Reflexões sobre o pensar

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Reflexões sobre o pensar
O ser humano e seus olhares sobre o
existir
O pensar contemporâneo
• No século XX, a filosofia dialogará com outras
áreas do conhecimento como: a psicologia
freudiana, a sociologia, a antropologia, a
filosofia analítica, o existencialismo e a
linguística estrutural. Essas abordagens têm
em comum o interesse pelo significado.
O estudo do significado
• Tanto para alguns pesquisadores da filosofia,
como da sociologia, da antropologia ou da
linguística compreender os impulsos psicológicos
era a melhor maneira de explicar como funciona
o significado.
• Para outros, era estudar a sociedade, a cultura, a
linguagem, a lógica ou a consciência.
• Várias abordagens diferentes começam a
desenvolver seus termos e técnicas para
investigar o significado.
Questão contemporânea: linguagem
• A análise da linguagem torna-se o caminho
para o tratamento não só de questões
filosóficas, mas de questões dos vários
campos das ciências humanas e naturais no
pensamento contemporâneo.
Rupturas com a ideologia moderna
• A revolução copernicana: ao retirar a Terra do centro do universo,
Copérnico abala as crenças tradicionais do homem da época que passa a
buscar um novo lugar seguro para superar a alteração da explicação
tradicional.
• A revolução darwiniana: abala profundamente a crença na superioridade
humana, no homem como o “rei da criação”, na medida em que revela o
homem é apenas mais uma espécie natural dentre outras e que a espécie
humana resulta de um processo de evolução natural, tendo ancestrais
comuns com o macaco, portanto, não mais uma criação divina – o “rei da
criação”.
• A revolução freudiana: a teoria psicanalítica de Sigmund Freud e sua
descoberta do inconsciente – o homem não se define pela sua
racionalidade, e sua mente não se caracteriza apenas pela consciência,
mas ao contrário, nosso comportamento é fortemente determinado por
desejos e impulsos de que não temos consciência e que reprimidos, nãorealizados, permanecem entretanto em nosso inconsciente e manifestamse em nossos sonhos e em nosso modo de agir.
Freud e o inconsciente
• O inconsciente é o aspecto da
mente que abriga vontade e
desejos
que
não
são
conscientemente
reconhecidos.
• Essas
vontades
foram
reprimidas, ou negadas pela
mente consciente porque não
são socialmente aceitáveis.
• Em consequência disso, você
reprime esses desejos, você os
ignora e chega a negá-los, mas
eles não desaparecem. Eles
permanecem
em
seu
inconsciente, esperando uma
oportunidade de vir à tona.
O filósofo dinamarquês Sören Kierkegaard (1813-1855):
Pai do existencialismo
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Contestou a supremacia da razão
como único instrumento capaz de
estabelecer a verdade, tal como
Hegel havia proposto.
Como pensador cristão, defendeu o
conhecimento que se origina da fé.
Kierkegaard afirmava que a existência
humana possui três dimensões:
A dimensão estética: na qual se
procura o prazer.
A dimensão ética: na qual se vivencia
o problema da liberdade e da
contradição entre o prazer e o dever.
A dimensão religiosa: marcada pela
fé.
Procurou destacar as condições
específicas da existência humana e
incorporá-las às reflexões filosóficas
O existencialismo de Kierkegaard
• A relação do ser humano com o mundo: é dominada pela angustia. A
angustia é entendida como o sentimento profundo que temos ao
perceber a instabilidade de viver em um mundo de acontecimentos
possíveis, sem garantia de que nossas expectativas sejam realizadas. “no
possível, tudo é possível”. Assim, vivemos em um mundo onde são
possíveis tanto a dor como o prazer, o bem como o mal, o amor como o
ódio, o favorável como o desfavorável.
• A relação do ser humano consigo mesmo: marcada pela inquietação e
pelo desespero. Isso ocorre por duas razões fundamentais: ou porque o
ser humano nunca está plenamente satisfeito com as possibilidades que
realizou, ou porque não conseguiu realizar o que pretendia, esgotando
os limites do possível e fracassando diante de suas expectativas.
• A relação do ser humano com Deus: a única via para a superação da
angústia e do desespero. Contudo, é marcada pelo paradoxo de ter de
compreender pela fé o que é incompreensível pela razão.
Nietzsche (1844-1900)
• Sua crítica radical das ideias
e valores da modernidade
não exclui as ciências, as
artes, nem mesmo a política
modernas, que para o autor,
são apenas versões laicas
do cristianismo, ou seja,
totalmente impregnados
pela moral cristã. Pretende
criar com essa crítica, um
novo tipo de homem, um
tipo nobre, que diz “Sim” à
vida!
Todo homem, pensando em Deus,
constrói-se a si mesmo.
Os atributos de Deus são os
instrumentos da inteligência humana.
Deus foi criado à imagem e
semelhança do homem.
NICOLA Ubaldo, Antologia Ilustrada de Filosofia, São Paulo : Globo,
2005.
Karl Marx (1818-1883)
A dialética para Marx permite
compreender a história em
seu movimento, em que cada
etapa é vista não como algo
estático e definitivo, mas
como algo transitório, que
pode ser transformado pela
ação humana. De acordo com
Marx, a história é feita pelos
seres
humanos,
que
interferem
no
processo
histórico e podem, dessa
forma, transformar a realidade
social, sobretudo se alterarem
seu modo de produção.
Arthur Schopenhauer (1788-1860)
• Tudo o que o mundo inclui ou pode incluir é inevitavelmente
dependente do sujeito, não existe senão para o sujeito.
• O mundo é representação. Isso quer dizer que, para ele, não existe
uma realidade exterior absoluta e que, para existir o conhecimento
do mundo, é preciso existir o sujeito.
• O ser humano seria essencialmente vontade, o que o levaria a
desejar sempre mais, resultando em uma insatisfação constante.
Essa vontade, que se expressa nas ações humanas, seria parte de
uma vontade que anima todas as coisas da natureza. E, se a
essência do ser humano e do mundo é essa vontade insaciável,
Schopenhauer identifica aí a origem das lutas entre os indivíduos,
da dor e do sofrimento.
Interpretar
• A maneira de Freud
fazer
interpretações
deu origem à prática da
psicanálise: interpretar
o que as pessoas dizem
para descobrir seus
problemas.
Referencia
Disponivel em: http://giulianofilosofo.blogspot.com.br/. Acesso em novembro de
2012.
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