eletrencefalografia

Propaganda
INSTITUTO DE NEUROLOGIA, NEUROFISIOLOGIA E
COMPORTAMENTO
ELETRENCEFALOGRAFIA
O eletrencefalograma (EEG) é um tipo de exame
neurofisiológico útil para avaliar a função do cérebro através da
análise da atividade elétrica cerebral espontânea.
Quais são as principais indicações?
O EEG é indicado para vários transtornos neurológicos. É
essencial para o diagnóstico das epilepsias. A partir da avaliação
eletrencefalográfica, em muitas ocasiões, é possível classificar a
síndrome epiléptica, e consequentemente, propiciar um tratamento
mais adequado e ter uma noção de prognóstico. Outras indicações
seriam: demências (ex.: Doença de Alzheimer, Doença de
Creutzfeldt-Jakob), encefalopatias diversas (de causa hepática,
renal, por efeito de medicamentos, entre outras), algumas infecções
do sistema nervoso central (ex.: encefalite herpética, panencefalite
esclerosante subaguda) e em alguns casos psiquiátricos, entre
outras.
Nas últimas décadas, vem sendo cada vez mais indicado para
avaliação de pessoas com rebaixamento do nível de consciência.
Nestes casos, pode auxiliar na identificação da causa do quadro
comatoso.
Rua Albano Custódio, Nº 47, Gilberto Machado – Cachoeiro de Itapemirim – ES | CEP: 29.303-370
Telefone: (28) 3518-5782 / (28) 99989-4556 | e-mail: [email protected] | www.innc.med.br
INSTITUTO DE NEUROLOGIA, NEUROFISIOLOGIA E
COMPORTAMENTO
O que é epilepsia?
A Epilepsia é uma doença caracterizada por repetição de
crises epilépticas. As crises epilépticas podem se apresentar por
sintomas
que
indicam
disfunções
neurológicas
focais
acompanhadas ou não de perda de consciência (ex.: dormência em
parte do corpo, contração mantida ou abalos de parte do corpo,
desvio dos olhos, visão de cores ou bolas coloridas ou imagens
bem formadas, sensação de odor estranho, sensação que já esteve
naquele local, entre outros), convulsões (abalos musculares
bilaterais associados à perda de consciência, muitas vezes
associados à salivação, perda de urina e lesões corporais como
mordedura de língua), sintomas focais que evoluem para
convulsões ou, somente, perda transitória da consciência.
Normalmente, as crises epilépticas duram de segundos a poucos
minutos.
Como é feito o exame? Quem lauda o Exame?
É necessário colar alguns eletrodos no couro cabeludo
enquanto a pessoa fica deitada e relaxada, num ambiente calmo e
de pouca luz. Para isso, é utilizada uma massa condutora, que tem
a função de auxiliar na fixação do eletrodo e condução da atividade
elétrica cerebral para o mesmo. Não se preocupe... . Essa pasta sai
após lavagem dos cabelos com água aquecida! E para ressaltar o
exame é indolor! O exame com vigília e sono dura em torno de 20 a
30 minutos.
Uma vez captada, essa atividade será amplificada e
armazenada de modo digital em um computador. A colocação dos
eletrodos e registro do exame é realizada por um técnico com
experiência em eletrencefalografia. Posteriormente, esse exame
será analisado e laudado por um neurologista com experiência na
área.
Rua Albano Custódio, Nº 47, Gilberto Machado – Cachoeiro de Itapemirim – ES | CEP: 29.303-370
Telefone: (28) 3518-5782 / (28) 99989-4556 | e-mail: [email protected] | www.innc.med.br
INSTITUTO DE NEUROLOGIA, NEUROFISIOLOGIA E
COMPORTAMENTO
Que aparelho é utilizado?
É utilizado um aparelho chamado eletrencefalógrafo. Nossos
aparelhos são de marcas respeitadas no mercado e passam
por revisões periódicas.
É preciso fazer alguma preparação para o exame?
Para contribuir com a boa qualidade do exame é indicado
lavar os cabelos na véspera ou algumas horas antes, chegar com
os cabelos secos para o exame e não usar produtos para fixação
dos cabelos (ex.: laquê, gel), creme ou tintura recente. Não se
recomenda de rotina a suspensão de medicamentos de uso
contínuo ou habitual para realizar o exame. Mas estes devem ser
informados, pois alguns podem causar alterações no registro.
