HISTÓRIA GERAL – SETOR: 1622 QUESTÕES PARA O EXTENSIVO DIURNO – FLAPI 2013 APOSTILA 1 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- AULAS 1, 2 e 3 1. Aristóteles propunha dois critérios para diferenciar senhores e escravos: O primeiro critério é de ordem política: o homem é, por natureza, um animal político, um ser cívico; por conseguinte, só o homem livre é totalmente homem porque só ele está apto para a vida política. O senhor coincide com o cidadão. Pelo contrário, o escravo é, por natureza, incapaz de deliberar, participa da razão sem a possuir. O segundo critério articula-se com o primeiro. Certos trabalhos que implicam apenas o uso da força são, por essência, servis e são esses os que se adéquam aos indivíduos que foram definidos como escravos pela sua incapacidade de raciocinar. (Aristóteles, Política). Baseado nos critérios de Aristóteles é correto afirmar: a) Na Grécia Antiga, a escravidão e a política estavam vinculadas contraditoriamente, pois a existência de uma justificava a outra, ou seja, para que os homens livres pudessem se dedicar exclusivamente à política, o trabalho, que garantia sua subsistência, deveria ser feito pelos escravos. b) A condição de escravo, em qualquer época, implica o reconhecimento, pelo indivíduo escravizado, da perda de sua condição humana e de sua inferioridade em relação ao senhor, o que o leva a aceitar mais facilmente tal situação, que passa a ser vista como inevitável. c) A escravidão no mundo antigo greco-romano recaia sobre os povos de tradição guerreira, que, por serem portadores de grande força física e de culturas primitivas, eram considerados mais capazes de realizar trabalhos que exigiam apenas o uso da força. d) A escravidão na Antiguidade Clássica adotava critérios étnicos e culturais, o que fazia com que somente povos considerados bárbaros, incultos, incapazes de usar a razão fossem escravizados nas guerras. Portanto, os povos vistos como civilizados ficavam isentos de tal condição. e) Os escravos antigos assemelhavam-se aos modernos, principalmente no que dizia respeito à destinação dos produtos de seu trabalho, já que, em ambas as situações, o trabalho escravo vinculava-se à produção de alimentos que garantiam a subsistência dos homens livres. 2. A democracia continua criando polêmicas e atraindo mudanças políticas. Na época de Clístenes, na Grécia Antiga, a democracia conseguiu espaços de poder importantes. Nos tempos de Clístenes, a democracia: a) firmou-se com propostas descentralizadoras, ampliando a cidadania e evitando a existência do trabalho escravo, defendido pelo filósofo Aristóteles. b) facilitou a participação no governo dos cidadãos mais pobres, chegando a remunerar os cargos políticos e reorganizando a administração da cidade de Atenas. c) anulou a lei que defendia o exílio político, por ser opressiva e privilegiar a nobreza dona das grandes propriedades rurais. d) considerou as mulheres como participantes da cidadania, renovando as tradições e combatendo a corrupção muito comum na época da tirania. e) defendeu a aplicação das teorias políticas de Platão, organizando uma República onde prevalecia o poder das Assembleias Populares. 3. Construir uma relação solidária entre as pessoas faz parte do fazer político humano. As experiências feitas são múltiplas. Na Grécia, nos tempos da democracia, a) houve êxito na quebra das hierarquias e na vitória de princípios de igualdade social para crescimento econômico. b) extinguiu-se a escravidão e criaram-se alternativas de trabalho para todos, seguindo os ensinamentos de Platão Aristóteles. c) buscou-se diminuir as diferenças entre as pessoas, mas não se acabaram as hierarquias sociais nem as desigualdades econômicas. d) efetivou-se a aristocracia no poder, apesar da grande astúcia política dos monarcas e das assembleias populares. e) havia grandes semelhanças com a democracia contemporânea, afirmando valores universais e definindo direitos sociais. 4. "Vivemos sob uma forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar outros. Seu nome é democracia, pois a administração serve aos interesses da maioria e não de uma minoria." (Tucídides, "História da Guerra do Peloponeso". Texto adaptado.) O trecho acima faz parte do discurso feito por Péricles em homenagem aos atenienses mortos na guerra do Peloponeso. Por esse discurso é correto afirmar que a) a guerra do Peloponeso foi injusta e trouxe muitas mortes tanto para os atenienses como para os espartanos, que lutavam em lados opostos pela hegemonia da Grécia. b) Péricles se orgulhava da cidade de Atenas por ser ela uma cidade democrática, que não imitava o sistema político de outras cidades-Estado, mas era imitada por elas. c) Atenas e Esparta possuíam o mesmo sistema político descrito por Péricles, a democracia, mas divergiam sobre como implantá-lo nas demais cidades- Estado gregas. d) Atenas, por não partilhar do sistema político democrático de Esparta, criou a Liga de Delos e declarou Guerra à Liga do Peloponeso. e) Esparta era a única cidade-Estado democrática em toda a Grécia antiga e desejava implantar esse sistema nas cidades-Estado gregas. 