Seminário de Macroeconomia Aberta Colômbia 5º semestre – notuno Cibelle Cristina Ferreira Leão ‐ 1314700 Cláudia de Cássia Lara Pereira de Araujo ‐ 1314475 Daniela Simplício Cardoso ‐ 1276999 Giovanni Barichelo Leme ‐ 1320114 Jamile Rodrigues Melloni ‐ 1314858 Murilo Zanderin ‐ 1320610 Ricardo Hideyuki Tabuchi ‐ 1314378 2 SUMÁRIO I – INTRODUÇÃO página 3 II – PRODUÇÃO página 3 PIB total e por habitante PIB por setor PIB anual dos grandes setores Taxa de crescimento do PIB III – POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA página 8 População total Taxa de crescimento populacional Índice de Gini População economicamente ativa IV – POLÍTICA MONETÁRIA página 13 Taxa básica de juros Inflação básica Meios de pagamento V – COMÉRCIO EXTERIOR página 23 Importações e exportações Balanço de pagamentos Mercado do Produto – IS‐LM‐BP página 31 GLOSSÁRIO página 32 BIBLIOGRAFIA página 34 3 I – INTRODUÇÃO Ex‐colônia espanhola, a República da Colômbia localiza‐se no Noroeste da América do Sul. Sua população atual está estimada em 45.745.783 de habitantes, a maior parte da população economicamente ativa está empenhada no setor de serviços. Seus principais setores econômicos são o de mineração e de agricultura. Os principais produtos agrícolas são café, flores, arroz, banana, milho, tabaco e feijão. Os principais produtos industriais são tecidos, alimentos processados, calçados e bebidas. Os principais produtos exportados são petróleo, café, carvão e níquel. Os principais produtos importados são máquinas, bens de consumo duráveis, derivados de petróleo e produtos químicos. Em relação à mineração, a Colômbia é o maior produtor mundial de esmeraldas. As maiores reservas de carvão da América Latina estão em solo colombiano. A produção da folha de coca movimenta bilhões de dólares na economia do país, contribuindo para o aumento do narcotráfico e o financiamento de grupos revolucionários. Estados Unidos, Países Baixos, China, México e Brasil são os seus principais parceiros econômicos. O governo colombiano opta por uma taxa de câmbio flexível a fim de manter um nível adequado de reservas internacionais. Tanto a taxa real como a taxa nominal do câmbio colombiano estão decrescendo ao longo dos anos. A meta de inflação que está em vigor atualmente é a de 2% a 4%, com ideal fixado em 3%, e vem sendo alcançada. II – PRODUÇÃO Conforme pode ser observado no gráfico a seguir, baseado na tabela retirada do site do Banco da República da Colômbia (Banrep), o PIB manteve‐se, desde 2006, com taxas elevadas de crescimento. Apesar de ter sido afetado fortemente pela crise de 2008 quando sofreu uma grande queda, que persistiu por 2009, o PIB voltou a se recuperar em 2010 e, segundo estimativas do Banrep, tendo outra queda agora em 2012. A instabilidade da economia nos anos de crise mundial representa a alta dependência do país em relação ao setor externo. 4 Gráfico 1.1: Variação Percentual do PIB e do PIB per capita. Tabela 1.1: PIB Total e Por Habitante Ano: 2006 PRODUTO INTERNO BRUTO TOTAL E POR HABITANTE* (A preços correntes) Total Por Habitante Bilhões de Variação Milhões de Variação Pesos pesos percentual dólares Anual % 383.898 12,86 162.808 8.844.362 11,51 Dólares 2007 431.072 12,29 207.411 9.813.388 10,96 3.751 4.722 2008 480.087 11,37 244.163 10.800.329 10,06 5.493 2009 504.647 5,12 234.035 11.219.656 3,88 5.203 2010 544.923 7,98 287.120 11.973.808 6,72 6.309 2011p 621.614 14,07 336.340 13.500.258 12,72 7.305 2012p 664.515 6,90 369.538 14.265.543 5,67 7.933 *Ano base = 2005 (p) = Provisório Fonte: DANE ‐ Dirección de Síntesis y Cuentas Nacionales e Banco de la República, Estudios Económicos Cálculos Banco de la República ‐ Cuentas Financieras. http://www.banrep.gov.co/series‐estadisticas/see_prod_salar_2005.html 5 Segundo o Boletim de Imprensa Trimestral publicado em abril de 2013, em 2012 os valores agregados dos diferentes setores, em relação ao ano de 2011, foram os seguintes: • Agricultura, Silvicultura e Pescas: crescimento de 2,6% • Mineração: crescimentos de 5,9% • Indústria: queda de 0,7% • Eletricidade, gás e água: crescimento de 3,5% • Construção: crescimento de 3,6% • Comércio, serviços, restaurantes e Hotéis: crescimento de 4,1% • Transporte, armazenagem e comunicações: crescimento de 4,0% • Finanças, seguros, imóveis e serviços de negócios: Crescimento de 5,5% • Comunidade, serviços sociais e pessoais: crescimento de 4,9% Gráfico 1.2: PIB por Setor 2012 Como se pode notar na análise do gráfico acima, o principal setor que determina a composição do PIB é o setor de serviços, quase metade do todo, representado pelo setor de Transportes, Comércio, Estabelecimentos Financeiros e Atividades de serviços Sociais. 