentes conhecimentos, incentivando ainda mais a comunidade científica a desmistificar a Biologia. Nos anos entre 1863 e 1886, o cientista francês Louis Pasteur propôs uma técnica de conservação de alimentos denominada de Pasteurização (1863); identificou como sendo a levedura o agente responsável pela fermentação alcóolica (1876) e utilizou microrganismos para obter vacinas contra o antraz e a cólera (1881) (MALAJOVICH, 2012). Entre outros questionamentos, o porquê dos filhos apresentarem características semelhantes a dos pais, levou o monge Gregor Johann Mendel a desvendar os segredos da hereditariedade, utilizando o cruzamento de ervilhas com diferentes cores e flores. O estudo realizado por Gregor Mendel foi publicado em 1865, mas o seu reconhecimento pela sociedade científica só ocorreu anos depois, intitulando-o como “pai da Genética”. No século XX a ocorrência das duas Guerras Mundiais estimulou avanços na área biotecnológica, como a produção do álcool glicerol por processos microbiológicos, que por sua vez era necessário em grandes quantidades para fabricação de explosivos; a produção de antibióticos, que foi o grande marco da fermentação industrial, onde durante a segunda guerra mundial os antibióticos passaram a integrar os processos fermentativos, principalmente nos Estados Unidos, baseando-se inicialmente na síntese da penicilina e, posteriormente, da estreptomicina. Ainda no século XX, o surgimento da Biologia Molecular e da Informática trouxeram novos horizontes para o conhecimento científico. Em 1953 a descoberta da estrutura helicoidal do DNA pelos cientistas James Watson e Francis Crick proporcionou um marco para a genética (BORÉM, 2005). O DNA é a molécula que quando transcrita em RNA, tem a capacidade de codificar para proteínas através de processos intracelulares que estão bem estabelecidos na literatura (NELSON; COX, 2011). Essas proteínas executam a maior parte das funções celulares e são responsáveis por vias metabólicas. Essas vias por sua vez geram todos os produtos orgânicos secundários, como lipídios e carboidratos que compõem os tecidos animais, e a celulose nas plantas etc. (BORÉM, 2005). Com isso, o 13 entendimento da estrutura e propriedades do DNA proporcionou um crescimento acelerado da biotecnologia a partir da década de setenta com o desenvolvimento da engenharia genética, que é um ramo da ciência que implica na modificação do material genético (ALMEIDA, 1984) Atualmente, a biotecnologia abrange diversas áreas de conhecimento que decorre da ciência básica, da ciência aplicada, e de outras tecnologias, e tem sido vista como uma forma de aplicar ciência em beneficio do homem e da sociedade (MALAJOVICH, 2012). Alternativas inéditas que há décadas eram consideradas ficção, é hoje, parte do cotidiano. A preservação da vida em condições artificiais, a clonagem para fins terapêuticos, melhoramento genético, utilização de transgênicos, entre outras linhas de pesquisa, demonstram a expansão do poderio científico-tecnológico da biotecnologia moderna (PENA, 2004). Tais inovações biotecnológicas têm provocado discussões que esbarram em princípios éticos e religiosos. Para Borém (2005), os avanços da biotecnologia levam as pessoas a pensarem que os cientistas estão indo contra os princípios religiosos, ou como diz o próprio autor: “brincando de ser Deus”. Em uma discussão a respeito dos aspectos filosóficos dos impasses entre ciência e ética, Birchal (2004) propõe um “diálogo” entre ambos, onde ela analisa as contribuições da ciência para com a ética e a regulação da própria ciência pela ética (BIRCHAL, 2004 ). As preocupações geradas por tais inovações biotecnológicas/tecnológicas se referem ao crescimento dos poderes do homem sobre a natureza e sobre si mesmo, podendo estas serem utilizadas contra a humanidade1 e a natureza2 (DRUMOND, 2007; BIRCHAL, 2004). Potter (1971) em seu livro “Bioethics: bridge to the future” propõe uma ampla discussão acerca dos avanços da aplicação da biotecnologia para a definição de diretrizes éticas a fim de impedir o abuso da tecnologia contra a humanidade e a natureza. No entanto, a palavra bioética assim como alguns dos pressupostos teóricofilosóficos foi citada pela primeira vez pelo alemão Fritz Jahr (1927) no artigo intitulado “Bioética: uma revisão do relacionamento ético dos humanos em relação aos animais e plantas” (PESSINI, 2013; apud JAHR, 1927). Organizações internacionais como a UNESCO a fim de estabelecer uma conduta ética promulgou a Declaração Universal sobre o Genoma Humano e os Direitos 1 O termo humanidade se refere aos seres humanos, ao povo, engloba o conjunto de características à natureza humana. 2 Em sentido mais amplo, o termo natureza é equivalente ao “universo físico” ou “mundo natural”. Faz referência ao mundo físico e a vida em geral, excluindo os objetos construídos pelo homem. 14 Humanos em 11 de Novembro de 1997, e em 19 de Outubro de 2005 a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos (DRUMOND, 2007). No Brasil, o uso da biotecnologia moderna foi aprovado segundo o projeto de lei de iniciativa do então Senador Marco Maciel, a Lei 8.974 em 05 de Janeiro de 1995, chamada de Lei de Biossegurança. Esta lei estabelece normas para o uso das técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de Organismos Geneticamente Modificados (OGM), e, sobretudo, representa o alicerce sobre a qual vem sendo construído o sistema de biossegurança no Brasil (BRASIL, 1995). Em 20 de Dezembro de 1995, foi publicado o decreto 1.752 que teve por finalidade regulamentar a Lei 8.974/95 e conferir a vinculação, composição e competências do CTNBio, que por sua vez tem como função fiscalizar a liberação de OGM no meio ambiente; emitir parecer técnico sobre o desenvolvimento e o progresso técnico e científico da Biossegurança e áreas afins, objetivando a segurança dos consumidores e da população em geral, com permanente cuidado à proteção do meio ambiente (BRASIL, 1995). Atualmente, a regulação pública em matéria de biotecnologia é realizada por meio da Lei 11.105 em 24 de Março de 2005, decreto 5.591/2005 em 22 de Novembro de 2005, assim como pelos diversos instrumentos normativos publicados pelo CTNBio e CNBS (BRASIL, 2005). Apesar dos anos dedicados a estudos científicos referentes à biossegurança dos produtos, como também os processos jurídicos desenvolvidos que regulam a utilização da biotecnologia no Brasil, tudo isso parece ser irrelevante diante de discursos sem fundamento técnico-científico (MEIRA, 2011). No Brasil, por exemplo, o uso da biotecnologia é regulamentado por lei desde 1995, no entanto, certos temas da biotecnologia ainda causam discussões e controvérsias para a sociedade. O uso de produtos transgênicos, por exemplo, ainda sofre uma resistência e apreensão no que se refere à ética e ao uso, e boa parte das discussões é alimentada por grupos contrários aos transgênicos, que não têm cunho científico ou técnico (PAIVA, 2011). O desafio para pesquisadores e empresas envolvidas, é ressaltar os ganhos e vantagens da biotecnologia, destacando os testes que são realizados e o envolvimento de órgãos consultivos ao Governo Federal, que regulam a permissão da comercialização de produtos desenvolvidos por técnicas biotecnológicas. Mesmo assim, pesquisas mostram que grande parte da população brasileira ainda não se sente bem informada sobre os avanços da biotecnologia moderna (MENOSSI, 2004). 15 A informação científica é o alicerce para o desenvolvimento tecnológico e científico de uma nação. Sendo assim, destaca-se a importância das escolas ao acesso de informações dessa área científica – a Biotecnologia – pela população. Na escola de ensino médio, entre os recursos didáticos para exploração e entendimento do tema, pode-se destacar o livro didático (LD), este, por sua vez, é tido como a principal referência da grande maioria dos professores como também um instrumento direcionador do processo de ensino aprendizagem (DELIZOICOV; ANGOTT; PERNAMBUCO, 2002; FILHO, 2005). Esse recurso didático pedagógico pode fornecer subsídios necessários para aquisição do conhecimento por meio da reflexão, esclarecimento de técnicas, conceitos utilizados na biotecnologia, aproximação do conteúdo ao cotidiano do aluno, assim como atualizações decorrentes dos avanços tecnológicos e as perspectivas a ela vinculadas (FILHO, 2005). Entretanto, existe uma carência em estudos que analisam esses conceitos em LD de Biologia do ensino médio, podendo estes conter erros, desatualização e não contextualização com a realidade dos alunos, tornando-se um problema para o processo de ensino-aprendizagem da disciplina (BATISTA, CUNHA; CÂNDIDO, 2010). Nesse contexto, promove-se nesse estudo uma análise de conteúdo dos LD de Biologia de maior presença nas escolas da rede estadual de João Pessoa, dentre aqueles aprovados pelo Plano Nacional do Livro Didático (PNLD). 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Károly Ereky (1919) definiu a biotecnologia como sendo uma ciência de métodos que permite a obtenção de produtos a partir de matéria-prima, mediante a intervenção de organismos vivos. Substituindo “intervenção de organismos” por “manipulação e utilização de processos celulares e moleculares” pode-se diferenciar a biotecnologia pelas tecnologias utilizadas para gerar determinados produtos (MALAJOVICH, 2012). Portanto, as definições para a biotecnologia podem variar de acordo com os interesses de grupos ou organizações envolvidas (Quadro 1). 16 Quadro 1 – Definições da Biotecnologia por diferentes grupos e organizações ao longo de 21 anos. Sigla Nome por extenso do (a) grupo/organização Definição Ano OECD Organization for Economic Co-Operation and Development A aplicação dos princípios da ciência e da engenharia no tratamento de matérias por agentes biológicos na produção de bens e serviços. 1982 Office of Technology Assessment Biotecnologia, de uma forma abrangente, inclui qualquer técnica que utiliza organismos vivos para obter ou modificar produtos, melhorar plantas e animais, ou desenvolver microrganismos para usos específicos. 1984 European Federation of Biotechnology Uso integrado da bioquímica, da microbiologia e da engenharia para conseguir aplicar as capacidades de microrganismos, células cultivadas animais ou vegetais ou parte dos mesmos na indústria, na saúde e nos processos relativos ao meio ambiente. 1988 Organização das Nações Unidas Qualquer aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar produtos ou 1992 processos para utilização específica. OTA EFB ONU BIO Biotechnology Industry Organization Biotecnologia é "bio" + tecnologia, isto é o uso de processos biológicos para resolver problemas ou fazer produtos úteis. 2003 Fonte: Adaptado de Malajovich, 2012, p. 2. Nesse contexto, pode-se definir a biotecnologia de maneira ampla como sendo uma atividade multidisciplinar – porque envolve disciplinas que são coordenadas para um resultado desejado –, que faz uso de agentes biológicos para produzir bens e serviços, englobando tecnologias de diversos níveis, desde a fermentação até a manipulação gênica (Figura 1). Partindo desta definição, divide-se a biotecnologia em: biotecnologia tradicional e biotecnologia moderna (FIGUEIREDO; PENTEADO; MEDEIROS, 2006; MALAJOVICH, 2012). 17 Figura 1 – Multidisciplinaridade da Biotecnologia. Fonte: Adaptado de VILLEN, R. A. 2002. 1.1 BIOTECNOLOGIA TRADICIONAL E BIOTECNOLOGIA MODERNA No passado, atividades como: domesticação de animais, transformação de alimentos, o uso das propriedades curativas de certas plantas, cultivo de vegetais, entre outros, eram realizadas a partir do conhecimento empírico/prévio, ou seja, ignoravam completamente a existência dos microrganismos e as leis da hereditariedade. No século XIX, a revolução industrial aumentou a demanda de mão de obra para a indústria, impulsionando a migração da população rural para a cidade. Com o aumento da população nas cidades, as condições sanitárias assim como as doenças e a fome, tornam-se próximas ao cotidiano da sociedade. Logo, a compreensão dos fenômenos biológicos tornara-se indispensável para responder às necessidades da sociedade naquela época. A partir de 1850 nascem novas áreas do conhecimento: a Microbiologia, 18 Bioquímica, Genética 3, Química Industrial e a Engenharia Agrícola (MALAJOVICH, 2012). Essas áreas de conhecimento compõe o arcabouço intelectual da Biotecnologia Tradicional, que por sua vez, teve, e tem atualmente diversas aplicações, principalmente na indústria (Quadro 2). Quadro 2 – Aplicações da Biotecnologia em diferentes setores da sociedade. Setor industrial Aplicação da Biotecnologia tradicional Têxtil Utilização de enzimas produzidas por microrganismos (celulase) para suavizar o jeans. Alimentícia Papel Combustível Produção de iogurtes probióticos; Uso de ácidos orgânicos produzidos por microrganismos para adoçar refrigerantes e lanches. Utilização de enzimas produzidas por microrganismos (celulase) para confecção de diferentes texturas de papel. Produção de etanol de segunda geração (etanol produzido por rota enzimática), conhecido também como bioetanol. Este pode ser utilizado também pela indústria farmacêutica. Utilização de metabólitos secundários produzidos por Saúde microrganismos para produção de antibióticos, como por exemplo, a penicilina. Fonte: Adaptado do site PQBio – Argenbio4. Sendo assim, a biotecnologia tradicional é constituída de um determinado conjunto de técnicas que utilizam seres vivos encontrados na natureza ou até mesmo melhorados pelo homem a fim de exercer determinada função produtiva (FIGUEIREDO; PENTEADO; MEDEIROS, 2006). Segundo Carvalho (1996) e Silveira (2002), tais técnicas correspondem ao isolamento, à seleção a olho nu e os cruzamentos genéticos naturais entre espécies compatíveis; a fermentação por microrganismos como, por exemplo, a produção de antibióticos, álcool combustível, vinho, cerveja e outrem. 3 O conhecimento da Genética utilizado na biotecnologia tradicional diz respeito às leis da hereditariedade de Mendel e os avanços da Genética até antes do entendimento da estrutura da molécula de DNA por Watson e Crick em 1953. 4 Disponível em: http://www.porquebiotecnologia.com.ar/index.php?action=cuaderno&opt=5& tipo=1&note=1; Acesso em 26 set. 2014, 15:32. 19 A estrutura helicoidal da molécula de DNA proposta por Watson e Crick (1953), sem dúvida alguma foi um divisor de águas para a biotecnologia. Mas foi em 1973 que a divisão da Biotecnologia em Tradicional e Moderna ficou evidenciada. Neste ano, Boyer e Cohen elucidaram uma técnica onde era possível cortar e em seguida juntar a molécula de DNA, ao qual eles fizeram uso desta para transferir um gene a um organismo de outra espécie, mudando o seu “programa” genético (BORÉM, 2005).. Depois desse ocorrido, ficou claro que a biotecnologia não seria mais a mesma. A biotecnologia moderna utiliza de técnicas não naturais de seleção, transformação genética e otimização metabólica em organismos vivos naturais para obter outros organismos vivos não encontrados na natureza (FIGUEIREDO; PENTEADO; MEDEIROS, 2006). Um dos principais campos de pesquisa da biotecnologia moderna é a engenharia genética. Esta, por sua vez, utiliza técnicas da biologia molecular para introduzir genes (características) de determinado interesse industrial em outro organismo de interesse. O organismo transformado, ou seja, o que recebeu o segmento de DNA passa a ser chamado de Organismo Geneticamente Modificado (OGM) (FIGUEIREDO; PENTEADO; MEDEIROS, 2006). 1.2 O IMPACTO DA BIOTECNOLOGIA NA SOCIEDADE Ciência e tecnologia se fazem presentes em todos os setores da vida da sociedade atual, e estas por sua vez causaram profundas transformações econômicas, sociais e culturais. As aplicações científicas são indispensáveis para o desenvolvimento das sociedades, conduzindo à pesquisa funções políticas e a necessidade de percepção da trilogia tecnologia/ciência/sociedade (TONIAL, et al., 2011). A biotecnologia vem ocupando um lugar de destaque na história da ciência. Não se trata mais de promessas ou de perspectivas futuras. As aplicações biotecnológicas estão inclusas no dia a dia e tratam de plantas resistentes a doenças, plásticos biodegradáveis, detergentes mais eficientes, biocombustíveis, e também processos industriais menos poluentes, biorremediação de poluentes, testes de diagnóstico, novos medicamentos, etc. (Quadro 3) (MALAJOVICH, 2012). 