O SERVIÇO SOCIAL E O SISTEMA PÚBLICO DE ENSINO EM UBERLÂNDIA: Um estudo sobre esta realidade Elir Lopes de Faria* Valdecina de Freitas Souza** Resumo Este estudo visa contribuir com o debate sobre a inserção do Serviço Social na escola. Apresenta uma síntese da pesquisa realizada na Escola Municipal Leôncio do Carmo Chaves no ano de 2010 sobre a importância do Serviço Social no espaço escolar, na percepção dos professores. Realiza uma discussão sobre a educação como fator fundamental para garantir um desenvolvimento duradouro e sustentável de qualquer cidadão, capaz de promover a inclusão social e o pleno exercício da cidadania. Demonstra uma reflexão da Lei Estadual 16683 de 2007 e a Lei Municipal 7961 de março de 2002, que dispõe sobre a inserção de Assistentes Sociais nas escolas públicas. Os métodos desta pesquisa foram qualitativos e quantitativos, através de entrevista estruturada e semi estruturada. Os resultados evidenciaram a necessidade da inserção do Assistente Social na educação, pois no cotidiano escolar ocorrem expressões da questão social cuja complexidade de demandas o conhecimento pedagógico não consegue atender. Nesse contexto, o Assistente Social é o profissional que poderia contribuir com as ações que possibilita a educação como uma prática de inclusão social. Palavras chave: Serviço Social. Educação. Inclusão Social. 1. INTRODUÇÃO Nas últimas décadas a sociedade capitalista presencia uma nova dinâmica na busca de sua supremacia sobre o trabalho. Assim, o capital estabelece que deve ocorrer um processo de reestruturação constante de toda estrutura social. Este fator provoca um intenso movimento de mudanças, que guardam especificidades, quais sejam: a reconfiguração do papel do Estado, a intensificação da globalização, a transnacionalização do capital, o acirramento das políticas neoliberais, a ascensão do modelo de acumulação flexível, tendo como expoente o padrão toyotista de produção, a reestruturação produtiva das empresas, o novo papel da educação, dentre outros fatores, todos ajustados de acordo com as necessidades do mercado. O sistema educacional no Brasil também sofreu grandes mudanças ao longo da história. Destaca-se a década de 1990, quando a crise neste sistema levou diversos países a refletirem sobre a importância da educação para o desenvolvimento de um Estado, sendo que os países * Graduada em Serviço Social pela Faculdade Católica de Uberlândia. Trabalho de Conclusão de Curso defendido em 07/12/2010, sob a orientação da profa. Ms. Valdecina de Freitas Souza. ** Professora orientadora, Assistente Social, Mestre em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia-MG. da América Latina e Caribe organizaram-se em encontros mundiais que visavam discutir sobre a educação e superar a crise educacional. Os principais encontros foram a Conferência Mundial Sobre Educação Para Todos, realizado em 1990 na Tailândia e a Declaração de Nova Delhi, de 1993, manifesto de um evento promovido na Índia. O resultado dos referidos debates se configuraram, em nível internacional, na Declaração Mundial de Educação para Todos e, em nível nacional, na elaboração dos Planos Decenais de Educação e de Projetos educacionais, a exemplo da Gerência da Qualidade Total na Educação (GQTE) e do Projeto Qualidade na Educação Básica em Minas Gerais (ProQualidade). Os referidos projetos utilizaram como modelo de gestão para as escolas públicas o mesmo adotado pelas empresas e também estabeleceram parcerias entre escola e empresa. O que se evidenciou foi a adoção de medidas neoliberais tais como: privatização, descentralização, focalização, parcerias, integração com a rede privada, financiamento junto a organismos multilaterais e outros. A educação pública é uma função do Estado e indubitavelmente está inserida no contexto histórico, político e econômico. A escola que nos é fornecida é a escola que o Estado quer oferecer. Isso é resultado de uma ideologia de dominação capitalista com o propósito de manter a ordem social e o controle absoluto. O poder que uma classe dominante exerce sobre outra é caracterizado pela estratificação social e o que as diferencia é a posse dos diferentes tipos de capital. Para Frigoto (1998), “o papel da educação na ideologia capitalista atual, expressado pelo conceito de empregabilidade, é produzir um ‘cidadão mínimo’”, carente de uma análise crítica da realidade. A mídia realiza, nesse contexto, o papel que consiste em “fazer adormecer” e aceitar passivamente a realidade que está posta. Assim, para o autor, o sistema capitalista é destrutivo e precisa ser substituído por um sistema mais humano. De acordo com Gentili (1998, p.83): Educados num sistema escolar pulverizado e segmentado, coabitado por circuitos educacionais de oportunidades e qualidades diversas; oportunidades e qualidades que