Educação: 7080000-6

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
Projeto de Realização do:
I SEMINÁRIO NACIONAL DE
FILOSOFIA E EDUCAÇÃO - CONFLUÊNCIAS
Coordenador Geral: Prof. Dr. Amarildo Luiz Trevisan
Santa Maria, RS, Brasil
2003
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1. SUMÁRIO
1. SUMÁRIO...................................................................................................................02
2. IDENTIFICAÇÃO.....................................................................................................03
3. APRESENTAÇÃO.....................................................................................................06
4. JUSTIFICATIVA.......................................................................................................07
5. OBJETIVOS...............................................................................................................09
6. REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................10
7. RELAÇÃO DOS CONGRESSISTAS/ INSTITUIÇÕES.......................................14
8. PROGRAMAÇÃO/CRONOGRAMA......................................................................15
9. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO.......................................................................19
3
2. IDENTIFICAÇÃO
1.1 Nome do Evento:
I Seminário Nacional de Filosofia e Educação - Confluências
1.2 Grande Área e Área de Conhecimento:
Educação: 7080000-6
Filosofia da Educação: 7080101-0
1.3 Data e Horário
Data: 13 a 16 de abril de 2004.
Horário: das 8h às 12h / 14h às 18h / 20h às 22h
1.4 Local:
Centro de Educação – Universidade Federal de Santa Maria – UFSM
1.5 Público Alvo:
Estudantes dos Cursos de Licenciatura
Professores da Educação Básica
Professores Universitários
1.6 Entidades Promotoras:
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI
Faculdades Palotinas – FAPAS
1.7 Entidades Financiadoras:
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1.8 Apoio:
Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE/UFSM
Programa de Pós-Graduação em Educação – UFRGS
Direção do Centro de Educação – UFSM
Grupo de Pesquisa Formação Cultural, Hermenêutica e Educação – CE/UFSM
Programa de Acesso ao Ensino Superior – PEIES/UFSM
1.9 Coordenador Geral do Evento:
Prof. Dr. Amarildo Luiz Trevisan
2.0 Comissão Organizadora:
Prof. Dr. Jorge Luiz da Cunha
Prof. Dr. Noeli Dutra Rossato
Profa. Dra. Nadja Hermann
Profa. Dra. Elisete Maria Tomazetti
Prof. Dr. Valdo Hermes Barcellos
Prof. Me. Luiz Cláudio Borin
Prof. Esp. Elaine Dias de Oliveira
Acad. Elenir de Fátima Cazaroto Mousquer
Acad. Catia Piccolo Viero
Acad. Cristiane Ludwig
Acad. Elen Maisa Alves da Silva
Acad. Elaine Conte
Acad. Maiane Ourique
Acad. João Luis Ourique
2.1. Comissão Científica:
Prof. Dr. Henrique Garcia Sobreira
Prof. Dr. Noeli Dutra Rossato
Prof. Dr. Amarildo Luiz Trevisan
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Profa. Dra. Nadja Hermann
Prof. Dr. Jorge Luiz da Cunha
Profa. Dra. Elisete Maria Tomazetti
Prof. Dr. Valdo Hermes Barcellos
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3. APRESENTAÇÃO
O Seminário visa discutir algumas pesquisas realizadas nos últimos anos sobre a
relação entre Filosofia e Educação, a partir do diálogo entre autores contemporâneos como
Jürgen Habermas e Richard Rorty. O objetivo é refletir sobre os novos instrumentais
teóricos e metodológicos utilizados nessas discussões, analisando as suas contribuições
para a formação de professores, principalmente no viés do debate crítico entre Filosofia
Analítica e Pragmatismo, de um lado, e Filosofia Continental Hermenêutica e Escola de
Frankfurt, de outro. O Seminário procura relacionar Educação e Filosofia, na tentativa de
elucidar, com mais clareza, problemas comuns que se observa no processo de formação
educativa e cultural, como a busca de alternativas para a crise dos fundamentos da
educação, de novos sentidos para a prática pedagógica e a superação dos problemas
enfrentados pelo ensino de Filosofia nas escolas e universidades. Ao se voltar para algumas
discussões atuais do contexto filosófico ocidental, o Grupo de Pesquisa Formação Cultural,
