ARTIGO ARTIGO ACADÊMICO ACADÊMICO PLANO DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL: IMAGEM FORTE E POSITIVA PARA EMPRESAS Por Denise Barboza Ribeiro1 Faculdades Alves Faria - ALFA Marina RORIZ Pontifícia Universidade Católica de Goiás, PUC - Goiás RESUMO A comunicação institucional passou de diferencial à fundamental para empresas, já que hoje os públicos de interesse procuram não somente qualidade e preço de produtos e/ou serviços, mas o valor da marca. Este artigo apresenta a importância do planejamento de comunicação institucional para criar e manter uma boa imagem da empresa e garantir o alcance dos resultados esperados. PALAVRAS-CHAVE: Planejamento estratégico. Comunicação organizacional. Comunicação institucional. Plano de comunicação. 1. Planejamento P lanejar. De acordo com Ackoff (1982 apud Lupetti, 2009), planejamento é um processo que se destina a produzir um ou mais estados futuros desejados, que não deverão ocorrer a menos que alguma coisa seja feita. Para o autor, o planejamento se preocupa tanto em evitar ações incorretas, como reduzir a frequência dos fracassos ao se explorar oportunidades. Segundo Correa (2002), planejamento pode ser conceituado como o processo, administrativo e sistemático para se atingir um determinado objetivo, coordenando a atuação do assunto em questão, para se obter o máximo de resultado com o mínimo dispêndio de recursos humanos e financeiros. Carvalho (1979 apud Kunsch, 2003) apresenta dois passos para a conceituação do planejamento: “o primeiro, que exprime a noção do planejamento como um processo ou conjunto de subprocessos; o segundo, que insere esse processo no contexto conceitual do sistema” (p. 207). Oliveira (2002 apud Kunsch, 2003) que, dentro do âmbito das empresas, acredita que 98 REVISTA PANORAMA edição on line v. 3, n. 1, jan./dez. 2013 ISSN 2237-1087 “pode-se afirmar que o exercício sistemático do planejamento tende a reduzir a incerteza envolvida no processo decisório e, consequentemente, provocar o aumento da probabilidade de alcance dos objetivos e desafios estabelecidos para a empresa” (p. 207). Mais que planejar, é preciso planejar estrategicamente. Segundo Maximiano (2006, p. 257), “o processo de planejamento estratégico compreende a tomada de decisões sobre qual o padrão de comportamento que a organização pretende seguir, produtos e serviços que pretende oferecer, e mercados e clientes que pretende atingir”. Sobre os objetivos do planejamento estratégico, Kunsch (2003) afirma que: O planejamento estratégico visa buscar as melhores formas para gerenciar as ações estratégicas das organizações, tendo por base as demandas sociais e competitivas, as ameaças e as oportunidades do ambiente para a tomada de decisões no presente traga os resultados mais eficazes possíveis no futuro. (2003, p. 214) 1.1 Planejamento de comunicação Lee O. Thayer (1976 apud Kunsch, ARTIGO ARTIGOACADÊMICO ACADÊMICO 2003) coloca a comunicação como elemento vital no processamento das funções administrativas. “É a comunicação que ocorre dentro [da organização] e a comunicação entre ela e seu meio ambiente que [a] definem e determinam as condições de sua existência e a direção do seu movimento”. (KUNSCH, 2003, p. 69). De acordo com Lupetti (2009), a gestão estratégica da comunicação mercadológica tem como base o planejamento, que reside na gestão da comunicação integrada, que, por sua vez, está contida na gestão estratégica da organização. (p. 32) “Por seu caráter intrínseco, a comunicação mercadológica deve apropriar-se de várias bases do planejamento de gestão estratégica, objetivando a unicidade e a coerência do planejamento, além da obtenção de resultados” (LUPETTI, 2009, p. 12). Para Corrêa (2002), o planejamento de comunicação, derivado do planejamento de marketing, consiste, em um método administrativo e sistemático, cujo objetivo refere-se à coordenação dos objetivos, estratégias e diversas fases das ações de comunicação, como campanha de propaganda, promoção de vendas ou relações públicas. Sobre a importância do planejamento integrado, Corrêa (2002) diz: Se as ações adotadas em propaganda, promoção, relações públicas, ou outras formas de comunicação selecionadas em um determinado plano, não forem coordenadas entre si, criadas e programadas adequadamente, cada uma seguirá numa direção diferente das demais. Sem um direcionamento comum e um foco determinado, não