SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA MESTRADO PROFISSIONALIZANTE MÚSICA E MUSICOTERAPIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: UMA PROPOSTA DE HUMANIZAÇÃO ORIENTADOR: Mt Elvira A. Santos MESTRANDA: Roberta Mayara Alves de Souza GOIÂNIA /2014 RESUMO Essa pesquisa se caracteriza como de natureza de revisão bibliográfica, tendo como objetos os estudos publicados sobre o tema em questão, em base de dados nacionais e internacionais ( LILACS, PUBMED, SCIELO E MEDLINE). A busca foi realizada através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Teve como objetivos: Identificar aspectos referentes à utilização da música e da musicoterapia no contexto da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e como essa utilização pode favorecer a humanização do atendimento nesse contexto. Os artigos foram selecionados, obedecendo aos critérios de inclusão. A pesquisa foi dividida em três etapas: A primeira etapa consistiu na busca da quantidade de artigos existentes, utilizando-se dos descritores e bases de dados selecionadas; a segunda consistiu na leitura dos resumos de todos os artigos encontrados e a seleção daqueles que se encaixaram nos critérios de inclusão e a terceira etapa foi constituída pela leitura dos artigos selecionados e preenchimento do protocolo. A análise dos artigos encontrados e discussão dos resultados, confrontando o material obtido em triangulação, que consiste no mais avançado método de análise de dados da literatura, com o conteúdo da revisão de literatura feita inicialmente nas áreas de Música, Musicoterapia, Humanização e Unidade de terapia intensiva. Palavras-Chaves: Música, Musicoterapia, Unidade de Terapia Intensiva ABSTRACT This research is characterized as the nature of literature review , having as objects the studies published on the subject in question on the basis of national and international databases ( LILACS , SciELO and MEDLINE ) . The search was performed using the Virtual Health Library ( VHL ) . Aimed to: identify aspects concerning the use of music and music therapy in the context of the Intensive Care Unit ( ICU ) , and how such use can promote the humanization of care in this context. Articles were selected , according to the inclusion criteria . The research was divided into three stages : The first stage consisted in finding the amount of existing articles , using descriptors and selected databases , and the second consisted of reading the abstracts of all articles found and the selection of those who met the inclusion criteria and the third stage consisted of reading of selected articles and complete the protocol . The analysis of the articles found and discussion of the results , comparing the material obtained in triangulation , which is the most advanced method of analysis of literature data with the contents of the literature review initially made in the areas of Music , Music Therapy , Humanization and Unit intensive care . Key Words : Music , Music Therapy , Intensive Care Unit 1 INTRODUÇÃO As unidades de terapia intensiva (UTIs) tiveram origem na década de 1950, com a evolução dos avanços tecnológicos na área da saúde e surgiram a partir da necessidade de aperfeiçoamento e concentração de recursos materiais e humanos para o atendimento a pacientes graves, em estado crítico, mas considerados recuperáveis, e ainda, da necessidade de observação constante, assistência médica e de enfermagem continua, onde os pacientes pudessem ser centralizados em um núcleo especializado (SILVA, et al, 2010; CASTRO & LIMA apud VILLA & ROSSI, 2002). O tratamento em UTI é um ramo da medicina altamente tecnológico, onde, através de aplicação de modernas tecnologias, podem-se salvar vidas, mesmo em casos aparentemente sem esperanças. Embora com contexto de sucesso, o tratamento em UTI tem falhado em outro aspecto. Pacientes parecem sofrer de outros problemas resultantes da comunicação insuficiente, alteração no sono e falta de empatia da equipe. (PUGGINA, et al, 2008) Batista (2004) afirma que o paciente ao ser encaminhado para UTI percebe a possibilidade de uma doença incurável, esse estado pode desencadear aspectos emocionais que podem culminar em crise de sentimentos. Medo, ansiedade, depressão, tristeza e desesperança são respostas emocionais observadas em pacientes internados em UTI, sendo estes sentimentos os responsáveis pelo estresse da hospitalização. A complexidade dessas emoções revela a força que o paciente procura para assumir a sua existência humana e a doença como parte de sua historia. Ao se internar o paciente perde sua harmonia e esforça-se por recupera-la de forma a suportar a situação traumática de doença e a internação em UTI. Procura-se em meio á desarmonia físico-emocional, ter acesso a mais recursos para lidar com a angustia. Nesse sentido, a avançada tecnologia poderá contribuir para a de desumanização na UTI, onde o paciente poderá sentir-se minúsculo e invisível em meio a tantos instrumentos e aparelhos. Percebe-se, portanto, que estes pacientes podem necessitar de toque humano para assegurar sua humanidade, dignidade e autovalor em um ambiente impressionante e altamente tecnológico (BATISTA, 2004). Mediante o exposto, percebe-se o desgaste emocional e o trauma que o paciente incorpora ao se ver envolvido pela doença. O homem passa pelo luto de não ter saúde levando, com isso, a um abalo em sua autoestima. Torna-se inegável a necessidade de se compreender as características que se afloram no ser enfermo, quando se encontra em um ambiente em que , de forma sutil, o descuido e o descaso imperam rumo a desestabilizar, por demais o sujeito. Portanto, importante se faz em UTI, a observação e controle das funções vitais do paciente, sem, contudo esquecer que estamos diante de um ser bio-psiquico-socio-cultural, onde estas características são inseparáveis. Silva (Et al, 2010) relatam que as UTIs foram concebidas para oferecer atenção contínua e suporte avançado aos pacientes críticos, com risco de morte, lançando mão de recursos de alta tecnologia que auxiliam ou substituem a função de órgãos vitais. Neste contexto é importante lembrar que o objetivo do trabalho da equipe de enfermagem implica em assistir o ser humano em sua totalidade e complexidade, além de ter o auxílio da ciência e de tecnologia sofisticadas. Nessa perspectiva, Villa e Rossi (2002), afirmam que o aspecto humano do cuidado de enfermagem é um dos mais difíceis de ser implementado nas UTIs, pois complexa rotina diária que envolve este ambiente faz com que os membros da equipe de enfermagem, esqueçam-se de tocar, conversar e ouvir o ser humano que está a sua frente. Acredita-se que, se feita a abordagem sobre a necessidade de humanização do cuidado de enfermagem na UTI, a equipe acabam refletindo sobre o tema, uma vez que a humanização é uma medida que visa à efetivação da assistência ao indivíduo, considerando o ser como um todo. Portanto, para atender as necessidades biopsicossociais do ser humano, internado em uma UTI, é necessário humanizar esse espaço, de forma que o homem seja valorizado como ser e tenha estimulo para seu restabelecimento, com dignidade, equilibrando sua afetividade, consciência e pensamento. Nesta perspectiva, Knobel (et al, 2006), compreendem humanização como o cuidar do paciente como um todo, considerando, portanto, o contexto familiar e social e os aspectos culturais, incorporando os valores, as esperanças, e as preocupações de cada individuo. As UTIs tem como foco a recuperação do paciente, bem como o seu bem estar psicossocial, tornando necessária a aproximação da equipe multidisciplinar juntamente com os seus pacientes. Os autores (op cit., 2006), afirmam ainda, que o processo de humanização do cuidado mantém o tratamento focado no paciente e não na doença, onde o enfermeiro hoje considerando o paciente como um ser biopsicosocioespiritual, cuida do binômio paciente-família e não apenas do paciente. Nesse sentido, Silva (et al, 2010) defendem que a humanização em UTI pode ser realizada de várias maneiras, implicando, saber lidar com as interfaces do paciente, conversar e explicar os procedimentos ao paciente e familiares, saber trabalhar com a família, respeitando crenças, valores, respeitando e promovendo a criação de horários a serem seguidos, ter acesso a medicina alternativa, entre outros. Além de todo cuidado ao paciente, os mesmos autores comentam sobre a humanização com o cuidador. É importante termos em mente que a humanização não compreende apenas o ato de ser gentil durante o atendimento