20 Quadro 3 – Produtos gerados a partir da aplicação da Biotecnologia nos diferentes setores da sociedade. Setores Tipos de produtos, Processos e Serviços Energia Etanol, Biogás e outros combustíveis derivados da biomassa. Seleção de microrganismos e aproveitamento de diferentes resíduos para a obtenção de energia. Meio Ambiente Agricultura Pecuária Alimentação Saúde Butanol, acetona, glicerol, ácidos, vitaminas etc; Agentes biológicos (plantas, enzimas, microrganismos, etc.); Biorremediação; Desenvolvimento de produtos biodegradáveis. Adubo, silagem, biopesticidas, biofertilizantes, mudas de plantas livres de doenças, mudas de árvores para reflorestamento; Plantas com características como maior valor nutritivo e resistência a pragas e condições adversas (ambientais ou de cultivo). Embriões, animais com características novas (transgênicos); Vacinas e medicamentos para uso veterinário; Panificação (pães e biscoitos), laticínios (queijos, iogurtes e outras bebidas lácteas), bebidas (cervejas, vinhos e bebidas destiladas) e aditivos diversos (shoyu, monoglutamato de sódio, adoçantes etc.); Proteína de célula única (PUC) para rações, alimentos de origem transgênica com propriedades novas. Antibióticos e medicamentos para diversas doenças; Hormônios e vacinas; Anticorpos monoclonais. Fonte: Malajovich, 2012, p. 3. No Brasil, segundo um estudo realizado pela Fundação Biominas (2007), as pesquisas em biotecnologia estão concentradas em quatro áreas principais: agricultura, insumos, saúde animal e saúde humana. Freire-Torres et al. (2014) complementam sobre o desenvolvimento da biotecnologia no Brasil, afirmando que o país tem tido êxito na área de saúde humana, apresentando progressos e soluções consideráveis e são também concentradas e muito dependentes do Estado, principalmente aos que compõe a região sudeste, especificamente nas grandes e pequenas cidades do estado de São Paulo. Segundo o Brazil Biotech Map 2011, realizado pelo BRBIOTEC e CEBRAP, estimou um número de 237 empresas de biotecnologia no Brasil, e a maioria destas exercem 21 atividades concentradas na área de saúde humana. Dentre essas atividades, pode-se citar: terapia gênica, estudos com células-tronco, clonagem terapêutica, vacinas, e outros (OLIVEIRA; SPENGLER, 2014). Quanto à agricultura, a aplicação da biotecnologia moderna no país marcou a entrada de uma nova era. A possibilidade de gerar plantas geneticamente modificadas (GM), com novas características, representa o maior impacto da biotecnologia moderna no setor, aumentando a produtividade, contribuindo para redução de custos de produção e para o desenvolvimento de práticas menos agressivas ao meio ambiente (SILVEIRA; BORGES. BUAINAIN, 2005). O Brasil é detentor do país que tem grande biodiversidade e o mais rico em plantas, animais e microrganismos, tendo cerca de 20% do total existente. É também detentor do título de grande player no mercado mundial de produtos agrícolas, destacando-se principalmente pelas pesquisas na área de engenharia genética e genômica, estas, realizadas, principalmente, por instituições públicas e privadas (SILVEIRA; BORGES. BUAINAIN, 2005). O grande marco da pesquisa em agropecuária no Brasil foi à criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (EMBRAPA) em 1973, que atualmente está envolvida no desenvolvimento de técnicas agropecuárias, pesquisa técnico-científica e promoção de agronegócios nos níveis local, regional e nacional (BORGES; SILVEIRA, 2014). Na Tabela 1, estão apresentados alguns dos produtos resultantes de pesquisa em engenharia genética (transgenia) e genômica nas instituições privadas e públicas no Brasil. Tabela 1 – Diretriz de pesquisas em engenharia genética (transgenia) e genômica por instituições privadas e públicas no Brasil. Produtos Instituição Engenharia genética Plantas que produzem hormônios Mamão resistente ao vírus da manda anelar Feijão tolerante ao vírus do mosaico dourado Soja tolerante à herbicida Milho com alto teor de metionina Milho e Sorgo resistente à alumínio Batata resistente a vírus Arroz resistente a insetos Laranja resistente a vírus Maracujá resistente a doenças Eucalipto com maior produção de celulose EMBRAPA/UNICAMP EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA UFRJ Alellyx Esalq Esalq 22 Continuação da Tabela 1. Produtos Instituição Genômica5 Xylella fastidiosa Genoma Cana Programa Genoma do Estado do Paraná Programa Genoma do Estado do Rio de Janeiro Rede Genômica no Estado da Bahia Genoma da Laranja Genoma Xanthomonas Projeto Forests Genoma da Banana Leifsonia xyli Genoma do Café Fonte: Silveira, Borges, Buainain, 2005, p.106-107. FAPESP e Fundecitrus FAPESP e Canavialis UFPR/MCT/CNPq UFRJ/MCT/CNPq UNICAMP/MCT/CNPq Alellyx FAPESP FAPESP EMBRAPA FAPESP EMBRAPA Sendo assim, a biotecnologia não é apenas uma ciência, mas uma forma de aplicar ciência em benefício do homem e da sociedade (RATLEDGE, 1992), já que pode gerar lucros e diversas vantagens para muitos setores econômicos e sociais. 1.3 ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS (OGM) Corresponde-se a OGM, toda entidade biológica cujo material genético (DNA/RNA) foi alterado por meio de técnicas da engenharia genética, de maneira que não ocorrera naturalmente, ou seja, os OGM apresentam um ou mais genes exógenos integrando o seu material genético, a fim de expressar a característica do organismo doador. Para Chaves (2006), as técnicas utilizadas pela tecnologia do DNA recombinante ou engenharia genética são fundamentais para manipulação da molécula de DNA, estas são responsáveis pela separação de fragmentos, amplificação e sequenciamento de DNA, isolamento de genes e clonagem molecular. Segundo Mansur (2003), existe diferentes tipos de OGM que podem apresentar riscos e/ou benefícios específicos, dependendo da espécie e do gene que foi introduzido, criando perspectivas para diversas áreas, principalmente a área biomédica e agrícola. 5 Em biotecnologia, genômica corresponde a toda informação hereditária de um organismo que está codificada em seu DNA, inclusive os íntrons. 23 Em 1994 foi introduzido no mercado o primeiro alimento GM, o tomate Flavr SavrTM, este apresenta retardo no amadurecimento sem déficits na suculência e maciez. Atualmente, existe uma quantidade considerável de alimentos GM de origem vegetal, como: morango, mamão, manga, pimentão, algodão, batata, abóbora, arroz, trigo e outros. Além de propiciar um ganho no ponto de vista econômico das indústrias, a aplicação de determinados OGM pode ser utilizada para compensar o déficit nutricional de determinados alimentos utilizados por diversos povos, a exemplo do arroz. Este apresenta deficiência de Vitamina A, o que pode ocasionar em cegueira. Assim, o arroz GM, apresenta quantidades significativas de beta-caroteno (precursor da Vitamina A) e foi denominado de arroz dourado (golden rice) (RUSSEL, 2004). Além do arroz, outros alimentos foram desenvolvidos e são utilizados em vários países, como por exemplo: batatas com capacidade de absorver menor quantidade de óleo, amendoins com menor quantidade de alérgenos, bananas contendo vacina contra Hepatite B, oleaginosas contendo óleos mais saudáveis, grãos de soja contendo altos níveis de lisina e ácido oleico entre outros (XAVIER; LOPES; PETERS, 2009) A biotecnologia oferece também alternativas aos ingredientes utilizados na alimentação, como milho e soja resistentes a insetos e tolerantes a herbicidas. Sem a necessidade da utilização de volumes massivos de inseticidas e herbicidas, o impacto ambiental e os custos diminuem, o produto ganha maior qualidade e menores riscos de perdas (XAVIER; LOPES; PETERS, 2009). Todavia, o consumo de produtos GM ainda gera uma grande repercussão em relação aos riscos à saúde humana e animal. Esses fatores têm promovido diversas discussões éticas, incentivando a divulgação de informações e uma maior participação da população nas discussões. Em função dos OGM utilizados na agricultura, diversas pesquisas foram desenvolvidas a fim de comparar a qualidade nutricional das variedades geneticamente modificadas com a das variedades comerciais tradicionalmente utilizadas, no entanto, até o momento não foram encontradas diferenças nutricionais significativas entre elas (PADGETTE et al., 1996; FLACHOWSKY et al., 2007). Na Tabela 2 estão apresentados os produtos GM legalizados para comércio no Brasil. 24 Tabela 2 – Organismos geneticamente modificados regulamentados pelo CTNBio e produzidos no Brasil. Produto Nome comercial Organismo doador Soja Roundup Ready Agrobacterium tumefaciens THA Arabidopsis thaliana TH Cultivance Liberty Link Liberty Link Milho Streptomyces viridochromogenes Streptomyces viridochromogenes Agrobacterium tumefacien/ Intacta RR2 PRO Bacillus thuringiensis YieldGard Bacillus thuringiensis Liberty Link Streptomyces viridochromogenes Bacillus thuringiensis/ TL Streptomyces viridochromogenes Roundup Ready 2 TG Herculex YR YieldGard/RR2 TL/TG Viptera MIR162 Característica Detentor da tecnologia MONSANTO BASF e EMBRAPA TH TH BAYER BAYER TH MONSANTO B RI TH MONSANTO BAYER RI & TH SYNGENTA Agrobacterium tumefaciens TH MONSANTO Zea mays Bacillus thuringiensis/ Streptomyces viridochromogenes Agrobacterium tumefaciens/ Bacillus thuringiensis Bacillus thuringiensis/ Streptomyces viridochromogenes/ Zea mays TH SYNGENTA RI & TH D.A Bacillus thuringiensis TH & RI MONSANTO RI & TH SYNGENTA RI SYNGENTA Bacillus thuringiensis/ Streptomyces RI & TH DU PONT viridochromogenes/ Agrobacterium tumefaciens Algodão Bolgard I Bacillus thuringiensis RI MONSANTO Roundup Ready Agrobacterium tumefaciens TH MONSANTO Liberty Link Streptomyces hygroscopicus TH BAYER Bolgard I Bacillus thuringiensis/ RI & TH MONSANTO Roundup Ready Agrobacterium tumefaciens Bacillus thuringiensis/ Widestrike Streptomyces RI & TH D.A viridochromogenes Bolgard II Bacillus thuringiensis RI MONSANTO GlyTol Zea mays TH BAYER Bacillus thuringiensis/ TwinLink RI & TH BAYER Streptomyces hygroscopicus Feijão BGMV - Bean Golden Mosaic Empraba 5.1 RVMDF EMBRAPA Virus A Tolerante a herbicida; B Resistente a inseto; Fonte: Adaptado de Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento – Secretária de Defesa agropecuária6. HR Herculex/RR2 6 Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/portal/pls/portal/!PORTAL.wwpob_page.show ?_docname=1324452.PDF; Acesso em 28 set. 2014, 16:15. 25 1.4 CLONAGEM O termo clone (do grego klon, significa “broto”) foi citado primeiramente em 1903 pelo botânico Herbert J. Webber, e tem como significado “uma colônia de organismos que de forma assexuada deriva de um único progenitor”. Desde então, o termo é utilizado pelos cientistas até os dias atuais (RUMJANEK, 2001). Durante determinada época, só era promovida a clonagem em plantas e protozoários. A partir de 1930, alguns experimentos foram realizados a fim de se produzir seres idênticos, através da técnica de cisão gemelar artificial (bipartição), a qual pode referenciar como sendo uma modalidade impropria da clonagem. A prática da cisão gemelar em zootecnia tem se difundido principalmente em estábulos como incentivo a perpetuação de certos exemplares selecionados (ABDELMASSIH, 2002). Foi o nascimento da ovelha Dolly no ano de 1997 que significou um avanço tecnológico para o mundo científico e inquietante para a opinião pública. Neste ano, a clonagem foi de fato realizada, pois não se tratava mais de uma cisão gemelar e sim de uma reprodução assexual agâmica que produziu um ser biologicamente igual ao doador e inquietante para a opinião pública, devido à formulação de hipóteses da aplicação da clonagem à espécie humana. Desde então a clonagem tem sido utilizada para objetivos específicos de estudo, ao qual pode-se definir como: clonagem reprodutiva e clonagem terapêutica (ABDELMASSIH, 2002). A Clonagem reprodutiva corresponde a técnicas laboratoriais utilizadas para produzir uma duplicata de um indivíduo existente. Baseia-se na remoção do núcleo de um óvulo e substituição por outro núcleo de outra célula somática. Após a fusão e contínua diferenciação até a fase chamada de blastocisto, ocorre à implantação do embrião na cavidade uterina. Após o período gestacional surge um indivíduo com patrimônio genético idêntico ao do doador da célula somática. A Clonagem terapêutica é também um conjunto de técnicas laboratoriais ao qual se assemelha a clonagem reprodutiva, diferindo somente no fato do blastocisto não ser introduzido em um útero de “aluguel”. Este é utilizado em laboratório para a produção de células-tronco (totipotentes) a fim de produzir tecidos ou órgão para transplante. As células-tronco são classificadas em dois tipos: células-tronco embrionárias e célulastronco adultas. As de origem embrionária (também chamadas de pluripotentes) são células indiferenciadas capazes de dar origem a diferentes tipos celulares, enquanto as 26 de origem adulta são diferenciadas e capazes de dar origem a apenas um tipo celular (ABDELMASSIH, 2002). 1.5 ÉTICA, CIÊNCIA E SOCIEDADE A relação entre a ciência e a ética nas últimas décadas tornou-se central na prática científica. Um estudante de iniciação científica atualmente encontra muitos mais questionamentos do que há vinte ou trinta anos atrás. Questões como a ética na pesquisa com animais e seres humanos; tornar útil ou nocivo os desdobramentos de um conhecimento; se deve ou não tornar o conhecimento objeto de propriedade, são questionamentos que ocorrem frequentemente na sociedade atual (BIRCHAL, 2012). Birchal (2004), define a ética ou a moral de duas maneiras: [...] domínio dos costumes, dos hábitos (vocábulo grego ethos e o latino morus referem-se ambos aos costumes humanos, daí falarmos da ética dos romanos ou da moral vitoriana) (p.1). [...] trabalho de reflexão ou de busca de fundamentação para estes hábitos ou costumes. [...] temos a ética como disciplina filosófica ou filosofia moral, que pergunta sobre as origens e o fundamento – a “consistência”, poderia dizer – dos costumes e, sobretudo, das regras que os regem (p.1). Sendo assim, tem-se a ética como um campo de questionamento fundamental na geração de propostas filosóficas sobre o que seja a boa regra ou a boa vida (BIRCHAL, 2004). Do ponto de vista prático, a finalidade da ética e da moral são semelhantes. Ambas são responsáveis pela indagação e construção de bases filosóficas que auxiliam a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e por ensinar a melhor forma de agir. Devido às tantas tecnologias desenvolvidas desde o redescobrimento das Leis de Mendel, algumas destas tecnologias despertam até mesmo entre os pesquisadores de engenharia genética, dúvidas, discussões e preocupações a respeito de suas futuras aplicações, as quais podem ferir os princípios éticos da sociedade. Técnicas como a manipulação do DNA versus a produção de humanos em laboratório, a eugenia nas primeiras divisões celulares no processamento da fecundação assistida, diagnóstico precoce de doenças hereditárias tardias, entre outras, estão cada vez mais próximas da sociedade. As preocupações geradas por tais inovações biotecnológicas/tecnológicas se 27 referem ao crescimento dos poderes do homem sobre a natureza e sobre si mesmo, podendo estas serem utilizadas contra a humanidade e a natureza (DRUMOND, 2007; BIRCHAL, 2004) . A ética, e principalmente a Bioética, apresentam os pressupostos necessários para o consentimento da sociedade como também para o indivíduo, sobre o balizamento necessário para suas ações perante os questionamentos supracitados e outrem. O oncologista Van Renssealaer Potter (1971) em seu livro “Bioethics: bridge to the future” propõe uma ampla discussão acerca dos avanços da aplicação da biotecnologia para a definição de diretrizes éticas a fim de impedir o abuso da tecnologia contra a humanidade e a natureza (POTTER, 1971). Segundo Reich (1978), a bioética tem como princípios básicos: a Autonomia (respeito ao autogoverno), a Beneficência (atendimento aos interesses do indivíduo) e a Justiça (entendida como a equidade na distribuição dos bens e serviços). No entanto, é necessário entender que a bioética não está pautada em restrições, limites ou vetos. A bioética se baseia no pluralismo moral, no desejo livre, “desde que as decisões não invadam a liberdade e os direitos de outros indivíduos e outras sociedades”. O uso do diálogo e tolerância são algumas das categorias utilizadas pela bioética a fim de manter o convívio entre sociedades de posturas morais diferentes. (GARRAFA, 2000). 1.6 A LEGISLAÇÃO DA BIOTECNOLOGIA NO BRASIL No Brasil, o uso da biotecnologia moderna foi aprovado segundo o projeto de lei de iniciativa do então Senador Marco Maciel, a Lei 8.974 em 05 de Janeiro de 1995, chamada de Lei de Biossegurança. Esta lei estabelece normas para o uso das técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de Organismos Geneticamente Modificados (OGM), e, sobretudo, representa o alicerce sobre o qual vem sendo construído o sistema de biossegurança no Brasil (BRASIL, 1995). Em 20 de Dezembro de 1995, foi publicado o decreto 1.752 que teve por finalidade regulamentar a Lei 8.974/95 e conferir a vinculação, composição e competências do CTNBio, que por sua vez tem como função fiscalizar a liberação de OGM no meio ambiente; emitir parecer técnico sobre o desenvolvimento e o progresso técnico e científico da Biossegurança e áreas afins, objetivando a segurança dos consumidores e da população em geral, com 28 permanente cuidado à proteção do meio ambiente (BRASIL, 1995). Atualmente, a regulação pública em matéria de biotecnologia é realizada por meio da Lei 11.105/2005 em 24 de Março de 2005, decreto 5.591/2005 em 22 de Novembro de 2005, assim como pelos diversos instrumentos normativos publicados pelo CTNBio e CNBS (MEIRA, 2011). 