A Linguagem matemática na Educação Infantil

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A LINGUAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Keli Cristiane Jagas (Pedagogia/Prud. – Unicentro), Sandra Regina Gardacho
Pietrobon (Orientadora – Dep. de Pedagogia-I/UNICENTRO), e-mail:
([email protected])
Palavras-chave: matemática, prática educativa, Educação Infantil.
Resumo: O desenvolvimento da criança se dá por meio de um processo de
interação com o objeto de conhecimento. No caso dos conceitos matemáticos
na Educação Infantil, estes necessitam fazer parte do cotidiano das crianças,
sendo que, o educador proporcionará experiências que possibilitem à criança a
internalização desses conceitos. Este estudo trata-se de uma investigação
sobre o trabalho com a linguagem matemática na Educação Infantil.
Introdução:
A aprendizagem da matemática se dá num processo, no qual a criança deve
comparar, discutir, perguntar, fazer reflexões sobre a sua produção e interagir
com outras crianças e adultos. Ela precisa compreender que o erro faz parte
desse processo e, é através dele, que a construção do conhecimento se dá.
Quando a criança compreende a matemática e não apenas decora as
respostas prontas, então ela está preparada para entender qual a origem do
número, e, quem a auxiliará nesse processo de compreensão e aprendizagem
é o professor. Este precisa estimular o desenvolvimento da estrutura mental da
criança, respeitando as dificuldades e ajudando a entender, percebendo e
entendendo que cada criança tem um tempo para construir seu conhecimento
lógico-matemático.O professor necessita conhecer o que a criança já sabe e
respeitar seus limites e possibilidades.
Materiais e métodos:
Têm-se como objetivos desse estudo: investigar a metodologia empregada
pelo professor da educação Infantil no processo de construção dos conceitos
matemáticos, bem como, conhecer que recursos didáticos pedagógicos as
educadoras da infância utilizam para o trabalho com os conceitos matemáticos,
e investigar se os conceitos matemáticos (classificação, seriação, ordenação,
classe-inclusão, quantificação...) são trabalhados de modo a propiciar a
aprendizagem do conceito de número. Essa pesquisa tem uma abordagem
qualitativa, na qual o pesquisador mantém o contato direto e prolongado com o
ambiente e a situação que está sendo investigada conforme LÜDKE E ANDRÉ
(1986), as observações são extremamente úteis para descobrir aspectos novos
de um problema. Se trata de uma pesquisa do tipo estudo de caso, que visa à
descoberta, buscando retratar a realidade de forma profunda, usando uma
variedade de fontes de informação. As observações foram realizadas em uma
turma de jardim III, em uma creche da rede pública. Para a coleta de dados
foram realizadas 25 horas de observação. Este estudo, portanto, culminará no
trabalho de conclusão do curso de Pedagogia no ano de 2008.
Resultados e discussão:
A noção de número começa a ser criada na Educação Infantil e prossegue por
toda a escolarização da criança. Desde o nascimento as crianças estão
inseridas em um universo no quais os conhecimentos matemáticos são partes
integrantes. Por esse motivo, professores e alunos precisam construir uma
relação que proporcione vontade, curiosidade e criatividade em ensinar e
aprender, pois se o professor ensinar a matemática de maneira criativa, para
seus alunos, certamente irão sentir prazer em suas novas descobertas da
matemática, e terão maior curiosidade em aprender. De acordo com Pulaski
(1960, p.25), “o desenvolvimento é uma equilibração progressiva a partir de um
estado inferior até um estado mais elevado de equilíbrio”. O desenvolvimento
da criança começa em um estado inferior, sem muito conhecimento sobre
conteúdos, sem uma conduta lógica, mas com a ajuda de professores, essa
criança vai evoluindo até atingir um estado mais elevado de conhecimento.
Esse conhecimento se dá através do erro e vai progredindo até o concreto, a
compreensão. Professores precisam sim, auxiliar as crianças nessa descoberta
do número e da matemática, mas não se pode forçar uma criança a aprender
algo que, para ela, não faz sentido. A criança só aprende quando entende a
origem, de onde vem aquele determinado conteúdo, cada criança tem um
saber individual, tem conhecimentos e seu próprio tempo para aprender. O
professor necessita promover um processo de ensino-aprendizagem formando
o aluno como um ser singular, único, buscando conhecer suas necessidades e
potencialidades e, com isso, organizar sua pratica educativa a partir de
resolução de problemas. O professor deve saber que objetivos seus alunos
necessitam atingir, e que atividade ele deve propor para ajudar a suprir essa
dificuldade do aluno. Para isso o professor deve ter muita responsabilidade em
selecionar os conteúdos para seus alunos, pois esses precisam ser
apropriados para a idade das crianças. Devem ser conteúdos de naturezas
diversas que abranjam desde conhecimentos básicos ate conhecimentos
específicos. O jogo tem um importante papel nesse processo, pois com ele a
criança desenvolve seu raciocínio de maneira divertida e rápida, quando bem
orientado. O professor pode organizar situações de ensino, onde as crianças
possam aprender realmente o conteúdo e não apenas decorem uma
seqüência. Para isso o professor pode usar materiais concretos, jogos,
músicas, brincadeiras, pois a criança necessita compreender, primeiramente, o
conceito de número, para depois, ser desafiada pelo professor em novos
contextos.
Referências:
PULASKI, Mary Ann Spencer, Compreendendo Piaget: uma introdução ao
desenvolvimento cognitivo da criança. S/I: Sª., 1980.
LÜDKE & ANDRÉ. Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas. São
Paulo: E.P.U., 1986.
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