Hermenêutica e Educação (www.ufsm.br/filosofiaform) – certificado pelo CNPq, pretende,
através do evento, proporcionar a reflexão sobre propostas emergentes dos grandes aportes
teóricos do pensamento contemporâneo. Além disso, buscar uma atualização e
ressignificação das linguagens utilizadas no campo da Educação e da Filosofia, de acordo
com o desenvolvimento das novas formas de pensar o conhecimento numa época marcada
pelo pluralismo de imagens, signos, símbolos e ícones da cultura do espetáculo. Assim, o
Seminário visa incentivar o entendimento crítico e a apropriação do impacto de algumas
propostas filosóficas recentes no saber educacional, operacionalizando novas competências
que colaboram para a formação de uma cultura da sensibilidade, da cientificidade e da
solidariedade, e que possam repercutir favoravelmente na produção intersubjetiva de novas
vias de esclarecimento da prática educativa. Essa abertura permite repensar algumas
imagens dominantes na Filosofia contemporânea, incentivando a criação de novos
horizontes para reinterpretar as racionalidades normalmente tomadas como idéias-força
pelo campo educacional.
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4. JUSTIFICATIVA
A Filosofia e a Educação da segunda metade do séc. XX tematiza o contraste entre
cultura científica e cultura humanística. A diversificação, bastante clara nos últimos anos,
permeia, de um lado, a Filosofia de cunho descritivo e, de outro, a Filosofia de tipo
histórico e ontológico. Pode-se dizer que as correntes se desenvolvem de forma paralela,
com momentos de encontro e desencontro de princípios e estilos. E, na ambigüidade, os
mal-entendidos são inevitáveis. As múltiplas designações da tarefa do filósofo, explanadas
pelas tradições, têm dificultado a compreensão do papel da Filosofia na educação. Muitos
professores ainda não entenderam claramente o que trata cada tradição, utilizando-se das
teorias de forma paradoxal. Ora seguem um método de filosofar investigativo, ora
simplesmente repassam verdades filosóficas. E ainda há os professores que assumem
utopicamente uma ou outra linha filosófica, iluminando pensamentos alheios às
necessidades atuais. Pode-se dizer que o reconhecimento não elucidado das discussões
filosóficas tem demonstrado, no campo teórico e prático, uma convivência conflituosa na
atividade da disciplina.
Diante disso, emerge a necessidade de se questionar sobre a própria formação dos
professores e rediscutir a tarefa da Filosofia através de parâmetros mais atualizados da
cultura. Assim, a motivação do Seminário é reforçar as discussões sobre as questões
importantes da Filosofia pós-virada linguística, incentivando a reflexão sobre as novas
determinações teóricas da contemporaneidade. Através de reflexões sobre as controvérsias
entre analíticos e continentais, o evento pretende discutir as diferentes esferas de
indagação, refletindo a Filosofia e a Educação a partir de entendimentos pragmáticos
presentes na comunicação. Entendemos que a apropriação de um entendimento crítico
dessas questões, mediado intersubjetivamente às inovações da Filosofia, pode proporcionar
o desocultar das implicações sistêmicas e racionalistas, operacionalizando novas
competências nas dimensões da formação humana, assim como a produção de novas vias
de esclarecimento no ato de educar.
Nesse sentido, o evento pretende viabilizar a discussão em torno da pragmáticalingüística de Richard Rorty e de Jürgen Habermas, intentando clarear as preocupações
8
desenvolvidas no processo de ensino da Filosofia, despertando novas significações para o
estudo filosófico na educação. Discutindo os pressupostos práticos da linguagem, os
autores desenvolvem pontos em comum, valorizando a vida e as experiências cotidianas. A
partir dessas concepções, empreende-se o conhecimento como sensível ao homem,
ajudando-o no processo de descoberta do novo, dando finalidades às tentativas de
estabelecer uma ordenação nas atividades culturais e educativas. Apesar de algumas
discordâncias, as reflexões desses autores podem proporcionar modificações qualitativas
na maneira de pensar a Filosofia, persuadindo sobre a sua importância no processo de
formação da cultura.