1.7 HISTÓRICO E POLÍTICA DO LIVRO DIDÁTICO NO BRASIL Entende-se por livro didático, uma obra escrita com objetivo de ser utilizada para direcionar o ensino formal escolar (SOARES, 2002). No Brasil, as políticas públicas para o livro didático foi instituída no Estado Novo7, pelo Ministério da Educação, com a criação do Instituto Nacional do Livro (INL), por meio do Decreto-Lei nº 93, de 21 de Dezembro de 1937. Posteriormente foi criada a Comissão Nacional do Livro Didático (CNLD) pelo Decreto-Lei nº 1.006, de 30 de Dezembro de 1938, no então governo do Presidente da República Getúlio Vargas. O CNLD tinha como competência avaliar as condições de produção, importação e utilização do livro didático (BRASIL, 1939). Tal comissão pode ter surgido devido a certa preocupação do governo Vargas em controlar o conteúdo dos livros didáticos (HALLEWELL, 1985). Nessa época o Estado era caracterizado como censor no uso desse material didático, e este, era considerado um instrumento para ensino de política e ideologia. De 1938 até 1985, ocorreram variadas formas de controle sobre o livro didático brasileiro. No país já redemocratizado, foi instituído o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) através do Decreto nº 91.542, de 19 de Agosto de 1985. O PNLD apresentou modificações significativas em relação à forma como o livro didático era colocado no governo anterior, trazendo princípios de aquisição e distribuição universal gratuita para os alunos da rede pública de ensino. Em seu Artigo 2º, o decreto que legisla o PNLD estabelece a avaliação rotineira dos livros inscritos à distribuição pelo programa. Posteriormente, no início de 1990 houve uma maior participação direta do Ministério da Educação e Cultura (MEC) na 7 Nomeação do regime político ocorrido no Brasil, fundado pelo então Presidente da República Getúlio Vargas, em 10 de novembro de 1937, e durou até 29 de outubro de 1945. Este regime foi caracterizado pela centralização do poder, nacionalismo, anticomunismo e autoritarismo. 29 avaliação do livro didático, expondo um projeto pedagógico composto por Parâmetros Curriculares Nacionais e dos Guias do livro didático. Em 1993, o MEC criou uma comissão de especialistas encarregada de aperfeiçoar o processo de avaliação dos livros didáticos, e assim melhorar a sua qualidade (SANTOS et al., 2008). Atualmente, é exigido que os novos livros correspondem às atuais diretrizes de uma educação do século XXI – propostas nos Parâmetros Curriculares Nacionais e nos Guia do livro didático com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), nº 9.394, de 20 de Dezembro de 1996 –, aonde os valores, a alfabetização científica e tecnológica, a capacidade de resolver problemas e aprender são elementos estruturantes essenciais do livro didático (BRASIL, 2000). Nessa perspectiva, é ciente que o livro didático não deve ser usado como fonte de conhecimentos a serem transmitidos pelo professor, a fim de serem memorizados pelos alunos. Segundo Krasilchik (2011), o livro didático deve servir de base para discussão em sala de aula e não como mais uma fonte de informação. 1.8 O LIVRO DIDÁTICO DE BIOLOGIA E A BIOTECNOLOGIA No que se trata sobre o contexto educacional contemporâneo, o professor exerce papel central, onde ele deve ser capaz de suscitar nos alunos, experiências pedagógicas significativas, diversificadas e alinhadas com a sociedade em que estão inseridos. O livro didático por sua vez, como retratado na seção anterior, surgiu como um complemento para o ensino formal, reproduzindo valores da sociedade e reforçando a ideia de aprendizagem a partir da memorização e informação. Atualmente, os LD podem ser definidos como constituintes de um elo na cadeia de comunicação verbal estabelecida por alunos e professor (NUNES-MACEDO et al., 2003). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirma que os LD são praticamente o único material – de âmbito informativo do conhecimento – impresso de que muitos alunos brasileiros dispõem principalmente os da rede pública de ensino. Nessa perspectiva, o livro didático como uma das ferramentas didáticas de ensino, tem papel relevante. Depois da democratização do ensino, e a nova realidade que ela produziu, os conceitos escolares e os princípios metodológicos passaram a ser veiculados também pelos livros didáticos. 30 Os Parâmetros Curriculares Nacionais, mais conhecidos como PCN – já citados anteriormente – compreende uma coleção de documentos que compõem a grade curricular para o ensino fundamental e médio. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) inserem a Biologia na área “Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias”. A tecnologia neste âmbito permite contextualizar os conhecimentos, permitindo ao jovem contemporâneo compreender a tecnologia como um processo de conexão por diversos conhecimentos e suas aplicações tecnológicas. Especificamente para o ensino de Biologia, esse documento diz que o educando deve ser capaz de apontar relações entre o desenvolvimento e conhecimento tecnológico considerando a conservação e natureza da vida, como também princípios de desenvolvimento sustentável. Portanto, o autor de um livro didático de Biologia deve considerar a contextualização do desenvolvimento tecnológico como um dos conteúdos estruturantes da obra, neste caso, a Biotecnologia, por ser um grande tema da atualidade do cotidiano da vida do professor e do aluno. No ano de 2002, o Ministério da Educação elaborou as Orientações Educacionais Complementares aos PCNEM lançado em 1990, conhecida como PCN+. Esse documento, por sua vez, apresenta uma abordagem considerável sobre a Biotecnologia. Em suma, o documento trata de sugestões de um possível “feedback” entre as competências gerais estabelecidas pelos PCNEM, e as competências específicas em cada área e disciplina. Na competência “analisar, argumentar e posicionar-se criticamente em relação a temas de ciência e tecnologia” na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias presente nos PCNEM, os PCN+ sugerem a seguinte correspondência para o tema Biotecnologia, que por sua vez está inserido no ensino da Biologia: Comparar diferentes posicionamentos de cientistas, ambientalistas, jornalistas, sobre assuntos ligados á Biotecnologia (produção de alimento transgênico, terapia gênica, clonagem) avaliando a consistência dos argumentos e a fundamentação teórica (BRASIL, 2002; p. 37). Sobre o caráter ético do conhecimento científico e tecnológico: Reconhecer a importância dos procedimentos éticos na aplicação das novas tecnologias para o diagnóstico precoce de doenças e do uso dessa informação para promover a saúde do ser humano sem ferir a sua privacidade e dignidade. (...) avaliar a importância do aspecto econômico envolvido na utilização da manipulação genética em saúde: o problema das patentes biológicas e a exploração comercial das descobertas das tecnologias de DNA (BRASIL, 2002; p. 40). 31 No mesmo documento – PCN+ – é proposto uma organização das competências em seis temas estruturadores, são eles: 1) Interação entre os seres vivos; 2) Qualidade de vida das populações humanas; 3) Identidade dos seres vivos; 4); Diversidade da vida; 5) Transmissão da vida, ética e manipulação gênica; 6)Origem e evolução da vida. No tema Identidade dos seres vivos é apresentada uma unidade temática denominada “Tecnologias e manipulação do DNA” – que por sua vez está inserida nos conhecimentos da Biotecnologia e Engenharia genética –, esta por sua vez aborda orientações que em resumo diz que: O aluno deve saber identificar, em textos de divulgação científica, as tecnologias utilizadas na transferência de DNA entre organismos (DNA Recombinante; enzimas de restrição, clonagem molecular); deve entender a importância de fazer um levantamento de informações sobre a participação da engenharia genética nas diferentes áreas da sociedade; saber relacionar entre os organismos manipulados geneticamente aqueles que são considerados benéficos e os que representam riscos para a população humana. Dentro do tema transmissão da vida, ética e manipulação genética encontra-se uma unidade sobre as aplicações da Engenharia genética – que também condiz com os conhecimentos da Biotecnologia e Engenharia genética – e aborda também orientações que em resumo diz que: O aluno deve entender e identificar as técnicas moleculares de detecção precoce de doenças, o papel da terapia gênica e compreender a natureza do projeto genoma; entender os benefícios e perigos da manipulação genética, abordando questionamentos éticos. Como já citado, muitas vezes o livro didático é o único e também o melhor material didático disponível para o aluno. Portanto, os conhecimentos sobre este tema quando presentes no livro didático auxiliam o trabalho docente e, principalmente, permitem ao aluno ser introduzido no debate das implicações éticas, morais, políticas e econômicas da Biotecnologia e Engenharia genética na sociedade. Sendo assim, esse trabalho, tem como importância definir a qualidade do conteúdo referente ao tema Biotecnologia e Engenharia genética em livros didáticos. 32 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Verificar os livros didáticos de Biologia utilizados no ensino médio no que se refere aos conteúdos dos capítulos referentes ao tema Biotecnologia e Engenharia genética. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Analisar os livros didáticos de Biologia de maior presença nas salas de aula do ensino médio do estado da Paraíba, dentre aqueles aprovados e distribuídos pelo PNLD/2012; Analisar a abordagem do tema Biotecnologia e Engenharia genética dos livros didáticos de Biologia selecionados quanto à caracterização do tema; Analisar os livros didáticos de Biologia selecionados quanto à linguagem, figuras e ilustrações utilizadas; Analisar os livros didáticos de Biologia selecionados quanto aos exercícios propostos em relação à temática; Verificar os tipos de enfoques sobre o tema Biotecnologia e Engenharia genética nos livros didáticos de Biologia selecionados. 33 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 TIPO DE PESQUISA A pesquisa foi dividida em duas etapas. A primeira etapa consistiu na utilização dos pressupostos teórico-metodológicos da pesquisa qualitativa, através da pesquisa bibliográfica e do método descritivo. Segundo Marconi e Lakatos (2010), as metodologias qualitativas apresentam um foco na interpretação que os próprios integrantes têm da situação sob estudo, em vez da quantificação; ênfase no entendimento e não num objetivo predeterminado e certa preocupação com o contexto. A pesquisa bibliográfica segundo Gil (2008) é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de artigos científicos e livros. Marconi e Lakatos (2010) acrescentam afirmando que a pesquisa bibliográfica trata-se também do levantamento e seleção da bibliografia sobre o assunto que está sendo pesquisado. O método de pesquisa descritivo por sua vez pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade (TRIVIÑOS, 1987). Na segunda etapa da pesquisa foi utilizada a metodologia segundo Silva e Carvalho (2012) que por sua vez foi inspirada na pesquisa qualitativa da Análise de Conteúdo de Bardin (2011) a fim de estabelecer os tipos de enfoques veiculados sobre o tema Biotecnologia e Engenharia Genética nos livros didáticos selecionados. Para Bardin (2011, p.44) a Análise de conteúdo é entendida como: [...] um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens e indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens. A Análise Temática foi selecionada como metodologia para análise de conteúdo, onde segundo Bardin (2011), a Análise Temática é uma das formas que melhor se adequa a investigações qualitativas, que por sua vez apresenta três etapas que constituem a aplicação desta metodologia de análise: 1) Pré-análise; 2) Exploração; 3) Tratamento dos resultados e interpretação. Segundo Bardin (2011) a Análise Temática consiste principalmente em descobrir os núcleos de sentido que compõem a comunicação e cuja presença de aparição pode significar alguma coisa para o objetivo analítico escolhido. 34 3.2 OBJETO DE ESTUDO Para realização do estudo foram selecionadas as obras didáticas de Biologia aprovadas e presentes no guia do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD/2012) (Anexo A-G), como também, as obras didáticas de Biologia mais utilizadas no estado da Paraíba. Dentre as coleções selecionadas, o critério de presença de objeto de estudo – que no caso dessa pesquisa foram os temas Biotecnologia e Engenharia genética – no LD foi tido como critério de seleção. Sendo assim, os livros didáticos selecionados foram: LOPES, S; ROSSO, S. Bio. v.2. São Paulo: Saraiva, 2010. AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia das populações. v.3. São Paulo: Moderna, 2009. BIZZO, N. Novas bases da Biologia: O ser humano e o futuro. v.3. São Paulo: Ática, 2012. LINHARES, S; GEWANDSZNADJER, F. Biologia Hoje. v.3. São Paulo: Ática, 2011. SANTOS, F. S; AGUILAR, J. B. V; OLIVEIRA, M. M .A. de. Biologia: Ser Protagonista Biologia. v.3 São Paulo: Edições SM, 2010. PEZZI, A. C; GOWDAK, D, O; MATTOS, N. S. Biologia: Citologia, Embriologia e Histologia. v.1. São Paulo: FTD, 2010. MENDONÇA, V; LAURENCE, J. Biologia. v.3. São Paulo: Nova Geração, 2010. Após o contato com a Secretaria de Estado da Educação da Paraíba, tomou-se ciência que as escolas da rede estadual da Paraíba utilizavam duas obras específicas que continham o tema Biotecnologia e Engenharia Genética (Anexo H) – dentre aquelas aprovadas e distribuídas pelo PNLD/2012 – são elas: 1. LOPES, S; ROSSO, S. Bio. v.2. São Paulo: Saraiva, 2010. 2. AMABIS, J. M; MARTHO, G. R. Biologia das populações. v.3. São Paulo: Moderna, 2009. 35 3.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para a análise crítica do conteúdo das obras foram utilizados os critérios estabelecidos segundo Rosa e Mohr (2010), e adaptações, onde os mesmos propuseram sete critérios de análise. No entanto, para esta pesquisa foram utilizados quatro critérios dos sete estabelecidos pelos autores, são eles: 1) caracterização da presença do tema; 2) linguagem utilizada; 3) figuras e ilustrações utilizadas; 4) exercícios propostos. Fora os critérios preestabelecidos, foram analisados também a presença de questionamentos éticos a respeito do tema. Os critérios selecionados foram transcritos na forma de questionário, a fim de organizar e otimizar o processo de análise (Apêndice A). As obras foram analisadas individualmente de acordo com todos os critérios supracitados. Para a análise de caracterização do tema foi observado se o livro didático apresentava um capítulo exclusivo para o tema Biotecnologia ou Engenharia genética, ou se ambos estavam presentes em um único capítulo, e se havia a presença de textos de apoio e contexto histórico do tema. Na linguagem utilizada foi observada se o texto apresentava coesão; presença de termos técnicos; presença de um glossário para palavras utilizadas no texto. Quanto à análise das figuras e ilustrações utilizadas foi observado o tipo de ilustração utilizada (esquema, desenho ou fotografia), qualidade e nitidez das ilustrações e se as figuras são adequadas e correlacionadas com o texto ao qual estão referenciadas. Para análise da relação do conteúdo com a vida cotidiana dos alunos foi observado se houve aproximação do conteúdo com o cotidiano dos alunos. Na análise dos exercícios propostos e questionamentos éticos foi verificado se existia atividade proposta e se a mesma envolvia trabalho individual ou em grupo e se o texto principal apresentava algum questionamento ético a respeito do tema. A fim de estabelecer os enfoques relacionados ao tema Biotecnologia e Engenharia genética nos LD selecionados foi realizada uma leitura flutuante8 das obras selecionadas, e em seguida elaborada uma lista de termos-chave referente aos temas Biotecnologia e Engenharia genética (Quadro 4). Para estes termos-chave foi analisado à frequência absoluta e relativa de aparição no texto principal dos capítulos referentes ao tema Biotecnologia e Engenharia genética dos livros selecionados. No Apêndice B está apresentado o questionário utilizado para organização desses resultados. 8 Uma leitura flutuante corresponde ao primeiro contato com os documentos a serem analisados. É a partir da leitura flutuante que surge às primeiras hipóteses e objetivos do trabalho (BARDIN, 2011). 