6 Vale ressaltar a queda da produção do setor Industrial em 2012, causada principalmente pela redução das atividades industriais de: atividades de edição e impressão e reprodução de gravações com uma variação de ‐ 3,7; fabricação de produtos do petróleo refino com variação negativa de ‐ 5,1; Fabricação de substâncias e produtos químicos com uma variação de ‐ 2.2; Fabricação de produtos de borracha e plástico ‐ 5,8; e fabricação de outros produtos minerais não‐metálicos, com uma variação de ‐ 1.2. Tabela 1.2: PIB Anual dos Grandes Setores. PRODUTO INTERNO BRUTO ANUAL A PREÇOS CORRENTES GRANDES RAMOS DE ATIVIDADE ECONÔMICA ‐ Miles de Millones de Pesos Series desestacionalizadas Base 2005 RAMOS DE ATIVIDADE ECONÔMICA Ano 2006* 2007* 2008* 2009* 2010* 2011* 2012* Agricultura, ganadería, caza, silvicultura y pesca 28.269 30.686 32.964 34.632 35.431 38.925 39.618 Explotación de minas y canteras 25.349 25.722 37.689 36.391 45.960 70.145 74.821 Industrias manufactureras 54.706 62.316 66.870 66.428 69.526 76.922 78.980 Suministro de electricidad, gas y agua 14.877 16.341 17.714 18.283 19.658 21.259 22.752 Construcción 23.222 27.666 33.379 38.913 39.340 46.419 51.421 Comercio, reparación, restaurantes y hoteles 45.542 51.971 55.807 58.395 63.210 69.848 75.200 Transporte, almacenamiento y comunicaciones 26.553 30.680 31.846 33.541 34.681 36.154 38.732 Establecimientos financieros, seguros, actividades inmobiliarias y servicios a las empresas 71.986 80.970 90.416 97.973 105.048 114.085 124.282 Actividades de servicios sociales, comunales y personales 59.103 65.557 71.926 79.291 86.280 93.342 101.837 Subtotal Valor agregado 349.607 391.909 438.611 463.847 499.134 567.099 607.643 21.737 25.234 27.225 26.855 29.927 35.930 37.871 IVA no deducible 7 Derechos e impuestos sobre las importaciones 3.678 5.301 4.763 Impuestos excepto IVA 9.313 10.199 10.534 10.553 11.655 14.176 15.191 437 4.190 4.009 592 617 4.758 892 953 Total Impuestos 34.291 39.163 41.476 40.800 45.789 54.515 56.872 PRODUCTO INTERNO BRUTO 383.898 431.072 480.087 504.647 544.923 621.614 664.515 Subvenciones 460 4.309 551 FONTE: Departamento Administrativo Nacional de Estadística – DANE http://www.banrep.gov.co/series‐estadisticas/see_prod_salar_2005.html Ainda, de acordo com o Departamento Administrativo Nacional de Estatística – DANE, a Colômbia apresentou um crescimento de 4,0% em relação a 2011, quando o crescimento averiguado foi de 6,6%, deixando o país num lugar de destaque entre os países da América Latina. Tabela 1.3: taxa de Crescimento do PIB 2012 Taxa de Crescimento do PIB 2012 Países da América Latina País Ano 2011 2012 Brasil 2,70 0,90 Colômbia 6,60 4,00 México 3,90 3,90 Panamá 10,80 10,70 Venezuela 4,20 5,60 Perú 6,90 6,20 Argentina 8,90 1,90 Chile 5,90 5,50 Fonte: Oficinas Nacionais de Estatística: Colômbia: DANE; México: INEGI; Panamá: Contraloría General de la República; Venezuela: Banco Central;Brasil: IBGE; Perú: INE; Indec: Argentina y Chile: Banco Central. 8 III – POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA A Colômbia se encontra em meio a uma transição demográfica devida a constantes quedas em suas taxas de natalidade, mortalidade e crescimento populacional. A taxa de fertilidade caiu de seis filhos por mulher em idade reprodutiva, em meados de 1960, para pouco acima do nível de reposição atualmente, resultante do aumento da alfabetização, serviços de planejamento familiar e urbanização. Outro fator importante a ser analisado são as constantes emigrações (legais e ilegais) que ocorrem, tornando a Colômbia a maior fonte de refugiados na América Latina. Esses deslocamentos forçados ocorrem por causa das violências entre guerrilheiros, paramilitares e forças de segurança colombianas. O Governo colombiano chega a estimar que cerca de 3,6 milhões de pessoas se deslocaram desde 2000, mas esses dados podem ser subestimados, uma vez que nem todas as deslocações são registradas. Na tabela e gráfico a seguir, é possível ver a variação da população de 2006 a 2013. Tabela 3.1: população Total População Total Ano População 2006 43.593.040 2007 44.379.600 2008 45.013.670 2009 45.644.020 2010 44.205.290 2011 44.725.540 2012 45.239.080 2013 45.745.783 Fonte: http://www.indexmundi.com/g/g.aspx?c=co&v=21&l=pt 9 Gráfico 3.1: Variação da população total Fonte: http://www.indexmundi.com/g/g.aspx?c=co&v=21&l=pt