ocorrerá a somatória eficaz das mensagens, porque chegarão ao público de forma inconsistente, cada uma transmitindo uma idéia. (CORRÊA, 2000, p. 31) Conforme Shimp (2002, p. 43), deve-se pensar comunicação não como um caso isolado, mas como um composto 99 REVISTA PANORAMA edição on line v. 3, n. 1, jan./dez. 2013 ISSN 2237-1087 de ferramentas, as quais devem sempre trabalhar em conjunto. Ou seja, todos os elementos de comunicação (propaganda, pontos de vendas, promoção de vendas, eventos, etc.) devem falar uma única linguagem. Para o autor, a coordenação é absolutamente fundamental para se atingir uma imagem de marca forte e unificada e para levar os consumidores à ação. (2002, p. 43) Kunsch (2003) afirma que a elaboração de um plano estratégico de comunicação deve ser pensada a partir da tomada de decisão das autoridades da organização, após ouvir especialistas no assunto, profissionais de comunicação da empresa, assessorias e agências de comunicação que prestam serviços externos. E, de preferência, que todas essas fontes estejam. Ainda segunda a autora, “o plano estratégico de comunicação organizacional tem como proposta básica estabelecer as grandes diretrizes, orientações e estratégias para a prática da comunicação integrada nas organizações”. (p. 247) 2. A comunicação organizacional Segundo Kunsch (2003), a comunicação organizacional configura as diferentes modalidades comunicacionais que permeiam sua atividade. Compreende, dessa forma, a comunicação institucional, a comunicação mercadológica, a comunicação interna e a comunicação administrativa. 2.1 Comunicação Administrativa Segundo Kunsch (2003), a comunicação administrativa é a que se processa dentro da organização, no âmbito das funções administrativas. É ela que permite viabilizar todo o sistema organizacional, por meio de uma confluência de fluxos e redes. Lee O. Thayer (1976 apud Kunsch, 2003, p. 153) entende a comunicação administrativa como “aquela que altera, explora, cria ou mantém relações situacionais entre funções-tarefas, pelas quais é responsável, ou entre sua subseção e qualquer outra organização global” (p. 153). Seu objetivo, de ARTIGO ACADÊMICO acordo com Lupetti (2009), é orientar, atualizar e ordenar o fluxo das atividades funcionais. 2.2 Comunicação Interna Lupetti (2009) afirma que a comunicação interna é voltada a todos os colaboradores da empresa, ou seja, à gerência, aos coordenadores e aos auxiliares. A autora afirma que “este tipo de comunicação tem como finalidade propiciar meios para promover a integração entre eles, compatibilizando os interesses dos funcionários aos da empresa” (LUPETTI, 2009, p. 21). Kunsch (2003, p.154) completa que a comunicação interna seria um setor planejado, com objetivos bem definidos para viabilizar toda a interação possível entre a organização e seus empregados, usando ferramentas da comunicação institucional e até da comunicação mercadológica. “Portanto, a comunicação interna corre paralelamente com a circulação normal da comunicação que perpassa por todos os setores da organização, permitindo seu pleno funcionamento” (KUNSCH 2003, p. 154). 2.3 Comunicação Mercadológica Lupetti (2009) lembra que a comunicação mercadológica é erroneamente confundida com marketing e explica que a comunicação mercadológica abrange toda e qualquer forma de comunicação capaz de atingir um objetivo de marketing e dever se elaborada a partir do quadro sociocultural do consumidor alvo. Para Rego (1985 apud Kunsch, 2003), a comunicação mercadológica objetiva promover a troca de produtos e/ ou serviços entre produtor e consumidor, [procurando] atender os objetivos traçados pelo plano de marketing das organizações, cujo escopo fundamentalmente se orienta para a venda de mercadorias destinadas aos consumidores, num determinado espaço de tempo: apoia-se na publicidade comercial, na promoção de vendas e pode, também, utilizar-se, indireta- 100 REVISTA PANORAMA edição on line v. 3, n. 1, jan./dez. 2013 ISSN 2237-1087 mente, das clássicas atividades da comunicação organizacional. (p. 163) 2.4 Comunicação Institucional Para Kunsch (2003), a comunicação institucional é a responsável direta, por meio da gestão estratégica das relações públicas, pela construção e formatação de uma imagem e identidade corporativas fortes e positivas de uma organização. A comunicação institucional está intrinsecamente ligada aos aspectos