e sim toda a sistematização do cuidado, uma vez que, por meio da sistematização do cuidado de enfermagem, o enfermeiro para se aproximar do cliente, conhecerá melhor suas necessidades e expectativas, bem como de sua família (HUDAK; GALLO, 1997; OLIVEIRA; BIANCHINI, 2010). A humanização, portanto, envolve planejamento e monitorizarão e, para tanto, deve-se criar regras para que o funcionamento de todo sistema de humanização obtenha-se êxito. Gil (2002), afirma que o paciente internado na UTI necessita cuidados de excelência, dirigidos não apenas para os problemas fisiopatológicos, mas também para as questões psicossociais, ambientais e familiares que se tornam intimamente interligadas à doença física. Nesse sentido, Knobel, Laselva e Moura Junior (2006) destacam que a essência da enfermagem intensivista não está no ambiente ou nos equipamentos especiais, mas no processo de tomada de decisões, baseado na sólida compreensão das condições fisiológicas e psicológicas do paciente. Waldow (2001) cita que mesmo que alguns profissionais desenvolvam suas atividades em forma que exige cuidado, muitas cuidadores não apresentam necessariamente comportamento de cuidar, o que nos remete a subjetividade de que alguns profissionais apenas cumprem uma obrigação de trabalho, pela remuneração, sem um real envolvimento com a profissão. Podem elas ser cuidadoras eficientes, porém, pessoas que demonstram uma atitude distante e fria com os pacientes. O ambiente da UTI, pode e deve ser agradável para todos os segmentos envolvidos, sendo necessário que haja mudança de paradigmas e um melhor planejamento de construções e reformas nas unidades (SILVA, et. al, 2010). Silva (op. cit.) apontam que é necessário fazer com que toda a equipe sintase parte do processo, para que se possa começar um processo de humanização. Assim, a dinâmica de trabalho da equipe de enfermagem é diferente dos demais profissionais que atuam na UTI e, fazem-se necessários períodos e locais adequados para o descanso, descontração e rodízio durante o trabalho, sobretudo, nos períodos noturnos e diurnos de doze horas. Puggina (2006), afirma que é comum o termo “Humanização” ser interpretado como uma versa “romântica” e, portanto, tecnicamente menos rigorosa no ser e no atuar profissional, acreditando-se, portanto que essa confusão seja baseada o princípio que a Humanização procura resgatar a proximidade com paciente. Nesse sentido a autora (op. cit.) aponta que uma das maneiras de humanizar o cuidado pode ser através do uso de terapias complementares, e explica que o uso dessas terapias tem aumentado nos EUA, e que os profissionais de saúde devem desenvolver bases cientificas evidentes para a prática de terapias complementares e alternativas, pois algumas delas têm demonstrado provocar significativos benefícios em pacientes gravemente enfermos. A autora (op. cit.) aponta ainda, pesquisas que estudaram os efeitos da música e com canto como fonte de harmonização, bem como a percepção dos pacientes internados em UTI e dos profissionais de Enfermagem sobre essas experiências, onde de acordo com relatos apresentados, a música, de fato, parece harmonizar o ser humano, trazendo-o de volta a padrões mais saudáveis de pensamento, sentimento e ação, e ainda contribui, significativamente, no processo de humanização. Algumas práticas de terapia alternativa, como a utilização da música, podem ser usadas pela enfermagem, oferecendo uma hospitalização mais humanizada, melhor interação entre equipe/paciente e entre a própria equipe multidisciplinar da saúde; ou ainda uma forma de aprendizagem e educação, tanto para a equipe quanto para o paciente. A música pode ser utilizada ainda como intervenção complementar para alívio da dor e outros diagnósticos, como a angústia espiritual, distúrbio do sono, desesperança, reisco para solidão, isolamento social e estresse (GONÇALEZ, et al, 2008). A ideia da música com efeitos terapêuticos, atingindo a saúde e o comportamento humano, é tão antiga quanto os escritos de Aristóteles e Platão. A música tem sido utilizada de forma terapêutica por séculos, e existem numerosos exemplos dos poderes curativos e preventivos da música, em vários documentos históricos de diferentes culturas (HATEM, et al, 2006) Gonçalez (et al, 2008) afirmam ainda que o uso da música para curar, aliviar ou estimular, é conhecido desde a mitologia antiga e, na atualidade, amplia-se o seu uso no tratamento de deficiências, tanto físicas quanto mentais e de perturbações emocionais. A música afeta o corpo direta e indiretamente, atuando diretamente sobre as células e os órgãos que o constituem, produzindo efeitos fisiológicos no organismo humano tais como: alteração nas frequências cardíaca e respiratória, alteração na pressão arterial, relaxamento muscular, aceleração do metabolismo, redução de estímulos sensoriais como a dor e outros, e indiretamente mobilizando as emoções e influenciando em numerosos processos corporais que, por sua vez, propiciam relaxamento e bem-estar (BACKES, et al, 2003). Nesse sentido, Hatem (et al, 2006) afirmam que pesquisas demonstraram efeito da música no controle da dor, onde percebeu-se uma diminuição de sua percepção após a instituição da musicoterapia, reduzindo potencialmente a necessidade de analgésicos. Outro fenômeno importante nessa retomada da ação musical na saúde é a ansiedade, percebida em até 87% de pacientes internados em UTI. Nessa perspectiva, o enfermeiro pode utiliza a música no tratamento de pacientes em diferentes momentos e com vários propósitos. Cabe portanto ao enfermeiro, devido o dato de estar o mais próximo do paciente e acompanhando sua evolução, com o conhecimento, verificar em que momento poderá ser utilizara e avaliar os efeitos da música sobre o paciente. É importante ressaltar que utilizar música que cause irritação ao paciente, ou que o paciente não goste, pode prejudicar o tratamento. Portanto a utilização da música para finalidades específicas dizem respeito á áreas profissionais específicas, como a Musicoterapia. (GONÇALEZ, et al, 2008) Referente a musicoterapia, é importante lembrar que é uma atividade de que deve ser aplicada por um profissional, Musicoterapeuta, como afirma a definição da Federação Mundial de Musicoterapia (1996, apud VON BARANOW, 1999): Musicoterapia é a utilização da musica e/ou seus elementos, por um musicoterapeuta qualificado com um cliente ou grupo, num processo ou para facilitar e promover a comunicação, relação aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. Objetiva desenvolver potenciais e/ou restabelecer funções do individuo para que El/ela possa alcançar uma melhor integração intra e/ou interpessoal e, em consequência, uma melhor qualidade de vida, pela prevenção, reabilitação ou tratamento (p.5). A música atinge diferentes áreas de nossa psique que dificilmente seriam atingidas por outras fontes de estímulos, como uma mensagem a ser usada terapeuticamente e manifesta sensibilidade, emoção, timbres diversos e ritmos, melodias e harmonias, numa espécie de linguagem emocional, levando-nos a uma grande e variáveis reações, e áreas e percepções somente experênciadas através dela. (VON BARANOW, 1999) Nesse sentido, Van Baranow (op. cit.), explica que em musicoterapia, não trabalhamos apenas com música, mas também com sons e movimentos produzidos ou não pelos pacientes, bem como o meio que o cerca, como forma de expressão do momento. Utiliza-se, portanto, os efeitos que a musica pode produzir nos seres humanos nos níveis físico, mental, emocional, e também no social, atuando como um facilitador da expressão humana, dos movimentos e sentimentos, promovendo alterações que levem a um aprendizado, uma mobilização e uma organização interna que permitam ao individuo evoluir em sua busca. Segundo Johns (1991, apud Puggina, 2006), a música pode estabelecer contato sem a linguagem e, através da musicoterapia podemos encontrar um potencial não utilizado em outros meios de comunicação, uma vez que a música propicia um meio de comunicação de caráter predominantemente emocional (comunicação não verbal e pré-verbal), ela tem importância e grande aplicação, exatamente onde a comunicação verbal não é utilizada. O autor afirma ainda que a musicoterapia passiva receptiva, em que o paciente apenas ouve música, pode também ser eficaz, na medida em que oferece ao paciente a possibilidade de concentrar sua atenção na música como um tema e, possivelmente, criar um relacionamento objetivo. Entretanto, precisamos estar atentos, considerar e conscientizar dos efeitos que a música pode causar no ser humano, pois nem sempre pode ser positivo. Pensando nisso, o psiquiatra e musicoterapeuta Benenzon (1985), afirma que o uso indiscriminado e sem conhecimento da música pode trazer efeitos negativos eu no decorrer do tempo podem ser converter num perigo para a saúde humana. Assim, evidencia-se que a utilização da música, bem como a inserção do profissional musicoterapeuta, pode trazer grandes benefícios para o espaço de uma UTI, trazendo humanização para o atendimento dos pacientes e familiares, uma vez que ressoa nos relacionamentos intra e interpessoais da equipe de saúde, e ainda, propicia uma melhor qualidade de vida para o paciente internado, uma vez que alcança suas necessidades físicas, mentais, sociais e cognitivas. 