Slide 1 - Paulo Margotto

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CASO CLÍNICO
Síndrome do Crupe
Coordenação: Dra. Carmen Lívia
Professor Orientador: Carmen Lívia
Internato de Pediatria
Apresentação: LAÍS DUTRA DE FREITAS
VINICIUS MARTINS VILELA
Faculdade de Medicina da Universidade Católica de
Brasília
Brasília, 1º de março de 2017
www.paulomargotto.com.br
CASO CLÍNICO: SÍNDROME DO CRUPE



Identificação:
lactente de 1 ano e oito meses, natural de Brasília,
procedente de Brazlândia-DF.
QP: Tosse rouca há 2 dias
HDA: Paciente foi levado pela família para a
emergência pediátrica da cidade de Brazlândia com
história de coriza e tosse rouca há dois dias. Segundo
a mãe a tosse vinha piorando e a criança passou a
apresentar também dificuldade para respirar há
algumas horas, motivo pelo qual procurou o hospital.
Nega vômitos. Refere febre moderada há 24 horas)não
medida).Apetite preservado. Eliminações normais.
CASO CLÍNICO: SÍNDROME DO CRUPE

Antecedentes:






Parto normal no Hospital de Brazlãndia, sem
intercorrências, recendo alta com 48 horas de vida;
APGAR: 9 – 10, Peso nasc.:3.300g, Estatura: 50cm,
PC: 34cm;
Mãe G2P2A0, realizou pré-natal e todos os exames
solicitados com resultados normais;
Amamentou exclusivamente no seio materno até 6
meses de idade e ainda amamenta até os dias atuais;
Apresentou bronquiolite aos 6 meses de idade, e um
episódio de GECA aos 10 meses, ambas sem
necessidade de internação;
Cartão vacinal em dia.
CASO CLÍNICO: SÍNDROME DO CRUPE

Exame Físico:








BEG, choro com lágrimas, hidratado, acianótico,
anictérico, mucosa normocorada e úmida;
AP: MVF, sem RA, com estridor moderado e esforço
inspiratório, Sat O2: 92%,FR=36irpm
ACV: RCR 2T, BNF, sem sopros;
ABD: flácido, normotimpânico, sem VMG, Traube
livre.
SNC-sem sinais meníngeos, consciente, ativo/reativo;
Pele
sem
alterações,
boa
perfusão
periférica.Tax:38ºC.
Otoscopia - sem alterações
Oroscopia -hiperemia de orofaringe, com exsudato
mucoso e sem placas de pus
CASO CLÍNICO: SÍNDROME DO CRUPE
Conduta:
NBZ com soro fisiológico e adrenalina;
 Dexametasona IM;
 O2 nasal(2l/min por cateter nasal);
 Paracetamol:12 gotas;
 Colocar em leito de observação;
 Solicitado Rx de tórax e Hemograma.

CASO CLÍNICO: SÍNDROME DO CRUPE
Após 30 min do término da NBZ


Paciente apresenta discreta melhora do estridor, e
SaO2 -94%;
Afebril no momento, com coriza, um pouco irritado e
chorando pedindo o colo da mãe;
Conduta:
 Repetir a NBZ com adrenalina;
 Mantido O2 nasal;
 Amamentação livre.
CASO CLÍNICO: SÍNDROME DO CRUPE


Radiografia de tórax- normal
hemograma:hts:4milhões, hemoglobina:12,
Htco:36%, Leuc:4.400, NB:05%, NS:35%,
eosino:01%, Linfócitos:58%, Linfócitos
atípicos:02%, Plaq:260mil.
Reavaliação
-criança mais calma no colo da mãe;
-Sao2:98%
-estridor não mais audível
-sinais vitas dentro da normalidade
Caso Clínico: Síndrome do Crupe
o