Observando agora a tabela 3.2, em que é apresentada a taxa de crescimento populacional, nota‐se que há uma queda nesse índice, sendo mais severa entre os anos de 2009 e 2010. Tabela 3.2: Taxa de Crescimento Populacional Taxa de Crescimento Populacional Ano Taxa de crescimento 2006 1,46 2007 1,43 2008 1,41 2009 1,38 2010 1,18 2011 1,16 2012 1,13 10 Gráfico 3.2: Taxa de crescimento populacional Fonte: http://www.indexmundi.com/g/g.aspx?c=co&v=24&l=pt A Colômbia possui um IDH elevado (0,719 em 2012), todavia, grande parte de sua população vive abaixo do nível de pobreza, e o país apresenta elevado Índice de Gini, conforme consta da tabela abaixo: Tabela 3.3: Índice de Gini Índice de Gini Ano Índice 2006 58,7 2007 58,9 2008 57,2 2009 56,7 2010 55,9 Fonte: http://datos.bancomundial.org/indicador/SI.POV.GINI Embora o Índice de Gini tenha diminuído, ainda é considerado alto, indicando que a Colômbia é um país com uma elevada taxa de desigualdade. Os 10% mais pobres da população apropriam‐se de 0,8% da renda, enquanto os 10% mais rico se apropriam de 45% da renda. 11 Além disso, no período compreendido entre 2006 a 2012, a taxa de desemprego existente no país variou entre 10% e 11%, índices considerados excessivos. Vejamos, agora, a distribuição da PEA por setor: Gráfico 3.3: População economicamente ativa por setor Fonte: http://www.indexmundi.com/colombia/labor_force_by_occupation.html Ainda que a maior parte da população economicamente ativa esteja empenhada no setor de serviços, o setor industrial é o maior gerador de riquezas para o país, fator que justifica o maior investimento estatal em qualificação profissional voltada a este setor, o que tem consolidado o aumento da relação entre população economicamente ativa e população total. Vejamos no quadro a seguir: Tabela 3.5: População Economicamente Ativa População Economicamente Ativa (PEA) Ano PEA 2006 20.810.000 2007 20.500.000 2008 21.300.000 2009 20.940.000 2010 21.270.000 2011 22.450.00 Fonte: http://www.indexmundi.com/colombia/labor_force_by_occupation.html 12 Gráfico 3.4: Variação da população economicamente ativa Fonte: http://www.indexmundi.com/colombia/labor_force_by_occupation.html O gráfico abaixo demonstra a consolidação entre a relação PEA/POP: Gráfico 3.5: População economicamente ativa/população total Fonte: http://www.indexmundi.com/colombia/labor_force_by_occupation.html 13 IV – POLÍTICA MONETÁRIA TAXA BÁSICA DE JUROS A diretoria do Banco da República (BanRep) define a taxa de intervenção na política monetária, chamada de taxa básica de juros. Ela corresponde a uma taxa mínima cobrada aos bancos com relação a empréstimos. As modificações ocorridas nessa taxa são decididas em reuniões da diretoria do BanRep e ocorrem, de forma geral, quando há a necessidade de afetar a quantidade de dinheiro em circulação na economia. Com base nos dados referentes à média da taxa básica de juros, no período de maio de 2006 a março de 2013, podemos fazer uma análise crítica com relação à economia colombiana no período em questão. Tabela 4.1: Variação da básica taxa de juros Variação da taxa básica de juros Ano 02 de maio de 2006 21 de junho de 2006 22 de agosto de 2006 02 de outubro de 2006 30 de outubro de 2006 18 de dezembro de 2006 29 de janeiro de 2007 26 de fevereiro de 2007 26 de março de 2007 02 de maio de 2007 22 de maio de 2007 19 de junho de 2007 30 de julho de 2007 26 de novembro de 2007 25 de fevereiro de 2008 28 de julho de 2008 22 de dezembro de 2008 02 de fevereiro de 2009 02 de março de 2009 24 de março de 2009 Taxa 6,25% 6,50% 6,75% 7,00% 7,25% 7,50% 7,75% 8,00% 8,25% 8,50% 8,75% 9,00% 9,25% 9,50% 9,75% 10,00% 9,50% 9,00% 8,00% 7,00% 14 Ano 04 de maio de 2009 01 de junho de 2009 23 de junho de 2009 28 de setembro de 2009 24 de novembro de 2009 03 de maio de 2010 28 de fevereiro de 2011 22 de março de 2011 02 de maio de 2011 31 de maio de 2011 20 de junho de 2011 01 de agosto de 2011 28 de novembro de 2011 31 de janeiro de 2012 27 de fevereiro de 2012 30 de julho de 2012 27 de agosto de 2012 26 de novembro de 2012 24 de dezembro de 2012 29 de janeiro de 2013 25 de fevereiro de 2013 26 de março de 2013 Taxa 6,00% 5,00% 4,50% 4,00% 3,50% 3,00% 3,25% 3,50% 3,75% 4,00% 4,25% 4,50% 4,75% 5,00% 5,25% 5,00% 4,75% 4,50% 4,25% 4,00% 3,75% 3,25% Gráfico 4.1: Variação da taxa básica de juros Fonte: Banco de la República, Subgerencia Monetaria y de Reservas, Mesa de Dinero. 