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RELATÓRIO DE PROJETO DE PESQUISA
Nome
do
Projeto:
ESTUDO
PILOTO
PARA
O
DESENVOLVIMENTO
DA
FARMACOVIGILÂNCIA EM INTEGRAÇÃO COM A FARMÁCIA CLÍNICA NO HOSPITAL
NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO - TUBARÃO - SC
Protocolo:
Nome do(a) Proponente ou Orientador(a):. Profª Msc. Irene Külkamp Co-orientadora: Profª
Esp. Alessandra de Sá Soares
Nome do(a) Bolsista: Bruna Ramos e Simone Damian
Campus/Unidade: Tubarão
Data do Relatório: 15/09/08
Tipo do Projeto:
( ) PUIC Disciplina
( X ) PUIC Continuado
( ) PUIC Individual
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA – UNISUL
BRUNA RAMOS
SIMONE DAMIAN
ESTUDO PILOTO PARA O DESENVOLVIMENTO DA FARMACOVIGILÂNCIA EM
INTEGRAÇÃO COM A FARMÁCIA CLÍNICA NO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA
CONCEIÇÃO – TUBARÃO - SC
Tubarão
2008
1
BRUNA RAMOS
SIMONE DAMIAN
ESTUDO PILOTO PARA O DESENVOLVIMENTO DA FARMACOVIGILÂNCIA EM
INTEGRAÇÃO COM A FARMÁCIA CLÍNICA NO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA
CONCEIÇÃO - TUBARÃO - SC
Projeto de Iniciação Científica de Farmácia –
Habilitação Análises Clínicas da Universidade do
Sul de Santa Catarina.
Orientadora: Profª Msc. Irene Külkamp
Co-orientadora: Profª Esp. Alessandra de Sá Soares
Tubarão
2008
1. INTRODUÇÃO
A efetividade e segurança do tratamento são fatores indispensáveis para o
restabelecimento da saúde de pacientes hospitalizados. Para que o tratamento possa ser considerado
seguro, torna-se imprescindível à detecção de reações adversas a medicamentos que muitos dos
pacientes internados apresentam, mas que diversas vezes passam despercebidas pela equipe de
saúde.
A grande maioria dos hospitais brasileiros, assim como o Hospital Nossa Senhora da
Conceição (HNSC), não possui um profissional farmacêutico que atue junto ao corpo clínico da
instituição, já que para os farmacêuticos contratados são designados serviços de gerência e
administração da farmácia hospitalar. Justamente por essa falta de um farmacêutico atuante no
corpo clínico das instituições hospitalares que muitas vezes, os problemas relacionados a
medicamentos que o paciente possui, passam simplesmente despercebidos. No entanto, a detecção
destes problemas é de extrema importância, pois confere maior qualidade de vida ao paciente, sendo
capaz de reduzir a morbidade e mortalidade associada ao uso de medicamentos, promovendo ainda
seu uso racional e diminuindo os custos dos tratamentos hospitalares.
Um projeto (PUIC 2006) realizado recentemente no Hospital Nossa Senhora da
Conceição detectou por meio de um serviço de informação farmacoterapêutica, um total de 20
problemas relacionados a medicamentos (PRMs), sendo que o maior problema detectado foi o
aparecimento de reações adversas (PRM 6) ocasionadas pela complexidade das doenças e pela
necessidade de polimedicação durante o tratamento dos pacientes. Outro problema detectado foi a
não resposta esperada do paciente ao tratamento farmacológico (PRM 3) originado pela não
assiduidade na administração das doses conforme a prescrição ou pela ocorrência de interações
medicamentosas que acabam por reduzir a eficácia terapêutica.
Este projeto alcançou os benefícios aos quais havia se proposto, melhorou a qualidade de
vida dos pacientes hospitalizados, mas, no entanto, não abrangeu a detecção aprofundada,
intervenção e notificação das reações que muitos dos pacientes apresentavam.
Os PRMs podem ser detectados e monitorados por meio de um serviço de
farmacovigilância que identifique, avalie, compreenda e previna os efeitos adversos ou quaisquer
problemas relacionados aos medicamentos, com o intuito de prevenir ou reduzir os efeitos nocivos
manifestados pelo paciente e melhorar as ações de saúde pública. (FIGUEIREDO et al, 2005).