5. A característica mais notável da Grécia antiga, a razão profunda de todas as suas grandezas e de todas as suas fraquezas, é ter sido repartida numa infinidade de cidades que formavam um número correspondente de Estados. As condições geográficas da Grécia contribuíram fortemente para dar-lhe sua feição histórica. Recortada pelo embate entre a montanha e o mar, há uma fragmentação física e política das diferentes sociedades. (Adaptado de Gustave Glotz, "A cidade grega". São Paulo: Difel, 1980, p. 1.) a) Segundo o texto, qual a organização política mais relevante da Grécia antiga? Indique suas principais características. b) Relacione a economia da Grécia antiga com as condições geográficas indicadas no texto. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Gabarito: Resposta da questão 1: [A] O discurso de Aristóteles procura uma base racional para justificar a escravidão e a apresenta como a antítese do “ser cidadão”. Na época, a cidadania estava estendida ao homem pobre, desde que nascido na cidade, portanto iguala estrangeiro ao “não cidadão”, que pode ser escravizado. A maioria dos escravos na Grécia era comprada em mercados exteriores e não eram prisioneiros de guerras que os gregos moveram e foram utilizados em trabalhos diversos. Em nenhum momento da História os escravos aceitaram passivamente tal condição. Resposta da questão 2: [B] A exaltada democracia ateniense representou, na época, uma grande transformação, superando o poder dos tiranos e reduzindo drasticamente os privilégios da elite “de nascimento”, os eupátridas. Clístenes implementou um modelo político que deixou de exigir renda para que o indivíduo fosse considerado cidadão; porém ainda existiam limites à participação, direito concedido apenas aos homens livres – foi preservada a escravidão e excluídas as mulheres – maiores de idade, atenienses, cujo pai também fosse ateniense. Resposta da questão 3: [C] A democracia grega ampliou direitos, mas preservou as diferenças sociais, incluindo a escravidão. A aristocracia perdeu o monopólio do poder e foi forçada a aceitar a participação de camadas plebeias, principalmente de mercadores enriquecidos, apesar de a riqueza não ser critério para a participação. A cidadania foi definida pela minoria, formada por homens, livres, nascidos em Atenas e filho de pai ateniense. Resposta da questão 4: [B] Resposta da questão 5: a) A pólis ou cidade-Estado, cujas principais características eram a soberania, a autonomia e participação direta dos cidadãos nas questões políticas. b) O relevo montanhoso e o clima árido no continente inibiu a prática da agricultura, restrita aos poucos vales férteis. Porém, nas áreas litorâneas, a facilidade de comunicação com as inúmeras ilhas e com outras regiões do Mediterrâneo, favoreceu o comércio marítimo. ============================================================================= ============================================================================= AULA 4 1. Frank Miller inspirou-se na verdadeira Batalha de Termópilas, ocorrida em 438 a.C, na Grécia, para escrever “Os 300 de Esparta”. A adaptação da história em quadrinhos de Miller foi levada ao cinema, em 2006, pelo diretor Zack Sn der, com o título “300”. A respeito do contexto das Guerras Médicas (500-479 a.C), tema abordado no filme, assinale a alternativa correta. a) O domínio e a expansão naval fenícia ameaçavam a hegemonia da Grécia sobre o mar Egeu, o que ocasionou a formação de uma aliança defensiva grega. b) Desenvolvendo uma política imperialista, Atenas entrou em conflito com Esparta que, agrária e oligárquica, permaneceu fechada à expansão territorial. c) O expansionismo persa, que já havia dominado cidades gregas da Ásia Menor e estabelecido o controle persa sobre rotas comerciais do Oriente, ameaçava a soberania da Grécia, tornando inevitável o conflito grego-pérsico. d) Esparta, por priorizar a formação física e militar, cultivando no indivíduo o patriotismo incondicional ao Estado, liderou a ofensiva grega contra os assírios, que ameaçavam as instituições democráticas gregas. e) O forte espírito militarista presente na cultura helenística e difundido em todas as pólis gregas permitiu que, no conflito contra os medos, a Grécia obtivesse a supremacia militar e se sagrasse vencedora. 