Reações adversas e erros de medicação Para a consecução de

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Reações adversas e erros de medicação
Para a consecução de uma farmacoterapia eficaz e segura, a observação de
algumas premissas é essencial. Uma delas sem dúvida diz respeito à importância da
utilização racional dos medicamentos.
As múltiplas ações que facultam a utilização racional dos medicamentos devem
ser exercidas pelos profissionais de saúde, pelos pacientes e seus cuidadores, e pelos
demais profissionais que de alguma forma tenham contato com medicamentos e
insumos farmacêuticos. Dentro desta filosofia, encontramos meios de muitas vezes
prever, evitar e manejar as reações adversas e os erros de medicação.
As reações adversas, segundo a Organização Mundial de Saúde, são
acontecimentos nocivos e não intencionais que ocorrem com o uso de um medicamento
em doses recomendadas normalmente para a profilaxia, o diagnóstico e o tratamento de
uma doença. É certo que nem toda reação adversa pode ser previsível, tais são as
intolerâncias, as alergias e as idiossincrasias. Contudo, algumas características do
pacientes (tais como a idade, sexo e raça), bem como as características e o
conhecimento do mecanismo farmacocinético e farmacodinâmico dos medicamentos
nos fornecem informações seguras que contribuem sobremaneira para a detecção e, em
algumas vezes, até mesmo para prevenção das reações adversas.
Por outro lado, o erro de medicação pode ser definido como qualquer evento
evitável que, de fato ou potencialmente, pode levar ao uso inadequado do medicamento.
Neste contexto, pode-se citar como exemplo de erro de medicação a administração do
fármaco em horários incorretos; a falta de administração do fármaco; a administração de
doses incorretas; a administração de medicamentos não indicados para o tratamento da
doença em questão; e o erro na via de administração adotada.
Diferentemente da grande maioria das reações adversas, o erro de medicação é
previsível e pode ser evitado, pois é fruto do uso incorreto do medicamento.
Os erros decorrem de múltiplas causas, sendo as mais prevalentes a má
qualidade das prescrições; a comunicação ineficiente entre os profissionais de saúde, e
entre estes e o paciente; a insuficiência na disseminação das informações sobre os
medicamentos; o excesso e as más condições de trabalho; e a falta ou o descumprimento
de protocolos preconizados.
Desta maneira, seja para o manejo e prevenção de RAM, seja para a erradicação
dos erros de medicação, é de suma importância a melhoria do sistema de disseminação
de conhecimentos sobre drogas, sua prescrição e sua administração. Nesse cenário
sobressai a importância do farmacêutico, como o profissional especialista em
medicamentos e agente da saúde.
Marcelo Alves Cabral
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