plano de comunicação institucional: imagem forte e positiva para

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ARTIGO
ARTIGO ACADÊMICO
ACADÊMICO
PLANO DE COMUNICAÇÃO
INSTITUCIONAL: IMAGEM
FORTE E POSITIVA PARA
EMPRESAS
Por Denise Barboza Ribeiro1
Faculdades Alves Faria - ALFA
Marina RORIZ
Pontifícia Universidade Católica de Goiás, PUC - Goiás
RESUMO
A comunicação institucional passou de diferencial à fundamental para empresas, já que hoje os públicos de
interesse procuram não somente qualidade e preço de produtos e/ou serviços, mas o valor da marca. Este
artigo apresenta a importância do planejamento de comunicação institucional para criar e manter uma boa
imagem da empresa e garantir o alcance dos resultados esperados.
PALAVRAS-CHAVE: Planejamento estratégico. Comunicação organizacional. Comunicação institucional. Plano de comunicação.
1. Planejamento
P
lanejar. De acordo com Ackoff
(1982 apud Lupetti, 2009), planejamento é um processo que
se destina a produzir um ou mais estados futuros desejados, que não deverão ocorrer a menos que alguma
coisa seja feita. Para o autor, o planejamento se preocupa tanto em evitar ações incorretas, como reduzir a
frequência dos fracassos ao se explorar oportunidades. Segundo Correa
(2002), planejamento pode ser conceituado como o processo, administrativo e sistemático para se atingir um
determinado objetivo, coordenando a
atuação do assunto em questão, para
se obter o máximo de resultado com
o mínimo dispêndio de recursos humanos e financeiros.
Carvalho (1979 apud Kunsch, 2003)
apresenta dois passos para a conceituação do planejamento: “o primeiro,
que exprime a noção do planejamento como um processo ou conjunto de
subprocessos; o segundo, que insere
esse processo no contexto conceitual do sistema” (p. 207). Oliveira (2002
apud Kunsch, 2003) que, dentro do
âmbito das empresas, acredita que
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“pode-se afirmar que o exercício sistemático do planejamento tende a reduzir a incerteza envolvida no processo
decisório e, consequentemente, provocar o aumento da probabilidade de
alcance dos objetivos e desafios estabelecidos para a empresa” (p. 207).
Mais que planejar, é preciso planejar estrategicamente. Segundo Maximiano (2006, p. 257), “o processo de
planejamento estratégico compreende a tomada de decisões sobre qual
o padrão de comportamento que a
organização pretende seguir, produtos e serviços que pretende oferecer,
e mercados e clientes que pretende
atingir”. Sobre os objetivos do planejamento estratégico, Kunsch (2003)
afirma que:
O planejamento estratégico visa buscar as melhores formas para gerenciar as ações estratégicas das organizações, tendo por base as demandas
sociais e competitivas, as ameaças e
as oportunidades do ambiente para a
tomada de decisões no presente traga os resultados mais eficazes possíveis no futuro. (2003, p. 214)
1.1 Planejamento de comunicação
Lee O. Thayer (1976 apud Kunsch,
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2003) coloca a comunicação como
elemento vital no processamento das
funções administrativas. “É a comunicação que ocorre dentro [da organização] e a comunicação entre ela e
seu meio ambiente que [a] definem e
determinam as condições de sua existência e a direção do seu movimento”.
(KUNSCH, 2003, p. 69).
De acordo com Lupetti (2009), a
gestão estratégica da comunicação
mercadológica tem como base o planejamento, que reside na gestão da
comunicação integrada, que, por sua
vez, está contida na gestão estratégica da organização. (p. 32) “Por seu
caráter intrínseco, a comunicação
mercadológica deve apropriar-se de
várias bases do planejamento de gestão estratégica, objetivando a unicidade e a coerência do planejamento,
além da obtenção de resultados” (LUPETTI, 2009, p. 12).