Os medicamentos são formulados sob critérios de proteção e segurança. Porém, mesmo
que sejam respeitados estes critérios, existe o reconhecimento de restrições nos ensaios clínicos,
onde os medicamentos podem vir a manifestar nos pacientes reações adversas a medicamentos
(RAMs) que ocorrem em doses habituais usadas na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de
patologias. (FIGUEIREDO et al, 2005).
As reações adversas a medicamentos são efeitos prejudiciais ou indesejáveis que
aparecem após a administração de um medicamento em doses usuais. Elas constituem um problema
importante na prática do profissional da área da saúde, pois são causas significativas de
hospitalização, de aumento do tempo de permanência hospitalar e, até mesmo, de óbito. Além disso,
elas afetam negativamente a qualidade de vida do paciente, influenciam na perda de confiança deste
para com o médico, aumentam custos, e também, podem atrasar o tratamento, pelo fato de
assemelharem-se às enfermidades do paciente. (MARCOLIN; CANTARELLI; GARCIA JUNIOR,
2004).
O uso de medicamentos em casos desnecessários e situações em que há a sua utilização
de forma irracional aumentam a possibilidade de danos e reações nos usuários de medicamentos.
(FIGUEIREDO et al, 2005).
Para a avaliação dessas reações é necessário à implantação de um sistema de
farmacovigilância a fim de que se possa viabilizar o conhecimento do perfil de reações adversas dos
medicamentos usados na terapia medicamentosa, possibilitando aos profissionais da saúde usar da
melhor forma os medicamentos disponíveis e prevenir muitas reações adversas. (ARRAIS, 2002).
Atualmente, grande parte das instituições hospitalares não apresenta um serviço de
farmacovigilância atuante, sendo as avaliações de RAMs ainda insuficientes. (COELHO, 1998). E
por este motivo, torna-se tão necessário integrar um serviço de farmacovigilância com a prática
clínica.
De acordo com a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (2005), alguns aspectos da
segurança de medicamentos que deveriam ser incluídos na monitorização dos efeitos a curto e longo
prazo dos medicamentos é a identificação das interações medicamentosas, as quais se referem a
“interferência de um fármaco na ação de outro ou de um alimento na ação de um medicamento”.
Dessa forma, quando um fármaco for administrado com outro, pode-se obter um efeito diferente do
desejado, não atingindo o objetivo ou provocando uma RAM no paciente. O aparecimento de
interações medicamentosas é aumentado com a prática da polimedicação que ocorre na grande
maioria dos pacientes hospitalizados. (SEHN, 2003).
Estima-se que em hospitais, aproximadamente 4 a 5% dos pacientes submetidos a
tratamento farmacológico apresentam algum tipo de interação medicamentosa. (PINTOR, et al,
1996).
A falta do profissional farmacêutico no setor hospitalar é um obstáculo no controle
de reações adversas a medicamentos e interações medicamentosas, sendo que estas podem
ocasionar o agravamento do quadro clínico, aumento do tempo de permanência do paciente no
hospital, podendo ainda elevar o consumo de medicamentos, gerando custos desnecessários ao
hospital. (PFAFFENBACH; CARVALHO; MENDES, 2002).
O farmacêutico juntamente com os demais profissionais da saúde pode intervir na
terapia, buscando prevenir efeitos adversos, diminuir morbidade e mortalidade relacionadas ao mal
uso de medicamentos, minimizando o desconforto do paciente e promovendo o uso seguro de
medicamentos no ambiente hospitalar.
A notificação de RAMs é uma obrigação moral e ética dos profissionais da saúde. E a
efetividade do programa nacional de vigilância sanitária depende diretamente da participação dos
profissionais da área da saúde que estão em melhor posição para notificar suspeitas de RAMs
observadas na clínica diária com os pacientes. (Organização mundial da saúde, 2004).
