Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI-BH Pró-reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão Curso de Especialização “Lato Sensu” em Marketing e Comunicação O PAPEL DA CÂMARA DO MERCADO IMOBILIÁRIO - CMI COMO REPRESENTANTE DAS EMPRESAS DO MERCADO IMOBILIÁRIO DE MINAS GERAIS Marília Aguiar Soares1 Flávio Tófani2 Belo Horizonte, 15 de Junho de 2009. Resumo: Este artigo pretende demonstrar a importância de uma entidade de classe como representante de um segmento. Foi avaliada a importância do marketing de serviços como ferramenta para o desenvolvimento de um segmento e do relacionamento com o cliente como método de aproximação e retenção do mesmo. Para análise deste assunto foi realizado um estudo de caso sobre a representatividade da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais e a importância do associativismo como meio de posicionamento para um segmento. Palavras-chave: Serviços, Relacionamento, Mercado Imobiliário, Marketing, Associativismo. 1 2 Graduada em Relações Públicas e Pós-graduanda em Marketing e Comunicação. Professor orientador, mestre em Marketing pela UFSC. 2 1 INTRODUÇÃO O mercado imobiliário vem se destacando a cada ano como responsável por alavancar a economia brasileira; a indústria da construção vem apresentando números relevantes de crescimento. Para que este crescimento seja de relevância é necessário que o setor se organize a cada dia, aprimorando o desenvolvimento de seus colaboradores e gestores. Partindo da premissa que para atender bem aos clientes, as empresas do mercado imobiliário investem na qualificação de seus colaboradores, e também em tecnologia, capaz de atingir clientes mesmo a longa distância. Esta qualificação ordenada e sistematizada agregará valor às empresas. Neste contexto a empresa do mercado imobiliário, considerada de pequeno porte, poderá atingir um grau de relacionamento com o cliente de forma favorável em relação ao seu tamanho, tendo seu investimento diretamente proporcional a sua demanda. Buscando atender às necessidades destas empresas, a Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais, atuando há 35 anos como entidade representante deste mercado, oferece as empresas associadas diferentes serviços que podem minimizar as dificuldades na gestão diária das mesmas. Através de pesquisas constantes, a entidade analisa o perfil de suas associadas e busca oferecer serviços e convênios específicos, visando facilitar o dia-a-dia de suas associadas. Apesar de todo o esforço, é possível observar que as empresas ligadas a entidade, aproximadamente 700, ainda não compreendem sua importância, como representante do segmento e parceira na luta por recursos e benefícios. Para compreender melhor o mercado imobiliário e contribuir para o desenvolvimento da entidade, este projeto procura resposta para a pergunta: - Como o marketing pode contribuir para que o mercado imobiliário entenda a importância da entidade que a representa? A relevância deste estudo consiste na necessidade das empresas do mercado imobiliário compreenderem como podem usufruir os benefícios ofertados pela entidade, através de serviços oferecidos como: portal para divulgação dos imóveis gratuitamente; cursos de capacitação profissional; parcerias entre empresas 3 do segmento; orientação jurídica, entre outros. A soma destes elementos, mais a filosofia do marketing de serviços, podem contribuir para que as empresas associadas tenham um diferencial competitivo, e sejam capazes de atingir diversos públicos e projetar a imagem da organização de maneira precisa e eficaz, tendo assim maiores chances de êxito na realização de suas estratégias. A relevância deste estudo consiste na necessidade das empresas do mercado imobiliário de Minas Gerais participarem mais da entidade, utilizando seus serviços e convênios. A soma destes elementos mais a filosofia do marketing de serviços bem trabalhada nas organizações permitirá maior participação e difusão desta entidade. O objetivo geral deste artigo é mapear o motivo das empresas associadas à Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais, não compreenderem sua importância e, consequentemente não utilizarem adequadamente seus serviços. Este trabalho permitiu a investigação sobre a relevância de existir uma entidade que represente empresas de um mesmo segmento, porém com públicos variados. Para refinar este estudo foi elaborado o levantamento documental para exploração do tema, e bibliográfico permitindo a busca por respostas ao problema identificado e ainda, a elaboração de um estudo de caso para exemplificação da viabilidade da implementação do marketing de serviços dentro da entidade. Em sua fundamentação teórica, o estudo se dividiu em quatro títulos. No primeiro título é feita uma apresentação sobre marketing, seus conceitos e importância. O segundo título aborda o marketing de serviços e suas especificidades, o terceiro o mercado imobiliário e associativismo destacando sua representatividade no PIB brasileiro. O quarto título discorre sobre a importância do marketing de relacionamento para este segmento. Após a abordagem completa deste referencial, há uma apresentação do objetivo e estudo de caso em que será apresentado o resultado da pesquisa exploratória e descritiva para a compreensão da importância do desenvolvimento em um relacionamento ampliado junto às empresas associadas, para divulgação e compreensão da relevância da entidade. Finalmente, apresenta-se a conclusão que é a interface da fundamentação teórica, em que foi definido como eixo temático marketing de serviços e a realidade vivenciada na prática. A seguir a apresentação do trabalho desenvolvido. 