mudam conforme a condição social dos assuntos e os recursos econômicos que eles têm para acessar a privilegiada esfera dos direitos da cidadania. Com esse pensamento ressaltam-se as desigualdades existentes nos espaços escolares, bem como os impactos que geram na promoção da política educacional. O espaço escolar é resultado de um processo dinâmico de uma rede de relações, da forma como o Estado atua por meio das políticas públicas e de como as diversas classes sociais exercem o controle social no poder político. Segundo Kuenzer (2000, p. 4): Esta necessidade se reforça pela ambiguidade, típica das ideologias, que tem revestido esta discussão no campo da educação; há os que negam a categoria pura e simplesmente, fechando os olhos para a nova realidade do trabalho; há os que comemoram seu caráter emancipatório, sem aprofundar as contradições inerentes ao trabalho no capitalismo; e há os que simplesmente aderem. Com isso, entende-se que o processo educacional está permeado de entendimentos diversos, o que corrobora para uma tímida evolução. De acordo com Piletti (1994, p. 49) o processo realizado nas escolas é denominado como educação formal, cujo “objetivos, conteúdos e meios são previamente traçados”. Com isso, o espaço escolar é permeado de significados compartilhados e expressos nas práticas sociais, o que explica, de certa forma, o descaso que permeia muitos espaços escolares públicos, destinados aos segmentos sociais que tem pouco poder de reivindicação. O processo educacional está repleto de dúvidas, entretanto é preciso ter clareza que a educação tem um caráter social e político pautado na busca da transformação social da sociedade. Um dos seus grandes objetivos é capacitar o educando para refletir criticamente acerca dos diferentes problemas sociais. Portanto, faz se necessário um reordenamento sobre as práticas pedagógicas desenvolvidas para contribuir no enfrentamento das problemáticas, sejam por meio de medidas preventivas, projetos, propostas ou alternativas. Segundo Rios (2006, p. 69): Certas circunstâncias exigem de nós determinadas posturas, e não podemos nos recusar a assumi-las, porque se impõem como necessárias. O educador exigente não se contentará com pouco, não procurará o fácil: sua formação deverá ser a formação de um intelectual atuante no processo de transformação de um sistema autoritário e repressivo; o rigor será uma exigência para sua prática, contra um laissez-faire que se identifica com o espontaneísmo. Com isso, o combate aos problemas sociais nas escolas implica um trabalho qualificado em conjunto: escola, família e Estado. O que precisa ficar claro em relação às problemáticas dentro da instituição de ensino é que elas não são produzidas propriamente dentro dos muros das escolas, mas na sociedade. São frutos de um sistema não inclusivo, que visa apenas o fortalecimento da economia. Diante disso, não pode ser abordada somente nas escolas. Os problemas sociais das instituições de ensino devem ser relacionados com as causas estruturais que os produzem e, se assim não forem, não serão resolvidos, se tratando somente de ações paliativas e imediatistas. Um aspecto importante a ser observado, no que concerne à complexidade dos problemas sociais no ambiente escolar, é a ausência de articulação das instituições públicas, conforme explica Sposito (2001. p. 99): [...] a ausência de um dispositivo institucional democrático no interior de algumas instituições públicas (...) articulada à fraca presença estatal na oferta de serviços públicos de natureza social destinado aos setores pobres – é um fator a ser considerado na intensificação das práticas violentas nos bairros e escola. Observa-se que o processo de transição democrática ampliou a demanda, mas a expansão do ensino ocorreu de forma precária, sem investimentos expressivos nas escolas, bem como ausência de formação de professores e de projetos educativos que dessem conta dessa nova realidade escolar. Reitera-se que a presença do Estado na política de ensino acontece de forma desinteressada e residual. Um dos problemas sociais de grande complexidade é a violência nas escolas. Não é uma questão nova, nem de fácil solução, podendo ser abordada em três dimensões diferentes: violência dentro da escola, a violência em torno da escola e a violência da escola. Essa violência tem aumentado de forma assustadora em nossa sociedade e ultrapassado as instâncias socioeconômicas. Instaurando-se nas escolas como um fenômeno crescente, ela altera o comportamento dos jovens que expressam, assim, a sua frustração sobre a família, o trabalho, a escola e a comunidade. A escola, antes considerada como um ambiente propício à aprendizagem e ao crescimento social e afetivo, na atualidade passa a ser descrita como um espaço de violências e angústias, o que gera crescente sentimento de insegurança, impotência, medo e desânimo. Sobre a escola recaem as ausências das instituições e das políticas públicas em saúde, segurança, trabalho, esporte, cultura e promoção da transformação social. A política de ensino é tratada isoladamente no espaço da instituição de ensino. A violência escolar tem se constituído, nos últimos anos, em um problema social e amplamente divulgado e explorado pelos meios de comunicação principalmente o bullying2, que era considerado como brincadeira. Este fenômeno, que possui determinações complexas, tem colocado em xeque a relação professor-aluno. 