Para Corrêa (2002), o planejamento
de comunicação, derivado do planejamento de marketing, consiste, em um
método administrativo e sistemático,
cujo objetivo refere-se à coordenação
dos objetivos, estratégias e diversas
fases das ações de comunicação,
como campanha de propaganda, promoção de vendas ou relações públicas. Sobre a importância do planejamento integrado, Corrêa (2002) diz:
Se as ações adotadas em propaganda, promoção, relações públicas, ou outras formas de comunicação selecionadas em um
determinado plano, não forem
coordenadas entre si, criadas e
programadas adequadamente,
cada uma seguirá numa direção
diferente das demais. Sem um
direcionamento comum e um
foco determinado, não ocorrerá
a somatória eficaz das mensagens, porque chegarão ao público de forma inconsistente, cada
uma transmitindo uma idéia.
(CORRÊA, 2000, p. 31)
Conforme Shimp (2002, p. 43), deve-se pensar comunicação não como um
caso isolado, mas como um composto
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de ferramentas, as quais devem sempre trabalhar em conjunto. Ou seja,
todos os elementos de comunicação
(propaganda, pontos de vendas, promoção de vendas, eventos, etc.) devem falar uma única linguagem. Para
o autor, a coordenação é absolutamente fundamental para se atingir
uma imagem de marca forte e unificada e para levar os consumidores à
ação. (2002, p. 43)
Kunsch (2003) afirma que a elaboração de um plano estratégico de comunicação deve ser pensada a partir
da tomada de decisão das autoridades da organização, após ouvir especialistas no assunto, profissionais de
comunicação da empresa, assessorias e agências de comunicação que
prestam serviços externos.
E, de
preferência, que todas essas fontes
estejam. Ainda segunda a autora, “o
plano estratégico de comunicação organizacional tem como proposta básica estabelecer as grandes diretrizes,
orientações e estratégias para a prática da comunicação integrada nas organizações”. (p. 247)
2. A comunicação organizacional
Segundo Kunsch (2003), a comunicação organizacional configura as diferentes modalidades comunicacionais
que permeiam sua atividade. Compreende, dessa forma, a comunicação
institucional, a comunicação mercadológica, a comunicação interna e a
comunicação administrativa.
2.1 Comunicação Administrativa
Segundo Kunsch (2003), a comunicação administrativa é a que se processa dentro da organização, no âmbito
das funções administrativas. É ela
que permite viabilizar todo o sistema
organizacional, por meio de uma confluência de fluxos e redes.
Lee O. Thayer (1976 apud Kunsch,
2003, p. 153) entende a comunicação
administrativa como “aquela que altera, explora, cria ou mantém relações
situacionais entre funções-tarefas, pelas quais é responsável, ou entre sua
subseção e qualquer outra organização global” (p. 153). Seu objetivo, de
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acordo com Lupetti (2009), é orientar,
atualizar e ordenar o fluxo das atividades funcionais.
2.2 Comunicação Interna
Lupetti (2009) afirma que a comunicação interna é voltada a todos
os colaboradores da empresa, ou
seja, à gerência, aos coordenadores e aos auxiliares. A autora afirma que “este tipo de comunicação
tem como finalidade propiciar meios
para promover a integração entre
eles, compatibilizando os interesses
dos funcionários aos da empresa”
(LUPETTI, 2009, p. 21).
Kunsch (2003, p.154) completa que a
comunicação interna seria um setor
planejado, com objetivos bem definidos para viabilizar toda a interação
possível entre a organização e seus
empregados, usando ferramentas da
comunicação institucional e até da
comunicação mercadológica. “Portanto, a comunicação interna corre paralelamente com a circulação normal da
comunicação que perpassa por todos
os setores da organização, permitindo
seu pleno funcionamento” (KUNSCH
2003, p. 154).
2.3 Comunicação Mercadológica
Lupetti (2009) lembra que a comunicação mercadológica é erroneamente
confundida com marketing e explica
que a comunicação mercadológica
abrange toda e qualquer forma de
comunicação capaz de atingir um objetivo de marketing e dever se elaborada a partir do quadro sociocultural
do consumidor alvo.