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Identificar aspectos referentes à utilização da música e da musicoterapia no contexto da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e como essa utilização pode favorecer a humanização do atendimento nesse contexto. 2.2 Objetivos Específicos Realizar um levantamento das temáticas das produções científicas acerca da utilização da musica e Musicoterapia na Unidade de Terapia Intensiva. Identificar quais os profissionais que utilizam a música no contexto da UTI. Investigar as possíveis contribuições da Música e da Musicoterapia na UTI, principalmente no que se refere a Humanização do atendimento nesse espaço. 3 METODOLOGIA Essa pesquisa se caracteriza como de natureza de revisão bibliográfica, tendo como objetos os estudos publicados sobre o tema em questão, em base de dados nacionais e internacionais. As bases de dados LILACS, PUBMED, SCIELO E MEDLINE, foram acessadas durante o mês de novembro de 2013 para o levantamento dos estudos científicos. A busca foi realizada através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os artigos foram selecionados a partir dos descritores: “Música e Unidade de terapia intensiva”; “Musicoterapia e Unidade de terapia intensiva”; “Música e Humanização”; “Musicoterapia e Humanização”; e seus correlatos em inglês: "Music and Intensive Care Unit"; "Music Therapy and Intensive Care Unit ", "Music and Humanization," "Music Therapy and Humanization”; e em espanhol: "Música y Unidad de cuidados intensivos", "Musicoterapia y Unidad de cuidados intensivos", ", "Música y Humanizacion", "Musicoterapia y Humanizacion". A pesquisa bibliográfica é uma modalidade de estudo direto em fontes científicas e análise de documentos de domínio científico, que leva o pesquisador a entrar em contato direto com obras, artigos ou documentos que tratem do tema de estudo. (OLIVEIRA, 2005). A revisão de literatura analisa a produção bibliográfica em determinada área temática, dentro de um recorte de tempo, e ainda, fornece uma ampla visão sobre um assunto específico, destacando principalmente novas ideias e métodos. Assim, nesse contexto, compreende-se revisar como: olhar novamente, retomar os discursos de outros pesquisadores, no sentido de visualizar e fazer uma análise critica do material coletado (NORONHA E FERREIRA 2000, apud MOREIRA, 2004) Dentre os métodos de revisão de literatura se destacam a revisão sistemática e a revisão integrativa. Para esse estudo foi utilizada a Revisão Sistemática que é um tipo de investigação científica que utiliza métodos explícitos e sistemáticos para identificar, selecionar e avaliar criticamente os estudos primários, coletar e analisar os dados destes estudos incluídos na revisão, e conduzir a uma síntese dos múltiplos resultados. Consideradas investigações científicas em si mesmas e, assim como as demais revisões, elas são qualificadas como estudos observacionais retrospectivos, por alguns autores. Nas revisões sistemáticas os “sujeitos” da investigação são os estudos primários (unidades de análise) selecionados por meio de método sistemático e pré-definido. Outros as situam em algum lugar entre os estudos experimentais e observacionais, não podendo ser inteiramente classificadas em nenhuma das duas categorias (CORDEIRO et al, 2007). Em relação à importância, Galvão et al (2004) destacam a revisão sistemática pode identificar os efeitos benéficos e nocivos de diferentes intervenções da prática assistencial; e ainda, pode estabelecer lacunas do conhecimento e identificar áreas que necessitam de futuras pesquisas, com implicações para a assistência prestada. Os autores (op. Cit.) destacam sete fases para elaboração de uma revisão sistemática: Construção do Protocolo; Definição da pergunta; Procura dos Estudos; Seleção dos estudos; Avaliação crítica dos estudos; Coleta dos dados; Síntese dos dados. Sobre as vantagens da construção e/ou aplicação da revisão sistemática, entendemos que esse recurso utiliza uma metodologia científica, pode ser atualizado, detecta lacunas em áreas de conhecimento, incentivando o desenvolvimento de pesquisas, proporciona economia de recursos, bem como auxilia a tomada de decisões relativas à assistência à saúde. Em contrapartida é um recurso que consome muito tempo para ser elaborado; envolve um trabalho intelectual grande, desde a construção do protocolo até a síntese dos dados relevantes de cada estudo incluído na revisão sistemática (GALVÃO et al, 2004). Nessa perspectiva, os artigos foram selecionados, obedecendo aos critérios de inclusão: artigos publicados em português, espanhol e inglês; artigos que abordam o tema música/musicoterapia e humanização e/ou música/musicoterapia em Unidade de Terapia Intensiva; artigos com textos completos disponíveis on-line; material disponível em acervos existentes nas bases de dados citadas anteriormente, publicados no período de 2003 a novembro de 2013, mês em que será realizada a busca; artigos que disponibilizem resumo; artigos que relatassem trabalho de música e/ou musicoterapia em Unidade de Terapia Intensiva. Foram excluídas aquelas publicações que não atenderam os critérios de inclusão, assim como aquelas que possuíam formatos diferenciados, como editoriais e revisões bibliográficas. A pesquisa foi dividida em três etapas: A primeira etapa consistiu na busca da quantidade de artigos existentes, utilizando-se dos descritores e bases de dados selecionadas; a segunda consistiu na leitura dos resumos de todos os artigos encontrados e a seleção daqueles que se encaixaram nos critérios de inclusão e a terceira etapa foi constituída pela leitura dos artigos selecionados e preenchimento do protocolo (anexo A), criado para esta finalidade. A análise dos artigos encontrados e discussão dos resultados, confrontando o material obtido em triangulação, que consiste no mais avançado método de análise de dados da literatura, com o conteúdo da revisão de literatura feita inicialmente nas áreas de Música, Musicoterapia, Humanização e Unidade de terapia intensiva. 4. RESULTADOS Através da busca de artigos nas bases de dados BVS (Lilacs, Scielo e Medline) foram localizados 34 artigos, assim distribuídos nas fontes: Gráfico 1. Artigos encontrados nas bases de dados Destes 34 artigos, 29 artigos foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão estabelecidos para este estudo. Desta forma, foram selecionados 05 artigos para compor o estudo. Segue abaixo a especificação dos resultados encontrados em cada fonte pesquisada: Gráfico 2. Artigos selecionados nas bases de dados Gráfico 3. Artigos excluídos Base de dados: A busca na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) localizou um total de 34 artigos, sendo que 18 foram localizados na base de dados LILACS 6 na base de dados SCIELO e 10 na base de dados MEDLINE. Destes 34 artigos, 29 foram excluídos, totalizando 05 artigos. Quadro 1. Distribuição das referências indexadas localizadas e selecionadas nas bases eletrônicas de dados. BASE DE DADOS LILACS MEDLINE SCIELO TOTAL REFERENCIAS LOCALIZADAS 18 10 6 34 REFERENCIAS EXCLUIDAS 15 9 5 29 REFERENCIAS INCLUIDAS 3 1 1 5 Gráfico 3. Distribuição das referências indexadas localizadas e selecionadas nas bases eletrônicas de dados Os 34 artigos selecionados nas bases de dados são apresentados no quadro abaixo: Quadro 2. Artigos encontrados através da busca na base de dados BVS a partir dos descritores. DESCRITORES B.D MUSICOTERAPIA E UTI MUSICOTERAPIA E UTI SCIELO MUSICOTERAPIA E UTI MUSICOTERAPIA E UTI MUSICOTERAPIA E UTI MEDLINE MUSICOTERAPIA E UTI MUSICOTERAPIA E UTI MUSICOTERAPIA E UTI MEDLINE MUSICOTERAPIA E UTI MEDLINE MUSICOTERAPIA E UTI SCIELO MUSICA E UTI LILACS MEDLINE MEDLINE LILACS LILACS LILACS TÍTULO AUTOR DATA STATUS Música: terapia Complementar