2 Bullying é um termo da língua inglesa bully que significa valentão, utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos tem ocorrido nas escolas A realidade escolar torna-se tensa, sendo travada uma guerra diária nas salas de aula, de forma não declarada, onde se têm apenas perdedores: os professores, pelo estresse físico e psíquico a que estão submetidos, e os alunos, por terem à sua frente mais um obstáculo na produção de seu conhecimento, imprescindível para o exercício efetivo da cidadania. Neste contexto emerge a problemática desta pesquisa, que é refletir sobre a Lei Estadual 16683 de 2007 e a Lei Municipal 7961 de março de 2002, que dispõem sobre a inserção de Assistentes Sociais nas escolas públicas. 2. O SERVIÇO SOCIAL E A INTERFACE COM A EDUCAÇÃO A exemplo das demais áreas da vida social humana, a educação encontra-se passível das demais normas instituídas pelo sistema legal do Estado. A educação também está inserida no contexto mundial dos direitos aos cidadãos, como podemos observar nos principais documentos e declarações emitidos tanto em nosso país, ou através de organismos internacionais. Contudo, ao se discutir educação no Brasil, deve se considerar as diversidades regionais, as situações econômicas, sociais e culturais em que as escolas estão inseridas, pois o país possui dimensões continentais. Segundo Mello (2005, p. 175): Esse pequeno sistema social que chamamos escola, apesar das normativas homogêneas dos sistemas de ensino e de uma aparência uniforme aos olhos mais desavisados, desenvolve seu próprio conjunto de normas e valores e, principalmente, sua própria cultura. Não se trata de tomar as escolas como instituições isoladas do contexto social. Muito ao contrário, os valores da sociedade constituem a matriz da cultura escolar. Um dos desafios das escolas na atualidade é realizar uma articulação do conteúdo escolar trabalhado com a realidade social dos alunos, considerando seus direitos e deveres preconizados na Constituição Federal de 1988 (CF), Lei no 8069 de 13/07/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei no 9394 de 20/12/1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Desta forma, se alinham em um amplo projeto normativo, com o objetivo de propiciar o bem estar social, consequência da formação da consciência cidadã e da construção de conhecimentos específicos sobre os direitos e deveres do cidadão, a LDB é resultado de um longo embate que se iniciou em 1948, ou seja, somente após 48 anos de retrocesso é que ocorreu a sua promulgação. Juntos esses documentos normativos tornam-se mecanismos legais, criando pontes entre a escola pública e todos os brasileiros. No Estado de Minas Gerais, a Lei no16.683 de 10/01/2007 dispõe sobre a Introdução de Assistentes Sociais nas escolas da rede pública de ensino do Estado. A referida Lei tem como objetivo o acompanhamento social nas escolas públicas estaduais, vinculadas a programas de atenção aos alunos com necessidades especiais e aos jovens em situação de vulnerabilidade social, em municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A analise da aplicabilidade da referida Lei é de fundamental importância para se compreender a função social do profissional do Serviço Social no espaço escolar, em relação às ações de luta pela conquista da cidadania, através da busca dos direitos sociais e políticas públicas. Neste contexto, o Serviço Social é inserido como profissão, tendo como objeto as expressões da questão social, que se fundamenta na contradição capital/trabalho. As desigualdades sociais são advindas deste confronto tenso. Segundo Iamamoto (2008, p. 54) Esse, como profissão, tem uma necessária dimensão política por estar imbricado com as relações de poder da sociedade. O Serviço Social dispõe de um caráter contraditório que não deriva dele próprio, mas do caráter mesmo das relações sociais que presidem a sociedade capitalista. Nesta sociedade, o Serviço Social inscreve-se em um campo minado por interesses sociais antagônicos, isto é, interesses de classes distintos e em luta na sociedade. Neste sentido, o profissional do Serviço Social deve atuar em uma perspectiva crítica da realidade, com compreensão dos fundamentos