2. "Quando diminuiu a ameaça persa, o ódio ao imperialismo ateniense cresceu particularmente entre os espartanos e seus aliados, que criaram (...) uma força militar terrestre, e se decidiram pela guerra por sentirem sua independência ameaçada pelo imperialismo de Atenas. A guerra representou o suicídio da Grécia das pólis independentes". (Flavio de Campos e Renan Garcia Miranda, "Oficina de História - história integrada") O texto apresenta: a) as Guerras Médicas. b) a Guerra de Tróia. c) a Guerra do Peloponeso. d) a Primeira Guerra Púnica. e) a Segunda Diáspora Grega. 3. "Alexandre desembarca lá onde foi fundada a atual cidade de Alexandria. Pareceu-lhe que o lugar era muito bonito para fundar uma cidade e que ela iria prosperar. A vontade de colocar mãos à obra fez com que ele próprio traçasse o plano da cidade, o local da Ágora, dos santuários da deusa egípcia Ísis, dos deuses gregos e do muro externo." Flávio Arriano. "Anabasis Alexandri" (séc. I d.C.). Desse trecho de Arriano, sobre a fundação de Alexandria, é possível depreender: a) o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da cultura grega com a egípcia e as do Oriente Médio. b) a incorporação do processo de urbanização egípcio, para efetivar o domínio de Alexandre na região. c) a implantação dos princípios fundamentais da democracia ateniense e do helenismo no Egito. d) a permanência da racionalidade urbana egípcia na organização de cidades no Império helênico. e) o impacto da arquitetura e da religião dos egípcios, na Grécia, após as conquistas de Alexandre. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Gabarito: Resposta da questão 1: [C] Na Batalha de Termópilas, travada no contexto da II Guerra Médica em 480 a.C., de acordo com o historiador grego Heródoto, notabilizou-se a atuação de 300 soldados espartanos, liderados pelo rei Leônidas, na luta contra o numeroso exército persa, liderado pelo rei Xerxes. Apesar da derrota espartana, os danos causados ao exército persa, retardaram consideravelmente o avanço dos persas sobre a Grécia. Resposta da questão 2: [C] Resposta da questão 3: [A] ============================================================================= ============================================================================= AULA 5 e 6 1. (...) não era a falta de mecanização [na Grécia e em Roma] que tornava indispensável o recurso à escravidão; ocorrera exatamente o contrário: a presença maciça da escravidão determinou a "estagnação tecnológica" grecoromana. (Aldo Schiavone. "Uma história rompida: Roma antiga e ocidente moderno". São Paulo: Edusp, 2005.) A escravidão na Grécia e na Roma antigas: a) Baseava-se em características raciais dos trabalhadores. b) Expandia-se nos períodos de conquistas e domínio de outros povos. c) Dependia da tolerância e da passividade dos escravos. d) Foi abolida nas cidades democráticas. e) Restringia-se às atividades domésticas e urbanas. 2. A figura apresentada é de um mosaico, produzido por volta do ano 300 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual Estado de Israel. Nela, encontram-se elementos que representam uma característica política dos romanos no período, indicada em: a) Cruzadismo — conquista da terra santa. b) Patriotismo — exaltação da cultura local. c) Helenismo — apropriação da estética grega. d) Imperialismo — selvageria dos povos dominados. e) Expansionismo — diversidade dos territórios conquistados. 3. As Guerras Púnicas, entre romanos e cartagineses, duraram de 264 a 146 a.C. Entre seus resultados finais, podemos considerar que elas a) contiveram a expansão romana em direção ao mar Mediterrâneo, pois as ilhas ao sul da península itálica passaram ao controle cartaginês. b) fortaleceram a presença romana na região do mar Mediterrâneo, com o estabelecimento de províncias nas terras conquistadas. c) eliminaram os gastos militares do Império Romano, pois impediram o surgimento de revoltas e tensões sociais. d) permitiram a expansão comercial de Roma por toda a península itálica e em direção ao ocidente, com a decorrente conquista da Gália. e) reduziram consideravelmente o número de escravos no Império Romano, pois a maioria deles foi alistada nas tropas e morreu em combate. 