Explicar a fisiopatologia
Quais são as formas de apresentação da doença?
Explique um diagnóstico diferencial importante no caso.
Como se classifica o Estridor nesta condição clinica?
Quais exames complementares são necessários no atendimento?
Qual a forma de apresentação neste caso e qual agente etiológico?
Como deve ser feito o exame da orofaringe?
O tratamento e os exames solicitados foram corretos. Justifique
Como deve ser o manejo na emergência: quanto tempo deve ficar
em observação? Quando internar?
Qual o prognóstico da doença?
Quando deve receber alta e quais medicamentos devem ser
prescritos na alta
Síndrome CRUPE
Coordenação: Dra. Carmen Lívia
Professor Orientador: Carmen Lívia
Internato de Pediatria
Apresentação: LAÍS DUTRA DE FREITAS
VINICIUS MARTINS VILELA
Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Brasília
Brasília.
Síndromes Respiratórias na Infância
Definição do sítio anatômico
Taquipneia
Estridor
Quanto menor a criança maior a
FR:
< 2 meses: ≥ 60 irpm
2 – 12 meses:de
≥ 50
irpm
Obstrução
grandes
1 – 5 anos: ≥ 40 irpm
vias anatômicas
Resfriado
extrapleurais.
comum.
Ruido
predominantemente
Pneumonia:
típica,
Complicações
Laringite/Laringotraqueo
IVAS:
inspiratório
criado
pelaOMA
atípica e complicações.
passagem
ar porviral
uma grande
bronquite
edeSinusite.
e
BVA
e
ASMA
–
sibilos.
viabacteriana,
de condução
estreitada.
Ar
Faringo
amigdalite.
laringite
encontra resistência, oscila e
estridulosa,
epiglotite e
cria o ruido.
difteria.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Sítio Anatômico
Síndrome
CRUPE
Definição: obstrução aguda
da laringe refere-se a um
grupo heterogêneo de
processos infecciosos
principalmente agudos, que
são caracterizados por uma
tosse tipo latido –
Inflamação
que acomete
estridente ou
metálica
-e
as cordas vocais e as
estruturas
localizadas
que pode estar
associado
à
abaixo das cordas
vocais é denominada:
rouquidão, estridor
Laringite,
laringotraqueíte ou
inspiratóriolaringotraqueobronq
e angústia
uite.
respiratória.
ESTRIDOR é um som
Resistência das vias
respiratório áspero
aéreas é
deinflamação
alta intensidade,
A
acima das
inversamente
geralmente
cordas
proporcional a um
inspiratório,
mas
vocais(aritenoide,
quarto
da potência
pode
ser
bifásico,
pregasdo
ariepiglóticas,
raio.
produzido
pelo
epiglote)
é ou
Edema da mucosa
fluxo
de
ar
denominada
outros
processos
turbulento;
ele não é
supraglotite
inflamatórios
diagnóstico,
mas
(Epiglotite).
produzem
uma
sinaliza uma obstrução
resistência exponencial
das vias aéreas
das vias aéreas
superiores.
Laringe: epligote,
aritenoide, tireoide e
cricoide(porção mais
estreita logo após as
cordas vocais) - e pelos
tecidos moles que
circundam essas
estruturas.
NETTER. Coleção: Pneumologia. 2ª ed. Artmed, 2009.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Etiologia e epidemiologia
H. influenzae tipo B em pacientes
pediátricos diminuiu em 80-90%
após vacinação universal.
Diferencial/complicação
secundária
infecçõesdoença
virais. leve.
Mycoplasma: raramente
isolado,às
causando
Streptococcus pyogenes, S. pneumoniae e Staphylococcus aureus
Associado à laringotraqueobronquite grave
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Etiologia e epidemiologia

Maioria dos pacientes com CRUPE está entre 3 meses e 5 anos de
idade

Pico ocorrendo no 2º ano de vida.

A incidência em sexo masculino é maior


Acontece mais comumente no final do outono e inverno, mas pode
ocorrer o ano todo.
As recorrências são frequentes entre os 3 e 6 anos de idade e
diminuem com o crescimento das vias aéreas. Aproximadamente
15% dos paciente apresentam uma forte história familiar de CRUPE.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Quadro Clínico: Laringotraqueobronquite Viral
•
Típica tosse ''de
 IVAS: rinorreia, faringite,
cachorro'‘ – metálica -,
tosse leve e febre de baixo
rouquidão e estridor
durante 1 ae3 dias
antes saturação de oxigênio são vistas somente
• grau
Hipóxia
baixa
inspiratório.
dos sinais e sintomas de
quando
a obstrução
completa das vias
obstrução
das vias
aéreas
superiores se tornarem
A criança que está hipóxica, cianótica
aparentes.
aéreas é iminente.
ou que apresenta
• de
Febre
de baixo grau
• Piora
sintomas no
obnublação necessita
suporte
imediato
dasdos
vias
pode persistir apesar de
período noturno.
aéreas.
temperaturas chegarem •
a 39-40 graus. Algumas
crianças são afebris.
•
•
Agitação e o choro
agravam sobremaneira
os sintomas e sinais.
Grande maioria dos casos possue resolução espontânea em 1 semana
O exame físico pode revelar voz
rouca,
coriza,
faringe
normal ou
mas
podem
durar
14 dias
moderadamente inflamada e frequência respiratória levemente elevada.
A obstrução que progride é acompanhada pela elevação da frequência
respiratória; dilatação nasal; retração supra-esternal, infra-esternal e
intercostal; dilatação nasal; além de um estridor contínuo.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Diagnóstico: Laringotraqueobronquite Viral

Eminentemente clínico.