15 Entre meados de 2006 e final de 2009 a taxa básica de juros apresentou muitas oscilações. Isso se deve ao fato de o mundo todo estar passando por uma forte crise. A economia mundial enfrenta uma profunda desaceleração do crescimento econômico a partir de 2006, com ápice em 2008. Como mecanismo de política monetária os Bancos Centrais diminuem suas taxas básicas de juros, tornando mais barato o dinheiro e assim fazendo com que o país aumente seu volume de crédito. Isso estimula o consumo, aumentando a demanda e o crescimento econômico. É exatamente esse mecanismo que o BanRep adota. Com base na desaceleração da economia do país, é decidida a diminuição da taxa básica de juros, incentivando o consumo e o crescimento econômico. Porém, atrelado a esse mecanismo está o aumento dos preços e, consequentemente, aumento na taxa de inflação. A partir do final de 2009 a economia colombiana apresenta sinais de recuperação. Sua taxa básica de juros volta aos índices esperados e torna‐se estável. INFLAÇÃO BÁSICA A inflação básica é medida por meio do índice de preços ao consumidor (IPC). Ele tem como base um conjunto de bens e serviços representativos à população. Como indicadores da inflação básica colombiana, temos calculados o IPC 20 (de onde se exclui os gastos básicos que registram maiores oscilações nos preços e que representam 20% do total do IPC), o índice sem alimentos e o índice sem alimentos primários, serviços públicos e combustíveis. Analisaremos, portanto, os dados referentes à média dos indicadores da inflação básica no período de janeiro de 2006 a maio de 2013. Tabela 4.2: Índice de preços ao consumidor (IPC) Índice de preços ao consumidor Ano Mês Janeiro Fevereiro 2006 Março Abril IPC 20 (Variação anual) 3,95% 3,52% 3,49% 3,49% Sem alimentos (variação anual) 3,88% 3,66% 3,62% 3,53% Sem alimentos primários, serviços públicos e combustíveis. (variação anual) 3,48% 3,40% 3,41% 3,45% 16 Ano Mês Maio Junho Julho Agosto 2006 Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 2007 Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 2008 Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro IPC 20 (Variação anual) 3,59% 3,73% 4,20% 4,54% 4,56% 4,50% 4,60% 4,80% 5,04% 5,34% 5,48% 5,85% 5,73% 5,61% 5,39% 5,19% 4,98% 5,26% 5,47% 5,51% 5,47% 5,60% 5,99% 5,95% 6,02% 6,46% 6,98% 7,05% 7,16% 7,57% 7,64% 7,29% Sem alimentos (variação anual) 3,51% 3,59% 3,78% 3,97% 3,94% 3,69% 3,83% 3,94% 4,22% 4,32% 4,38% 4,55% 4,52% 4,38% 4,34% 4,31% 4,12% 4,34% 4,37% 4,43% 4,46% 4,47% 4,67% 4,74% 4,81% 4,90% 4,93% 4,93% 5,16% 5,52% 5,30% 5,11% Sem alimentos primários, serviços públicos e combustíveis. (variação anual) 3,54% 3,63% 3,94% 4,18% 4,18% 4,26% 4,47% 4,77% 5,14% 5,26% 5,34% 5,48% 5,38% 5,32% 5,24% 5,24% 5,13% 5,10% 5,20% 5,18% 5,05% 5,04% 5,15% 5,26% 5,35% 5,56% 5,83% 5,58% 5,44% 5,82% 5,80% 5,92% 17 Ano Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 2009 Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 2010 Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 2011 Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro IPC 20 Sem alimentos (Variação anual) (variação anual) 7,42% 7,52% 6,67% 6,27% 6,17% 5,78% 5,03% 4,81% 4,58% 3,99% 3,51% 3,74% 3,83% 3,35% 3,20% 3,18% 3,23% 3,08% 3,02% 2,97% 2,97% 3,00% 3,09% 3,17% 3,14% 3,14% 3,12% 3,03% 3,08% 3,43% 3,53% 3,22% 3,40% 3,61% 3,78% 3,92% 4,84% 5,03% 4,90% 4,66% 4,40% 4,27% 4,06% 3,84% 3,52% 3,05% 2,96% 2,91% 3,14% 2,94% 2,43% 2,40% 2,50% 2,53% 2,45% 2,51% 2,50% 2,57% 2,66% 2,82% 2,86% 2,70% 2,90% 2,86% 2,81% 2,91% 2,90% 2,76% 2,98% 3,03% 3,03% 3,13% Sem alimentos primários, serviços públicos e combustíveis. (variação anual) 5,76% 5,75% 5,42% 5,05% 4,87% 4,54% 3,97% 3,97% 3,94% 3,46% 3,02% 2,68% 2,81% 2,46% 2,27% 2,21% 2,23% 2,25% 2,23% 2,25% 2,30% 2,37% 2,50% 2,65% 2,68% 2,77% 2,79% 2,83% 2,93% 3,05% 3,12% 2,96% 3,02% 3,16% 3,21% 3,18% 18 Ano Mês IPC 20 Sem alimentos (Variação anual) (variação anual) Sem alimentos primários, serviços públicos e combustíveis. (variação anual) 3,01% 2,94% 2,99% 3,19% 3,28% 3,23% 3,27% 3,31% 3,33% 3,28% 3,15% 3,02% 2,76% 2,60% 2,51% 2,34% 2,16% Janeiro 3,78% 3,00% Fevereiro 3,76% 3,10% Março 3,76% 2,95% Abril 3,90% 2,81% Maio 3,82% 2,94% Junho 3,56% 2,80% 2012 Julho 3,65% 2,74% Agosto 3,80% 2,75% Setembro 3,71% 2,87% Outubro 3,58% 2,86% Novembro 3,35% 2,68% Dezembro 3,23% 2,40% Janeiro 2,95% 2,12% Fevereiro 2,78% 2,08% 2013 Março 2,78% 2,11% Abril 2,79% 2,20% Maio 2,72% 2,28% OBS: Base de Dezembro de 2008 = 100. Fonte: Banco de la República; Departamento Administrativo Nacional de Estadística (DANE). http://www.dane.gov.co/index.php?option=com_content&view=article&id=103&Itemid=76 