A atividade cerebral durante o sono é totalmente diferente
daquela durante a vigília e o registro de trechos de sono é
importante para se obter um registro mais completo, sendo
especialmente valorizado nos casos de epilepsia. Para facilitar o
registro de trechos de sono, orienta-se uma restrição parcial de
sono na véspera do exame, em geral orienta-se dormir ao máximo 3
(três) horas. Logicamente, esse tempo pode variar a depender das
condições do paciente e idade da pessoa que se submeterá ao
exame. Bebês podem ser alimentados durante a colocação dos
eletrodos para facilitar a indução do sono. Em alguns casos, onde
não se consegue o registro de sono espontâneo ou o paciente não
consegue colaborar com o exame pode ser utilizada uma sedação
medicamentosa leve para induzir o sono, apesar dos riscos de
efeitos colaterais.
Rua Albano Custódio, Nº 47, Gilberto Machado – Cachoeiro de Itapemirim – ES | CEP: 29.303-370
Telefone: (28) 3518-5782 / (28) 99989-4556 | e-mail: [email protected] | www.innc.med.br
INSTITUTO DE NEUROLOGIA, NEUROFISIOLOGIA E
COMPORTAMENTO
Além de dormir, pode ocorrer algum outro procedimento
durante o exame?
Durante o exame podem ser realizadas provas ativadoras que
aumentam a probabilidade de detecção de anormalidades,
principalmente nos casos de epilepsia. São elas: hiperventilação
(são realizadas incursões respiratórias forçadas e rápidas durante 3
minutos, em média) e a fotoestimulação intermitente (uma lâmpada
que produz flashes, com frequência crescente de 0,5 Hz a 30 Hz, é
colocada aproximadamente a 30 cm da pessoa, que fica de olhos
fechados). O sono e a própria privação parcial de sono podem
funcionar como ativadores de anormalidades em alguns tipos de
epilepsia.
Há contra-indicações para fazer o EEG?
Não há contra-indicações absolutas, pois se trata de exame não
invasivo e inócuo, podendo ser realizado em recém-nascidos
a idosos ou pacientes comatosos. As contra-indicações
relativas seriam aquelas que dificultariam a colocação dos
eletrodos. Podem ser citadas: seborréia excessiva, infecções
ou ferimentos significativos de couro cabeludo.
A hiperventilação é contra-indicada nos casos de hemorragia
intracerebral recente, doença cardiopulmonar significativa, anemia
falciforme ou traço falcêmico, doença de Moya-Moya ou
incapacidade de cooperar.
Rua Albano Custódio, Nº 47, Gilberto Machado – Cachoeiro de Itapemirim – ES | CEP: 29.303-370
Telefone: (28) 3518-5782 / (28) 99989-4556 | e-mail: [email protected] | www.innc.med.br
INSTITUTO DE NEUROLOGIA, NEUROFISIOLOGIA E
COMPORTAMENTO
O exame tem limitações? O que é melhor: EEG ou exames de
neuroimagem, como a tomografia computadorizada ou
Ressonância magnética de crânio?
Não se pode dizer que um exame é melhor que o outro, cada
exame tem um objetivo. Os exames de imagem mostram a
anatomia do sistema nervoso central e suas alterações. O EEG
avalia funcionalmente o cérebro, sendo o único método para avaliar
a função elétrica cortical. Os exames de neuroimagem e o EEG se
completam. A neuroimagem pode demonstrar uma lesão, mas a
confirmação que a mesma este gerando repercussão disfuncional
(por ex.: crises epilépticas) somente será obtida através do EEG. O
contrário também ocorre. Se o EEG registra uma atividade
epileptiforme na região temporal esquerda, somente se conhecerá
qual é a lesão – ex.: tumor, esclerose hipocampal, abcesso – que
está gerando essa disfunção através da neuroimagem.
No entanto, os ritmos cerebrais são dinâmicos e suas
alterações podem ser intermitentes (principalmente nos casos de
epilepsia, que por natureza é um transtorno intermitente), logo os
vinte e cinco minutos, em média, de um EEG podem não ser o
suficiente para detectar as alterações da função cerebral. Muitas
vezes são necessários alguns registros convencionais ou a
realização de um registro prolongado para detectar alterações.
Então se um EEG é normal, não quer dizer que o paciente não tem
epilepsia. Em alguns tipos de epilepsia ou encefalopatias a
neuroimagem convencional é normal e somente em exames
funcionais – como o EEG - pode ser detectada alguma alteração.
Pode haver alguma complicação do exame?
Como o exame é realizado em muitos epilépticos, e esses
podem ter crises mesmo em vigência do tratamento específico.
Alguns destes podem apresentar crises epilépticas durante o
exame, devido à própria doença. Sabe-se que as provas ativadoras
podem ajudar a precipitar alguma crise – o que é infreqüente – mas
não causam crises em pessoas não-epilépticas.
Rua Albano Custódio, Nº 47, Gilberto Machado – Cachoeiro de Itapemirim – ES | CEP: 29.303-370
Telefone: (28) 3518-5782 / (28) 99989-4556 | e-mail: [email protected] | www.innc.med.br
Download