no processo de humanização de uma CTI Intervenção musicoterápica no ambiente da unidade de terapia intensiva neonatal Strategies for overcoming site and recruitment challenges in research studies based in intensive care units. Harmonic sounds: complementary medicine for the critically ill. Effects of relaxing music on cardiac autonomic balance and anxiety after acute myocardial infarction. Music therapy results for ICU patients. BACKES, D S; DDINE, S C; OLIVEIRA, CL; BACKES, M T S ARNON, S. 2003 EXCLUIDO 2011 EXCLUIDO CHLAN L; GUTTORMSON J; TRACY MF; BREMER KL 2009 EXCLUIDO CARDOZO M. 2005 EXCLUIDO WHITE JM. 1999 EXCLUIDO UPDIKE P. 1999 EXCLUIDO The role os music to promote relaxation in intensive care unit patients The therapeutic effects of music in children followin cardiac surgery MANGOULIA, P.; OUZOUNIDOU, A. HATEM, T.P; LIRA, P. I. C; MATTOS, S. S. 2013 SELECIONA DO SELECIONA DO Effects of Patient-Directed Music Intervention on Anxiety and Sedative Exposure in Critically III patients receivin mechanical ventilatory support: A randomized clinical Trial CHLAN LL; WEINERT CR; HEIDERSCHEIT A; TRACY MF; SKAAR DJ; GUTTORMSON JL; SAVIK K. 2012 Musicoterapia institucional na saúde do trabalhador: conexões, interfaces e produções. PUGGINA, A.C.G; SILVA, M.J.P Sinais vitais e expressão facial de pacientes em estado de coma GUAZINA, L.; TITTONI, J. 2009 SELECIONA DO PADILHA, E.F; VERSA, G L G S; FALLER, J W; MATSUDA, L M; MARCON, S S. COOKE M; CHABOYER W; SCHLUTER P; FOSTER M; HARRIS D; TEAKLE R. 2012 EXCLUIDO 2010 EXCLUIDO BEAULIEU-BOIRE G; BOURQUE S; CHAGNON F; CHOUINARD L; GALLO-PAYET N; LESUR O. 2013 EXCLUIDO MILAZZO A. 2001 EXCLUIDO 2006 2009 SELECIONA DO SELECIONA DO MUSICA E UTI MEDLINE MUSICA E UTI MUSICA E UTI MUSICA E UTI MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MEDLINE Qualidade de vida do familiar cuidador em unidade de terapia intensiva pediátrica The effect of music on discomfort experienced by intensive care unit patients during turning: a randomized cross-over study. Music and biological stress dampening in mechanically-ventilated patients at the intensive care unit ward-a prospective interventional randomized crossover trial. Nursery songs. MEDLINE Art and music in intensive care units. HØJGAARD L. 2000 EXCLUIDO MEDLINE The benefits of music in hospital waiting rooms. A música terapêutica como uma tecnologia aplicada ao cuidado e ao ensino de enfermagem . Música e comunicação não verbal em ROUTHIEAUX RL; TANSIK DA. 1997 EXCLUIDO BERGOLD, L B; ALVIM, N A T 2009 EXCLUIDO LEÃO, E R; FLUSSER, V 2008 EXCLUIDO MUSICA E UTI LILACS MUSICA E UTI MEDLINE LILACS MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO LILACS MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO LILACS MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO LILACS MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO SCIELO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICA E HUMANIZAÇÃO SCIELO MUSICA E HUMANIZAÇÃO MUSICA E HUMANIZAÇÃO LILACS MUSICA E HUMANIZAÇÃO LILACS MUSICA E HUMANIZAÇÃO LILACS LILACS LILACS LILACS LILACS LILACS SCIELO SCIELO LILACS instituições de longa permanência para idosos: novos recursos para a formação de músicos para a humanização dos hospitais A musicoterapia na sala de espera de uma unidade básica de saúde: assistência, autonomia e protagonismo O uso da música nos cuidados paliativos: humanizando o cuidado e facilitando o adeus Musicoterapia e exercícios terapêuticos na qualidade de vida de idosos institucionalizados Estratégias lúdicas na assistência ao paciente pediátrico: aplicabilidade ao ambiente cirúrgico A influência da música na recuperação do recém-nascido prematuro na UTI neonatal A Visita musical como estratégia terapêutica no contexto hospitalar e seus nexos com a enfermagem fundamental O entretenimento de crianças internadas: editorial / The entertainment of hospitalized children: editorial As práticas integrativas e complementares na atenção à saúde da mulher: uma estratégia de humanização da assistência no Hospital Sofia Feldman Musicoterapia e exercícios terapêuticos na qualidade de vida de idosos institucionalizados Música: abrindo novas fronteiras na prática assistencial de enfermagem em saúde mental A influência da música na recuperação do recém-nascido prematuro na UTI neonata Utilización de la música en busca de la asistencia humanizada en el hospital Sobre humanismo y medicina (Editorial) / About humanism and medicine (Editorial) Atividades lúdicas realizadas com pacientes portadores de neoplasia internados em hospital geral Música e comunicação não verbal em instituições de longa permanência para idosos: novos recursos para a formação de músicos para a humanização dos hospitais PIMENTEL, A F; BARBOSA, R M; CHAGAS, M. 2011 EXCLUIDO SEKI, N HI; GALHEIGO, SMA. 2010 EXCLUIDO MOZER, N M S; OLIVEIRA, S G; PORTELLA, MR. 2011 EXCLUIDO MARINELO, GS; JARDIM, DP 2013 EXCLUIDO ANDRIOLA, YM; OLIVEIRA, BEATRIZ RG 2006. EXCLUIDO BERGOLD, LB 2005. EXCLUIDO EJZENBERG, B. 2003. EXCLUIDO BORGES, M R; MADEIRA, L M; AZEVEDO, V M G 2011. EXCLUIDO MOZER, N M S; OLIVEIRA, S G; PORTELLA, M R. 2011 EXCLUIDO CAMPOS, N L; KANTORSKIL, L P.. 2008 EXCLUIDO ANDRIOLA, YM; OLIVEIRA, B RG. 2006 EXCLUIDO CORRÊA, I; GUEDELHA BLASI, D. DE FRANCISCO ZEA, A. 2009 EXCLUIDO 2000. EXCLUIDO MOURA, C C; RESCK, RODRIGUES, Z M; DÁZIO, REZENDE, E M LEÃO, E R; FLUSSER, V. 2012 EXCLUIDO 2008 EXCLUIDO Os 29 artigos excluídos por não obedecerem aos critérios de inclusão estabelecidos para esse estudo são apresentados no quadro abaixo: Quadro 3. Artigos excluídos DESCRITORES B.D MUSICOTERAPIA E UTI MUSICOTERAPIA E UTI MUSICOTERAPIA E UTI SCIELO LILACS MEDLINE MUSICOTERAPIA E UTI MUSICOTERAPIA E UTI MEDLINE MEDLINE MUSICOTERAPIA E UTI MUSICA E UTI MUSICA E UTI MEDLINE LILACS MEDLINE MUSICA E UTI MEDLINE MUSICA E UTI MUSICA E UTI MUSICA E UTI MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICOTERAPIA E HUMANIZAÇÃO MUSICA E HUMANIZAÇÃO MUSICA E HUMANIZAÇÃO MUSICA E HUMANIZAÇÃO MUSICA E HUMANIZAÇÃO MUSICA E HUMANIZAÇÃO MEDLINE MEDLINE MEDLINE LILACS TÍTULO MOTIVO Música: terapia Complementar no processo de humanização de uma CTI Intervenção musicoterápica no ambiente da unidade de terapia intensiva neonatal Strategies for overcoming site and recruitment challenges in research studies based in intensive care units. Harmonic sounds: complementary medicine for the critically ill. Effects of relaxing music on cardiac autonomic balance and anxiety after acute myocardial infarction. Music therapy results for ICU patients. Qualidade de vida do familiar cuidador em unidade de terapia intensiva pediátrica The effect of music on discomfort experienced by intensive care unit patients during turning: a randomized cross-over study. Music and biological stress dampening in mechanically-ventilated patients at the intensive care unit ward-a prospective interventional randomized crossover trial. Nursery songs. Art and music in intensive care units. The benefits of music in hospital waiting rooms. A música terapêutica como uma tecnologia aplicada ao cuidado e ao ensino de enfermagem . Música e comunicação não verbal em instituições de longa permanência para idosos: novos recursos para a formação de músicos para a humanização dos hospitais A musicoterapia na sala de espera de uma unidade básica de saúde: assistência, autonomia e protagonismo O uso da música nos cuidados paliativos: humanizando o cuidado e facilitando o adeus 1 3 4 Musicoterapia e exercícios terapêuticos na qualidade de vida de idosos institucionalizados Estratégias lúdicas na assistência ao paciente pediátrico: aplicabilidade ao ambiente cirúrgico A influência da música na recuperação do recém-nascido prematuro na UTI neonatal 3 1 SCIELO A Visita musical como estratégia terapêutica no contexto hospitalar e seus nexos com a enfermagem fundamental O entretenimento de crianças internadas: editorial / The entertainment of hospitalized children: editorial As práticas integrativas e complementares na atenção à saúde da mulher: uma estratégia de humanização da assistência no Hospital Sofia Feldman Musicoterapia e exercícios terapêuticos na qualidade de vida de idosos institucionalizados Música: abrindo novas fronteiras na prática assistencial de enfermagem em saúde mental A influência da música na recuperação do recém-nascido prematuro na UTI neonata LILACS Utilización de la música en busca de la asistencia humanizada en el hospital 3 LILACS Sobre humanismo y medicina (Editorial) / About humanism and medicine (Editorial) 2 LILACS Atividades lúdicas realizadas com pacientes portadores de neoplasia internados em hospital geral Música e comunicação não verbal em instituições de longa permanência para idosos: novos recursos para a formação de músicos para a humanização dos hospitais 1 LILACS LILACS LILACS LILACS LILACS LILACS LILACS LILACS SCIELO SCIELO SCIELO LILACS 1 2 2 3 1 1 2 2 1 3 1 3 3 1 1 1 3 3 3 1 LEGENDA MOTIVO DE EXCLUSÃO: 1. Impossibilidade de obter artigo na íntegra; 2. Fora do período de publicação delimitado; 3. Não se trata tema delimitado para esse estudo: Musica e/ou musicoterapia em Unidade de Terapia Intensiva. 