Nesse sentido, o Seminário visa incentivar a reflexão sobre duas das grandes
correntes teóricas mais discutidas no mundo atualmente e suas implicações educativas.
Pretende repensar o sentido da Filosofia na educação, tendo por base as últimas discussões
desenvolvidas, esclarecendo as idéias significativas existentes por trás das argumentações,
às vezes não muito bem entendidas. Assim, enquanto Rorty pensa a Filosofia como
propulsora da discussão pragmática dos problemas atuais, sem uma preocupação maior
com a verdade ou com as questões colocadas pela história do pensamento filosófico,
Habermas privilegia a reconstrução historiográfica, exibindo uma compreensão mais
próxima das disciplinas humanísticas. Discordantes em alguns pontos, similares em outros,
são literaturas com idéias renovadas que se expandem pelo mundo do conhecimento,
atraindo a nossa atenção.
9
5. OBJETIVOS
4.1. Objetivo Geral
- Refletir sobre os novos instrumentais teóricos e metodológicos utilizados nas
discussões filosófica contemporânea, analisando suas contribuições para a formação de
professores, principalmente no viés do debate crítico entre Filosofia Analítica e
Pragmatismo, de um lado, e Filosofia Continental Hermenêutica e Escola de Frankfurt, de
outro.
4.2. Objetivos Específicos
-
Discutir, a partir dos parâmetros da Filosofia Contemporânea, a tarefa da Filosofia
como formadora da cultura;
-
Repensar as imagens dominantes na Filosofia pós-reviravolta lingüística e suas
contribuições educacionais;
-
Incentivar, através de entendimentos pragmáticos e hermenêuticos, a criação de
novos rumos para o ensino da Filosofia.
10
6. REFERENCIAL TEÓRICO
O I Seminário Nacional de Filosofia e Educação - Confluências pretende
ampliar as discussões sobre o campo da educação, desenvolvendo manifestações quanto às
possibilidades de revermos a importância da Filosofia como formadora de cultura. A partir
de discussões sobre as controvérsias entre a tradição analítica e a tradição continental, o
evento busca refletir as contribuições das configurações lingüísticas da Filosofia
contemporânea para a educação, pensando nas possibilidades dos aspectos pragmáticos e
hermenêuticos tomarem parte mais ativa no processo de formação da cultura. Dessa
maneira, através do processo hermenêutico esperamos:
liberar o potencial de racionalidade conquistado nas culturas dos
especialistas em Filosofia (...), sensibilizando assim, o homem
contemporâneo para tudo aquilo que ele desaprendeu em termos
de mundo vital no momento em que se decidiu a aprender
unicamente com o sistema, fato que o levou à atual crise.
(Siebeneichler, 1990, p. 139).
Assim, a proposta de realização do Seminário, no Centro de Educação da UFSM,
situa-se na reflexão das evidências teóricas mais discutidas na atualidade, intentando
ressignificar a importância da Filosofia na edificação cultural pedagógica. Tendo como
base as pertinentes transformações teóricas que vêm ocupando o espaço do debate
intelectual contemporâneo, o seminário visa a transformar e atualizar o modo de pensar o
estudo filosófico na educação, interrogando suas bases orientadoras. A partir da
hermenêutica proposta por Habermas, pretende-se discutir a redefinição dos ideais
epistemológicos das perspectivas cientificista da educação, abrindo os espaços de interação
entre diferentes fronteiras teóricas, propiciando o reconhecimento da pluralidade de
discursos e metáforas presentes na comunicação.
11
A proposta visa estabelecer o diálogo entre a Filosofia contemporânea e a
Pedagogia atual, refletindo sobre a possibilidade de incorporar críticas nas ações mediadas
pelo condicionamento absolutizado das práticas de ensino, respondendo às necessidades da
formação
democratizada.