teórico-metodológicos e técnico-operativos. Suas ações devem ser orientadas pelas demandas dos setores populares e voltadas para o compromisso com a justiça social e a contínua busca de maximizar o acesso dos indivíduos aos direitos sociais em uma visão de totalidade. Segundo o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), os problemas sociais a serem trabalhados pelo assistente social na área de educação são: 1. Evasão escolar; 2. Desinteresse pelo aprendizado; 3. Problemas com disciplina; 4. Insubordinação a qualquer limite ou regra escolar; 5. Vulnerabilidade às drogas; 6. Atitudes e comportamentos agressivos e violentos (CFESS, 2001, p.23). Os estudos de Almeida (2003, p. 74) relatam sobre a atuação do Assistente Social e sua contribuição para o contexto educacional. O campo educacional torna-se para o assistente social hoje não apenas um futuro campo de trabalho, mas sim um componente concreto do seu trabalho em diferentes áreas de atuação que precisa ser desvelado, visto que encerra a possibilidade de uma ampliação teórica, política, instrumental da sua própria atuação profissional e de sua vinculação às lutas sociais que expressam na esfera da cultura e do trabalho, centrais nesta passagem de milênio. A intervenção do Serviço Social situa-se numa perspectiva crítica e participativa na busca da transformação social, assim, segundo Novais (2001, p. 13), o profissional do Serviço Social deverá por meio de sua intervenção desenvolver as seguintes atividades: • Pesquisa de natureza sócio-econômica e familiar para a caracterização da população escolar; • Elaboração e execução de programas de orientação sócio-familiar, visando prevenir a evasão escolar e melhor o desempenho e rendimento do aluno e sua formação para o exercício da cidadania; • Participação, em equipe multidisciplinar, da elaboração de programas que visem prevenir a violência; o uso de drogas e o alcoolismo, bem como visem prestar esclarecimento e informações sobre doenças infecto-contagiosas e demais questões de saúde pública; • Articulação com instituições públicas, privadas, assistenciais e organizações comunitárias locais, com vistas ao encaminhamento de pais e alunos para atendimento de suas necessidades; • Somente com o objetivo de ampliar o conhecimento acerca da realidade sóciofamiliar do aluno, de forma a possibilitar assisti-lo e encaminhá-lo adequadamente; • Elaboração e desenvolvimento de programas específicos nas escolas onde existem classes especiais; • Empreender e executar as demais atividades pertinentes ao Serviço Social, previstas pelos artigos 4º e 5º da lei 8662/93. A atuação do Serviço Social na instituição escolar terá como grande desafio, o trabalho interdisciplinar, além de atuar nas várias facetas sociais cotidianas que estão expressas tanto nas relações externas, como a família e a sociedade, quanto nas relações internas que compõem o espaço educacional. A interdisciplinaridade possibilita a potencialização do aprendizado e propicia aos educadores uma maior interação com os alunos. As reconfigurações contínuas da sociedade fazem com que os profissionais sejam flexíveis, criativos e saibam trabalhar em grupo. Estas competências devem fazer parte das práticas dos profissionais envolvidos no processo pedagógico das instituições de ensino. Segundo Sá (1986, p. 60): É de conhecimento dos diversos grupos e dos movimentos sociais que surgem as possibilidades de transformação. Hoje, são inúmeros os que repensam a vida cotidiana de forma coletiva, buscando construir, através da prática, caminhos que demonstram o dinamismo da sociedade; que os problemas estão em questão e deles novas dimensões poderão surgir. Com isso, percebe-se o surgimento de ações coletivas voltadas para a resolução de determinadas situações dentro de diversas instituições. Estas ações correspondem à construção de um novo cotidiano envolvendo profissionais e o cidadão dentro de um mesmo espaço institucional. Compreende-se que a atuação do profissional do Serviço Social não deve estar voltada para uma única deficiência, deve se voltar para as várias necessidades da sociedade. Assim, para que a intervenção do Assistente Social contribua para a maximização da política educacional precisa ser atuante e relacionada com as dimensões estruturais e conjunturais da realidade na sua totalidade. 