4. Semelhante a outros estudos selecionados. Os 05 artigos selecionados nas bases de dados são apresentados no quadro abaixo: Quadro 4. Artigos selecionados através da busca na base de dados BVS a partir dos descritores DESCRITORES B.D TÍTULO AUTOR MUSICOTERAPIA E UTI MUSICOTERAPIA E UTI LILACS MUSICOTERAPIA E UTI MEDLINE MUSICA E UTI MUSICOTERAPIA E UTI LILACS LILACS SCIELO DATA The role os music to promote relaxation in intensive care unit patients The therapeutic effects of music in children followin cardiac surgery MANGOULIA, P.; OUZOUNIDOU, A. 2013 HATEM, T.P; LIRA, P. I. C; MATTOS, S. S. 2006 Effects of Patient-Directed Music Intervention on Anxiety and Sedative Exposure in Critically III patients receivin mechanical ventilatory support: A randomized clinical Trial CHLAN LL; WEINERT CR; HEIDERSCHEIT A; TRACY MF; SKAAR DJ; GUTTORMSON JL; SAVIK K. 2012 Sinais vitais e expressão facial de pacientes em estado de coma PUGGINA, A.C.G; SILVA, M.J.P 2009 Musicoterapia institucional na saúde do trabalhador: conexões, interfaces e produções. GUAZINA, L.; TITTONI, J. 2009 Um quadro comparativo feito especificamente para este estudo facilitou a comparação e análise destes 05 artigos: Quadro 5. Quadro Comparativo para Análise de Dados na base de dados BVS CATEGORIA PAÍS DE SUJEITOS TÍTULO PROFISSIONAL ORIGEM TIPO DE PESQUISA SITUAÇÃO CLINICA Musicoterapia institucional na saúde do trabalhador: conexões, interfaces e produções The therapeutic effects of music in children following cardiac surgery Musicoterapeuta Brasil Enfermeiras Não experimental Técnicas de enfermagem de UTI Enfermeiro EUA Crianças Experimental Pós-operatório cirurgia cardíaca Effects of patient-directed music intervention on anxiety and sedative exposure in critically ill patients receiving mechanical ventilatory support: a randomized clinical trial. The role os music to promote relaxation in intensive care unit patients Sinais vitais e expressão facial de pacientes em estado de coma Enfermeiro EUA Pctes com idades entre 14 e 59 anos Experimental Sujeitos submetidos a suporte respiratório Enfermeiro Grécia 2013 Bibliográfica Não se aplica Enfermeiro Brasil Pctes em coma Experimental Pacientes e coma Quadro 6. Quadro Comparativo para Análise de Dados relacionada as atividades musicais TIPO DE CONDUTOR DA TIPO DE SELEÇÃO DAS CRITÉRIO DE TÍTULO Musicoterapia institucional na saúde do trabalhador: conexões, interfaces e produções The therapeutic effects of music in children following cardiac surgery Effects of patient-directed music intervention on anxiety and sedative exposure in critically ill patients receiving mechanical ventilatory support: a randomized clinical trial. The role os music to promote relaxation in intensive care unit patients Sinais vitais e expressão facial de pacientes em estado de coma EXPERIENCIA MUSICAL Audição; recriação; composição e improvisação PART. DO SUJEITO ATIVIDADE MUSICAS MÚSICAS SELEÇÃO Musicoterapeuta Diversas Participantes da pesquisa Preferencias do sujeito Ativa Audição Enfermeiro Erudita Pré selecionada pelo pesquisador Aleatória Passiva Audição Musicoterapeuta Musicoterapeuta Preferencias do sujeito – Ficha musicoterapeutica Preferencias do sujeito Passiva Não se aplica Não se aplica Musicas relaxantes ao piano, violão, flauta e harpa, preferências do sujeito Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Audição Enfermeiro Diversas Familiares do sujeito Preferências do sujeito Passiva A leitura e análise dos dados possibilitou o agrupamento dos resultados em duas grandes categorias, Música na Unidade de Terapia Intensiva e Musicoterapia na Unidade de Terapia Intensiva. Os artigos em que as intervenções foram realizados por profissionais não musicoterapeutas foram considerados na categoria “Música na Unidade de Terapia Intensiva” e os artigos me que as intervenções forma realizadas por musicoterapeutas foram incluídos na categoria “Musicoterapia na Unidade de Terapia Intensiva”. A categoria “Musicoterapia na Unidade de Terapia Intensiva” foi subdivididos em duas subcategorias, são elas: Experiências Musicais e Musicalidade Clínica. 5 DISCUSSÃO Foi possível observar através das análises que em relação ao delineamento metodológico, a pesquisa experimental foi a mais utilizada como segue no gráfico abaixo: Gráfico 5. Delineamento metodológico No que se relaciona a Pesquisa Experimental, Bandeiras (2009), define como tipo de pesquisa que visa identificar relações causais entre duas variáveis, através do método experimental. Segundo a autora, este método implica em três procedimentos básicos: 1. VARIAR A CAUSA: Provocar deliberadamente variações na ocorrência de uma variável para verificar se ela é a causa de algum efeito em outra variável. Assim, podemos verificar se a sua presença em um grupo provoca um efeito e a sua ausência no outro grupo não produz o efeito. 2. CONTROLAR VARIÁVEIS INTERFERENTES: Para provarmos cientificamente que uma variável é a variável responsável pelo efeito que observamos, precisamos nos certificar de que não há outras variáveis presentes que poderiam também ser a causa deste efeito. 3. MEDIR O EFEITO: Além de variar a causa e manter constantes ou controlar as variáveis interferentes, o método experimental inclui também medir objetivamente, de maneira fidedigna e válida, o efeito. Ou seja, precisamos medir o fenômeno que estamos estudando com algum instrumento de medida válido e fidedigno para verificarmos se houve realmente o efeito estudado. Acreditamos que no que se diz respeito a utilização da música, a pesquisa experimental, tem se mostrado bastante eficaz para demonstrar os efeitos da mesma no ser humano. O que tem validado e possibilitado o crescente numero de pesquisas em neurociências e em outras áreas da saúde sobre a aplicação da música para finalidades terapêuticas e de bem estar no individuo. Nesse sentido, pesquisas tem demonstrado que o som, o ritmo e o movimento são capazes de agir sobre o físico e o psíquico. Von Baranow (2009) aponta que os efeitos fisiológicos dos elementos sonoro-ritimicos-musicais podem ocorrer como reações sensoriais, hormonais e fisiomotoras e como efeitos psíquicos podem desencadear descargas emocionais em graus variáveis, dependendo do individuo, levando-o a se expressar ou executados que podem alterar seu comportamento e modos de interação com o mundo que o cerca. Conforme mencionado anteriormente os resultados foram agrupados em duas grandes categorias: Música na Unidade de Terapia Intensiva e Musicoterapia na Unidade de Terapia Intensiva. 5.1 Música na UTI. A pesquisa nas bases de dados permitiu observar que a temática desse estudo também é objeto de interesse de outros profissionais de saúde, além do musicoterapeuta. Como observamos no gráfico abaixo: Gráfico 6. Categoria profissional A utilização da música não é exclusiva do musicoterapeuta, com o aumento de pesquisas neurocientificas que comprovam a influencia da música no ser humano, diversos profissionais da área da saúde tem lançado mão dessa ferramenta. Entretanto é importante salientar que existem diferenças na forma de ver e utilizar a música nestas diferentes especialidades. Bruscia (2000) define o principal diferencial do profissional musicoterapeuta em relação a outros profissionais na utilização da música, uma vez que o musicoterapeuta faz o uso da música no que o autor define “música como terapia”, sendo ela o foco/instrumento principal na mesma, enquanto os demais profissionais a utilizam no Bruscia (op. Cit.) define como “música na terapia”, uma vez que a música é utilizada como pano de fundo para facilitar as relações. Em relação a utilização da música em UTI, Puggina (et. Al, 2009), consideram que a preferência musical um dos princípios, além de outros, que devem ser considerados para tornar a música uma intervenção de Enfermagem integral. A preferência Musical leva em consideração experiências pessoais anteriores como escuta da