Política Econômica Externa e Industrialização: 1946-51 Economia Brasileira 1 Cenário Internacional Bretton Woods 1944, 45 países aliados Objetivo: reger a política econômica mundial Câmbio: moedas atreladas ao dólar com uma banda estreita de +/- 1%, e o dólar ligado ao Ouro (35 dólares a onça) Dólar: moeda forte Criação do FMI (fundo de estabilização) Criação do Banco Mundial Criação do Gatt Economia Brasileira 2 Políticas Cambial e de Comércio Exterior Controle das importações (julho 1947) Congelamento do câmbio (julho 1947) Atender a demanda contida de matériasprimas e bens de capital para a indústria; Aumentar o consumo de bens importados e diminuir os preços dos bens industriais brasileiros; Acreditava-se que a livre entrada e saída de capitais fosse estimular o ingresso bruto de capital no futuro. Economia Brasileira 3 Políticas Cambial e de Comércio Exterior Fraco desempenho brasileiras das exportações Perda de competitividade Redução de pressões inflacionárias por meio do aumento de oferta para consumo doméstico; Evitar acúmulos de moedas inconversíveis com superávits comerciais nesta área. Economia Brasileira 4 Brasil: X e M, 1947-1950 US$ milhões Ano Exportações Importações Café Outros Total Total 1947 414,0 743 1.157,0 1.027 1948 491,0 692 1.183,0 905 1949 632,0 468 1.100,0 947 1950 864,0 495 1359,0 934 Fonte: VIANNA, 1990, p. 113 Economia Brasileira 5 Substituição de Importações e o Crescimento Industrial Controle das importações Taxa de câmbio fixa (sobrevalorizada) Progressivamente impunham-se medidas discriminatórias à importação de bens de consumo não essenciais e os com similar nacional Economia Brasileira 6 Substituição de Importações e o Crescimento Industrial Efeitos da taxa de câmbio valorizada mais subsídios: Efeitos subsídio (preços mais baratos para matérias-primas, bens de capital e subsídios) Efeito protecionista (restrição à importação de bens competitivos) Efeito lucratividade (produzir para o mercado doméstico ao invés de X, devido à taxa de câmbio) Economia Brasileira 7 Substituição de Importações e o Crescimento Industrial Política de Crédito do Banco do Brasil Ano % crédito real 1947 38% 1948 19% 1949 28% 1950 5% Economia Brasileira 8 Substituição de Importações e o Crescimento Industrial O desenvolvimento a partir das substituições de importações foi nãointencional; Plano Salte (1949-1953): tentativa de coordenar os gastos público (saúde, alimentação, transporte e energia) Problema: inexistência de formas de de financiamento definidas Problemas políticos, foi aprovado apenas em 1950 Economia Brasileira 9 Relações Internacionais e Movimento de Capitais Política americana: prioridade à Europa Relatório da Comissão Técnica Mista Brasil-Estados Unidos (ABBINK) em 1948. Programa de desenvolvimento brasileiro deveria ter 3 pontos: Reorientação dos capitais internamente; Aumento médio da produtividade; Afluxo de capitais estrangeiros. formados Em 1950 os EUA voltam suas atenções para os países mais pobres Economia Brasileira 10 Política Econômica Interna Ortodoxa Inflação é o principal problema (excesso de demanda) Política fiscal austera Acabar com os déficits orçamentários Política monetária contracionista Reduzir dispêndio privado; Economia Brasileira 11 Política Econômica Interna Banco do Brasil e aumento do crédito; Aumento dos gastos estaduais (eleições 1950) Economia Brasileira 12 Fim de 1949 explicações para a inflação: Pressão do processo de industrialização e urbanização sobre a oferta rígida de produtos agrícolas; Pressão inflacionária derivada da elevação dos preços de exportação; Esgotamento relativo das margens de capacidade ociosa na indústria e na economia Economia Brasileira 13 Conclusão “O final do Governo Dutra pode ser caracterizado, portanto, no setor interno, pela retomada do crescimento, do processo inflacionário e pela recorrência do desequilíbrio financeiro do setor público e, no setor externo, pelas expectativas favoráveis decorrentes da elevação dos preços de café e da mudança de atitude do governo norteamericano em relação ao financiamento dos programas de desenvolvimento do Brasil.” (VIANNA, 1990, p.122) Economia Brasileira 14