3. O SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO EM UBERLÂNDIA A cidade de Uberlândia localiza-se na Região nordeste do Triângulo Mineiro do Estado de Minas Gerais, na Região Sudeste do Brasil e se constitui em uma área de mais de 4.000 Km2. Possui uma população estimada em 634.345 mil habitantes (IBGE, 2009). A cidade possui 56 escolas municipais para o atendimento da educação infantil, 37 escolas municipais de Ensino fundamental da zona urbana, 13 escolas municipais de ensino fundamental da zona rural e dois centros de estudos que são o Centro Municipal de Estudos e Projetos Educacionais - Julieta Diniz – CEMEPE e o Campus Municipal de Educação Especial. Segundo a Lei nº 9.394, de 20 de Dezembro de 1996: Art. 1º- a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Para atender os princípios regidos pela Lei de Diretrizes e Bases institui-se na cidade de Uberlândia a Lei nº 7.961 sancionada em março de 2002, que regulamenta a “Implantação do Serviço Social nas Unidades de Ensino da Rede Pública do Município de Uberlândia”, entretanto foi sancionada somente em maio de 2008. Teve sua consolidação pela Lei Estadual nº 16.683 de 10 de Janeiro de 2007. A Secretaria Municipal de Educação de Uberlândia iniciou o processo de implantação do Serviço Social na rede pública municipal em 2009, a equipe foi composta por três Assistentes Sociais, as quais três ficaram sediadas no CEMEPE para conhecimento da comunidade escolar como um todo visando a elaboração do diagnóstico social e a implantação do projeto-piloto, o qual foi construído com as escolas municipais do bairro Morumbi que se interessaram. O projeto piloto foi implantado em cumprimento a medida judicial pertinente a Lei municipal nº 7.961 em março de 2009 e finalizado no ano de 2010. Segundo informação divulgada no portal do CEMPE sobre ao Serviço Social A Secretaria Municipal de Educação inicia o processo de implantação do Serviço Social na rede pública municipal. A equipe, em fase de composição, contará com dez Assistentes Sociais. Destes, três já estão no CEMEPE em fase de conhecimento da comunidade escolar como um todo para a elaboração do diagnóstico social e a implantação do projeto-piloto. O Serviço Social no âmbito da educação deve inserirse em uma política educacional ampla e efetiva, primando por uma atuação profissional calcada a um processo pedagógico coletivo e interdisciplinar. Os Assistentes Sociais são profissionais que atuam para a consolidação dos direitos sociais e devem reafirmar seu compromisso, na política educacional, com uma escola pública, gratuita e de qualidade, que inclua todos os cidadãos. O Serviço Social tem, nas relações sociais e nas expressões da questão social seu objeto de atenção e faz da prática sócio-educativa o eixo básico de sua intervenção. (PMU/SME. 2010) Em Uberlândia, a Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia– ESEBA possui no seu quadro de profissionais um Assistente Social. A escola foi criada em 1977 e desde sua fundação o Serviço Social compõe o quadro de profissionais. No entanto, a ESEBA possui uma diferença em relação às escolas municipais, uma vez que é parte da Universidade Federal. Constitui-se como referência de ensino-pesquisa e extensão, em Uberlândia e região. Isso se deve principalmente à qualificação de seu corpo docente que é orientado a seguir os princípios de uma Universidade Pública que são de oferecer ensino de qualidade e, com base nesta prática, realizar pesquisas científicas e estender seus resultados à comunidade e/ou região onde se localiza. O Serviço Social atua nas relações sociais e nas expressões da questão social assim, sua prática socioeducativa constitui o eixo básico de sua intervenção. O entendimento da necessidade de inserção do Serviço Social na política de educação ocorre devido a contínua mudança que no espaço escolar. A Lei Orgânica do Município de Uberlândia nº 001/91 a 0129/07 preconiza que a educação é um processo de formação da pessoa humana que tem como proposta prepará-la para a vida, alimentando-a de conhecimentos, habilidades e competências que a tornem capaz de compreender o mundo e intervir conscientemente para transformar a realidade em que está inserida, de maneira a construir uma sociedade autônoma, justa e solidária. A referida lei tem o papel de substanciar legalmente o processo por meio do caráter legal e normativo da execução das políticas públicas. Consubstancia a política educacional federal e municipal, pois contempla plenamente as Diretrizes de Bases da Educação (LDB, 1996) e está vinculada a uma proposta transformadora da sociedade. Um processo educacional somente será verdadeiramente autônomo e libertador se for capaz de formar cidadãos críticos, dotados das condições que lhes permitam entender os contextos históricos, sociais e econômicos em que estão inseridos. 