música, idade, cultura, estado de espírito, gênero e atitude. É previsto que esta uma correlação positiva entre o grau de significância que a música tem na vida pessoal antes do início da doença e a efetividade da música como intervenção durante essa enfermidade. Fleury e Castro-Silva (2011), afirmam que as contribuições de pesquisadores que discutem diferenças e especificidades quanto ao uso da música no ambo da saúde de muito valor. Nesse sentido, de acordo com a realidade apresentada pelo sistema de saúde brasileiro, as autoras (op. Cit.) denominaram essas incursões da música e da Musicoterapia como: “Música em saúde” onde, a música é utilizada por profissionais não-musicoterapeutas, em contexto de saúde, com o objetivo de melhorar aspectos gerais e/ou específicos da saúde do individuo. E ainda, “Musicoterapia em saúde” onde o profissional musicoterapeuta, utiliza a música com objetivo de melhorar aspectos gerais e específicos da saúde do individuo, numa relação terapêutica estabelecida por meio de vínculo sonoro-musical. Nessa perspectiva entende-se que a música pode e deve ser utilizada pela Enfermagem, bem como por outros profissionais de saúde como recurso, entretanto é importante que os profissionais de saúde tenham claro que sua utilização é o que descrevemos anteriormente como “musica na terapia”. Considera-se que para ser utilizada como terapia, o profissional necessita de uma formação especifica, uma vez que esta o capacita para seleção cuidadosa da música ou atividade musical a ser utilizada, baseado no conhecimento que possui dos efeitos da música no ser humano (BRUSCIA, 2000). Os estudos analisados demonstraram que as intervenções realizadas pelos enfermeiros apresentaram alterações significativas e benéficas na média dos sinais vitais tais como: temperatura, pressão arterial, frequência respiratória, diminuição da ansiedade, entre outros. Nessa perspectiva, Von Baranow, demonstra as aplicações biomédicas da música afetando o ritmo das funções neurovegetativas: respiratória e cardiovascular; alterações nos padrões de medicado da atividade elétrica muscular; redução da dor durante um procedimento de enfermagem ou médio; tratamento de desordens relacionadas do sistema imunológico; potencializarão das ondas cerebrais; estimulação e organização motora através do ritmo musica, entre outras. 5.2 Musicoterapia na UTI A partir dos trabalhos analisados pudemos subcategorizar a categoria “Musicoterapia na UTI”. São elas: Experiências musicais e Musicalidade clinica sujeitos. 5.2.1 Experiências musicais Bruscia (2000) descreve quatro tipos de experiências musicais em Musicoterapia, eu possuem suas características particulares e cada uma delas é definida por seus processos específicos de engajamento, são elas: Experiências de improvisação: O paciente faz musica tocando ou cantando, criando uma melodia, um ritmo, uma canção ou uma peça musical, podendo utilizar qualquer meio musical dentro de sua capacidade. Experiências re-criativas: O paciente aprende ou executa músicas apresentadas como modelo. Também incluem atividades estruturadas e jogo sem que o paciente apresenta comportamentos o ou desempenha papeis que foram especificamente definidos. Inclui executar, reproduzir, transformar e interpretar qualquer parte ou o todo de um modelo musical existente, com ou sem uma audiência. Experiências de composição: O terapeuta ajuda o cliente a escrever canções, letras ou peças instrumentais, ou a criar qualquer tipo de produto musical como vídeos com músicas ou fitas de áudio. Experiências receptivas (audição): O cliente ouve musica e responde à experiencia de forma silenciosa, verbalmente ou através de outra modalidade. A música utilizada pode ser ao vivo ou gravações de improvisações, execuções ou composições do cliente ou do terapeuta, ou pode-se utilizar gravações comerciais de músicas de diversos etilos. A partir da analise dos estudos, observou-se que a experiência mais utilizada foi a experiência de audição, descrita anteriormente. Dos cinco estudos selecionados, 4 utilizaram a experiência receptiva e apenas 1 utilizou as demais experiências. Acredita-se que o espaço foi um dos principais aspectos responsável por esse resultado, levando em consideração o estado dos pacientes que estão internados em uma UTI, outro aspecto relevante é a formação profissional, uma vez que as demais experiências exige conhecimento musical prévio, além de utilização de instrumentos musicais. É importante ressaltar que apenas as intervenções feitas por musicoterapeuta utilizou outras experiências musicais. O gráfico a seguir demonstra o percentual das experiências utilizadas nos artigos selecionados para analise nesse estudo: Gráfico 7. Experiências musicais utilizadas Ressaltamos que é importante que os profissionais que utilizam a música se atentem pela forma de seleção das mesmas. Nessa perspectiva Gatti e Silva (2007, apud, Fleury e Castro-Silva, 2011) afirmam que a audição da música de preferência do individuo não parece ser determinante para a obtenção de resultados positivos na diminuição da ansiedade ou relaxamento. Assim, Fleury e Castro-Silva (2011) citam Barcelos e Santos (1996) que afirmam que a utilização da música gravada de forma aleatória, ou seja, não considerando as necessidades e desejos do paciente, caracteriza uma situação próxima de um processo iatrogênico. O uso indiscriminado do som e seus efeitos no homem, destaca que inúmeros estudos comprovam cientificamente o poder da música em exercer uma ação benéfica no homem contudo, quando a música é utilizada de maneira indiscriminada pode se tornar um agente nocivo ao mesmo. Nesse sentido, entendemos que a aplicação da música, seja por um musicoterapeuta, seja por outro profissional, deve ser de forma responsável e consciente. Nos estudos selecionados na categoria Musicoterapia na UTI, os resultados corroboram com os dados da literatura ao apontarem o fato de que a música pode despertar sentimentos e evocar emoções e memórias. Além de provocar alterações fisiológicas já apresentadas anteriormente nesse estudo. 5.2.2 Musicalidade Clinica Quanto ao aspecto Musicalidade Clinica, Fleury e Castro-Silva (2011), apontam a importância de o musicoterapeuta adaptar o fazer musical ao contexto e situação que está inserido. Os estudos analisados demonstraram que a regulagem da intensidade (volume) das produções musicais, é extremamente importante, uma vez que nesse contexto existem muitos ruídos decorrentes da aparelhagem médica, portanto uma música com o volume muito alto pode ser prejudicial, ou ainda não aceita pelos sujeitos em internação. As pesquisadoras (op. Cit.) afirmam ainda que na prática clinica no hospital, o musicoterapeuta se depara com momentos em que exigem uma produção sonora de baixa intensidade, e em outros momentos exigem uma produção de intensidade mais moderada ou alta. Assim sendo, torna-se importante que o musicoterapeuta tenha sensibilidade de adaptar o volume sonoro com o contexto em que está inserido. Desse modo, consideramos que as possibilidaes de uso da música na assistência a saúde, e principalmente no contexto da UTI são muitas e variadas, sejam elas advindas do uso da Música na UTI, ou da Musicoterapia na UTI, e diante do exposto , apresentamos a seguir as nossas considerações finais. 6 CONSIDERAÇOES FINAIS O presente estudo apontou que são vários os alcances da música, bem como da Musicoterapia na Unidade de Terapia Intensiva, sendo esta, uma importante e eficaz especialidade no que diz respeito, além de outros propósitos, à humanização hospitalar. Silva (2009, apud Fleury e Castro-Silva, 2011), afirma que as intervenções musicoterapêuticas na UTI contribuem para relacionamento afetivo entre paciente e familiar durante o período de internação na UTI, potencializando os aspectos saudáveis desta relação. A musicoterapia nesse contexto contribui no sentido da mudança da rotina do ambiente e no aumento da autoestima de pacientes, familiares e equipe de saúde. Nesse estudo foi possível observar que diversos profissionais de saúde, especialmente os enfermeiros, utilizam a música buscando humanizar a assistência a saúde. Destacamos nesse estudo as principais diferenças metodológicas das intervenções de música, referentes a forma como a música é utilizada, bem como as experiências musicais e peculiaridades acerca da musicalidade clinica. Podemos concluir, nesse sentido, que a experiência de audição foi a mais utilizada, proporcionando alterações fisiológicas significativas e consideradas benéfica no tratamentos submetidos as intervenções. As instituições hospitalares são espaços que oferecem diversas possibilidades de utilização da musica, mas ainda existem poucas produções referentes a temas específicos. Através da realização deste estudo pudemos confirmar o grande potencial que a música, bem como a musicoterapia tem a oferecer ao contexto hospitalar, especificamente a Unidade de Terapia Intensiva, alcançando as pessoas presentes nesse ambiente e contribuindo para as relações e assistência mais humanizadas. Esperamos que a apresentação desses dados metodológicas acerca da atuação no contexto das UTIs. contribua para reflexões REFERÊNCIAS 1. BACKES, D.S; DDINE, S.C; OLIVEIRA, C.L; BACKES, M.T.S. Musica: terapia complementar no processo de humanização de uma CTI. Nursing, Vol. 66, N. 6, p. 37-42, 2003. 