4 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 – Marketing O marketing é responsável por várias transformações que o mercado vem sofrendo nas últimas décadas. Atualmente o marketing está presente em várias áreas da sociedade e o mesmo vem conquistando espaço onde menos se podia imaginar. Fala-se em marketing racial, marketing de acesso, marketing de permissão, marketing político, marketing pessoal, etc. Com tudo isso o marketing vem ganhando novas definições. É a área do conhecimento que permeia todas as relações de troca sempre voltadas para os consumidores, ou seja, em busca da satisfação das suas necessidades e desejos. Para tanto as empresas estabelecem objetivos e levam em consideração o meio ambiente e impactos resultantes destas relações junto à sociedade. Por considerar as questões ambientais e contextuais é verossímil dizer que o marketing é mutável e dirige as atividades mercadológicas para o consumidor onde o grande desafio é entender este consumidor mutante que possui as mais diversificadas intenções, necessidades e renda para comprar ou usar bens e serviços. Para Kotler (2006, p. 4) “ o marketing envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais. (...) supre necessidades lucrativamente.” Segundo a Associação Americana de Marketing (2004, apud Kotler 2006, p.4), a definição mais adequada para marketing é: O marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público interessado. Para Las Casas (2006, p. 15), marketing é “a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos.” O marketing não pode ser considerado uma função; é uma forma de fazer negócios, e por se tratar de uma atividade importante para o desenvolvimento da 5 empresa, deve ser difundida entre os diversos setores da empresa, além de integrar o cliente à elaboração do produto ou serviço (MCKENNA, 1992). Para Drucker (1973, apud Kotler 2006, p.4), “ o objetivo do marketing é conhecer e entender o cliente tão bem, que o produto ou o serviço seja adequado a ele e se venda sozinho.” O ponto de partida para o estudo de marketing, é da necessidade de atender aos desejos humanos. É importante esclarecer que o marketing não cria necessidades e sim desejos, mas a intenção é criar um desejo tão amplo que se torne uma necessidade. Para gerir o marketing é necessário análise, planejamento, implementação e controle de programas para criar, desenvolver e manter as trocas de benefícios com o público-alvo a fim de atingir os interesses organizacionais, ou seja, uma séria de atividades que suscita o interesse do consumidor, bem como satisfação de seus desejos e necessidades. O marketing atual tem o foco mais na qualidade que na quantidade, primando pelo conhecimento e compreensão de seus clientes, pois percebe que a importância para o sucesso de qualquer empreendimento independente do seu porte. Para que a administração de marketing seja bem-sucedida, é primordial desenvolver estratégias e planos de marketing, desenvolver a conexão com os clientes dia-a-dia, construir marcas fortes, desenvolver ofertas ao mercado, estabelecer uma entrega e uma comunicação de valor, capturar oportunidades de marketing e de desempenho e, por fim, a obter um crescimento de longo prazo bemsucedido. 2.2 Marketing de serviços Para que se possa estudar o marketing de serviço é importante destacar as diferenças entre bens e serviços e a questão de tangibilidade e intangibilidade e/ou modelo molecular. Os bens são coisas ou objetos, os serviços são esforços, ações e desempenhos. É importante ressaltar que o termo produto é utilizado para ambos. E para que seja possível diferenciá-los é necessário utilizar a escala de tangibilidade onde tangíveis são os produtos que podem ser sentidos (propriedade física) e intangível não possuem esta propriedade. O modelo molecular deixa claro que todos os produtos apresentam elementos tangíveis e intangíveis (Hoffman e Bateson, 2003) 6 É importante destacar que quem presta o serviço está necessariamente em contato com quem recebe o mesmo, o que permite a dedução de que os serviços, ao contrário dos produtos, variam muito mais em termos de qualidade e eficiência. Hoffman e Batesson (2003) afirmam que os aspectos intangíveis dos produtos estão tomando cada vez mais características fundamentais que os diferenciam no mercado, o que suscita a demanda pelos conhecimentos para o Marketing de Serviço. Para Kotler (2006, p.397) “serviço é qualquer ato ou desempenho, essencialmente intangível, que uma parte pode oferecer a outra e que não resulta na propriedade de nada”. Pode-se definir serviços como atos ou ações, pois caracterizam-se como parte intangível, experiência que deve ser vivenciada (Las Casas, 2006). De acordo com Lovelock (2005, p. 5), existem duas definições para serviços: 1) Serviço é um ato ou desempenho oferecido por uma parte a outra. Embora o processo possa estar ligado a um produto físico, o desempenho é essencialmente intangível e normalmente não resulta em propriedade de nenhum dos fatores de produção. 