Gráfico 4.2: Variação do índice de preços ao consumidor 19 É importante citar que a meta de inflação acordada em reunião da diretoria do Banco da República (BanRep) e que está em vigor atualmente é a de 2% a 4%, com ideal fixado em 3%. Como podemos observar pelos dados apresentados em tabela e gráfico, a política monetária e suas metas têm sido alcançadas com sucesso na economia colombiana, com uma exceção importante que deve ser destacada. Em meados de 2006 podemos notar uma forte alta nas taxas de inflação, tendência que permaneceu até o final de 2009. É nesse período que o mundo todo enfrenta uma forte crise econômica. Como mecanismo de execução da política monetária o governo altera a taxa básica de juros, alterando a quantidade de dinheiro em circulação na economia. Com a mudança na liquidez a taxa de inflação também é atingida. Fazendo uma comparação entre a taxa básica de juros e a taxa de inflação podemos observar que o governo utilizou desse recurso para execução de sua política monetária. Entre meados de 2006 e final de 2009 a taxa básica de juros apresentou oscilações, em maiorias relacionadas à queda, justificando o alto índice de inflação observado no mesmo período. Depois de amenizada a crise a taxa básica de juros voltou a estabilizar, sendo acompanhada pela também estabilização e diminuição da taxa de inflação. Outra comparação que podemos fazer é entre a taxa de inflação e a taxa de câmbio. No período do ápice da crise a taxa de câmbio colombiana com relação ao dólar enfrenta oscilações e aumentos. Após a crise, a taxa de câmbio apresenta quedas e volta a estabilizar. Ambos os movimentos são acompanhados por iguais movimentos na taxa de inflação. TAXA DE CÂMBIO O governo colombiano opta por uma taxa de câmbio flexível a fim de manter um nível adequado de reservas internacionais, reduzindo assim a vulnerabilidade da economia a choques externos, além de limitar a volatilidade excessiva da taxa de câmbio no curto prazo. 20 Tabela 4.3: Taxa de câmbio em relação ao dólar americano Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Taxa de Câmbio (média do mês de maio) Valor do peso por dólar 2.417,99 2.007,91 1.778,01 2.229,95 1.984,36 1.801,65 1.793,28 1.850,12 Gráfico 4.3: Variação do câmbio nominal FONTE: Banco de la República Colombiana – Séries Estadísticas – Tasas de Cambio http://www.banrep.gov.co/series‐estadisticas/see_ts_trm.htm#cotización 21 Gráfico 4.4: Variação da taxa de câmbio real FONTE: Cepal Stat – Colombia: National Economic Profile http://interwp.cepal.org/cepalstat/WEB_cepalstat/Perfil_nacional_economico.asp?Pais=COL &idioma=i Para manter uma taxa adequada à política do país, o Banco Central colombiano intervém no mercado cambial através de leilões automáticos de opções de compra e venda de divisas do Banco, cada vez que a taxa de câmbio chega a 4% para mais ou para menos do seu valor médio dos últimos 20 dias, além de leilões direcionados para compra de divisas para acumulação ou desacumulação de reservas internacionais. Também intervém através do direcionamento de compras e vendas diretas de divisas do Banco no mercado cambial e leilões competitivos de compra de dólares no mercado cambial. Tanto a taxa real como a taxa nominal do câmbio colombiano estão decrescendo ao longo dos anos, o que nos mostra que o peso colombiano vem tendo uma apreciação em comparação ao dólar americano e que seus produtos estão mais baratos frente a produtos do exterior. Essa diminuição do preço dos produtos colombianos faz com que a população demande mais moeda. 22 Tabela 4.4: Meios de Pagamento Meios de Pagamento (M1) (em bilhões de pesos colombianos) Ano Meios de Pagamento* 2006 30.190,5 2007 36.101,1 2008 38.823,0 2009 42.190,0 2010 48.071,5 2011 55.829,5 2012 60.717,5 2013 68.102,1 *Dados do mês de abril Gráfico 4.5: Variação anual dos meios de pagamento OBS: Dados de dezembro de cada ano FONTE: Bando de la República Colombiana (BanRep) ‐ Series Estadísticas – Agregados monetários y creditícios http://www.banrep.gov.co/series‐ estadisticas/see_agre_moncre.htm Em abril de 2013 os meios de pagamentos chegaram a 68.102,10 bilhões, tendo um aumento de cerca de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior e indicando a possibilidade do total de meios de pagamento continuar crescendo. 