Com uma participação ativa dos profissionais da área da saúde, seria possível reduzir as
taxas de morbidade e mortalidade por uso de medicamentos por meio da detecção precoce de
problemas de segurança dos medicamentos nos pacientes e ainda melhorar a seleção e o uso
racional de medicamentos pelos profissionais da saúde. (Organização mundial da saúde, 2004).
O serviço de farmacovigilância objetiva monitorar os problemas relacionados a
medicamentos, além de promover o uso racional de medicamentos, através de tratamentos seguros e
efetivos aos pacientes.
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Realizar estudo piloto para o desenvolvimento da farmacovigilância em integração com
a prática da farmácia clínica no Hospital Nossa Senhora da Conceição, Tubarão, SC.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Detectar a presença de possíveis interações medicamentosas e problemas relacionados a
medicamentos manifestados e não manifestados nos pacientes acompanhados, informando ao corpo
clínico os problemas encontrados através de um informe farmacoterapêutico.
2. Promover o uso racional de medicamentos, possibilitando aos pacientes tratamentos mais seguros
e efetivos, minimizando seu desconforto.
3. Diminuir o tempo de permanência do paciente no hospital, o consumo de medicamentos e
reduzindo custos ao hospital, quando possível.
4. Realizar busca ativa de RAM, e Notificar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
as reações adversas encontradas.
5. Buscar a implantação da residência farmacêutica no HNSC e subsidiar a implantação de um
serviço de Farmacovigilância pela Universidade, integrando com a atividade da farmácia clínica já
realizada.
3. METODOLOGIA
O relatório foi desenvolvido com os pacientes internados no Hospital Nossa Senhora da
Conceição. Foram acompanhados 3 pacientes por semana, durante o período letivo de julho de 2007
a julho de 2008. O acompanhamento dos pacientes foi feito por uma bolsista de iniciação científica,
sob responsabilidade da professora supervisora de estágio, e foi vinculado ao estágio em farmácia
hospitalar. Os alunos de farmácia que realizaram estágio fizeram o suporte a este serviço,
auxiliando a bolsista e sob orientação dos professores supervisores de estágio.
Foram selecionados os setores 7 e 9 de internação do Hospital Nossa Senhora da
Conceição, de atendimento exclusivo de pacientes internados pelo SUS e após contato com o
enfermeiro-chefe, autorização da direção do Hospital e submissão ao Comitê de Ética da
Universidade do Sul de Santa Catarina e do Hospital Nossa Senhora da Conceição, o serviço de
farmacovigilância foi efetuado na instituição.
Os critérios de inclusão na amostra foram: pacientes maiores de 21 anos, com
capacidade de comunicação verbal, aceitação dos pacientes por intermédio das assinaturas dos
termos de consentimento livre e esclarecido, em uso de pelo menos 6 medicamentos e com suspeita
de reação adversa a medicamentos.
A suspeita de reação adversa a medicamentos foi feita através de comunicação com
equipe de saúde ou ainda através da observação dos indicadores de RAM como: medicamentos
utilizados no setor, por exemplo, corticóides e/ou antihistamínicos que podem estar sendo
administrados após a utilização de outros medicamentos para o tratamento de RAMs e não para
tratar patologias já existentes; as reações adversas já conhecidas comumente como: reações
cutâneas, hemorragias digestivas, e ainda, classes farmacêuticas utilizadas que também podem
promover RAMs, como antiinfecciosos gerais de uso sistêmico, medicamentos que atuam no SNC,
medicamentos de ação sobre o sistema cardiovascular, analgésicos, diuréticos, entre outros.
A coleta de dados foi realizada por meio de uma ficha de acompanhamento (Anexo I),
onde foram transcritas informações do prontuário médico e de enfermagem. Foram anotados dados
referentes à história clínica do paciente, problemas de saúde e motivo da internação, medicamentos
utilizados, forma farmacêutica, dosagem, horário, via de administração, dieta, exames laboratoriais
ou diagnósticos complementares e seus respectivos resultados. Também foram coletadas
informações em conversa com o paciente.
Durante os dias de acompanhamento, foi avaliada a ocorrência de alterações nas
medicações, realização de novos exames bem como qualquer novidade no quadro do paciente
hospitalizado.