2) Serviços são atividades econômicas que criam valor e fornecem benefícios para clientes em tempos e lugares específicos, como decorrência da realização de uma mudança desejada no – ou em nome do – destinatário do serviço. Numa definição simples, serviço é a parte intangível de um ato ou ação, que visa beneficiar uma parte interessada em obtê-lo. O setor de serviços pode atuar dentro de vários segmentos, pois em tudo há serviços até mesmo na fabricação, distribuição ou varejo, que também oferecem serviços aos clientes. Na década de 80 o marketing desenvolveu-se em vários setores e, principalmente no terciário, o crescimento foi mais acelerado. Esta evolução foi possível graças há mudança de comportamento dos empresários que perceberam a necessidade de agregar valor ao produto ofertado. De acordo com o IBGE1, serviços podem ser classificados em várias atividades, para uma entidade que representa o segmento imobiliário podemos considerar que a classificação mais adequada seja a de serviços auxiliares diversos; esta classificação facilita o processo de análise de implicação mercadológica e 1 O tratamento das atividades de Serviços no Brasil. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/canal_artigos/pdf/brasil_servicos_no_scn.pdf 7 determina seu grau de tangibilidade, pois não pode ser sentido, ouvido ou cheirado, o que transformou a participação do consumidor no processo de comercialização. A mudança do consumidor alertou aos profissionais de marketing de serviços para que tenham atenção redobrada e avaliem com precisão “como”, “quem” e “quando” são realizadas as compras (Las Casas, 2006). O processo decisório da compra de serviços passa por cinco etapas, de acordo com Las Casas (2006): necessidades informações avaliação decisão pós-compra. O prestador de serviços tendo conhecimento destas etapas e avaliando bem seu cliente, poderá estabelecer estratégias específicas que garantirão o sucesso na aquisição de seu produto. Já Bateson e Hoffman(2001) defendem que o comportamento do consumidor de serviços no estágio da compra, está dividido em três etapas: pré-compra consumo pós-compra. Diferentemente do marketing dos 4 Ps, o marketing de serviços utiliza o modelo dos 8 Os ( Lovelock e Wright, 2005) da administração integrada de serviços, que destaca oito variáveis de decisão gerencial para a organização de serviços, e fazem uma alusão metafórica a corrida de barco com oito remadores, refletindo assim, harmonia e coesão. A sinergia entre os oito componentes é necessária para o sucesso de uma empresa de serviços competitiva. Os oito componentes são: elementos do produto (product elements) referemse a todos os elementos que criam valor para os clientes; lugar e tempo (place and time) são as decisões de quando, onde e como entregar o serviço ao cliente; processo são os métodos utilizados para uma sequência definitiva; produtividade e qualidade são sucessivamente a transformação do serviço em produto e o grau em que o mesmo atenderá às expectativas do cliente; pessoas são os profissionais envolvidos na produção; promoção e educação, trata-se de um programa de marketing com bases sólidas em um programa de comunicação e todas as atividades voltadas para o incentivo e a aumento da preferência do cliente por um determinado produto ou serviço; evidência física (physical evidence) são as pistas visuais ou tangíveis capazes de fornecer evidência a qualidade do serviço oferecido; preço e outros custos do serviço é o valor agregado ao cliente que adquire um serviço. 8 Este modelo inviabiliza as ações isoladas do marketing e destaca a importância do envolvimento de outras áreas no sucesso de uma organização de serviços O marketing de serviços tem como objetivo pesquisar e mapear as oportunidades de mercado para que assim possa planejar, organizar e oferecer assistência de serviços de qualidade, com preços justos e que promova a satisfação dos clientes e em contrapartida a devida remuneração aos profissionais prestadores dos serviços. Para transformar serviços intangíveis em benefícios concretos, o profissional de marketing deverá desenvolver uma imagem clara de como quer que o cliente perceba determinada experiência. Conforme pesquisa realizada pelo IBGE2, entre 2003 e 2006, o setor de serviços apresentou um crescimento generalizado em volume, resultando um aumento de 4,2%. As atividades imobiliárias apresentaram uma variação menor de preços, considerado abaixo da média do setor de serviços. Em busca da excelência na prestação de serviços, várias empresas têm investido no relacionamento com o cliente e realizado pesquisas com o intuito de aferir quais são os desejos dos clientes em cada dimensão do serviço, e da satisfação em relação ao serviço prestado. 2.3 Marketing de Relacionamento Para Stone e Woodcock (1998), marketing de relacionamento é a utilização de técnicas e processos de marketing, vendas, comunicação e cuidados, que a empresa deverá ter com o cliente, que permitem a identificação individual deste, estabelecendo um relacionamento através de benefícios para ambos. Através de ferramentas específicas, a empresa conhece o comportamento do cliente, entende suas necessidades e estabelece um contato freqüente. A valorização é importante para cultivar o relacionamento de longo prazo, sólido e personalizado para o cliente (KOTLER, 2006). 