2. BANDEIRA, M. Tipos de pesquisa. Departamento de Psicologia, FUNREI, 2009 3. BATISTA, M.A. Presença do Sagrado em um momento crítico: Internação em uma Unidade de Terapia Intensiva. Ver Bras Enferm, Vol. 54, N. 5, p. 579-585, set-out, Brasília – DF, 2004. 4. BRUSCIA, K. Definindo Musicoterapia. Tradução Mariza Velloso Fernandez Conde. 2ªedição, Rio de Janeiro, Enelivros, 2000. 5. CORDEIRO, A. M. OLIVEIRA, G. M. RENTERÍA, J.M. GUIMARÃES, C.A. Revisão sistemática: Uma revisão Narrativa. Comunicação Científica. Vol. 34 - Nº 6, Nov. / Dez. 2007. 6. FLEURY, E.A.F; CASTRO-SILVA, L. A música e a musicoterapia no contexto hospitalar: uma revisão integrativa de literatura. (monografia). Goiás, Universidade Federal de Goiás, Escola de Musica e Artes Cenicas, Goiás, 2011. 7. FREITAS, K.S. Necessidades de familiares em unidades de terapia intensiva? Análise comparativa entre hospital público e privado (dissertação). São Paulo: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, 2006. 8. GALVÃO, A. & KEMP, A. Kinaesthesia and instrumental music instruction: some implications. Psychology of Music Journal , v. 27 nº.2, p. 129-137. 1999. 9. GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4 ed. São Paulo: Editora Atlas 1994. 10. GONÇALEZ, D.F.C; NOGUEIRA, A.T.O; PUGGINA, A.C.G. O uso da música na assistência de enfermagem no Brasil: Uma revisão bibliográfica. Cogitare Enferm, Vol. 13, N. 4, p. 591-596, Out-dez, 2008. 11. HATEM, T.P; LIRA, P.I; MATTOS, S.S. The therapeutic effects os music in children following cardiac surgery. J. Pediatr, Vol. 82, P. 186-192, Rio de Janeiro, 2006. 12. HUDAK, C. M; GALLO, B. M. Cuidados intensivos de Enfermagem: uma abordagem holística. 6 ed.Rio de Janeiro, RJ. Guanabara Koogan S.A. 1997. 13. KNOBEL, E; LASELVA, C. R.; MOURA JÚNIOR, D. F. Terapia intensiva: enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2006. 14. MOREIRA, Walter. Revisão de literatura e desenvolvimento científico: conceitos e estratégias para confecção. Janus, Lorena, v. 1, n. 1, p. 19-30, 2004. Disponível <www.fatea.br/seer/index.php/janus/article/viewPDFInterstitial/1/1> em: Acesso em: 06/10/2013. 15. OLIVEIRA, Maria Marly de. Como fazer pesquisa qualitativa. Recife. Ed. Bagaço, 2005. 16. OLIVEIRA, G. R; BIANCHINI, S. M. Sistematização da assistência de enfermagem em UTI. In: KRÖGER, M. M. A. et al. Enfermagem em terapia intensiva: do ambiente da unidade à assistência ao paciente. São Paulo, SP. Martinari, 2010. 17. PUGGINA, A.C.G. O usco da música e de estímulos vocais em pacientes em estado de coma: relação entre estímulo auditivo, sinais vitais, expressão facial e escalas de Glasgow w Ramsay. (dissertação) São Paulo. Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem. 2006. 18. PUGGINA, A.C.G.; SILVA, M.J.P.; ARAUJO, M.M.T. Mensagens dos familiares de pacientes em estado de coma: A esperança como elemento comum. Acta Paul Enferm, Vol 21, N. 2, p. 249-255, São Paulo, 2008 19. SILVA, M. J. P. da; ARAÚJO, M. M. T; PUGGINA, A. C. G. Humanização em UTI. In: PADILHA, K. G. et al. (Orgs.) Enfermagem em UTI: cuidando do paciente crítico. Barueri, SP. Manole, 2010. 20. SILVA, M.J.P. Humanização em unidade de terapia intensiva. In: Cintra E.A, Nishide V.M, Nunes W.A, organizadoras. Assistência de enfermagem ao paciente crítico. São Paulo: Atheneu, p. 1-11, 2000. 21. SILVA, N.; TIZOLIN, A.M.; MASTSUDA, L.M.; Humanização da assistência de enfermagem: estudo com clientes de uma UTI adulto. Congresso Brasileiro de Enfermagem, 53º. Anais em CD Room. Curitiba- PR, 2001 22. SILVA, S. P.; KLASSMANN, J. C.; LAHM, J. V.; GIRARDI, J. F.; TAKAHASHI, L. S. Humanização da assistência atribuída aos profissionais da equipe de enfermagem que atuam em unidades de terapia intensiva. II Congresso de Humanização,I Jornada Interdisciplinar de Humanização, Curitiba, 2011. Disponivel em: http://anais.congressodehumanizacao.com.br/files/2012/07/RESUMO-121.pdf, acesso em: Nov/2013 23. VILA,V.S.C.; ROSSI, L.A. O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva: muito falado e pouco vivido. Ver. Latinoam Enferm, vol. 10 N. 2, p. 137-44, 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v10n2/10506.pdf . Acesso em: dez/2013 24. VON BARANOW, A.L. Musicoterapia: Uma visão geral. Rio de Janeiro, Enelivros, 1999. 25. WALDOW, V. R. Cuidado humano: o resgate necessário. 3 ed. Porto Alegre, RS. Sagra Luzzato, 2001. Apêndice A: Protocolo de coleta de dados. Artigo Autores Palavras chaves Publicação Ano Amostra / Sujeitos N. sujeitos Musicoterapeuta Outros: Descrição sujeitos Categoria Profissional Enfermeiro Quantitativo Experimental Revisão de literatura Idioma Inglês Musicoterapia Música Metodologia Objetivos Musicoterapia Musicoterapeuta Recriação Musical Não mencionado Tipo de estudo Qualitativo Não experimental Relato de experiência Português Tipo de publicação Médica Outra: Quali-quantitativo Quase experimental Outra: Espanhol Enfermagem Tipo de Intervenção Musica Musicoterapia associada a outras terapias Condutor da atividade musical Outro profissional: Tipo de atividade musical Audição Musical Improvisação Composição Outra: Atividade musical Duração Frequência Tipo de Musica Escolha das musicas Momento da atividade Instrumentos/objetos utilizados Critério de seleção Aleatório Preferência do sujeito Participação do sujeito Ativa Passiva Atividade não musical associada a musica Resultados Psicólogo Instrumento adaptado, baseado em SANTOS (2014) Ficha musicoterapêutica Não mencionado APENDICE B: INSTRUMENTO DE ANÁLISE E COLETA DE DADOS PREENCHIDOS Protocolo 1 Artigo Autores Palavras chaves Publicação The therapeutic effects of music in children followin cardiac surgery HATEM, T.P; LIRA, P.I.C; MATTOS, S.S Music therapy; postoreative period; heart surgery; cildren; intensive care Jornal de pediatria Ano 2006 Amostra N. sujeitos 84 Descrição sujeitos Crianças / adolescentes de 1 dia a 16 anos Categoria Profissional Musicoterapeuta Enfermeiro Psicólogo X Outros: Não especificado Tipo de estudo Quantitativo Qualitativo Quali-quantitativo X Experimental Não experimental Quase experimental Revisão de literatura Relato de experiência Outra: Idioma X Inglês Português Espanhol Tipo de publicação Musicoterapia X Médica Enfermagem Música Outra: Metodologia 84 crianças e adolescentes foram submetidas a audição de 30 min de música clássica nas primeiras 24 horas de pós operatório, sendo que o grupo controle foi submetido a audição, porém o cd estava em branco (placebo). O estudo foi submetido a aprovação do comitê de ética do hospital onde aconteceu o estudo, foi aplicado o TCLE. Foi feito um calculo amostral. Objetivos Verificar de forma objetiva e subjetiva o efeito da música em crianças no pós operatório de cirurgia cardíaca em uma unidade de terapia intensiva cardiopediatrica, em conjunto com praticas convencionais. Tipo de Intervenção Musicoterapia X Musica Musicoterapia associada a outras terapias Condutor da atividade musical Musicoterapeuta X Outro profissional: Não especificado Tipo de atividade musical Recriação Musical X Audição Musical Improvisação Composição Não mencionado Outra: Atividade musical Tipo de Musica Clássica (erudita) – Primavera – Quatro estações de Vivaldi Duração 30 min Escolha das musicas Pesquisador Frequência 1 vez Momento da atividade primeiras 24hs do pós-operatório Instrumentos/objetos utilizados Fones de ouvido; cd player; cds Critério de seleção x Aleatório Preferência do sujeito Ficha musicoterapêutica Participação do sujeito Ativa x Passiva Não mencionado Ativ. não musical associada a musica Não se aplica Resultados Dos 84 pacientes iniciais, 5,9% recusaram a participar do estudo. Observou-se diferenças significativas estatisticamente entre grupos controle e experimental após intervenção Protocolo 2 Artigo Autores Palavras chaves Publicação Musicoterapia institucional na saúde do trabalhador: conexões, interfaces e produções. GUAZIMA, L.; TITTONI, J. Musicoterapia institucional, modos de subjetivação, saúde do trabalhador, Panaudio Psicologia e Sociedade Ano 2009 Amostra / Sujeitos N. sujeitos Não especificado Descrição sujeitos Técnicas de enfermagem Categoria Profissional x Musicoterapeuta Enfermeiro Psicólogo Tipo de estudo Quantitativo Qualitativo Quali-quantitativo Experimental x Não experimental Quase experimental Revisão de literatura Relato de experiência Outra: Idioma Inglês x Português Espanhol Tipo de publicação Musicoterapia Médica Enfermagem Música x Outra: Psicologia Metodologia Pesquisa – intervenção. 