INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA PSICOLOGIA • A palavra psicologia é formada de duas palavras gregas: psique, que significa Alma, e logos, que significa estudo, ciência. Portanto, etimologicamente significa estudo da alma. • A alma ou espírito era concebida como a parte imaterial do ser humano e abarcaria o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção. • Desde o tempo de Platão e Aristóteles, tem aparecido estudos e teorias sobre a mente humana, mas a Psicologia só foi considerada ciência no fim do século XIX, quando os estudiosos empregaram métodos de observação cuidadosos e sistemáticos. Estudo do quê? A palavra psicologia tem sido usada para indicar o estudo da alma, da mente, do comportamento. PSICOLOGIA • Uma ciência que fala do homem a partir de seu mundo interno, sua subjetividade, que é fonte de manifestações do indivíduo, suas ações, seus sonhos, seus desejos, suas emoções, sua consciência e seu inconsciente. Explicar o quê? • A psicologia, em seu desenvolvimento histórico como ciência, criou teorias explicativas da realidade psicológica (Psicanálise), ou descritivas do comportamento (Behaviorismo), bem como criou métodos e técnicas próprias de investigação da vida psicológica e do comportamento humano. As principais teorias da Psicologia do século XX Behaviorismo Gestalt Psicanálise Behaviorismo • Nasce com Watson e tem um desenvolvimento grande nos Estados Unidos, em função de suas aplicações práticas, tornou-se importante por ter definido o fato psicológico, de modo concreto, a partir da noção de comportamento. Gestalt • Tem seu berço na Europa, surge como uma negação da fragmentação das ações e processos humanos, realizada pelas tendências da Psicologia científica do século XIX, postulando a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade. Psicanálise • Nasce com Freud, na Áustria, a partir da prática médica, recupera para a Psicologia a importância da afetividade e postula o inconsciente como objeto de estudo, quebrando a tradição da Psicologia como ciência da consciência e da razão. • Hoje, a Psicologia possui instrumentos próprios para obter dados da vida psíquica, como os testes psicológicos (de personalidade, de atenção, de inteligência, de interesses etc), as técnicas de entrevistas (individual ou grupal), as técnicas aprimoradas de observação e registro de dados do comportamento humano. • Os dados coletados, entrevistas, observações serão analisados e compreendidos a partir de modelos psicológicos. • Com a coleta dos dados, o psicólogo pensará sua intervenção, que poderá ser uma terapia. • A enorme quantidade de perspectivas e de campos de pesquisa psicológicos corresponde à enorme complexidade do ser humano. O fato de diferentes escolas coexistirem e se completarem mutuamente demonstra que o homem pode e deve ser estudado, observado, compreendido sob diferentes aspectos. • Essa realidade toma forma no modelo biopsicossocial, que serve de base para todo o trabalho psicológico, desde a pesquisa mais básica até a prática psicoterapêutica. Esse modelo afirma que o comportamento e os processos mentais humanos são gerados e influenciados por três grupos de fatores: FATORES BIOLÓGICOS • Fatores biológicos - como a predisposição genética e os processos de mutação que determinam o desenvolvimento corporal em geral e do sistema nervoso em particular, etc.; FATORES PSICOLÓGICOS • Fatores psicológicos - como preferências, expectativas e medos, reações emocionais, processos cognitivos e interpretação das percepções, etc.; FATORES SOCIOCULTURAIS • Fatores socioculturais - como a presença de outras pessoas, expectativas da sociedade e do meio cultural, influência do círculo familiar, de amigos, etc., modelos de papéis sociais, etc • Para ser capaz de ver o homem sob tantos e tão distintos aspectos a psicologia se vê na necessidade de complementar seu conhecimento com o saber de outras ciências e áreas do conhecimento. • Assim, na parte da pesquisa teórica, a psicologia se encontra (ou deveria se encontrar) em constante contato com a fisiologia, a biologia, a etologia, a neurologia e às neurociências (ligadas aos fatores biológicos) e à antropologia, à sociologia, à etnologia, à história, à arqueologia, à filosofia, à metafísica, à linguística à informática, à teologia e muitas outras ligadas aos fatores socioculturais.