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UFPB-PRG
XII Encontro de Iniciação à Docência
6CCSDPSMT01-O
HANSENÍASE “UNDER DIAGNOSTIC”: RELATO DE DOIS CASOS CLÍNICOS
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Renata Guimarães Barbosa ; Alessandra Schirley Oliveira de Sousa ; Diego Barão da
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Silva ; Thiago Viégas Gomes Lins ; Esther Bastos Palitot ; Carla Wanderley Gayoso ;
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(4)
Jader Freire Sobral Filho ; Mohamed Arbaoui Azzouz
Centro de Ciências Médicas/Departamento de Promoção à Saúde/MONITORIA
RESUMO
A hanseníase ou mal de Hansen é uma doença infecto-contagiosa, causada pela bactéria
Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, caracterizando-se por sinais e sintomas
dermatoneurológicos. Se descoberta precocemente, é de fácil tratamento com elevado
potencial de cura. Porém, quando o diagnóstico e posterior tratamento ocorrem tardiamente,
conseqüências graves poderão sobrevir ao doente, pelas lesões que os incapacitam
fisicamente. O presente trabalho traz o relato de dois casos clínicos subdiagnosticados de
hanseníase. No primeiro caso, o paciente é do sexo masculino, cor parda e nove anos de
idade. Aos
cinco
anos,
apresentou mancha hipocrômica
em
face. Procurou três
dermatologistas ao longo desses quatro anos e foi tratado, topicamente, com primecolimus
(ELIDEL®), tacromilus (PROTOPIC®) e diflucortolona (NERISONA®). Apresentava, na
época, teste de sensibilidade preservado em face. Há cerca de três meses, evoluiu com
infiltração, eritema e distúrbio de sensibilidade na área lesional primitiva. Solicitou-se biópsia,
cujo diagnóstico histopatológico revelou hanseníase tuberculóide. A seguir, foi encaminhado
para tratamento paucibacilar. Tinha história epidemiológica positiva para hanseníase, com tio
e vizinho virchowianos. No segundo caso, tem-se um paciente do sexo feminino, cor parda,
com distúrbio de sensibilidade e placa infiltrada em perna e pé direitos. Nos últimos três anos,
era acompanhada por um neurologista e estava com cirurgia marcada para descompressão
de nervo. Foram solicitadas biópsia (que evidenciou bacilos com índice cinco e demais
alterações
virchowianas
típicas)
e
baciloscopia
(positiva),
indicando-se
tratamento
multibacilar. Tinha história epidemiológica positiva para hanseníase, com mãe virchowiana.
Um portador do Mal de Hansen é definido como uma pessoa que apresenta lesão (ões) de
pele com alteração de sensibilidade, espessamento de nervo(s) com manifestação
neurológica associada e/ou baciloscopia positiva. A Hanseníase é uma patologia
multifacetada, revelando-se clinicamente por diversas variantes, cada qual com seu
respectivo protocolo terapêutico. Tal observação foi comprovada pela descrição dos casos
acima, sendo o primeiro tuberculóide e o segundo, virchowiano; esses são os dois pólos da
doença. Independentemente de sua apresentação clínica, é evidente a importância da
investigação epidemiológica, fator decisivo para se descobrir a origem da doença, e, também,
para o diagnóstico precoce de novos casos que necessitam de tratamento. Nos dias de hoje,
a hanseníase ainda constitui um problema de saúde pública. O retardo no diagnóstico dessa
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1)
Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador.
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patologia, fato demonstrado nesse trabalho, contribui sobremaneira para o desenvolvimento
progressivo da morbidade da doença.
Palavras-chave: Hanseníase, subdiagnóstico, história epidemiológica.
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Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador.
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