A expansão do Café, A expansão das Ferrovias, e o Empresariado no Império Cristiano Luiz Stresser da Silva Fernando Junior Hartwig Guilherme Pastorelo Karvatzki Sua Majestade, o café O café, ficou bem conhecido na europa, considerado um produto de luxo, no início do século XVIII. O primeiro homem a plantar o café no Brasil, ao que tudo indica foi o tenente-coronel Francisco de Melo Palheta, no ano 1727, em terras correspondentes ao estado do Pará hoje em dia. Se tem notícias que por volta de 1760, ele foi plantado nas proximidades do Rio de Janeiro. Alguns fatores que influenciaram para o desenvolvimento do cultivo do café no Rio de Janeiro, foram as condições geográficas, e principalmente as condições climáticas. Já no fim do século XVIII, o Rio de janeiro se transformou em um imenso cafezal, e o café também já era plantado em São Paulo e em Minas Gerais, na zona da mata. No Vale do Paraíba a dinâmica de produção do café obedecia alguns padrões que já existiam na economia colonial, como o uso de Mão-de-Obra Escrava, o cultivo de um só produto (monocultura), e a existência de latifûndios. A partir de 1870 houve uma decadência na produção de café no Vale do Paraíba, mas não desequilibrou a economia do País Enquanto havia uma decadência na produção do vale do Paraíba, no Oeste de São Paulo havia uma grande expansão na produção cafeeira, o trabalho escravo estava sendo substituído pelo imigrante, por causa da necessidade de mais mão-de-obra e a proibição do tráfico negreiro. Desenvolveu-se um eficiente mercado financeiro perto dos centros produtores de café. Os comissários forneciam empréstimos aos produtores de café, mediante garantia das produções futuras, também exportavam café e importavam bens de consumo encomendados pela sociedade. Alguns latifundiários precisaram usar desses recursos para poderem comprar o maquinário. Por um lado, podemos dizer que o café constribuiu para a solução da crise econômica, presente no Brasil desde o governo de D. Pedro I, pois teve uma rápida expansão, e não só conquistou mercado europeu, como também Norte-Americano. Por outro lado, como a excessiva renda se concentrou na mão dos cafeicultores, dificultou o desenvolvimento de outros setores de produção, fazendo com que fosse necessário muita importação, esvaziando os cofres públicos. A Expansão Das Ferrovias O transporte ferroviário no Brasil desenvolveu-se em função do desenvolvimento do setor cafeeiro, da segunda metade do século XIX até o inicio do século XIX. Tal atividade mereceu atenção prioritariamente do Governo Central e da iniciativa privada, principalmente a inglesa. Os capitais ingleses foram fator decisivo para a construção das estradas de ferro no Brasil. O objetivo era facilitar o escoamento de matérias-primas e produtos agrícolas, permitindo a chegada dos produtos aos portos. Sendo assim a áreas produtoras de café, fluminense e paulista, foram privilegiadas com a construção de ferrovias que ligavam as regiões aos portos nacionais. A construção das ferrovias ocasionou um grande impacto no país, favorecendo um maior contato da sociedade com as inovações técnicas. A primeira ferrovia foi inaugurada em 1854, ligando o porto de Mauá, na Baía de Guanabara, à serra da estrela, visando alcançar Petrópolis e depois o Vale do Paraíba. Em 1864, com a participação de capitais ingleses, foi construída a estrada de ferro Pedro II (depois Central do Brasil), reivindicada pelos cafeicultores de Vassouras. A ferrovia aumentou a rentabilidade de muitos fazendeiros do Vale do Paraíba fluminense, onerados com as pesadas despesas de transporte. Em São Paulo a primeira ferrovia foi Santos-Jundiaí, inaugurada em 1867, que contribuiu para minimizar em quase 35% os custos com transporte de café. A partir de 1870, com a criação da Paulista, Mogiana e a Sorocabana, foram beneficiadas as novas zonas de expansão de cafeicultura, do interior de São Paulo. A rede ferroviária de São Paulo acompanhou a “Marcha Do Café” para o oeste. De maneira geral, as ferrovias foram construídas em direção a Santos, que se tornou depois do Rio De Janeiro, o principal porto escoador da produção cafeeira, em meados do século XIX. Quando os trilhos de São Paulo Railway chegaram a Jundiaí, em 1870, o café domina a economia paulista, e trilhos novos iam atrás dos campos que seguiam na direção de Ribeirão Preto. Os barões de café associaram-se e duas novas estradas de ferro foram construídas, a Paulista e a Mogiana. A primeira saía de Jundiaí e seguia até Descalvado, passando por Rio Claro. A Mogiana seguia margeando a divisa com Minas Gerais. Um empresário do império A Construção de ferrovias atraiu empresários brasileiros, um deles era Irineu Evangelista de Souza, barão e visconde de Mauá, Um dos empresários de maior destaque. Tornou-se o pioneiro de diversas atividades na época. Em 1840 ele foi à Inglaterra, e quando retornou trouxe varias “novidades” para futuros negócios no Brasil. Alguns anos depois era um grande investidor, e um dos homens mais ricos do Brasil. Um arrojado projeto industrial que ele tentou implantar não obteve bons frutos. Em 1874 recebeu o titulo de visconde e no ano seguinte declarou-se falido. Outros “Brasis” Devido aos problemas no nordeste, muitos movimentos migratórios eram gerados. Em busca de trabalho e melhores condições de vida esse movimentos iam para O sudeste para trabalhar com o café ou para a Amazônia na extração de látex. A seringueira tornou-se uma riqueza importante no sec XIX. Devido a descoberta de Vulcanização, que permitiu tornar a borracha mais resistente, iniciou-se um surto de exploração do produto. Em 1850 a borracha representava 2% das importações brasileiras e no inicio do século XX isso passou para aproximadamente 25%. Como avia concorrência e outras dificuldades na produção de açúcar no Brasil, como trabalho escravo e pouca tecnologia, o açúcar, que era produzido no nordeste, entrou em crise. Outras regiões desenvolveram uma produção expressiva. Necessidades decorrentes da Revolução industrial na Inglaterra fizeram a produção de açucar ganhar destaque. A pecuária pecuária destinavase ao mercado interno. No RS que a pecuária ganhou mais importância, nas chamadas estâncias de criação de gado. Em geral o gado apenas fornecia couro, aos poucos q a carne ganhou importância.