3.1 A ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR LEÔNCIO DO CARMO CHAVES A Escola Municipal Professor Leôncio do Carmo Chaves, está localizada à Rua do Engenheiro, nº 416, no Bairro Planalto, na cidade de Uberlândia, atende 1.800 alunos, distribuídos em 18 salas de aula para o ensino regular e 03 salas de aula adaptadas para o Atendimento Educacional especializado. Nela trabalham 170 profissionais, sendo uma diretora, 03 vice-diretoras, 04 pedagogos, 110 professores, sendo que 04 deles atuam na biblioteca, 34 auxiliares de serviços gerais e merendeiras, 02 secretarias, 07 auxiliares de secretaria, 07 intérpretes, 01 instrutor de libras e 01 professora de Braille. Consta no trabalho pedagógico da Escola Municipal Professor Leôncio do Carmo Chaves, os seguintes projetos: “Matemática e Vida”, “Reciclar: uma questão social”, “Ciranda de Livros”, “Biblioteca Ativa”, “Dança na Escola”, “COPA – Centro de Orientação Pedagógica e Apoio ao Aluno”, “Prevenção ao uso indevido de drogas", “Climatológico", “Correio Educação", "Alfabetizar-te", “Psicomotricidade", "Ouvindo o mundo através das mãos", "Criar... “Recriar e produzir”, "De Cartoon ao livro", "Incluindo portadores de necessidades especiais", "PROERD", “Recreação Alternativa”, “100% sem preconceito”, “Folclore”, “Learning English”, “Interclasses: da atividade física para a interação social”, "Conte Comigo", "Preservando o meio ambiente", "Gincana de Leituras", "Educação de alunos com problemas de aprendizagem: limites e perspectivas”, “Trabalhando as diferenças numa proposta inclusivista", “Lendo, Agindo e Interagindo com a autora Martha Pannunzio”, “Passaporte para o saber: 360º - Uma volta ao mundo”, “Conservação escolar”, “Capoeirança”, “JCC – Jovens Construindo a Cidadania”, “O meio ambiente e a escola viva” “Bola na rede”, “Laboratório de Ciências", “Agente de Educação em Saúde Escolar”, “ADA”, “Laboratório de Informática”, “Português na Ponta da Língua”. A escola foi inaugurada em 16 de dezembro de 1991 em homenagem concedida ao professor Leôncio pela Secretaria Municipal de Educação. Oferece as 09 (nove) séries iniciais da educação básica, o ensino fundamental composto do 1º ao 9º ano em três turnos de trabalho, matutino (07:00 -11:30), vespertino (13:00 - 17:30) e noturno (18:35 - 22:35) sendo que no noturno a escola conta com o PMEA (Programa Municipal de Erradicação do Analfabetismo) do 2º ao 5º ano e a EJA (Educação de Jovens e Adultos) do 6º ao 9º ano. Tendo em vista os fins da educação nacional e os objetivos gerais do ensino fundamental, a Escola Municipal Professor Leôncio do Carmo Chaves se propõe a alcançar os seguintes objetivos. Conforme consta no Regimento Interno (2010): - A formação de cidadãos com consciência social, crítica, solidária, democrática, que o educando inclusive o portador de necessidades especiais, gradativamente, perceberá o seu papel como agente do processo de construção do conhecimento e de transformação das relações sociais, através da ampliação de suas experiências e vivências, da sua relação com o saber organizado e da relação da teoria com a prática, respeitando as especificidades da modalidade de ensino “Ensino Fundamental Regular; - Minimizar o índice de reprovação e elevar o nível médio de aprendizagem dos alunos da Série Introdutória à 8ª série, no prazo de 02 anos; - Programar ações que visam a redução do índice da evasão; - Ampliar o acervo bibliográfico existente na escola, para consulta e pesquisa feita pelos alunos e professores deste estabelecimento de ensino; - Implementar um trabalho voltado para a democratização do ensino, de forma que ações de autoritarismo não tenha espaço no interior desta escola; - Promover cursos de matemática e de língua portuguesa para os professores de 1ª a 4ª séries e de cada disciplina específica de 5ª a 8ª séries. Os projetos pedagógicos desenvolvidos na Escola Municipal Professor Leôncio do Carmo Chaves, visam cumprir o que preconiza a Lei Orgânica do Município de Uberlândia nº 001/91 a 0129/07 de uma educação integral ao aluno. 3.2 DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS DADOS Neste tópico serão discutidos e analisados os aspectos centrais dos depoimentos dos professores da Escola Municipal Leôncio do Carmo Chaves, sobre a importância do Assistente Social na educação, bem como seu conhecimento a cerca da Lei Estadual 16683 de 2007 e Lei Municipal 7961 de março de 2002 que institui o Serviço Social no espaço escolar. A pesquisa foi realizada com (10%) dos professores efetivos da instituição que se dispuseram em participar da pesquisa. Os professores eventuais foram excluídos da pesquisa, uma vez que não estão diretamente ligados às problemáticas vividas na sala de aula. A entrevista foi realizada no período de 25 de outubro a 10 de novembro de 2009 no espaço da instituição, no horário disponível de cada professor. Referente ao tempo de atuação dos professores na instituição observou que (46%) dos profissionais possuem menos de um ano de trabalho e apenas (9%) trabalham de 4 a 8 anos. Segundo os entrevistados, em março de 2010 ocorreu à nomeação do último concurso público, o que explica o número expressivo dos profissionais com menos de um ano na instituição. Quanto a carga horária (100%) dos entrevistados trabalham nos