Exames de imagem jamais devem postergar o tratamento.

Achados radiológicos característicos:
“Sinal do campanário”
“Sinal da Torre”
“Sinal do Lápis”
As radiografias não se correlacionam bem
com a gravidade da doença
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Tratamento: Laringotraqueobronquite Viral

1º passo: Classificar o estridor ! – Avaliar o desconforto respiratório.

Caso leve: medidas de suporte.

Caso moderado/grave: nebulização com adrenalina e corticoide sistêmico.
OLIVEIRA. Blackbook – Pediatria. 3ª Edição
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Tratamento: Laringotraqueobronquite Viral

Manutenção das vias aéreas. O tratamento da angústia respiratória deve
ser prioritário à qualquer tipo de exame.
Indicação de hospitalização
Crianças que apresentam: estridor
progressivo, estridor acentuado em repouso,
angústia respiratória, hipóxia, cianose,
depressão do estado mental, má ingestão oral
ou a necessidade de observação confiável.
Adrenalina Racêmica (Apenas em USA).
*Acredita-se
que
mecanismo
de ação sejadeuma
constrição das
Indicações
para a administração
epinefrina
L-Adrenalina
(queotemos):
nebulizada:
arteríolas
por receptores
beta-adrenérgicos,
causando
(5pré-capilares
ml
em uma solução
de 1:1000)
é igualmente eficaz
à
•
Estridor de moderado a acentuado em
reabsorção
de
líquido existente no espaço intersticial e uma
Adrenalinarepouso
Racêmica.
diminuição
edema
dapode
mucosa
laríngea.
3-5•do
ampolas
que
ser repetido
a cada 15-20 minutos (3 ou
Angústia
respiratória
e hipóxia.
+ inalações - monitorização cardíaca)
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Tratamento: Laringotraqueobronquite Viral


A meia vida da adrenalina é de menos de 2 horas, portanto a observação é
mandatória.
Corticoides
Diminuem o edema de mucosa por meio de sua ação
anti-inflamatória. Benéficos mesmo nos casos de
CRUPE leve para evitar hospitalizações.
Indicação
de alta
ANTIBIÓTICOS
NÃO SÃO INDICADOS NA CRUPE VIRAL!!!
Período de
mínimo 2 a 3
 Dexametasona
oralobservação
em dose única dede
0,6 no
mg/kg.
 Dexametasona
IM apresentem
e budesonida em estridor
nebulizaçãoem
apresentam um
horas
e que: não
efeito clínico semelhante e o uso é tão eficaz quanto o IM.
repouso,
com respiração normal, coloração
 Varicela ou tuberculose – cuidado
normal e nível normal de consciência e desde
que tenha recebido corticoesteroides prescritos
para casa.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Complicações: Laringotraqueobronquite Viral



15% dos pacientes com CRUPE viral.
Extensão para outras partes do trato respiratório, em especial o ouvido
médio, bronquíolos terminais ou parênquima pulmonar.
Traqueíte bacteriana pode ser uma complicação do CRUPE viral.

Se associada com S. aureus pode causar síndrome do
choque tóxico.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Diagnóstico Diferencial: Laringotraqueobronquite Viral

Traqueíte bacteriana é considerada um importante diagnóstico
diferencial.





Traqueia do paciente fica tomada por placas de pus.
Quadro clínico: A grande característica aqui é a febre alta e toxemia
com angústia respiratória. Pode ter caráter bifásico.
Resposta parcial ou ausente à nebulização com adrenalina.
Diagnóstico: primordialmente clínico. Entretanto podemos isolar o
agente em cultura.
Sinal radiológico:
separação pseudomembranosa da traquéia
e membranas traqueais espessas.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Diagnóstico Diferencial: Laringotraqueobronquite Viral
•
Tratamento:
O tratamento usual para CRUPE é ineficaz. 50-60% dos pacientes
precisam de intubação.
Internação, ATB parenteral – cobertura para S. aureus – considerar
IOT.