corporativos institucionais que explicitam o lado público das organizações, constrói uma personalidade creditiva organizacional e tem como proposta básica a influência político-social na sociedade onde está inserta. (KUNSCH, 2003, p. 164) A autora cita a definição objetiva e simples de comunicação institucional dada por Fonseca (1999 apud Kunsch, 2003), professor e especialista em relações públicas de Portugal, que a designa “como conjunto de procedimentos destinados a difundir informações de interesse público sobre as filosofias, as políticas, as práticas e os objetivos da organização de modo a tornar compreensíveis essas propostas” (p. 164). Já para Rego (1985 apud Kunsch, 2003, p. 164), “a comunicação institucional objetiva conquistar simpatia, credibilidade e confiança, realizando, como meta finalista, a influência político-social”. Kunsch ressalta que a comunicação institucional, por meio das relações públicas, enfatiza os aspectos relacionados com a missão, visão, os valores e a filosofia da organização e contribui para o desenvolvimento do subsistema institucional, compreendido pela junção desses atributos. Sobre a comunicação integrada, Kunsch (2003) afirma: Por filosofia da comunicação integrada entendemos as orientações que as organizações, por meio dos seus departamentos ARTIGO ACADÊMICO de comunicação (inclusive parceiros, como agências e assessorias externas), devem dar à tomada de decisões e à condução das práticas de todas as suas ações comunicativas. Isto é, aliada às políticas de comunicação estabelecidas, a filosofia deverá nortear os melhores caminhos para o cumprimento da missão e da visão, o cultivo dos valores e a consecução dos objetivos globais da organização. Trata-se de uma visão macro e estratégica, pois as ações táticas de comunicação ficarão a cargo de cada subárea específica. (KUNSCH, 2003, p. 180). Clemen (2009) ressalta a importância da comunicação integrada: Gerar uma boa reputação da marca, junto aos seus mais diversos relacionamentos, tornou-se, para as empresas, uma atribuição tão importante quanto valorizar os atributos e valores agregados de seus produtos. As comunicações mercadológicas e institucional precisam acontecer de forma integrada – e incluir a comunicação interna. (CORRÊA, 2009, p. 286) De acordo com Lupetti (2009), a comunicação integrada é parte integrante da gestão estratégica e abrange as comunicações institucional, administrativa, interna e mercadológica. A comunicação integrada estabelece uma política global, em função da existência de coerência entre programas estabelecidos nas comunicações institucional, administrativa, interna e mercadológica, além de evitar as sobreposições de tarefas. Os quatro programas devem trabalhar de forma conjunta, integrados entre si e com dos demais programas da empresa, tendo em vista os objetivos gerais da organização e, ao mesmo tempo, os objetivos específicos de cada programa. (LUPETTI, 2009, p. 15-7) 101 REVISTA PANORAMA edição on line v. 3, n. 1, jan./dez. 2013 ISSN 2237-1087 Na proposta de Kunsch (2003) para a comunicação integrada nas organizações, são considerados como instrumentos de comunicação institucional: as relações públicas, o jornalismo empresarial, a assessoria de imprensa, a publicidade/propaganda institucional, a imagem e a identidade corporativa, o marketing social, o marketing cultural e a editoração multimídia. De acordo com a autora, para a comunicação institucional, a assessoria de imprensa é uma subárea importante nas mediações das organizações com os públicos com que se relacionam. Sob o gerenciamento da assessoria de imprensa, o jornalismo empresarial é compreendido como significativo e pioneiro e, em conjunto com as relações públicas e a propaganda, forma o tripé clássico que tem por função organizar os fluxos para disseminar as informações nas organizações 3. Importância do planejamento de comunicação institucional no contexto atual Para Kunsch (2003, p. 216), “o planejamento é importante para as organizações porque permite um redimensionamento contínuo de suas ações presentes e futuras”. A autora afirma que o planejamento possibilita a condução de esforços para objetivos pré-estabelecidos, por meio de uma estratégia adequada e uma aplicação racional dos recursos disponíveis. “A atividade de planejar evita que ações das organizações sejam executadas ao acaso, sem qualquer preocupação