A
partir
dos
critérios
desenvolvidos
pela
Filosofia
contemporânea em relação a cultura, a ciência, a educação, o evento propõe despertar a
atividade filosófica para a busca de elementos atualizados para elucidar a nossa realidade
educativa.
6. Aportes teóricos
6.1. Discussões entre Habermas e Rorty
Richard Rorty (1931-) nasceu na cidade de Nova Iorque e cresceu numa esquerda
reformista anti-comunista. Estudou na Universidade de Chicago, cursando o bacharelado
de 1946 a 1949 e o mestrado de 1949 a 1952. De 1952 a 1956, em Yale, escreveu uma
dissertação intitulada “The Concept of Potentiality”. Concluiu o Ph. D, ficou dois anos no
exército e trabalhou três anos no Wellesley College. Foi para a Universidade de Priceton e
depois para a Universidade de Virginia. Em 1998, foi trabalhar no departamento de
Literatura Comparada na Universidade de Stantord, onde ocupa o cargo até hoje. Foi
também professor visitante das universidades de Heidelberg, Frankfurt, Amsterdã e outras.
Jürgen Habermas nasceu em 18 de junho de 1929, em Düsseldorf. De 1949 a 1954
estudou Filosofia, História, Psicologia, Economia e Literatura alemã nas universidades de
Göttingen, Zurique e Bonn. Doutorou-se em Bonn, em 1954 com a tese “O absoluto na
História – um estudo sobre a Filosofia das idades do mundo”. Em 1956, transferiu-se para
Frankfurt, onde assumiu o cargo de assistente de pesquisa no Instituto para Pesquisas
Sociais. Foi professor de Filosofia primeiro em Heldelberg e depois professor de Filosofia
e Sociologia na Universidade de Frankfurt. Em 1972, ele mudou para o instituto MaxPlanck em Starnberg, retornando para a Universidade de Frankfurt em 1980.
Ambos são filósofos que discutem o saber ocidental, produzindo consensos e
dissensos sobre o papel e a finalidade do conhecimento filosófico, reconhecendo no
pragmatismo e na hermenêutica a possibilidade de abandonar o modelo mentalista de
cultura. Os autores são grandes pensadores da Filosofia contemporânea que
desestruturaram o entendimento filosófico tradicional, propiciando o diálogo entre a
12
Filosofia Analítica e o Pragmatismo com a Filosofia Continental e Hermenêutica. Suas
discussões tratam principalmente da crise da Filosofia Moderna e da necessidade de o
estudo filosófico transcender a metafísica tradicional e a epistemologia. Ambas as teorias
compartilham da crítica ao modelo representativo da Filosofia da consciência, oferecendo
uma aproximação lingüística para a produção do conhecimento. Os teóricos utilizam-se
dos pressupostos da conversação, acreditando na possibilidade de produzir um saber
intersubjetivo, relacionado com o agir e com as ações cotidianas. Discutindo os mesmos
temas e problemas da Filosofia, propõem saídas ao paradigma da consciência,
apresentando dois diferentes pontos de vista sobre a possibilidade de reestruturar o saber
humano a partir dos pressupostos da linguagem.
O debate voltado principalmente a questão da verdade, refina as teorias
precedentes, atendendo às reivindicações do discurso ocidental preso à problemática da
crise da razão. Extremamente críticos às ciências positivistas e ao domínio da Filosofia na
atividade produtiva do conhecimento, Rorty e Habermas oferecem propostas renovadas de
conhecimento técnico-racional e de significação prática das experiências comuns.
Acreditando na força da linguagem, dizem poder ressignificar a razão moderna,
estabelecendo novos rumos para o pensamento filosófico. As tendências apresentam idéias
apoiadas não mais na metafísica ou na epistemologia, como abordava a Filosofia
tradicional, mas na semântica emergida dos jogos de linguagem.