36 Quadro 4 – Termos chave encontrados após realizar a leitura flutuante nos livros didáticos selecionados. Manipulação do DNA Código genético Biossegurança Biblioteca de DNA Vacina gênica Nanotecnologia Clonagem de DNA Generapia Produção agrícola DNA fingerprint Genética molecular Vacina Genoma Análise de DNA Embrapa DNA Genes CTNBio DNA recombinante Transgênicos Biologia molecular Enzimas de restrição Vacina de DNA Clonagem de plantas Religião Ética Moral Ecoética Bioética Terapia gênica Análise genética Clonagem gênica Genética Clássica Genômica Manipulação genética Doenças genéticas Engenharia genética Aconselhamento genético Fonte: Dados da pesquisa, 2014. Clonagem de animais Clonagem terapêutica Clonagem molecular Clonagem de seres humanos Clonagem Proteoma Amniocentese Aborto terapêutico Célula vegetal In vitro Microrganismo Hibrido Biotecnologia OGM Anticorpo Antibiótico Cromossomos Diagnóstico Melhoramento PGH PCR Eletroforese Insulina Células-tronco Laboratório Tendo os termos chave listados, foram estabelecidas categorias de análise para cada livro didático (capítulos ao qual o tema analisado estava inserido), e que por sua vez – tais categorias – abrangem codificações e descrições para os termos chave. Para isso, foi utilizado um conjunto de elementos que auxiliaram na análise dos textos no que se refere à compreensão dos núcleos de sentidos da mensagem de cada unidade de registro. Os elementos utilizados estão descritos a seguir: Unidade de contexto (categoria): unidade de compreensão para codificar a unidade de registro e corresponde ao segmento da mensagem, cujas dimensões são superiores às da unidade de registro (BARDIN, 2011). Unidade de registro: unidade de significação a codificar, que corresponde ao segmento de conteúdo considerado como unidade base para a categorização (BARDIN, 2011). Termo chave: termos que se encontram presentes nas unidades de registro e servem para selecionar tais unidades. 37 As categorias formadas estão descritas a seguir: Engenharia genética; Biotecnologia moderna; Biotecnologia moderna aplicada na saúde; Metodologia técnico-científica utilizada em Biotecnologia moderna e Engenharia genética; Biossegurança; Questões éticas; Por seguinte, foi feito um agrupamento dessas categorias e assim foi possível originar três indicadores de enfoques: Enfoque relacionado às tecnologias de manipulação do DNA: nesse indicador estão inclusas as categorias Engenharia genética, Biotecnologia moderna, Metodologia técnico-científica utilizada em Biotecnologia moderna e Engenharia genética. Enfoque relacionado a questões éticas: nesse indicador estão inclusas as categorias Biossegurança e Questões éticas. Enfoque relacionado à genética humana e saúde: nesse indicador está inclusa apenas a categoria Biotecnologia moderna aplicada na saúde. 38 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO As obras apresentaram determinados aspectos falhos em algum dos critérios analisados, no entanto, estes problemas não são caracterizados como “graves” e não comprometem os livros. Isto se deve ao refinamento no cuidado da produção e publicação de livros didáticos desde 1985, onde o Ministério de Educação estabeleceu um processo de avaliação obrigatória dos livros didáticos. Caracterização do tema Todas as obras analisadas apresentaram um capítulo relativo ao tema Biotecnologia e Engenharia genética. Alguns dos autores não citaram diretamente os substantivos “Biotecnologia e Engenharia genética” para definir o capítulo, estes por sua vez optaram por outras palavras e substantivos que resumem o tema. Na Tabela 3 estão apresentados os títulos dos capítulos referentes ao tema analisado. Tabela 3 – Títulos dos capítulos referentes ao tema analisado. Livro didático Bio v.2 Lopes e Rosso, 2010 Biologia das populações v.3 Amabis e Martho, 2009 Novas bases da Biologia Bizzo, 2012 Biologia hoje v.3 Linhares e Gewandsznadjer, 2011 Biologia: Ser protagonista Biologia Santos et al., 2010 Biologia. v.1 Pezzi, Gowdak e Mattos, 2010 Biologia v.3 Mendonça e Laurence, 2010 Fonte: Dados da pesquisa, 2014. Título do capítulo Biotecnologia Aplicações do conhecimento genético Biologia Molecular e Biotecnologia A tecnologia do DNA Biotecnologia Biotecnologia Biologia molecular do gene: síntese proteica e engenharia genética O livro de Lopes e Rosso (2010) caracteriza o tema Biotecnologia e Engenharia Genética no capítulo 11, finalizando a unidade de genética e intitulada como “Biotecnologia” (Tabela 3). O capítulo apresenta 21 páginas dedicadas ao conteúdo, divididas em 12 seções (incluindo introdução ao conteúdo), das quais sete podem ser 39 citadas como principais, devido à relevância atual do tema. As sete seções principais são: DNA recombinante; Clonagem de DNA; Terapia gênica; Vacinas gênicas; Clonagem; Organismos transgênicos; Aconselhamento genético. Para cada uma das seções supracitadas os autores utilizaram o primeiro parágrafo para definir o tema da seção, e o texto restante para caracterização e exemplificações de termos técnicos e metodologias utilizadas no dia a dia de profissionais da área. A seguir é apresentado trechos de parágrafos do capítulo analisado do livro de Lopes e Rosso (2010) ao qual se refere à estrutura de caracterização do tema no texto principal do capítulo: [...]. A molécula de DNA associada ao novo trecho inserido é denominada DNA recombinante (p.392). [...]. A técnica central na tecnologia do DNA recombinante é o isolamento de moléculas de DNA e sua inserção no DNA de outro organismo (p.391). [...]. Clonagem de DNA significa produzir inúmeras cópias idênticas de um mesmo fragmento da molécula de DNA (p.392). [...] os plasmídeos. Estes são utilizados como vetores, pois não contêm genes essenciais à vida das bactérias. Os plasmídeos podem ser manipulados, e as bactérias continuam vivendo e se reproduzindo normalmente (p.392). [...]. Uma vez quebrado o DNA, isolam-se fragmentos de diferentes tamanhos, que são separados por uma técnica chamada eletroforese (p.393). [...] terapia gênica. Essa técnica consiste em substituir o alelo anormal que causa doença pelo alelo normal (p.397). [...]. Organismos transgênicos são aqueles que recebem genes de outras espécies de seres vivos (p.403). O livro de Amabis e Martho (2009) caracteriza o tema Biotecnologia e Engenharia Genética no capítulo oito, finalizando a unidade de genética e intitulada como “Aplicações do conhecimento genético” (Tabela 3). O capítulo apresenta 22 páginas dedicadas ao conteúdo, divididas em quatro seções, que por sua vez estão divididas em subseções. As seções e subseções são: Melhoramento genético – Produção de novas variedades, Propagação de variedades úteis, Problemas decorrentes do melhoramento; Aconselhamento genético e prevenção de doenças hereditárias – Aconselhamento genético; A Genética Molecular e suas aplicações – Enzimas de restrição, Clonagem molecular do DNA, Misturando genes entre espécies: transgênicos; 40 Desvendando o genoma humano – O projeto Genoma Humano. Para algumas das seções e subseções estruturantes do capítulo, os autores utilizam o primeiro parágrafo para fazer uma abordagem histórica, citando alguns eventos que proporcionaram o desenvolvimento e concretização do tema, e o texto restante para definição, caracterização e exemplificações de termos chave e técnicos, como também metodologias utilizadas no dia a dia de profissionais da área e vice-versa. A seguir é apresentado trechos de parágrafos do capítulo analisado do livro de Amabis e Martho (2009) ao qual se refere à estrutura de caracterização do tema no texto principal do capítulo: [...]. Em 1909, o geneticista norte-americano George H. Shull (18741954) descobriu que o cruzamento de duas determinadas variedades de milho produzia plantas mais vigorosas [...] (p.158). [...]. A cultura de tecidos vegetais consiste em retirar uma pequena porção de tecido vivo de uma planta e cultivá-la em um meio nutritivo [...] (p.159). [...] campo da Genética humana podem orientar um casal sobre os riscos de vir a ter filhos com alguma doença hereditária; esse tipo de orientação constitui o aconselhamento genético (p.162). [...]. No início dos anos 1970 descobriu-se que certas enzimas bacterianas, denominadas endonucleases de restrição podiam cortar a molécula de DNA em pontos específicos [...] (p.164). [...]. Outra maneira de clonar um segmento de DNA é introduzindo-o no cromossomo de um vírus bacteriano, que atua como vetor de clonagem (p.169). O livro de Bizzo (2012) caracteriza o tema Biotecnologia e Engenharia genética no capítulo seis, iniciando a unidade referente à Evolução biológica e intitulada como “Biologia molecular e biotecnologia” (Tabela 3). O capítulo apresenta 27 páginas, no entanto, apenas dez são dedicadas ao conteúdo de Biotecnologia e Engenharia genética. O conteúdo destas páginas está dividido em duas seções e suas respectivas subseções, são elas: Biotecnologia – Heterose, A tecnologia do DNA, Amplificação e identificação do DNA; Organismos geneticamente modificados – Genes humanos em bactérias, A vacina transgênica, Alimentos transgênicos. Para as seções e subseções estruturantes do capítulo, o autor utiliza um dos parágrafos para fazer uma citação que envolva abordagem histórica, citando também alguns eventos que levam ao desenvolvimento da seção ou subseção, e o texto restante para definição e exemplificações de termos chave, metodologias utilizadas no dia a dia de profissionais da área, como também o esclarecimento sobre a contribuição de empresas nacionais envolvidas com pesquisa em 41 biotecnologia. A seguir é apresentado trechos de parágrafos do capítulo analisado do livro de Bizzo (2012) ao qual se refere à estrutura de caracterização do tema no texto principal do capítulo: [...]. A década de 1970 viu surgir um novo horizonte de pesquisas com diversas descobertas referentes à manipulação do DNA (p.196). [...]. A eletroforese é uma técnica que submete macromoléculas eletricamente carregadas a uma corrente elétrica [...] (p.196). [...]. Em 1983 foi publicado um artigo descrevendo como o DNA da bactéria E. coli tinha sido alterado, produzindo DNA recombinante (p.200). [...]. A Embrapa, empresa estatal brasileira, desenvolve diversas plantas transgênicas (p.202). O livro de Linhares e Gewandsznadjer (2011) caracteriza o tema Biotecnologia e Engenharia genética no capítulo oito, finalizando a unidade de genética e intitulada como “A tecnologia do DNA” (Tabela 3). O capítulo apresenta 12 páginas dedicadas ao conteúdo e estão divididas em seis seções e suas respectivas subseções, são elas: A tecnologia do DNA recombinante – Cortando o DNA: Enzimas de restrição; Aplicações da Engenharia Genética – Clonagem do DNA e construção do DNA recombinante; Análise do DNA – Aplicações; Terapia Gênica; Projeto Genoma Humano; Animais e Vegetais Transgênicos – Animais Transgênicos, Plantas Transgênicas. Para as seções e subseções estruturantes do capítulo, os autores utilizaram definições objetivas, exemplificações de termos e metodologias, como também o esclarecimento sobre a contribuição de empresas nacionais envolvidas com pesquisa em biotecnologia. 42 O livro de Santos et al. (2010) caracteriza o tema Biotecnologia e Engenharia Genética no capítulo oito, finalizando também a unidade referente a genética e intitulada como “Biotecnologia” (Tabela 3). O capítulo apresenta 11 páginas divididas em duas partes, que por sua vez estão subdivididas em seções, são elas: Ação gênica – Um gene, uma enzima, Um gene, um polipeptídio, O fluxo da informação gênica, Genética de seres eucarióticos e procarióticos; Melhoramento genético e biotecnologia – Seleção artificial, Engenharia genética. Para as seções estruturantes do capítulo, os autores utilizam de definições também objetivas, abordagem histórica de determinados temas, exemplificações de termos e metodologias, como também o esclarecimento sobre a contribuição de empresas nacionais envolvidas com pesquisa em biotecnologia. A seguir é apresentado trechos de parágrafos do capítulo analisado do livro de Santos et al. (2010) ao qual se refere à estrutura de caracterização do tema no texto principal do capítulo: As enzimas de restrição são aquelas capazes de "cortar" uma molécula de DNA em pontos específicos (p.119). [...] um gene é uma unidade de informação hereditária que se expressa determinando uma característica (fenótipo) (p.115). Um passo importante na elucidação do modo de ação dos genes foi dado em 1941 pelos pesquisadores estadunidenses George Wells Beadle (1903-1989) e Edward Lawrie Tatum (1909-1975), em seus estudos com Neurospora crassa, o fungo vermelho do pão (p.115). [...]. Uma molécula de DNA cortada com determinado tipo de enzima de restrição fornece pedações de DNA que podem ser separados de acordo com o seu tamanho e carga elétrica, por meio da eletroforese (p.119). [...]. Esses OGM foram desenvolvidos pela Embrapa, um dos centros de excelência no melhoramento genético animal e vegetal (p.120). O livro de Mendonça e Laurence (2010) caracteriza o tema Biotecnologia e Engenharia genética no capítulo dez, finalizando também a unidade referente à genética e intitulada como “Biologia molecular do gene: síntese proteica e engenharia genética”. O capítulo apresenta 15 páginas, no entanto, apenas oito são dedicadas ao conteúdo de Biotecnologia e Engenharia genética e está dividida em quatro seções, são elas: Organismos geneticamente modificados (OGM); Projeto Genoma; Terapia gênica; Clonagem. Para as seções estruturantes do capítulo, os autores utilizam de definições contextualizadas, perfazendo uma abordagem histórica de determinados temas, 43 exemplificações de termos chave, como também o esclarecimento sobre a contribuição de empresas nacionais envolvidas com pesquisa em biotecnologia. A seguir é apresentado trechos de parágrafos do capítulo analisado do livro de Mendonça e Laurence (2010) ao qual se refere à estrutura de caracterização do tema no texto principal do capítulo: [...]. Ao selecionar as sementes dos frutos mais doces, ou o boi mais forte do rebanho para a reprodução, o ser humano promove melhoramento genético (p.197). [...]. Em 1990, teve início o PGH, que contou com o apoio de instituições públicas e particulares de vários países, inclusive no Brasil (p.199). [...]. As primeiras tentativas de clonagem em animais, [...], foram feitas em 1952, com células de anfíbios. Os primeiros resultados positivos, com obtenção de girinos clonados, aconteceram em 1970 (p.201). [...]. Os OGM são os que possuem em seu DNA fragmentos de DNA de indivíduos de outra espécie (p.197). [...]. Técnicas como essa têm sido utilizadas para clonar outros mamíferos, como o caso da bezerra Vitória, obtida como resultado de pesquisas com clonagem feitas pela Embrapa (p.202). O livro de Pezzi, Gowdak e Mattos (2010) caracteriza o tema Biotecnologia e Engenharia genética no capítulo 11, finalizando também a unidade referente à genética e intitulada como “Biotecnologia”. O capítulo apresenta 11 páginas dedicadas ao conteúdo de Biotecnologia e Engenharia genética e está dividida em oito seções e subseções, são elas: DNA, “o livro de receitas”; O DNA recombinante – Tesouras químicas; Organismos geneticamente modificados (OGM); Clonagem – A clonagem em plantas; Projeto Genoma Humano; Terapia gênica; Células-tronco; Nanorrobótica medicinal. Para algumas das seções e subseções estruturantes do capítulo, os autores utilizam o primeiro parágrafo para fazer uma abordagem histórica, citando alguns eventos que proporcionaram o desenvolvimento e concretização do tema, e o texto restante para definição de termos chave, como também metodologias utilizadas no dia a dia de profissionais da área. A seguir é apresentado trechos de parágrafos do capítulo analisado do livro de Pezzi, Gowdak e Mattos (2010) ao qual se refere à estrutura de caracterização do tema no texto principal do capítulo: Os ácidos nucleicos foram isolados em 1869, e no início de 1930 os termos desoxirribonucleico (DNA) e ribonucleico (RNA) 44 passaram a ser utilizados, pois suas estruturas químicas se tornaram conhecidas (p.114). Em meados de 1990, um consórcio público internacional de cientistas e pesquisadores começou o sequenciamento dos genes da espécie humana, isto é, do nosso genoma [...] (p.119). [...] um organismo que recebe genes de outra espécie é um transgênico, isto é, um OGM (p.116). A terapia gênica será responsavel pela substituição de genes defeituosos, por outros normais [...] (p.119). O método do DNA fingerprint ou impressão digital de DNA, utilizado pela medicina e pela justiça para identificação individual e reconhecimento de paternidade [...] (p.122). A presença de textos de apoio (texto paralelo) ao assunto analisado está devidamente apresentada na Tabela 4. Tabela 4 – Textos de apoio encontrados nos livros didáticos selecionados relacionados com o tema Biotecnologia e Engenharia genética. Livro didático Titulo do texto de apoio Bio v.2 Lopes e Rosso, 2010 Biologia das populações v.3 Amabis e Martho, 2009 Biologia: Ser protagonista Biologia v.3 Santos et al., 2010 Bioética como ética aplicada à genética Desdobramentos do Projeto Genoma Humano Biologia v.1 Pezzi, Gowdak e Mattos, 2010 Biologia v.3 Mendonça e Laurence, 2010 Fonte: Dados da pesquisa, 2014. Fonte Artigo científico Artigo científico Vacina de DNA é esperança no tratamento da tuberculose Jornal impresso ...transgênicos, você sabia que o milho transgênico poderia reduzir a fome na África? Jornal impresso ...células-tronco, saiba que existem diferenças entre a utilização de células-tronco embrionárias e adultas. Revista científica ...nanotecnologia, saiba mais algumas aplicações dessa nanociência. Revista científica Os exames de DNA nos tribunais Revista científica 45 Os textos de apoio ou “textos paralelos” ao assunto consistiam em textos adaptados de jornal acadêmico ou artigo científico. Além da atualização de conteúdos, a tendência crescente do uso de textos de divulgação científica em livros didáticos tem sido ilustrada por vários estudos que destacam diferentes funções que tais textos podem vir a desempenhar no contexto do ensino formal, como por exemplo: instigadores de debate; estruturadores de aula; práticas de leitura; motivadores de aula (AIRES et al., 2003; MARTINS et al., 2004). Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – citados na fundamentação teórica desta pesquisa – ressaltam a importância de o estudante ter contato com outros tipos de textos informativos – como artigos científicos, jornais, revistas – a fim de ampliar o seu universo textual (BRASIL, 2000). Os eventos históricos que proporcionaram o desenvolvimento da Biotecnologia – por seguinte, a Engenharia Genética – se fazem importantes no arcabouço intelectual do texto principal de vários livros. Os livros de Amabis e Martho (2009), Bizzo (2012), Santos et al. (2010), Mendonça e Laurence (2010) e principalmente o de Pezzi, Gowdak e Mattos (2010) apresentaram certa preocupação em citar alguns dos principais eventos históricos importantes desta área. Pezzi et al. (2010) explora bem os eventos históricos no fim do capítulo, onde é apresentado ao leitor uma linha do tempo que retrata os principais eventos que proporcionaram o desenvolvimento da Biotecnologia – e por seguinte a Engenharia genética (Anexo I). Segundo os PCN+ (2002), “compreender o conhecimento científico e o tecnológico como resultados de uma construção humana, inseridos em um processo histórico e social” é uma competência necessária para a formação no que se refere à contextualização sociocultural do aluno (BRASIL, 2002). Em suma, a obra de Lopes e Rosso (2010) e Amabis e Martho (2009) caracterizam o tema de forma contextualizada, permeando os conhecimentos básicos da Biolotenologia moderna e Genética molecular, assim como suas aplicações na indústria, economia, e principalmente na pesquisa e saúde. Na obra de Bizzo (2012), o tema é caracterizado de forma confusa, devido ao fato de que o conteúdo referente ao capítulo de Biotecnologia e Engenharia genética está inserido na unidade intitulada “Evolução Biológica”, o que não convêm com o bloco dois da ficha de avaliação do PNLD/2012, no que diz respeito à organização entre as unidades estruturadoras (BRASIL, 2012). Por segundo, o autor caracteriza o tema de forma bastante resumida, focando em temas como a tecnologia do DNA, análise do DNA e organismos geneticamente modificados, deixando de citar assuntos importantes, como: aplicações da manipulação do material 46 genético na saúde. Já a obra de Linhares e Gewandsnadjer (2011) caracteriza o tema de forma mais resumida, priorizando definições e exemplos da aplicação da Biotecnologia moderna e Engenharia genética na indústria, economia, pesquisa e saúde. Nas obras de Santos et al (2010), Pezzi, Gowdak e Mattos (2010) e Mendonça e Laurence (2010), os autores caracterizam o tema também de forma contextualizada, porém resumida – para não dizer superficial – permeando os conhecimentos básicos da Genética clássica, Biotecnologia moderna e Genética Molecular e suas aplicações na pesquisa e saúde. Linguagem utilizada O texto principal de todos os livros apresentou coesão do tipo sequencial. Esta, por sua vez estabelece relações semânticas e/ou programáticas possibilitando a interpendência entre os elementos do texto. Para Koch (2004) a coesão compreende a ligação, relação, a conexão entre as palavras, expressões ou frases do texto. Segundo Melo e Gomes (1999), a coesão é um fator textual que se faz necessário à construção textual e ao entendimento do texto, pois produz uma relação de dependência entre os enunciados que o compõe. O escritor/falante – no caso dos livros didáticos, o autor – detém a habilidade para falar/escrever, a fim de produzir os grupos de enunciados que compõe um texto, que por sua vez são frases interligadas, não aleatórias e que constroem um significado (MELO; GOMES, 1999). Koch (2004) complementa afirmando que a coesão textual consiste em processos de sequencialização que asseguram uma ligação linguística significativa entre os elementos que ocorrem na superfície textual. Todos os livros analisados apresentaram indescritivelmente a citação de termos técnicos no decorrer do texto principal, principalmente ao que se diz respeito à técnica da eletroforese. Na Tabela 5 estão listados os termos técnicos encontrados em cada livro. Estes são importantes para a alfabetização cientifica do aluno, no entanto, nenhum livro apresentou um glossário, que é extremamente importante para temas como Biotecnologia e Engenharia genética, devido à necessidade do conhecimento de termos chave e técnicos que requerem uma maior atenção quanto a sua função no entendimento do texto. No Apêndice C é apresentado um modelo de glossário referente ao tema Biotecnologia e Engenharia genética. Este pode vir a ser utilizado como material complementar para auxiliar no entendimento do conteúdo. 47 Tabela 5 – Termos técnicos encontrados nos livros didáticos selecionados. Estes estão relacionados a técnicas utilizadas em Biotecnologia e Engenharia genética. Livro didático Bio v.2 Lopes e Rosso, 2010 Biologia das populações v.3 Amabis e Martho, 2009 Novas bases da Biologia v.3 Bizzo, 2012 Biologia hoje v.3 Paulino e Gewandsznadjer, 2011 Biologia: Ser protagonista Biologia v.3 Santos et al., 2010 Biologia v.1 Pezzi, Gowdak e Mattos, 2010 Biologia v.3 Mendonça e Laurence, 2010 Termo técnico Eletroforese Clonagem molecular PCR Amniocentese DNA fingerprint Clonagem molecular Eletroforese PCR Eletroforese Eletroforese PCR DNA fingerprint Eletroforese Eletroforese Eletroforese Vacina gênica Vacina de DNA Fonte: Dados da Pesquisa, 2014. Como foi visto a algumas seções atrás, a Biotecnologia e a Engenharia genética englobam vários conceitos e conhecimentos de processos tais como organismos geneticamente modificados, clonagem molecular, processos industriais, produtos de fermentação, entre outros. Tais conhecimentos estão sendo cada vez mais abordados por autores em livros didáticos. Os conhecimentos adquiridos a partir dos conceitos e dos processos permitem o desenvolvimento de competências dos alunos associada a uma visão de mundo atualizada (SERRALHEIRO; FREIRE, 2002; ROTA; IZQUIERDO, 2003). O professor é também responsável de informar seus alunos sobre os aspectos científicos e técnicos básicos da Biotecnologia bem como seus métodos e realizações. 48 Figuras e ilustrações utilizadas Os livros analisados apresentaram esquemas, figuras e fotografias como ilustrações didáticas. Na Tabela 6 é apresentado um resumo dos resultados obtidos. Tabela 6 – Resumo dos resultados obtidos em relação às figuras e ilustrações utilizadas nos livros didáticos selecionados. Ilustração Projeto gráfico Projeto gráfico Livro didático utilizada (Pontos positivos) (Pontos negativos) Apresenta 23 ilustrações; BIO v.2 Lopes e Rosso, 2010 Fotografia Figura Esquema As ilustrações analisadas estão localizadas próximas ao texto ao qual estão fazendo referência, e auxiliam diretamente no entendimento do conteúdo; Todas as ilustrações apresentam legenda de cunho descritivo seguida de outra legenda que informa valores referentes à escala e cores quando necessário. Apresenta 22 ilustrações; Biologia das populações v.3 Amabis e Martho, 2009 Fotografia Figura Esquema As ilustrações analisadas estão referenciadas próximas ao texto auxiliando no entendimento do conteúdo; Presença de legenda de cunho descritivo. Não estão referenciadas no texto principal. Faz uso de analogias que pode vir a construir um conhecimento errôneo; Não apresenta informação a respeito de escala e cores utilizadas nas ilustrações. As ilustrações não contribuem para o entendimento do conteúdo; Apresenta 15 ilustrações; Novas bases da Biologia v.3 Bizzo, 2012 Fotografia Figura As ilustrações estão referenciadas no texto principal e localizadas próximas a ele; Presença de legenda de cunho descritivo. As ilustrações apresentam tamanho inapropriado, tornando o texto da página ao qual estão localizadas pequeno e com pouca informação; Não apresenta informação a respeito de escala e cores utilizadas nas ilustrações. 49 Continuação da Tabela 6. Ilustração Livro didático utilizada Ser protagonista Biologia v.3 Santos et al, 2010 Fotografia Figura Esquema Projeto gráfico (Pontos positivos) Apresenta 13 ilustrações; As ilustrações analisadas estão referenciadas próximas ao texto como também durante a leitura do mesmo, auxiliando no entendimento do conteúdo; Presença de legenda de cunho descritivo em apenas algumas ilustrações e de outra referente às cores utilizadas. Apresenta 12 ilustrações; Biologia Hoje v.3 Linhares e Gewandsznadjer, 2011 Fotografia Figura Esquema As ilustrações analisadas estão localizadas próximas ao texto como também possuem referência no mesmo, auxiliando diretamente no entendimento do conteúdo; Projeto gráfico (Pontos negativos) Não apresenta informação a respeito de escala das ilustrações; Falta de organização das ilustrações na página. Faz uso de representações errôneas sobre a morfologia da célula. Algumas das ilustrações apresentam legenda de cunho descritivo e informações referentes à escala e cores quando necessário. Apresenta 11 imagens; Biologia v.1 Pezzi, Gowdak e Mattos, 2010 Fotografia Figura Esquema As ilustrações analisadas estão localizadas próximas ao texto ao qual estão fazendo referência, e auxiliam diretamente no entendimento do conteúdo; Algumas das ilustrações apresentam legenda de cunho descritivo e informações referentes à escala e cores quando necessário; Legenda que informa a fonte. - 50 Continuação da Tabela 6. Ilustração Livro didático utilizada Projeto gráfico (Pontos positivos) Apresenta 8 imagens; Biologia v.3 Mendonça e Laurence, 2010 Fotografia Esquema As ilustrações estão referenciadas no texto principal e localizadas próximas a ele; Presença de legenda de cunho descritivo. Projeto gráfico (Pontos negativos) As ilustrações não contribuem para o entendimento do con- teúdo; Não apresenta informação a respeito de escala e cores utilizadas nas ilustrações. Fonte: Dados da pesquisa, 2014. O papel da imagem/ilustração é importante dentro do livro didático, pois funciona como uma ferramenta pedagógica que auxilia na fixação de conceitos e exemplificações. E para entender tal função cognitiva, o pressuposto da Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel, apresentada por Moreira e Masini (1982) diz o seguinte: [...] aprendizagem significativa é um processo pelo qual uma nova informação se relaciona com um aspecto relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo (p.7). [...]. A aprendizagem significativa ocorre quando a nova informação ancora-se em conceitos relevantes preexistentes na estrutura cognitiva de quem aprende (p.7). Para que ocorra uma melhor compreensão do novo conhecimento, é conveniente relaciona-lo ao conhecimento prévio, ou seja, o universo de ideias e coisas que o indivíduo já conhece. Durante o desenvolvimento da criança, a associação e percepção de imagens a um sistema de signos é uma condição para o desenvolvimento da linguagem escrita, esta por sua vez, tende a ser mais ágil e facilmente compreendida do que a linguagem escrita. Sendo assim, ao utilizar ilustrações/imagens como complemento do texto, é possível que esta possa assumir uma condição anterior para compreensão do conhecimento (DELEGÁ, 2012). No entanto, atualmente existe uma abundância de imagens mostradas na sociedade que domina todas as mídias. Nakamoto (2010) contribui para esta temática dizendo o seguinte: [...] Nesse caso, as crianças estariam acostumadas a essa abundância e perceberiam o livro didático como algo natural, ou seja, a leitura deste seria feita sem problemas ou falta de compreensão do todo [...] No entanto, isso não é possível se falta à criança conhecimento prévio ou letramento para fazer a conexão necessária para entender o todo. Estaríamos então superestimando o poder de ler da criança ao 51 apresentar o livro didático com aspecto da internet ou de outras mídias. Além disso, mesmo que a criança esteja acostumada com a abundância de imagens, isso não significa que vai ter a compreensão crítica dos possíveis significados das imagens, o que demandaria a atuação e mediação do professor (p. 105). Na obra de Amabis e Martho (2009) encontra-se o uso de analogias para exemplificar as técnicas que envolvem o uso de enzimas de restrição (Figura 3). Figura 2 – Analogia sobre atuação de enzimas de restrição na obra de Amabis e Martho (2009). Fonte: Dados da pesquisa, 2014. Na Figura 3, o autor discrimina uma “cola” como sendo a DNA ligase, que por sua vez é uma enzima que tem função de refazer ligações entre porções de DNA, e por isso, desempenha um importante papel na reparação do DNA. Na mesma figura, o autor discrimina uma “tesoura” como sendo uma enzima de restrição, estas por sua vez, desfazem ligações específicas no DNA, gerando assim, diversas porções de DNA. Quase que rotineiramente, os autores de livros didáticos usam de analogias com assuntos que pertencem ao cotidiano do aluno ao invés do conhecimento científico. Duir (1991) e Bachelard (1996) apud Giraldi e Souza (2006) demonstram certa preocupação ao apontar os perigos do uso de analogias, pois estas podem gerar concepções 52 equivocadas do ponto de vista científico. Já a autora Krasilchik (2011), contribui afirmando que o uso e a busca por semelhanças e analogias nas diferentes áreas do conteúdo auxiliam na compreensão dos conhecimentos biológicos. Segundo Giraldi e Mortimer (1998) apud Souza (2006), é necessário que se compreenda que tal linguagem representa “uma forma radicalmente diferente de construir a realidade discursivamente”. No livro de Bizzo (2012) ocorre uma fragmentação da informação, o que pressupõe que o indivíduo que estar lendo seja capaz de entender as associações entre diversos fragmentos de informação. Até mesmo para um indivíduo adaptado a profusão de imagens da era digital, esse ainda é um processo mental difícil e complexo (DELEGÁ, 2012). Além disso, uma composição de página predominantemente visual tem como consequência à sintetização do texto escrito, no qual muitas vezes a informação é perdida (Figura 3). Figura 3 – Ilustrações utilizadas no livro de Bizzo (2012). Estas fazem uso inapropriado do tamanho. A) Mudas de soja transgênica; B) Partículas virais da Hepatite B; C) Representação da molécula de DNA. A B 53 C Fonte: Dados da pesquisa, 2014. Então, novamente aos pressupostos da Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel, que segundo Delegá (2012), assumisse que: [...] sem o conhecimento prévio adequado (que nesse caso, se resume à capacidade intelectual de fazer as devidas associações entre as várias partes do conteúdo fragmentado) o projeto gráfico pode parecer amigável à criança, mas ela não consegue fazer as conexões necessárias para compreender o conteúdo como um todo, e o conhecimento a ser aprendido se dispersa, torna-se confuso (DELEGÁ, 2012). A fragmentação deixa de cumprir seu papel como forma lúdica de orientação do texto e acaba dificultando a compreensão. Quando devidamente utilizada – respeitando o conhecimento prévio e a formação intelectual do aluno, como também tornar ciente de que o uso de analogias é uma forma diferente de entendimento e não a realidade científica – a ilustração associada ao texto viabiliza o conhecimento, incentiva a leitura e instiga a descoberta do novo saber (DELEGÁ ,2012). Quanto às legendas, os livros de Lopes e Rosso (2010), Linhares e Gewandsznadjer (2010) e Pezzi, Gowdak e Mattos (2010) apresentaram legendas bem elaboradas que auxiliam na alfabetização visual do leitor. 54 Segundo as diretrizes do alfabetismo visual, a legenda direciona a leitura da imagem, permitindo assim a não interpretação livre da mesma. O indivíduo capaz de ler o texto imagético por si só – sem auxílio de legenda – é considerado alfabetizado visualmente (DONDIS, 1997). Exercícios propostos Todos os livros analisados apresentaram exercícios relacionados ao assunto de Biotecnologia e Engenharia genética. A maioria desses exercícios era coerente com o tema, no entanto, apenas o livro de Lopes e Rosso (2010) apresentou atividades que estimulavam e ampliavam a informação ou o conhecimento do aluno sobre o tema. Questionamentos éticos Ao que se refere a posicionamento e questionamentos éticos sobre o tema analisado, apenas as obras de Lopes e Rosso (2010) e Amabis e Martho (2009) apresentaram discussões a respeito do tema analisado. A obra de Lopes e Rosso (2010) além de fazer citações referentes à ética de uso de determinadas técnicas, apresenta um quadro intitulado “Tema para discussão” ao qual contêm um texto de apoio intitulado, “Bioética como ética aplicada e Genética”. Já a obra de Amabis e Martho (2009) apresenta argumentos éticos pontuais durante a leitura do texto principal, principalmente no que se refere ao uso de determinadas técnicas laboratoriais. Para Tizioto e Araújo (2007) “é função da escola se preocupar em formar cidadãos aptos a interpretar e avaliar as informações recebidas acerca dos avanços científicos e suas implicações éticas.” Temas como células-tronco, fertilização in vitro, clonagem terapêutica, etc., é importante de serem trabalhados – além do conhecimento biológico – pelo fato de servirem também como auxilio aos alunos – tanto no âmbito pessoal como no social – acerca das questões relacionadas à manipulação da vida em laboratório (DRUMOND, 2007). 