com a eficiência, eficácia e a efetividade para o alcance dos resultados” (KUNSCH, 2003, p. 216). “Por todas essas razões, conclui-se que o planejamento é realmente imprescindível, para que uma organização possa delinear-se para o futuro e ser uma força ativa constante, já que permite o revigoramento contínuo de atitudes do presente”. (KUNSCH, 2003, p. 216-7) Para Shultz e Barnes (2001 apud Lupetti, 2009), a principal vantagem competitiva a ser desenvolvida pelas ARTIGO ACADÊMICO organizações no século XXI será o valor perceptivo da marca – não só a de produtos, mas a institucional. Segundo Lupetti: A valorização da marca como vantagem competitiva e a importância de um trabalho integrado em ações e divulgação – não só para colaboradores da empresa, mas a divulgação integrada de todas as ações, a todos os públicos de interesse da organização – levam a comunicação a uma posição estratégica no planejamento organizacional. Nesse contexto, a comunicação passa a ter a relevância que lhe é devida como ‘comunicação organizacional integrada’, ou simplesmente ‘comunicação integrada. (LUPETTI, 2009, p. 12) Segundo Clemen (2009), hoje os consumidores estão mais conscientes e exigentes, querendo saber mais sobre as empresas antes de decidir pela compra de um novo produto ou serviço. O autor lembra que isso se aplica às relações de negócio B2B (business to business), ou seja, organizações que têm clientes corporativos como consumidores de seus produtos. No mundo globalizado, o consumidor passou a ter acesso a muitas opções que não estava acostumado. Essa oferta de produtos e serviços – em alguns casos com especificações mínimas de diferença – faz esse consumidor ficar mais crítico, seletivo e detalhista. (CORRÊA, 2009, p. 285) O autor ressalta a importância da comunicação institucional, já que hoje decidir por um produto e/ou serviço não é mais uma simples escolha e que o consumidor quer estar perto da marca, manter relacionamento próximo, sentir-se parte dela e colaborar com seu conhecimento e experiência. As empresas – suas marcas, produtos/serviços – estão cada vez mais sujeitas a questionamentos e críticas, tornando a comunicação institucional extremamente relevante para seu relacionamento externo. O con- 102 REVISTA PANORAMA edição on line v. 3, n. 1, jan./dez. 2013 ISSN 2237-1087 sumidor que saber se a organização, além das práticas corretas, inerentes à atividade em si (pagamento de salários e impostos, por exemplo), também tem atitude responsável sobre sua própria cadeia de suprimentos e em relação às questões sociais e ambientais, amplamente valorizadas e discutidas na sociedade atual. (CORRÊA, 2009, p. 286) 4. Plano de comunicação institucional O plano estratégico de comunicação organizacional tem como proposta básica estabelecer diretrizes, orientações e estratégias para a prática da comunicação nas organizações. Este trabalho terá como foco a comunicação institucional tendo como alvo todos os públicos vinculados com a organização. Como não há um único modelo definido para plano de comunicação, entre as várias opções, este trabalho seguirá o modelo sugerido por Kunsch (2003), que enfatiza a ideia de trabalhar as diversas áreas da comunicação no âmbito organizacional de maneira harmônica e integrada. Porém, com algumas variações, já que este trabalho resultará em um plano de comunicação institucional para a Prest Service Engenharia, uma empresa de tecnologia de combate a incêndio, de Goiânia-Goiás, que não possui nenhuma atividade desenvolvida na área de comunicação. Segundo a autora, três eixos são fundamentais para a construção de um plano de comunicação. A primeira etapa fundamental é a de Pesquisa e construção de diagnóstico estratégico da organização, a segunda seria a etapa de Planejamento estratégico da comunicação organizacional, e a terceira corresponde a Gestão estratégica da comunicação organizacional. 