Para Rego (1985 apud Kunsch, 2003),
a comunicação mercadológica objetiva promover a troca de produtos e/
ou serviços entre produtor e consumidor, [procurando] atender os objetivos
traçados pelo plano de marketing das
organizações, cujo escopo fundamentalmente se orienta para a venda de
mercadorias destinadas aos consumidores, num determinado espaço
de tempo: apoia-se na publicidade
comercial, na promoção de vendas
e pode, também, utilizar-se, indireta-
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mente, das clássicas atividades da
comunicação organizacional. (p. 163)
2.4 Comunicação Institucional
Para Kunsch (2003), a comunicação
institucional é a responsável direta,
por meio da gestão estratégica das
relações públicas, pela construção e
formatação de uma imagem e identidade corporativas fortes e positivas
de uma organização.
A comunicação institucional
está intrinsecamente ligada
aos aspectos corporativos institucionais que explicitam o
lado público das organizações,
constrói uma personalidade
creditiva organizacional e tem
como proposta básica a influência político-social na sociedade onde está inserta. (KUNSCH, 2003, p. 164)
A autora cita a definição objetiva e
simples de comunicação institucional
dada por Fonseca (1999 apud Kunsch, 2003), professor e especialista em
relações públicas de Portugal, que a
designa “como conjunto de procedimentos destinados a difundir informações de interesse público sobre as
filosofias, as políticas, as práticas e os
objetivos da organização de modo a
tornar compreensíveis essas propostas” (p. 164). Já para Rego (1985 apud
Kunsch, 2003, p. 164), “a comunicação
institucional objetiva conquistar simpatia, credibilidade e confiança, realizando, como meta finalista, a influência político-social”.
Kunsch ressalta que a comunicação
institucional, por meio das relações
públicas, enfatiza os aspectos relacionados com a missão, visão, os valores
e a filosofia da organização e contribui para o desenvolvimento do subsistema institucional, compreendido
pela junção desses atributos.
Sobre a comunicação integrada,
Kunsch (2003) afirma:
Por filosofia da comunicação
integrada entendemos as orientações que as organizações, por
meio dos seus departamentos
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de comunicação (inclusive parceiros, como agências e assessorias externas), devem dar à
tomada de decisões e à condução das práticas de todas as
suas ações comunicativas. Isto
é, aliada às políticas de comunicação estabelecidas, a filosofia
deverá nortear os melhores caminhos para o cumprimento da
missão e da visão, o cultivo dos
valores e a consecução dos objetivos globais da organização.
Trata-se de uma visão macro e
estratégica, pois as ações táticas de comunicação ficarão a
cargo de cada subárea específica. (KUNSCH, 2003, p. 180).
Clemen (2009) ressalta a importância
da comunicação integrada:
Gerar uma boa reputação da
marca, junto aos seus mais diversos relacionamentos, tornou-se, para as empresas, uma atribuição tão importante quanto
valorizar os atributos e valores
agregados de seus produtos. As
comunicações mercadológicas
e institucional precisam acontecer de forma integrada – e
incluir a comunicação interna.
(CORRÊA, 2009, p. 286)
De acordo com Lupetti (2009), a comunicação integrada é parte integrante
da gestão estratégica e abrange as
comunicações institucional, administrativa, interna e mercadológica.
A comunicação integrada
estabelece uma política
global, em função da existência de coerência entre
programas
estabelecidos
nas comunicações
institucional,
administrativa,
interna e mercadológica,
além de evitar as sobreposições de tarefas. Os quatro programas devem trabalhar de forma conjunta,
integrados entre si e com
dos demais programas da
empresa, tendo em vista os
objetivos gerais da organização e, ao mesmo tempo,
os objetivos específicos de
cada programa. (LUPETTI,
2009, p. 15-7)
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Na proposta de Kunsch (2003) para a
comunicação integrada nas organizações, são considerados como instrumentos de comunicação institucional:
as relações públicas, o jornalismo empresarial, a assessoria de imprensa, a
publicidade/propaganda institucional, a imagem e a identidade corporativa, o marketing social, o marketing
cultural e a editoração multimídia.
De acordo com a autora, para a comunicação institucional, a assessoria de
imprensa é uma subárea importante
nas mediações das organizações com
os públicos com que se relacionam.