2 O crescimento econômico do Brasil, estudo do IBGE. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/pibmunicipios/2006/comentario.pdf 9 Muitas empresas perceberam que o momento exige que se estreite o vínculo com os clientes, este processo é conhecido como gestão do relacionamento com o cliente, e refere-se ao gerenciamento cuidadoso de informações detalhadas destes clientes. Esta ferramenta permite que as empresas conheçam detalhadamente cada cliente, seus hábitos de consumo e suas necessidades. Conhecendo o processo, as empresas preparam-se para atrair, reter e adquirir novos clientes, que se tornaram mais exigentes, mais conscientes das relações de consumo e abertos às ofertas. O gerenciamento de clientes desenvolve recursos para ultrapassar as barreiras e vencer os desafios de fidelizar e atrair novos clientes. É necessário que as empresas invistam neste relacionamento, sem perder o apelo emocional, atualmente é comum o investimento em tecnologia e a contratação de mão-de-obra desqualificada, o que resulta em baixa qualidade no atendimento, portanto ao investir em uma ferramenta de CRM, customer relationship management, é necessário investir em gerenciamento e treinamento da equipe. Para que uma empresa possa desenvolver um bom trabalho na oferta de serviços, é necessário que a mesma conheça bem seu público através de seu comportamento e desenvolva estratégias para fortalecer seu relacionamento dia-adia. Para a sobrevivência em mercado dinâmicos, é necessária a construção de um alicerce forte, que permita a tramitação das mudanças turbulentas do mercado (MCKENNA, 1992). Na implementação de uma boa política de relacionamento com o cliente, todo o corpo funcional de uma organização deve estar consciente da sua participação, ou seja, reconhecer que todos são responsáveis pelos clientes, que as relações entre os diversos públicos são mutáveis, bem como o mercado e que todos são responsáveis pela projeção da imagem da organização tonando-a assim, positiva nas mentes dos clientes (STONE, 1998). Para Stone, 1998 p. 25, para que as empresas definam as premissas de atendimento aos clientes, é necessário que conheçam alguns fatores que determinam o tipo de relacionamento que os clientes desejam: Experiência; Publicidade boca a boca; Tempo. As empresas que se conscientizarem sobre a fundamentalidade que é a prática do marketing de relacionamento, se projetarão e voltarão todos os esforços 10 para os clientes, e estes, por sua vez, cada vez mais se tornarão próximos compradores do serviços ou produto fazendo uso e o indicando, atentos ao fato de não haver possibilidade de relacionamento sem a comunicação. 2.4 Mercado imobiliário e associativismo Avaliando o histórico do mercado imobiliário brasileiro3, é possível observar as diversas transformações ocorridas de 1988 a 2009. Traçando uma pequena linha do tempo percebemos que na década de 80 o mercado comercializava 100.000 unidades financiadas pelo extinto BNH, período de hiperinflação. Com o advento da internet, a partir de 1995, ocorre uma aceleração e em 2001 ocorre um déficit habitacional de 7.2 milhões de unidades, o mercado sobrevive predominantemente dos financiamentos próprios. A partir deste período começa uma nova fase para o mercado imobiliário e em 2003, atinge um volume recorde R$ 3 bi de financiamentos. Em 2006 o déficit habitacional sobe para 7.9 milhões de unidades, e em 2009 contabiliza R$ 38 bilhões de financiamentos referente ao exercício 2008 ou 2,8% do PIB4. Este novo mercado surge com boas perspectivas: redes, alianças e franquias; Abertura de capital e novos concorrentes, que gera um impulso para uma nova especialização: corretor de Imóveis. Neste novo mercado, entre 2006 e 2007 foram captados mais de 14 bilhões de reais com a abertura de capital de empresas imobiliárias5. De acordo com a pesquisa do ITBI – Imposto sobre transmissão de bens imóveis6, entre 2005 e 2008, ocorreu um aumento de 54% em número de transações de imóveis. Para o presidente da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais, Ariano Cavalcanti de Paula7, o mercado brasileiro esteve exilado por 20 anos, e agora está vivendo um circulo virtuoso de crescimento. Durante todas as crises vivenciadas 3 O mercado brasileiro de imóveis: crise ou oportunidade? O papel do corretor de imóveis no novo mercado – CRECI 2009. Disponível em: http://gpo.com.br/ariano/palestras.htm 4 Pesquisa IPEAD- Disponível em: http://www.ipead.face.ufmg.br/ 5 Fonte: http://www.cblc.com.br/cblc/ControleRisco/posicoes/ 6 Pesquisa IPEAD/ITBI- Disponível em: http://www.secovimg.com.br/newsite/area_restrita/download.php 7 Crise ou oportunidade no mercado imobiliário – Disponível em: http://www.secovimg.com.br/newsite/imgs/up/2510.pdf 11 pelo país nas últimas décadas, o imóvel teve a melhor performance na história da economia brasileira. Esta afirmativa pode ser constatada pela informação da Caixa Econômica Federal que no início de 2009 firmou 45.975 contratos de crédito imobiliário 8, que somaram R$ 1,91 bilhão, que foi considerado o melhor resultado na história do banco. A estimativa é de R$ 27 bilhões em financiamento habitacional para este ano. Segundo Cavalcanti, o mercado encontrava-se no início da curva de crescimento quando ocorreu a crise