4.1 - Pesquisa e construção de diagnóstico estratégico Busca-se conhecer a organização, sua missão, visão, valores e o ambiente onde está inserida, por meio de um levantamento de dados detalhados que possa fornecer todas as informações ARTIGO ACADÊMICO necessárias para a elaboração do plano. A etapa, por sua vez, subdivide-se em quatro fases: a) Identificação da missão, da visão e dos valores; Missão – Segundo Lupetti (2009), missão é a razão pela qual a organização existe e contém, em geral, informações sobre o negócio da empresa e a forma como ela pretende agir com clientes, colaboradores e comunidade (p. 33). Kunsch (2003) completa que as organizações, mediante o estabelecimento de sua missão, orientam e delimitam suas ações e seu campo de atuação (p. 249). Visão – Kunsch afirma que a visão de uma organização está relacionada ao futuro. “Na elaboração da visão, a empresa retrata seu sonho, aonde ela quer chegar” (LUPETTI, 2009, P. 33). Valores – Segundo Kunsch (2003), os valores expressam as crenças, os atributos ou as convicções filosóficas de seus fundadores e dirigentes. Entre os exemplos de valores citados pela autora estão: ética, inovação, qualidade, segurança e proteção ao meio ambiente. b) Definição do negócio; “Consiste em identificar e descrever o negócio em si, compreendendo o produto ou serviço. Trata-se do escopo de atuação e orientação específica das atividades produtivas de uma empresa e de sua relação com o mercado” (KUNSCH, 2003, p. 254) c) Análise do ambiente externo, setorial e interno; Para Kunsch, uma das fases mais importantes na elaboração de um plano estratégico, pois é no ambiente que se tem informações e subsídios para o desenvolvimento do processo (p. 254). “É uma fase de levantamento e interpretação de dados” (LUPETTI, 2009, p. 34). d) Diagnóstico estratégico da comunicação organizacional; Para a construção de um diagnóstico estratégico de comunicação institucional, pode-se enumerar os pontos fortes e os fracos. Segundo Lupetti (2009, p. 45), ele servirá, por exemplo, para detectar um diferencial sobre os concorrentes. 4.2 - Planejamento estratégico da comunicação organizacional A importância dessa etapa parte do princípio que, para que a comunicação possa auxiliar no cumprimento da missão, alcance da visão e fixação e consolidação dos valores organizacionais, e, assim, possa agregar valor a organização, faz-se necessário um planejamento de comunicação bem estruturado, que leve em consideração as fases que são descritas a seguir. (KUNSCH, 2003). a) Definição da missão, da visão e dos valores da comunicação “É preciso definir a missão da comunicação e estabelecer seus valores” (KUNSCH, 2003, p. 273) b) Estabelecimento de filosofias e políticas A filosofia da organização representa o conjunto de crenças, valores e maneiras de pensar e agir, enquanto as políticas são as grandes orientações que servirão de base para a sustentação das decisões. (KUNSCH, 2003, p. 273) c) Determinação de objetivos e metas Determinar quais os resultados a serem alcançados e quantificá-los por meio de metas. (KUNSCH, 2003, p. 273) d) Esboço das estratégias gerais Consiste em definir como fazer para tornar a comunicação organizacional o mais eficiente possível. (KUNSCH, 2003, p. 273) e) Relacionamento dos projetos e programas específicos Inserir todos os projetos e programas 103 REVISTA PANORAMA edição on line v. 3, n. 1, jan./dez. 2013 ISSN 2237-1087 ARTIGO ACADÊMICO a serem desenvolvidos para atender às necessidades detectadas no diagnóstico. (KUNSCH, 2003, p. 274) f) Montagem do orçamento geral Segundo a autora, consiste na previsão detalhada de todos os custos envolvidos para a implantação do plano. (KUNSCH, 2003, p. 274) 4.3 - Gestão estratégica da comunicação organizacional A terceira e última etapa relaciona-se com a implementação do Plano de comunicação, com a execução do proposto em todas as demais etapas. Para isso, a autora ressalta que é indispensável o comprometimento das pessoas na fase de execução, para que a implementação seja bem sucedida. Pode-se dizer que é uma fase de sensibilização e identificação com o plano para garantir a efetividade em sua execução. “Todos os participantes do processo têm de agir e executar o que foi planejado. O Comportamento individual e o institucional são determinantes para o sucesso ou fracasso da implantação de um plano estratégico de comunicação” (KUNSCH, 2003, p. 274). Essa etapa subdivide-se em quatros fases: d) Avaliação dos resultados A definição de parâmetros de avaliação e mensuração dos resultados fazem parte de todo o processo, pois permitem uma visão crítica do que está sendo planejado e, posteriormente, do que foi realizado e dos resultados obtidos. 