4. Entre os anos 509 e 31 a.C. se situa a segunda fase da história política de Roma, a República, sobre a qual podemos afirmar, corretamente, EXCETO: a) possui um caráter essencialmente aristocrático b) o poder executivo, que antes pertencia ao Rei, passa a ser exercido por dois Cônsules c) o Senado se torna o principal órgão da República, e os membros dele vitalícios d) os patrícios, desde muito cedo, lutaram pela igualdade de direitos com os plebeus ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -------------------------------- Gabarito: Resposta da questão 1: [B] Resposta da questão 2: [E] O período destacado foi marcado pelo apogeu do expansionismo romano, época do Império, quando Roma dominava todos os territórios ao redor do Mediterrâneo, incluindo a Palestina. O mosaico de animais demonstra a quantidade e diversidade desses territórios. Resposta da questão 3: [B] A vitória romana sobre os cartagineses ampliou os domínios romanos na orla do Mediterrâneo, com a conquista de diversas regiões no norte da África, Península Ibérica e Balcãs, transformadas em “províncias” e subordinadas ao Senado romano. Com essas conquistas, houve maior desenvolvimento do comércio e do escravismo, ampliando o lucro dos mercados e de proprietários rurais, mas, ao mesmo tempo, foram fundamentais para a pauperização da plebe. Antes das Guerras Púnicas, os romanos já haviam conquistado a Península Itálica; a Gália foi conquistada um século depois. Resposta da questão 4: [D] ============================================================================= ============================================================================= AULA 7 1. A escravatura [na Roma antiga] foi praticada desde os tempos mais remotos dos reis, mas seu desenvolvimento em grande escala foi consequência das guerras de conquista […]. (Patrick Le Roux. Império Romano, 2010.) Sobre a escravidão na Roma antiga, é correto afirmar que a) assemelhava-se à escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois era determinada pela procedência e pela raça. b) aumentou significativamente durante a expansão romana pelo Mar Mediterrâneo. c) atingiu o auge com a ocupação romana da Germânia e de territórios na Europa Central. d) diminuiu bastante após a implantação do Império e foi abolida pelos imperadores cristãos. e) diferenciava-se da escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois os escravos romanos nunca podiam se tornar livres. 2. Na história de Roma, o século III da era cristã é considerado o século das crises. Foi nesse período que: a) As tensões geradas pelas conquistas se refletiram nas contendas políticas, criaram um clima de constantes agitações, promovendo desordens nas cidades. b) O exército entrou em crise e deixou de ser o exército de cidadãos proprietários de terras. c) O império romano começou a sofrer a terrível crise do trabalho escravo, base principal de sua riqueza. d) Os soldados perderam a confiança no Estado e tornaram-se fiéis a seus generais partilhando com eles os espólios de guerra. e) Os conflitos pela posse da terra geraram a Guerra Civil. 3. O Estado Romano edificou-se, passando por transformações prolongadas no tempo. A Monarquia cedeu lugar à República, que sofreu modificações por cinco séculos. O regime Imperial começou a ser estruturado a partir do ano 27 a.C. Ofereça subsídios que possibilitem a compreensão do processo de desagregação da República Romana e advento do regime Imperial. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Gabarito: Resposta da questão 1: [B] Durante o período monárquico em Roma, encontramos a escravidão por dívida, mas em pequena dimensão. Foi no período republicano, com a política expansionista dos romanos a partir das Guerras Púnicas, que se desenvolveu o escravismo como meio de produção. Parte dos povos dominados era enviado à Roma, e o desenvolvimento da escravidão determinou a marginalização da plebe. Resposta da questão 2: [C] Resposta da questão 3: As conquistas imperiais, o êxodo rural e as crises de abastecimento geraram conflitos civis e constantes convocações de ditadores, generais e triunviratos (centralização do poder). ============================================================================= ============================================================================= AULAS 8 e 9 1. Desde fins do império romano, as cidades vinham sendo abandonadas. Sendo assim, entre os séculos V e X, na alta Idade Média, uma ruralização da vida foi se impondo e tornou-se uma característica da Europa medieval. A respeito desse período, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) No século VIII, Carlos Magno assumiu o trono do império carolíngio e, em troca de lealdade, doou as terras obtidas nas guerras de conquista ao clero e a nobreza e dividiu o território sob o seu controle em condados e marcas. 02) Em razão da ruralização, as cidades foram todas abandonadas e deixaram de existir completamente na Europa até o início do século XV. Esse fato explica a sobrevivência do império romano do Oriente até o início da modernidade. 04) O chamado renascimento carolíngio, ao impor o primado da razão sobre a fé e resgatar os valores artísticos e filosóficos da Antiguidade, antecipou em cinco séculos o notável processo de transformações culturais e racionalização que ocorreu no renascimento italiano do século XV. 08) A ruralização propiciou o desenvolvimento de uma economia de subsistência e uma grande diminuição das trocas mercantis. 