55 Indicadores de Enfoque Foi encontrado um total de 1.249 unidades de registros (Quadro 5). Quadro 5 – Categorias estabelecidas para os livros didáticos selecionados e as respectivas unidades de registros que as compõe. Quantidade Livro didático Categoria de unidade Total de registro Engenharia Genética 98 Biotecnologia moderna 135 Bio v.2 Lopes e Rosso, 2010 Biotecnologia moderna aplicada à saúde 22 299 Metodologia técnico-científica utilizada em 15 Biotecnologia moderna e Engenharia genética Questões éticas 29 Engenharia Genética Biotecnologia moderna Biologia das populações Biotecnologia moderna aplicada à saúde v.3 Metodologia técnico-científica utilizada em Amabis e Martho, 2009 Biotecnologia moderna e Engenharia genética Questões éticas 93 167 27 Engenharia Genética Novas bases da Biologia Biotecnologia moderna v.3 Biossegurança Bizzo, 2012 Metodologia técnico-científica utilizada em Biotecnologia moderna e Engenharia genética 38 43 1 Engenharia Genética Biotecnologia moderna Biotecnologia moderna aplicada à saúde Metodologia técnico-científica utilizada em Biotecnologia moderna e Engenharia genética Engenharia Genética Biotecnologia moderna Biotecnologia moderna aplicada à saúde Metodologia técnico-científica utilizada em Biotecnologia moderna e Engenharia genética Biossegurança 113 76 7 Engenharia Genética Biotecnologia moderna Biologia v.1 Biossegurança Pezzi, Gowdak e Mattos, Biotecnologia moderna aplicada à saúde 2010 Metodologia técnico-científica utilizada em Biotecnologia moderna e Engenharia genética 42 63 1 2 Biologia Hoje v.3 Linhares e Gewandsznadjer, 2011 Biologia: Ser protagonista Biologia v.3 Santos et al.,2010 Biologia v.3 Mendonça e Laurence, 2010 Total Fonte: Dados da pesquisa, 2014. 306 10 9 87 5 201 5 54 58 6 123 2 3 109 1 Engenharia Genética 41 Biotecnologia moderna Biotecnologia moderna aplicada à saúde Metodologia técnico-científica utilizada em Biotecnologia moderna e Engenharia genética 73 9 124 1 1.249 56 As categorias Biotecnologia moderna e Engenharia genética foram as que mais se destacaram em termos de quantidade de número de registro. O livro de Amabis e Martho (2009) apresentou a maior quantidade de registros, seguido – em ordem decrescente – da obra de Lopes e Rosso (2010) e Linhares e Gewandsznadjer (2010). As obras de Mendonça e Laurence (2010), Santos et al. (2010), Pezzi, Gowdak e Mattos (2010) e Bizzo (2012) apresentaram quantidade de número de registro inferior a 150, o que leva a um caráter resumido do tema Biotecnologia e Engenharia genética nestas obras. Quanto aos indicadores de enfoques, os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 7. Tabela 7 – Indicadores de enfoque listados estabelecidos após análise de conteúdo dos livros didáticos selecionados. Indicador de enfoque Bio v.2. Lopes e Rosso, 2010 Enfoque relacionado a tecnologias de manipulação do DNA; Enfoque relacionado a questões éticas; Enfoque relacionado à genética humana e saúde; Frequência relativa (%) 82,94 9,70 5,02 Biologia das populações v.3. Amabis e Martho, 2009 Enfoque relacionado a tecnologias de manipulação do DNA; Enfoque relacionado a questões éticas; Enfoque relacionado à genética humana e saúde; 88,24 2,94 8,82 Novas bases da Biologia v.3. Bizzo, 2012 Enfoque relacionado a tecnologias de manipulação do DNA; Enfoque relacionado a questões éticas; 98,85 1,15 Biologia hoje v.3. Linhares e Gewandsznadjer, 2011 Enfoque relacionado a tecnologias de manipulação do DNA; Enfoque relacionado à genética humana e saúde; 96,52 3,48 Ser protagonista v.3. Santos et al. 2010 Enfoque relacionado a tecnologias de manipulação do DNA; Enfoque relacionado a questões éticas; Enfoque relacionado à genética humana e saúde; 92,68 2,44 4,88 Biologia v.1. Pezzi, Gowdak e Mattos, 2010 Enfoque relacionado a tecnologias de manipulação do DNA; Enfoque relacionado a questões éticas; Enfoque relacionado à genética humana e saúde; 97,30 0,9 1,8 Biologia v.3. Mendonça e Laurence, 2010 Enfoque relacionado a tecnologias de manipulação do DNA; Enfoque relacionado à genética humana e saúde; 92,74 7,26 Fonte: Dados da pesquisa, 2014. As obras de Lopes e Rosso (2010), Amabis e Martho (2010), Santos et al. (2010) 57 e Pezzi, Gowdak e Mattos (2010) apresentaram os três tipos de indicadores durante o desenvolvimento do tema ao longo do texto principal. O enfoque predominante em todas as obras está relacionado às Técnicas e manipulação do DNA, onde todas estabeleceram uma frequência relativa acima dos 80% (Tabela 7). As obras de Lopes e Rosso (2010), Amabis e Martho (2009), Bizzo (2012), Santos et al. (2010) e Pezzi et al. (2010) foram às únicas a apresentarem o indicador Questões éticas, correspondendo a 9,63% e 2,94%, 1,15%, 2,44% e 0,9% de frequência relativa, respectivamente (Tabela 7). De modo geral, todos os livros apresentaram temas atuais que envolvem o conhecimento da Biologia, como técnicas e manipulação do DNA e aplicações das tecnologias do DNA na saúde, sendo a obra de Bizzo (2012) exceção para este último item. A predominância do indicador técnicas e manipulação do DNA pode estar relacionada com a maior quantidade de unidades de registro que compõe as categorias estruturantes deste indicador (Apêndice D-J). No entanto, chama-se a atenção para o indicador Questões éticas, pois, atualmente, já é ciente da necessidade de um suporte ético para as pesquisas biotecnológicas atuais, principalmente pelo impacto que estas podem vir a causar na sociedade e no ambiente. Deve-se ser ciente também, da importância do livro didático como um dos materiais necessários para o processo de ensino-aprendizagem (VERCEZE; SILVINO 2014). É perceptível à falta de importância que a maioria dos livros didáticos selecionados têm para com este tema – ética – quando associado à Biotecnologia e Engenharia Genética. Segundo os PCN, no que diz respeito à contextualização sociocultural do aluno, “reconhecer e avaliar o caráter ético do conhecimento tecnológico e utilizar esses conhecimentos no exercício da cidadania” é uma competência necessária no ensino de Biologia e fundamental para formação do aluno. Sendo assim, se faz importante a presença desses questionamentos nos livros didáticos de Biologia (BRASIL, 2000). Como já citado, apenas as obras de Lopes e Rosso (2010), Amabis e Martho (2009), Pezzi, Gowdak e Mattos (2010) e Santos et al. (2010) apresentaram uma abordagem ética sobre o tema analisado. 58 CONCLUSÃO A Biotecnologia se faz presente em muitos setores da sociedade. Desde a sua descoberta, a humanidade soube valorizar a importância e utilização dos seres vivos na Biotecnologia em função de beneficio próprio. Partindo desse sentido, o livro didático de Biologia é importante para os professores e alunos como uma ferramenta didática de fácil acesso para o ensino desse tema, o qual deve ser abordado de forma clara e objetiva, expondo argumentos, técnicas e conteúdos necessários para a sua compreensão. Tendo isso, o aluno estará de posse de uma ferramenta didática confiável, que lhe permite refletir e participar ativamente de assuntos relacionados à Biotecnologia e Engenharia genética, como também estar consciente dos progressos científicos desta área do conhecimento. A abordagem do tema foi considerada significativa, pois foi possível constatar como de fato, diferentes autores abordam o tema Biotecnologia e Engenharia Genética. Praticamente alguns livros analisados mostraram o tema de forma descritiva, com clareza e objetividade, utilizando um projeto gráfico bem elaborado, entendendo as necessidades cognitivas do leitor. As obras de Lopes e Rosso (2010), Amabis e Martho (2009), Linhares e Gewandsznadjer (2011), Pezzi, Gowdak e Mattos (2010) e Santos et al. (2010) foram as que obtiveram uma melhor abordagem do tema Biotecnologia e Engenharia Genética no que se refere aos critérios analisados (Caracterização do tema; Linguagem utilizada; Figuras e ilustrações utilizadas; Exercícios propostos; Questionamentos éticos). No entanto, a obra de Lopes e Rosso (2010) apresentou maior destaque, devido à presença de discussões melhor elaboradas que instigam aos questionamentos éticos a respeito do tema analisado. Parte desses resultados parece ser um reflexo positivo da extensa bibliografia elaborada pelo governo federal – com auxílio de professores de todo o Brasil – a fim de nortear o ensino através de parâmetros e orientações curriculares. As escolas são as beneficiárias de todo este processo, pois cabe a elas escolher entre os títulos disponíveis, aqueles que melhor atendem ao seu projeto político pedagógico. Com isso, os resultados apresentados mostraram que os livros didáticos de Lopes e Rosso (2010) e Amabis e Martho (2009) que são os mais utilizados nas escolas de ensino médio do estado da Paraíba apresentam uma abordagem significativa para aprendizagem do tema analisado. Além disso, o livro didático é uma ferramenta que não deve ser trabalhada sozinha. Para 59 que o educando seja capaz de construir o conhecimento associando ao seu cotidiano, faz-se necessária a presença do professor-mediador, pois este irá orienta-lo durante todo o processo de aprendizagem como também na utilização dos conteúdos disponíveis nos livros didáticos. Além disso, a escolha de um bom livro didático de Biologia faz a diferença na alfabetização científica do educando, pois esta irá servir como uma ferramenta de acesso aos conhecimentos acumulados. 60 REFERÊNCIAS ABDELMASSIH, R. Clonagem reprodutiva versus clonagem terapêutica: avanços e limites. Revista CEJ, Brasília, n. 16, p. 24-48, 2002. ALMEIDA, A. L. 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Archivos de zootecnia, Pelotas, v. 58, p. 15-33, 2009. 66 APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO Livros didáticos de Biologia do ensino médio: avaliação dos conteúdos de Biotecnologia e Engenharia genética - Elton José Ferreira Chaves Análise dos Livros Didáticos de Biologia Tema: Biotecnologia e Engenharia Genética Livro:_________________________________________________________________ Autor(res):_____________________________________________________________ Editora:________________________________________________________________ Volume:______________________________________________________________ Ano:_________________________________________________________________ OBS:__________________________________________________________________ 1 Caracterização do tema 1.1 – O livro apresenta um (ou mais) capítulo(s) exclusivo para o tema Biotecnologia e Engenharia Genética? ( ( ( ( ) Sim, ambos estão presentes ) Sim, apenas o tema Biotecnologia ) Sim, apenas o tema Engenharia Genética ) Não apresenta 1.2 – O tema é abordado através de textos de apoio provenientes de jornais, revistas, sites, entre outros meios de comunicação? ( ) Sim ( ) Não Se sim, qual o meio de comunicação utilizado? _________________________ 1.3 – Apresenta uma abordagem histórica sobre o tema? ( 2 ) Sim ( ) Não Linguagem utilizada 2.1 – O texto principal referente ao capítulo onde o tema está inserido está bem explicado? ( ) Sim ( ) Não 2.2 – O texto principal, em algum momento faz referência ou valoriza algum termo técnico envolvido com o tema? ( ) Sim ( ) Não 67 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE A Livros didáticos de Biologia do ensino médio: avaliação dos conteúdos de Biotecnologia e Engenharia genética - Elton José Ferreira Chaves Análise dos Livros Didáticos de Biologia Tema: Biotecnologia e Engenharia Genética 2.3 – Existe a presença de um glossário para palavras utilizadas no texto? ( 3 ) Sim ( ) Não Figuras e ilustrações utilizadas 3.1 – Apresenta fotos, gráficos, esquemas ou ilustrações? ( ) Sim ( ) Não Se sim, quais os tipos de ilustrações utilizados?___________________________ 3.2 – Estes: - Apresentam qualidade e nitidez? - Apresentam legendas corretas? - Têm coerência com o texto? - Auxiliam na compreensão do texto? - Apresentam fontes atuais? 4 ( ( ( ( ( ( ) Sim ( ) Não ) Sim ( ) Não ) Sim ( ) Não ) Sim ( ) Não ) Sim ( ) Não ) Não há dados relativos á fonte Exercícios propostos e questionamentos éticos 4.1 – Há exercícios sobre o tema? 4.2 – Estes exercícios: - São coerentes com o tema? - Estimulam reflexão e raciocínio? 4.3 – Aborda questões éticas? ( ) Sim ( ) Não ( ( ) Sim ) Sim ( ( ) Não ) Não ( ( ) Sim, quais _______ ) Não 68 APÊNDICE B – ANÁLISE SEMÂNTICA DOS LIVROS DIDÁTICOS Análise dos Livros Didáticos de Biologia Tema: Biotecnologia e Engenharia Genética Livro:________________________________________________________________ Autor(res):____________________________________________________________ Editora:______________________________________________________________ Volume:______________________________________________________________ Ano:_________________________________________________________________ Temáticas Termo - chave Capítulo Página Parágrafo Frequência 69 APÊNDICE C – GLOSSÁRIO A Anticorpo Molécula protéica produzida por células especializadas em vertebrados superiores com função imunológica; o mesmo que imunoglobulina (Ig), proteína multimérica, com dois tipos de peptídeos, um de cadeia leve e outro de cadeia pesada (H2L2). Antibiótico Classe de compostos naturais ou sintéticos que inibem o crescimento ou causam a morte de microrganismos. Amniocentese Procedimento para retirar células fetais visando à diagnose pré-natal, amostrando-se o fluido amniótico de uma fêmea grávida. Aconselhamento genético O aconselhamento genético consiste em verificar a probabilidade de uma doença genética ocorrer em uma família. B Biotecnologia 1. Tecnologia que gera produtos e processos de origem biológica. 2. Espectro ou conjunto de tecnologias moleculares aplicadas ao estudo de microrganismos, plantas e animais. Biologia molecular Biologia das macromoléculas; ciência que estuda os processos biológicos em nível molecular. Biossegurança Matéria que estuda os riscos potenciais da biotecnologia para a saúde humana e animal, bem como para o ambiente. Biblioteca de DNA Coleção de cDNAs, obtida por clonagem de regiões expressas do genoma a partir de RNAs mensageiros, transcritos em cDNA por tanscrição reversa. Bioética Ramo da ética que trata do potencial impacto do desenvolvimento das ciências biológicas nas sociedades humanas. C Clonagem terapêutica Uso de células-tronco para produzir, in vitro, tecidos ou órgãos para transplante. Clonagem Propagação, multiplicação a partir de um indivíduo, uma célula ou molécula, gerando uma população geneticamente idêntica. Células-tronco Célula embrionária que tem potencial para originar células diferenciadas, inclusive células germinativas, por ser pluripotente. Cromossomos Corpos nucleares que contêm o material genético, incluindo os genes responsáveis pela diferenciação e atividade da célula e sequências não codificadoras. 70 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE C CTNBio Comissão técnica interdisciplinar que regulamenta a pesquisa e o uso comercial de OGM na indústria e agropecuária brasileiras. Clonagem de DNA Clonagem de uma sequência codificadora de um gene, a partir da transcrição reversa de seu RNAm. Código genético Linguagem da Genética Molecular que traduz o significado das trincas de nucleotídeos E Engenharia genética Conjunto de técnicas de biologia molecular que resulta na construção de moléculas de DNA quiméricas ou recombinantes. Ver tecnologia do DNA recombinante. Ética Campo de questionamento fundamental na geração de propostas filosóficas sobre o que seja a boa regra ou a boa vida. Eletroforese Técnica usada para separar misturas complexas de macromoléculas, normalmente proteínas e ácidos nucléicos. Seu princípio é submeter amostras, aplicadas em pequenos poços de uma matriz porosa submersa em um tampão, a um campo elétrico. As moléculas migram a uma taxa que é dependente de sua carga elétrica e de seu peso molecular. EMBRAPA Abreviação de Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária Enzimas de restrição Classe de enzimas microbianas que clivam o DNA após reconhecer uma sequência específica. O mesmo que endonuclease de restrição. Podem encontrar poucos sítios (de corte raro) ou clivar todo o genoma (corte frequente). G Genética molecular Área da Genética que estuda a estrutura, organização e função dos ácidos nucléicos (transcrição e tradução), bem como os processos de regulação da expressão gênica. Genoma 1. Conjunto das seqüências de nucleotídeos (expressas ou não) que constituem o material genético de uma espécie, vírus ou organela. 