internacional, portanto não houve tempo para o mercado brasileiro decolar. Isso significa que as perspectivas são boas, pois há demanda por habitação, que é expressiva, o financiamento é abundante e as taxas encontram-se em declínio. Por este motivo, mantém a batalha por um mercado unificado e fortalecido, e busca recursos para manter o trabalho realizado pela Câmara do Mercado Imobiliário, cada vez mais eficaz, “a participação ativa das entidades com os empresários, tem se revelado decisiva para a consolidação de um mercado com cada vez mais credibilidade”.9 O associativismo surgiu nos primórdios da humanidade, quando o homem percebeu a necessidade em se organizar para caçar, se defender e cultivar. Na era industrial se organizou para enfrentar as condições de trabalho e na era atual, precisa se organizar para a era do conhecimento, em que é necessário se organizar para o desenvolvimento econômico e social através de grupos estruturados e preparados. Em pesquisa divulgada em 2003 pela GEM (Global Entrepreneurship Monitor)10, entidade que mede o empreendedorismo de 31 países de todos os continentes, o Brasil foi o sexto país mais empreendedor do mundo e que durante aquele ano aumentou o percentual de abertura de negócios pela percepção de novas oportunidades. De acordo com Resende (199 p. 19), associações são “o agrupamento de pessoas, geralmente em maior número, que, embora possam também visar aos 8 Imóveis: crescimento além do esperado. Disponível em: http://www.secovimg.com.br/newsite/imgs/up/1402.pdf 9 Mercado imobiliário ganha mais credibilidade com iniciativas das entidades do setor. Disponível em: http://www.secovimg.com.br/newsite/imgs/up/2802.pdf 10 A força do associativismo para um Brasil de resultados. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/a_forca_do_associativismo_para_um_brasil_de_resultados /293/ 12 benefícios de terceiros, sempre tem como objetivo o atendimento dos próprios associados ou de interesses destes.” Portanto, pode-se afirmar que se alguma pessoa tem interesses comuns à coletividade, visando à preservação dos bens ou aos objetivos de prestação de serviços a este grupo, deve-se fundar uma associação. De acordo com pesquisa realizada pela Revista Eletrônica de Administração da Fasef em dezembro de 200311, as associações empresariais são associações sem fins lucrativos, que representam e defendem os interesses de um determinado grupo de empresários ou de uma determinada atividade empresarial. Em pesquisa realizada pelo IPEA em parceria com o IBGE12, entre 1996 e 2005 ocorreu um crescimento de 215,1% das fundações privadas e associações sem fins lucrativos no Brasil. Proporcionalmente este grupo foi o que mais cresceu no país. A pesquisa concluiu que a evolução do grupo de fundações privadas e associações sem fins lucrativos continuará crescendo, porém em ritmo menos acelerado. 3 METODOLOGIA Este trabalho baseou-se principalmente em resultados de pesquisa bibliográfica junto aos renomados autores e no estudo de caso. Foram consultados diversos livros técnicos específicos, levantamento documental relacionado ao assunto e sites que abordam o tema e forneceram subsídios para a construção deste artigo, dando-lhe um embasamento teórico sólido. A pesquisa em questão buscou investigar a representatividade da entidade para as empresas do mercado imobiliário de Belo Horizonte, foi utilizado o método qualitativo. De acordo com Samara e Barros ( 2002), a aplicabilidade da pesquisa de marketing “consiste em projetos formais que visam a obtenção de dados de forma empírica, sistemática e objetiva para a solução de problemas ou oportunidade específicas relacionadas ao marketing de produtos e serviços”, O tipo de pesquisa será a princípio exploratória para um melhor entendimento das razões que impedem as imobiliárias de aproximar da entidade, passando depois 11 O associativismo como estratégia competitiva no varejo: um estudo de caso na Aremac-am. Disponível em: http://www.facef.br/rea/edicao03/ed03_art03.pdf 12 As fundações privadas e associações sem fins lucrativos no Brasil 2005. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/fasfil/2005/fasfil.pdf 13 para uma nova etapa utilizando a pesquisa descritiva, por se tratar de um levantamento de informações que serão analisadas de forma objetiva e generalizada. A pesquisa qualitativa, segundo Samara e Barros (2002), proporcionará a compreensão das relações de consumo, identificando a motivação como aspecto realista e respondendo às questões como; por que; valores; sugestões, etc. A técnica mais adequada para atingir o objetivo proposto é a Survey com aplicação (pessoal ou por e-mail) de questionário estruturado, e o método será qualitativo. As fontes de dados serão do tipo “secundários internos”, por serem originados de listas de imobiliárias associadas à entidade. O resultado da pesquisa tornará possível identificar a melhor maneira de abordar as empresas associadas e captar novas empresas. O estudo de caso foi realizado na CMI - Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais, entidade de prestação de serviço de pequeno porte que implantou em 2007 um departamento de relacionamento com as associadas, e que contribuirá para o estudo proposto neste artigo. De acordo com Yin (2005), estudo de caso é “uma das muitas maneiras de fazer pesquisa em ciências sociais, e permite uma investigação para se preservar as características holísticas e significativas dos acontecimentos da vida real”. A partir do estudo de caso é possível levantar informações do ciclo de vida individual e organizacional. 