Sob o gerenciamento da assessoria
de imprensa, o jornalismo empresarial
é compreendido como significativo e
pioneiro e, em conjunto com as relações públicas e a propaganda, forma
o tripé clássico que tem por função
organizar os fluxos para disseminar
as informações nas organizações
3. Importância do planejamento
de comunicação institucional no
contexto atual
Para Kunsch (2003, p. 216), “o planejamento é importante para as organizações porque permite um redimensionamento contínuo de suas ações
presentes e futuras”. A autora afirma que o planejamento possibilita a
condução de esforços para objetivos
pré-estabelecidos, por meio de uma
estratégia adequada e uma aplicação
racional dos recursos disponíveis. “A
atividade de planejar evita que ações
das organizações sejam executadas
ao acaso, sem qualquer preocupação
com a eficiência, eficácia e a efetividade para o alcance dos resultados”
(KUNSCH, 2003, p. 216).
“Por todas essas razões, conclui-se
que o planejamento é realmente imprescindível, para que uma organização possa delinear-se para o futuro e
ser uma força ativa constante, já que
permite o revigoramento contínuo
de atitudes do presente”. (KUNSCH,
2003, p. 216-7)
Para Shultz e Barnes (2001 apud Lupetti, 2009), a principal vantagem
competitiva a ser desenvolvida pelas
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organizações no século XXI será o valor perceptivo da marca – não só a de
produtos, mas a institucional. Segundo Lupetti:
A valorização da marca como
vantagem competitiva e a importância de um trabalho integrado
em ações e divulgação – não só
para colaboradores da empresa,
mas a divulgação integrada de
todas as ações, a todos os públicos de interesse da organização
– levam a comunicação a uma
posição estratégica no planejamento organizacional.
Nesse
contexto, a comunicação passa
a ter a relevância que lhe é devida como ‘comunicação organizacional integrada’, ou simplesmente ‘comunicação integrada.
(LUPETTI, 2009, p. 12)
Segundo Clemen (2009), hoje os consumidores estão mais conscientes e
exigentes, querendo saber mais sobre as empresas antes de decidir pela
compra de um novo produto ou serviço. O autor lembra que isso se aplica
às relações de negócio B2B (business
to business), ou seja, organizações
que têm clientes corporativos como
consumidores de seus produtos.
No mundo globalizado, o consumidor passou a ter acesso a
muitas opções que não estava
acostumado. Essa oferta de
produtos e serviços – em alguns casos com especificações
mínimas de diferença – faz esse
consumidor ficar mais crítico,
seletivo e detalhista. (CORRÊA,
2009, p. 285)
O autor ressalta a importância da comunicação institucional, já que hoje
decidir por um produto e/ou serviço
não é mais uma simples escolha e
que o consumidor quer estar perto da
marca, manter relacionamento próximo, sentir-se parte dela e colaborar
com seu conhecimento e experiência.
As empresas – suas marcas,
produtos/serviços – estão cada
vez mais sujeitas a questionamentos e críticas, tornando a
comunicação institucional extremamente relevante para seu
relacionamento externo. O con-
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sumidor que saber se a organização, além das práticas corretas, inerentes à atividade em si
(pagamento de salários e impostos, por exemplo), também tem
atitude responsável sobre sua
própria cadeia de suprimentos e
em relação às questões sociais e
ambientais, amplamente valorizadas e discutidas na sociedade
atual. (CORRÊA, 2009, p. 286)
4. Plano de comunicação
institucional
O plano estratégico de comunicação
organizacional tem como proposta
básica estabelecer diretrizes, orientações e estratégias para a prática
da comunicação nas organizações.
Este trabalho terá como foco a comunicação institucional tendo como
alvo todos os públicos vinculados
com a organização.
Como não há um único modelo definido para plano de comunicação,
entre as várias opções, este trabalho
seguirá o modelo sugerido por Kunsch (2003), que enfatiza a ideia de trabalhar as diversas áreas da comunicação no âmbito organizacional de
maneira harmônica e integrada. Porém, com algumas variações, já que
este trabalho resultará em um plano
de comunicação institucional para a
Prest Service Engenharia, uma empresa de tecnologia de combate a
incêndio, de Goiânia-Goiás, que não
possui nenhuma atividade desenvolvida na área de comunicação.