2. Complemento cromossômico haplóide (do inglês, haploid set) de uma espécie. Gene Unidade transmitida de geração a geração durante a reprodução sexual ou assexual. Sequência de nucleotídeos capaz de sofrer transcrição, ou seja, dar origem a moléculas de RNA, e que inclui as regiões líder e trailer, bem como os íntrons. Genética Clássica A Genética clássica consiste nas técnicas e métodos da genética, anteriores ao advento da biologia molecular. 71 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE C Genômica Ciência que estuda o genoma dos organismos a partir de seu seqüenciamento, com vistas a entender sua estrutura, organização e função. H Híbrido Aquele que deriva do cruzamento entre pais distintos, contrastantes para uma ou mais características. I Insulina Hormônio peptídico segregado pelo pâncreas que regula o nível de glicose no sangue dos mamíferos. In vitro Expressão latina que designa todos os processos biológicos que têm lugar fora dos sistemas vivos, no ambiente controlado e fechado de um laboratório e que são feitos normalmente em recipientes de vidro. L Laboratório Espaço físico devidamente equipado com instrumentos de medida próprios para a realização de experimentos e pesquisas científicas. M Manipulação do DNA Conjunto de técnicas de biologia molecular que resulta na construção de moléculas de DNA quiméricas ou recombinantes. Ver tecnologia do DNA recombinante. Microrganismo Classe de organismos visível apenas ao microscópio, que inclui certas algas, bactérias, fungos, protozoários e vírus. N Nanotecnologia Estudo de manipulação da matéria numa escala atômica e molecular. O OGM Abreviação de organismo geneticamente modificado. P Proteoma Conjunto de todas as proteínas de um organismo. PGH Esforço internacional para o mapeamento do genoma humano e a identificação de todos os nucleótidos que o compõem. PCR Da sigla inglesa, Polimerase Chain Reaction. T Terapia gênica Conjunto de procedimentos para tratar de um portador de doença genética utilizando-se tecnologias de DNA recombinante. Pode ser praticada in vivo. 72 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE C Transgênico Indivíduo no qual um transgene foi integrado ao seu genoma. V Vacina de DNA Vacina que consiste na injeção de um fragmento específico de DNA para estimular uma resposta imune. Vacina Preparação morta ou atenuada de patógenos que pode induzir à formação de anticorpos no hospedeiro e assim produzir imunidade contra o patógeno. Fonte: Conselho de informações sobre Biotecnologia9 9 Disponível em: <http://cib.org.br/biotec-de-a-a-z/glossario/>; Acesso em 18 nov. 2014. 73 APÊNDICE D – FICHA DE AVALIAÇÃO DA OBRA DIDÁTICA SELECIONADA “BIO” DE LOPES E ROSSO (2010) Categoria Componente de registro Célula vegetal In vitro Engenharia genética Exemplo "Assim, qualquer gene pode ser introduzido em uma célula vegetal utilizando-se essa ferramenta oferecida pela própria natureza." "Dessa forma originam-se vírus in vitro, ou seja, em laboratório." F.A F.R (%) 1 0,33 3 1,00 Transgênico "Organismos transgênicos são aqueles que recebem genes de outras espécies de seres vivos." 10 3,34 Engenharia genética "A engenharia genética possibilita a manipulação de moléculas de DNA." 6 2,01 Gene "[...] é possível produzir insulina clonando o gene humano em bactérias e estimulando-o para que entre em atividade." 53 17,73 Enzimas de restrição "Os cientistas conseguem isolar o DNA viral e, utilizando enzimas de restrição [...].". 7 2,34 2 0,67 5 1,67 1 0,33 1 0,33 8 2,68 1 0,33 Manipulação do DNA DNA recombinante OGM Anticorpos Insulina Antibiótico "[...] enzimas de restrição. A descoberta dessas enzimas permitiu grandes avanços na manipulação do DNA." "A molécula de DNA associada ao novo trecho inserido é denominada DNA recombinante." "Nas plantas, os métodos empregados na obtenção de organismos transgênicos (organismos geneticamente modificados - OGM) [...]." "O produto da atividade desses genes é purificado e pode atuar como vacina, [...] estimua a produção de anticorpos específicos." "A produção de certos hormônios [...] já tem sido realizada por meio de técnicas de clonagem [...]. É o caso da insulina [...]." "Nos plasmídeos estão, em geral, genes que conferem às bactérias resistência a antibióticos." F.R (%) 32,78 74 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE D Categoria Componente de registro Microrganismo Genoma Cromossomo Análise do DNA DNA Biologia Molecular Biotecnologia moderna Clonagem Células-tronco Laboratório Biblioteca de DNA Proteoma Biotecnologia Biotecnologia moderna aplicada à saúde Exemplo "Ao se reproduzir, esses microrganismos multiplicam as moléculas recombinantes [...]." "É importante frisar que não se clonam indivíduos, mas sim genomas, [...]." "Os cromossomos humanos cotêm cerca de 35 mil genes [...]." "[...] identificação de pessoas com base na análise do DNA [..]." "Os cientistas conseguem isolar o DNA viral e, utilizando enzimas de restrição [...].". "Utilizando as técnicas da Biologia Molecular, os cientistas estão avançando em mais uma área importante [...]." "A produção de certos hormônios [...] já tem sido realizada por meio de técnicas de clonagem [...]." "[...] não é permitida por lei, mas a clonagem terapêutica, que é feita com a finaldiade de produção de célulastronco, sim." "[...]insulina extraída do pâncreas de ratos criados em laboratório[...]." "Clonando-se vários trechos das moléculas de DNA de uma espécie, é possível formar uma biblioteca de DNA." "Proteoma é um termo relativamente novo, que significa o conjunto de proteínas expressas por um genoma." "[...] a Biotecnologia corresponde a técnicas que têm permitido ao ser humano utilizar organismos para obter produtos de seu interesse." F.A F.R (%) 1 0,33 8 2,68 9 3,01 4 1,34 66 22,07 4 1,34 25 8,36 1 0,33 4 1,34 1 0,33 8 2,68 4 1,34 Terapia gênica "A terapia gênica é outra área em expansão que envolve essas técnicas." 8 2,68 Diagnóstico "Por meio dessa técnica também é possível [...] para fazer diagnósticos antes do nascimento." 8 2,68 1 0,33 1 0,33 Doenças genéticas Clonagem terapêutica "[...] as informações que podem ser obtidas em diagnóstico pré-natal sobre doenças genéticas em fetos." "[...] não é permitida por lei, mas a clonagem terapêutica, que é feita com a finaldiade de produção de célulastronco, sim." F.R (%) 45,15 7,36 75 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE D Categoria Componente de registro Exemplo F.A F.R (%) "Os avanços na engenharia genética nos últimos anos têm permitido [...] melhorias no serviço de aconselhamento genético." 4 1,34 2 0,67 2 0,67 4 1,34 1 0,33 "O DNA fingerprint tem sido útil para identificação de pessoas, [...] sobre a DNA fingerprint possível participação de suspeitos em crimes e para testes de paternidade." 6 2,01 Religião "[...] a questão do aborto envolve aspectos religiosos, éticos e morais que merecem ampla discussão [...]." 1 0,33 Ética "A possibilidade de clonagem, inclusive a humana, tem levantado intensas discussões éticas." 19 6,35 Bioética "[...] Bioética são formas novas da ética aplicada que caracterizam a soceidade, a cltura e os valores morais da civilização conteporânea." 6 2,01 Ecoética "A Ecoética e a Bioética são formas novas da ética aplicada que caracterizam a soceidade, a cltura e os valores morais da civilização conteporânea." 1 0,33 Moral "[...] a questão do aborto envolve aspectos religiosos, éticos e morais que merecem ampla discussão [...]." 2 0,67 Biotecnologia moderna Aconselhamento aplicada à genético saúde Eletroforese "[...] quebrando o DNA, isolam-se fragmentos de diferentes tamanhos, que são separados por uma técnica chamada eletroforese." "Clonagem de DNA significa produzir inúmeras cópias idênticas de um mesmo fragmento da molécula de DNA." Clonagem de Metodologia DNA técnicocientífica "A técnica da PCR foi desenvolvida utilizada em PCR em 1985 pelo bioquímico Kary Mulis." Biotecnologia moderna e "Com a amniocentese, obtêm-se as Engenharia Amnioncentese mesmas informações que no exame das genética vilosidades coriônicas [...]." Questões éticas Total Fonte: Dados da pesquisa, 2014. F.R (%) 5,02 9,70 100 76 APÊNDICE E – FICHA DE AVALIAÇÃO DA OBRA DIDÁTICA SELECIONADA “BIOLOGIA DAS POPULAÇÕES” DE AMABIS E MARTHO (2010) Categoria Engenharia Genética Componente de registro Exemplo F.A F.R (%) Gene "[...] a capacidade de resistir a doenças etc., são condicionadas por genes que interagem fortemente com fatores ambientais." 45 14,71 Hibrido " Essas plantas foram denominadas híbridas, termo utilizado também para designar o produto do cruzamento entre linhagens diferentes [...]." 6 1,96 DNA recombinante " cortar o DNA de plasmídios, emendá-lo a um outro DNA e introduzir a molécula produzida DNA recombinante - [...]." 4 1,31 Enzimas de restrição " As enzimas de restrição são enzimas bacterianas que atuam como "tesouras moleculares [...]." 14 4,58 Antibiótico " Cohen trabalhava com plasmídios bacterianos, tentando isolar genes para resistência a antibióticos." 1 0,33 Engenharia genética " As técnicas da engenharia genética tornaram possível introduzir um gene humano em um camundogo." 6 1,96 In vitro " [...] é necessário fazer a fecundação in vitro [...]." 1 0,33 Insulina " A insulina foi a primeira proteína humana produzida por engenharia genética." 5 1,63 Transgênicos "Os organismos que recebem e incorporam genes de outra espécie são chamados de transgênicos." 11 3,59 F.R (%) 30,39 77 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE E Categoria Componente de registro Exemplo F.A F.R (%) DNA "[...] sequências de pares de bases específicas em moleculas de DNA." 81 26,47 Microrganismo "[...] microrganismos que constituem nossos alimentos básicos foram domesticadas e "melhoradas" em diferentes regiões do mundo." 1 0,33 Melhoramento "O melhoramento consiste em selecionar e aprimorar as qualidades das esécies tendo em vista usa utilização pelos seres humanos." 5 1,63 Genética molecular "[...] a descoberta das enzimas de restrição permitiu um grande avanço na Genética Molecular." 2 0,65 "É cada vez maior o número de genes deletérios identificados pelas novas técnicas de análise do DNA [...]." 1 0,33 Cromossomos " A região mediana do cromossomo, onde se localiza os genes não essenciais [...]." 22 7,19 PGH " O Projeto Genoma Humano teve ínicio oficialmente em outubro de 1990 [...]." 8 2,61 Fungo "[...] um segmento de DNA plasmidial capaz de se multiplicar em células da levedura, comportando-se como um dos cromossomos desse fungo." 1 0,33 Biologia molecular "Até agora o genoma completo de mais de 25 organismos microbianos foram sequenciados, incluindo a E. coli, na qual a Biologia Molecular [...]." 1 0,33 Genômica "[...] a era da análise genômica representa um novo começo [...]." 11 3,59 Genoma " Agora que o genoma de vários organismos inferiores foi totalmente sequenciado [...]." 34 11,11 Biotecnologia Análise do DNA Moderna F.R (%) 54,58 78 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE E Biotecnologia moderna aplicada à saúde Metodologia técnicocientífica utilizada em Biotecnologia moderna e Engenharia genética Doenças genéticas " preocupar em procurar aconselhamento genético se já teve alguma criança [...] afetados por doenças genéticas." 8 2,61 Exame " costuma-se realizar exame de DNA de uma célula dos embriões antes da implatanção no útero da mãe." 6 1,96 Diagnóstico " Atualmente é possível diagnosticar certas doenças genéticas graves ainda durante a vida intra-uterina." 5 1,63 Geneterapia " [...] geneterapia. Teoricamente, seria possível substituir ou adicionar na pessoa doente uma copia correta do alelo alterado [...]." 3 0,98 Aconselhamento genético " preocupar em procurar aconselhamento genético se já teve alguma criança [...] afetados por doenças genéticas." 5 1,63 Clonagem molecular [...] multiplicação da célula bacteriana transformada, constitui um clone molecular, daí a metodologia para obtê-lo ser denominada clonagem molecular." 8 2,61 " [...] os fragmentos obtidos na reação de sequenciamento, o que é feito por meio da técnica de eletroforese." 2 0,65 3 0,98 Eletroforese Moral Questões éticas Ética Total Fonte: Dados da pesquisa, 2014. "Os conhecimentos biológicos têm afetado cada vez mais a vida das pessoas, seja pelas possibilidades de sua aplicação nos campos da produzção de alimentos e da saúde, seja pelos conflitos morais e éticos decorrentes [...]." "Apesar da metodologia ainda não ser realidade, muitos já se preocupam com os problemas éticos que ela pode trazer." 8,82 3,27 2,94 6 1,96 100 79 APÊNDICE F – FICHA DE AVALIAÇÃO DA OBRA DIDÁTICA SELECIONADA “NOVAS BASES DA BIOLOGIA” DE BIZZO (2012) Categoria Componente de registro Gene DNA recombinante Engenharia genética Exemplo "Mas a técnica foi aperfeiçoada e permite a identificação de genes codificadores a partir de seus produtos." "[...] um artido descrevendo como o DNA da bactéria E. coli tinha sido alterado, produzindo DNA recombinante [...]." F.A F.R (%) 10 11,49 3 3,45 F.R (%) Enzimas de restrição "[...] enzimas que conseguem desfazer ligações químicas do DNA reconhecendo pontos específicos, as chamadas enzimas de restrição. 5 5,75 Manipulação do DNA "Muitas delas, como veremos adiante, resultam de sofisticadas tecnologias de manipulação do DNA." 1 1,15 43,68 OGM "Esses organismos têm sido chamados de organismos geneticamente modificados, mas nem sempre têm genes de outras espécies [...]." 1 1,15 Insulina "A insulina humana tem 51 aminoácidos dispostos em duas cadeias. 8 9,20 Anticorpo "[...] podem ser reconhecidas pelo sistema de defesa humano, que fabrica anticorpos contra elas." 1 1,15 2 2,30 7 8,05 1 1,15 1 1,15 "O vírus da hepatite B poderia ser usado diretamente como vacina." "Os produtos transgênicos passam por Transgênico um processo de desenvolvimento, teste e liberação." "O conhecimento das bases da genética Biologia e da biologia molecular tem permitido molecular uma série de aplicações tecnológicas [...]." Produção "Uma das primeiras aplicações da agrícola genética ocorreu na produção agrícola." "[...] onde os milenares processos de Biotecnologia melhoramento genético artesanal moderna Melhoramento cederam lugar a centros tecnológicos especializados." Vacina DNA "Elas permitiram picotar o DNA em segmentos específicos, o que possibilita produzir segmentos comparáveis entre indivíduos." 49,43 1 1,15 33 37,93 80 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE F Categoria Componente de registro Análise genética Biotecnologia moderna Enzimas Embrapa Biossegurança Metodologia técnicocientífica utilizada em Biotecnologia moderna e Engenharia genética Exemplo "Em 2010, uma análise genética de múmias do Egito permitiu indentificar relações de parentesco e até mesmo infecções." "[...] o DNA pode se desnaturar, ou seja, separar as duas hélices complementares, iniciar sua replicação e completá-la, com a enzima DNA polimerase." "A Embrapa, empresa estatal brasileira desenvolve diversas plantas transgênicas." F.A F.R (%) 1 1,15 5 5,75 1 1,15 CTNBio "[...] os produtos transgênicos devem receber aprovação do CTNBio para liberação comercial." 1 1,15 PCR "É possível aumentar a quantidade de DNA, ou seja, amplicar a molécula, e para isso se utiliza uma técnica denominada PCR. 1 1,15 Eletroforese "A eletroforese é uma técnica que submete macromoléculas eletricamente carregadas a uma corrente elétrica que atravessa uma substância gelatinosa [...]." Total Fonte: Dados da pesquisa, 2014. F.R (%) 1,15 5,75 4 4,60 100 81 APÊNDICE G – FICHA DE AVALIAÇÃO DA OBRA DIDÁTICA SELECIONADA “BIOLOGIA HOJE” DE LINHARES E GEWANDSZNADJER (2011) Categoria Componente de registro Exemplo F.A F.R (%) Gene "[...] uma biotecnologia que transfere genes (DNA) de um organismo para outro". 43 21,4 Engenharia genética Trata-se de mais uma aplicação da engenharia genética, uma biotecnologia que transfere genes (DNA) de um organismo para outro". 7 3,5 39 19,4 8 4,0 7 3,5 1 0,5 Insulina "Organismos transgênicos são aqueles que sofreram modificações em seu DNA, como é o caso das bactérias que produzem insulina humana". 7 3,5 OGM "Organismos nos quais se tenha introduzido DNA de outra espécie ou DNA modificado da mesma espécie são chamados OGM ou transgênicos". 1 0,5 Genoma "Em 2007, uma empresa argentina anunciou o nascimento de quatro vacas que possuem em seu genoma o gene responsável pela produção de insulina humana". 6 3,0 DNA "Organismos transgênicos são aqueles que sofreram modificações em seu DNA, como é o caso das bactérias que produzem insulina humana". 53 26,4 Clonagem de DNA "Esse processo de produção de cópias idênticas de DNA é chamado clonagem de DNA, clonagem molecular ou clonagem gênica". 