4 ESTUDO DE CASO 4.1 Conhecendo a CMI - Câmara do Mercado Imobiliário Em 1974, sete empresários do mercado imobiliário criaram o Clube de Dirigentes de Empresas Imobiliárias (CDEI), com o objetivo de promover a união corporativa e consolidar a representatividade deste mercado no cenário nacional. Em 1991 a entidade transformou-se em Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/MG), que atualmente representa aproximadamente 700 empresas dos segmentos de administração de imóveis, administração de condomínios, corretoras, incorporadoras e loteadoras. 14 Através do trabalho desenvolvido ao longo de seus 35 anos, ocupa uma posição de liderança entre as entidades do mercado imobiliário nacional, sendo considerada a maior do país em termos de contribuição espontânea. O SECOVI-MG, entidade sindical criada pela CMI/MG em 1995, foi uma conquista decisiva alcançada para as empresas associadas. Se a Câmara resguarda os interesses de suas associadas como entidade civil, o SECOVI-MG confere a legitimidade e a representatividade oficiais que ainda faltavam nos âmbitos municipais, estadual e federal. Como sindicato, o SECOVI-MG pode representar e defender os interesses coletivos ou individuais das empresas de compra, venda, locação e administração de imóveis de Minas Gerais. O SECOVI-MG reúne três décadas de excelência de serviços prestados ao mercado imobiliário, uma vez que herda toda abrangência e credibilidade conquistadas pela CMI/MG. Vários projetos estão sendo implantados em curto prazo para aumentar a representatividade do setor imobiliário nos cenários econômico e político, estimular o crescimento das empresas e dos profissionais, oferecer serviços a preços competitivos e, ainda, promover a valorização da categoria. 4.2 Convênios Preocupada em proporcionar agilidade, conforto e redução de custos, a CMI mantém parcerias significativas ao mercado imobiliário: 1. Acesso à pesquisa de mercado sobre locação e venda de imóveis: Mensalmente a CMI/SECOVI-MG divulga a Pesquisa de Locação, Comercialização e Venda do Mercado Imobiliário, realizada por meio da parceria entre a entidade e o Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis da Universidade Federal de Minas Gerais (IPEAD/UFMG). 2. Seguro Incêndio e Fiança Locatícia com preços competitivos: Através de corretoras de seguros selecionadas pela CMI/SECOVI-MG, as associadas são atendidas de maneira personalizada, com condições especiais. 3. Desconto ao anunciar no principal jornal de Minas: O jornal “Estado de Minas” proporciona às associadas CMI/SECOVI-MG um desconto exclusivo de preços nos anúncios do caderno de imóveis. Promoções do 15 jornal podem elevar ainda mais esse desconto exclusivo para os associados. 4. Parceria com Caixa Econômica Federal para venda dos seus imóveis: Apenas profissionais treinados pela Caixa podem intermediar a venda de imóveis do banco. Pensando em suas associadas, a CMI/SECOVI-MG firmou convênio com a Caixa possibilitando que todos os corretores que trabalham nas empresas associadas tenham habilitação para o treinamento e intermediação dos imóveis. 5. Descontos especiais para consultas cadastrais: As consultas ao Serasa e SPC podem ser feitas através da CMI/SECOVI-MG com preços diferenciados. As consultas são realizadas diretamente pela associada, que não precisa firmar contratos com as instituições que disponibilizam este serviço, pois a parceria contempla a cobrança apenas por consultas realizadas. 6. Curso TTI - Técnico em Transações Imobiliárias: Para entrar num mercado com alta chance de ascensão profissional e bons rendimentos financeiros, a CMI/SECOVI-MG apresenta o Curso Técnico em Transações Imobiliárias (TTI), oferecido pelo Sindimóveis de Minas Gerais. Por ser o curso de TTI mais tradicional do país, o candidato tem à disposição um conteúdo programático que possibilitará o ingresso na profissão de corretor de imóveis. O curso prepara o profissional para conseguir sua inscrição no Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (CRECI) e tornar-se apto para o exercício da corretagem imobiliária. 7. Consultoria Imobiliária – SEBRAE: Projeto criado em parceria com a entidade com o objetivo de ampliar o grau de desenvolvimento e modernização das micro e pequenas empresas, aumentando sua capacidade competitiva. O desenvolvimento do projeto de forma compartilhada e o intercâmbio de experiências empresariais possibilitam adoção de tecnologia de gestão inovadora e eficiente, e também a criação de uma rede permanente de cooperação. 16 4.3 Serviços A CMI | SECOVI-MG preza por oferecer as suas associadas os melhores serviços, a melhor assessoria, equipes de apoio de alta qualidade e vantagens que nenhuma outra entidade de classe oferece. 1. Universidade Corporativa SECOVI: Criada com o objetivo de tornar-se referência em capacitação para o mercado imobiliário, a Universidade Corporativa SECOVI oferece diversos cursos de aprimoramento e qualificação para o mercado imobiliário e associadas. 