Segundo a autora, três eixos são fundamentais para a construção de um
plano de comunicação. A primeira
etapa fundamental é a de Pesquisa e
construção de diagnóstico estratégico da organização, a segunda seria a
etapa de Planejamento estratégico da
comunicação organizacional, e a terceira corresponde a Gestão estratégica da comunicação organizacional.
4.1 - Pesquisa e construção de
diagnóstico estratégico
Busca-se conhecer a organização, sua
missão, visão, valores e o ambiente
onde está inserida, por meio de um levantamento de dados detalhados que
possa fornecer todas as informações
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necessárias para a elaboração do plano. A etapa, por sua vez, subdivide-se
em quatro fases:
a) Identificação da missão, da visão e
dos valores;
Missão – Segundo Lupetti (2009), missão é a razão pela qual a organização
existe e contém, em geral, informações sobre o negócio da empresa e
a forma como ela pretende agir com
clientes, colaboradores e comunidade
(p. 33). Kunsch (2003) completa que
as organizações, mediante o estabelecimento de sua missão, orientam e
delimitam suas ações e seu campo de
atuação (p. 249).
Visão – Kunsch afirma que a visão
de uma organização está relacionada
ao futuro. “Na elaboração da visão, a
empresa retrata seu sonho, aonde ela
quer chegar” (LUPETTI, 2009, P. 33).
Valores – Segundo Kunsch (2003),
os valores expressam as crenças, os
atributos ou as convicções filosóficas
de seus fundadores e dirigentes. Entre os exemplos de valores citados
pela autora estão: ética, inovação,
qualidade, segurança e proteção ao
meio ambiente.
b) Definição do negócio;
“Consiste em identificar e descrever
o negócio em si, compreendendo o
produto ou serviço. Trata-se do escopo de atuação e orientação específica
das atividades produtivas de uma empresa e de sua relação com o mercado” (KUNSCH, 2003, p. 254)
c) Análise do ambiente externo, setorial e interno;
Para Kunsch, uma das fases mais importantes na elaboração de um plano
estratégico, pois é no ambiente que
se tem informações e subsídios para
o desenvolvimento do processo (p.
254). “É uma fase de levantamento
e interpretação de dados” (LUPETTI,
2009, p. 34).
d) Diagnóstico estratégico da comunicação organizacional;
Para a construção de um diagnóstico
estratégico de comunicação institucional, pode-se enumerar os pontos
fortes e os fracos. Segundo Lupetti
(2009, p. 45), ele servirá, por exemplo, para detectar um diferencial sobre os concorrentes.
4.2 - Planejamento estratégico da
comunicação organizacional
A importância dessa etapa parte do
princípio que, para que a comunicação possa auxiliar no cumprimento
da missão, alcance da visão e fixação
e consolidação dos valores organizacionais, e, assim, possa agregar valor
a organização, faz-se necessário um
planejamento de comunicação bem
estruturado, que leve em consideração as fases que são descritas a seguir. (KUNSCH, 2003).
a) Definição da missão, da visão e dos
valores da comunicação
“É preciso definir a missão da comunicação e estabelecer seus valores”
(KUNSCH, 2003, p. 273)
b) Estabelecimento de filosofias e políticas
A filosofia da organização representa o conjunto de crenças, valores e
maneiras de pensar e agir, enquanto as políticas são as grandes orientações que servirão de base para a
sustentação das decisões. (KUNSCH, 2003, p. 273)
c) Determinação de objetivos e metas
Determinar quais os resultados a serem alcançados e quantificá-los por
meio de metas. (KUNSCH, 2003, p.
273)
d) Esboço das estratégias gerais
Consiste em definir como fazer para
tornar a comunicação organizacional
o mais eficiente possível. (KUNSCH,
2003, p. 273)
e) Relacionamento dos projetos e programas específicos
Inserir todos os projetos e programas
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a serem desenvolvidos para atender
às necessidades detectadas no diagnóstico. (KUNSCH, 2003, p. 274)
f) Montagem do orçamento geral
Segundo a autora, consiste na previsão detalhada de todos os custos envolvidos para a implantação do plano.