A partir dos dados obtidos, foi realizada uma análise das fichas de acompanhamento e o
estudo dos medicamentos administrados, exames e correlação com as informações obtidas na
entrevista. Com o auxílio de fontes primárias e terciárias, foi realizada uma pesquisa dos problemas
relacionados a medicamentos, onde foi efetuado um levantamento das suspeitas de reações adversas
e possíveis interações medicamentosas para cada paciente. No caso das que foram encontradas,
estas foram comunicadas ao médico através do serviço de informe farmacoterapêutico já
implantado na instituição.
As RAMs encontradas foram classificadas de acordo com a sua gravidade e desta forma,
possibilitaram uma avaliação da segurança dos medicamentos utilizados no tratamento dos
pacientes.
As reações adversas encontradas nos pacientes estudados, serão ainda divulgadas para a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a qual poderá contabilizar a RAM encontrada em seu
banco de dados e poderá tomar providências a respeito do assunto.
A partir dos resultados obtidos com este relatório, serão direcionadas ações para
implantação da residência para farmacêuticos no Hospital Nossa Senhora da Conceição.
4. RESULTADOS
A seguir serão apresentados e analisados os dados coletados através de busca ativa de
RAM’s com os pacientes dos setores 7 e 9 do HNSC que responderam a uma entrevista aplicada no
período de julho de 2007 à julho de 2008.
4.1. REAÇÕES ADVERSAS ENCONTRADAS
Após a realização das entrevistas, observou-se as seguintes reações adversas:
Reações adversas encontradas
12
10
8
6
11
4
2
5
5
4
4
3
2
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2
1
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Gráfico 1: Reações adversas encontradas
1
Observa-se nos dados obtidos segundo o gráfico 1, que dentre os 20 pacientes
analisados, o sintoma mais relatado entre eles, dentre todas as reações adversas encontradas foi a
dispnéia.
Em seguida apareceram constipação e náusea com 5 casos cada uma, anemia e confusão
mental com 4, convulsão com 3, câimbras, vômito e tontura com 2 casos e o restante com apenas 1
caso.
4.2. QUANTIDADES DE REAÇÕES APRESENTADAS PELOS MEDICAMENTOS
Em seguida, nota-se os medicamentos que mais apresentaram reações adversas:
Reações apresentadas pelos medicamentos
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3
2
1
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Gráfico 2: Reações apresentadas pelos medicamentos
De acordo com o gráfico 2, o omeprazol foi o medicamento que mais apresentou reação
adversa com 9 registros, o midazolan com 5, a fentanila, levofloxacina, clonazepam e furosemida
com 3, a dipirona, caverdilol, sinvastatina, clorpromazina com 2 e o restante com 1 reação adversa
somente.
Dentre as reações apresentadas pelo omeprazol estão tontura, constipação, dispnéia e
vômito.
4.3. DOENÇAS ENCONTRADAS
A seguir, segue o gráfico das doenças encontradas nos acientes.
DOENÇAS ENCONTRADAS
6
5
4
3
5
2
1
3
2
2
1
1
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Gráfico 3: Doenças encontradas
Segundo o gráfico 3, nota-se que a doença que mais ocasiona os pacientes e a
Insuficiência cardio-congestiva, com 5 casos. Em seguida tem leptospirose com 3 casos suspeitos, 2
acidentes vascular cerebral, 2 anginas e o restante com apenas 1 caso.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da detecção de RAM’s e problemas relacionados ao uso inadequado de
medicamentos, é possível diminuir o número de hospitalizações e tempo de permanência do
paciente no hospital, tornando a sua recuperação mais rápida e segura e proporcionando melhora
significativa na qualidade de vida dos pacientes, prevenindo os efeitos adversos e diminuindo a
morbidade e mortalidade associada ao uso inadequado de medicamentos.
O relatório permitiu que os pacientes hospitalizados não ficassem tão susceptíveis aos
efeitos prejudiciais e indesejáveis (reações adversas) da utilização de medicamentos, e mesmo
quando estes já existiram, tornou-se possível a detecção e intervenção precoce com ações benéficas
ao tratamento destes pacientes. Possibilitou também, a diminuição do número de medicamentos
utilizados pelo paciente, quando detectado algum medicamento desnecessário, permitindo a redução
dos custos hospitalares.