2. Portal CMI || SECOVI-MG: Através do site, www.secovimg.com.br oferece um calendário semestral de cursos, notícias atualizadas sobre o mercado imobiliário, pesquisa do IPEAD, lista de imóveis conveniados pela Caixa Econômica Federal, modelos de documentos e contratos e muito mais. O site oferece várias informações imprescindíveis para o dia-a-dia das associadas. 3. Portal PRIMEIRA VISTA: Através do site, www.primeiravista.com.br a associada poderá divulgar todos os seus imóveis gratuitamente, para aluguel ou venda, sem custo adicional. Este é um portal exclusivo das associadas CMI/SECOVIMG. 4. Procad – Sistema de Proteção Cadastral do Secovi-MG: Sistema de acesso restrito aos associados, oferece informações exclusivas sobre locatários, fiadores, falsos fiadores e de corretores. Por meio do Promai, Programa de Migração Automática de Informações, o Procad reúne dados aos quais somente os associados da CMI/SECOVI-MG têm acesso. Uma proteção decisiva para a análise cadastral de locatários, fiadores e corretores. 5. Atendimento jurídico gratuito: Advogados especialistas em direito imobiliário, condominial, trabalhista e comercial, altamente preparados para fornecer o suporte necessário para as empresas associadas. O atendimento funciona através de consultas por telefone ou pessoalmente. 6. Informação à sua disposição: As últimas notícias do setor, análise de especialistas, os novos projetos de lei que podem alterar o dia-a-dia do empresário imobiliário, e muito mais. A entidade divulga um boletim eletrônico semanal, uma coluna dominical no jornal “Estado de Minas”, às 17 segundas-feiras no “Diário da Tarde”, e ainda uma Revista impressa periódica. Associada CMI/SECOVI-MG está sempre muito bem informada. 7. Plenárias: Regularmente a entidade promove uma discussão ou palestras para seus filiados para debater os rumos, as ações, as pendências e tudo mais que possa ser de relevância para o mercado imobiliário. Presença assídua de políticos e personalidades do setor para informar em “primeira mão” as novidades que irão influenciar o mercado. 8. Reuniões Regionais permanentemente: Com a presença do presidente, vice-presidentes e diretores da entidade, a CMI/MG promove encontros regulares para discutir problemas da região, valorização do corretor, tendências e acima de tudo a ética profissional no mercado imobiliário. 9. INFOCO CMI/SECOVI-MG: Abrir as portas da CMI/SECOVI-MG ainda mais às associadas a fim de que todas participem ativamente dos projetos e desfrutem das conquistas. Para isto, a entidade publica um boletim eletrônico com o andamento dos projetos de cada diretoria, as visitas realizadas para estreitar laços com outras organizações do segmento, agenda mensal dos diretores, síntese da Reunião da Diretoria Executiva, isto é, tudo que mostra o dia-a-dia da entidade na busca por melhorias no segmento. 10. Promai – Programa de migração automática de informações: Por meio de parceria firmada com os principais fornecedores de software para administração de imóveis do Brasil, o Promai possibilita a migração diária de dados sobre fiadores, locatários e corretores contratados por suas associadas, constituindo assim, um banco de dados de altíssimo valor para a sua análise cadastral. Através do Procad as associadas têm acesso a informações que exclusivas as mesmas. 11. PQEX: O Programa de Qualidade e Excelência Empresarial – PQEX, foi criado em 2.005 com o objetivo de incentivar e orientar as associadas CMI/SECOVI-MG para se qualificarem e prepararem para as novas exigências do mercado. Por meio de uma estrutura matricial de avaliação, o PQEX pontua as empresas que mais investem em treinamentos, qualificação e participação em atividades voltadas para a melhor capacitação dos profissionais do setor. Oferecendo certificados Azul, 18 Prata, Ouro e Máster, o PQEX tornou-se uma referência exclusiva para a projeção da imagem das associadas junto ao mercado e a seus clientes. 12. Relacionamento com associados: Canal de comunicação direta entre a entidade e suas associadas com o objetivo de atender de forma rápida e eficaz suas necessidades. 13. Retirada de faixas: Em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, este serviço atende ao mercado com rapidez e agilidade, na busca da moralização e respeito ao mercado imobiliário. 14. Assessoria de comunicação: Em sintonia com a gerência de comunicação, possui uma jornalista preparada para informar as associadas sobre os últimos acontecimentos, além de atender as mesmas para elaboração de cartas, informativos entre outros instrumentos de comunicação. 4.4 Associadas Em maio de 2009 foi realizada uma pesquisa para avaliar o nível de importância da entidade para o mercado imobiliário13, que foi aplicada à empresários das empresas associadas, selecionadas através de uma amostra dos segmentos representados pela entidade. Os formulários foram enviados aos empresários via email e respondidos espontaneamente. Perguntados sobre a importância dos serviços ofertados pela entidade, os empresários responderam que os serviços são importantes, porém o fundamental para participarem é a oportunidade de ampliar o networking e a troca de experiências entre os profissionais deste mercado. Sobre a motivação em se associarem a entidade, responderam que o acesso a informações aliado a oportunidade da construção de projetos que beneficiem ao mercado, foi primordial na decisão de