CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ PLANO DE AULA - 1º SEMESTRE/2009 Curso: Ciências Contábeis Introdução à Teoria da Administração Professor: Flavio Oliveira Unidade III – 3 – Abordagem Sistêmica da Administração – 3.3 - Tipos de Sistemas Objetivo Específico: Definir o conceito de sistema aberto e seu intercâmbio com o ambiente. Estratégia: Aula expositiva, dialogada, com questões para revisão. Recursos: Quadro e Retroprojetor, datashow e microssistem Referência: CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração, 7º edição, Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. Duração da Aula:100 minutos Data: 11/05/2009 Classificação de sistemas Além da condição decorrente da forma de acoplamento, os sistemas classificam-se também conforme gêneros. Pode-se pressupor duas condições extremas, os sistemas naturais (relativos à natureza) e os sistemas sintéticos (relativos ao homem). Para os primeiros poder-se-ia perguntar se a natureza realmente constitui um sistema. Enquanto que para os segundos a dúvida é se existe realmente um sistema absolutamente sintético, já que o homem é natural e faz uso da natureza. A resposta a essas questões deve levar em conta que a Teoria Geral de Sistemas não compreende objetivo mimético na representação, como já colocado. Assume-se que o tratamento é arbitrário, como por exemplo, interpretar a natureza como um sistema. Pode-se presumir sistemas sintéticos absolutos quando se considera a geometria, as equações matemáticas ou um software. Os sistemas sintéticos são plenos de finalidade, ao contrário dos sistemas naturais, pois, a rigor, “no real não falta nada”. A natureza é o que é. Mas quando o homem interage com a natureza, ele impõe a esta uma finalidade antes não presente. Coerente com uma condição de um “ser de necessidades”, “faltas” ou “excessos” vão sendo estabelecidos por ele em pertinência ao um fim presumido. Mas como o homem também é um “ser de ação”, ele se vê coagido a lidar com a natureza nessa pertinência, ou seja, o homem trabalha. Os sistemas, em relação à sua interação com o meio ambiente, têm sido classificados como fechados ou abertos, embora na realidade nenhum deles se apresente sob essas formas extremas. A viabilização do sistema em cada condição distinta de fronteira decorre das possibilidades dadas pelo processo. No sistemas fechados (ou estáveis, ou mecânicos) há pouca ou quase nenhuma interação com o meio, ao contrário dos sistemas abertos (ou adaptativos, ou orgânicos). Os sistemas compreendidos como "mecânicos" buscam minimizar a organização (equilíbrio), enquanto que os sistemas "orgânicos" buscam a preservação de uma estrutura geneticamente dada dentro de certos limites (homeostase). O sistema cibernético é um tipo particular de sistema aberto. Sua principal característica é a complexidade e a morfogênese (recriação de estruturas). Ou seja, ao contrário dos demais, os sistemas cibernéticos têm características adaptativas, onde a criação, a elaboração e a modificação das estruturas são tidas como prérequisito para permanecerem viáveis como sistemas operantes. Fronteira do Sistema Entidade Entidade Entrada Saída Entidade Ativador Entidade Comparar Sensor Padrão Sensor, comparador, padrão e ativador – Fazem parte do Controle do Sistema. Figura -1 Tipos de Sistemas Físico ou concreto Quanto a sua constituição Sistemas abstrato ou conceituais Sistemas Fechados Quanto a sua natureza os sistemas podem ser Sistemas Abertos Entrada ou insumo (imput) Saída ou produto (output) Parâmetros dos Sistemas Processamento ou processador (throughput) Retroação, retroalimentação (feedback) Ambiente Sistemas Físicos ou concretos: São compostos de equipamentos, máquinas, objetos e coisas reais ou palpáveis, são denominados hardwere. Podem ser descritos em termos quantitativos de desempenho. Sistemas abstratos ou conceituais: São compostos de conceitos, filosofia, planos, hipóteses e idéias, são denominados softwerer. Sistemas Fechados: Não apresentam intercâmbio com o meio ambiente que os circunda, pois são herméticos a qualquer influência ambiental. Sendo assim, não recebem influência do ambiente e nem influenciam o ambiente. Sistemas abertos: Apresentam relação de intercâmbio com o meio ambiente por meio de inúmeras entradas e saídas. O sistemas abertos trocam matéria e energia regularmente com o meio ambiente, são adaptativos, isto é, para sobreviver devem ajustar-se constantemente às condições do meio. Matem um jogo recíproco com o ambiente e suas estruturas. Entrada ou insumo(input): É a força ou impulso de arranque dos sistema que fornece matéria, energia e informação. Saída ou produto ou resultado (output): Os resultados de um sistema são as saídas. Essas devem ser congruentes (coerentes) com objetivos do sistema. Processamento ou processador ou transformador (throughput): É o mecanismo de conversão das entradas em saídas. O processador está empenhado na produção de um resultado. Retroação, retroalimentação, retroinformação (feedback): É a função de sistema que compara a saída com um critério ou padrão previamente estabelecido. Tem por objetivo o controle, ou seja, o estado de um sistema sujeito a um monitor. Ambiente: É o meio que envolve externamente o sistema. O sistema aberto recebe as suas entradas do ambiente, processa-as e efetua saídas ao ambiente, de tal forma, que existe entre ambos uma constante interação. Assim, a viabilidade ou a sobrevivência de um sistema depende da sua capacidade de adaptar-se, mudar e responder as exigências e demandas do ambiente externo. O ambiente serve como fonte de energia, materiais e informação ao sistema. Como o ambiente muda continuamente, o processo de adaptação ao sistema deve ser sensitivo e dinâmico. Essa abordagem “ecológica” indica que o ambiente pode ser um recurso para o sistema, como pode também ser uma ameaça para à sua sobrevivência. Suprimento Estoque Processo Demanda Feedback