CRUPE do Sarampo geralmente ocorre com a completa manifestação da
doença exantemática.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Diagnóstico Diferencial: Laringotraqueobronquite Viral



Obstrução respiratória súbita pode ser causado pela aspiração de corpo
estranho, geralmente em crianças de 3 meses aos 3 anos de idade.
O sufocamento e tosse ocorrem subitamente, em geral sem os pródromos
de infecção.
Os abscessos retrofaríngeos e periamigdalianos podem simular
uma obstrução respiratória -> TC de vias aéreas superiores são
necessários para avaliação.
Angioedema das áreas subglóticas como parte da reação anafilática e
reações alérgicas generalizadas.
Laringite Estridulosa
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Laringite
Diftérica
Epiglotite
Síndrome CRUPE
Laringotraqueobronquite Estridulosa / CRUPE Espasmódica


Maior frequência em crianças com 1 a 3 anos de idade.
Frequente ausência de um pródromo viral e febre no paciente e/ou
família.


A causa é viral em alguns casos, mas fatores alérgicos e psicológicos
podem ser importantes em outros.
Alta frequência durante à tarde ou noite, um início súbito – pode
ser precedido por coriza e leve rouquidão.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Laringotraqueobronquite Estridulosa / CRUPE Espasmódica
Criança acorda com uma tosse
"de cachorro", metálica,
inspiração ruidosa e angústia
respiratória, parecendo
ansiosa e assustada. Afebril !
Em geral, a gravidade
dos sintomas diminui
em algumas horas e, no
dia seguinte, o paciente
parece estar bem, exceto
por uma leve rouquidão e
tosse.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Geralmente apresenta
recorrência do quadro. A
Se não houver resolução
espontânea
patogênese
é desconhecida:
do quadro o mesmo
tratamento
damais uma
pode
representar
Laringotraqueiobronquite
viral pode
reação alérgica
a antígenos
ser realizado.
virais que uma infecção direta.
Síndrome CRUPE
Laringotraqueobronquite Diftérica / CRUPE Diftérica

CRUPE diftérico é extremamente raro – na atualidade.




Imunizados / forma mais branda.
Agente etiológico: Corynebacterium diphteriae, bacilo aeróbio gram
positivo.
Sintomas iniciais incluem mal-estar, irritação da garganta, anorexia
e febre de baixo grau.
Em 2-3 dias, o exame da faringe apresenta a típica membrana
cinza-esbranquiçada (pseudomembrana), que pode variar de
tamanho, cobrindo desde uma pequena porção da amigdala até a
maior parte do palato mole.
Toxina pode causar miocardite e paralisia de pares
cranianos.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Laringotraqueobronquite Diftérica / CRUPE Diftérica
• Diagnóstico:
• Laringoscopia com pseudomembranas.
• Confirmação por cultura de secreção.
• Sinal radiográfico:
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Tratamento: Laringotraqueobronquite Diftérica / CRUPE Diftérica

Manutenção das vias aéreas. Sempre avaliar !

Antibioticoterapia: penicilina ou eritromicina.

Antitoxina Diftérica.
A remoção endoscópica das membranas fica a
critério do profissional. Pode ocorrer
eventualmente.
Alguns serviços tem preferência por
traqueostomia: o descolamento de placas pode
agravar o quadro.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Epiglotite Aguda / Supraglotite



Incidência: 2-5 anos.
Emergência médica, pelo risco de obstrução respiratória, que pode levar à
morte.
Processo inflamatório agudo das estruturas supraglóticas da laringe.
H. influenzae tipo
B
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Imunização
Streptococcus
pyogenes, S.
pneumoniae e
Staphilococcus
aureus
Síndrome CRUPE
Epiglotite Aguda / Supraglotite
•Curso agudo e fulminante de febre
O estridor
um
achado tardio
alta,
irritaçãoéda
orofaringe,
dispneia
e
sugere
uma
obstrução
quase
e obstrução respiratória de rápida
completa da via aérea.
progressão.
A sialorréia
geralmente está
presente, e o pescoço
apresenta-se em
hiperextensão em
uma tentativa de
manter a via aérea.
A ausência inicial de
angústia respiratória
pode enganar
•Desenvolve subitamente uma irritação de
orofaringe e febre. Em questão de horas o
paciente se apresenta tóxico, a deglutição é
difícil e a respiração é forçada.
Posição de tripé, sentando e inclinando o
tronco pra frente, com o queixo para cima e a
boca aberta, apoiando-se nos braços.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Diagnóstico: Epiglotite Aguda / Supraglotite