23 O aumento de moeda em poder do público nos indica um aumento da renda nominal do país e, consequentemente, um aumento do consumo e da economia do país. A política de intervenção cambiária deve ser coerente com as metas de inflação, a fim de garantir a consistência de ambas as políticas. Para manter essa coerência, o governo utiliza as taxas de juros como instrumento primário da política monetária. Se o diagnóstico de inflação está maior do que a meta prevista, o Banco aumenta as taxas de juros, se ele está abaixo da meta, o Banco diminui essas taxas. Se a inflação projetada está abaixo da meta adota‐se uma política monetária mais ampla, a qual é compatível com a compra de divisas por parte do Banco Central para atenuar a apreciação. Se a inflação projetada está acima da meta, adota‐se uma política monetária mais restrita. Optar por um programa de compra de divisas no mercado pode causar um conflito entre a política monetária e a cambial. Neste caso, o Banco Central tem que compensar a expansão resultante da intervenção cambial, mediante operações de contração monetária. V – COMÉRCIO EXTERIOR Tabela 5.1: Exportações de bens Exportações de bens (em milhões de dólares) Ano Total 2008 37,095.9 2009 32,556.3 2010 39,511.3 2011 56,680.9 2012 59,962.6 Fonte: http://www.banrep.gov.co/estad/dsbb/sec_ext_009.xls 24 Tabela 5.2: Exportações de serviços Exportações de serviços (em milhões de dólares) Ano Total 2008 4,137 2009 4,202 2010 4,446 2011 4,856 2012 5,240 Fonte: Banco Nacional de la República Colombiana (Banrep) http://www.banrep.gov.co/statistics/sta_ext_sec.htm#1 Tabela 5.3: Exportações – por países Exportações por países (2011) País Porcentagem (%) EUA 42 Holanda 4,7 China 4,2 Fonte: https://www.cia.gov/library/publications/the‐world‐factbook/geos/co.html Tabela 5.4: Exportações – por produto Exportações por produto (2010) Produto Porcentagem (%) Petróleo e derivados 49,1 Carvão 14,7 Café 4,6 Níquel 1,5 Fonte: http://www.bladex.com/es/latam‐info/colombia 25 Gráfico 5.1: Exportações de bens A partir das tabelas e do gráfico acima, observa‐se um crescimento nas exportações, havendo apenas uma queda em 2009 em razão da crise de 2008, chegando a aumentar de valor em quase 6 vezes num período de 10 anos (2002‐2012), sendo que em 2012, a Colômbia ocupava o 55º lugar no ranking mundial de exportação. Em 2011, cerca de 42% das exportações foi destinada ao maior comprador das exportações colombianas, os EUA. É importante destacar também que quase metade dessas exportações é constituída pelo petróleo e seus derivados. Tabela 5.5: Importações de bens Importações de bens (em milhões de dólares) Ano Total 2008 36320,8 2009 30504,0 2010 37348,6 2011 50518,6 2012 53773,4 Fonte: http://www.banrep.gov.co/estad/dsbb/sec_ext_010.xls 26 Tabela 5.6: importações de serviços Importações de serviços (em milhões de dólares) Ano Total 2008 7,210 2009 7,023 2010 8,070 2011 9,503 2012 10,557 Fonte: http://www.banrep.gov.co/statistics/sta_ext_sec.htm#1 Tabela 5.7: Importações – por países Importações por países (2011) País Porcentagem (%) EUA 29,2 China 11,9 México 11,5 Brasil 5,3 Fonte: https://www.cia.gov/library/publications/the‐world‐factbook/geos/co.html Tabela 5.8: Importação – por produto Importação por produto (2010) Produto Porcentagem (%) Bens Intermediários 38,7 Bens de Capital 35,1 Bens de Consumo 18,9 Fonte: http://www.bladex.com/es/latam‐info/colombia 27 Gráfico 5.2: Importações de bens Assim como as exportações, houve um aumento de quase 6 vezes no valor das importações em um período de 10 anos (2002‐2012), ocupando em 2012 o 54ª lugar no ranking mundial de importação. Suas importações são constituídas principalmente por bens intermediários e de capital, sendo que em 2011, 29% foi importado dos EUA. Gráfico 5.3: Troca de bens Fonte: Cepal Stat http://interwp.cepal.org/cepalstat/WEB_cepalstat/Perfil_nacional_economico.asp?Pais=COL &idioma=i 28 Gráfico 5.4: Índice dos termos de troca para bens Fonte: http://interwp.cepal.org/cepalstat/WEB_cepalstat/Perfil_nacional_economico.asp?Pais=COL &idioma=i BALANÇO DE PAGAMENTOS Observando os 2 gráficos acima, percebe‐se que há um aumento, tanto do volume importado, como do exportado, sendo que o crescimento das importações tem sido maior do que das exportações. Balanço de Pagamentos (Condensado) US$Milhões 2006 2007 2008 2009 2010 I. Conta Corrente A. Balança Comercial i.Bens Exportados Importados ii.Serviços Exportados Importados ‐5977 ‐3231 ‐584 29381 30088 ‐2647 3636 6283 ‐6746 ‐2101 971 37095 36320 ‐3072 4137 7210 ‐4964 ‐276 2545 32556 30504 ‐2821 4202 7023 ‐8809 ‐1260 2363 39511 37348 ‐3623 4446 8070 C. Renda dos Fatores D. Transferências Correntes ‐2988 ‐1795 323 23930 23975 ‐2118 3377 5495 ‐5935 ‐7962 ‐10157 ‐9302 ‐12024 4743 5216 5512 4613 4475 2011 2012 ‐ ‐9525 11415 1540 667 6187 6004 56680 59962 50518 53773 ‐4647 ‐5337 4856 5240 9503 10577 ‐ ‐ 16003 16682 4938 4599 29 II. Conta de Capital e Financeira 2890 10347 9492 A. Conta Financeira 2890 10347 9492 1.Fluxos Financeiros 2890 10347 9492 i. Investimento Doméstico no Exterior 4755 564 2419 a)Direto 1098 913 2486 b)Em Carteira 3657 564 ‐67 Longo Prazo 0 0 0 Curto Prazo 3657 564 ‐67 ii. Investimento Estrangeiro 7558 10933 9401 a)Direto 6656 9049 10596 b)Em Carteira 902 1884 ‐1195 Longo Prazo 457 387 ‐195 Curto Prazo 445 1497 ‐1001 B. Fluxo Especiais de Capital 0 0 0 III. Erros e Omissões Líquidos 120 328 ‐123 IV. Saldo das Reservas Internacionais Bruto 15440 20955 24041 V. Saldo das Reservas Internacionais Líquido 15436 20949 24030 Variação % anual das Reservas Int. Liq. 36% 15% Variação % total das Reservas Int. Liq. 143% Saldo do Balanço de Pagamentos (I+II+III+IV)¹ 15463 25653 26664 ¹Saldo não oficiais, cálculo feito apenas para fins analíticos Dados: Banco de La República Colombiana Elaboração: Grupo Fonte: http://www.banrep.gov.co/statistics/sta_ext_sec.htm#1 6255 6255 6255 11825 11825 11825 13106 16385 13106 16385 13106 16385 6104 3348 2756 0 2756 11806 7137 4668 4822 ‐154 0 56 9132 6842 2290 0 2290 10020 6758 3263 913 2349 0 119 10391 8280 2111 0 2111 21639 13438 8202 5303 2899 0 163 25365 28464 32303 37474 25356 28452 32300 37467 6% 14% 26712 12% 16% 31599 36047 42899 O saldo do Balanço de Pagamentos1 da Colômbia, de 2006 a 2012, é superavitário e crescente, resultado possibilitado pelo crescente acúmulo de reservas internacionais. No período analisado, a conta corrente é deficitária e crescente, já a conta de capital e financeira compensa esses resultados negativos com a entrada de capital estrangeiro na economia colombiana. 1 2364 ‐248 2612 0 2612 23179 15823 7356 3729 3626 0 454 Saldo calculado para fins analíticos, não é oficial. Seu cálculo foi feito a partir das somas do saldo da conta corrente, do saldo da conte de capital e financeira, dos erros e omissões e do saldo das reservas internacionais. 30 O déficit em conta corrente é explicado, principalmente, pelo envio de rendas ao exterior, e, secundariamente, pela importação de serviços, que é equilibrado pelas exportações líquidas de bens. A conta financeira é superavitária, de forma a financiar os resultados negativos da conta corrente, o que é realizado por meio de políticas de atração de capital2 estrangeiro (investimento direto estrangeiro, de investimento estrangeiro em carteira, empréstimos, e financiamentos). No curto prazo, essa política de geração de poupança externa é satisfatória, no sentido em que se tem a entrada de capital estrangeiro para financiar o déficit em conta corrente, porém, no futuro, esse capital estrangeiro é remunerado ao investidor. O que resulta na saída da remuneração pela conta corrente sob a rubrica “renda dos fatores”. Segundo Bresser e Gala (2007), a política de crescimento com poupança externa implica em apreciação cambial, desestimulando as exportações e os investimentos produtivos. Dessa forma, com a apreciação cambial, os salários reais se valorizam artificialmente, o que gera ainda mais pressão sobre o saldo da balança comercial com o aumento das importações, aumentando os riscos de uma crise cambial e de balanço de pagamentos. Como estamos tratando de um país primário exportador e gerador de poupança externa, o nível de atividade do país é atrelado de duas maneiras à situação econômica global, tanto pelo nível de demanda por commodities quanto pelo fluxo de capital vindo dos países centrais para a Colômbia. Vale notar o grande crescimento das reservas líquidas internacionais no período analisado, o que é fator positivo para diminuir os riscos de uma crise cambial e para manter o saldo do balanço de pagamentos positivo, apesar dos saldos negativos seguidos em conta corrente. 2 O que pode ser realizado por meio, por exemplo, da estabilidade econômica, políticas fiscais com relação à movimentação de capital e/ou altas taxas de juros. Caso essas políticas surtam efeitos, ou seja, resulte em entrada de capital, há tendência à valorização cambial, o que não é desejável ao setor exportador da economia, principalmente, o setor industrial. 