A expansão cafeeira no Brasil. - A expansão cafeeira reforçou a importação de escravos africanos no Brasil e gerou capitais para investir na indústria e transporte. - O café chegou ao Brasil, na segunda década do século XVIII, através de Francisco de Melo Palheta. Estas primeiras mudas foram trazidas da Guiana Francesa. No século XIX, as plantações de café espalharam-se pelo interior de São Paulo e Rio de Janeiro. Os mercados nacionais e internacionais, principalmente Estados Unidos e Europa, aumentaram o consumo, favorecendo a exportação do produto brasileiro. - A lei de Terras de 1850: A Lei das Terras, promulgada em 1850, determinava que as terras no Brasil podiam ser adquiridas apenas por meio da compra. Até então, as terras também eram obtidas por ocupação ou, no período colonial, por doação da Coroa portuguesa, frequentemente favorecendo os que tivessem maior prestigio junto ao rei. - Com a queda nas exportações de algodão, açúcar e cacau, os fazendeiros sentiram a grande oportunidade de obterem altos lucros com o “ouro negro”. Passaram a investir mais e ampliaram os cafezais. Na segunda metade do século XIX, o café tornou-se o principal produto de exportação brasileiro, sendo também muito consumido no mercado interno. - Os fazendeiros, principalmente paulistas, fizeram fortuna com o comércio do produto. As mansões da Avenida Paulista refletiam bem este sucesso. Boa parte dos lucros do café foi investido na indústria, principalmente de São Paulo e Rio de Janeiro, favorecendo o desenvolvimento deste setor e a industrialização do Brasil. Muitos imigrantes europeus, principalmente italianos, chegaram para aumentar a mão-deobra nos cafezais de São Paulo. Mão de Obra - O ciclo do café sofreu com a carência de mão de obra. O sistema de parceria com os primeiros colonos imigrantes fracassou. - Só a partir da década de 1870, com o trabalho assalariado e a imigração custeada pelo poder público, o novo sistema foi a solução para a lavoura paulista. - O Brasil recebeu 30 mil imigrantes só em 1886, nos anos seguintes essa média foi crescendo e chegou a mais de 130 mil. - A abolição da escravatura em 1888, gerou grande crise nas zonas cafeeiras mais antigas, a da Baixada Fluminense e a do Vale do Paraíba, enquanto na zona oeste de São Paulo a crise não era sentida. Ciclo do Café no Vale do Paraíba - A primeira região do país a receber mudas de café foi o Pará, em 1727. As mudas teriam sido levadas por Francisco de Melo Palheta e, muito rápido, até 1760, pequenas roças de café já eram cultivadas até no Rio de Janeiro. - Ao longo do Vale do Paraíba, do Rio de Janeiro a São Paulo, o café virou o principal produto de exportação brasileira e chegou a apogeu no Segundo Império. - A região do Vale do Paraíba era considerada ideal para o cultivo e, logo, a exploração ocorreu em grandes propriedades com o suporte de mão de obra escrava. Consequências do Ciclo do Café - A economia brasileira ficou muito dependente das exportações de café. Quando o preço do produto caia, o governo brasileiro comprava estoques e queimava para aumentar o preço (política de valorização do café). - Concentração do poder político e econômico na região Sudeste. - Aumento do desenvolvimento industrial e urbano no Sudeste. - Imigração européia para as lavouras de café e indústrias do Sudeste. - Construção de ferrovias para escoar a produção de café do interior de São Paulo para o porto de Santos. Ciclo da Borracha - O ciclo da borracha corresponde ao período na economia brasileira de larga prática da extração e comercialização do látex destinado à produção de borracha. É composto por dois períodos, o primeiro vai de 1879 a 1912 e o segundo de 1942 a 1945. - A exploração do látex para produção de borracha ocorreu, principalmente, nas cidades de Manaus, Porto Velho e Belém. Ciclo do Ouro - O ciclo do ouro é o período que marca o metal como principal atividade do Brasil na fase colonial. Começou com o declínio das exportações de açúcar, no fim do século XVII. Curiosidade: - Comemora-se em 29 de novembro o Dia do Café.