(KUNSCH, 2003, p. 274)
4.3 - Gestão estratégica da
comunicação organizacional
A terceira e última etapa relaciona-se com a implementação do Plano de
comunicação, com a execução do proposto em todas as demais etapas. Para
isso, a autora ressalta que é indispensável o comprometimento das pessoas
na fase de execução, para que a implementação seja bem sucedida. Pode-se
dizer que é uma fase de sensibilização
e identificação com o plano para garantir a efetividade em sua execução.
“Todos os participantes do processo
têm de agir e executar o que foi planejado. O Comportamento individual
e o institucional são determinantes
para o sucesso ou fracasso da implantação de um plano estratégico de comunicação” (KUNSCH, 2003, p. 274).
Essa etapa subdivide-se em quatros fases:
d) Avaliação dos resultados
A definição de parâmetros de avaliação e mensuração dos resultados
fazem parte de todo o processo, pois
permitem uma visão crítica do que
está sendo planejado e, posteriormente, do que foi realizado e dos resultados obtidos.
5. Plano de Comunicação Institucional Prest Service Engenharia
PESQUISA E CONSTRUÇÃO DE
DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
Razão Social: Pedro Fernandes Filho
e Cia Ltda.
Nome Fantasia: Prest Service Engenharia
Diretores: Pedro Fernandes Filho e
Sandra Batista Fernandes de Castro
CNPJ: 04.086.016/0001-10
Inscrição Estadual: 10.331.376-1
Endereço físico: Alameda Juazeiro do
Norte Chácara 73 nº 875 Parque Amazônia, Goiânia-Goiás CEP: 74840-500
Endereço eletrônico: prestserviceengenharia.com.br
Telefone: (62) 32801897 FAX: (62)
3548-2320 Celular: (62) 9976-8917
Email:
prestservice.pedro@gmail.
com / [email protected]
Classificação: Simples
a) Divulgação do plano
Tornar público o plano estratégico de
comunicação para o público interno,
envolvendo-os em todo o processo de
implementação do que foi planejado.
(KUNSCH, 2003, p. 275)
b) Implementação
Tornar o plano realidade (KUNSCH,
2003, p. 275)
c) Controle das ações
Segundo Kunsch (2003) é contínuo e
exige o estabelecimento de parâmetros e instrumentos para sua aplicação. “As ações decorrentes do controle
podem ser reativas, visando corrigir
desvios detectados, e proativa, buscando evitar que os desvios ocorram”.
(KUNSCH, 2003, p. 275)
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a) Identificação da missão, da visão e dos valores;
Até a criação deste plano, a empresa
não possuía missão, visão e valores.
Missão
Atender com excelência e transparência, oferecendo aos clientes soluções
em tecnologia de combate a incêndio
e segurança.
Visão
Ser referência em tecnologia de combate a incêndio e segurança no Estado de Goiás, sendo reconhecida como
a maior e melhor empresa do mercado goiano, atendendo às normas de
segurança determinadas pelo Corpo
de Bombeiros, ABNT e/ou normas regulamentadoras.
Valores
Excelência no relacionamento com
cliente
Excelência no relacionamento interno
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Qualidade e diferencial dos serviços prestados
Valorização dos colaboradores
Segurança dos colaboradores
Honestidade
Transparência
Ética
b) Definição do negócio;
A Prest Service Engenharia atua há mais de 17 anos no mercado de tecnologia
de combate a incêndio e manutenções. Comercializa pára-raios, porta corta-fogo, sistema de combate a incêndio, quadro de comando, sistema de escada
pressurizada, sistema de detecção e alarme de incêndio, iluminação de emergência, mangueira de incêndio, projetos e execuções.
c) Análise do ambiente externo, setorial e interno;
Mercado - Há alguns anos, a cidade de Goiânia sofreu um aquecimento nos
mercados imobiliários e da construção civil. Novos empreendimentos, para serem habitados, necessitam de um documento, liberado pelo Corpo de Bombeiros, informando que a edificação está apta para habitação. Entre as exigências
para obtenção do Habite-se, estão os serviços e os produtos comercializados
pela Prest Service Engenharia.
O grande número de novos empreendimentos comerciais e residenciais faz
com que o mercado de tecnologias de combate a incêndio esteja aquecido.