5. Plano de Comunicação Institucional Prest Service Engenharia PESQUISA E CONSTRUÇÃO DE DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO Razão Social: Pedro Fernandes Filho e Cia Ltda. Nome Fantasia: Prest Service Engenharia Diretores: Pedro Fernandes Filho e Sandra Batista Fernandes de Castro CNPJ: 04.086.016/0001-10 Inscrição Estadual: 10.331.376-1 Endereço físico: Alameda Juazeiro do Norte Chácara 73 nº 875 Parque Amazônia, Goiânia-Goiás CEP: 74840-500 Endereço eletrônico: prestserviceengenharia.com.br Telefone: (62) 32801897 FAX: (62) 3548-2320 Celular: (62) 9976-8917 Email: prestservice.pedro@gmail. com / [email protected] Classificação: Simples a) Divulgação do plano Tornar público o plano estratégico de comunicação para o público interno, envolvendo-os em todo o processo de implementação do que foi planejado. (KUNSCH, 2003, p. 275) b) Implementação Tornar o plano realidade (KUNSCH, 2003, p. 275) c) Controle das ações Segundo Kunsch (2003) é contínuo e exige o estabelecimento de parâmetros e instrumentos para sua aplicação. “As ações decorrentes do controle podem ser reativas, visando corrigir desvios detectados, e proativa, buscando evitar que os desvios ocorram”. (KUNSCH, 2003, p. 275) 104 REVISTA PANORAMA edição on line v. 3, n. 1, jan./dez. 2013 ISSN 2237-1087 a) Identificação da missão, da visão e dos valores; Até a criação deste plano, a empresa não possuía missão, visão e valores. Missão Atender com excelência e transparência, oferecendo aos clientes soluções em tecnologia de combate a incêndio e segurança. Visão Ser referência em tecnologia de combate a incêndio e segurança no Estado de Goiás, sendo reconhecida como a maior e melhor empresa do mercado goiano, atendendo às normas de segurança determinadas pelo Corpo de Bombeiros, ABNT e/ou normas regulamentadoras. Valores Excelência no relacionamento com cliente Excelência no relacionamento interno ARTIGO ACADÊMICO Qualidade e diferencial dos serviços prestados Valorização dos colaboradores Segurança dos colaboradores Honestidade Transparência Ética b) Definição do negócio; A Prest Service Engenharia atua há mais de 17 anos no mercado de tecnologia de combate a incêndio e manutenções. Comercializa pára-raios, porta corta-fogo, sistema de combate a incêndio, quadro de comando, sistema de escada pressurizada, sistema de detecção e alarme de incêndio, iluminação de emergência, mangueira de incêndio, projetos e execuções. c) Análise do ambiente externo, setorial e interno; Mercado - Há alguns anos, a cidade de Goiânia sofreu um aquecimento nos mercados imobiliários e da construção civil. Novos empreendimentos, para serem habitados, necessitam de um documento, liberado pelo Corpo de Bombeiros, informando que a edificação está apta para habitação. Entre as exigências para obtenção do Habite-se, estão os serviços e os produtos comercializados pela Prest Service Engenharia. O grande número de novos empreendimentos comerciais e residenciais faz com que o mercado de tecnologias de combate a incêndio esteja aquecido. Como a empresa trabalha também com a manutenção periódica desses sistemas, mesmo que o mercado da construção civil sofra uma desaceleração, os próximos anos devem continuar sendo de muita demanda e, consequentemente, de lucratividade. Concorrentes - A Prest Service Engenharia faz parte de um pequeno grupo de prestadores deste tipo de serviço em Goiás. Existem poucos concorrentes habilitados pelo Corpo de Bombeiros Militar na área, sendo uma das que estão atuando há mais tempo no mercado. Seus concorrentes diretos são as empresas Total Export Extintores, Prest Fire Manutenções. Ambas não possuem meios de comunicação onlines para divulgação de serviços e produtos, apenas cadastro em sites de listas telefônica. Ambiente interno – A Prest Service Engenharia possui dois sócios-diretores e seis funcionários, sendo um gerente geral, quatro auxiliares gerais e uma funcionária de limpeza. Os colaboradores da empresa recebem salários acima da média de mercado e são, em sua maioria, membros da família dos diretores, o que contribui para o engajamento e ambiente salutar. Ambiente externo – definição dos públicos na tabela abaixo: 105 REVISTA PANORAMA edição on line v. 3, n. 1, jan./dez. 2013 ISSN 2237-1087 ARTIGO ACADÊMICO 106 REVISTA PANORAMA edição on line v. 3, n. 1, jan./dez. 2013 ISSN 2237-1087 ARTIGO ACADÊMICO d) Diagnóstico estratégico da comunicação organizacional institucional; A Prest Service Engenharia possui um site (http://prestserviceengenharia. com.br/) que, mesmo com bom funcionamento, não transmite, com eficiência, a credibilidade e tradição que uma empresa com 17 anos de mercado possui. O logotipo da empresa também não transmite confiança, já que a mistura de fonte manual com sem serifa transmite confusão e desordem e a logo não transmite nenhum elemento da empresa. Não há nenhuma atividade de divulgação institucional, como assessoria de imprensa, folder, catálogo, publicidade e marketing social. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL INSTITUCIONAL a) Definição da missão, da visão e dos valores da comunicação institucional Missão Disseminar as atividades da Prest Service Engenharia, transmitindo a seus públicos de interesse credibilidade, confiança, tradição e honestidade. Visão Tornar a Prest Service Engenharia reconhecida como a maior e melhor empresa do mercado goiano em tecnologia de combate a incêndio e segurança no Estado de Goiás, sendo referência em qualidade e credibilidade a seus públicos de interesse Valores Excelência no relacionamento com clientes, fornecedores, parceiros e entidades Honestidade Transparência Ética Profissionalismo Credibilidade Proatividade b) Estabelecimento de filosofias e políticas Filosofias Manter práticas éticas Divulgar informações verdadeiras Agir sempre com transparência Usar técnicas de marketing habilidosas, respeitando a vontade e a privacidade do cliente Política Ética Transparência Valorização da marca Valorização dos públicos de interesse Profissionalismo Agilidade c) Determinação de objetivos e metas, relacionamento dos projetos e programas específicos 107 REVISTA PANORAMA edição on line v. 3, n. 1, jan./dez. 2013 ISSN 2237-1087 ARTIGO ACADÊMICO d) Esboço das estratégias gerais, relacionamento dos projetos e programas específicos 108 REVISTA PANORAMA edição on line v. 3, n. 1, jan./dez. 2013 ISSN 2237-1087 ARTIGO ACADÊMICO e) Montagem do orçamento geral GESTÃO ESTRATÉGICA DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL a) Divulgação do plano Será promovida uma reunião com os colaboradores da empresa para tornar público o plano estratégico de comunicação institucional, a fim de envolver o público interno em todo o processo de implementação das ações planejadas. Dinâmicas e fornecimento de um lanche especial serão ferramentas utilizadas para contribuir com um ambiente mais propício à novidade. b) Implementação Execução das ações planejadas. 109 REVISTA PANORAMA edição on line v. 3, n. 1, jan./dez. 2013 ISSN 2237-1087 ARTIGO ACADÊMICO b) Controle das ações CONSIDERAÇÕES FINAIS A comunicação institucional é hoje uma importante ferramenta para a criação de imagens corporativas fortes e positivas, agregando valor à marca e à empresa. Criar um plano estratégico de comunicação organizacional institucional para a Prest Service Engenharia, com diretrizes, orientações e estratégias para a prática da comunicação institucional, será fundamental para a eficiência, eficácia e efetividade das ações preestabelecidas e alcance dos resultados esperados pela empresa. 110 REVISTA PANORAMA edição on line v. 3, n. 1, jan./dez. 2013 ISSN 2237-1087 ARTIGO ACADÊMICO NOTAS 1 - Pós-graduanda em Comunicação Estratégica pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pelas Faculdades Alves Faria. E-mail: [email protected] REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CORRÊA, Jacinto (Org); MAGGESSI, Andrea; CANTANHEDE, Benedito et al. Marketing: a teoria em prática. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2009. CORREA, Roberto. Planejamento de Propaganda. Ed. Global, São Paulo, 2004. FRANÇA, F. Públicos: como identificá-los em uma nova visão estratégica. 2º ed. São Caetano do Sul, SP: Yendis, 2008. KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. São Paulo: Summus, 2003. LUPETTI, Márcelia. Gestão estratégica da comunicação mercadológica. São Paulo: Cengage Learning, 2009. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da escola científica à competitividade em economia globalizada. São Paulo: Atlas, 2006. PINHO, J. B. Comunicação em Marketing. 8 Edição. Campinas, SP: Papirus, 2006. TAVARES, M. Comunicação empresarial e planos de comunicação: integrando teoria e prática. 3º ed. São Paulo: Atlas, 2010 VASCONCELOS, Luciene Ricciotti. Planejamento de comunicação integrada: manual de sobrevivência para as organizações do século XXI . São Paulo, Summus, 2009 111 REVISTA PANORAMA edição on line v. 3, n. 1, jan./dez. 2013 ISSN 2237-1087