1ª fase: observação participante; 2ª oficinas demusica; 3ª retorno ao espaçp da UTI; 4ª intervenção musical dentro da UTI Objetivos Não especificado Tipo de Intervenção x Musicoterapia Musica Musicoterapia associada a outras terapias Condutor da atividade musical x Musicoterapeuta Outro profissional: Tipo de atividade musical x Recriação Musical x Audição Musical x Improvisação x Composição Não mencionado Outra: Atividade musical Tipo de Musica Diversas Duração Escolha das musicas Conjugando as escolhas com o contexto Frequência Momento da atividade Não especificado Instrumentos/objetos utilizados Instrumentos de percussão Critério de seleção Aleatório x Preferência do sujeito Ficha musicoterapêutica Participação do sujeito x Ativa Passiva Não mencionado Atividade não musical associada a musica Não se aplica Resultados Protocolo 3 Artigo Autores Palavras chaves Publicação Sinais vitais e expressão facial de pacientes em estado de coma PUGGINA, A.C.G; SILVA, M.J.P Coma; Música; unidades de terapia intensiva Revista Brasileira de Enfermagem Ano 2009 Amostra / Sujeitos N. sujeitos 30 Descrição sujeitos Pacientes de UTI em coma Categoria Profissional Musicoterapeuta x Enfermeiro Psicólogo Tipo de estudo Quantitativo Qualitativo Quali-quantitativo x Experimental Não experimental Quase experimental Revisão de literatura Relato de experiência Outra: Idioma Inglês x Português Espanhol Tipo de publicação Musicoterapia Médica x Enfermagem Música Outra: Metodologia A pesquisa passou pela aprovação do comitê de ética e o TCLE foi assinado pelos familiares. Os sujeitos foram divididos em grupo Controle e Experimental, esse ultimo sendo submetido a intervenção. Foi utilizada uma mensagem oral gravada por um familiar e uma música selecionada pelo familiar considerando a preferência do paciente. Os sinais vitais foram avaliados após 60 segundos de cada estimulo Objetivos Verificar a influencia da música e mensagem oral sobre os Sinais Vitais e Expressão facial dos pacientes em coma fisiológico ou induzido Tipo de Intervenção Musicoterapia X Musica Musicoterapia associada a outras terapias Condutor da atividade musical Musicoterapeuta X Outro profissional: Enfermeiro Tipo de atividade musical Recriação Musical x Audição Musical Improvisação Composição Não mencionado Outra: Atividade musical Tipo de Musica Diversas Duração Não especificado Escolha das musicas Familiares dos sujeitos Frequência 3 dias consecutivos Momento da atividade Não especificado Instrumentos/objetos CD PLAYER, CDs, Fones de ouvido, Gravador de voz utilizados Critério de seleção Aleatório X Preferência do sujeito Ficha musicoterapêutica Participação do sujeito Ativa x Passiva Não mencionado Atividade não musical associada a musica Não se aplica Resultados A média dos sinais vitais ( tempereatura, pressão arterial, frequência respiratória) apresentaram diferenças entre valores antes e durante cada um dos estímulos nas 3 sessões. Apesar das médias dos sinais vitais do Grupo Experimental durante a música e a mensagem terem se alterado na grande maioria das vezes em relação à média basal, quando comparadas com o Grupo Controle, diferenças estatisticamente significativas e tendências de significância foram encontradas em apenas alguns momentos. Protocolo 4 Artigo Effects of Patient-Directed Music Intervention on Anxiety and Sedative Exposure in Critically III patients receivin mechanical ventilatory support: A randomized clinical Trial Autores CHLAN, L.L; WEINERT, C.R.; HEIDERSCHEIT, A.; TRACY, M.F; SKAAR, D.J; GUTTORMSON, J.L; SAVIK, K. Palavras chaves Não apresenta Publicação American medical association Ano 2013 Amostra / Sujeitos N 373 Descrição ptes de 12 com idades entre 14 e 59 anos internados em UTIs em 5 hospitais do Minneapolis., área de recepção de suporte ventilatório mecânico agudo Categoria Profissional Musicoterapeuta x Enfermeiro Psicólogo Tipo de estudo Quantitativo Qualitativo Quali-quantitativo x Experimental Não experimental Quase experimental Revisão de literatura Relato de experiência Outra: Idioma x Inglês Português Espanhol Tipo de publicação Musicoterapia x Médica Enfermagem Música Outra: Metodologia 126 pacientes foram submetidos a música através de fones de ouvido ao receber suporte respiratório. Os pacientes foram submetidos avaliações diárias que mediam a ansiedade antes e após intervenção. Objetivos Avaliar como a música, pode aliviar a ansiedade associada com suporte ventilatório. Testar se audição de musicas pode reduzir a ansiedade e a exposição sedativo durante o suporte ventilatório em pacientes criticamente enfermos. Tipo de Intervenção x Musicoterapia Musica Musicoterapia associada a outras terapias Condutor da atividade musical x Musicoterapeuta Outro profissional: Tipo de atividade musical Recriação Musical x Audição Musical Improvisação Composição Não mencionado Outra: Atividade musical Tipo de Musica Musica relaxante, tocadas em piano, harpa, violão ou flauta e Duração musicas da preferência dos sujeitos Escolha das musicas Musicoterapeuta Frequência 2x por dia quando se sentiam ansiosos durante 5 dias Momento da atividade Quando submetidos a suporte respiratórios. Instrumentos/objetos Fones de ouvido; Cds; Cd player. utilizados Critério de seleção Aleatório x Preferência do sujeito x Ficha musicoterapêutica Participação do sujeito Ativa x Passiva Não mencionado Atividade não musical associada a musica Não se aplica Resultados Os pacientes do grupo experimental, que foram submetidos a audição musical apresentou redução da ansiedade em 36% e ao mesmo tempo resultou na redução na frequencia de sedação, recebendo menos duas doses de sedação e tiveram uma redução de 36% na redução da intensidade da sedação. Protocolo 5. Artigo Autores Palavras chaves Publicação The Role of Music to Promote Relaxation in Intensive Care Unit Patients Mangoulia, P; Ouzounidou, A. music therapy; music medicine; music listening; relaxation; patients; intensive care unit Hospital chronicles Ano 2013 Amostra / Sujeitos N. sujeitos Descrição sujeitos Categoria Profissional x Enfermeiro Musicoterapeuta Outros: Quantitativo Experimental x Revisão de literatura Idioma Inglês Musicoterapia Música Metodologia Objetivos Tipo de estudo Qualitativo Não experimental Relato de experiência Português Tipo de publicação x Médica Outra: Psicólogo Quali-quantitativo Quase experimental Outra: Espanhol Enfermagem MEDLINE , PubMed , CINAHL , Amed e PsycINFO foram pesquisados os termos " terapia musical ", " medicina de música " e " ouvir música " . Além disso, foi realizada uma pesquisa na internet usando o Google Scholar O objetivo do estudo foi identificar , analisar e avaliar a literatura sobre o papel da música ouvindo promover o relaxamento para os pacientes na UTI , juntamente com as considerações para futuras pesquisas Musicoterapia Musicoterapeuta Recriação Musical Não mencionado Tipo de Musica Escolha das musicas Momento da atividade Instrumentos/objetos utilizados Critério de seleção Tipo de Intervenção Musica Musicoterapia associada a outras terapias Condutor da atividade musical Outro profissional: Enfermeiro Tipo de atividade musical Audição Musical Improvisação Composição Outra: Atividade musical Duração Frequência Aleatório Preferência do sujeito Ficha musicoterapêutica Participação do sujeito Ativa Passiva Não mencionado Atividade não musical associada a musica A literatura mostra que a música pode influenciar uma ampla gama de efeitos fisiológicos e Resultados psicológicos e é eficaz na redução do estresse e facilitar as respostas de relaxamento . Diferentes tipos de música e de preferência musical individual do paciente pode ter um efeito diferente . Além disso, a música ao vivo é considerada mais importante do que a música prégravada . Instrumento adaptado, baseado em SANTOS (2014)