Início da suspeita clínica: a laringoscopia deve ser realizada o mais
rapidamente possível em um ambiente controlado – e apenas 1
vez -, como uma sala de cirurgia ou uma unidade de tratamento
intensivo.
Hemocultura e cultura da superfície da epiglote podem confirmar a
presença do patógeno.
A ansiedade, que provoca intervenções como a
flebotomia, instalação de um acesso intravenoso, colocação
da criança em decúbito dorsal ou inspeção direta da
cavidade oral, deve ser evitada até que as vias aéreas
sejam mantidas.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Diagnóstico: Epiglotite Aguda / Supraglotite


Visualização de uma grande epiglote "vermelho-cereja" edemaciada na
laringoscopia.
Radiografia de perfil com
“Sinal do polegar”
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Tratamento: Epiglotite Aguda / Supraglotite
O estabelecimento da via aérea por meio da
intubação é indicado nos pacientes a despeito do
grau de angústia respiratória.
Todos pacientes
devem receber
a menos
que a máscara
Enquanto
nos preparamos
paraoxigênio
realizar o
procedimento,
cause agitação excessiva.
devemos
deixar a criança confortável. O choro piora muito,
 As culturas do sangue, superfície epiglótica e, em alguns casos,
então:
não tentar visualizar a orofaringe ou exames.
líquido cérebro espinhal devem ser coletadas no momento da
Esperamos
estar
tudo pronto para o procedimento.
estabilização
das com
vias aéreas.


Intubação
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Tratamento: Epiglotite Aguda / Supraglotite

Intubação nasotraqueal é a escolha
Uso de tubo com a espessura < 0,5-1 mm para evitar sequelas e
facilitar o procedimento.
 Com a introdução da INT de rotina as taxas de traqueostomia
caíram significantemente.
 Extremamente frequente em pacientes jovens e na
laringotraqueobronquite bacteriana.

NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Tratamento: Epiglotite Aguda / Supraglotite

Antibioticoterapia

Ceftriaxone, cefotaxime ou uma combinação de ampicilina
e sulbactam devem ser administradas por via parenteral dependente de resultado de orocultura pois de 10-40% dos H.
Influenza tipo B são resistentes à ampcilina.
ATB devem ser mantidos por 7 a 10 dias. A epiglotite tende a sumir até

em 24 horas com tratamento – mas pode durar de 2 a 3 dias- e o
paciente deve ser extubado assim que possível.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Quimioprofilaxia: Epiglotite Aguda / Supraglotite


Quimioprofilaxia não é recomendada nos contactantes, entretanto a
observação de sintomas tem que ser cuidadosa.
A profilaxia com rifampcina (20 mg/kg VO, 1 vez ao dia por 4
dias; dose máxima de 600 mg) deve ser feita em todos os membros
da família se: existir um contato com menos de 48 meses de idade
que não tenha sido completamente imunizado, qualquer contato
< 12 meses que não tenha recebido a série primária de vacinação
ou se existir uma criança imunocomprometida no domicílio.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Prognóstico

A duração da hospitalização e a taxa de mortalidade para casos de
obstrução infecciosa aguda das vias aéreas superiores aumentam
conforme a infecção se estende pela porção inferior do trato
respiratório.
Epiglotite: maior risco do edema local pode ser fatal.
A maioria das mortes por CRUPE são causadas pela obstrução da



laringe ou por complicações relacionadas com a traqueostomia.
A epiglotite não tratada tem uma taxa de mortalidade de 6%, mas
se o diagnóstico for feito e o tratamento apropriado iniciado
antes de o paciente ficar agonizante, o prognóstico será
excelente.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
Síndrome CRUPE
Referências Bibliográficas




NELSON et al. Tratado de Pediatria - Richard E. Behrman, Hal B.
Jenson, Robert Kliegman. 18ª Edição. Elsevier. 2009.
OLIVEIRA R.G. Blackbook – Pediatria. 3ª Edição. Black Book
Editora. 2005.
JÚNIOR, D.C. BURNS, D.A.R. Tratado de pediatria : Sociedade
Brasileira de Pediatria.. 3ª Edição. Manole. 2014.
NETTER, F.H. Atlas de Anatomia Aumana. 5ª Edição. Elsevier. 2011.
NELSON. Tratado de Pediatria.18ª Edição
OBRIGADO!
Universidade Católica de Brasília! Turma XXII-6ª Série-Pediatria
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