16) Durante a alta Idade Média, o nobre cavaleiro El Cid liderou os cristãos na luta contra os cristãos ortodoxos, invasores da Península Itálica. 2. "Após ter conseguido retirar da nobreza o poder político que ela detinha enquanto ordem, os soberanos a atraíram para a corte e lhe atribuíram funções políticas e diplomáticas". Esta frase, extraída da obra de Max Weber, "POLÍTICA COMO VOCAÇÃO", refere-se ao processo que, no Ocidente: a) destruiu a dominação social da nobreza, na passagem da Idade Moderna para a Contemporânea. b) estabeleceu a dominação social da nobreza, na passagem da Antiguidade para a Idade Média. c) fez da nobreza uma ordem privilegiada, na passagem da Alta Idade Média para a Baixa Idade Média. d) conservou o privilégios políticos da nobreza, na passagem do Antigo Regime para a Restauração. e) permitiu ao Estado dominar politicamente a nobreza, na passagem da Idade Média para a Moderna. 3. Observe a fotografia de 31 de outubro de 2010 que registrou peregrinos no círculo da Caaba na Grande Mesquita, em Meca, Arábia Saudita. No islamismo, que conta com milhões de adeptos no mundo contemporâneo, a peregrinação a) é sinônimo de guerra santa e deve ser realizada por convocação de um aiatolá. b) foi instituída depois da morte de Maomé, para homenagear o fundador do Islã. c) deve ser realizada pelo menos uma vez na vida, pelos fiéis com condições físicas e financeiras. d) exige grande sacrifício, pois o fiel deve conservar-se em jejum durante todo o período. e) dificultou a expansão do Islã para além do Oriente Médio, pelas obrigações que impunha. 4. A burca não é um símbolo religioso, é um símbolo da subjugação, da subjugação das mulheres. Quero dizer solenemente que não será bem-recebida em nosso território. Nicolas Sarkozy, presidente da França, 22/6/2009, Estadão.com.br, 22/6/2009. http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,burcas-naotem-lugar-na-franca-dizsarkozy, 391152,0.htm – Acessado em 10/6/2010. Deputados que integram a Comissão Parlamentar encarregada de analisar o uso da burca na França propuseram a proibição de todos os tipos de véus islâmicos integrais nos serviços públicos. (…) A resolução prevê a proibição do uso de tais vestimentas nos serviços públicos — hospitais, transportes, escolas públicas e outras instalações do governo. Folha Online, 26/1/2010. http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u684757.shtml. Acessado em 10/6/2010. Com base nos textos acima e em seus conhecimentos, assinale a afirmação correta sobre o assunto. a) O governo francês proibiu as práticas rituais islâmicas em todo o território nacional. b) Apesar da obrigatoriedade de o uso da burca se originar de preocupações morais, o presidente francês a considera um traje religioso. c) A maioria dos Estados nacionais do Ocidente, inclusive a França, optou pela adoção de políticas de repressão à diversidade religiosa. d) As tensões políticas e culturais na França cresceram nas últimas décadas com o aumento do fluxo imigratório de populações islâmicas. e) A intolerância religiosa dos franceses, fruto da Revolução de 1789, impede a aceitação do islamismo e do judaísmo na França. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Gabarito: Resposta da questão 1: 01 + 08 = 09. Durante a Alta Idade Média o Reino Franco foi a principal instituição política europeia. O reinado de Carlos Magno foi caracterizado por centralização política, conquistas militares e desenvolvimento das relações de suserania e vassalagem. Do ponto de vista econômico, se desenvolveu a estrutura feudal, caracterizada pelo predomínio da produção agrária marcada por uma tendência à autossuficiência, fato que inibiu e enfraqueceu a vida urbana. Resposta da questão 2: [E] Resposta da questão 3: [C] A Peregrinação à Meca é considerada como uma das 5 obrigações de um fiel muçulmano. Os muçulmanos denominam de “pilares” do islamismo aquilo que no ocidente denomina-se “obrigação”. Importante notar – como na alternativa correta – que são dispensados da peregrinação aqueles que não possuem condições físicas ou financeiras. Resposta da questão 4: [D] Questão de conhecimento atual, relacionada ao processo de imigração vivido pela França nas últimas décadas, principalmente de grupos oriundos de suas antigas colônias africanas, sendo que grande parte dessas populações têm religião muçulmana e, portanto, trazem elementos de uma nova cultura, com valores e comportamentos diferenciados que, em grande escala, tem produzido um choque e provocado diversas reações, incluindo as descritas acima. ============================================================================= =============================================================================