incluírem suas empresas nesta associação. Um ponto de grande relevância para elaboração deste artigo foi apresentado pelos associados como decisivo para sua permanência no grupo de empresários desta entidade, a representatividade em nível nacional e as conquistas realizadas pela entidade, são considerados atrativos por estes empresários, porém os mesmos consideram que grande parte do mercado imobiliário desconhece todas as ações e participações e sugerem que sejam mais divulgados através da mídia, que é uma 13 Pesquisa primário 2009 19 sugestão como estratégia para o marketing ampliar a participação das empresas do mercado mineiro. Estes empresários demonstraram total conhecimento dos serviços oferecidos e grande utilização dois mesmos. Destacaram como interesse primordial o investimento na capacitação profissional de suas equipes, considerando que a entidade deu um salto ampliando sua central de cursos para uma universidade corporativa. CONCLUSÃO A proposta deste artigo foi entender a importância para o mercado imobiliário mineiro da CMI – Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais, e seu posicionamento como entidade representante deste mercado. Foi possível observar que as empresas que participam ativamente da entidade compreendem sua representatividade e valorizam sua contribuição à mesma e consideram importante manterem-se associadas. Por outro lado foi possível perceber que, embora atue junto aos empresários há 35 anos, a entidade ainda não é referência para todas as empresas deste mercado, talvez por não se tratar de uma obrigatoriedade, mas necessita urgentemente posicionar-se como representante para este mercado. Através do paralelo realizado entre a teoria e o estudo de caso é possível perceber que é necessário um grande investimento em mídia, para demonstração, não apenas para as empresas do mercado imobiliário, mas principalmente para que também os consumidores possam entender que as empresas associadas à Câmara do Mercado Imobiliário têm maior credibilidade, pois investem em informação, capacitação e desenvolvimento. A Câmara do Mercado Imobiliário, na qualidade de entidade de pequeno porte, com foco na prestação de serviços, percebe a relevância do investimento em relacionamento com cliente, capacitação profissional, integração do mercado e representatividade de um segmento. Por se tratar de um mercado em ascensão, é importante que a entidade se posicione e invista na divulgação de sua representatividade para este mercado. 20 BIBLIOGRAFIA GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal e Cultura política – Impactos sobre o associativismo do terceiro setor. 2ª ed. – São Paulo: Cortez, 2001. 120 p. HOFFMAN, K. Douglas e BATESON, John E.G. Marketing de serviços. 4ª ed. – Porto Alegre: Bookman, 2001. 485 p. ________________________________________. Princípios de Marketing de Serviços: conceitos, estratégias e casos. 2ª ed. – São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. 628 p. KOTLER, P. Administração de Marketing. 12ª ed. - São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. 740 p. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de Serviços. 4ª ed. – São Paulo: Atlas, 2006. 251 p. LOVELOCK, Christopher e WRIGHT, Lauren. Serviços: marketing e gestão. 1ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2005. 416 p. MCKENNA, Régis. Marketing de Relacionamento. Estratégias bem-sucedidas para a era do cliente. 15ª ed. – Rio de Janeiro: Campus, 1992. 254 p. RESENDE, Tomaz Aquino. Roteiro do terceiro setor. 1ª ed. – Belo Horizonte: Publicare, 1999. 246 p. SAMARA, Beatriz Santos e BARROS, José Carlos de. Peqsuisa de Marketing – Conceitos e Metodologia. 3ª ed. – São Paulo: Prentice Hall, 2002. 259 p. STONE, Merlin e WOODCOCK, Neil. Marketing de Relacionamento. 1ª ed. – São Paulo: Littera Mundi, 1998. 197 p. YIN, Robert K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. 3ª ed. – Porto Alegre: Bookman, 2005. 209 p. Internet A força do associativismo para um Brasil de resultados. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/a_forca_do_associativismo_para_um_bra sil_de_resultados/293/ As fundações privadas e associações sem fins lucrativos no Brasil 2005. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/fasfil/2005/fasfil.pdf Crise ou oportunidade no mercado imobiliário. Disponível em: http://www.secovimg.com.br/newsite/imgs/up/2510.pdf Fonte: http://www.cblc.com.br/cblc/ControleRisco/posicoes/ 21 Fonte: IPEAD- Disponível em: http://www.ipead.face.ufmg.br/ Imóveis: crescimento além do esperado. http://www.secovimg.com.br/newsite/imgs/up/1402.pdf Disponível em: Mercado imobiliário ganha mais credibilidade com iniciativas das entidades do setor. Disponível em: http://www.secovimg.com.br/newsite/imgs/up/2802.pdf O associativismo como estratégia competitiva no varejo: um estudo de caso na Aremac-am. Disponível em: http://www.facef.br/rea/edicao03/ed03_art03.pdf O mercado brasileiro de imóveis: crise ou oportunidade? O papel do corretor de imóveis no novo mercado – CRECI 2009. Disponível em: http://gpo.com.br/ariano/palestras.htm O tratamento das atividades de Serviços no Brasil. Disponível http://www.ibge.gov.br/canal_artigos/pdf/brasil_servicos_no_scn.pdf em: O crescimento econômico do Brasil, estudo do IBGE. 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