A implantação da farmacovigilância coloca à disposição da equipe de saúde,
profissionais com alto conhecimento acerca da utilização correta de medicamentos, que com ações
úteis e benéficas ao tratamento dos pacientes hospitalizados, mostra a importância de se ter um
profissional capacitado junto à equipe de saúde para que se possa obter melhores resultados no
tratamento dos pacientes.
O serviço de farmacovigilância é imprescindível para que se possa obter uma efetividade
adequada e segura do tratamento de pacientes. Faz com que o hospital tenha condições de oferecer
melhores tratamentos e cuidados para com os pacientes, ao passo que permite que a instituição seja
colaboradora da detecção e notificação das reações adversas que os medicamentos podem vir a
causar em seus usuários.
Através deste relatório, o aumento da confiança do paciente para com os responsáveis
por seu tratamento proporciona a melhoria das informações relacionadas ao uso de medicamentos
obtidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, colaborando com a garantia da qualidade da
farmácia hospitalar voltada ao uso racional de medicamentos e o cuidado dos pacientes. Através da
notificação das reações adversas encontradas, colocará a disposição da ANVISA informações
pertinentes a segurança de medicamentos de uso comumente difundido em clínicas e hospitais, onde
proporcionará a ANVISA um maior controle dos problemas relacionados aos medicamentos que
estão em circulação nacional.
O relatório ainda permitiu maior integração do profissional farmacêutico e a equipe de
saúde, visando melhorar o atendimento ao paciente e utilização correta dos medicamentos na
instituição. Ressalta a importância do papel do farmacêutico na equipe interdisciplinar de saúde no
ambiente hospitalar e direciona ações para a implantação da residência farmacêutica no Hospital
Nossa Senhora da Conceição.
6. REFERÊNCIAS
ARRAIS, P. S. D. O uso irracional de medicamentos e a farmacovigilância no Brasil. Cad. Saúde
Pública, Rio de Janeiro. v. 18, n. 5, sep./oct. 2002.
COELHO, H. L. Farmacovigilancia: Um instrumento necessário. Cadernos de saúde pública, v. 14,
n. 4, p. 871-875, 1998.
FIGUEIREDO, P. M. et al. Reações Adversas a Medicamentos. Revista Fármacos &
Medicamentos, São Paulo. v. 34, n. IV, p. 32-39, 2005.
MARCOLIN, M. A.; CANTARELLI, M. G.; GARCIA JUNIOR, M. Interações farmacológicas
entre medicações clínicas e psiquiátricas. Revista Psiquiatría Clínica. v. 31, n. 2, p. 70-81, 2004.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Segurança dos medicamentos: um guia para detectar e
notificar reações adversas a medicamentos. Por que os profissionais de saúde precisam entrar em
ação. Brasília: OPAS/OMS, 2004. 18 p.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. A importância da Farmacovigilância. Brasília, 2005.
Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. (Monitorização da segurança dos medicamentos). p.
1-51, 2005.
PFAFFENBACH, Grace; CARVALHO, Olga Maria; MENDES, Gun Bergsten. Reações adversas a
medicamentos como determinantes da admissão hospitalar. Revista da Associação Médica
Brasileira, Campinas. v. 48, n. 3, p. 237-241, 2002.
PINTOR, R. et al. Impacto de un boletin informativo sobre interacciones en la prescripcion medica.
Revista Farm Hosp, Madrid. v. 20, n. 4, p. 238-244, 1996.
SEHN, R. et al. Interaýes medicamentosas potenciais em prescriaýes de pacientes hospitalizados.
Revista Infarma. v.15, nº 9-10, p. 77-81, Set/Out, 2003.
ANEXO I - Ficha de Acompanhamento
FICHA DE ACOMPANHAMENTO
Nome do Paciente:
Idade:
Sexo:
Início do acompanhamento:
Médico:
Data da Internação:
Setor/Quarto/Leito:
Nº do Prontuário:
Data
Medicamento/Forma Princípio
presc. farmacêutica
ativo
Dose Via Início Fim 6 7 8 9
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4
1 2 3 4 5
Download