1 0,5 Transgênico DNA recombinante Engenharia genética Enzimas de restrição Antibiótico Biotecnologia moderna "As bactérias com DNA recombinante são um exemplo de transgênicos". "As bactérias com DNA recombinante são um exemplo de transgênicos". "Algumas se defendem contra esse ataque produzindo enzimas especiais, chamadas de enzimas de restrição, que fragmentam o DNA do vírus e impedem sua reprodução". "[...], no qual estão, com frequência, genes que dão a elas resistência a antibióticos". F.R (%) 56,2 82 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE G Categoria Biotecnologia moderna Componente de registro Exemplo F.A F.R (%) Clonagem molecular "Esse processo de produção de cópias idênticas de DNA é chamado clonagem de DNA, clonagem molecular ou clonagem gênica". 1 0,5 Clonagem gênica "Esse processo de produção de cópias idênticas de DNA é chamado clonagem de DNA, clonagem molecular ou clonagem gênica". 1 0,5 "O exame pode ser feito mesmo depois da morte do suposto pai: pela Análise do DNA exumação do cadáver ou pela análise do DNA de parentes". 1 0,5 PGH "Iniciado em 1990, o PGH procura descobrir a posição de cada gene no cromossomo e estabelecer a sequencia de bases de cada gene". 2 1,0 Cromossomo "Iniciado em 1990, o PGH procura descobrir a posição de cada gene no cromossomo e estabelecer a sequencia de bases de cada gene". 1 0,5 Proteoma "O estudo do proteoma, como é chamado, se põe a determinação da sequência de bases nitrogenadas pelo Projeto Genoma, [...]". 2 1,0 Genômica "O grande desafio da chamada "era genômica" é a determinação da coleção de proteínas expressas pelo genoma, [...]". 1 0,5 Embrapa "No Brasil, a EMBRAPA produz soja resistente a herbicida; mamão, batata e feijão imunes a certos vírus; [...]". 2 1,0 Biotecnologia "Essa utilização de microrganismos, plantas e animais para a produção de substâncias úteis ao ser humano é chamada de biotecnologia". 3 1,5 Microrganismos "Essa utilização de microrganismos, plantas e animais para a produção de substâncias úteis ao ser humano é chamada de biotecnologia". 2 1,0 F.R (%) 37,8 83 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE G Categoria Biotecnologia moderna aplicada na saúde Componente de registro Exemplo F.A F.R (%) Diagnóstico "O diagnótico pode ser feito quando conhecemos o gene responsável pela doença". 3 1,5 Doença genética "As técnicas de engenharia genética podem ser usadas para diagnóstico e tratamento de diversas doenças genéticas". 1 0,5 Terapia gênica "A terapia gênica ou geneterapia é um procedimento muito complexo e ainda em fase experimental, que consiste em corrigir a deficiência da produção de uma proteína que não funciona, [...]". 1 0,5 Geneterapia "A terapia gênica ou geneterapia é um procedimento muito complexo e ainda em fase experimental, que consiste em corrigir a deficiência da produção de uma proteína que não funciona, [...]". 1 0,5 Aconselhamento genético "Ajudar no aconselhamento genético, que analisa as chances de um casal transmitir doenças hereditárias para o filho". 1 0,5 Eletroforese "O processo é chamado separação em gel de eletroforese". 1 0,5 1 0,5 Metodologia técnico"Por isso esse exame é denominado científica DNA fingerprint impressão digital genética ou utilizada em impressão digital (DNA fingerprint)". Biotecnologia moderna e "A técnica do PCR foi criada por Kary Engenharia Mullis em meados da década de 1980 e PCR genética lhe rendeu, em 1993, o prêmio Nobel de Química". Total Fonte: Dados da pesquisa, 2014. F.R (%) 3,5 2,5 3 1,5 100 84 APÊNDICE H – FICHA DE AVALIAÇÃO DA OBRA DIDÁTICA SELECIONADA “BIOLOGIA: SER PROTAGONISTA” DE SANTOS et al. (2010) Categoria Engenharia genética Componente de registro Exemplo F.A F.R (%) Genes "[...]um gene é uma unidade de informação hereditária que se expressa determinando uma característica." 34 28,33 Engenharia genética "[...] as técnicas de engenharia genética, que permitem manipular diretamente o genoma dos organismos [...]." 3 2,50 DNA recombinante "As enzimas ligantes unem os segmentos formando um DNA recombinante." 2 1,67 Transgênico "[...] organismos transgênicos são criados quando o fragmento de DNA inserido provém de outra espécie." 5 4,17 Enzima de restrição "As enzimas de restrição são aquelas capazes de "cortar" uma molécula de DNA em pontos específicos." 2 1,67 OGM "OGM são aqueles cujo genoma foi alterado por meio de técnicas de engenharia genética." 6 5,00 Manipulação genética "A manipulação genética por meio da tecnologia do DNA recombinante é uma forma de melhoramento genético." 1 0,83 Anticorpo "[...]transgênicos. Podem-se desenvolver organismos que produzem substâncias como anticorpos e hormônios." 1 0,83 Genoma "O genoma da maioria dos organismos procarióticos consiste em apenas um cromossomo, geralmente circular." 7 5,83 Insulina "[...] Hebert Boyer, na Califórnia, conseguiu produzir insulina humana após inserir esse gene na bactéria Escherichia coli." 1 0,83 F.R (%) 43,9 Biotecnologia moderna 85 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE H Categoria Biotecnologia moderna Componente de registro Exemplo F.A F.R (%) Clonagem de plantas "Clonagem de plantas é utilizada para obter cópias de indivíduos com alguma característica de interesse, ocmo maior resistências às pragas." 1 0,83 Clonagem de animais "A clonagem de animais também visa obter cópias idênticas de individuos que apresentem, por exemplo, maior produção de leite ou carte." 1 0,83 "A clonagem de seres humanos tem Clonagem de fins terapêuticos, como a produção de seres humanos órgãos ou tecidos para transplantes, evitando-se assim, a rejeição." 1 0,83 Melhoramento genético "Atualmente, técnicas mais convencionais de melhoramento genético convivem com as técnicas da engenharia genética [...]." 4 3,33 Clonagem "A clonagem ocorre de maneira natural em espécies que se reproduzem assexuadamente." 6 5,00 Biotecnologia "[...] definiu Biotecnologia como "qualquer" aplicação tecnológica que usa sistemas derivados para fazer ou modificar produtos ou processos." 2 1,67 DNA "[...] é preciso primeiro isolar um fragmento de DNA contendo um ou mais genes de interesse econômico, científico ou médico." 28 23,33 Genética molecular "A genética molecular propiciou o desenvolvimento da biotecnologia [...]" 2 1,67 Genética Clássica "De acordo com a genética clássica, um gene, é uma unidade de informação hereditária que se expressa determinando uma característica." 1 0,83 F.R (%) 47,2 86 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE H Categoria Componente de registro Exemplo F.A F.R (%) Laboratório "[...] técnicas da engenharia genética, que permitem manipular diretamente o genoma dos organismos e também construir sequências de DNA em laboratório." 1 0,83 Cromossomo "O genoma da maioria dos organismos procarióticos consiste em apenas um cromossomo, geralmente circular." 2 1,67 Embrapa "Esses OGM foram desenvolvidos pela Embrapa, um dos centros de excelência no melhoramento genético animal e vegetal." 1 0,83 Doença genética "Após localizar um gene envolvido na expressão de uma doença genética é possível estudar sua sequência de DNA e seu produto proteico." 1 0,83 Terapia gênica "Com a compreensão dos mecanismos genéticos e moleculares de uma doença, é possível desenvolver a terapia gênica." 5 4,17 Eletroforese "Uma molécula de DNA cortada com determinado tipo de enzima de restrição fornece pedações de DNA que podem ser separados de acordo com o seu tamanho e carga elétrica, por meio da eletroforese." 2 1,67 CTNBio "Essa lei determina que as variedades de transgênicos sejam analisadas e aprovadas por duas comissões antes de ser produzidas em escala comercial: CTNBio e o CNBS. 1 0,83 "No Brasil, a regulamentação para produção e comercialização de transgênicos é estabelecida pela Lei de Biossegurança [...]." 2 Biotecnologia moderna Biotecnologia moderna aplicada à saúde Metodologia técnicocientífica utilizada em Biotecnologia moderna e Engenharia genética Biossegurança Biossegurança Total Fonte: Dados da pesquisa, 2014. F.R (%) 4,9 1,67 2,4 1,67 100 87 APÊNDICE I – FICHA DE AVALIAÇÃO DA OBRA DIDÁTICA SELECIONADA “BIOLOGIA” DE PEZZI, GOWDAK E MATTOS (2010) Categoria Engenharia genética Biotecnologia moderna Componente de registro Exemplo F.A F.R (%) Engneharia genética " A palavra associada principalmente a atividades relacionadas à Engenharia genética." 4 3,6 22 19,8 4 3,6 5 4,5 1 0,9 5 4,5 1 0,9 1 0,9 4 3,6 1 0,9 "Genes que determinam características desejadas são Genes utilizados no melhoramento genético de muitas espécies." " Enzimas de restrição, descorbetas no inicio da decada de 1970, são Enzimas de capazes de cortar a molécula de DNA restrição em determinados pontos, de modo controlável." " A técnica do DNA recombinante consiste em extrair de bactérias os DNA seus plasmídios, ou seja, pequenos recombinante aneis de DNA espalhados, ou seja, pequenos aneis de DNA espalhados no citoplasma." "[...] um organismo que recebe genes OGM de outra espécie é um transgênico, isto é, um OGM." "[...] um organismo que recebe genes Transgênico de outra espécie é um transgênico, isto é, um OGM." " Em 1976, uma empresa de engenharia genética conseguiu Insulina produzir uma proteína humana, a insulina, por meio de uma bactéria [...]." "Já foram localizados os cromossomos e os genes Cromossomos responsáveis por muitas doenças hereditárias que afetam a espécia humana [...]." " A técnica de clonagem ainda é altamente experimental, difícil de ser Clonagem realizada e ainda não liberada no Brasil." Genética molecular " As descobertas da genética molecular, posteriores ao conhecimento da molécula do DNA, principalmente técnicas de sua manipulação, permitiram o desenvolvimento [...] da engenharia genética." F.R (%) 37,84 88 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE I Categoria Biotecnologia moderna Componente de registro Exemplo F.A F.R (%) DNA "As bases nitrogenadas do DNA representam um alfabeto químico de apenas quatro letras [...]." 29 26,1 Biotecnologia "Biotecnologia é um conjunto de técnicas que envolvem a manipulação do material genético de seres vivos, com fins industriais ou medicinais." 2 1,8 Embrapa "[...] os pesquisadores da Embrapa obtiveram outro clone, a bezerra Vitória, desenvolvida a partir da fusão de um ovócito anucleado de uma vaca adulta [...]." 4 3,6 PGH "[...] genoma, aquele livro de receitas que reúne as instruções para a produção de todas as moléuclas que compõe o ser humano. Então, teve início o PGH." 3 2,7 Proteoma "[...] o Projeto Proteoma que prentede identificar as dezenas de milhares de proteínas da espécie humana [...]." 1 0,9 Células-tronco "Células-tronco são células indiferenciadas capzaes de dar origem a qualquer tipo de célula." 8 7,21 Melhoramento genético "Genes que determinam características desejadas são utilizados no melhoramento genético de muitas espécies." 1 0,9 Genoma " O genoma está escrito com um alfabeto de quatra letras - as quatro bases nitrogenadas [...]." 6 5,41 Laboratório " Uma técnica de clonagem vegetal realizada em laboratório é o cultivo de células embrionárias retiradas de gemas dormentes." 2 1,8 "[...] nanotecnologia trabalha com a Nanotecnologia matéria maniplando átomo por átomo [...]." 1 0,9 F.R (%) 56,76 89 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE I Categoria Biotecnologia moderna aplicada na saúde Biossegurança Metodologia técnicocientífica utilizada em Biotecnologia moderna e Engenharia genética Componente de registro Exemplo F.A F.R (%) Terapia gênica " A terapia gênica será responsavel pela substituição de genes defeituosos, por outros normais [...]" 1 0,9 Vacinas de DNA "Vacinas de DNA, como a ancunciada para a prevenção e cura da tuberculoso, também utilizam a técnica do DNA recombinante." 1 0,9 Biossegurança " A nova lei Brasileira de Biossegurança libera, apenas, o uso de embriões congelados nas clínicas de fertilidade há mais de 3 anos e doados pelos genitores." 1 0,9 0,9 DNA fingerprint " O método do DNA fingerprint ou impressão digital de DNA, utilizado pela medicina e pela justiça para identificação individual e reconhecimento de paternidade [...]." 3 2,7 2,70 Total Fonte: Dados da pesquisa, 2014. F.R (%) 2,70 100 90 APÊNDICE J – FICHA DE AVALIAÇÃO DA OBRA DIDÁTICA SELECIONADA “BIOLOGIA” DE MEDONÇA E LAURENCE (2010) Categoria Componente de registro Engenharia genética Genes DNA recombinante Engenharia genética Enzimas de restrição OGM Transgênico Insulina In vitro Biotecnologia moderna Exemplo "O conjunto de técnicas que permitem a manipulação de genes e alteração de seres vivos é chamado de engenharia genética." "[...] o ser humano consegue modificar as características de um indivíduo alterando diretamente seus genes." "O material genético que recebe genes provenientes de outros organismos é chamado de DNA recombinante." "[...] as enzimas de restrição, como são chamadas, são utilizadas nos laboratórios de biologia molecular, para isolar e obter genes de interesse." "Os OGM são os que possuem em seu DNA fragmentos de DNA de indivíduos de outra espécie." "As técnicas de produção de transgênicos são variadas e dependem, entre outros fatores, do ser vivo que será modificado." "[...] já existem bactérias transgênicas sintetizando insulina humana, sob orientação médica [...]." "Essa modificação é feita em laboratório (in vitro) [...]." F.A F.R (%) 4 3,23 18 14,5 2 3 2,42 3 2,42 F.R (%) 33,06 4 3,23 7 5,65 1 0,81 1 0,81 Biotecnologia "O termo biotecnologia resulta da união de bio (vida), techno (técnicas) e logos (estudos). 3 2,42 Microrganismo s "A utilização de microrganismos na produção de alimentos é um dos exemplos mais antigos de biotecnologia." 2 1,61 DNA "Os OGM são os que possuem em seu DNA fragmentos de DNA de indivíduos de outra espécie." 34 27,4 2 91 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE J Categoria Componente de registro F.A F.R (%) 3 2,42 12 9,68 1 0,81 1 0,81 6 4,84 1 0,81 1 0,81 "[...] as enzimas de restrição, como são chamadas, são utilizadas nos laboratórios de biologia molecular, para isolar e obter genes de interesse." 2 1,61 "Ao selecionar as sementes dos Melhoramento frutos mais doces [...], o ser humano genético promove melhoramento genético." 1 0,81 Cromossomo "Estima-se que, com seus 23 pares de cromossomos, o ser humano apresentasse mais de 100 mil genes [...]." 2 1,61 Laboratório "Essa modificação é feita em laboratório (in vitro) [...]." 4 3,23 PGH Genoma Clonagem de DNA Clonagem gênica Clonagem Biotecnologia moderna Embrapa Código genético Biologia molecular Exemplo "Em 1990, teve início o PGH, que ocntou com o apoio de instituições públicas e particulares de vários países [...]." "Chama-se genoma ao conjunto de todos os genes encontrados nas células de um organismo." "[...] cópias do material genético, todas idênticas, portando o DNA recombinante. É o que se chama de clonagem de DNA [...]." "[...] cópias do material genético, todas idênticas, portando o DNA recombinante. É o que se chama de clonagem de DNA, ou clonagem gênica." "A clonagem pode ser entendida como a obtenção de indivíduos ou de estruturas idênticas ao que foi selecionado. "Técnicas como essa têm sido utilizadas para clonar outros mamíferos, como o caso da bezerra Vitória, obtida como resultado de pesquisas com clonagem feitas pela Embrapa." "Essa troca de genes pode ocorrer até entre células de indivíduos de espécies diferentes, pois o código genético, constituído de sequencia de nucleotídos [...]." F.R (%) 58,87 92 CONTINUAÇÃO DO APÊNDICE J Categoria Biotecnologia moderna aplicada na saúde Metodologia técnicocientífica utilizada em Biotecnologia moderna e Engenharia genética Componente de registro Exemplo "Exames que indicam a presença ou ausência de certos alelos, causadores Aconselhament de doenças, podem auxiliar as o genético pessoas no planejamento familiar (aconselhamento genético)." "A vacina gênica, ou vacina de DNA é mais uma promissora técnica Vacina gênica em desenvolvimento, para o combate de doenças infecciosas [...]." "A vacina gênica, ou vacina de DNA é mais uma promissora técnica Vacina de em desenvolvimento, para o DNA combate de doenças infecciosas [...]." "A terapia gênica consiste no tratamento de doenças causadas por Terapia gênica apenas um alelo de um único gene, pela introdução do alelo normal [...]." Eletroforese Total Fonte: Dados da pesquisa, 2014. "[...] fragmentos gerados pelo corte do DNA, em laboratório, terão tamanho maior ou menor, e poderão ser separados por eletroforese." F.A F.R (%) 1 0,81 2 1,61 F.R (%) 7,26 2 1,61 4 3,23 1 0,81 0,81 100 93 ANEXO A – OBRA DIDÁTICA AVALIADA E PRESENTE NO GUIA DO PNLD/2012 94 ANEXO B – OBRA DIDÁTICA AVALIADA E PRESENTE NO GUIA DO PNLD/2012 95 ANEXO C – OBRA DIDÁTICA AVALIADA E PRESENTE NO GUIA DO PNLD/2012 96 ANEXO D – OBRA DIDÁTICA AVALIADA E PRESENTE NO GUIA DO PNLD/2012 97 ANEXO E – OBRA DIDÁTICA AVALIADA E PRESENTE NO GUIA DO PNLD/2012 98 ANEXO F – OBRA DIDÁTICA AVALIADA E PRESENTE NO GUIA DO PNLD/2012 99 ANEXO G – OBRA DIDÁTICA AVALIADA E PRESENTE NO GUIA DO PNLD/2012 100 ANEXO H – Reserva técnica de livros didáticos do Estado da Paraíba 101 ANEXO I – ABORDAGEM HISTÓRICA APRESENTADA SOBRE O TEMA BIOTECNOLOGIA NA OBRA DE PEZZI, GOWDAK E MATTOS (2010).