31 MERCADO DO PRODUTO – MONETÁRIO E BALANÇO DE PAGAMENTOS ‐ IS‐LM‐BP O modelo IS/LM/BP, é formado pela curva IS, que é o equilíbrio no mercado de bens, pela curva LM, que é o equilíbrio entre a oferta e a demanda de moeda, e pela BP, que é a curva do equilibro no mercado cambial; sendo todos eles com relação à taxa de juros e a renda. Considerando a taxa de cambio flutuante, a tendência da BP é cortar IS/LM até chegar a um equilíbrio, não podendo haver déficit na balança de pagamento. É importante destacar que quanto mais íngreme for a BP, menor é a mobilidade do capital, e menos a renda varia. Após a observação dos dados até aqui analisados, podemos chegar às seguintes curvas de IS, LM e BP da Colômbia: Gráfico 5.5: IS‐LM‐BP Considerando agora a IS‐LM‐BP da Colômbia, devido ao aumento de preço das commodities (é uma suposição plausível para o deslocamento inicial da IS), as exportações desses produtos aumentam, temos um deslocamento para cima da IS, e, como consequência, se tem um aumento da taxa de juros nos anos 2007 e 2008. O processo é acompanhado pelo superávit no Balanço de Pagamentos. A curva LM se desloca para baixo devido à diminuição dos juros, além de se deslocar para a direita devido o aumento da demanda por moeda que vem crescendo a cada ano. 32 Glossário A Ano‐base: Ao calcular o PIB real por meio da avaliação de quantidades em anos diferentes usando um dado conjunto de preços, a ano ao qual este dado conjunto de preços corresponde. B Balança comercial: Diferença entre exportações e importações. Também chamado de exportações liquidas. Bens duráveis: Bens que podem ser armazenados e que têm uma vida média de pelo menos 3 anos. Bens intermediários: Bens utilizados na produção de um bem final. C Crise cambial: Escassez de divisa, incapacitando o país de honrar seus compromissos externos. Conta capital: No balanço de pagamentos, um resumo das transações de ativos de um país com o resto do mundo. Conta corrente: No balanço de pagamentos, é constituída pelo saldo da balança comercial, balança de serviços e transferências unilaterais. E Exportações: Compras de bens e serviços domésticos por estrangeiros. I Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): Medida usada para classificar os países pelo seu grau de “desenvolvimento humano”, sendo composta a partir de dados de expectativas de vida ao nascer, educação e PIB per capita. Importações: Compras de bens e serviços estrangeiros por consumidores, empresas e governo domésticos. 33 Índice de Gini: Instrumento para medir o grau de concentração de renda comparando os 20% mais pobres e os 20% mais ricos. Índice de Preços ao Consumidor (IPC): Custo de uma determinada lista de bens e serviços consumidos por um morador urbano típico. Inflação: Aumento sustentado do nível geral de preços. M Meios de pagamento: Volume de oferta de moeda em circulação na economia (excluídos os montantes mantidos em caixa pelas autoridades monetárias e pelos bancos comerciais), mais a moeda escritural (depósitos à vista do público nos bancos) P Política monetária: A utilização das reservas de dinheiro pelo Banco Central para afetar as taxas de juros e, por conseguinte, a atividade econômica e a inflação. População economicamente ativa (PEA): Potencial de mão de obra com que pode contar o setor produtivo, isto é, a população ocupada e a população desocupada. Preço corrente: Preço que determinado bem ou serviço é oferecido ou comprador. Conhecido também como preço de mercado. Produto Interno Bruto (PIB): Medida do produto agregado. Soma das quantidades produzidas em uma economia multiplicadas pelos seus preços em um ano‐base. PIB per capita: Produto agregado dividido pela população total. R Reservas Internacionais: Depósitos em moeda estrangeira dos bancos centrais e autoridades monetárias. T Taxa de câmbio flexível: Taxa de cambio determinada no mercado de cambio sem a intervenção do Banco Central. Taxa de crescimento: Taxa de crescimento do produto 34 Taxa nominal de câmbio: Preço da moeda nacional em termos de moeda estrangeira. Número de unidades de moeda estrangeira que se pode obter por uma unidade de moeda nacional. Taxa real de câmbio: Preço relativo dos bens domésticos em termos dos bens estrangeiros. Transferências correntes: Na balança de pagamentos, o resumo dos pagamentos ao resto do mundo feitos e recebidos por um país. Bibliografia Banco de la República (BanRep) http://www.banrep.gov.co/politica‐monetaria/index.html http://www.banrep.gov.co/politica_cambiaria/index.html BRESSER, L.C. & GALA, P. (2007). “Por que a poupança externa não promove crescimento”. Revista de Economia Política, vol.27, no.1 (105), janeiro‐março. Central Intelligence Agency: The World Fackbook https://www.cia.gov/library/publications/the‐world‐factbook/geos/co.html