três turnos, o que se evidencia a precarização dos salários e a busca pela sobrevivência levam a estes trabalhadores a uma jornada exaustiva. Quanto a escolaridade observou-se que 46% (quarenta e seis por cento) possuem curso de especialização, e além de 2 faixas de 27% (vinte e sete por cento) possuem graduação e mestrado. Os dados revelam a busca constante pela qualificação profissional com o propósito de buscar melhoria na qualidade de vida e também nas relações internas e externas a escola. A apropriação do conhecimento faz com que o profissional tenha melhor compreensão da realidade e trabalhe as mediações dos conflitos de forma mais assertiva e eficaz. Quanto a inserção do Assistente Social no quadro de profissionais da educação, os depoimentos dos entrevistados revelam que é positiva. O Assistente Social poderá ser uma ponte entre o aluno e a escola. Será um canal rico de informações relevantes para a concretização da proposta pedagógica que é a formação para o exercício da cidadania. (Entrevistada A1) Considero importantíssimo, pois todos os dias os alunos trazem problemas como separação dos pais, gravidez, uso de drogas, brigas com pais ou irmãos, que não sabemos o que fazer ou mesmo o que falar para eles para amenizar. Esses problemas fazem que com o rendimento escolar tenha uma perda grande. O assistente social facilitaria a diminuição desses impactos na sala de aula. (Entrevistada – A3) Percebo que muitas vezes não estamos preparados para lidar com as adversidades trazidas para dentro de nossas salas. Muitas vezes vemos o aluno como um marginal em potencial, porque dentro da sala de aula se comportou de uma maneira diferente da nossa, ou fez alguma grosseria com o colega ou alguma ameaça a nós. Não estamos preparados para lidar com os vocabulários que eles usam, e acabamos por formatá-los. O Assistente social nos ajudará a compreender e aceitar o que ainda não temos sensibilidade para enxergar que a contexto de realidade em que vive esse aluno. (Entrevistado - A5) Acredito que o assistente social vai agregar muito à equipe pedagógica, pois tem uma visão diferente do professor, consegue enxergar além do que somos capazes. (Entrevistado A-10) Considero que irá propiciar o trabalho interdisciplinar, pois minha disciplina não é única, ela depende de outras disciplinas. Muitas vezes o conteúdo de certa disciplina ao ser passado sozinho, pode ser desinteressante, mas se associada a outras disciplinas, pode torna se interessante e o nível de aprendizagem aumenta. (Entrevista - A9) Nesta perspectiva a interface entre o Serviço Social e a escola constitui como uma forma bastante positiva e relevante na construção e efetivação da política educacional. O Assistente Social será o elo entre o aluno, o corpo docente e a instituição. Nesse sentido, Almeida (2003) esclarece que o ambiente escolar é para o Assistente Social um componente concreto de seu trabalho e que deve ser desvelado. E, ainda nos estudos de Sá (1986) sobre a interdisciplinaridade, que afirma sobre a interação dos saberes na busca da emancipação de cidadãos. Quanto aos problemas sociais no cotidiano escolar na atualidade, identifica-se nas falas dos professores, que o cotidiano escolar está permeado de expressões da questão social e que um único saber não consegue administrar sozinho. A escola muitas vezes é local de desabafo dos alunos, precocidade sexual, falta de apoio familiar, falta de referencias, todas essas problemáticas refletem diretamente no processo de aprendizagem. (Entrevistado - A4) Muita gente não enxerga a escola como função social. Falta o conhecimento das pessoas em relação ao verdadeiro papel da escola. (Entrevistado - A2) A responsabilidade da família de educar está sendo transferida para a escola. Não existe contrapartida da família no processo de educar. Delegam a responsabilidade para a escola. Os métodos pedagógicos não estão tratando efetivamente, os métodos precisam ser extra-escolar. (Entrevistado A-11) O trabalho de atividades socioeducativas, deve ser trabalhado fora da escola para ter um resultado mais positivo nas soluções das questões que aparecem no cotidiano escolar, e que a escola não está preparada para resolver sozinha. (Entrevistada – A7) O cotidiano escolar é um campo muito vasto para intervenções preventivas relacionadas ao universo infanto-juvenil como a sexualidade precoce, drogas, violências, discriminações, exclusão, adolescentes em conflito com a lei, crianças e adolescentes que sofrem algum risco pessoal ou social, são intervenções que englobam a família, a escola, a sociedade e o Estado. Esse universo de complexas expressões sociais, não pode continuar sendo visto como uma rotina natural. Portanto, para que esta intervenção contribua no processo educacional, é preciso que seja inclusiva e baseada na totalidade