A aproximação dos autores as referências teóricas do pragmatismo e da
hermenêutica determina a utilidade e a semântica da teoria para a atividade humana,
viabilizando práticas comunicativas que permitem a produção de entendimentos que vão
além dos meios tradicionais. Através de consensos democráticos, Habermas tenciona
desenvolver os aspectos comunicativos da racionalidade, produzindo um conhecimento
universal voltado aos interesses sociais. Rorty pretende criar uma sociedade tolerante, que
acate as reivindicações dos grupos particulares (gays, prostitutas, etc), admitindo a
existência complexa de diferenças. São alternativas para o conhecimento tradicional, que
oferecem como argumento estudos focalizados na aplicação prática e contribuem para a
ressignificação do saber filosófico em educação, alicerçando a produção de um método de
análise crítico da realidade de formação. As discussões dos pressupostos da linguagem
auxiliam no entendimento crítico da limitação do conhecimento filosófico desenvolvido na
educação, permitindo mudanças nas estruturas básicas da Pedagogia. O Neopragmatismo,
de Rorty, e a Ação Comunicativa, de Habermas, ajudam a recuperar a reflexão, a crítica e a
13
discussão dos fundamentos da Educação, justificando a necessidade das transformações
culturais tomarem parte mais ativa no debate pedagógico atual. E assim, traduzir uma
preocupação que oportuniza a possibilidade de se constituir uma Pedagogia atenta às
mudanças na cultura contemporânea.
Pode-se dizer que nesses autores encontramos a possibilidade de pensarmos a
Filosofia da Educação construída a partir de novas noções de racionalidade, desenvolvendo
alternativas para os discursos educacionais que vão além dos meios pedagógicos
convencionais.
Deste modo, o Seminário visa tratar de questões bastante discutidas na
contemporaneidade, abordando assuntos de interesse para quem busca uma maior
compreensão do pensamento filosófico na educação. Retomando os principais elementos
da Filosofia Analítica e da Filosofia Continental, o Seminário propõe um entendimento da
problemática em que se voltou a Filosofia e a Educação, reconhecendo em Habermas e
Rorty a possibilidade de abandonar o pensamento individualista da Filosofia moderna. Em
defesa da produção de semântica para o estudo filosófico no processo de formação de
professores, a proposta demarca algumas críticas a idéia da Filosofia estar voltada apenas
para a Filosofia Continental (antes da virada lingüística), relatando o desejo de redescobrir
o sujeito educativo na linguagem. A partir da Hermenêutica, busca desenvolver novos
sentidos para a Pedagogia, dando voz às discussões críticas e inovadoras da
contemporaneidade. Criticando o modelo representacional do pensamento, a proposta visa
ressignificar os conceitos filosóficos na realidade prático-educativo-cultural. Essa
perspectiva nos permite abandonar a idéia de que a Filosofia constitui um conjunto de
assuntos históricos a serem aprendidos, desenvolvendo um pensamento filosófico com
utilidade na realidade de ensino onde surgem nossos problemas.
Enfim, o Seminário pretende incitar a concretização das propostas de grandes
aportes teóricos do pensamento, possibilitando repensar o modelo da pedagogia tradicional
à luz de novos critérios de avaliação, desenvolvendo, através das propostas pragmáticolinguísticas da contemporaneidade, um novo espírito para o estudo da Filosofia na
educação. A partir da articulação de diferentes perspectivas teóricas, a discussão oferece
alternativas para enfrentar a crise de legitimação da Pedagogia, permitindo analisar e
repensar os problemas da Filosofia através do reconhecimento da necessidade de
desvencilhamento dos propósitos da Filosofia da consciência.