Como a empresa trabalha também com a manutenção periódica desses sistemas, mesmo que o mercado da construção civil sofra uma desaceleração, os
próximos anos devem continuar sendo de muita demanda e, consequentemente, de lucratividade.
Concorrentes - A Prest Service Engenharia faz parte de um pequeno grupo
de prestadores deste tipo de serviço em Goiás. Existem poucos concorrentes
habilitados pelo Corpo de Bombeiros Militar na área, sendo uma das que estão atuando há mais tempo no mercado. Seus concorrentes diretos são as empresas Total Export Extintores, Prest Fire Manutenções. Ambas não possuem
meios de comunicação onlines para divulgação de serviços e produtos, apenas
cadastro em sites de listas telefônica.
Ambiente interno – A Prest Service Engenharia possui dois sócios-diretores
e seis funcionários, sendo um gerente geral, quatro auxiliares gerais e uma
funcionária de limpeza. Os colaboradores da empresa recebem salários acima
da média de mercado e são, em sua maioria, membros da família dos diretores,
o que contribui para o engajamento e ambiente salutar.
Ambiente externo – definição dos públicos na tabela abaixo:
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d) Diagnóstico estratégico da comunicação organizacional institucional;
A Prest Service Engenharia possui um site (http://prestserviceengenharia.
com.br/) que, mesmo com bom funcionamento, não transmite, com eficiência,
a credibilidade e tradição que uma empresa com 17 anos de mercado possui.
O logotipo da empresa também não transmite confiança, já que a mistura de
fonte manual com sem serifa transmite confusão e desordem e a logo não
transmite nenhum elemento da empresa. Não há nenhuma atividade de divulgação institucional, como assessoria de imprensa, folder, catálogo, publicidade e marketing social.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA COMUNICAÇÃO
ORGANIZACIONAL INSTITUCIONAL
a) Definição da missão, da visão e dos valores da comunicação institucional
Missão
Disseminar as atividades da Prest Service Engenharia, transmitindo a seus
públicos de interesse credibilidade, confiança, tradição e honestidade.
Visão
Tornar a Prest Service Engenharia reconhecida como a maior e melhor empresa do mercado goiano em tecnologia de combate a incêndio e segurança no
Estado de Goiás, sendo referência em qualidade e credibilidade a seus públicos de interesse
Valores
Excelência no relacionamento com clientes, fornecedores, parceiros e
entidades
Honestidade
Transparência
Ética
Profissionalismo
Credibilidade
Proatividade
b) Estabelecimento de filosofias e políticas
Filosofias
Manter práticas éticas
Divulgar informações verdadeiras
Agir sempre com transparência
Usar técnicas de marketing habilidosas, respeitando a vontade e a privacidade
do cliente
Política
Ética
Transparência
Valorização da marca
Valorização dos públicos de interesse
Profissionalismo
Agilidade
c) Determinação de objetivos e metas, relacionamento dos projetos e
programas específicos
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d) Esboço das estratégias gerais, relacionamento dos projetos e
programas específicos
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e) Montagem do orçamento geral
GESTÃO ESTRATÉGICA DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
a) Divulgação do plano
Será promovida uma reunião com os colaboradores da empresa para tornar
público o plano estratégico de comunicação institucional, a fim de envolver o
público interno em todo o processo de implementação das ações planejadas.
Dinâmicas e fornecimento de um lanche especial serão ferramentas utilizadas
para contribuir com um ambiente mais propício à novidade.
b) Implementação
Execução das ações planejadas.
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b) Controle das ações
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A comunicação institucional é hoje uma importante ferramenta para a criação
de imagens corporativas fortes e positivas, agregando valor à marca e à empresa. Criar um plano estratégico de comunicação organizacional institucional
para a Prest Service Engenharia, com diretrizes, orientações e estratégias para
a prática da comunicação institucional, será fundamental para a eficiência,
eficácia e efetividade das ações preestabelecidas e alcance dos resultados
esperados pela empresa.
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REVISTA PANORAMA
edição on line
v. 3, n. 1, jan./dez. 2013
ISSN 2237-1087
ARTIGO ACADÊMICO
NOTAS
1 - Pós-graduanda em Comunicação Estratégica pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pelas Faculdades Alves Faria.
E-mail: [email protected]
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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