do contexto social em que está inserido o aluno. Quanto à tratativa da instituição em relação aos problemas sociais, os métodos pedagógicos segundo os depoimentos não conseguem atingir a totalidade da situação problema na escola, utiliza às vezes medidas paliativas e imediatistas. Projetos existem, porém somente no âmbito da escola, não saem para além desses muros. A escola trata o efeito, mas não trata a causa, os problemas não estão aqui dentro e sim lá fora, onde os projetos não alcançam. (Entrevistada A-8) A escola busca amenizar os problemas, promover a auto-estima dos alunos, a escola busca atender primeiramente os alunos e os professores, sempre ficam no segundo momento, isso faz com que a nossa auto-estima cada vez mais diminua. Os problemas não são somente com os alunos, são conosco também. (Entrevistada - A7) Percebe-se que a tratativa na busca de resolução das problemáticas não deve ser direcionada somente aos alunos. Os professores ao longo do tempo sofrem com a precarização salarial, a falta de reconhecimento profissional, entre outras questões, e isso faz com que seja um agravante significativo no processo de construção de uma cidadania emancipada. Quanto ao conhecimento sobre a Lei Estadual 16683/2007 e a Lei Municipal 7.961/2002 que dispõe sobre a inserção do Assistente Social nas escolas públicas, 100% (cem por cento) dos entrevistados disseram não ter conhecimento sobre as mesmas. Observa-se que não existe divulgação das referidas Leis e que o poder público municipal ao cumprir a determinação do Ministério Público na implantação do Serviço Social, o fez no sentido apenas de “obediência” e não interessado, de fato, em efetivar o referido trabalho. Observa-se, ainda, a necessidade de investimentos na área da educação, além da premência de pensá-la como um todo e não como uma política isolada. O atendimento do Serviço Social nas escolas deveria ser efetivo, preventivo e atender o aluno em todo o seu contexto, dentro e fora do espaço escolar. Diante disso, mostra-se a importância do entendimento dessas Leis e como vem se discutindo a atuação do Assistente Social e sua contribuição para o contexto educacional de Uberlândia e do Brasil. A articulação da política educacional com as demais políticas públicas é elementar e essencial na proposta de efetivação de uma ação conjunta que incida sobre os resultados qualitativos do sistema de ensino e na melhoria de condições de vida das famílias representadas pelos alunos. Assim, entende-se que a intervenção do Serviço Social nas instituições de ensino maximizará a política educacional dos municípios. CONSIDERAÇÕES FINAIS O ideário neoliberal promove o desmonte e a focalização das políticas sociais. O Estado reduz os gastos públicos, o que prejudica o ensino público e causa inúmeros problemas como o desemprego, a fome, as condições de vida insalubre, as drogas, a violência doméstica e urbana, as discriminações entre outros. Todos estes efeitos são decorrência do modelo neoliberal capitalista, o qual compromete o sistema educacional, prejudicando a sua estrutura sócio-econômica e os indivíduos inseridos neste contexto, como os professores, os alunos e seus familiares. Em Uberlândia esta realidade está bastante próxima. Não há duvidas que as escolas da rede pública do município tenham urgência e necessidade em ter no seu quadro de educadores o profissional do Serviço Social. Além da possibilidade de contribuir com a realização de diagnósticos sociais indicando possíveis alternativas à problemática vivida por muitas crianças e adolescentes, este profissional também poderá proporcionar o devido encaminhamento a redes de proteção social que, se devidamente articuladas, contribuem para a efetivação da cidadania, na qual está implantado o direito à educação. O Serviço Social potencializará o fortalecimento das instituições educacionais e a política educacional na perspectiva de elevação da vida cultural, social e econômica daqueles extratos sociais que, antes de obtê-la, são massa de manobra ou apenas alfabetizado funcional dos interesses das classes dominantes. O Serviço Social em conjunto com as instituições de ensino e seus atores viabilizarão o ensino público de qualidade a todos os brasileiros. Referências ALMEIDA, N. L. T. Serviço Social e política educacional: um breve balanço e desafio desta relação. 1º Encontro de Assistentes Sociais na Área de Educação. Belo Horizonte, 28 março 2003. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 9ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 05 jan. 2004. BRASIL. LEI nº 9.394, de 20/12/1996 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. CARVALHO, R.E. A nova LDB e a educação especial. Porto Alegre: Mediação, 1998 Código de Ética do Assistente Social. 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