14
7. RELAÇÃO DOS CONGRESSISTAS/INSTITUIÇÕES/PAÍSES
Floyd Merrel – PU/ EUA
John Shook - OSU/EUA
Waldomiro José da Silva – UFBA
Henrique Garcia Sobreira –UERJ
Luiz Carlos Bombassaro –UFRGS
Silvio Gallo - UNICAMP E UNIMEP
Nadja Hermann - UFRGS
Ernildo Stein - PUCRS
Sérgio A. Sardi - PUCRS
José Pedro Boufleuer - UNIJUÍ
Antônio Flavio Moreira - UFRJ
Alberto Tosi Rodrigues - UFES
Frank Thomas Sautter - UFSM
Jorge Luiz da Cunha - UFSM
Amarildo Luiz Trevisan - UFSM
Noeli Dutra Rossatto – UFSM
Ronai Pires da Rocha– UFSM
Marcelo Fabri - UFSM
Elizete Tomazetti - UFSM
Valdo Barcellos - UFSM
Altair Fávero - UPF
Fábio da Purificação de Bastos– UFSM
Humberto Guido - UFU
Leoni Padilha Henning - UEC
Cláudio Almir Dalbosco– UPF
Clóvis Renan Jacques Guterres – UFSM
Vitor Hugo Mendes - FEBE
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8. PROGRAMAÇÃO/ CRONOGRAMA
Terça-feira, 13 de abril
Manhã:
8h30min – Abertura Oficial do Evento: Atividades Artístico-Culturais
9h30min – Conferência I: Uma lição do Pragmatismo: Aprender Vivendo, Viver
Aprendendo - Prof. Floyd Merrell (PU/EUA)
- Conferência II: O Pragmatismo é uma Teoria do Conhecimento? – Prof.
John Shook (OSU/EUA)
Tarde
14h – Mesa Redonda I: Filosofia, Linguagem e Interpretação: Davidson e Gadamer Prof. Waldomiro José da Silva Filho (UFBA), Prof. Jorge Luiz da Cunha (UFSM) e Prof.
Ernildo Stein (PUC/RS)
16h30min – Comunicações
Quarta-feira, 14 de abril
Manhã
8h30min – Mesa Redonda I: Ensino de Filosofia: Novas Propostas - Prof. Frank Thomas
Sautter (UFSM), Prof. Humberto Guido (UFU/MG) e Prof. Marcelo Fabri (UFSM)
10h15min – Mesa Redonda II: Ensino de Filosofia com Crianças no Brasil - Prof. Ronai
Pires da Rocha (UFSM), Prof. Sérgio A. Sardi (PUC/RS) e Profa. Leoni Padilha Henning
(UEL/PR)
16
Tarde
14h- Mesa Redonda III: Formação de Professores para o Ensino de Filosofia – Profa.
Elizete Tomazzeti (UFSM), Prof. Sílvio Gallo (UNICAMP/UNIMEP) e Prof. José Pedro
Boufleuer (UNIJUI/RS)
16h – Comunicações
Quinta-feira, 15 de abril
Manhã
8h30min - Apresentação cultural
9h30min - Mesa Redonda I: Currículos e Filosofia - Prof. Antônio Flávio Moreira
(UFRJ), Prof. Henrique Garcia Sobreira (UERJ) e Prof. Roberto Luiz Machado (UFSM)
Tarde
14 h - Mesa Redonda II: Epistemologia e Educação - Prof. Luiz Carlos Bombassaro
(UFRGS), Prof. Altair Fávero (UPF/RS) e Prof. Vitor Hugo Mendes (FEB/SC)
16h30min - Mesa Redonda III: Filosofia e Educação Básica – Prof. Celso Henz (UFSM),
Prof. Cláudio Almir Dalbosco (UPF/RS) e Prof. Clovis R. J. Guterres (UFSM)
19 h - Comunicações
Sexta-Feira, 16 de abril
Manhã
8h30min - Apresentação Cultural
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9h30min – Mesa Redonda I: Hermenêutica, Linguagem e Educação - Profa. Nadja
Hermann (UFRGS), Prof. Amarildo Luiz Trevisan (UFSM) e Prof. Noeli Dutra Rossatto
(UFSM)
Tarde
14h – Mesa Redonda II: Movimentos Sociais, Educação e Filosofia – Prof. Alberto Tosi
Rodrigues (UFES), Prof. Fábio da Purificação de Bastos (UFSM) e Prof. Valdo Hermes
Barcellos (UFSM)
16h30min – Oficinas Pedagógicas
Noite
20h - Avaliação e Encerramento
18
8. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
ADORNO, Theodor. Educação e Emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
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Coordenação de Publicações: Brasília, 2000.
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